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Análise das Ações Antiéticas do Contador em Relação às Sanções 
Previstas em Normas e Leis 
Humberto das Neves Gimenes (UNIOESTE) hgimenes@hotmail.com 
Udo Strassburg (UNIOESTE) udo.strassburg@unioeste.br 
Elias Garcia (UNIOESTE) elias.garcia@unioeste.br 
Nágila Zanco (UNIOESTE) nagilazanco@hotmail.com 
Resumo: 
A ética é algo que a princípio deve estar presente nas ações de todo indivíduo. Mas não é o que 
geralmente acontece. Neste sentido o profissional da contabilidade deve ter pleno conhecimento, além 
de outras legislações, das normas preceituadas no Código de Ética Profissional e no Código Civil. O 
objetivo do presente trabalho foi o de verificar a relação entre as ações em casos de desvios de conduta 
dos profissionais da contabilidade e as penalidades previstas nos códigos delimitados, tomando por 
base os autos de infração emitidos pelo CRC-PR. Através destes buscou-se demonstrar a 
responsabilidade do profissional da contabilidade, nos aspectos éticos e legais, tomando por base os 
seguintes códigos: de Ética do Contabilista, Civil, de Defesa do Consumidor, Legislação Tributária e 
Falimentar. A metodologia utilizada foi de natureza descritiva. Quanto aos procedimentos técnicos, foi 
realizado um estudo de caso. No período analisado foram realizadas 33.322 atividades de fiscalização, 
sendo anotados 12.166 autos de infração e julgados 2.425 processos de natureza ética e disciplinar. 
Demonstrou-se ao longo do trabalho, que no exercício de suas atividades profissionais, o contador 
deve ter pleno conhecimento, além do Código de Ética Profissional, da ampla legislação que norteia 
sua conduta, entre as quais o Código Civil, que lhe impôs novas e importantes responsabilidades. Por 
fim foram enquadradas as infrações e definidas as penalidades para cada caso. 
Palavras chave: Ética; Contabilidade; Infração; Penalidade. 
 
1 Introdução 
À medida que a sociedade se desenvolve, traz consigo novas necessidades, e isto 
acontece também com a contabilidade, pois em se tratando de ciência social, os profissionais 
precisam acompanhar e subsidiar tal desenvolvimento. Neste contexto, causa preocupação 
perceber que depois de tantos avanços científicos e conquistas tecnológicas, que a ética, parte 
importante desta evolução, ainda se apresente como tema atual e intrigante. 
A princípio, a maioria parte do ponto de vista de que todos possuem comportamento 
ético, e que a ética é um dos elementos vitais na produção da realidade social, podendo o 
comportamento humano ser observado sob a ótica do certo e errado, do bem e do mal. Tal 
comportamento apresenta ligação direta com os costumes e a cultura que a sociedade tem 
vivenciado no decorrer do tempo. 
As atitudes antiéticas desenvolvidas por integrantes da sociedade brasileira são aceitas 
como se fizesse parte da sua cultura. Isto demonstra que ela está atravessando uma conjuntura 
de baixos valores morais, indica a falta de ética inserida em seu meio de forma inexorável. 
Infelizmente, a falta de ética e ausência de moral não é exclusividade daqueles que se 
encontram em evidência perante a nação. Ela está ocorrendo também em outros segmentos e o 
contábil não está imune, pois o profissional se encontra inserido neste ambiente em que tais 
práticas são uma constante, originadas por diversos motivos, entre eles a cultura de sonegação 
generalizada e gerada pela pressão da carga tributária excessiva. Por se tratar de um valor 
 
