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Globalização no Mundo dos Negócios IN TE RN A TI O N A L BU SI N ES S - B U S5 32 _1 _1 Globalização no mundo dos negócios • A/1 Objetivos de Aprendizagem • Conhecer a globalização no mundo dos negócios. • Conhecer os aspectos dos estados como atores internacionais. • Avaliar aspectos das organizações internacionais e empresas multinacionais. Globalização no Mundo dos Negócios Conteúdo organizado por Renato Cividini Matthiesen em 2022 do livro Diplomacia e empreendedorismo corporativo, publicado por NYEGRAY, João Alfredo Lopes, pela Editora, Cotentus, 2020. Globalização no mundo dos negócios • A/1 Introdução Com a globalização, as decisões de produção e comércio internacional ficaram intimamente interligadas: a internacionalização de empresas espalhou-se pelo mundo, e a maior parte dos novos produtos que chegam ao mercado é transacionável internacionalmente (traded goods) ou depende pesadamente de componentes transacionáveis. Vasconcelos (2017, p. 1-2) A vida contemporânea acabou por ser suportada por um conjunto de sistemas e tecnologias que levam as atividades acadêmicas, profissionais e sociais a serem parcialmente vivenciadas em ambientes físicos e geograficamente localizados juntamente com ambientes digitais e espaços virtuais sem fronteiras, considerando a disrupção tecnológica resultante do desenvolvimento do computador pessoal, as redes de computadores e da Internet e da mobilidade promovida pelos dispositivos móveis, principalmente o smartphone. https://player.vimeo.com/video/743621445 Globalização no mundo dos negócios • A/1 Convivemos nas salas de aula e escritórios corporativos, e em outros momentos dentro de um mundo virtual e geograficamente distante, que nos permite relações com culturas, sistemas financeiros, ideologias, políticas e religiões diferentes. A globalização deste mundo moderno, faz com que a diversidade seja imperativa para condução de negócios. Conforme sustenta Nyegray (2020, p. 6) “acredita-se que vivamos em um mundo plenamente globalizado”. A globalização pode ser entendida como a integração com maior intensidade de relações (culturais, econômicas, sociais, políticas dentre outras) em escala mundial. Quando se orienta esta integração para o campo de operações e gestão de negócios, tecnologias da informação são aplicadas para unificar a base de dados das organizações e permitir uma gestão central que abrange a maioria das operações da empresa. Neste contexto, pode-se perceber que grande parte das empresas da atualidade executa suas atividades pensando em um macroambiente, fazendo uso de soluções providas de tecnologias e sistemas de informação com soluções digitais. Nyegray (2020) nos chama a atenção para o fato de que as tecnologias de informação e comunicação cada vez mais velozes juntamente com a globalização de mercados transformaram o mundo em um espaço sem fronteiras. O autor sustenta que neste novo mundo, a diplomacia necessita auxiliar os Estados na condução das relações exteriores ao passo que as empresas reflitam sobre a necessidade de criar departamentos ou setores de diplomacia corporativa. A globalização é um termo antigo, com exemplos suportados pela expansão de impérios, como o de Alexandre da Macedônia ou ainda as navegações do século XV e XVI. Mais recentemente, a interconexão entre diferentes povos pode ser suportada de forma mais dinâmica com o uso de sistemas distribuídos em redes de computadores e Internet, o que acelerou ainda mais a relação comercial e social entre povos do mundo todo. Veja a definição de Kurose e Ross (2013, p. 1) sobre a Internet para seguirmos com nossas reflexões sobre a globalização moderna. Globalização no mundo dos negócios • A/1 A Internet de hoje é provavelmente o maior sistema de engenharia já criado pela humanidade, com centenas de milhões de computadores conectados, enlaces de comunicação e comutadores; bilhões de usuários que se conectam por meio de laptops, tablets e smartphones; e com uma série de dispositivos como sensores, webcams, console para jogos, quadros de imagens, e até mesmo máquinas de lavar sendo conectadas”.Vasconcelos (2017, p. 1-2) A definição considera uma revolução nos negócios e também na vida social das pessoas. Perceba caro leitor que a Internet pode ser entendida como um novo direcionador de comportamento humano e estrutura de sistemas de informação distribuído que reformulou grande parte dos modelos de negócios em todo mundo. Hoelz (2015, p. 73), afirma que “a Internet se tornou uma ferramenta indispensável para uma grande quantidade de pessoas”, chegando no ano de 2005 a um número muito próximo a um bilhão de pessoas com acesso, seguindo para mais de quatro bilhões na atualidade. Praticamente todas as pessoas economicamente ativas no planeta fazem uso da internet o que elevou sobremaneira as oportunidades de criar mercados internacionais e globalizados. Saiba Mais Assista o vídeo: O que é globalização? Este vídeo apresenta uma breve explicação sobre o tema. Link: <https://youtu.be/JgnnWpSbGyk>. Acesso em: 30 jul. 2022. https://www.youtube.com/embed/JgnnWpSbGyk Globalização no mundo dos negócios • A/1 Estados Como Atores Internacionais A globalização agiu como padronizadora de estilos de vida em diferentes lugares, como no ocidente, por exemplo, e gerou uma convergência de gostos e preferências. Os Estados continuam participando ativamente na vida social, mas hoje em dia, empresas, indivíduos e organizações internacionais (OIs) também podem participar mais ativamente da sociedade. Um exemplo foi a criação da Organização das Nações Unidades (ONU) após a Segunda Guerra Mundial e declarações como a Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, levando proteção internacional e direitos fundamentais a todos. Evolutivamente, a progressiva integração mundial relatada por Nyegray (2020) fez com que outros entes internacionais ganhassem também importância, o que levou o Estado a um novo papel de participar de fóruns e reuniões internacionais, redigir e aprovar acordos formais, firmar tratados e alianças. A busca pela internacionalização neste novo mundo globalizado, faz com que as empresas sigam leis dos países hospedeiros, muitas vezes diferentes das legislações locais, dos países chamados de hospedeiros. Os profissionais e as empresas de relações internacionais devem estar atentos às condições legais impostas pelos Estados às empresas estrangeiras. Como sustenta Nyegray (2020, p. 8) “os Estados desempenham um papel importante, não só no sistema internacional, mas também na normatização de uma série de atividades”. Organizações Internacionais (Ois) A origem das Organizações Internacionais tem então origem após 1945, com um mundo em reconstrução e a formação da ONU (Organização das Nações Unidas), fato que inspirou diversas outras organizações internacionais a serem formadas. São exemplos: AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), OEA (Organização dos Estados Americanos), FMI (Fundo Monetário Internacional). Estes exemplos de organizações são importantes para o diálogo entre os Estados em um mundo globalizado. Globalização no mundo dos negócios • A/1 Figura 1 – Exemplos de Organizações Internacionais Fonte: elaborado pelo autor Saiba Mais Assista o vídeo: Why humans run the world de Yuval Noah Harari, proferida para o TED. Link: <https://youtu.be/JgnnWpSbGyk>. Acesso em: 30 jul. 2022. https://www.youtube.com/embed/nzj7Wg4DAbs Globalização no mundo dos negócios • A/1 Empresas Multinacionais Um tipo específico de organização empresarial com forte atuação internacional é a multinacional, caracterizada por seu tamanho, capacidade financeira e recursos. A revista Fortune de 2019 citada em Nyegray (2020) classifica anualmente as maiores empresas do planeta, como o Walmart, Royal Dutch Shell, Exxon, Volkswagen, Toyota, Apple, Alphabet Inc. (Google), dentre muitas outras, com atuação em múltiplos países e faturamento anual maior que o PIB(Produto Interno Bruto) de muitas nações. Veja, caro leitor, que a globalização impulsionou os processos de internacionalização e estas corporações acabaram se parecendo com os chamados Estados independentes. No contexto legal, muitos países acabaram por alterar leis nacionais para que pudesse ser possível receber e alocar empresas