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TJGO Juiz - Prova Objetiva - Gabarito comentao

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2 
 
OBSERVAÇÕES INICIAIS 
 
O time de professores do Mege comentou a prova do TJ-GO em tempo recorde 
após a divulgação do gabarito preliminar da prova objetiva (aplicada em 26/09/2021 e 
com divulgação das respostas oficias da FCC em 29/09/2021, mesma data em que 
apresentamos este rico conteúdo para o estudo de todos os megeanos). 
A nossa intenção neste é auxiliar nossos alunos e seguidores na análise da 
elaboração de seus recursos, além de possibilitar, em formato conclusivo, a revisão de 
temas cobrados no certame. 
Um fator interessante ocorrido neste caso de Goiás é que nossa equipe 
precisou transcrever enunciados fotografados por candidatos para montarmos esta 
prova como recebem agora (uma vez que a FCC não havia disponibilizado o arquivo do 
caderno de questões da prova em PDF). Deu um super trabalho diante do curto tempo, 
portanto, considerem essa informação ao longo da leitura e posterior conferência de 
comentários. Fizemos a nossa parte como deu e temos certeza que servirá demais para 
este momento! 
 Trata-se de versão preliminar elaborada com as finalidades informadas e 
concluída por nosso time específico para 1ª fase de magistratura estadual, sem maiores 
pretensões de aprofundamento e trabalho editorial neste momento de apoio. A própria 
identificação de temas trabalhados em nossas turmas e que foram abordados em prova 
resta prejudicada diante da necessidade de entrega deste conteúdo em suas mãos 
dentro do prazo recursal. 
Ainda assim, identificamos 40 (quarenta) questões como bem trabalhadas na 
turma de reta final TJ/GO (sem análise de outras turmas do Mege, de conteúdo mais 
abrangente, como o Clube da Magistratura – Plano Avançado). Como em nossas turmas 
de preparação a longo prazo trabalhamos um edital completo para carreira, a 
verificação ficaria bem próximo de 100% do abordado e demandaria um tempo bem 
maior de identificação para cada item – o que fugiria ao nosso propósito. 
Nós temos certeza que será, como sempre, uma invasão de megeanos na 
segunda fase, inclusive criamos um grupo de whatsapp para reunir candidatos para 
debates sobre a 2ª fase de imediato (quem tiver interesse em saber mais, basta entrar 
em contato com nosso setor administrativo para ser adicionado). 
 O corte, neste momento, segue estimado em 75/76 pontos para ampla 
concorrência (sem as anulações). Para as vagas destinadas aos candidatos negros, o 
corte segue estimado em 69 pontos. 
Os nossos professores entendem que as 5 questões estão envolvidas em 
alguma polêmica a ser apreciada e com possibilidade forte de alteração na via recursal 
(4, 61, 83, 84 e 97) e, portanto, podem ter suas situações alteradas na fase recursal, o 
que deixa em aberto uma nova nota de corte. 
Após este estudo, o candidato poderá vislumbrar a possibilidade de um 
aumento em sua nota final. Em nossa experiência, constatamos um parâmetro de que 
 
3 
a cada 2 (duas) questões anuladas a pontuação oficial de corte aumenta em 1 (um) 
ponto. Essa dica deve seguir como norte para definição de maiores chances de avanço 
no certame. Guardem esta informação! 
Aos alunos do TJ-GO (reta final), pedimos que não deixem de reler os 
conteúdos das rodadas com temas antecipados na prova. A melhor fixação será 
importante nos próximos desafios. Como perceberam, o estudo em sprint final foi 
revertido em pontos decisivos. Sempre acreditamos muito que, com o devido foco, é 
possível evoluir mesmo em menor prazo. 
Aos alunos de nosso Clube da Magistratura este conteúdo também é 
indispensável e fará parte de nossa programação! 
Portanto, eis aqui o nosso extrato de conferência de pontuação com os devidos 
apontamentos! O respeito ao concurseiro demanda transparência de informações - um 
de nossos valores em cada atuação. 
 
TJ-GO SEM SURPRESAS! 
 
O TJ-GO (com prova conduzida pela FCC em sua 1ª etapa) FUGIU AO PERFIL DO 
TJ-PR. O que foi toda a tônica de nossa reta final. O estilo que apostamos na preparação 
foi idêntico ao exigido. Uma prova bastante voltada para lei e também com boa 
participação de jurisprudência. Em menor apelo doutrinário, por consequência. 
Os candidatos que vinham focados no TJ-GO não tiveram maiores surpresas 
nesse sentido. Por outro lado, essa postura demanda um corte mais alto que o estimado 
para o Paraná. Essa análise apenas comprova o quanto provas da mesma carreira 
precisam ter um perfil de estudo de reta final bem direcionados, pois cada ponto vale 
ouro. 
Se pudermos dar uma dica neste momento para quem busca uma solução à 
médio e longo prazo, seria conhecer nosso clube da magistratura, uma proposta incrível 
que irá acompanhá-lo durante toda sua preparação para carreira (com estudo otimizado 
da lei seca, materiais de doutrina resumida, simulados específicos para carreira, 
videoaulas e muito mais). 
Além do apoio de nossa equipe, com a experiência de já ter comemorado a 
aprovação de mais de 1.150 alunos em 23 TJ`s diversos (líder nacional em aprovações 
para magistratura estadual): 
 
CLUBE DA MAGISTRATURA 
https://conteudo.mege.com.br/assine-magis2021 
 
 
 
 
https://conteudo.mege.com.br/assine-magis2021
 
4 
A SEGUNDA FASE É LOGO ALI! 
 
Por fim, vale ressaltar que abriremos inscrições para turma de 2ª fase TJ-GO a 
partir de 30/09/2021 (quinta-feira). A turma será focada em uma preparação completa 
para este desafio (onde a 2ª fase contará com examinadores próprios e um perfil de 
prova discursiva e sentenças que merece nosso respeito). 
O estudo de humanística, o conhecimento básico em sentenças, a experiência 
de redigir e ter correções de provas manuscritas, tudo devidamente alinhado ao seu 
desafio no melhor nível e com a experiência de 22 aprovações específicas na última 
edição do último concurso do TJ-GO. 
As inscrições seguem com preço promocional de lançamento; e se você já foi 
aluno do Mege, ainda poderá utilizar o cupom de desconto TJGO10 para garantir sua 
vaga. Link para inscrições na turma de 2ª fase: 
 
TJ-GO (2ª FASE), 
a partir de 30/09/2021 (12 horas) 
 https://www.mege.com.br/cursomege 
 
Se não deu certo no TJ-GO é hora de focar no TJ-SP (e MG na sequência)! Não 
faltarão oportunidades. Aos que ainda não estiverem em nossa turma de reta final para 
o TJ-SP (que segue aberta), abriremos a mega revisão online a partir do dia 04/10/2021 
(com Vade Mege, simulados e aulas finais). 
Por outro lado, já estamos com inscrições abertas para reta final do TJ-MG! O 
tempo conta a nosso favor nesse desafio. 
Aos que não tiverem um cupom de desconto para o TJ-MG segue este de 
presente (TJMG10). 
Sem mais delongas, vamos para revisão de tudo que aconteceu na prova 
objetiva do TJ-GO 2021. 
 
Bons estudos! 
 
Atenciosamente, 
Arnaldo Bruno Oliveira 
Equipe Mege. 
 
 
 
 
https://www.mege.com.br/cursomege
 
5 
 
 
SUMÁRIO 
 
BLOCO I ............................................................................................................................. 6 
BLOCO II .......................................................................................................................... 47 
BLOCO III ......................................................................................................................... 82 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
BLOCO I 
DIREITO CIVIL, DIREITO PROCESSUAL CIVIL, DIREITO DO CONSUMIDOR 
E DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 
 
1. No regime da comunhão parcial de bens do casamento, comunicam-se 
(A) os bens adquiridos a título oneroso na constância da sociedade conjugal, se móveis 
por qualquer dos cônjuges, e se imóveis, apenas se com o concurso financeiro e em 
nome de ambos. 
(B) as obrigações provenientes de atos ilícitos. 
(C) quaisquer bens adquiridos a título oneroso, exceto os proventos do trabalho pessoal 
de cada cônjuge. 
(D) os bens que forem adquiridos na constância do casamento a título oneroso, ainda 
que só em nome de um dos cônjuges.(E) os bens sub-rogados em lugar daqueles que cada cônjuge possuir ao casar. 
 
RESPOSTA: D 
COMENTÁRIOS 
 
 
(A) INCORRETA. 
Vide comentários item “D”. 
(B) INCORRETA. 
CC: “Art. 1.659. Excluem-se da comunhão: 
IV - as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do casal; 
(...)” 
(C) INCORRETA. 
Vide comentários item “D”. 
(D) CORRETA. 
Isso porque corresponde ao teor do art. 1.660, I, do CC: “Art. 1.660. Entram na 
comunhão: 
I - os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em 
nome de um dos cônjuges; 
(...)” 
(E) INCORRETA. 
Questão abordada na rodada de reta final do TJGO (R10). 
 
7 
CC: “Art. 1.659. Excluem-se da comunhão: 
I - os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância 
do casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar; 
(...)” 
 
2. Na Lei n° 14.010, de 10 de junho de 2020, que entrou em vigor na data de sua 
publicação, há a seguinte disposição: Art. 3-Os prazos prescricionais consideram-se 
impedidos ou suspensos, conforme o caso, a partir da entrada em vigor desta Lei até 30 
de outubro de 2020. 
Referida Lei classifica-se como AY temporária, e os efeitos desta disposição se 
extinguiram em 30 de outubro de 2020, independentemente de outra lei que a 
revogasse, subsistindo as regras do Código Civil sobre suspensão e óbice da fruição dos 
prazos prescricionais. 
(B) permanente, no que diz respeito ao impedimento do prazo, mas temporária, no que 
se refere à suspensão do prazo prescricional. 
(C) permanente, por tratar de matéria disciplinada no Código Civil e cuja perda de 
eficácia dependerá de outra lei que a revogue. 
(D) temporária, e seus efeitos se extinguiram em 30 de outubro de 2020, mas é 
necessária outra lei que restabeleça as regras do Código Civil sobre a matéria, porque 
não existe repristinação automática da lei. 
(E) temporária e especial e, findos seus efeitos, as disposições do Código Civil sobre a 
mesma matéria foram repristinadas. 
 