 
intrínseco, não é possível obrigar alguém a ser ou ter ética somente através da edição de 
Códigos de disciplina e legislações prevendo normas de conduta e punições. 
O profissional da contabilidade ao iniciar suas atividades, deve ter pleno 
conhecimento, além de outras legislações, das normas preceituadas no Código de Ética 
Profissional e do Código Civil, principalmente no tocante as alterações inseridas no mesmo, 
que lhe atribuíram novas responsabilidades. 
O objetivo do presente trabalho foi o de verificar a relação entre as ações em casos de 
desvios de conduta dos profissionais da contabilidade e as penalidades previstas nos códigos 
delimitados, tomando por base os autos de infração emitidos pelo CRC-PR. Dessa forma 
buscou-se evidenciar a importância da ética no exercício da profissão contábil. 
1.1 Aspectos Fundamentais da Ética 
A ética é geralmente entendida como uma disciplina ou campo de estudo relacionado 
com o dever moral ou obrigação. Valores éticos podem ser considerados aqueles que 
privilegiam o interesse coletivo em detrimento do individual. 
1.2 Conceito de Ética 
A ética estabelece um dever, uma obrigação, um compromisso que cada indivíduo 
deve fazer para agir como tal. E o agir depende do ser. Assim cada um se comporta de acordo 
com os elementos da moral e dos bons costumes que o compõem, conduzindo as atitudes de 
cada um. Neste sentido forami destacados conceitos de alguns autores: 
Para Sá (2005, p. 15), a ética “em seu sentido de maior amplitude, tem sido entendida 
como a ciência da conduta humana perante o ser e seus semelhantes”. 
Já para Lisboa (1997, p. 24), a ética é apresentada “como sendo um ramo da filosofia 
que lida com o que é moralmente bom ou mau, certo ou errado. Acompanhando tal definição, 
afirmam que a ética e filosofia da moral são sinônimas”. 
Ainda para Ferreira (2003), “ética é o estudo dos juízos de apreciação referentes à 
conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja 
relativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto”. 
Observa-se através dos conceitos acima que a ética flui do íntimo do ser humano, 
sendo voltada para sua racionalidade. A questão ética refere-se ao modo de agir dentro do 
contexto social e institucional. Nesta convivência predomina o livre arbítrio e autonomia, 
sendo que esta é limitada pelo meio e possibilita outro aspecto tão caro à ética que é a 
capacidade de discernimento. O discernimento pressupõe um determinado nível de 
competência moral. 
1.3 Ética e Moral 
A ética diz respeito a uma reflexão formal acerca dos princípios que criticam ou dão 
legitimidade ao agir humano. Por sua vez, a moral vincula-se mais diretamente a costumes, 
valores e normas válidas em um determinado contexto, ditando como se deve agir em 
determinadas situações. 
 
 
As pessoas ao fazerem parte de uma mesma sociedade, carregam valores e crenças 
próprias bem como perseguem objetivos particulares. Estas diferentes situações as submetem 
às normas da sociedade em que estão inseridas e tem a ver com os valores morais. Tais 
normas são o meio pelos quais os valores morais são expressos adquirindo caráter normativo, 
tornando-se obrigatório. 
Vasquez (2002, p. 63) define a moral como “um conjunto de normas, aceitas livre e 
conscientemente, que regulam o comportamento individual dos homens”. 
De acordo com Ferreira (2003) “a palavra moral vem do latim mos (singular) e mores 
(plural) que significa costumes. Por isso a expressão “bons costumes” frequentemente é 
utilizada como sinônimo de moral ou moralidade”. 
1.4 Ética na Sociedade 
Independente de sua vontade, o homem passa a integrar uma sociedade desde o seu 
nascimento, e terá seu convívio ligado a seus semelhantes através dos relacionamentos que, 
obrigatoriamente, manterá ao longo de sua existência. Em resposta às condições que lhes são 
oferecidas pela sociedade, cada pessoa constrói um conjunto de crenças e valores que servem 
como sustentação do comportamento que adotará ao longo da vida. 
Desta forma Lisboa, destaca que a quantidade de relacionamentos existentes entre 
membros de determinada sociedade, da mesma forma que entre outros, torna complexa a vida 
em comum. Em princípio, essa complexidade reside no fato de uma mesma pessoa fazer parte 
de várias sociedades, que podem buscar atingir objetivos opostos. (Lisboa, 1997) 
A sobrevivência humana demanda condições materiais de vidas como também, 
obediência a normas de conduta, que são formuladas pelas sociedades e servem para colocar 
limites nos desejos e ambiçõesindividuais e dirigi-los para uma relação equilibrada, de 
acordo com as necessidades desta sociedade. 
1.5 Ética Profissional 
Em um conjunto social pode ser identificado um subconjunto que é o universo 
profissional, onde todos os componentes possuem um elemento identificador similar, que é 
sua profissão. O individuo além dos deveres de membro da comunidade como um todo, 
assume deveres de ordem profissional específica, ou seja, o que faz ou deixa de fazer, no 
exercício profissional, vai afetar o conjunto de indivíduos do grupo a que pertence e também a 
sociedade na qual está inserido. 
A primeira orientação do Código de Ética dos Contabilistas em relação aos deveres e 
proibições está transcrito na Resolução/CFC 803 de 10/10/1996 em seu Inciso I, artigo 2º: 
“Exercer a profissão com zelo, diligência e honestidade, observada a legislação vigente e 
resguardados os interesses de seus clientes e/ou empregadores, sem prejuízo da dignidade e 
independência profissionais”. Portanto, a ética profissional é a reunião de condutas técnicas, 
morais e sociais exigidas por uma determinada classe aos membros que a ela pertençam. 
1.6 Comportamento Ético do Contador 
O Contador desempenha funções relevantes na análise e aperfeiçoamento da ética na 
profissão contábil. Esse profissional está sempre envolvido com dilemas éticos, nos quais 
 
