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CURSO INTENSIVO TJSP SIMULADO III Bloco I DIREITO CIVIL 01- João é casado com Maria no regime de separação parcial de bens, desde 2010. Em 2008 João adquiriu um apartamento, em que o casal residiu até o falecimento deste, no valor de duzentos mil reais. Em 2012 João adquiriu uma casa na praia no valor de trezentos mil reais. Em 2013 João e Maria se separaram de fato. Em 2017 João faleceu. O de cujus possui pai vivo e dois filhos, Mário de um casamento anterior e Jacira do casamento com Maria. Nesse contexto, assinale a alternativa correta: a) Diante da separação de fato há mais de dois anos, Maria não herdará de João, independentemente de quem foi a culpa da separação. b) Para fins sucessórios, independe de a separação de João e Maria ter sido de fato ou judicial. c) Caso a separação fosse há menos de dois anos, Maria herdaria de João independentemente de culpa. d) Cabe aos demais herdeiros de João provar que a separação de Maria foi por culpa desta a fim de excluí-la da sucessão. Gabarito: C a) Incorreta. “RECURSO ESPECIAL. DIREITO CIVIL. SUCESSÕES. CÔNJUGE SOBREVIVENTE. SEPARAÇÃO DE FATO HÁ MAIS DE DOIS ANOS. ART. 1.830 DO CC. IMPOSSIBILIDADE DE COMUNHÃO DE VIDA SEM CULPA DO SOBREVIVENTE. ÔNUS DA PROVA. 1. A sucessão do cônjuge separado de fato há mais de dois anos é exceção à regra geral, de modo que somente terá direito à sucessão se comprovar, nos termos do art. 1.830 do Código Civil, que a convivência se tornara impossível sem sua culpa. 2. Na espécie, consignou o Tribunal de origem que a prova dos autos é inconclusiva no sentido de demonstrar que a convivência da ré com o ex-marido tornou-se impossível sem que culpa sua houvesse. Não tendo o cônjuge sobrevivente se desincumbido de seu ônus probatório, não ostenta a qualidade de herdeiro. 3. Recurso especial provido.” REsp 1513252/SP, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 03/11/2015, DJe 12/11/2015. b) Incorreta. Se a separação fosse judicial, Maria não herdaria ainda que provasse que não teve culpa. Art. 1.830, CC: “Somente é reconhecido direito sucessório ao cônjuge sobrevivente se, ao tempo da morte do outro, não estavam separados judicialmente, nem separados de fato há mais de dois anos, salvo prova, neste caso, de que essa convivência se tornara impossível sem culpa do sobrevivente.” “RECURSO ESPECIAL. DIREITO CIVIL. SUCESSÕES. CÔNJUGE SOBREVIVENTE. SEPARAÇÃO DE FATO HÁ MAIS DE DOIS ANOS. ART. 1.830 DO CC. IMPOSSIBILIDADE DE COMUNHÃO DE VIDA SEM CULPA DO SOBREVIVENTE. ÔNUS DA PROVA. 1. A sucessão do cônjuge separado de fato há mais de dois anos é exceção à regra geral, de modo que somente terá direito à sucessão se comprovar, nos termos do art. 1.830 do Código Civil, que a convivência se tornara impossível sem sua culpa. 2. Na espécie, consignou o Tribunal de origem que a prova dos autos é inconclusiva no sentido de demonstrar que a convivência da ré com o ex-marido tornou-se impossível sem que culpa sua houvesse. Não tendo o cônjuge sobrevivente se desincumbido de seu ônus probatório, não ostenta a qualidade de herdeiro. 3. Recurso especial provido.” REsp 1513252/SP, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 03/11/2015, DJe 12/11/2015. c) Correta. Art. 1.830, CC: “Somente é reconhecido direito sucessório ao cônjuge sobrevivente se, ao tempo da morte do outro, não estavam separados judicialmente, nem separados de fato há mais de dois anos, salvo prova, neste caso, de que essa convivência se tornara impossível sem culpa do sobrevivente.” A discussão de culpa só é relevante se a separação de fato foi há mais de dois anos. d) Incorreta. Cabe ao cônjuge o ônus da prova. “RECURSO ESPECIAL. DIREITO CIVIL. SUCESSÕES. CÔNJUGE SOBREVIVENTE. SEPARAÇÃO DE FATO HÁ MAIS DE DOIS ANOS. ART. 1.830 DO CC. IMPOSSIBILIDADE DE COMUNHÃO DE VIDA SEM CULPA DO SOBREVIVENTE. ÔNUS DA PROVA. 1. A sucessão do cônjuge separado de fato há mais de dois anos é exceção à regra geral, de modo que somente terá direito à sucessão se comprovar, nos termos do art. 1.830 do Código Civil, que a convivência se tornara impossível sem sua culpa. 2. Na espécie, consignou o Tribunal de origem que a prova dos autos é inconclusiva no sentido de demonstrar que a convivência da ré com o ex-marido tornou-se impossível sem que culpa sua houvesse. Não tendo o cônjuge sobrevivente se desincumbido de seu ônus probatório, não ostenta a qualidade de herdeiro. 3. Recurso especial provido.” REsp 1513252/SP, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, julgado em 03/11/2015, DJe 12/11/2015. 02- Assinale a alternativa correta: a) Não há direito real de habitação quanto ao único imóvel a inventariar, se o cônjuge do falecido concorre com descentes apenas deste. b) Apenas os maiores de 18 anos podem testar. c) Não pode dispor de seus bens em testamento cerrado quem não saiba ou não possa ler. d) É inválido o testamento público que apesar de produzido em cartório, lido em voz alta pelo tabelião na presença do testador e de duas testemunhas, suprimiu a exigência legal de uma segunda leitura e da expressa menção no corpo do documento da condição de cego do testador. Gabarito: C a) Incorreta. “DIREITO CIVIL. DIREITO DE FAMÍLIA E SUCESSÃO. DIREITO REAL DE HABITAÇÃO DO CÔNJUGE SOBREVIVENTE. RECONHECIMENTO MESMO EM FACE DE FILHOS EXCLUSIVOS DO DE CUJOS. 1.- O direito real de habitação sobre o imóvel que servia de residência do casal deve ser conferido ao cônjuge/companheiro sobrevivente não apenas quando houver descendentes comuns, mas também quando concorrerem filhos exclusivos do de cujos. 2.- Recurso Especial improvido.” REsp 1134387/SP, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, Rel. p/ Acórdão Ministro SIDNEI BENETI, TERCEIRA TURMA, julgado em 16/04/2013, DJe 29/05/2013. b) Incorreta. Art. 1.860, CC: “Além dos incapazes, não podem testar os que, no ato de fazê-lo, não tiverem pleno discernimento. Parágrafo único. Podem testar os maiores de dezesseis anos.” c) Correta. Art. 1.872, CC. d) Incorreta. “O descumprimento de exigência legal para a confecção de testamento público – segunda leitura e expressa menção no corpo do documento da condição de cego – não gera a sua nulidade se mantida a higidez da manifestação de vontade do testador. O propósito recursal volta-se para a análise da validade de testamento público, cujo testador era cego e que não teria cumprido todas as formalidades legais exigidas. Na hipótese, o testamento público, apesar de produzido em cartório, lido em voz alta pelo tabelião na presença do testador e de duas testemunhas, suprimiu a exigência legal de uma segunda leitura e da expressa menção no corpo do documento da condição de cego do testador. Não é desconhecida a jurisprudência do STJ no sentido de que o testamento confeccionado, não obstante a ausência de algum elemento tido como indispensável, reproduz a manifestação de vontade do testador. Esses julgados, não obstante a reiterada insurgência calcada no art. 166, V, do CC/02 (for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade), traduzem a ideia de primazia da manifestação da vontade, quando essa não colide com preceitos de ordem pública. Dessa forma, atendidos os pressupostos básicos da sucessão testamentária – i) capacidade do testador; ii) atendimento aos limites do que pode dispor e; iii) lídima declaração de vontade – a ausência de umas das formalidades exigidas por lei, pode e deve ser colmatada para a preservação da vontade daquele que fez o testamento. E diz-se assim, pois as regulações atinentes ao instituto têm por fim teleológico, justamente, a garantia do referido desígnio. Logo, se essa vontade fica evidenciada por uma sucessão de atos e solenidades que coesamente a professam, inclusive, e principalmente, quando já falecido o autor do testamento, não há razão para, em preciosismo desprovido depropósito, exigir o cumprimento de norma que já teve o seu fim atendido. Na hipótese em análise, é certo que as exigências de dupla leitura do teor do testamento (pelo tabelião e por uma das testemunhas) e a confirmação, no próprio instrumento, da condição de cegueira do testador têm por objetivo assegurar, no momento de oposição da assinatura, o espelhamento da pretensão do de cujus em relação aos seus bens. Mas, quanto à garantia de que o testamento representa a efetiva declaração de vontade do testador, e que esse tinha plena ciência do que fazia e do seu alcance, fica evidenciada, tanto a capacidade cognitiva do testador quanto o fato de que o testamento, lido pelo tabelião, correspondia exatamente à manifestação de vontade do de cujus.” REsp 1.677.931-MG, Rel. Min. Nancy Andrighi, por unanimidade, julgado em 15/8/2017, DJe 22/8/2017, informativo 610. 