multinacionais, alterando regimentos, leis e mesmo costumes para poder oportunizar desenvolvimento econômico recebendo filiais de grandes corporações mundiais. A multinacionalização de empresas é um fenômeno relativamente novo, e passou a tomar um grande impulso a partir do processo de globalização. https://player.vimeo.com/video/743621614 Globalização no mundo dos negócios • A/1 Cultura e Gestão Intercultural No contexto das relações internacionais, é relativamente comum que o profissional ingresse e atue em diferentes ambientes, diferentes países e diferentes culturas. Perceba, por favor, que não apenas em ambientes físicos, há necessidade de aceitação e adaptação à diversidade também dentro dos ambientes digitais, interconectados através de tecnologias de informação e comunicação. A globalização traz impactos na vida comum, individual, local, da mesma forma que determina eventos que passaram a ser conhecidos e vivenciados globalmente. Giddens (2006, p. 11) nos ensina que “o século XXI será o campo de batalha em que o fundamentalismo vai se defrontar com a tolerância cosmopolita”. O próprio termo cultura pode ser uma acepção ampla, frequentemente relacionado à pessoa culta como resultado de desenvolvimento de conhecimento, diz Nyegray (2020). A cultura influencia intercâmbios pessoais e os administradores de negócios devem criar produtos e serviços considerando os aspectos culturais de cada região onde o produto será comercializado ou o serviço será executado. Importante ainda se faz refletir que a cultura não é um legado, não é herdada geneticamente, mas sim um comportamento aprendido dentro de um círculo social. Saiba Mais Assista o vídeo: A globalização está no fim. O que vem a seguir? De Mike O’ Sulivan,produzido pelo TED ideas Worth spreading. Link: <https://bit.ly/3p7mFfN>. Acesso em: 30 jul. 2022. https://embed.ted.com/talks/lang/pt/mike_o_sullivan_the_end_of_globalization_and_the_beginning_of_something_new Globalização no mundo dos negócios • A/1 Giddens (2006) nos lembra que a nossa época evoluiu sob o impacto da ciência, da tecnologia e do pensamento racionalista, originários da Europa. Nosso momento histórico evoluiu com as ideias do Iluminismo e modernizou-se com as disrupções tecnológicas e um pensamentos de gestão suportados pelas abordagens administrativas criadas e complementadas nos últimos 120 anos. A revolução tecnológica do século XX levou à glocalização, e a glocalização levou ao desenvolvimento tecnologia. Esta é uma clássica reflexão sobre o desenvolvimento concomitante de tecnologias e sociedade complementares. Por fim, vale a pena refletir sobre o pensamento de Ismail, Malone e van Geest (2019, p. 31): “estamos mudando rapidamente o filtro por meio do qual lidamos com o mundo a partir de uma perspectiva física com base material para uma perspectiva baseada na informação e no conhecimento”. Que tenhamos a sabedoria para revitalizar este novo mundo, fazendo uso de tecnologias e socialização adequados para a construção de um mundo melhor. Em Resumo Nessa aula, você aprendeu que a vida contemporânea acabou por ser suportada por um conjunto de sistemas e tecnologias que levam as atividades acadêmicas, profissionais e sociais a serem parcialmente vivenciadas em ambientes físicos e geograficamente localizados juntamente com ambientes digitais e espaços virtuais sem fronteiras, considerando a disrupção tecnológica resultante do desenvolvimento do computador pessoal, as redes de computadores e da Internet e da mobilidade promovida pelos dispositivos móveis, principalmente o smartphone. Viu que a globalização pode ser entendida como a integração com maior intensidade de relações (culturais, econômicas, sociais, políticas dentre outras) em escala mundial e que os estados são atores internacionais desempenham um papel importante, não só no sistema internacional, mas também na normatização de uma série de atividades. Pode refletir sobre a criação das chamadas Organizações Internacionais, e a disseminação de empresas multinacionais, com estrutura mais complexa e atuação em diversos países, com culturas e sistemas econômicos, religiões e legislações diferentes. Globalização no mundo dos negócios • A/1 Na ponta da língua Referências Bibliográficas Diamands, Peter H.; Kotler, Steven (2018). Oportunidades Exponenciais: um manual prático para transformar os maiores problemas do mundo nas maiores oportunidades de negócio. Rio de Janeiro: Alta Books. https://player.vimeo.com/video/501870846 https://player.vimeo.com/video/743621731 Globalização no mundo dos negócios • A/1 Gidden, Anthony (2006). O mundo na era da globalização. 