 
deve exercer sempre com responsabilidade seu papel de profissional independente. Ser ético 
nada mais é do que agir de maneira correta, proceder bem, sem prejudicar os demais, é agir de 
acordo com os valores morais ditados pela sociedade. Estes valores morais são resultados da 
própria cultura de uma comunidade. A regra ética é uma questão de atitude, de escolha. 
Entre as qualidades observadas e esperadas do profissional da contabilidade, figuram a 
honestidade, fidelidade à verdade, além da garantia de que as informações colocadas sob sua 
responsabilidade terão o sigilo devidamente preservado. Também são necessários ao bom 
exercício da profissão, a competência, produtividade e sociabilidade. 
Lisboa afirma que os princípios éticos podem existir naturalmente, por consenso na 
comunidade, bem como podem apresentar-se na forma escrita, através da criação de um 
Código de Ética. Esse, todavia, torna os princípios éticos obrigatórios de serem praticados, 
tornando possível que seja assegurada sua observância. (Lisboa, 1997). 
Sá destaca que a profissão não deve ser apenas um meio de ganhar a vida, mas de 
ganhar pela vida que ela proporciona, representando um propósito de fé. Seus deveres, nesta 
acepção, não são imposições, mas vontades espontâneas. Isto exige que a seleção da profissão 
passe pela vocação, como condição essencial de uma opção. (Sá, 2005). 
É fato concreto que no cotidiano do exercício de sua profissão, o profissional 
experimentará situações diferenciadas e provocadoras, que porão à prova seus valores éticos, 
exigindo do mesmo, sólida formação e preparo moral. 
1.7 Conduta Profissional 
O profissional da contabilidade é aquele cuja atividade, basicamente, é a prestação de 
serviços, tendo como função o fornecimento de informações de natureza física, financeira e 
econômica sobre o patrimônio das pessoas físicas ou jurídicas de qualquer natureza para 
auxiliar o gestor no processo de tomada de decisões. 
Sá define a profissão contábil como: 
Um trabalho exercido habitualmente nas células sociais, com o objetivo de 
prestar informações e orientações baseadas na explicação dos fenômenos 
patrimoniais, ensejando o cumprimento de deveres sociais, legais, 
econômicos, tão como a tomada de decisões administrativas, além de servir 
de instrumentação histórica da vida da riqueza. (Sá, 2005, p.136) 
Conhecendo seu valor, valorizará sua profissão. Ao valorizá-la, aplicará os princípios 
éticos, não como uma imposição legal ou organizacional, mas como instrumento fundamental 
de conduta, condição sem a qual sua existência profissional perde o sentido. Provará sua 
importância e relevância para a sociedade, não apenas pela profissão que exerce, mas também 
pelo exemplo de profissionalismo e de conduta ética e moral, pois não consegue ser 
valorizado, aquele que não se valoriza. 
1.8 Código de Ética Profissional do Contabilista 
Além de servir como guia à ação moral, o Código de Ética profissional possibilita que 
a profissão de Contador declare seu propósito de cumprir as regras da sociedade, servir com 
lealdade e diligência e respeitar a si mesmo. O Código de Ética do Contabilista impõe a este 
 
 
as normas de conduta ideal no exercício da profissão, fixando deveres e obrigações, em 
relação à classe e aos colegas, tipificando e prevendo penas às infrações disciplinares. Foi 
aprovado pela Resolução CFC 803 de 10 de outubro de 1996. 
 Lisboa destaca que um Código de Ética pode ser entendido como uma relação das 
práticas de comportamento que se espera sejam observadas no exercício da profissão. As 
normas do Código de Ética visam ao bem-estar da sociedade, de forma a assegurar a lisura de 
procedimentos de seus membros dentro e fora da instituição. (Lisboa, 1997, p. 58). 
Estabelecido o Código de Ética, o contabilista passa a subordinar-se ao mesmo sob 
pena de cometer transgressão, e ser punido pelo órgão fiscalizador da atividade profissional. 
1.9 Fiscalização do Exercício Profissional 
A profissão contábil é revestida de importância, tendo em vista que toda a riqueza do 
país passa de alguma forma pelos seus registros. Dessa forma torna-se necessária a efetiva 
participação de órgãos fiscalizadores das atividades dos profissionais. Com este objetivo 
foram criados o CFC e CRCs para cada Estado. 
1.10 Função dos Órgãos de Conselho da Profissão Contábil 
A atuação dos profissionais da contabilidade é imprescindível à sociedade, tendo em 
vista que é através destes que se pode assegurar a veracidade e de atestar a confiabilidade de 
informações patrimoniais de interesse coletivo. A ação fiscalizadora dos conselhos não 
objetiva somente a garantia de prerrogativa, mas principalmente o benefício maior que é a 
proteção social. Com abrangência Federal o órgão fiscalizador é o CFC, cujas atribuições são 
definidas no Decreto Lei nº 9.295/46 e suas alterações. 
1.11 Responsabilidades e Penalidades Previstas na Legislação 
No Inciso 3º do artigo 2º da resolução 803/96, do CFC, que trata do Código de Ética 
Profissional, está previsto que é seu dever do contador: “zelar pela sua competência exclusiva 
na orientação técnica dos serviços a seu cargo”. Portanto é dever desses profissionais o 
perfeito conhecimento da sua competência, para uma correta orientação e aplicação das 
normas vigentes, quer sejam contábeis ou fiscais. Abaixo estão relacionadas a legislação e as 
penalidades previstas para os diversos desvios de conduta. 
1.12 Código de Ética do Contador 
Para regular o exercício da profissão contábil, além das infrações e penalidades 
previstas em outros textos legais, o Código de Ética do Profissional contador estabelece que a 
quebra de seus preceitos constitui infração ética. 
Nos incisos I, II e III do artigo 12, da resolução 803/96 do CFC, estão previstas as 
penalidades que poderão ser aplicadas quando houver a inobservância do Código de Ética 
Profissional como segue: 
I - Advertência Reservada 
II – Censura Reservada; 
III – Censura Pública 
 