3- Assinale a alternativa correta: I- O erro não prejudica a validade do negócio jurídico quando a pessoa, a quem a manifestação de vontade se dirige, se oferecer para executá-la na conformidade da vontade real do manifestante. II- É nulo o negócio jurídico praticado sob coação. III- É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma. a) I, II e III estão corretas. b) Apenas I e II estão corretas. c) Apenas II e III estão corretas. d) Apenas I e III estão corretas. Comentários: D I- Correta. Art. 144, CC. II- Incorreta. É apenas anulável. III- Correta. Art. 167, CC. 4- Assinale a alternativa correta: a) A decadência convencional só pode ser alegada em primeiro grau de jurisdição, sob pena de preclusão. b) Não corre prescrição entre pai de 80 anos de idade e filho de 20 anos. c) A interrupção por um dos credores solidários aproveita aos outros; assim como a interrupção efetuada contra o devedor solidário envolve os demais e seus herdeiros. d) A interrupção produzida contra o principal devedor não prejudica o fiador. Gabarito: C a) Incorreta. Art. 211, CC: “Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação.” b) Incorreta. Art. 197, CC: “Não corre a prescrição: II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar”. O poder familiar extingue-se aos 18 anos. c) Correta. Art. 204, §1º, CC: “A interrupção por um dos credores solidários aproveita aos outros; assim como a interrupção efetuada contra o devedor solidário envolve os demais e seus herdeiros.” d) Incorreta. Art. 204, § 3º, CC: “A interrupção produzida contra o principal devedor prejudica o fiador”. 5- Assinale a alternativa incorreta, quanto à assunção de dívida: a) A assunção de dívida depende do consentimento expresso de credor. b) A assunção de dívida, salvo disposição em contrário, não extingue as garantias dadas pelo devedor primitivo. c) O novo devedor não pode opor ao credor as exceções pessoais que competiam ao devedor primitivo. d) O adquirente de imóvel hipotecado pode tomar a seu cargo o pagamento do crédito garantido; se o credor, notificado, não impugnar em trinta dias a transferência do débito, entender-se-á dado o assentimento. Comentários: B a) Correta. Art. 299, CC: “É facultado a terceiro assumir a obrigação do devedor, com o consentimento expresso do credor, ficando exonerado o devedor primitivo, salvo se aquele, ao tempo da assunção, era insolvente e o credor o ignorava.” b) Incorreta. Art. 300, CC: “Salvo assentimento expresso do devedor primitivo, consideram-se extintas, a partir da assunção da dívida, as garantias especiais por ele originariamente dadas ao credor.” c) Correta. Art. 302, CC. d) Correta. Art. 303, CC. 6- Assinale a alternativa correta: I- O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, não tem direito a reembolsar-se do que pagou. II- O pagamento feito por terceiro, com desconhecimento ou oposição do devedor, não obriga a reembolsar aquele que pagou, se o devedor tinha meios para ilidir a ação. III- É válido o pagamento de indenização do Seguro DPVAT aos pais - e não ao filho, como estabelecido em lei - do de cujus no caso em que os genitores, apresentando-se como únicos herdeiros, entregaram os documentos exigidos pela lei para o aludido pagamento, dentre os quais certidão de óbito a qual afirmava que o falecido era solteiro e não tinha filhos. a) I, II e III estão corretas. b) Apenas I e II estão corretas. c) Apenas II e III estão corretas. d) Apenas I está correta. Comentários: C I- Incorreta. Art. 305, CC: “O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem direito a reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga nos direitos do credor.” II- Correta. Art. 306, CC. III- Correta. “É válido o pagamento de indenização do Seguro DPVAT aos pais - e não ao filho - do de cujus no caso em que os genitores, apresentando-se como únicos herdeiros, entregaram os documentos exigidos pela Lei n. 6.194/1974 para o aludido pagamento (art. 5º, § 1º), dentre os quais certidão de óbito a qual afirmava que o falecido era solteiro e não tinha filhos. De antemão, esclareça-se que, de acordo com o art. 5º, § 1º, a, da Lei n. 6.194/1974, que dispõe sobre seguro obrigatório de danos pessoais causados por veículos automotores de via terrestre, o segurador deverá efetuar o pagamento de indenização mediante simples prova do acidente e do dano decorrente, após a entrega dos seguintes documentos: certidão de óbito, registro da ocorrência policial e prova da qualidade de beneficiário. O art. 309 do CC, por sua vez, estabelece que o pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido, mesmo que provado depois que não era ele credor. Nesse sentido, pela aplicação da teoria da aparência, é válido o pagamento realizado de boa-fé a credor putativo. De fato, para que o erro no pagamento seja escusável, é necessária a existência de elementos suficientes para induzir e convencer o devedor diligente de que o recebente é o verdadeiro credor. No caso aqui analisado, verifica-se que a indenização do Seguro DPVAT foi paga de boa-fé aos credores putativos. Além disso, não há previsão de obrigação da seguradora em averiguar a existência de outros beneficiários da vítima. REsp 1.601.533- MG, Rel. Min. João Otávio de Noronha, julgado em 14/6/2016, DJe 16/6/2016, informativo 585. 7- Assinale a alternativa correta: a) Haverá mora ex re, se não houver termo final para a execução da obrigação assumida. b) No compromisso de compra e venda com cláusula de arrependimento, a devolução do sinal, por quem o deu, ou a sua restituição em dobro, por quem o recebeu, exclui indenização maior, a título de perdas e danos, salvo os juros moratórios e os encargos do processo. c) Os juros moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de responsabilidade contratual. d) Haverá mora ex re, se houver o inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo, o que constitui de pleno direito em mora o devedor, mesmo não havendo fato ou omissão que lhe seja imputável. Gabarito: B a) Incorreta. Haverá mora ex persona, se não houver termo final para a execução da obrigação assumida. Como inexiste uma data para o vencimento da origação, a mora não é automaticamente constituída. Nesse caso, ela começará da interpelação que o interessado promover, e seus efeitos produzir-se-ão ex nunc (do dia da intimação). Já a mora ex re é a hipótese em que o simples atraso no cumprimento da prestação é suficiente para caracterização da mora, não exigindo a notificação para constituir o devedor em mora. b) Correta. Súmula 412, STF. c) Incorreta. Súmula 54, STJ: “Os juros moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de responsabilidade extracontratual.” d) Incorreta. CC: “Art. 396. Não havendo fato ou omissão imputável ao devedor, não incorreeste em mora. Art. 397. O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo, constitui de pleno direito em mora o devedor.” 8- Assinale a alternativa incorreta, quanto à formação de contratos: a) A aceitação fora do prazo, com adições, restrições, ou modificações, não importará nova proposta. b) Reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que foi proposto. c) Se o negócio for daqueles em que não seja costume a aceitação expressa, ou o proponente a tiver dispensado, reputar-se-á concluído o contrato, não chegando a tempo a recusa. d) Deixa de ser obrigatória a proposta, se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante. Gabarito: A a) Incorreta. Art. 431, CC: “A aceitação fora do prazo, com adições, restrições, ou modificações, importará nova proposta.” b) Correta. Art. 435, CC. c) Correta. Art. 432, CC. d) Correta. Art. 428, I, CC. 9- Assinale a alternativa correta: I- Na traditio longa manu, o possuidor que possuía em nome alheio passa a possuir em nome próprio. II- A entrega das chaves é exemplo de tradição ficta da posse. III- O sucessor universal continua de direito a posse do seu antecessor; e ao sucessor singular é facultado unir sua posse à do antecessor, para os efeitos legais. a) Todas estão corretas. b) Apenas I e II estão corretas. c) Apenas I está correta. d) Apenas III está correta. Gabarito: D I- Incorreta. Na traditio brevi manu, o possuidor que possuía em nome alheio passa a possuir em nome próprio. Nela o adquirente já estava na posse da coisa. Por exemplo, o locatário que adquire o imóvel antes por ele locado. II- Incorreta. A entrega das chaves é exemplo de tradição simbólica da posse. Na tradição simbólica há, então, um ato representativo da transferência da coisa. É o que ocorre também na traditio longa manu, em que a coisa a ser entregue é colocada à disposição da outra parte. III- Correta. Art. 1.207, CC. 10- Assinale a alternativa incorreta: a) No constituto possessório, o possuidor possuía em nome alheio e passa a possuir em nome próprio. b) A traditio longa manu é exemplo de tradição simbólica da posse. c) Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a violência ou a clandestinidade. d) Oficina mecânica que realiza reparos em veículo, com autorização do proprietário, não pode reter o bem por falta de pagamento do serviço. Gabarito: A a) Incorreta. No constituto possessório, o possuidor possuía em nome próprio e passa a possuir em nome alheio. b) Correta. Isso porque, nesse caso, a coisa a ser entregue é colocada à disposição da outra parte. c) Correta. Art. 1.208, CC. d) Correta. “Oficina mecânica que realiza reparos em veículo, com autorização do proprietário, não pode reter o bem por falta de pagamento do serviço. Para o adequado deslinde da questão posta no recurso especial é necessário verificar se a retenção do veículo por parte da oficina mecânica, sob a justificativa da realização de benfeitorias no bem, é conduta legítima ou caracteriza esbulho, ensejador da propositura da demanda possessória. Inicialmente, cumpre salientar que o direito de retenção decorre, por expressa disposição do art. 1.219 do CC/2002, da realização de benfeitoria por parte do possuidor de boa-fé, motivo por que é fundamental verificar se a oficina era, de fato, possuidora do veículo e, dessa forma, estaria albergada pela hipótese legal e excepcional