6. ed. Lisboa: Editora Presença. Hoelz, José C (2015). Sistemas de informações gerenciais em RH. São Paulo: Pearson Education do Brasil. Ismail, Salim; Malone, Michael, S.; Geest, Yuri (2019). Organizações exponenciais: por que elas são 10 vezes melhores, mais rápidas e mais baratas que a sua (e o que fazer a respeito), Rio de Janeiro: Alta Books. Kurose, J. F.; Ross, K. W (2013). Redes de computadores e a internet: uma abordagem top-down. 6. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil. Nyegray, João Alfredo Lopes (2020). Diplomacia e empreendedorismo corporativo. Curitiba: Contentus. Vasconcelos, M. A. S (2017). Manual de comércio exterior e negócios internacionais. 1. ed. São Paulo: Saraiva. Globalização no mundo dos negócios • A/1 Im ag en s: Sh utt er st oc k LIVRO DE REFERÊNCIA: Diplomacia e empreendedorismo corporativo NYEGRAY, João Alfredo Lopes Contentus, 2020. Empresas Globais IN TE RN A TI O N A L BU SI N ES S - B U S5 32 _1 _2 Empresas globais • A/2 Objetivos de Aprendizagem • Identificar cultura e gestão intercultural. • Identificar empresas nascidas globais. • Reconhecer sistemas políticos nos ambientes internacionais. Empresas Globais Conteúdo organizado por Renato Cividini Matthiesen em 2022 do livro Diplomacia e empreendedorismo corporativo, publicado por NYEGRAY, João Alfredo Lopes, pela Editora: Cotentus. Empresas globais • A/2 Introdução “Tecnologia deixou de ser uma vertical. Deixou de ser uma indústria, um segmento. Como sabemos hoje, a tecnologia está impactando todas as indústrias e todos os segmentos, direta e indiretamente.” Galloway (2017, p. 6) A era dos negócios baseados no conhecimento tem trazido surpresas aos grandes grupos de empresas. As empresas mais ágeis (normalmente as pequenas) conseguem se estruturar de forma mais dinâmica, inovar mais rápido e modificar o seu modelo de negócios sempre que necessário. Isto traz uma vantagem competitiva para os novos players de mercado, que, de acordo com Dornelas (2020) conseguem intensificar e aperfeiçoar o processo de criação de novos produtos, otimizar os seus processos produtivos, integrar os processos organizacionais e sobretudo ser mais rápidas nas respostas para as necessidades de seus clientes. Veja, caro leitor, que a globalização trouxe uma profunda interligação das decisões de produção e comércio internacional, ou seja, com a internacionalização de empresas pelo mundo, a maior parte dos novos produtos chegam ao mercado como transacionáveis internacionalmente (traded goods) ou dependente pesadamente de componentes transacionáveis, define Vasconcelos (2017). A era dos negócios baseados no conhecimento tem trazido surpresas aos grandes grupos de empresas. As empresas mais ágeis (normalmente as pequenas) conseguem se estruturar de forma mais dinâmica, inovar mais rápido e modificar o seu modelo de negócios sempre que necessário. Isto traz uma vantagem competitiva para os novos players de mercado, que, deacordo com Dornelas (2020) conseguem intensificar e aperfeiçoar o processo de criação de novos produtos, otimizar os seus processos produtivos, integrar os processos organizacionais e sobretudo ser mais rápidas nas respostas para as necessidades de seus clientes. Veja, caro leitor, que a globalização trouxe uma profunda interligação das decisões de produção e comércio internacional, ou seja, com a internacionalização de empresas pelo mundo, a maior parte dos novos produtos chegam ao mercado como transacionáveis internacionalmente (traded Empresas globais • A/2 goods) ou dependente pesadamente de componentes transacionáveis, define Vasconcelos (2017). Figura 2 – Marcas mais valiosas globalmente Fonte: Interbrand. Disponível