 
 
No parágrafo único do referido Artigo, está previsto que na aplicação das sanções 
éticas, são consideradas como atenuantes: 
I - Falta cometida em defesa de prerrogativa profissional; 
II - Ausência de punição ética anterior; 
III - Prestação de relevantes serviços à Contabilidade 
Em suas atividades profissionais, o contador deve zelar pelos bons procedimentos 
técnicos, éticos e legais. 
1.13 Resolução CFC nº 960, de 30 de abril de 2003. 
Esta Resolução contempla o regulamento geral dos CRCs. Nela está previsto que o 
exercício da profissão contábil é prerrogativa de Contadores e Técnicos em Contabilidade. 
Em seu inciso I do art. 24, trata dasinfrações e penalidades, está previsto no art. 2º, 
que os CRCs, no exercício das suas funções fiscalizadoras, obedecerão, dentre outros, os 
princípios da legalidade, finalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório e eficiência. 
No artigo 25 constam as penalidades previstas para os desvios de conduta, que são: 
I - multa; II - advertência reservada; 
III - censura reservada IV - censura pública; 
V - suspensão do exercício profissional; VI - cancelamento do registro profissional. 
O profissional da contabilidade possui ampla responsabilidade perante a sociedade e à 
classe a qual ele pertence, nos mais diferentes aspectos éticos e legais. Dessa forma, ele deve 
estar sempre se atualizando em relação às suas competências, com destaque para a técnica, 
que lhe obriga a ter conhecimentos de normas, legislação, sistema de informação contábil, 
contabilidade gerencial e financeira, entre outras. Um pequeno deslize ou desvio de atenção 
estará sugeito às penalidades previstas em cada um desses. 
1.14 Novo Código Civil 
O novo Código Civil entrou em vigor no dia 11 de janeiro de 2003, através da lei nº 
10.406/02, revogando o Código de 1916. Além de ter a obrigação pela observância das 
diversas legislações que lhe são pertinentes, o novo Código Civil apresenta em sua nova 
edição, elementos importantes relacionados à responsabilidade do Contador. 
Fiúza et al. citam nos artigos 186 e 927, parágrafo único, o seguinte: Aquele que, por 
ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a 
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. “Haverá obrigação de reparar o 
dano, independentemente de culpa, nos casos específicos em lei, ou quando a atividade 
normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os 
direitos de outrem”. Fiúza et al. (2006). 
No novo Código Civil, o contador e técnico são considerados prepostos dos seus 
clientes e, como tais, são pessoalmente responsáveis perante os proponentes pelos atos 
culposos que praticarem no exercício de suas funções. Perante terceiros, são responsáveis 
solidariamente com o proponente pelos atos dolosos que praticarem. 
 