RESPOSTA: A 
COMENTÁRIOS 
 
(A) CORRETA. 
Note que o artigo 3º da lei em comento ao tratar da suspensão ou impedimento dos 
prazos prescricionais a partir de sua entrada em vigor até 30 de outubro de 2.020, atesta 
sua vigência temporária, subsistindo as regras do Código Civil sobre suspensão e óbice 
da fluência dos prazos prescricionais. 
Ela não revogou e/ou alterou as normas do CC que suspendeu. Logo, para incidir as 
regras do CC sobre impedimento e suspensão, não há necessidade de outra lei. Assim, 
não há que se falar em repristinação. 
Muito importante lembrar que o art. 2.º, § 3.º, da Lei de Introdução, afasta a 
possibilidade da lei revogada anteriormente repristinar, salvo disposição expressa em 
lei em sentido contrário. O efeito repristinatório é aquele pelo qual uma norma 
revogada volta a valer no caso de revogação da sua revogadora. 
(B) INCORRETA. 
 
8 
Vide comentários item “A”. 
(C) INCORRETA. 
Vide comentários item “A”. 
(D) INCORRETA. 
Vide comentários item “A”. 
(E) INCORRETA. 
Vide comentários item “A”. 
 
3. O juiz poderá desconsiderar a personalidade de pessoa jurídica de fins econômicos, a 
requerimento da parte ou do Ministério Público, 
(A) se, cobrada judicialmente, os bens da pessoa jurídica não forem suficientes para o 
pagamento do credor. 
(B)se ocorrer a transferência, entre os sócios e a sociedade, de ativos ou de passivos, 
sem efetivas contraprestações, salvo se de valor proporcionalmente insignificante. 
(C) se houver grupo econômico e uma das sociedades que o integra deixar de cumprir 
obrigação pecuniária. 
(D) quando houver expansão ou alteração da finalidade original da atividade específica 
da pessoa jurídica. 
(E) somente quando se verificar a utilização da pessoa jurídica com o propósito de lesar 
credores ou para a prática de atos ilícitos. 
 
RESPOSTA: B 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. 
Vide comentários da alternativa “B”. 
(B) CORRETA. 
CC: “Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de 
finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do 
Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os 
efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens 
particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou 
indiretamente pelo abuso. (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019) 
(...) 
§ 2º Entende-se por confusão patrimonial a ausência de separação de fato entre os 
patrimônios, caracterizada por: (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) 
(...) 
 
9 
II - transferência de ativos ou de passivos sem efetivas contraprestações, exceto os de 
valor proporcionalmente insignificante; e (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) 
(..)” 
(C) INCORRETA. 
Vide comentários da alternativa “B”. 
(D) INCORRETA. 
Vide comentários da alternativa “B”. 
(E) INCORRETA. 
Vide comentários da alternativa “B”. 
 
4. Em ação de investigação de paternidade, a recusa do réu, indigitado pai, em 
submeter-se ao exame de DNA 
(A) autoriza o julgamento de procedência do pedido, por ser esta a única prova 
pertinente. 
(B) determina a presunção absoluta de paternidade. 
(C) impede-o de aproveitar de sua recusa, sem outra consequência legal no processo. 
(D) determina presunção relativa de paternidade, invertendo-se o ônus da prova. 
(E) não lhe traz consequência alguma, porque não é obrigado a fazer prova contra si. 
 
RESPOSTA: C – PASSÍVEL DE RECURSO 
COMENTÁRIOS 
 
Questão abordada na rodada de reta final do TJGO (R10). 
 
O item reputado no gabarito como correto é o “C”: “impede-o de aproveitar de sua 
recusa, sem outra consequência legal no processo.” Todavia, em face do teor do item 
“D”: “determina presunção relativa de paternidade, invertendo-se o ônus da prova”, 
entendemos que a questão pode ser objeto de recurso. 
De fato, em ação de investigação de paternidade, a recusa do réu, indigitado pai, em 
submeter-se ao exame de DNA impede-o de aproveitar de sua recusa, uma vez que gera 
presunção relativa de paternidade. Contudo, existem vários precedentes do STJ no 
sentido de inverter o ônus da prova em desfavor do investigado que se recusa ao exame 
de DNA. 
A propósito, destacamos: AGRAVO INTERNO. RECURSO ESPECIAL. CIVIL E PROCESSUAL 
CIVIL. CPC/1973. INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE. EXAME DE DNA. RECUSA DO 
INVESTIGADO. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA. EXISTÊNCIA DE INDÍCIOS MÍNIMOS. 
SÚMULA 7/STJ. PATERNIDADE DECLARADA POR PRESUNÇÃO. CABIMENTO. SÚMULA 
 
10 
301/STJ. JULGADOS DESTA CORTE SUPERIOR. 1. Controvérsia acerca da declaração de 
paternidade com base na presunção decorrente da recusa à realização de exame de 
DNA. 2. Nos termos da Súmula 301/STJ: "Em ação investigatória, a recusa do suposto 
pai a submeter-se ao exame de DNA induz presunção 'juris tantum' de paternidade". 3. 
No mesmo sentido, o art. 2º-A da Lei Lei 8.560/1992 dispõe que: "A recusa do réu em 
se submeter ao exame de código genético - DNA gerará a presunção da paternidade, a 
ser apreciada em conjunto com o contexto probatório". 4. Inversão do ônus da prova 
em desfavor do investigado que se recusa ao exame de DNA. Julgados desta Corte 
Superior. 5. Necessidade, porém, de se apurar indícios mínimos de um relacionamento 
amoroso, para que se possa declarar a paternidade por presunção. Julgados desta Corte 
Superior. 6. Caso concreto em que o juízo, baseado no incontroverso relacionamento 
"social" entre o investigado e a genitora do investigante, na iniciativa da genitora de 
acionar a promotoria de justiça desde o longínquo ano de 1997, somado à recusa 
insistente do investigado em colaborar com a elucidação dos fatos, presumiu a 
paternidade com base na Súmula 301/STJ. 7. Ausência de produção de prova em sentido 
contrário pelo investigado, que se limitou a negar os fatos. 8. Inviabilidade de se 
contrastar o entendimento do juízo acercados elementos indiciários dos autos, em 
razão do óbice da Súmula 7/STJ. 9. Manutenção da declaração de paternidade. 10. 
AGRAVO INTERNO DESPROVIDO. AgInt no REsp 1561249/MG. 
Diante disso, e do teor do Enunciado de Súmula 301 do STJ: “Em ação investigatória, a 
recusa do suposto pai a submeter-se ao exame de DNA induz presunção juris tantum de 
paternidade”, a referida questão pode ser objeto de eventuais questionamentos. 
 
5. Quando o direito à indenização fundada na responsabilidade civil extracontratual 
originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, o prazo prescricional 
(A) começa a fluir com o trânsito em julgado da sentença no processo criminal. 
(B) será idêntico àquele estabelecido para a pena mínima do crime cometido pelo autor 
do dano. 
(C) considerar-se-á suspenso apenas se a sentença proferida no juízo criminal for 
condenatória. 
(D) é interrompido com o recebimento da denúncia ou da queixa crime e volta a fluir 
integralmente com a sentença transitada 
em julgado, absolutória ou condenatória. 
(E) será considerado também esgotado, se o juízo criminal considerar extinta a 
punibilidade pela prescrição. 
 
RESPOSTA: A 
COMENTÁRIOS 
 
(A) CORRETA. 
 
11 
O STJ possui precedentes no sentido de que no caso da responsabilidade civil 
extracontratual originária de fato que deva ser apurado no juízo criminal, o prazo 
prescricional começaria a fluir com o trânsito em julgado da sentença no processo 
criminal. Segunda a Corte, o art. 200 do Código Civil dispõe que, em se tratando 
pretensão indenizatória fundada na responsabilidade civil por fato que deva ser apurado 
no juízo criminal, não corre a prescrição antes do advento da respectiva sentença penal 
definitiva. 
Funda-se a jurisprudência no fato de que nesses casos o termo a quo é o trânsito em 
julgado da sentença condenatória penal, porquanto a reparação do dano ex delicto 
é consequente, por isso que, enquanto pende a incerteza quanto à condenação, não 
se pode aduzir à prescrição, posto instituto vinculado à inação" (STJ, REsp 618.934/SC, 
Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA TURMA, DJU de 13/12/2004). Em igual sentido: STJ, 
AgRg no AREsp 631.181/SP, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, 
DJe de 07/12/2015; AgRg no REsp 1.474.840/MS, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL 
MARQUES, SEGUNDA TURMA, DJe de 17/09/2015. 
(B) INCORRETA. 
Vide comentários item “A”. 
(C) INCORRETA. 
Vide comentários item “A”. 
(D) INCORRETA. 
(vide comentários itens “a”, “b” e “e”). 
(E) INCORRETA. 
 
6. Compete ao tutor, independentemente de autorização do juiz, 
(A) vender os bens móveis e imóveis do menor, cuja conservação não convier, aplicando 
os respectivos preços na sua educação. 
(B)representar o menor até os dezesseis anos nos atos da vida civil e, após essa idade, 
assisti-lo nos atos em que for parte, bem como promover-lhe, mediante preço 
conveniente, o arrendamento de bens imóveis. 
(C) pagar as dívidas do menor e alienar seus bens destinados à venda. 
(D) aceitar, pelo menor, heranças, legados ou doações com ou sem encargo. 
(E) receber as rendas e pensões do menor e transigir. 
 
RESPOSTA: B 
COMENTÁRIOS 
 
Questão abordada na rodada de reta final do TJGO (R10). 
 