de retenção do bem, como forma de autotutela ou, de forma diversa, se a situação em análise seria de mera detenção do automóvel, circunstância que transbordaria a previsão legal de sua retenção, sob a justificativa da realização de benfeitorias. De acordo com a doutrina "(...) nem todo o estado de fato que se exerce sobre uma coisa, ou que revela exercício de poderes sobres as coisas, pode ser considerado como relação possessória plena. Muitas situações ocorrem, nas relações materiais com as coisas, que não refletem realmente uma forma de uso ou fruição do bem com poder pleno, ou a intenção de exercer um determinado direito real. Existe um certo poder sobre a coisa. Há uma relação de disponibilidade, mas em nome alheio, ou sob outra razão. Tal relação denomina-se detenção. (...) A distinção entre posse e detenção reside num aspecto básico: na primeira, os atos possessórios são exercidos em nome próprio, ou em proveito próprio; na segunda, em nome ou proveito alheio. Nesta situação, há uma relação de dependência ou subordinação para com outrem.” Tem-se, portanto, que a oficina em nenhum momento exerce a posse do bem. É incontroverso que o veículo é deixado pelo proprietário somente para a realização de reparos, sem que isso caracterize posse, pois jamais a empresa poderia exercer poderes inerentes à propriedade do bem, relativos à sua fruição ou mesmo inerentes ao referido direito real (propriedade), nos termos do art. 1.196 do CC/2002. Assim, não há o direito de retenção, sob a alegação da realização de benfeitoria no veículo, pois, nos termos do art. 1.219 do CC/2002, tal providência é permitida ao possuidor de boa-fé, mas não ao mero detentor do bem.” REsp 1.628.385- ES, Rel. Min. Ricardo Villas BôasCueva, por unanimidade, julgado em 22/8/2017, DJe 29/8/2017, informativo 610. DIREITO PROCESSUAL CIVIL 11- Assinale a alternativa correta, quanto aos embargos à execução: a) A oposição de embargos à execução depende de garantia do juízo. b) Ao opor embargos, o executado mediante depósito de parcela da dívida, poderá requerer o parcelamento desta. c) Nas execuções por carta, o prazo para embargos será contado da juntada, na carta, da certificação da citação, quando versarem unicamente sobre vícios ou defeitos da penhora, da avaliação ou da alienação dos bens. d) Os embargos à execução terão efeito suspensivo. Gabarito: C a) Incorreta. Art. 914, CPC: “O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá se opor à execução por meio de embargos.” b) Incorreta. Art. 916, CPC: “No prazo para embargos, reconhecendo o crédito do exequente e comprovando o depósito de trinta por cento do valor em execução, acrescido de custas e de honorários de advogado, o executado poderá requerer que lhe seja permitido pagar o restante em até 6 (seis) parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e de juros de um por cento ao mês. § 6o A opção pelo parcelamento de que trata este artigo importa renúncia ao direito de opor embargos.” c) Correta. Art. 915, §2º, I, CPC. d) Incorreta. Art. 919, CPC: “Os embargos à execução não terão efeito suspensivo.” 12- Assinale a alternativa incorreta: a) Se o imóvel penhorado estiver arrendado, o inquilino pagará o aluguel diretamente ao exequente, salvo se houver administrador. b) No leilão judicial, não será aceito lance que ofereça preço vil, que é aquele inferior ao mínimo estipulado pelo juiz e constante do edital, e, não tendo sido fixado preço mínimo, considera-se vil o preço inferior a cinquenta por cento do valor da avaliação. c) No prazo para embargos à execução, reconhecendo o crédito do exequente e comprovando o depósito de trinta por cento do valor em execução, acrescido de custas e de honorários de advogado, o executado poderá requerer que lhe seja permitido pagar o restante em até 6 parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e de juros de um por cento ao mês. d) Os embargos à execução terão efeito suspensivo, desde que garantido o juízo. Gabarito: D a) Correta. Art. 869, §3o, CPC. b) Correta. Art. 891, CC. c) Correta. Art. 916, CPC. d) Incorreta. Art. 919, CPC: “Os embargos à execução não terão efeito suspensivo. § 1o O juiz poderá, a requerimento do embargante,atribuir efeito suspensivo aos embargos quando verificados os requisitos para a concessão da tutela provisória e desde que a execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficientes.” 13- Assinale a alternativa correta, quanto à execução por quantia certa: I- Na execução por carta, os embargos serão oferecidos no juízo deprecante ou no juízo deprecado, mas a competência para julgá-los é do juízo deprecado. II- No caso de leilão de bem hipotecado, o executado poderá remi-lo até a assinatura do auto de arrematação, oferecendo preço igual ao do maior lance oferecido. III- O arrematante poderá desistir da arrematação em leilão judicial, sendo-lhe imediatamente devolvido o depósito que tiver feito, se provar, nos 10 dias seguintes, a existência de ônus real ou gravame não mencionado no edital. a) Todas estão corretas. b) Apenas I e II estão corretas. c) Apenas I e III estão corretas. d) Apenas II e III estão corretas. Gabarito: D I- Incorreta. Art. 914, § 2º, CPC: “Na execução por carta, os embargos serão oferecidos no juízo deprecante ou no juízo deprecado, mas a competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se versarem unicamente sobre vícios ou defeitos da penhora, da avaliação ou da alienação dos bens efetuadas no juízo deprecado.” II- Correta. Art. 902, CPC. III- Correta. Art. 903, §5º, I, CPC. 14- Assinale a alternativa correta: a) O pedido será alternativo quando, o autor formular mais de um, sem ordem de preferência, para que o juiz escolha um deles. b) O autor poderá até a contestação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de consentimento do réu. c) A indicação do dispositivo legal não é requisito da petição inicial e, uma vez existente, não vincula o órgão julgador. d) Não é possível a formulação de pedido genérico em reconvenção. Gabarito: C a) Incorreta. Art. 325, CPC: “O pedido será alternativo quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder cumprir a prestação de mais de um modo.” b) Incorreta. Art. 329, CPC: “O autor poderá: I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de consentimento do réu”. c) Correta. Enunciado 281, FPPC. “(art. 319, III) A indicação do dispositivo legal não é requisito da petição inicial e, uma vez existente, não vincula o órgão julgador”. (Grupo: Petição inicial, resposta do réu e saneamento; redação revista no V FPPC-Vitória) d) Incorreta. Art. 324, CPC: “O pedido deve ser determinado. § 1o É lícito, porém, formular pedido genérico: I - nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados; II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato; III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu. § 2o O disposto neste artigo aplica-se à reconvenção”. 15- Assinale a alternativa incorreta: a) Preenchidos os demais pressupostos, a decisão interlocutória e a decisão unipessoal (monocrática) são suscetíveis de fazer coisa julgada. b) A coisa julgada sobre a questão prejudicial incidental se limita à existência, inexistência ou modo de ser de situação jurídica, e à autenticidade ou falsidade de documento. c) Considera-se omissa a decisão que não justifica o objeto e os critérios de ponderação do conflito entre normas. d) A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não prejudicando ou beneficiando terceiros. Gabarito: D a) Correta. Enunciado 436, FPPC. b) Correta. Enunciado 437, FPPC. c) Correta. Enunciado 562, FPPC. d) Incorreta. Admite-se que a coisa julgada possa beneficiar terceiros, como no caso do art. 274, CC: “O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais, mas o julgamento favorável aproveita-lhes, sem prejuízo de exceção pessoal que o devedor tenha direito de invocar em relação a qualquer deles”. Ademais, cita-se o artigo 506, CPC: “a sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não prejudicando terceiros”. 16- Assinale a alternativa correta: I- Os embargos de terceiro não podem ser opostos pelo proprietário meramente fiduciário. II- O direito de retenção por benfeitorias realizadas deve ser exercido no momento da contestação de ação de cunho possessório, sob pena de preclusão. III- A decisão de embargos de terceiro que reconhecer suficientemente provado o domínio ou a posse determinará a suspensão das medidas constritivas sobre os bens litigiosos objeto dos embargos, bem como a manutenção ou a reintegração provisória da posse, se o embargante a houver requerido. a) Todas estão corretas. b) Apenas I e II estão corretas. c) Apenas I e III estão corretas. d) Apenas II e III estão corretas. Gabarito: D I- Incorreta. Art. 674, CPC: “Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição ou ameaça de constrição sobre bens que possua ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato constritivo, poderá requerer seu desfazimento ou sua inibição por meio de embargos de terceiro. § 1o Os embargos podem ser de terceiro proprietário, inclusive fiduciário, ou possuidor.” II- Correta. “PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. RETENÇÃO POR BENFEITORIAS. DIREITO NÃO EXERCIDO NA CONTESTAÇÃO, NO PROCESSO DE CONHECIMENTO. PRECLUSÃO. ACÓRDÃO RECORRIDO EM SINTONIA COM O ATUAL ENTENDIMENTO DO STJ. AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO DOS DISPOSITIVOS LEGAIS VIOLADOS. FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE. SÚMULA 284/STF. RECURSO NÃO PROVIDO. 