 
A responsabilidade pela escrituração é do profissional legalmente habilitado, 
registrado no CRC do estado onde está a empresa, conforme art. nº 1.182. 
No artigo 1.184 está prevista a obrigatoriedade da escrituração do Diário, onde será 
lançado, com individualização, clareza e caracterização do documento respectivo, dia a dia, 
por escrita direta ou reprodução, todas as operações relativas ao exercício da empresa. 
Em relação ao Balanço Patrimonial, o Código Civil apresenta algumas exigências para 
sua apresentação, conforme previsto no artigo 1.188: “o balanço patrimonial deverá exprimir, 
com fidelidade e clareza, a situação real da empresa e, atendidas as peculiaridades desta, bem 
como as disposições das leis especiais. A produção de balanços falsos ou simulados implica 
em responsabilidade civil e criminal. 
1.15 Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990. 
O consumidor deve estar exigindo qualidade dos produtos, mercadorias e serviços 
adquiridos, independente do valor pago. Baseado no Código de Defesa do Consumidor, sua 
reclamação passou a ser um procedimento normal na medida em que o conhecimento sobre as 
leis que regem a proteção do consumidor vão sendo difundidas e absorvidas. 
Em seu art. 2º está previsto que consumidor é toda pessoa física ou jurídica que 
adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. No art. 14, está previsto a 
responsabilidade dos profissionais liberais, podendo alcançar o profissional da contabilidade. 
O fornecedor de serviços responde independentemente da existência de culpa, pela 
reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos 
serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. 
Parágrafo 4°: A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a 
verificação de culpa. (Código de Defesa do Consumidor). 
No referido código também está previsto no art. 20 que o prestador de serviços 
responde pelos vícios de qualidade e o art. 23 prevê que a ignorância do fornecedor sobre os 
vícios de qualidade por inadequação dos produtos e serviços não o exime de responsabilidade. 
1.16 Legislação Tributária 
A legislação tributária, principalmente a do imposto de renda, é uma das que mais 
interferem na rotina contábil. Além de definir regras sobre a tributação propriamente dita, ela 
estabelece alguns procedimentos em relação à exigência da escrituração contábil, 
principalmente nos livros Diário e Razão. Contém ainda, pontos importantes referentes à 
responsabilidade dos profissionais da contabilidade. 
1.17 Decreto - Lei nº 5.844, de 23 de setembro de 1943. 
A responsabilidade do profissional contábil por crimes tributários é confirmada pelo 
parágrafo 1º, e “determina de forma objetiva que o Contador e o técnico em contabilidade, 
dentro do âmbito de sua atuação e no que se referir à parte técnica, serão responsabilizados, 
juntamente com os contribuintes, por qualquer falsidade dos documentos que assinarem e 
pelas irregularidades de escrituração praticadas no sentido de fraudar o imposto”. 
 
 
1.18 Lei nº 8.137/90, de 27 de dezembro de 1990. 
Esta Lei define os crimes contra a ordem tributária, econômica e contra as relações de 
consumo, relativa à venda de mercadoria ou prestação de serviço, efetivamente realizada, ou 
fornecê-la em desacordo com a legislação. Pena:- reclusão de dois a cinco anos, e multa. 
1.19 Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996. 
No artigo 5° prevê a atribuição a terceiros a responsabilidade pelo pagamento do 
imposto e acréscimos devidos pelo contribuinte ou responsável, quando os atos ou omissões 
daqueles concorrerem para o não recolhimento do tributo. Aqui se incluem as falhas técnicas 
cometidas pelos profissionais, ou as omissões provocadas por artifícios ardis, arquitetados 
pelo profissional ou com sua participação, podendo assim, ser atribuído o dever de suprir a 
falta. 
1.20 Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999 – RIR/99. 
De acordo com o Artigo 530, a falta de transcrição das demonstrações poderá 
determinar o arbitramento do lucro no respectivo período-base pela autoridade tributária. Os 
artigos 819 e 820 abordam a responsabilidade do Contador perante a Receita Federal. 
O Artigo 819 o responsabiliza juntamente com o contribuinte, por qualquer 
falsificação de documentos que assinar ou pela escrituração irregular com objetivo de fraudar 
o imposto. Por sua vez, no artigo 820, preve que o Contador que falsificar balanço ou 
qualquer outro documento de contabilidade não terá idoneidade para assinar qualquer 
documento contábil perante a Secretaria da Receita Federal. 
1.21 Legislação Falimentar Brasileira 
A Lei n° 11.101, de 09 de Fevereiro de 2005 que trata da Nova Lei Falimentar 
Brasileira, ampliou a responsabilidade penal do profissional de contabilidade. 
No artigo 51 da referida lei estão previstas as exigências para o processamento do 
pedido e do processamento da recuperação judicial. 
Outros aspectos importantes são abordados de forma especifica, tais como a fraude a 
credores, a violação do sigilo profissional, a divulgação de informações falsas, a indução a 
erro e a omissão de documentos contábeis obrigatórios. 
Sob a ótica da Lei Falimentar a não escrituração do livro diário poderá comprometer a 
entidade no caso da mesma requerer falência e deva comprovar que não foi de forma dolosa, 
sendo imprescindível a apresentação do Livro Diário na petição de recuperação judicial. 
1.22 Código Penal 
O Código Penal, instituído pelo Decreto-Lei nº 2.848, de 7/12/1940 e alterado pela Lei 
nº 10.628, de 28/08/2001, com artigos destacando a responsabilidade criminal do profissional 
da contabilidade. 
Nele, estão previstas penas que variam de um a cinco anos de reclusão, mais multa 
para quem falsificar oualterar, total ou parcialmente, documento público ou particular. 
 