 
12 
(A) INCORRETA. 
Vide comentários item “B” e o CC: “Art. 1.748. Compete também ao tutor, com 
autorização do juiz: 
I - pagar as dívidas do menor; 
II - aceitar por ele heranças, legados ou doações, ainda que com encargos; 
III - transigir; 
IV - vender-lhe os bens móveis, cuja conservação não convier, e os imóveis nos casos em 
que for permitido; 
(B) CORRETA. 
CC: “Art. 1.747. Compete mais ao tutor: 
I - representar o menor, até os dezesseis anos, nos atos da vida civil, e assisti-lo, após 
essa idade, nos atos em que for parte; 
(...) 
V - promover-lhe, mediante preço conveniente, o arrendamento de bens de raiz;” 
(C) INCORRETA. 
Vide comentários item “B” e o CC: “Art. 1.748. Compete também ao tutor, com 
autorização do juiz: 
I - pagar as dívidas do menor; 
II - aceitar por ele heranças, legados ou doações, ainda que com encargos; 
III - transigir; 
IV - vender-lhe os bens móveis, cuja conservação não convier, e os imóveis nos casos em 
que for permitido; 
(D) INCORRETA. 
Vide comentários item “B” e o CC: “Art. 1.748. Compete também ao tutor, com 
autorização do juiz: 
I - pagar as dívidas do menor; 
II - aceitar por ele heranças, legados ou doações, ainda que com encargos; 
III - transigir; 
IV - vender-lhe os bens móveis, cuja conservação não convier, e os imóveis nos casos em 
que for permitido; 
(E) INCORRETA. 
Vide comentários item “B” e o CC: “Art. 1.748. Compete também ao tutor, com 
autorização do juiz: 
I - pagar as dívidas do menor; 
II - aceitar por ele heranças, legados ou doações, ainda que com encargos; 
III - transigir; 
 
13 
IV - vender-lhe os bens móveis, cuja conservação não convier, e os imóveis nos casos em 
que for permitido; 
 
7. Carlos é proprietário de dois imóveis rurais, sendo que na Fazenda Água Suja planta 
soja, e na Fazenda Água Limpa, milho. Rafael adquiriu de Carlos, para a entrega futura, 
toda a safra de soja, pagando antecipadamente e assumindo o risco de a produção 
atingir somente 30% do esperado, bem como toda a safra de milho, também com 
pagamento antecipado, assumindo o risco de nada ser colhido. Em virtude de problemas 
climáticos, nada produziram as fazendas. Diante disto, Carlos 
(A) terá de restituir tudo o que recebeu de Rafael, sem juros, mas com correção 
monetária. 
(B) nada terá de restituir a Rafael, tanto pela venda de soja, como pela venda de milho. 
(C) terá de restituir a Rafael 50% do que recebeu pelas vendas. 
(D) terá de restituir a Rafael o que recebeu pela venda de milho, mas nada terá de 
restituir pelo que recebeu pela venda de soja. 
(E) nada terá de restituir a Rafael, do que recebeu pela venda de milho, mas terá de 
restituir o valor recebido pela venda de soja. 
 
RESPOSTA: E 
COMENTÁRIOS 
 
Questão abordada na rodada de reta final do TJGO (R04). 
 
Em regra, a compra e venda, é um contrato comutativo porque as partes sabe de 
antemão quais serão as suas prestações. Eventualmente, incidirá o elemento álea ou 
sorte, podendo a compra e venda assumir a forma de contrato aleatório, envolvendo 
riscos. Em casos tais, surgem duas vendas aleatórias (arts. 458 a 461 do CC): a) venda de 
coisas futuras quanto à existência (art. 458 do CC) e à quantidade (art. 459 do CC); e b) 
venda de coisas existentes, mas expostas a risco (art. 460 do CC). 
Como bem ressalta Tártuce, em relação à venda de coisas futuras, o risco do contrato 
pode referir-se à: Venda da esperança quanto à existência da coisa ou venda da 
esperança (Emptio spei) – refere-se à assunção de riscos por um dos contratantes no 
tocante à existência da coisa, caso em que o outro terá direito de receber integralmente 
o que lhe foi prometido, desde que de sua parte não tenha havido dolo ou culpa, ainda 
que nada do avençado venha a existir. No contrato em questão não é fixada nem mesmo 
uma quantidade mínima como objeto, fazendo que o risco seja maior. 
Venda da esperança quanto à quantidade da coisa ou venda da esperança como coisa 
esperada (Emptio rei speratae) – refere-se à assunção de riscos por um dos contratantes 
sobre a quantidade da coisa, caso em que o alienante terá direito a todo o preço, desde 
que de sua parte não tenha concorrido culpa, ainda que a coisa venha a existir em 
 
14 
quantidade inferior à esperada. Nessa situação, é fixada uma quantidade mínima para a 
compra, ou seja, neste contrato há um objeto mínimo fixado para compra e venda. 
O art. 483 do CC trata da compra e venda de coisa futura, como ocorre nas vendas sob 
encomenda. Mas essa coisa futura deve existir em posterior momento, sob pena de 
ineficácia do contrato, salvo se a intenção das partes era celebrar um contrato aleatório, 
dependente da sorte ou risco. 
Assim, a compra e venda de safra futura adquire um caráteraleatório quando as partes 
contratantes, livremente, assim se manifestarem. 
Por fim, ressaltamos que a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça tem afastado 
a resolução ou a revisão dos contratos de safra, diante de eventos como chuvas, pragas 
e oscilações no preço, pois tais fatos poderiam ser previstos pelas partes contratantes 
(ver: REsp 835.498/GO). 
 
8. Nos compromissos de compra e venda de imóvel loteado, se houver rescisão por 
inadimplemento do adquirente, as benfeitorias 
(A) não serão indenizadas, salvo se o contrário dispuser o contrato. 
(B) necessárias, úteis e voluptuárias levadas a efeito no imóvel deverão ser indenizadas, 
sendo ineficaz disposição contratual em contrário. 
(C) necessárias e úteis por ele levadas a efeito no imóvel deverão ser indenizadas, salvo 
disposição em contrário no contrato. 
(D) necessárias e úteis por ele levadas a efeito no imóvel deverão ser indenizadas, sendo 
ineficaz disposição contratual em 
sentido contrário. 
(E) necessárias, por ele levadas a efeito no imóvel, deverão ser indenizadas, mas o 
contrato poderá dispor que não serão 
indenizadas as úteis e voluptuárias. 
 
RESPOSTA: D 
COMENTÁRIOS 
 
Questão parcialmente abordada na rodada de reta final do TJGO (R04). 
 
A) INCORRETA. 
Vide comentários item “D”. 
(B) INCORRETA. 
Vide comentários item “D”. 
(C) INCORRETA. 
 
15 
Vide comentários item “D”. 
(D) CORRETA. 
Artigo 34, da lei 6766/79: 
“Art. 34. Em qualquer caso de rescisão por inadimplemento do adquirente, as 
benfeitorias necessárias ou úteis por ele levadas a efeito no imóvel deverão ser 
indenizadas, sendo de nenhum efeito qualquer disposição contratual em contrário. 
(...)” 
Assim, nos compromissos de compra e venda de imóvel loteado, se houver rescisão por 
inadimplemento do adquirente, as benfeitorias necessárias e úteis por ele levadas a 
efeito no imóvel serão indenizadas, sendo ineficaz disposição contratual em sentido 
contrário. Não há eficácia na cláusula que impede a indenização destas benfeitorias. 
(E) INCORRETA. 
Vide comentários item “D”. 
 
9. João, proprietário de um imóvel rural, denominado Fazenda São João, de difícil acesso 
a estrada, adquiriu servidão de passagem com dois mil metros de extensão, pela 
Fazenda dos Coqueiros, de propriedade de Pedro, levando o título aquisitivo ao Registro 
de Imóveis. Falecendo João, sua Fazenda foi partilhada entre seus filhos Antônio e José, 
que promoveram a divisão geodésia, passando, cada qual, a ser dono de um imóvel com 
registro distinto no Registro Imobiliário. Em seguida, José vendeu seu imóvel para 
Joaquim. Nesse caso, a servidão 
(A) não subsiste, salvo se houver ratificação por escritura pública, outorgada pelo dono 
do prédio serviente, aos sucessores do 
proprietário do prédio dominante. 
(B) não subsiste, porque a alienação do prédio dominante ou do prédio serviente 
sempre implica extinção da servidão. 
(C) subsiste para Antônio, que é dono do imóvel dominante por sucessão hereditária, 
mas não subsiste para Joaquim, tendo em vista o princípio da relatividade do contrato, 
não prejudicando nem beneficiando terceiro. 
(D) não subsiste, porque as servidões são intransmissíveis, salvo se outra coisa se 
dispuser em testamento ou contrato. 
(E) subsiste, em benefício de cada porção do prédio dominante, salvo se a servidão se 
aplicar apenas a certa parte de um dos imóveis resultantes da divisão. 
 
RESPOSTA: E 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. 
 
16 
Vide comentários item “E”. 
(B) INCORRETA. 
Vide comentários item “E”. 
(C) INCORRETA. 
Vide comentários item “E”. 
(D) INCORRETA. 
Vide comentários item “E”. 
(E) CORRETA. 
Vide comentários item “E”. 
CC: art. 1.386: “Art. 1.386. As servidões prediais são indivisíveis, e subsistem, no caso de 
divisão dos imóveis, em benefício de cada uma das porções do prédio dominante, e 
continuam a gravar cada uma das do prédio serviente, salvo se, por natureza, ou destino, 
só se aplicarem a certa parte de um ou de outro” 
 
10. Uma construtora pretende edificar vários prédios de apartamento, porém, ao longo 
das obras, necessitará financiamentos, que deseja garantir com os créditos que possui 
em razão das vendas das unidades autônomas. Quer, também, preservar os interesses 
dos adquirentes dos apartamentos, evitando que seus credores, por dívidas contraídas 
na construção de cada prédio, possam alcançar edifício distinto. Para isso 
(A) deverá submeter cada incorporação ao regime de afetação e obter os recursos 
financeiros necessários, mediante securitização de créditos imobiliários, cujo Termo de 
Securitização de Créditos será lavrado por uma companhia securitizadora à qual é 
facultado instituir regime fiduciário, mediante declaração unilateral, para lastrear a 
emissão de Certificado de Recebíveis Imobiliários, que, entretanto, não poderão 
constituir patrimônio separado, dada a natureza de garantia que tem a securitização. 
(B) não poderá submeter qualquer incorporação ao regime de afetação, a fim de obter 
os recursos financeiros necessários mediante securitização de créditos imobiliários, cujo 
Termo de Securitização de Créditos será lavrado por uma entidade financeira na 
modalidade de companhia securitizadora, a qual deverá instituir regime fiduciário, 
mediante declaração unilateral, para lastrear a emissão de Certificado de Recebíveis 
Imobiliários, constituindo patrimonial separado, em lugar da afetação patrimonial de 
cada incorporação. 
(C) deverá submeter cada incorporação ao regime de afetação e poderá obter os 
recursos financeiros necessários mediante securitização de créditos imobiliários, cujo 
Termo de Securitização de Créditos será lavrado por uma companhia securitizadora, à 
qual é facultado instituir regime fiduciário, mediante declaração unilateral, para lastrear 
a emissão de Certificado de Recebíveis Imobiliários, que, igualmente, constituirão 
patrimônio separado. 
(D) deverá submeter cada incorporação ao regime de afetação e só poderá receber os 
recursos financeiros necessários mediante hipoteca ou alienação fiduciária de cada 
imóvel em construção. 
 