1. Hipótese em que o Tribunal de origem, ao dirimir a controvérsia, concluiu estar precluso o eventual direito de retenção para indenização das benfeitoras, tendo em vista que ele não foi exercido no momento próprio. 2. O acórdão recorrido está em sintonia com o atual entendimento do STJ de que o direito de retenção por benfeitorias realizadas deve ser exercido no momento da contestação de ação de cunho possessório, sob pena de preclusão. Precedentes: AgRg no REsp 1.273.356/SP, Rel. Ministro João Otávio de Noronha, Terceira Turma, DJe de 12.12/2014; REsp 1.278.094/SP, Rel. Ministra Nancy Andrighi, Terceira Turma, DJe de 22.8.2012; entre outros...” REsp 1659643 PR 2017/0045408-0, SEGUNDA TURMA, DJe 05/05/2017. III- Correta. Art. 678, CPC. 17- (2016/FCC/DPE-BA/Defensor Público) Para possibilitar a penhora de dinheiro em depósito ou em aplicação financeira, o juiz, a) de ofício, sem dar ciência prévia do ato ao executado, determinará, por meio de ofício dirigido à instituição financeira em que alocados os recursos, que esta torne indisponíveis ativos financeiros existentes em nome do executado. b) a requerimento do exequente, ouvindo previamente o executado, no prazo de três dias, determinará às instituições financeiras, por meio de sistema eletrônico gerido pela autoridade supervisora do sistema financeiro nacional, que torne indisponíveis ativos financeiros existentes em nome do executado. c) de ofício, ouvindo previamente o executado, no prazo de três dias, determinará às instituições financeiras, por meio de sistema eletrônico gerido pela autoridade supervisora do sistema financeiro nacional, que torne indisponíveis ativos financeiros existentes em nome do executado. d) a requerimento do exequente, sem dar ciência prévia do ato ao executado, determinará às instituições financeiras, por meio de sistema eletrônico gerido pela autoridade supervisora do sistema financeiro nacional, que torne indisponíveis ativos financeiros existentes em nome do executado. Gabarito: D Art. 854, CPC: “Para possibilitar a penhora de dinheiro em depósito ou em aplicação financeira, o juiz, a requerimento do exequente, sem dar ciência prévia do ato ao executado, determinará às instituições financeiras, por meio de sistema eletrônico gerido pela autoridade supervisora do sistema financeiro nacional, que torne indisponíveisativos financeiros existentes em nome do executado, limitando-se a indisponibilidade ao valor indicado na execução.” 18- (2016/CONSULPLAN/TJ-MG/Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento) Referentemente à arrematação, assinale a afirmação INCORRETA: a) Se o arrematante ou seu fiador não pagar o preço no prazo estabelecido, o juiz impor-lhe-á, em favor do exequente, a perda da caução, voltando os bens a novo leilão, do qual não serão admitidos a participar o arrematante e o fiador remissos. b) O fiador do arrematante que pagar o valor do lance e a multa poderá exercitar a jurisdição para efeito de ver-se restituído do valor que desembolsou em favor do afiançado. c) Será suspensa a arrematação logo que o produto da alienação dos bens for suficiente para o pagamento do credor e para a satisfação das despesas da execução. d) O leilão prosseguirá no dia útil imediato, à mesma hora em que teve início, independentemente de novo edital, se for ultrapassado o horário de expediente forense. Gabarito: B A) Correta. Art. 897, CPC: “Se o arrematante ou seu fiador não pagar o preço no prazo estabelecido, o juiz impor-lhe-á, em favor do exequente, a perda da caução, voltando os bens a novo leilão, do qual não serão admitidos a participar o arrematante e o fiador remissos.” c) Incorreta. Art. 898, CPC: “O fiador do arrematante que pagar o valor do lance e a multa poderá requerer que a arrematação lhe seja transferida.” c) Correta. CPC: “Art. 898. O fiador do arrematante que pagar o valor do lance e a multa poderá requerer que a arrematação lhe seja transferida. Art. 899. Será suspensa a arrematação logo que o produto da alienação dos bens for suficiente para o pagamento do credor e para a satisfação das despesas da execução.” d) Correta. Art. 900, CPC: “O leilão prosseguirá no dia útil imediato, à mesma hora em que teve início, independentemente de novo edital, se for ultrapassado o horário de expediente forense.” 19- Assinale a alternativa correta: I- O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social da controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a requerimento das partes ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a participação de pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada, com representatividade adequada, no prazo de 15 dias de sua intimação. II- É cabível a denunciação da lide do afiançado, na ação em que o fiador for réu. III- Admitida a intervenção de amicus curiae, que for uma autarquia federal, o processo deverá ser remetido à Justiça Federal. a) Apenas I e II estão corretas. b) Apenas I e III estão corretas. c) Apenas I está correta. d) Apenas II está correta. Gabarito: C I- Correta. Art. 138, CPC. II- Incorreta. Essa é hipótese de chamamento ao processo, art. 130, I, CPC. III- Incorreta. Art. 138, § 1º, CPC: “A intervenção de que trata o caput não implica alteração de competência nem autoriza a interposição de recursos, ressalvadas a oposição de embargos de declaração e a hipótese do § 3o.” 20- Assinale a alternativa correta: a) Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada nula de ofício pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu. b) Declarada a incompetência absoluta, somente os atos decisórios serão nulos, remetendo-se os autos ao juiz competente. c) Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já houver ultrapassado a fase de saneamento. d) A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz litispendência e não obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas, ressalvadas as disposições em contrário de tratados internacionais e acordos bilaterais em vigor no Brasil. Gabarito: D a) Incorreta. Art. 63, §3º, CPC: “Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu.” b) Incorreta. Art. 64 § 4º, CPC: “Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente.” c) Incorreta. Art. 55, §1º, CPC: “Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já houver sido sentenciado.” d) Correta. Art. 24, CPC. DIREITO DO CONSUMIDOR 21- Assinale a alternativa correta: I- O fornecedor possui 30 dias para sanar o vício do produto, prazo este que não pode ser ampliado, em detrimento do consumidor, ainda que por convenção das partes. II- O produto é considerado defeituoso pelo fato de outro de melhor qualidade ter sido colocado no mercado pelo mesmo fornecedor. III- O comerciante é igualmente responsável pelo vício do produto, quando: o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não puderem ser identificados; o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, produtor, construtor ou importador; não conservar adequadamente os produtos perecíveis. a) Todas as alternativas estão incorretas. b) Apenas I e II está correta. c) Apenas I e III está correta. d) Apenas II está correta. Gabarito: A I- Incorreta. Art. 18, CDC: “Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com as indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas. § 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: § 2° Poderão as partes convencionar a redução ou ampliação do prazo previsto no parágrafo anterior, não podendo ser inferior a sete nem superior a cento e oitenta dias. Nos contratos de adesão, a cláusula de prazo deverá ser convencionada em separado, por meio de manifestação expressa do consumidor.” II- Incorreta. Art. 12, § 2º, CDC: “O produto não é considerado defeituoso pelo fato de outro de melhor qualidade ter sido colocado no mercado.” III- Incorreta. Essa responsabilidade subsidiária do art. 13, CDC apenas se aplica para fins de fato do produto. Em caso de vício a responsabilidade é solidária. 22- Assinale a alternativa correta: I- Qualquer informação ou publicidade veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado. II- A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidades, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores. III- Os fabricantes e importadores deverão assegurar a oferta de componentes e peças de reposição enquanto não cessar a fabricação ou importação do produto. Cessadas a produção ou importação, a oferta deverá ser mantida por período razoável de tempo. a) Todas estão corretas. b) Apenas I e II estão corretas. c) Apenas I e III estão corretas. d) Apenas II e III estão corretas. Gabarito: D I- Incorreta. Art. 30, CDC: “Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ouapresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado.” II- Correta. Art. 31, CDC. III- Correta. Art. 32, CDC. 23- Assinale a alternativa correta, conforme o CDC: a) As sociedades integrantes dos grupos societários são solidariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes do CDC. b) As sociedades controladas só respondem subsidiariamente pelas obrigações decorrentes do CDC. c) As sociedades coligadas são solidariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes do CDC. d) As sociedades consorciadas só respondem com culpa pelas obrigações decorrentes do CDC. Gabarito: B Art. 28, CDC: “O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração. § 1° (Vetado). § 2° As sociedades integrantes dos grupos societários e as sociedades controladas, são subsidiariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código. § 3° As sociedades consorciadas são solidariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código. § 4° As sociedades coligadas só responderão por culpa. § 5° Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores”. 