 
Para quem omitir declaração que deveria constar em documento público ou particular, 
ou nele fazer declaração falsa ou diversa da que deveria fazer, prejudicando direito, criando 
obrigação ou alterando a verdade sobre fato juridicamente relevante, conforme artigo 299. 
Ainda para quem se utilizar dos documentos falsificados a que se referem os mesmos 
artigos, e quem destruir, suprimir ou ocultar documento particular que não poderia dispor, em 
benefício próprio ou de terceiro, artigo 304. 
É Importante ressaltar que os artigos nº 342 e 343 do Código Penal estão delineando a 
responsabilidade do contador e do perito judicial. O profissional contábil também está sujeito 
ao crime de sonegação de contribuição previdenciária conforme o artigo 337-A. 
A área penal contempla de forma importante a atividade do contador em relação às 
informações produzidas por ele. O falso testemunho ou falsa perícia são abordados de forma 
severa, bem como é prevista punição para cada caso. Esta situação exige uma relação 
transparente e organizada entre os profissionais e clientes, tendo em vista que o destino de 
ambos depende da responsabilidade pela qual é organizada a contabilidade da empresa. 
1.23 Lei de Responsabilidade Fiscal 
Na esfera pública, os profissionais contábeis exercem suas atividades atuando nos 
mais diversos setores, sendo auxiliares diretos daqueles que estão investidos em cargos nos 
quais têm de obedecer à Lei nº 101/2000, que estabelece as normas de finanças públicas 
voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal. 
2 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS 
Nos quadros abaixo estão detalhados os trabalhos de fiscalização em âmbito estadual 
nos anos de 2004 a 2008. As informações constantes dos mesmos demonstram um resumo das 
atividades de fiscalização no período, os processos julgados, os autos de infrações emitidos 
bem como são relacionadas as infrações de maior incidência e os seus enquadramentos. 
No quadro abaixo está demonstrado o número de fiscalizações realizadas pelo CRC-
PR, abrangendo todas as atividades que o contador exerce. 
LOCAL 2004 2005 2006 2007 2008 Soma Média Anual 
Organizações Contábeis 4.313 4.193 3.064 6.798 4.782 23.150 4.630 
Empresas diversas 677 627 1.274 687 388 3.653 731 
Entidades Sem Fins Lucrativos 551 392 673 410 334 2.360 472 
Instituições Financeiras 205 220 147 361 75 1.008 202 
Órgãos Públicos 589 502 391 593 532 2.607 521 
Perícia Contábil 61 163 66 61 193 544 109 
Total 6.396 6.097 5.615 8.910 6.304 33.322 6.664 
Fonte: Adaptado de dados fornecidos pelo CRC-PR 
 Quadro 1 - Resumo das atividades de fiscalização - 2004 a 2008 
Segundo Nascimento et al. (2008), quando o contabilista comete uma infração prevista 
no Código de Ética, esta é analisada e julgada pela Câmara de Ética e Disciplina do CRC, 
 
 
sendo o processo relatado por um conselheiro, que submete seu parecer e voto para uma 
Câmara que analisará a proposta do relator. Após decisão da Câmara de Ética e Disciplina, o 
processo será homologado pelo Tribunal de Ética e Disciplina, que manterá ou reformulará a 
decisão da Câmara, cabendo, recurso ao Tribunal Superior de Ética e Disciplina do CFC. 
 Portanto, os processos éticos têm sua origem na transgressão ao Código de Ética 
Profissional. Por sua vez, os processos disciplinares têm origem na transgressão à legislação 
vigente, podendo citar a Resolução CFC 960/03, onde estão previstas infrações e penalidades. 
O Quadro apresenta o total de processos éticos e disciplinares julgados pelo CRC-PR 
nos anos de 2004 a 2008. 
Processo/ano 2004 2005 2006 2007 2008 soma Média anual 
Disciplinar 107 33 84 233 111 568 113,6 
Ético 337 363 357 363 437 1857 371,4 
Total 444 396 441 596 548 2425 485 
Fonte: Adaptado de dados fornecidos pelo CRC-PR 
 Quadro 2 - Processos julgados pelo CRC-PR 
Observando os dados do Quadro 2, é possível ter uma visão das diferenças 
significativas entre os julgamentos dos processos de natureza ética e disciplinar. O aspecto 
disciplinar sofreu variações, e mesmo tendo sido observado um número expressivo no ano de 
2007, não alcançou o ético, que manteve uma diferença percentual nos níveis de 60,9% 
naquele ano. A maior diferença ocorreu em 2005, quando a diferença chegou a 91,66% entre 
os processos. 
O Quadro 3 apresenta os autos de infração emitidos, de maior ocorrência, no período 
2004 a 2008 e as médias anuais, em ordem decrescente. 
AUTOS DE INFRAÇÃO / ANOS 2004 2005 2006 2007 2008 soma média % 
Não manter a escrituração contábil regular 781 716 532 365 766 3160 632,0 25,97% 
Deixar de registrar o livro diário 538 600 636 746 0 2520 504,0 20,71% 
Fornecer DECORE inidônea 176 288 169 173 260 1066 213,2 8,76% 
Sem Registro Cadastral Individual (RCI) 73 88 261 223 207 852 170,4 7,00% 
Não transcrever demonstrações contábeis 93 222 116 144 127 702 140,4 5,77% 
Utilizar DECORE inidônea 32 75 267 311 0 685 137,0 5,63% 
Sem registro profissional 57 90 101 152 109 509 101,8 4,18% 
Fonte: Adaptado de dados fornecidos pelo CRC-PR 
 Quadro 3 - Autos de Infração 
Conforme exposto anteriormente, o profissional da contabilidade poderá incorrer em 
desvio de conduta de natureza disciplinar e ética. A seguir estão relacionadas as infrações de 
maior ocorrência com os enquadramentos na legislação delimitada no presente trabalho: 
 