17 
(E) poderá submeter cada incorporação ao regime de afetação e emitir Certificado de 
Recebíveis Imobiliários, que serão postos em circulação no mercado por uma companhia 
securitizadora ou por uma entidade financeira. 
 
RESPOSTA: C 
COMENTÁRIOS 
 
A resposta da presente questão perpassa pelo teor dos artigos 8º, 9º, 10 e 11 da Lei 
9.514/97, que dispõe sobre o Sistema de Financiamento Imobiliário, institui a alienação 
fiduciária de coisa imóvel e dá outras providências. 
 
11. Em sucessão legítima, o direito de representação dar-se-á apenas 
(A) entre parentes até o terceiro grau, na linha reta ou na linha colateral. 
(B) nas linhas retas descendente e ascendente. 
(C) na linha reta descendente e, na linha transversal, em favor dos filhos de irmãos do 
falecido, quando com irmãos deste concorrem 
(D) na linha reta descendente e na linha transversal até o quarto grau. 
(E) na linha reta descendente. 
 
RESPOSTA: C 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. 
Vide comentários item “C”. 
(B) INCORRETA. 
Vide comentários item “C”. 
(C) CORRETA. 
CC: “Art. 1.852. O direito de representação dá-se na linha reta descendente, mas nunca 
na ascendente. 
Art. 1.853. Na linha transversal, somente se dá o direito de representação em favor dos 
filhos de irmãos do falecido, quando com irmãos deste concorrerem.” 
(D) INCORRETA. 
Vide comentários item “C”. 
(E) INCORRETA. 
Vide comentários item “C”. 
 
18 
 
12. Na imputação do pagamento, havendo capital e juros 
(A) o pagamento imputar-se-á primeiro nos juros vencidos e depois no capital, salvo 
estipulação em contrário, ou se o credor passar a quitação por conta do capital. 
(B) a imputação ocorrerá primeiro no capital, salvo se a somatória dos juros for maior, 
hipótese em que primeiro será destinada a amortização dos juros. 
(C) o pagamento imputar-se-á primeiro no capital e depoisnos juros vencidos, salvo 
estipulação em contrário, ou se o credor passar a quitação por conta dos juros. 
(D) a escolha sobre se primeiro imputará nos juros ou no capital cabe exclusivamente 
ao credor. 
(E) a imputação será proporcionalmente distribuída entre o capital e os juros. 
 
RESPOSTA: A 
COMENTÁRIOS 
 
(A) CORRETA. 
CC: “Art. 354. Havendo capital e juros, o pagamento imputar-se-á primeiro nos juros 
vencidos, e depois no capital, salvo estipulação em contrário, ou se o credor passar a 
quitação por conta do capital.”. 
(B) INCORRETA. 
Vide comentários item “A”. 
(C) INCORRETA. 
Vide comentários item “A”. 
(D) INCORRETA. 
Vide comentários item “A”. 
(E) INCORRETA. 
Vide comentários item “A”. 
 
13. No regime da Lei n° 9.514, de 20 de novembro de 1997, 
(A) as controvérsias acerca de encargos contratuais e valor do imóvel impedem a 
alienação extrajudicial e a reintegração na posse. 
(B) em não desocupando o imóvel, após a liminar de reintegração de posse, o devedor 
fiduciante pagará ao credor fiduciário taxa de ocupação de meio por cento do valor do 
imóvel, contada da data da alienação do bem. 
(C) é assegurado ao fiduciário, seu cessionário e sucessores, assim como ao adquirente 
do imóvel no processo de alienação extrajudicial, a reintegração na posse do imóvel, 
 
19 
que será concedida liminarmente, para desocupação em trinta dias, 
independentemente da consolidação da propriedade. 
(D) a ausência de notificação do devedor fiduciante para o processo de alienação 
extrajudicial do imóvel resolve-se em perdas e danos, não obstando a consolidação da 
propriedade e a reintegração na posse do imóvel. 
(E) a intimação para a purga da mora não dispensa a comunicação do devedor fiduciante 
acerca do processo de alienação extrajudicial. 
 
RESPOSTA: E 
COMENTÁRIOS 
(A) INCORRETA. 
Conforme disposto nos arts. 26 e 27 da Lei n. 9.514/97, as controvérsias acerca de 
encargos contratuais e o valor do imóvel não impedem a alienação extrajudicial e a 
reintegração da posse, bastando que não ocorra a purgação da mora no prazo legal. 
Art. 26 Lei n. 9.514/97 - Vencida e não paga, no todo ou em parte, a dívida e constituído 
em mora o fiduciante, consolidar-se-á, nos termos deste artigo, a propriedade do imóvel 
em nome do fiduciário. 
§ 7o Decorrido o prazo de que trata o § 1o sem a purgação da mora, o oficial do 
competente Registro de Imóveis, certificando esse fato, promoverá a averbação, na 
matrícula do imóvel, da consolidação da propriedade em nome do fiduciário, à vista da 
prova do pagamento por este, do imposto de transmissão inter vivos e, se for o caso, do 
laudêmio. 
Art. 27 Lei n. 9.514/97 - Uma vez consolidada a propriedade em seu nome, o fiduciário, 
no prazo de trinta dias, contados da data do registro de que trata o § 7º do artigo 
anterior, promoverá público leilão para a alienação do imóvel. 
(B) INCORRETA. 
Conforme disposto no art. 37-A da Lei n. 9.514/97, o percentual da taxa de desocupação 
é de 1%. 
Art. 37-A Lei n. 9.514/97 - O devedor fiduciante pagará ao credor fiduciário, ou a quem 
vier a sucedê-lo, a título de taxa de ocupação do imóvel, por mês ou fração, valor 
correspondente a 1% (um por cento) do valor a que se refere o inciso VI ou o parágrafo 
único do art. 24 desta Lei, computado e exigível desde a data da consolidação da 
propriedade fiduciária no patrimônio do credor fiduciante até a data em que este, ou 
seus sucessores, vier a ser imitido na posse do imóvel. (Redação dada pela Lei nº 
13.465, de 2017) 
(C) INCORRETA. 
Art. 30 Lei n. 9.514/97 - É assegurada ao fiduciário, seu cessionário ou sucessores, 
inclusive o adquirente do imóvel por força do público leilão de que tratam os §§ 1° e 2° 
do art. 27, a reintegração na posse do imóvel, que será concedida liminarmente, para 
desocupação em sessenta dias, desde que comprovada, na forma do disposto no art. 
26, a consolidação da propriedade em seu nome. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13465.htm#art67
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13465.htm#art67
 
20 
(D) INCORRETA. 
Art. 30, parágrafo único, Lei n. 9.514/97 - Nas operações de financiamento imobiliário, 
inclusive nas operações do Programa Minha Casa, Minha Vida, instituído pela Lei nº 
11.977, de 7 de julho de 2009, com recursos advindos da integralização de cotas no 
Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), uma vez averbada a consolidação da 
propriedade fiduciária, as ações judiciais que tenham por objeto controvérsias sobre as 
estipulações contratuais ou os requisitos procedimentais de cobrança e 
leilão, excetuada a exigência de notificação do devedor fiduciante, serão resolvidas em 
perdas e danos e não obstarão a reintegração de posse de que trata este artigo. 
(E) CORRETA. 
A Lei n. 9.514/97 não prevê que a intimação para a purga da mora dispense a 
comunicação do devedor fiduciante acerca do processo de alienação extrajudicial. O 
§2º-A do art. 27 dispõe que: “para os fins do disposto nos §§ 1º e 2º deste artigo, as 
datas, horários e locais dos leilões serão comunicados ao devedor mediante 
correspondência dirigida aos endereços constantes do contrato, inclusive ao endereço 
eletrônico”. (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017). 
 
14. No caso de inadimplemento de obrigação garantida por alienação fiduciária em 
garantia, no regime do Decreto-lei n° 911, de 1ª de outubro de 1969, o credor fiduciário, 
(A) comprovando previamente a mora, por meio de carta registrada com aviso de 
recebimento, assinado necessariamente pelo próprio destinatário, requererá a busca e 
apreensão do bem contra o devedor fiduciante, que, para se ver restituído do bem, livre 
de ônus, poderá realizar a purga da mora, depositando o valor das parcelas em atraso 
em até cinco dias da execução da liminar. 
(B) comprovando previamente a mora, por meio de carta registrada com aviso de 
recebimento, assinado ou não pelo próprio destinatário, requererá busca e apreensão 
do bem contra o devedor fiduciante, que, para se ver restituído do bem, livre de ônus, 
deverá pagar a integralidade da dívida em até cinco dias da execução da liminar. 
(C) depois do transcurso do prazo para a resposta, em ação de busca e apreensão, 
poderá apropriar-se da coisa alienada, dando ao devedor quitação da dívida mediante 
termo próprio. 
(D) independentemente de comprovação da mora, requererá a busca e apreensão do 
bem contra o devedor fiduciante, que poderá apresentar resposta em até cinco dias da 
execução da liminar. 
(E) comprovando previamente a mora, por meio de carta registrada com aviso de 
recebimento, assinado necessariamente pelo próprio destinatário, requererá a busca e 
apreensão do bem contra o devedor fiduciante, que poderá apresentar resposta em até 
cinco dias da execução da liminar. 
 