24- Assinale a alternativa incorreta: a) É facultado a qualquer consumidor ou entidade que o represente requerer ao Ministério Público que ajuíze a competente ação para ser declarada a nulidade de cláusula contratual que contrarie o disposto no Código de Defesa do Consumidor ou de qualquer forma não assegure o justo equilíbrio entre direitos e obrigações das partes. b) É permitida a capitalização de juros com periodicidade inferior à anual em contratos celebrados com instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional a partir de 31/3/2000 (MP n. 1.963-17/2000, reeditada como MP n. 2.170-36/2001), desde que expressamente pactuada. c) Não é potestativa a cláusula contratual que prevê a comissão de permanência, calculada pela taxa média de mercado apurada pelo Banco Central do Brasil, limitada à taxa do contrato. d) É lícita a cláusula contratual que veda ao consumidor a liquidação antecipada do débito com redução proporcional dos juros. Gabarito: D a) Correta. Art. 51, §4º, CDC. b) Correta. Súmula 539, STJ. c) Correta. Súmula 294, STJ. d) Incorreta. Art. 52, § 2º, CDC: “É assegurado ao consumidor a liquidação antecipada do débito, total ou parcialmente, mediante redução proporcional dos juros e demais acréscimos.” 25- Assinale a alternativa correta: I- Nos contratos de compra e venda de móveis ou imóveis mediante pagamento em prestações, bem como nas alienações fiduciárias em garantia, consideram-se nulas de pleno direito as cláusulas que estabeleçam a perda total das prestações pagas em benefício do credor que, em razão do inadimplemento, pleitear a resolução do contrato e a retomada do produto alienado. II- Nos contratos do sistema de consórcio de produtos duráveis, a compensação ou a restituição das parcelas quitadas, em razão de inadimplemento, terá descontada, além da vantagem econômica auferida com a fruição, os prejuízos que o inadimplente causar ao grupo. III- As sanções, previstas no CDC, por infração administrativa às normas de defesa do consumidor não podem ser impostas cumulativamente. a) Todas estão corretas. b) Apenas I e II estão corretas. c) Apenas II e III estão corretas. d) Apenas I e III estão corretas. Gabarito: B I- Correta. Art. 53, CDC. II- Correta, Art. 53, §2º, CDC. III- Incorreta. Art. 56, parágrafo único, CDC: “As sanções previstas neste artigo serão aplicadas pela autoridade administrativa, no âmbito de sua atribuição, podendo ser aplicadas cumulativamente, inclusive por medida cautelar, antecedente ou incidente de procedimento administrativo.” DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 26- Assinale a alternativa correta: I- Os municípios, com apoio dos estados e da União, estimularão e facilitarão a destinação de recursos e espaços para programações culturais, esportivas e de lazer voltadas para a infância e a juventude. II- Segundo o ECA, o adotante não pode ser avô, tio ou irmão do adotado. III- Considera-se adoção internacional aquela na qual a pessoa ou casal postulante não tem nacionalidade brasileira. a) Todas estão corretas. b) Apenas I e II estão corretas. c) Apenas II e III estão corretas. d) Apenas I está correta. Gabarito: D I- Correta. Art. 59, ECA. II- Incorreta. O tio pode adotar. Art. 42, §1º, ECA: “não podem adotar os ascendentes e os irmãos do adotando”. III- Incorreta. Art. 51, ECA: “Considera-se adoção internacional aquela na qual o pretendente possui residência habitual em país-parte da Convenção de Haia, de 29 de maio de 1993, Relativa à Proteção das Crianças e à Cooperação em Matéria de Adoção Internacional, promulgada pelo Decreto no 3.087, de 21 junho de 1999, e deseja adotar criança em outro país-parte da Convenção.” 27- (2017/FCC/DPE-SC/Defensor Público Substituto) Sem considerar a interpretação mais flexível eventualmente dada pela jurisprudência aos dispositivos que regem o instituto da adoção, é regra hoje prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente que a) a adoção poderá ser deferida ao adotante que, após inequívoca manifestação de vontade, vier a falecer antes do início do procedimento. b) para adoção conjunta, é indispensável, no mínimo, que os adotantes sejam ou tenham sido casados civilmente ou que mantenham ou tenham mantido união estável. c) se um dos cônjuges ou concubinos adota o filho do outro, rompem-se os vínculos de filiação entre o adotado e o cônjuge ou concubino do adotante e os respectivos parentes. d) a adoção internacional pressupõe a intervenção de organismos nacionais e estrangeiros, devidamente credenciados, encarregados de intermediar pedidos de habilitação à adoção internacional. Gabarito: B Obs: note que a questão pede apenas o que está disposto no ECA. a) Incorreta. Art. 42, § 6º, ECA: “A adoção poderá ser deferida ao adotante que, após inequívoca manifestação de vontade, vier a falecer no curso do procedimento, antes de prolatada a sentença.” b) Correta. Art. 42, ECA: “§ 2o Para adoção conjunta, é indispensável que os adotantes sejam casados civilmente ou mantenham união estável, comprovada a estabilidade da família. § 4o Os divorciados, os judicialmente separados e os ex-companheiros podem adotar conjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e o regime de visitas e desde que o estágio de convivência tenha sido iniciado na constância do período de convivência e que seja comprovada a existência de vínculos de afinidade e afetividade com aquele não detentor da guarda, que justifiquem a excepcionalidade da concessão.” c) Incorreta. Art. 41, § 1º, ECA: “Se um dos cônjuges ou concubinos adota o filho do outro, mantêm-se os vínculos de filiação entre o adotado e o cônjuge ou concubino do adotante e os respectivos parentes.” d) Incorreta. Art. 52, § 1º, ECA: “Se a legislação do país de acolhida assim o autorizar, admite-se que os pedidos de habilitação à adoção internacional sejam intermediados por organismos credenciados.” 28- Assinale a alternativa incorreta, quanto à apuração de ato infracional: a) Apreendido o adolescente em flagrante, e comparecendo qualquer dos pais ou responsável, o adolescente será prontamente liberado pela autoridade policial, sob termo de compromisso e responsabilidade de sua apresentação ao representante do Ministério Público, no mesmodia ou, sendo impossível, no primeiro dia útil imediato, exceto quando, pela gravidade do ato infracional e sua repercussão social, deva o adolescente permanecer sob internação para garantia de sua segurança pessoal ou manutenção da ordem pública. b) Apresentado o adolescente, o representante do Ministério Público, no mesmo dia e à vista do auto de apreensão, boletim de ocorrência ou relatório policial, devidamente autuados pelo cartório judicial e com informação sobre os antecedentes do adolescente, procederá imediata e informalmente à sua oitiva e, em sendo possível, de seus pais ou responsável, vítima e testemunhas. c) A representação do MP pela aplicação de medida socioeducativa depende de prova pré-constituída da autoria e materialidade. d) O advogado constituído ou o defensor nomeado, no prazo de três dias contado da audiência de apresentação, oferecerá defesa prévia e rol de testemunhas. Gabarito: C a) Correta. Art. 174, ECA. b) Correta. Art. 179, ECA. c) Incorreta. Art. 181, §2º, ECA: “A representação independe de prova pré-constituída da autoria e materialidade.” d) Correta. Art. 186, §3º, ECA. 29- Assinale a alternativa correta, quanto ao procedimento de adoção: I- O consentimento dos genitores quanto à colocação do filho para a adoção é retratável até a data da publicação da sentença constitutiva da adoção. II- Na hipótese de concordância dos pais, o juiz, na presença do Ministério Público, ouvirá as partes, devidamente assistidas por advogado ou por defensor público, para verificar sua concordância com a adoção, no prazo máximo de 10 (dez) dias, contado da data do protocolo da petição ou da entrega da criança em juízo, tomando por termo as declarações. III- O consentimento dos genitores somente terá valor se for dado após o nascimento da criança. a) Todas estão corretas. b) Apenas I e II estão corretas. c) Apenas II e III estão corretas. d) Apenas III está correta. Gabarito: C I- Incorreta. Art. 166, § 5º, ECA: “O consentimento é retratável até a data da realização da audiência especificada no § 1o deste artigo, e os pais podem exercer o arrependimento no prazo de 10 (dez) dias, contado da data de prolação da sentença de extinção do poder familiar.” II- Correta. Art. 166, §1º, I, ECA. III- Correta. Art. 166, §6º, ECA. 30- Compete à autoridade judiciária: a) Disciplinar, através de alvará, a entrada e permanência de criança ou adolescente, desacompanhado dos pais ou responsável, em estádio, ginásio e campo desportivo. b) Autorizar, mediante portaria, a entrada e permanência de criança ou adolescente, desacompanhado dos pais ou responsável em boate. c) Disciplinar, através de portaria, a participação de criança e adolescente em espetáculos públicos e seus