 
 
 
 
Infrações / Enquadramentos 
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a) não manter a escrituração contábil regular: 
Art. 
12º 
Art. 
186, 
1.177, 
1.178 
Art. 14, 
20 e 23 
§ 1º 
do 
Art. 
39 
*-* 
Art. 
259, 
819 e 
820 
Art. 
1º Art. 337-A Art 178 
Art. 24 e 25 
–Res. 
960/03 
b) deixar de registrar o livro diário: 
Art. 
12º 
Art. 
186, 
1.177, 
1.178 
Art. 14, 
20 e 23 
§ 1º 
do 
Art. 
39 
*-* 
Art. 
259, 
819 e 
820 
Art. 
1º *-* 
Art. 
178 
Art. 24 e 25 
–Res. 
960/03 
c) fornecer DECORE inidônea: 
Art. 
12º Art. 927 *-* *-* *-* *-* *-* 
Art. 171, 
297, 298, 
299 
*-* 
Art. 4º - 
Res. 872/00 
Art. 24, 25 
Res. 960/03 
d) sem Registro Cadastral Individual: 
Art. 12 *-* *-* *-* §únicoArt.12 *-* *-* *-* *-* 
Art. 24 e 25 
Res. 960/03 
e) não transcrever demonstrações contábeis: 
Art. 
12º 
Art.186, 
1.177, 
1.178 
Art. 14, 
20 e 23 
§ 1º 
Art. 
39 
*-* 
Art. 
259, 
819, 82 
Art. 
1º Art. 337-A 
Art. 
178 
Art. 24 e 25 
Res. 960/03 
f) utilizar DECORE inidônea: 
Art. 
12º Art. 927 *-* *-* *-* *-* *-* 
Art. 171, 
297, 298, 
299 
*-* 
Art. 4º - 
Res. 872/00 
Art. 24, 25 
Res. 960/03 
g) sem registro profissional: 
Art. 12 *-* *-* *-* Art. 12 *-* *-* *-* *-* 
Art. 22 Res. 
1.167/09 
Art. 24 e 25 
Res. 960/03. 
Fonte: Dados da pesquisa 
 Quadro 4 – Infrações com maior incidência e seus enquadramentos 
Os dados apresentados expressaram a efetividade do trabalho da Fiscalização do CRC-
PR. A organização das informações possibilitou uma visão geral destas atividades nos anos de 
2004 a 2008. O enquadramento das infrações permitiu verificar individualmente sua relação 
com a legislação delimitada no trabalho. 
Conforme o resumo das atividades de fiscalização (Quadro 1), o ano de 2007 foi o 
mais intenso, com 8.910 entidades fiscalizadas. Entretanto, a média anual é de 6.664 
entidades sob jurisdição do CRC-PR. Esta situação demonstra que, quando aumenta o rigor na 
fiscalização, o resultado se reflete nos números de ocorrências. 
 