RESPOSTA: B 
COMENTÁRIOS 
 
21 
(A)INCORRETA. 
Art. 2º, § 2º, Decreto-Lei nº 911/1969 - A mora decorrerá do simples vencimento do 
prazo para pagamento e poderá ser comprovada por carta registrada com aviso de 
recebimento, não se exigindo que a assinatura constante do referido aviso seja a do 
próprio destinatário. (Redação dada pela Lei nº 13.043, de 2014) 
(B) CORRETA. 
A alternativa retrata o teor do disposto nos arts. 2º, §2º, e 3º do Decreto-Lei nº 
911/1969. 
Art. 2º, § 2º, Decreto-Lei nº 911/1969 - A mora decorrerá do simples vencimento do 
prazo para pagamento e poderá ser comprovada por carta registrada com aviso de 
recebimento, não se exigindo que a assinatura constante do referido aviso seja a do 
próprio destinatário. (Redação dada pela Lei nº 13.043, de 2014) 
Art. 3º Decreto-Lei nº 911/1969 - O proprietário fiduciário ou credor poderá, desde que 
comprovada a mora, na forma estabelecida pelo § 2º do art. 2o, ou o inadimplemento, 
requerer contra o devedor ou terceiro a busca e apreensão do bem alienado 
fiduciariamente, a qual será concedida liminarmente, podendo ser apreciada em 
plantão judiciário. (Redação dada pela Lei nº13.043, de 2014) 
§ 1o Cinco dias após executada a liminar mencionada no caput, consolidar-se-ão a 
propriedade e a posse plena e exclusiva do bem no patrimônio do credor fiduciário, 
cabendo às repartições competentes, quando for o caso, expedir novo certificado de 
registro de propriedade em nome do credor, ou de terceiro por ele indicado, livre do 
ônus da propriedade fiduciária. (Redação dada pela Lei 10.931, de 2004) 
§ 2o No prazo do § 1o, o devedor fiduciante poderá pagar a integralidade da dívida 
pendente, segundo os valores apresentados pelo credor fiduciário na inicial, hipótese 
na qual o bem lhe será restituído livre do ônus. 
(C) INCORRETA. 
Art. 3º, §1o, Decreto-Lei nº 911/1969 - Cinco dias após executada a liminar mencionada 
no caput, consolidar-se-ão a propriedade e a posse plena e exclusiva do bem no 
patrimônio do credor fiduciário, cabendo às repartições competentes, quando for o 
caso, expedir novo certificado de registro de propriedade em nome do credor, ou de 
terceiro por ele indicado, livre do ônus da propriedade fiduciária. (Redação dada pela 
Lei 10.931, de 2004) 
§ 3o O devedor fiduciante apresentará resposta no prazo de quinze dias da execução 
da liminar. (Redação dada pela Lei 10.931, de 2004) 
(D) INCORRETA. 
Art. 3º Decreto-Lei nº 911/1969 - O proprietário fiduciário ou credor poderá, desde que 
comprovada a mora, na forma estabelecida pelo § 2º do art. 2o, ou o inadimplemento, 
requerer contra o devedor ou terceiro a busca e apreensão do bem alienado 
fiduciariamente, a qual será concedida liminarmente, podendo ser apreciada em 
plantão judiciário. (Redação dada pela Lei nº 13.043, de 2014) 
(E) INCORRETA. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Lei/L10.931.htm#art56
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Lei/L10.931.htm#art56
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Lei/L10.931.htm#art56
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Lei/L10.931.htm#art56
 
22 
Art. 2º, § 2º, Decreto-Lei nº 911/1969 - A mora decorrerá do simples vencimento do 
prazo para pagamento e poderá ser comprovada por carta registrada com aviso de 
recebimento, não se exigindo que a assinatura constante do referido aviso seja a do 
próprio destinatário. (Redação dada pela Lei nº 13.043, de 2014). 
 
15. De acordo com a Lei n° 9.099, de 26 de setembro de 1995, no âmbito dos Juizados 
Especiais Cíveis, 
(A) não são cabíveis embargos de declaração contra a sentença, mas os erros materiais 
podem ser corrigidos de ofício. 
(B) caberá, da sentença, recurso oral ou escrito, cujo preparo deverá ser realizado em 
quarenta e oito horas da intimação para o depósito, sob pena de deserção. 
(C) não podem ser partes, ativa ou passiva, o incapaz, o preso, as pessoas jurídicas de 
direito público ou privado, as empresas públicas da União, a massa falida e o insolvente 
civil. 
(D)é lícito ao réu, depois de citado, apresentar reconvenção e contestação, na qual 
deverão ser arguidas todas as exceções que lhe competirem. 
(E) dá-se a revelia na hipótese em que o réu não comparece à sessão de conciliação ou 
à audiência de instrução e julgamento, caso em que se reputam verdadeiros os fatos 
alegados na inicial, salvo se o contrário resultar da convicção do Juiz. 
 
RESPOSTA: E 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. 
Art. 48 Lei 9.099/95 - Caberão embargos de declaração contra sentença ou acórdão nos 
casos previstos no Código de Processo Civil. (Redação dada pela Lei nº 13.105, de 
2015) (Vigência) 
(B) INCORRETA. 
Conforme disposto no art. 42 da Lei 9.099/95, não se admite a interposição de recurso 
por meio oral. 
Art. 42 Lei 9.099/95 - O recurso será interposto no prazo de dez dias, contados da ciência 
da sentença, por petição escrita, da qual constarão as razões e o pedido do recorrente. 
(C) INCORRETA. 
Art. 8º Lei 9.099/95 - Não poderão ser partes, no processo instituído por esta Lei, o 
incapaz, o preso, as pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, 
a massa falida e o insolvente civil. 
(D) INCORRETA. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#1064
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#1064
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art1045
 
23 
Art. 31 Lei 9.099/95 - Não se admitirá a reconvenção. É lícito ao réu, na contestação, 
formular pedido em seu favor, nos limites do art. 3º desta Lei, desde que fundado nos 
mesmos fatos que constituem objeto da controvérsia. 
(E) CORRETA. 
A alternativa retratou o disposto no art. 20 da Lei n. 9.099/95, que consta da Seção VII, 
denominada “Da Revelia” - Não comparecendo o demandado à sessão de conciliação ou 
à audiência de instrução e julgamento, reputar-se-ão verdadeiros os fatos alegados no 
pedido inicial, salvo se o contrário resultar da convicção do Juiz. 
 
16. XPTO Ltda, oi demandada por Y, que, pretendendo atingir bens dos sócios, por 
vislumbrar a ocorrência de confusão patrimonial, deverá instaurar incidente de 
desconsideração da personalidade jurídica, o qual 
(A) deve ser instaurado ainda que o pleito conste da petição inicial e suspende o 
processo até que seja decidido, por decisão interlocutória. 
(B) implica, se acolhido, anulação das alienações havidas em fraude à execução. 
(C) é cabível apenas no cumprimento de sentença e se infrutíferas as tentativas de 
penhora de bens da sociedade empresária. 
suspende o processo, salvo se a desconsideração houver sido pleiteada na petição 
inicial. 
(E) é decidido por sentença. 
 
RESPOSTA: D 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. 
ART. 134, § 3º, CPC/2015 - A instauração do incidente suspenderá o processo, salvo na 
hipótese do § 2º. 
§ 2º Dispensa-se a instauração do incidente se a desconsideração da personalidade 
jurídica for requerida na petição inicial, hipótese em que será citado o sócio ou a pessoa 
jurídica. 
(B) INCORRETA. 
Art. 137 CPC/2015 - Acolhido o pedido de desconsideração, a alienação ou a oneração 
de bens, havida em fraude de execução, será ineficaz em relação ao requerente. 
(C) INCORRETA. 
Art. 134 CPC/2015 - O incidente de desconsideração é cabível em todas as fases do 
processo de conhecimento, no cumprimento de sentença e na execução fundada em 
título executivo extrajudicial. 
(D) CORRETA. 
 
24 
ART. 134, § 3º, CPC/2015 - A instauração do incidente suspenderá o processo, salvo na 
hipótese do § 2º. 
§ 2º Dispensa-se a instauração do incidente se a desconsideração da personalidade 
jurídica for requerida na petição inicial, hipótese em que será citado o sócio ou a pessoa 
jurídica. 
(E) INCORRETA. 
Art. 136 CPC/2015 - Concluída a instrução, se necessária, o incidente será resolvido por 
decisão interlocutória. 
 
17. No cumprimento definitivo de sentença que haja imposto condenação em quantia 
certa, ou já fixada em liquidação, 
(A) serão arbitrados honorários em benefício do executado no caso de acolhimento, 
ainda que parcial, de impugnação ou de exceção de pré-executividade. 
(B) a incidência da multa demanda prévia intimação pessoal do executado. 
(C) se o executado realizar o pagamento tempestivo, ainda que parcial, não incidirá em 
multa. 
(D) não efetuado tempestivamente o pagamento voluntário, o juiz, a pedido do 
exequente, determinará a expedição de mandado de penhora e avaliação. 
(E) o executado, a requerimento do exequente, será intimado a pagar voluntariamente 
o débito no prazo de quinze dias, já acrescido de custas e honorários advocatícios, sob 
pena de multa de dez por cento. 
 
RESPOSTA: A 
COMENTÁRIOS 
 
(A) CORRETA. 
Recurso Repetitivo - Tema 410: O acolhimento ainda que parcial da impugnação gerará 
o arbitramento dos honorários, que serão fixados nos termos do art. 20, § 4º, do CPC, 
do mesmo modo que o acolhimento parcial da exceção de pré-executividade, 
porquanto, nessa hipótese, há extinção também parcial da execução (STJ, REsp 
1.134.186/RS, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, CORTEESPECIAL, DJe de 
21/10/2011). 
(B) INCORRETA. 
Conforme disposto no §1º do art. 523 do CPC/2015, a incidência da multa decorre da 
ausência de pagamento voluntário no prazo legal, não sendo necessária previa 
intimação pessoal do executado. 
Art. 523, § 1º, CPC/2015 - Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do caput, o 
débito será acrescido de multa de dez por cento e, também, de honorários de advogado 
de dez por cento. 
 
25 
(C) INCORRETA. 
Art. 523, § 2º, CPC/2015 - Efetuado o pagamento parcial no prazo previsto no caput, a 
multa e os honorários previstos no § 1º incidirão sobre o restante. 
(D) INCORRETA. 
Art. 523, § 3º, CPC/2015 - Não efetuado tempestivamente o pagamento voluntário, será 
expedido, desde logo, mandado de penhora e avaliação, seguindo-se os atos de 
expropriação. 
(E) INCORRETA. 
Art. 523, § 1º, CPC/2015 - Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do caput, o 
débito será acrescido de multa de dez por cento e, também, de honorários de 
advogado de dez por cento. 
 
18. A penhora 
(A) incidente sobre quotas autoriza que o exequente passe a integrar a sociedade 
empresária, na qualidade de sócio, salvo se os demais exercerem direito de preferência 
na aquisição. 
(B) não pode recair sobre os bens inalienáveis, seus frutos e rendimentos, mesmo que à 
falta de outros bens. 
(C) será comunicada ao executado, em regra, por meio de intimação a seu advogado ou 
à sociedade de advogados a que pertença. 
(D) que recaia sobre imóvel ou direito real sobre imóvel impõe a intimação do cônjuge 
do executado, qualquer que seja o 
regime de bens. 
(E) deve ser averbada no registro competente para que tenha efeito entre as partes do 
processo. 
 