ensaios, ainda que acompanhada dos pais. d) Autorizar, mediante alvará, participação de criança e adolescente em certame de beleza, se desacompanhada dos pais. Gabarito: C Art. 149, ECA: “Compete à autoridade judiciária disciplinar, através de portaria, ou autorizar, mediante alvará: I - a entrada e permanência de criança ou adolescente, desacompanhado dos pais ou responsável, em: a) estádio, ginásio e campo desportivo; b) bailes ou promoções dançantes; c) boate ou congêneres; d) casa que explore comercialmente diversões eletrônicas; e) estúdios cinematográficos, de teatro, rádio e televisão. II - a participação de criança e adolescente em: a) espetáculos públicos e seus ensaios; b) certames de beleza.” Art. 80, ECA: “Os responsáveis por estabelecimentos que explorem comercialmente bilhar, sinuca ou congênere ou por casas de jogos, assim entendidas as que realizem apostas, ainda que eventualmente, cuidarão para que não seja permitida a entrada e a permanência de crianças e adolescentes no local, afixando aviso para orientação do público.” Bloco II DIREITO PENAL 31. O artigo 107 do CP dispõe sobre as causas de extinção da punibilidade. Entre essas estão o indulto, a graça e a anistia (inciso II). Sobre tais causas de extinção de punibilidade, é incorreto afirmar que: a) A anistia não cabe nos crimes hediondos, na tortura, no tráfico ilícito de entorpecentes e no terrorismo. b) Enquanto que a anistia volta-se a fatos, tornando esses impuníveis, a graça, também chamada de indulto individual, é um perdão destinado a uma pessoa determinada. c) O indulto coletivo não necessariamente extingue a punibilidade, podendo, no entanto, realizar a chamada comutação. d) Tanto a anistia, como o indulto individual excluem todos os efeitos penais e civis da sentença penal, quando totais. GABARITO: D a) Correta. Art. 5º, XLIII da CF: “XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá- los, se omitirem;” b) Correta. c) Correta. O indulto coletivo pode ser tanto total como parcial. Será total quando extingue todas as condenações do beneficiário, extinguindo, portanto a punibilidade do agente. Será parcial quando apenas diminui ou substitui a pena por outra mais branda, não extinguindo a punibilidade, ocorrendo a chamada comutação. d) Incorreta. A anistia atinge todos os efeitos penais decorrentes da prática do crime, contudo não exclui os civis. Por sua vez, a graça ou indulto individual, em regra, excluem somente os efeitos primários penais da sentença. 32- Assinale a alternativa correta, quanto à suspensão condicional da pena: a) O sursis humanitário é aquele concedido aos maiores de 70 anos condenados a pena não superior a 4 anos. b) Constitui causa de revogação obrigatória da suspensão condicional da pena, o não comparecimento injustificado do beneficiário na audiência admonitória. c) Não é possível a concessão de sursis simultâneo. d) Em regra, no primeiro ano do sursis, deverá o condenado prestar serviços à comunidade ou submeter-se à limitação de fim de semana. Gabarito: D a) Incorreta. O sursis humanitário é aquele concedido por razões de saúde. b) Incorreta. Constitui causa de CASSAÇÃO da suspensão condicional da pena, o não comparecimento injustificado do beneficiário na audiência admonitória, art. 161, LEP. c) Incorreta. É possível. Sursis sucessivo é o concedido ao condenado após a extinção do sursis anterior, o que ocorre quando o sujeito, depois de cumprir o benefício, comete delito culposo ou contravenção penal. Como não é reincidente em crime doloso, nada impede que receba novamente o benefício. d) Correta. Art. 78, §1º, CP. 33- Assinale a alternativa incorreta, segundo o STJ: a) A continuidade delitiva, em regra, não pode ser reconhecida quando se tratar de delitos praticados em período superior a 30 dias. b) A continuidade delitiva pode ser reconhecida quando se tratar de delitos ocorridos em comarcas limítrofes ou próximas. c) O desígnio autônomo que caracteriza o concurso formal impróprio exige dolo direto. d) José cometeu dois crimes de roubo no mesmo dia. Em um dos crimes o estabelecimento comercial foi invadido pelo agente, enquanto no outro José rendeu funcionária da joalheria em sua própria residência, e, após subtrair diversos bens dela e de sua família, obrigou-a a se deslocar ao seu local de trabalho para consumar novo crime. Nesse caso, não há que se falar em crime continuado. Gabarito: C a) Correta. AgRg no AREsp 468460/MG,Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA,Julgado em 08/05/2014,DJE 28/05/2014; HC 239397/RS,Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA,Julgado em 08/04/2014,DJE 15/04/2014. b) Correta. HC 206227/RS,Rel. Ministro GILSON DIPP, QUINTA TURMA,Julgado em 06/10/2011,DJE 14/10/2011; HC 174612/RS,Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA,Julgado em 31/05/2011,DJE16/06/2011. c) Incorreta. “Os desígnios autônomos que caracterizam o concurso formal impróprio referem-se a qualquer forma de dolo, direto ou eventual. A segunda parte do art. 70 do CP, ao dispor sobre o concurso formal impróprio, exige, para sua incidência, que haja desígnios autônomos, ou seja, a intenção de praticar ambos os delitos. O dolo eventual também representa essa vontade do agente, visto que, mesmo não desejando diretamente a ocorrência de um segundo resultado, aceitou-o. Assim, quando, mediante uma só ação, o agente deseja mais de um resultado ou aceita o risco de produzi-lo, devem ser aplicadas as penas cumulativamente, afastando-se a regra do concurso formal perfeito. Precedentes citados do STF: HC 73.548-SP, DJ 17/5/1996; e do STJ: REsp 138.557-DF, DJ 10/6/2002.” HC 191.490-RJ, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 27/9/2012. d) Correta. “AGRAVO REGIMENTAL. HABEAS CORPUS. CONDENAÇÃO POR ROUBOS MAJORADOS. QUADRILHA. PENA-BASE. CONSEQUÊNCIAS E CIRCUNSTÂNCIAS DO DELITO. GRANDE PREJUÍZO ÀS VÍTIMAS. AUDÁCIA DA AÇÃO CRIMINOSA. ELEMENTOS QUE JUSTIFICAM A EXASPERAÇÃO. 1. Admite-se a exasperação da pena-base pela valoração negativa das consequências do delito com base no valor do prejuízo sofrido pela vítima. 2. In casu, considerando os altos valores subtraídos pelo grupo criminoso, mostra-se adequada a elevação da sanção inicial. 3. A forma audaciosa e o grau de coordenação com que praticados os delitos patrimoniais demonstram a maior reprovabilidade social das condutas e justificam o julgamento desfavorável das circunstâncias do crime. CONTINUIDADE DELITIVA. INEXISTÊNCIA DE IDENTIDADE ENTRE A FORMA DE EXECUÇÃO DOS DELITOS. NÃO PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS DO ART. 71 DO CP. 1. Para a caracterização da continuidade delitiva é imprescindível o preenchimento de requisitos de ordem objetiva - mesmas condições de tempo, lugar e forma de execução - e subjetiva - unidade de desígnios ou vínculo subjetivo entre os eventos (art. 71 do CP) (Teoria Mista ou Objetivo-subjetiva). 2. A mera circunstância de os fatos terem sido praticados no mesmo dia não é suficiente para a configuração do crime continuado. 3. Considerando que em um dos roubos o estabelecimento comercial foi invadido pelos agentes criminosos, enquanto no outro o grupo rendeu funcionária da joalheria em sua própria residência, e, após subtrair diversos bens dela e de sua família, obrigou-a a se deslocar ao seu local de trabalho para consumar novo crime, não há que se falar em crime continuado...” AgRg no HC 184.814/SP, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 07/11/2013, DJe 21/11/2013. 34- Assinale a alternativa correta: a) Trata-se de erro de proibição a situação em que um caçador atira em uma pessoa fantasiada, acreditando ser um urso. b) Nos crimes omissivos impróprios o agente possui um dever genérico de agir para evitar o resultado. c) Pratica o crime de homicídio aquele que assiste a um cego precipitar-se de um abismo, podendo impedi-lo. d) Aquele que vê o filho afogando e não o salva por desconhecer o seu dever de agir incide em erro de proibição. Gabarito: D a) Incorreta. Trata-se de erro de tipo. b) Incorreta. Nos crimes omissivos próprios o agente possui um dever genérico de agir para evitar o resultado. c) Incorreta. Pratica omissão de socorro, pois não há dever específico de agir nesse caso. d) Correta. Há um erro sobre a ilicitude do fato. 35- Assinale a alternativa incorreta, segundo o CP, STJ e STF: a) Aplicam-se às penas restritivas de direito os mesmos prazos de prescrição da pretensão punitiva previstos para as privativas de liberdade. b) Se o condenado que está cumprindo pena restritiva de direitos abandona seu cumprimento, o prazo da prescrição executória deve ser regulado pelo tempo que resta a ser cumprido, aplicando-se, por interpretação extensiva, o art. 113 do CP. c) É inadmissível a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva com fundamento em pena hipotética, independentemente da existência ou sorte do processo penal. d) O acórdão que reduz pena imposta na condenação possui o condão de interromper a prescrição. Gabarito: D a) Correta. Art. 109, parágrafo único, CP. b) Correta. “HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO PENAL. PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE SUBSTITUÍDA POR MEDIDA RESTRITIVA DE DIREITOS. ABANDONO DO CUMPRIMENTO DA PENA RESTRITIVA DE DIREITOS. RECONHECIMENTO DA PRESCRIÇÃO DA PENA QUE RESTA A SER CUMPRIDA. ARTIGO 113 DO CÓDIGO PENAL. INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA. ORDEM CONCEDIDA. 