 
 Em relação às instaurações de processos, conforme o quadro 1, observa-se que o ano 
de 2007 foi o mais significativo em termos de fiscalização. Neste ano ocorreu um total de 596 
casos, sendo que a média anual é 485. Apesar de não ter sido o mais significativo em termos 
de fiscalização,foi no ano de 2005 que ocorreram de forma expressiva os desvios éticos, 
perfazendo um total de 91,66% do total de processos julgados. 
Obviamente, qualquer transgressão cometida poderá trazer conseqüências, causando 
desgaste para si e para a classe profissional que representa. Aquelas que envolvem 
diretamente a ética profissional causam preocupação pela gravidade da qual são revestidas, 
tendo em vista que afetam a imagem da classe contábil, comprometendo, sobremaneira, o que 
vem sendo construído até os dias atuais. 
Após a análise dos dados, as infrações cometidas foram relacionadas e comparadas 
com aquelas previstas nas legislações delimitadas, conforme quadro abaixo. 
Infrações // Enquadramentos 
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Não manter a escrituração contábil regular X X X X - X X X X X 
Deixar de registrar o livro diário X X X X - X X - X X 
Fornecer DECORE inidônea X X X - X 
Sem Registro Cadastral Individual X - - - X - - - - X 
Não transcrever demonstrações contábeis X X X X - X X X X X 
Utilizar DECORE inidônea X X - - - - - X - X 
Sem registro profissional X - - - X - - - - X 
Fonte: Dados da Pesquisa 
 Quadro 5 - Previsão de penalidades na legislação 
Em relação às penalidades, observou-se que algumas não estão previstas em todas as 
legislações, tais como deixar de registra o livro Diário, fornecer e utilizar DECORE de forma 
inidônea, exercer atividade sem o registro individual e ainda sem registro profissional. 
 
3 CONCLUSÃO 
Pelos resultados obtidos, pode-se concluir que algumas penalidades não estão 
previstas na legislação delimitada. Esta situação pode apresentar justificativa, tendo em vista 
que tais infrações podem ser cometidas pelo profissional contábil, exclusivamente no 
exercício de suas atividades profissionais. 
O elevado percentual de infrações éticas no período chama a atenção e demonstra que 
as penalidades previstas e aplicadas aos infratores podem não estar cumprindo sua finalidade. 
Observou-se que a maioria das infrações anotadas pelo CRC-PR, são de competência ética, 
como não manter a escrituração contábil regular, deixar de registrar o livro diário e fornecer 
DECORE de forma inidônea. Elas correspondem a 55,45% do total das infrações cometidas. 
Os desvios de conduta de natureza ética denotam quebra de competência e ignorância 
das prerrogativas profissionais. O não cumprimento das obrigações previstas no Código de 
 
 
Ética e legislação pode sujeitar o profissional às mais diversas penalidades, conforme 
demonstrado anteriormente. 
Ressalta-se a importância dos CRCs em relação à fiscalização, coibindo atitudes 
antiéticas e disciplinares. Não se pode admitir que conhecedores da Ciência Contábil, das 
normas, princípios e leis que a regem, ignorem as regras de conduta de sua profissão. 
 
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BRASIL. Código Penal. Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Disponível em: 
www.planalto.gov.br. Acesso em: 12 Jun 2009. 
BRASIL. Código de Defesa do Consumidor. Lei nº 8.078 de 11 de setembro de 1990. 
Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 8 Jun 2009. 
BRASIL. Código Civil. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Disponível em: 
www.planalto.gov.br/. Acesso em: 2 Jun 2009. 
BRASIL. Decreto Lei nº 5.844, de 23 de setembro de 1943. Disponível em: 
www.planalto.gov.br. Acesso em: 8 Jun 2009. 
BRASIL. Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999. disponível em: 
www.receita.fazenda.gov.br. Acesso em: 20 Jun 2009. 
BRASIL. Decreto Lei nº 9.295, de 27 de maio de 1946. Disponível em: 
www.planalto.gov.br. Acesso em: 4 Jun 2009. 
BRASIL. Lei nº 8.137, de 27 de dezembro de 1990. Disponível em: www.planalto.gov.br. 
Acesso em: 12 Jun 2009. 
BRASIL. Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996. Disponível em: 
www.planalto.gov.br. Acesso em: 15 Jun 2009. 
BRASIL. Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000. Disponível em 
www.planalto.gov.br. Acesso em: 20 Jun 2009. 
BRASIL. Lei nº 11.101, de 09 de Fevereiro de 2005. Disponível em: www.planalto.gov.br. 
Acesso14 Jun 2009. 
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução nº 803, de 10 de outubro de 
1996. Disponível em www.cfc.org.br. Acesso em: 2 Jun 2009. 
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução nº 960, de 30 de abril de 2003. 
Disponível em: www.cfc.org.br. Acesso em: 5 Jun 2009. 
FERREIRA, A. B. de H. (2003). Dicionário da Língua Portuguesa. São Paulo: Positivo. 
LISBOA, L. P. (1997). FIPECAFI: Ética Geral e Profissional em Contabilidade. 2. ed. 
São Paulo: Atlas. 
NASCIMENTO A. A. M. do, et al. (2008). Legislação da Profissão Contábil / Conselho 
Federal de Contabilidade. 3ª. ed. Brasília: CFC. 
 
 
SÁ, A. L. de. (2005). Ética Profissional. 6ª. ed. Revista e Ampliada. São Paulo: Atlas. 
VASQUEZ, S. A. (2002). Ética. 16ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

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