RESPOSTA: C 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. 
Art. 876, § 7º, CPC/2015 - No caso de penhora de quota social ou de ação de sociedade 
anônima fechada realizada em favor de exequente alheio à sociedade, esta será 
intimada, ficando responsável por informar aos sócios a ocorrência da penhora, 
assegurando-se a estes a preferência. 
Art. 861 CPC/2015 - Penhoradas as quotas ou as ações de sócio em sociedade simples 
ou empresária, o juiz assinará prazo razoável, não superior a 3 (três) meses, para que a 
sociedade: 
I - apresente balanço especial, na forma da lei; 
 
26 
II - ofereça as quotas ou as ações aos demais sócios, observado o direito de preferência 
legal ou contratual; 
III - não havendo interesse dos sócios na aquisição das ações, proceda à liquidação das 
quotas ou das ações, depositando em juízo o valor apurado, em dinheiro. 
Não há a previsão de que o exequente passará a integrar a sociedade no caso da penhora 
sobre as quotas da sociedade empresária. 
(B) INCORRETA. 
Art. 834 CPC/2015 - Podem ser penhorados, à falta de outros bens, os frutos e os 
rendimentos dos bens inalienáveis. 
(C) CORRETA. 
Art. 841, §1º, CPC/2015 - A intimação da penhora será feita ao advogado do executado 
ou à sociedade de advogados a que aquele pertença. 
(D) INCORRETA. 
Art. 842 CPC/2015 - Recaindo a penhora sobre bem imóvel ou direito real sobre imóvel, 
será intimado também o cônjuge do executado, salvo se forem casados em regime de 
separação absoluta de bens. 
(E) INCORRETA. 
Art. 844 CPC/2015 - Para presunção absoluta de conhecimento por terceiros, cabe ao 
exequente providenciar a averbação do arresto ou da penhora no registro competente, 
mediante apresentação de cópia do auto ou do termo, independentemente de 
mandado judicial. 
 
19. De acordo com a legislação e princípios que regem a matéria, 
(A) a competência em razão da matéria constitui pressuposto de constituição e de 
desenvolvimento válido e regular do processo e sua não observância acarreta sua 
extinção com resolução do mérito. 
(B) a incompetência territorial, no âmbito dos juizados Especiais Cíveis, implica extinção 
do processo som resolução de mérito. 
(C) a abusividade da cláusula de eleição de foro é matéria de ordem pública, e, 
independentemente da natureza da relação, não se sujeita à preclusão. 
(D) os processos de ações conexas devem ser reunidos para decisão conjunta, ainda que 
um deles já tenha sido sentenciado. 
(E) a competência em razão da matéria constitui pressuposto de constituição e de 
desenvolvimento válido e regular do processo e sua não observância acarreta sua 
extinção sem resolução do mérito. 
 
RESPOSTA: B 
 
 
27 
COMENTÁRIOS 
(A) INCORRETA. 
Art. 64, § 3º, CPC/2015 - Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão 
remetidos ao juízo competente. 
(B) CORRETA. 
 Art. 51 Lei 9.099/1995 - Extingue-se o processo, além dos casos previstos em lei: 
III - quando for reconhecida a incompetência territorial; 
(C) INCORRETA. 
Art. 63, § 3º, CPC/2015 - Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode 
ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo 
do foro de domicílio do réu. 
(D) INCORRETA. 
Art. 55, § 1º, CPC/2015 - Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão 
conjunta, salvo se um deles já houver sido sentenciado. 
(E) INCORRETA. 
Art. 64, § 3º, CPC/2015 - Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão 
remetidos ao juízo competente. 
 
20. A homologação da desistência da ação 
(A) faz coisa julgada material. 
(B) não resolve o mérito e impõe, ao desistente, o dever de arcar com as despesas. 
(C) obsta o prosseguimento da reconvenção. 
(D) deve ser precedida de anuência do réu, ainda que revel. 
(E) pode ser apresentada somente até a contestação. 
 
RESPOSTA: B 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. 
ART. 485 CPC/2015 - O juiz não resolverá o mérito quando: 
VIII - homologar a desistência da ação; 
(B) CORRETA. 
ART. 485 CPC/2015 - O juiz não resolverá o mérito quando: 
VIII - homologar a desistência da ação; 
 
28 
Art. 90 CPC/2015 - Proferida sentença com fundamento em desistência, em renúncia ou 
em reconhecimento do pedido, as despesas e os honorários serão pagos pela parte que 
desistiu, renunciou ou reconheceu. 
(C) INCORRETA. 
Art. 343, § 2º, CPC/2015 - A desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva que 
impeça o exame de seu mérito não obsta ao prosseguimento do processo quanto à 
reconvenção. 
(D) INCORRETA. 
Art. 485, § 4º, CPC/2015 - Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o 
consentimento do réu, desistir da ação. 
(E) INCORRETA. 
Art. 485, § 5º, CPC/2015 - A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença. 
 
21. O valor da causa 
(A) pode ser meramente estimado, e não o da condenação pretendida, nas ações nas 
quais se pede compensação por dano moral. 
(B) constitui matéria dispositiva, não podendo ser alterado, a pedido da parte nem de 
ofício, se não constar de impugnação, em preliminar de contestação. 
(C) corresponde à somatória dos pedidos principal e subsidiário, nas ações que 
contenham pedidos principal e subsidiário. 
(D) deve levar em consideração o pedido de tutela final, no procedimento de tutela 
antecipada requerida em caráter anto- 
(E) é utilizado, qualquer que seja, como base de cálculo para fixação dos honorários 
advocatícios, nas causas em que impossível mensurar o proveito econômico. 
 
RESPOSTA: D 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. 
ART. 292 CPC/2015 - O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e 
será: V - na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor pretendido; 
(B) INCORRETA. 
ART. 292, § 3º, CPC/2015 - O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa 
quando verificar que não corresponde ao conteúdo patrimonial em discussão ou ao 
proveito econômico perseguido pelo autor, caso em que se procederá ao recolhimento 
das custas correspondentes. 
(C) INCORRETA. 
 
29 
ART. 292 CPC/2015 - O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e 
será: VIII - na ação em que houver pedido subsidiário, o valor do pedido principal. 
(D) CORRETA. 
ART. 303, §4º, CPC/2015 - Na petição inicial a que se refereo caput deste artigo, o autor 
terá de indicar o valor da causa, que deve levar em consideração o pedido de tutela 
final. 
(E) INCORRETA. 
Art. 85, § 8º, CPC/2015 - Nas causas em que for inestimável ou irrisório o proveito 
econômico ou, ainda, quando o valor da causa for muito baixo, o juiz fixará o valor dos 
honorários por apreciação equitativa, observando o disposto nos incisos do § 2º. 
 
22. A reconvenção 
(A) dispensa a atribuição de valor à causa. 
(B) pode ser proposta apenas pelo réu contra o próprio autor. 
(C) não leva, se improcedente, à condenação em honorários advocatícios, os quais são 
devidos apenas pela procedência do pedido principal. 
(D) só pode ser proposta se oferecida contestação. 
(E) prossegue mesmo que ocorra causa extintiva que impeça o exame de mérito da ação 
principal. 
 
RESPOSTA: E 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. 
Art. 292 CPC/2015 - O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e 
será: 
 (B) INCORRETA. 
Art. 343, §3º, CPC/2015 - A reconvenção pode ser proposta contra o autor e terceiro. 
(C) INCORRETA. 
Art. 85, §1º, CPC/2015 - São devidos honorários advocatícios na reconvenção, no 
cumprimento de sentença, provisório ou definitivo, na execução, resistida ou não, e nos 
recursos interpostos, cumulativamente. 
(D) INCORRETA. 
Art. 343, §6º, CPC/2015 - O réu pode propor reconvenção independentemente de 
oferecer contestação. 
(E) INCORRETA. 
 
30 
Art. 343, §2º, CPC/2015 - A desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva que 
impeça o exame de seu mérito não obsta ao prosseguimento do processo quanto à 
reconvenção. 
 
23. Acerca das provas, considere: 
I. Para que seja aplicada, a pena de confesso demanda prévia intimação pessoal para o 
depoimento pessoal. 
II. O juiz não pode indeferir a prova testemunhal ainda que os fatos hajam sido 
confessados. 
III. O perito pode escusar-se da nomeação, caso em que o juiz nomeará novo perito. 
IV. Findo o depoimento, a parte poderá contraditar a testemunha. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
(A) I, II e III. 
(B) II, III e IV. 
(C) I e III. 
(D) II e IV. 
(E) I. 
 
RESPOSTA: C 
COMENTÁRIOS 
 
(I) CORRETA. 
Art. 385, §1º, CPC/2015 - Se a parte, pessoalmente intimada para prestar depoimento 
pessoal e advertida da pena de confesso, não comparecer ou, comparecendo, se recusar 
a depor, o juiz aplicar-lhe-á a pena. 
(II) INCORRETA. 
Art. 443, I, CPC/2015 - O juiz indeferirá a inquirição de testemunhas sobre fatos: I - já 
provados por documento ou confissão da parte; 
(III) CORRETA. 
Art. 467 CPC/2015 - O perito pode escusar-se ou ser recusado por impedimento ou 
suspeição. 
Parágrafo único. O juiz, ao aceitar a escusa ou ao julgar procedente a impugnação, 
nomeará novo perito. 
(IV) INCORRETA. 
Conforme disposto no art. 457 do CPC/2015, a contradita da testemunha é realizada 
pela parte antes do respectivo depoimento. 
 
31 
Art. 457 CPC/2015 - Antes de depor, a testemunha será qualificada, declarará ou 
confirmará seus dados e informará se tem relações de parentesco com a parte ou 
interesse no objeto do processo. 
§ 1º É lícito à parte contraditar a testemunha, arguindo-lhe a incapacidade, o 
impedimento ou a suspeição, bem como, caso a testemunha negue os fatos que lhe são 
imputados, provar a contradita com documentos ou com testemunhas, até 3 (três), 
apresentadas no ato e inquiridas em separado. 
 
24. Mévio vendeu um carro a Tício, que se obrigou a pagá-lo em vinte e quatro 
prestações mensais sucessivas. No quarto mês, porém, Ticio caiu em inadimplência, 
razão pela qual Mévio ajuizou ação de cobrança do débito vencido, a qual foi julgada 
procedente. Na sentença, o juiz, além dos consectários compreendidos no pedido, 
deverá condenar Tício ao pagamento 
(A) do débito vencido e das prestações vincendas, enquanto durar a obrigação, ainda 
que Mévio não as tenha pedido expressamente, se, no curso do processo, não forem 
pagas nem consignadas. 
(B) apenas do débito vencido, pois é vedado ao juiz proferir sentença genérica. 
(C) apenas do débito vencido, sob pena de a sentença ser considerada extra petita. 
(D) do débito vencido e das prestações que se vencerem até a citação, ainda que Mévio 
não as tenha pedido expressamente, se, no curso do processo, não forem pagas nem 
consignadas. 
(E) apenas do débito vencido, sobre pena de a sentença ser considerada ultra petita. 
 