1 - Se o sentenciado foragido ou que tem o livramento condicional revogado tem direito à contagem do prazo prescricional descontado o período efetivamente cumprido da pena, assim também deve acontecer com aquele que abandona o cumprimento da pena restritiva de direitos antes de seu término, fazendo jus ao desconto do tempo de pena cumprida para fins de contagem de prescrição do restante da pena. 2 - Ordem concedida para reconhecer a prescrição da pretensão executória em relação à pena imposta ao paciente nos autos da Ação Penal n.º 2004.71.04.001348-9 e determinar o arquivamento dos autos da Execução Penal n.º 2006.71.04.007019-6.” HC 232.764/RS, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 25/06/2012, DJe 29/06/2012. c) Correta. Súmula 438, STJ. d) Incorreta. “Recurso extraordinário. Matéria criminal. Prequestionamento. Ofensa indireta ou reflexa. Inadmissibilidade. Precedentes. Pedido de reconhecimento da prescrição da pretensão punitiva estatal na modalidade retroativa. Matéria de ordem pública que pode ser arguida e reconhecida a qualquer tempo. Artigo 61 do Código de Processo Penal. Ocorrência. Acórdão que reduz a pena fixada em primeiro grau. Não interrupção da prescrição. Natureza declaratória. Precedentes. Ordem concedida de ofício. 1. Não se admite o recurso extraordinário quando os dispositivos constitucionais que nele se alega violados não estão devidamente prequestionados. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF. 2. O Tribunal de origem, ao decidir a questão, se ateve ao exame da legislação infraconstitucional. Portanto, a violação, se ocorresse, seria indireta ou reflexa, o que não enseja recurso extraordinário. 3. O reconhecimento da prescrição da pretensão punitiva em direito penal é matéria de ordem pública e, por isso, pode ser arguida e reconhecida a qualquer tempo (art. 61 do Código de Processo Penal), independentemente, inclusive, de prequestionamento. 4. Segundo o entendimento doutrinário e jurisprudencial da Corte, o acórdão que confirma condenação ou diminui a reprimenda imposta na sentença não interrompe a contagem da prescrição, pois sua natureza é declaratória. 5. Recurso extraordinário do qual não se conhece. 6. Ordem de habeas corpus concedida de ofício para declarar extinta a punibilidade do recorrente, em razão da consumação da prescrição da pretensão punitiva estatal.” RE 751394, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 28/05/2013, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-168 DIVULG 27-08-2013 PUBLIC 28-08-2013. 36- Assinale a alternativa correta: I- O STF admite a prescrição em perspectiva. II- A prescrição da pena de multa ocorrerá em 2 anos, quando a multa for a única cominada ou aplicada. III- Depois de passada em julgado a sentença condenatória, a prescrição não corre durante o tempo em que o condenado está preso por outro motivo. a) I, II e III estão corretas. b) Apenas I e II estão corretas. c) Apenas II e III estão corretas. d) Apenas I e III estão corretas. Gabarito: C I- Incorreta. “COMPETÊNCIA – PRERROGATIVA DE FORO – CESSAÇÃO DE MANDATO – AGRAVO REGIMENTAL. Estando o agravo regimental voltado a infirmar ato de integrante do Supremo, a este incumbe o julgamento, mostrando-se neutra a cessação do mandato gerador da prerrogativa de foro. RECURSO – ARQUIVAMENTO DE INQUÉRITO – PRESCRIÇÃOVIRTUAL – DECLINAÇÃO DA COMPETÊNCIA – JULGAMENTO. Surgindo a prerrogativa de o investigado ter o inquérito em curso no Supremo, cumpre ao Juízo, defrontando-se com recurso em sentido estrito, remeter os autos ao Tribunal competente, atuando este sob o ângulo da revisão do que decidido. PRESCRIÇÃO EM PERSPECTIVA. Inexiste norma legal que, interpretada e aplicada, viabilize assentar a prescrição da pretensão punitiva considerada possível sentença condenatória.” Inq 3574 AgR, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Primeira Turma, julgado em 02/06/2015, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-114 DIVULG 15-06-2015 PUBLIC 16-06-2015. II- Correta. Art. 114, I, CP. III- Correta. Art. 116, parágrafo único, CP. 37- Assinale a alternativa correta, segundo o STJ e o STF: a) Há remição da pena na hipótese em que o condenado deixa de trabalhar ou estudar em virtude da omissão do Estado em fornecer tais atividades. b) A remição pelo estudo pressupõe a frequência a curso de ensino regular ou de educação profissional e do aproveitamento satisfatório. c) É possível remir a pena do condenado que cumpre jornada de trabalho de quatro horas diárias por determinação da administração do presídio, muito embora, nos termos da Lei de Execução Penal, a jornada diária não deva ser inferior a seis nem superior a oito horas. d) A decisão que reconhece a remição da pena, em virtude de dias trabalhados, constitui direito adquirido. Gabarito: C a) Incorreta. “Não há remição da pena na hipótese em que o condenado deixa de trabalhar ou estudar em virtude da omissão do Estado em fornecer tais atividades.” HC 175718/RO,Rel. Ministra MARILZA MAYNARD (DESEMBARGADORA CONVOCADA DO TJ/SE), SEXTA TURMA,Julgado em 05/12/2013,DJE 16/12/2013. b) Incorreta. “A remição pelo estudo pressupõe a frequência a curso de ensino regular ou de educação profissional, independentemente da sua conclusão ou do aproveitamento satisfatório.” HC 289382/RJ,Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, Julgado em 08/04/2014,DJE 28/04/2014. RHC 034455/MG,Rel. Ministra MARILZA MAYNARD (DESEMBARGADORA CONVOCADA DO TJ/SE), QUINTA TURMA,Julgado em 23/04/2013,DJE 26/04/2013. c) Correta. “A Segunda Turma deu provimento a recurso ordinário em “habeas corpus” e concedeu a ordem para que seja considerado, para fins de remição da pena, o total de horas trabalhadas em jornada diária inferior a seis horas. O Colegiado anotou que o condenado cumpria jornada de quatro horas diárias de trabalho por determinação da administração do presídio. Ponderou que, nos termos da Lei de Execução Penal (LEP) (1 e 2), a jornada diária não deve ser inferior a seis nem superior a oito horas. Afirmou que, para computar os dias de remição, a administração penitenciária somou as horas trabalhadas e as dividiu por seis. A Turma concluiu que, ao fazer a conversão matemática do cálculo da remição, a administração penitenciária agiu dentro dos limites previstos na LEP. Asseverou que o condenado não poderia ser apenado por um limite de horas imposto pelo próprio estabelecimento penitenciário na execução de sua pena. Por fim, deliberou que a obrigatoriedade do cômputo de tempo de trabalho deve ser aplicada às hipóteses em que o sentenciado, por determinação da administração, cumpra jornada inferior ao mínimo de seis horas, ou seja, em que a jornada de trabalho não derive de ato voluntário nem de indisciplina ou insubmissão do preso.” RHC 136509/MG, rel. Min. Dias Toffoli, julgamento em 4.4.2017,informativo 860. AgRg no HC 196715/RS,Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, QUINTA TURMA,Julgado em 15/08/2013,DJE 22/08/2013. d) Incorreta. “A decisão que reconhece a remição da pena, em virtude de dias trabalhados, não faz coisa julgada nem constitui direito adquirido.” REsp 1417326/RS,Rel. Ministra MARILZA MAYNARD (DESEMBARGADORA CONVOCADA DO TJ/SE), SEXTA TURMA,Julgado em 25/02/2014,DJE 14/03/2014. HC 280020/SP,Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA,Julgado em 17/12/2013,DJE 03/02/2014. HC 177176/SP,Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, Julgado em 18/10/2011,DJE 17/11/2011. 38- Assinale a alternativa incorreta, segundo o STJ: a) A legitimidade para a execução fiscal de multa pendente de pagamento imposta em sentença condenatória é exclusiva da Procuradoria da Fazenda Pública. b) Não é possível, em razão de pedido feito por condenado que sequer iniciou o cumprimento da pena, a reconversão de pena de prestação de serviços à comunidade e de prestação pecuniária (restritivas de direitos) em pena privativa de liberdade a ser cumprida em regime aberto. c) O fato de o tráfico de drogas ser praticado com o intuito de introduzir substâncias ilícitas em estabelecimento prisional não impede, por si só, a substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direitos, devendo essa circunstância ser ponderada com os requisitos necessários para a concessão do benefício. d) É obrigatório que o condenado por crime de tortura inicie o cumprimento da pena no regime prisional fechado. Gabarito: D a) Correta. Súmula 521, STJ. b) Correta. “Não é possível, em razão de pedido feito por condenado que sequer iniciou o cumprimento da pena, a reconversão de pena de prestação de serviços à comunidade e de prestação pecuniária (restritivas de direitos) em pena privativa de liberdade a ser cumprida em regime aberto. O art. 33, § 2º, c, do CP apenas estabelece que "o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto". O referido dispositivo legal não traça qualquer direito subjetivo do condenado quanto à escolha entre a sanção alternativa e a pena privativa de liberdade. Ademais, a escolha da pena e do regime prisional, bem como do preenchimento dos requisitos do art. 44 do CP, insere-se no campo da discricionariedade vinculada do magistrado. Além disso, a reconversão da pena restritiva de direitos imposta na sentença condenatória em pena privativa de liberdade depende do advento dos requisitos legais (descumprimento das condições impostas pelo juiz da condenação). Por isso, não cabe ao condenado que sequer iniciou o cumprimento da pena escolher ou decidir a forma como pretende cumprir a condenação que lhe foi imposta. Ou seja, não é possível pleitear a forma que lhe parecer mais cômoda ou conveniente. Nesse sentido, oportuna a transcrição do seguinte entendimento doutrinário: ‘Reconversão fundada em lei e não em desejo do condenado: a reconversão da pena restritiva de direitos, imposta na sentença condenatória, em pena privativa de liberdade, para qualquer regime, a depender do caso concreto, depende do advento dos requisitos legais, não bastando o mero intuito do sentenciado em cumprir pena, na prática, mais fácil. Em tese, o regime carcerário, mesmo o aberto, é mais prejudicial ao réu do que a pena restritiva de direitos; sabe-se, no entanto, ser o regime aberto, quando cumprido em prisão albergue domiciliar, muito mais simples do que a prestação de serviços à comunidade, até pelo fato de inexistir fiscalização. Por isso, alguns condenados manifestam preferência pelo regime aberto em lugar da restritiva de direitos. A única possibilidade para tal ocorrer será pela reconvenção formal, vale dizer, ordena-se o cumprimento da restritiva e ele não segue a determinação. Outra forma é inadmissível.’” REsp 1.524.484-PE, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 17/5/2016, DJe 25/5/2016. c) Correta. AgRg no REsp 1.359.941-DF, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 4/2/2014, informativo 536. d) Incorreta. “Não é obrigatório que o condenado por crime de tortura inicie o cumprimento da pena no regime prisional fechado. Dispõe o art. 1º, § 7º, da Lei 9.455/1997 - lei que define os crimes de tortura e dá outras providências - que "O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o cumprimentoda pena em regime fechado". Entretanto, cumpre ressaltar que o Plenário do STF, ao julgar o HC 111.840-ES (DJe 17.12.2013), afastou a obrigatoriedade do regime inicial fechado para os condenados por crimes hediondos e equiparados, devendo-se observar, para a fixação do regime inicial de cumprimento de pena, o disposto no art. 33 c/c o art. 59, ambos do CP. Assim, por ser equiparado a crime hediondo, nos termos do art. 2º, caput e § 1º, da Lei 8.072/1990, é evidente que essa interpretação também deve ser aplicada ao crime de tortura, sendo o caso de se desconsiderar a regra disposta no art. 1º, § 7º, da Lei 9.455/1997, que possui a mesma disposição da norma declarada inconstitucional. Cabe esclarecer que, ao adotar essa posição, não se está a violar a Súmula Vinculante n.º 10, do STF, que assim dispõe: "Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, art. 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte". De fato, o entendimento adotado vai ao encontro daquele proferido pelo Plenário do STF, tornando-se desnecessário submeter tal questão ao Órgão Especial desta Corte, nos termos do art. 481, parágrafo único, do CPC: "Os órgãos fracionários dos tribunais não submeterão ao plenário, ou ao órgão especial, a arguição de inconstitucionalidade, quando já houver pronunciamento destes ou do plenário do Supremo Tribunal Federal sobre a questão". Portanto, seguindo a orientação adotada pela Suprema Corte, deve-se utilizar, para a fixação do regime inicial de cumprimento de pena, o disposto no art. 33 c/c o art. 59, ambos do CP e as Súmulas 440 do STJ e 719 do STF. Confiram-se, a propósito, os mencionados verbetes sumulares: "Fixada a pena-base no mínimo legal, é vedado o estabelecimento de regime prisional mais gravoso do que o cabível em razão da sanção imposta, com base apenas na gravidade abstrata do delito." (Súmula 440 do STJ) e "A imposição do regime de cumprimento mais severo do que a pena aplicada permitir exige motivação idônea." (Súmula 719 do STF). Precedente citado: REsp 1.299.787-PR, Quinta Turma, DJe 3/2/2014.” HC 286.925-RR, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 13/5/2014. 39- Assinale a alternativa correta: I- Segundo o STJ, a determinação da perda de cargo público fundada na aplicação de pena privativa de liberdade superior a 4 anos (art. 92, I, b, do CP) pressupõe fundamentação concreta que justifique o cabimento da medida. II- Constitui efeito automático da condenação a inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para a prática de crime doloso. III- O perdão do ofendido, se concedido por um dos ofendidos, não prejudica o direito dos outros. a) I, II e III estão corretas. b) Apenas I e II estão corretas. c) Apenas II e III estão corretas. d) Apenas I e III estão corretas. Gabarito: D I- Correta. “A determinação da perda de cargo público fundada na aplicação de pena privativa de liberdade superior a 4 anos (art. 92, I, b, do CP) pressupõe fundamentação concreta que justifique o cabimento da medida. De fato, para que seja declarada a perda do cargo público, na hipótese descrita no art. 92, I, b, do CP, são necessários dois requisitos: a) que o quantum da sanção penal privativa de liberdade seja superior a 4 anos; e b) que a decisão proferida apresente-se de forma motivada, com a explicitação das razões que ensejaram o cabimento da medida. A motivação dos atos jurisdicionais, conforme imposição do art. 93, IX, da CF ("Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade..."), funciona como garantia da atuação imparcial e secundum legis (sentido lato) do órgão julgador. Ademais, a motivação dos atos judiciais serve de controle social sobre os atos judiciais e de controle pelas partes sobre a atividade intelectual do julgador, para que verifiquem se este, ao decidir, considerou todos os argumentos e as provas produzidas pelas partes e se bem aplicou o direito ao caso concreto. Por fim, registre-se que o tratamento jurídico-penal será diverso quando se tratar de crimes previstos no art. 1º da Lei 9.455/1997 (Lei de Tortura). Isso porque, conforme dispõe o § 5º do art. 1º deste diploma legal, a perda do cargo, função ou emprego público é efeito automático da condenação, sendo dispensável fundamentação concreta.” REsp 1.044.866-MG, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 2/10/2014, informativo 549. II- Incorreta. Esse efeito deve ser fundamentado, art. 92, III, CP. III- Correta. Art. 106, II, CP. 40- (2017/MPE-RS/MPE-RS/Promotor de Justiça - Reaplicação) Assinale a alternativa INCORRETA. a) A reabilitação pode ser requerida após o decurso de dois anos do dia em que for extinta de qualquer modo a pena, seja o condenado reincidente ou não. b) O juízo competente para processar a reabilitação é o juízo das execuções penais. c) Na hipótese de não haver renúncia da vítima ou novação da dívida, é condição para reabilitação a prova de haver ressarcido o dano causado pelo crime ou demonstrar a impossibilidade de fazê-lo. d) Uma vez negada a reabilitação não há prazo mínimo para renovação do pedido. Gabarito: B a) Correta. Art. 94, CP: “A reabilitação poderá ser requerida, decorridos 2 (dois) anos do dia em que for extinta, de qualquer modo, a pena ou terminar sua execução, computando-se o período de prova da suspensão e o do livramento condicional, se não sobrevier revogação, desde que o condenado”. b) Incorreta. Art. 743, CPP: “A reabilitação será requerida ao juiz da condenação...”. c) Correta. Art. 94, CP: “A reabilitação poderá ser requerida, decorridos 2 (dois) anos do dia em que for extinta, de qualquer modo, a pena ou terminar sua execução, computando-se o período de prova da suspensão e o do livramento condicional, se não sobrevier revogação, desde que o condenado: I - tenha tido domicílio no País no prazo acima referido; II - tenha dado, durante esse tempo, demonstração efetiva e constante de bom comportamento público e privado; III - tenha ressarcido o dano causado pelo crime ou demonstre a absoluta impossibilidade de o fazer, até o dia do pedido, ou exiba documento que comprove a renúncia da vítima ou novação da dívida.” d) Correta. Art. 94, parágrafo único, CP: “Negada a reabilitação, poderá ser requerida, a qualquer tempo, desde que o pedido seja instruído com novos elementos comprobatórios dos requisitos necessários.” DIREITO PROCESSUAL PENAL 41- Assinale a alternativa correta: a) Convencido da atipicidade dos fatos, o delegado arquivará o inquérito. b) Não é cabível interposição de recurso em qualquer hipótese de arquivamento de inquérito policial. c) Se o delegado de polícia que preside o inquérito policial for amigo íntimo do acusado, a vítima poderá opor a sua suspeição. d) A restituição, quando cabível, poderá ser ordenada pela autoridade policial ou juiz, mediante termo nos autos, desde que não exista dúvida quanto ao direito do reclamante. Gabarito: D a) Incorreta. Art. 17, CPP: “A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito.” b) Incorreta. É possível interposição de recurso em sentido estrito na hipótese de arquivamento de inquérito que apure as contravenções de jogo do bicho e de aposta sobre corridas de cavalos feitas fora do hipódromo ou da sede e dependências das entidades autorizadas. c) Incorreta. Art. 107, CPP: “Não se poderá opor suspeição às autoridades policiais nos atos do inquérito, mas deverão elas declarar-se suspeitas, quando ocorrer motivo legal.” d) Correta. Art. 120, CPP. 42- Assinale a alternativa correta: I- A fundamentação da pronúncia limitar-se-á à indicação da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, devendo o juiz
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