RESPOSTA: C 
COMENTÁRIOS 
 
Art. 323 CPC/2015 - Na ação que tiver por objeto cumprimento de obrigação em 
prestações sucessivas, essas serão consideradas incluídas no pedido, 
independentemente de declaração expressa do autor, e serão incluídas na 
condenação, enquanto durar a obrigação, se o devedor, no curso do processo, deixar 
de pagá-las ou de consigná-las. 
 
25. Em relação às práticas comerciais e à publicidade nas relações consumeristas, o 
Código de Defesa do Consumidor estabelece: 
(A) O ônus da prova da veracidade e correção da informação ou comunicação 
publicitária cabe a quem alega sua falsidade ou incorreção. 
(B) Os fabricantes e importadores deverão assegurar a oferta de componentes e peças 
de reposição por todo o período de vida útil do produto, limitado ao tempo que constar 
no manual de garantia respectiva. 
 
32 
(C) A publicidade pode ser veiculada como notícia, sem necessidade de ser identificada 
como propaganda, desde que se refira a aspectos técnicos do produto. 
(D) Tratando-se de produtos refrigerados oferecidos ao consumidor, suas informações 
gerais, legalmente previstas, serão gravadas de forma indelével. 
(E) E proibida a publicidade de bens e serviços por telefone, ainda que a chamada seja 
gratuita ao consumidor, sem anuência prévia deste. 
 
RESPOSTA: D 
COMENTÁRIOS 
 
O assunto da questão foi tratado no material de Reta Final e na aula de revisão. 
 
(A) INCORRETA. 
Segundo o art. 38 do CDC, o ônus da prova da veracidade e correção da informação ou 
comunicação publicitária cabe a quem as patrocina. 
(B) INCORRETA. 
O CDC prevê, no art. 32, caput, que referido fornecimento deverá ser assegurado 
enquanto não cessar a fabricação ou importação do produto. 
(C) INCORRETA. 
É princípio basilar da publicidade consumerista o da identificação da publicidade, 
extraído do art. 36, caput, do CDC, que prevê que deve ser veiculada de tal forma que 
o consumidor, fácil e imediatamente, a identifique como tal. Não há a exceção 
estabelecida na alternativa. 
(D) CORRETA. 
Trata-se da previsão do art. 31, parágrafo único, do CDC. 
(E) INCORRETA. 
A referida proibição, nos termos do parágrafo único do art. 33 do CDC, somente ocorre 
quando a chamada é onerosa ao consumidor que a origina. 
 
26.De acordo com a definição do Código de Defesa do Consumidor, uma cláusula 
contratual em avença consumerista que estabeleça a ambas as partes a utilização 
compulsória de arbitragem será 
(A) nula de pleno direito, sendo irrelevante que se imponha a ambas as partes a 
compulsoriedade. 
(B) tida por inexistente, por ser contrária ao princípio constitucional da inafastabilidade 
da jurisdição. 
(C) ineficaz, por caracterizar condição juridicamente impossível. 
 
33 
(D) anulável, por se tratar de direitos disponíveis, havendo o consumidor que provar 
prejuízo. 
(E) válida, pois a imposição foi bilateral. 
 
RESPOSTA: A 
COMENTÁRIOS 
 
O assunto da questão foi tratado no material de Reta Final e na aula de revisão. 
 
As cláusulas abusivas constantes de contratos de consumo são, a teor do caput do art. 
51 do CDC, nulas de pleno direito. No rol de cláusulas abusivas, estão as que 
determinem a utilização compulsória de arbitragem, conforme inciso VII do mesmo 
dispositivo legal. 
Só não é nula a cláusula se a arbitragem for uma faculdade. A imposição, ainda que 
bilateral, é abusiva (note-se que, ao contrário de outros incisos do mesmo art. 51, não 
há indicação de que a abusividade reside na unilateralidade ou na ausência de 
reciprocidade de direitos). 
 
27. No que se refere àproteção contratual disciplinada pelo Código de Defesa do 
Consumidor, considere: 
I. As declarações de vontade constantes de escritos particulares, recibos e pré-contratos 
relativos às relações de consumo 
vinculam o fornecedor, ensejando inclusive execução específica. 
II. O consumidor pode desistir do contrato no prazo de 30 dias a contar de sua assinatura 
ou do ato de recebimento do produto ou serviço sempre que a contratação de 
fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial. 
III. Nos contratos de compra e venda de bens móveis ou imóveis mediante pagamento 
em prestações, bem como na alienação fiduciária em garantia deles, consideram-se 
nulas de pleno direito as cláusulas que estabeleçam a perda total das prestações pagas 
em benefício do credor que, em razão do inadimplemento, pleitear a resolução do 
contrato e a retomada do produto alienado. 
IV. Nos contratos do sistema de consórcio de produtos duráveis, a compensação ou a 
restituição das parcelas quitadas, terá 
descontada, além da vantagem econômica auferida com a fruição, os prejuízos que o 
desistente ou inadimplente causar ao grupo. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
(A) III e IV. 
(B) I e II. 
 
34 
(C) I e IV. 
(D) I, III e IV. 
(E) II e III. 
 
RESPOSTA: D 
COMENTÁRIOS 
 
O assunto da questão foi tratado no material de Reta Final e na aula de revisão. 
 
(I) CORRETA. 
É o teor do art. 48 do CDC. 
(II) ERRADA. 
O exercício do prazo de reflexão ou de arrependimento pode se dar no prazo de 07 dias 
a contar da assinatura do contrato ou do ato de recebimento do produto ou serviço (art. 
49 do CDC). 
(III) CORRETA. 
É o teor do art. 53, caput, do CDC. 
(IV) CORRETA. 
É o teor do art. 53, par. 2º, do CDC. 
 
28. Cabe ao Departamento Nacional de Defesa do Consumidor, na qualidade de 
organismo de coordenação da política do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, 
(A) fiscalizar, direta e exclusivamente, preços, abastecimento, quantidade e segurança 
de bens e serviços. 
(B) receber, analisar, avaliar e julgar consultas, denúncias ou sugestões apresentadas 
por entidades representativas ou pessoas jurídicas de direito público ou privado. 
© planejar, elaborar, propor, coordenar e executar a política nacional de proteção ao 
consumidor. 
(D) informar, conscientizar e motivar o consumidor através de portarias, decretos e 
informativos. 
(E) levar ao conhecimento dos órgãos competentes crimes contra os interesses difusos 
e coletivos dos consumidores. 
 
RESPOSTA: C 
COMENTÁRIOS 
 
 
35 
(A) INCORRETA. 
Não existe essa previsão dentre as competências do DNDC. 
(B) INCORRETA. 
O erro da assertiva está na previsão de julgar consultas, denúncias ou sugestões, pois o 
art. 106, II, do CDC não prevê a competência de julgamento. 
(C) CORRETA. 
Conforme art. 106, I, do CDC. 
(D) INCORRETA. 
A primeira parte da assertiva (informar, conscientizar e motivar o consumidor) está 
correta, mas a segunda parte não (através de portarias, decretos e informativos), nos 
termos do art. 106, IV, do CDC (que prevê, em verdade, “através dos diferentes meios 
de comunicação”). 
(E) INCORRETA. 
O art. 106, VII, do CDC prevê como competência do DNDC levar ao conhecimento dos 
órgãos competentes as infrações de ordem administrativa nesse sentido, e não crimes. 
 
29. De acordo com a jurisprudência do STJ, constante de súmula, 
(A) o contrato de seguro por danos pessoais compreenderá sempre os danos morais. 
(B) a embriaguez do segurado não exime a seguradora do pagamento de indenização 
prevista em contrato de seguro de vida. 
(C) dada sua natureza, o Código de Defesa do Consumidor não se aplica aos 
empreendimentos habitacionais promovidos pelas sociedades cooperativas. 
(D) o Código de Defesa do Consumidor é aplicável tanto às entidades abertas de 
previdência complementar como aos contratos celebrados com entidades 
previdenciárias fechadas. 
(E) nos contratos bancários, é possível ao julgador conhecer de ofício, da abusividade 
das cláusulas contratuais, por se tratar de hipótese de nulidade. 
 
RESPOSTA: B 
COMENTÁRIOS 
 
O assunto da questão foi tratado no material de Reta Final e na aula de revisão. 
 
(A) INCORRETA. 
Súmula 402 do STJ - O contrato de seguro por danos pessoais compreende os danos 
morais, salvo cláusula expressa de exclusão. 
(B) CORRETA. 
 
36 
Súmula 620 do STJ - A embriaguez do segurado não exime a seguradora do pagamento 
da indenização prevista em contrato de seguro de vida. 
(C) INCORRETA. 
Súmula 602 do STJ - O Código de Defesa do Consumidor é aplicável aos 
empreendimentos habitacionais promovidos pelas sociedades cooperativas. 
(D) INCORRETA. 
Súmula 563 do STJ - O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às entidades abertas 
de previdência complementar, não incidindo nos contratos previdenciários celebrados 
com entidades fechadas. 
(E) INCORRETA. 
Súmula 381 do STJ - Nos contratos bancários, é vedado ao julgador conhecer, de ofício, 
da abusividade das cláusulas. 
 
30. No que tange às relações de consumo, a desconsideração da personalidade jurídica 
poderá ocorrer sempre que a personalidade da pessoa jurídica for, de alguma forma, 
obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores, no que é 
doutrinariamente denominada a teoria menor do instituto. 
(B) aplica-se também a sociedades consorciadas somente por culpa e subsidiariamente. 
(C) regula-se apenas pelas normas do Código Civil, somente não se exigindo a 
caracterização de confusão patrimonial. 
D) só será aplicada se houver a falência da empresa em face da qual se operou a 
desconsideração. 
(E) só se admite a desconsideração direta, não a desconsideração inversa da pessoa 
jurídica. 
 
RESPOSTA: A 
COMENTÁRIOS 
 
O assunto da questão foi tratado no material de Reta Final. 
 
(A) CORRETA. 
O art. 28, par. 5º, do CDC traz justamente a Teoria Menor da desconsideração da 
personalidade jurídica. 
 
 
 
 
37 
Teoria Maior Teoria Menor 
Previsão no art. 50 do CC. Previsão no art. 28 do CDC. 
Há mais requisitos. Há menos requisitos – o que significa mais 
hipóteses de aplicação. 
Não é suficiente a prova da insolvência. É suficiente a prova da insolvência. 
Exige o abuso da personalidade jurídica, 
que pode ser por: 
- confusão patrimonial. 
- desvio de finalidade. 
Exige como único requisito o prejuízo do 
consumidor. 
O caput do art. 28 cita alguns exemplos, 
em rol não taxativo, como abuso de 
direito, excesso de poder, infração da lei 
etc. 
Não pode ser decretada de ofício. 
Depende de requerimento da parte ou do 
MP. 
Pode ser decretada de ofício. 
 
(B) INCORRETA. 
O art. 28, par. 3º, do CDC. 
(C) INCORRETA. 
Como visto no item A, a desconsideração da personalidade jurídica também tem 
previsão no CDC, cujos requisitos são distintos da previsão do CC/2002. 
(D) INCORRETA. 
Tanto o caput do art. 28 do CDC prevê diversas outras situações para a desconsideração, 
além da falência (estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica 
provocados por má administração), como o par. 5º traz verdadeira cláusula de abertura, 
permitindo a desconsideração sempre que a personalidade jurídica for, de qualquer 
forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados ao consumidor. 
(E) INCORRETA. 
Apesar de a lei não regular expressamente o assunto (isso antes do CPC/2015), doutrina 
e jurisprudência já admitiam tranquilamente a existência do instituto que se 
convencionou denominar de "desconsideração inversa da personalidade jurídica". 
Caracteriza-se pelo afastamento da autonomia patrimonial da sociedade, para, 
contrariamente do que ocorre na desconsideração da personalidade propriamente dita, 
atingir o ente coletivo e seu patrimônio social. A desconsideração inversa tem sido usada 
com frequência pelo direito de família, quando um dos cônjuges, pretendendo se 
separar do outro, transfere os bens pessoais para uma sociedade, com o objetivo de 
livrá-los da partilha. 
Corroborandode vez o exposto, o CPC/2015 previu que se aplica o disposto no Capítulo 
referente ao incidente de desconsideração à hipótese de desconsideração inversa da 
personalidade jurídica (art. 133, § 2°). 
 
38 
 
31. Em relação à responsabilidade por vício do produto, o Código de Defesa do 
Consumidor prevê: 
(A) A ampliação do prazo para sanar o vício, ou sua redução, podem ser convencionadas, 
salvo na hipótese de contrato de adesão. 
(B) Na hipótese de fornecimento de produtos in natura, o único responsável perante o 
consumidor é o fornecedor imediato, ainda que identificado claramente o produtor, 
cabendo àquele voltar-se regressivamente contra este. 
(C) Os prazos para reclamar o vício do produto, seja de qualidade ou de quantidade, são 
prescricionais, uma vez que as ações são de ressarcimento material e ou moral. 
(D) A contagem do prazo para demandar o reconhecimento do vício inicia-se sempre a 
partir da aquisição do produto, 
(E) Relativamente aos vícios de quantidade, o fornecedor imediato será responsável 
quando fizer a pesagem ou a medição e o instrumento utilizado não estiver aferido 
segundo os padrões oficiais, nesse caso afastando-se a responsabilidade da fabricante. 
 
RESPOSTA: E 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA 
É bem verdade que o prazo para sanar o vício pode ser ampliado ou reduzido (conforme 
art. 18, par. 2º, do CDC). Mesmo nas hipóteses de contrato de adesão, pode haver 
convenção das partes nesse sentido (“nos contratos de adesão, a cláusula de prazo 
deverá ser convencionada em separado, por meio de manifestação expressa do 
consumidor”). 
(B) INCORRETA 
Art. 18, § 5°. No caso de fornecimento de produtos in natura, será responsável perante 
o consumidor o fornecedor imediato, exceto quando identificado claramente seu 
produtor. 
(C) INCORRETA 
Tratam-se de prazos decadenciais. 
VÍCIO DO PRODUTO/SERVIÇO FATO DO PRODUTO/SERVIÇO 
Qualidade-adequação. Qualidade-segurança. 
Atinge o produto ou o serviço em si – 
intrínseco. 
• Pode vir a causar danos 
materiais/morais. 
Atinge em especial a incolumidade físico-
psíquica do consumidor ou de terceiros 
(as vítimas de consumo) – extrínseco. 
 
39 
 Também denominado defeito ou 
acidente de consumo. 
Sujeita-se a prazo decadencial. Sujeita-se a prazo prescricional. 
São pistas de que se está diante de prazo 
decadencial as expressões: caduca, 
caducar, reclamar. 
São pistas de que se está diante de prazo 
prescricional as expressões: prescreve, 
pretensão, reparação. 
Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios 
aparentes ou de fácil constatação caduca 
em: 
(não se coloca os incisos, por ora, pois nos 
interessa analisar o teor do caput). 
Art. 27. Prescreve em cinco anos a 
pretensão à reparação pelos danos 
causados por fato do produto ou do 
serviço prevista na Seção II deste 
Capítulo, iniciando-se a contagem do 
prazo a partir do conhecimento do dano 
e de sua autoria. 
 
(D) INCORRETA 
Art. 26, § 1° Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do 
produto ou do término da execução dos serviços. 
(E) CORRETA 
Art. 19, § 2° O fornecedor imediato será responsável quando fizer a pesagem ou a 
medição e o instrumento utilizado não estiver aferido segundo os padrões oficiais. 
 
32. No tocante à defesa do consumidor em juízo, 
(A) nas ações coletivas não haverá adiantamento de despesas ou honorários periciais, 
mas incidirá como regra a condenação da associação autora em honorários de 
advogado, custas e despesas processuais, salvo se obtiver o benefício da gratuidade 
judiciária. 
(B) em caso de litigância de má-fé, os diretores responsáveis pela propositura de ação 
coletiva serão diretamente condenados nos ônus sucumbenciais e eventuais perdas e 
danos, isentada a associação autora. 
(C) para a tutela específica ou para a obtenção do resultado prático equivalente, poderá 
o juiz determinar as medidas necessárias, tais como busca e apreensão, remoção de 
coisas e pessoas, desfazimento de obra, impedimento de atividade nociva, além de 
requisição de força policial. 
(D) para a defesa dos direitos e interesses protegidos pelo Código de Defesa do 
Consumidor admitem-se somente ações condenatórias e mandamentais, por serem 
demandas aptas a pleitear e conceder a tutela específica da obrigação. 
(E) a indenização por perdas e danos poderá abranger danos materiais e morais e far-
se-á com prejuízo de multa. 
 
RESPOSTA: C 
 
40 
COMENTÁRIOS 
(A) INCORRETA. 
A primeira parte da assertiva está correta, conforme art. 87 do CDC. A regra, porém, não 
é a condenação da associação autora ao pagamento de honorários advocatícios, uma 
vez que o parágrafo único do art. 87 prevê a condenação a essa verba tão somente no 
caso de litigância de má-fé. 
(B) INCORRETA. 
Na hipótese apresentada na assertiva, a associação autora e os diretores responsáveis 
pela propositura da ação serão solidariamente condenados (art. 87, parágrafo único, 
do CDC). 
(C) CORRETA. 
Trata-se da previsão do art. 84, par 5º, do CDC. 
(D) INCORRETA. 
De acordo com o art. 83 do CDC, são admissíveis todas as espécies de ação capazes de 
propiciar a adequada e efetiva tutela. 
(E) INCORRETA. 
O erro da assertiva está em dizer que a indenização se dará com prejuízo da multa, pois 
o par. 2º do art. 84 do CDC prevê o contrário. 
 
33. A habilitação de pretendentes à adoção, segundo regra do Estatuto da Criança e do 
Adolescente, 
(A) inicia-se com a fase de inclusão no cadastro, seguida da etapa de aproximação e 
preparação para o estágio de convivência. 
(B) faz-se por meio de processo judicial que deverá ser concluído no prazo máximo de 
120 dias, prorrogável por igual período. 
(C) deverá ser renovada, mediante avaliação por equipe interprofissional, no mínimo 
bienalmente ou sempre que houver recusa de criança indicada, 
(D) é dispensada em relação ao pretendente localizado por meio de busca ativa para 
adoção de adolescentes ou crianças maiores. 
(E) resulta na inclusão dos habilitados em cadastros gerenciados por técnicos 
responsáveis pela política municipal de garantia do direito à convivência familiar. 
 
RESPOSTA: B 
COMENTÁRIOS 
 
Questão abordada na rodada de reta final do TJGO. 
 
 
41 
(A) INCORRETA; 
 - Art. 197-A. Os postulantes à adoção, domiciliados no Brasil, apresentarão petição 
inicial na qual conste: (...) 
(B) CORRETA. 
- Art. 197-F. O prazo máximo para conclusão da habilitação à adoção será de 120 (cento 
e vinte) dias, prorrogável por igual período, mediante decisão fundamentada da 
autoridade judiciária. 
(C) INCORRETA. 
- Art. 197-E, § 2º A habilitação à adoção deverá ser renovada no mínimo trienalmente 
mediante avaliação por equipe interprofissional. 
(D) INCORRETA. 
– Não há tal previsão. 
(E) INCORRETA. 
- Art. 50, § 3º A inscrição de postulantes à adoção será precedida de um período de 
preparação psicossocial e jurídica, orientado pela equipe técnica da Justiça da Infância 
e da Juventude, preferencialmente com apoio dos técnicos responsáveis pela execução 
da política municipal de garantia do direito à convivência familiar. 
 
34. No âmbito da proteção da população infanto-juvenil, considerando os termos 
expressos da normativa vigente, os conceitos de risco e vulnerabilidade, em suas 
diferentes modalidades, ganham relevância na medida em que 
(A) o enfoque mais voltado à prevenção do risco social do que do risco pessoal é o que 
difere, segundo a Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais, os serviços de 
proteção social básica dos serviços de proteção social especial. 
(B) a Lei Orgânica da Assistência Social dispõe que, na organização dos serviços da 
assistência social, serão criados pro- gramas de amparo às crianças e adolescentes em 
situação de risco pessoal e social. 
(C) a situação de risco é utilizada no texto do Estatuto da Criança e do Adolescente como 
critério para fixação da competência da Justiça da Infância e Juventude em alguns casos. 
(D) a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

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