em: https://bit.ly/3BSRtbP. Acesso em: 31 jul. 2022. https://bit.ly/3BSRtbP Empresas globais • A/2 Nas décadas de 1950 e 1960 haviam poucas multinacionais, ou empresas globais com exceção das já bem-conceituadas General Motors, Ford, Fiat, Nestlé, Siemens, Toyota, Sony, apenas como alguns exemplos. Foi apenas a partir dos anos 1970 que corporações começaram a observar com maior relevância a possibilidade de expansão de seus negócios para outros locais no nosso planeta. As multinacionais romperam os limites territoriais e políticos com uma expansão globalizada a partir dos anos 1980 e tiveram uma alavanca de crescimento e disseminação a partir dos anos 2000, com o uso mais intenso dos novos meios de transporte e logística e sobretudo da tecnologia da informação. Perceba, caro leitor, que apesar de a globalização não ser recente, a forma de desenvolvimento de produtos e o desenvolvimento das grandes corporações mundiais não é antiga. E, o ritmo de crescimento e alcance global de negócios em alguns casos é rápido. Veja por exemplo as reflexões de Galloway (2017) sobre o Facebook ter surgido apenas em 2004, a Amazon passar a vender poucos produtos neste período e nos dez anos seguintes passar a ser um conglomerado de empresas ramificadas em diversas áreas, com investimentos de US$ 4,5 bilhões apenas para a criação de filmes e séries. Outro exemplo é o crescimento ainda maior e mais diversificado para mercados distantes da Apple, após o lançamento do iPhone em 2007. As empresas se tornaram globais por consequência da melhoria dos meios de transporte, uso intenso de tecnologias e sistemas de informação através de sistemas computacionais e da Internet. O encurtamento do tempo de deslocamento entre diferentes países oportunizou que empresas pudessem migrar de seus países sede e levar operações para múltiplos locais do mundo. Assim, parte das grandes empresas se tornaram globais, não apenas abastecendo diferentes países com seus produtos e serviços, mas também levando suas organizações, ou parte delas, a diferentes locais geográficos do planeta. Empresas globais • A/2 Saiba Mais O site Interbrand.com apresenta um volume de informações interessantes sobre empresas e marcas, que pode ser estudado para inspirar novos empreendedores a conhecer modelos de negócios de sucesso. Link:<https://bit.ly/3Pe7yvO> Acesso em 15 set. 2020 Países Emergentes Os chamados países emergentes ou países em desenvolvimento têm estado presente nos noticiários pois passaram a ser alvo de interesse de grandes corporações para desenvolvimento de seus negócios. Veja, caro leitor, que o termo “países emergentes” acabou por substituir a terminologia antiga de países de primeiro, segundo ou terceiro mundo. https://interbrand.com/best-brands/ https://player.vimeo.com/video/743621782 Empresas globais • A/2 O conceito de países emergentes é aplicado a um “grupo de nações que têm se destacado pela sua capacidade de reorganização política, econômica, legal e industrial, e também que têm conquistado mercados com empresas cada vez mais competitivas”, conforme nos ensina Nyegray (2020, p. 16). Estas nações acabaram por ser ambiente de industrialização, promovidas pela necessidade local aliada a oportunidade de receber filiais de empresas de grande porte dos então chamados países desenvolvidos. Atualmente, diversas são as siglas que identificam grupos formados por países emergentes na tentativa de organizarem-se para promoção de maior desenvolvimento. Um exemplo é o BRICS, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, países de grande importância para o cenário internacional. Vivenciamos também uma presença mais marcante da China e Índia neste bloco, principalmente considerando o seu número de habitantes que somados ultrapassam os dois bilhões. Conforme sustenta Nyegray (2020), estima-se que até 2050 a China se torne líder mundial em termos de PIB (Produto Interno Bruto), com um valor duas vezes maior que o PIB dos Estados Unidos. Isto pode parecer estranho para um mundo pós-moderno e altamente dependente de produtos e patentes tecnológicas originárias dos Estados Unidos, mas lembre-se que em 18 dos últimos 20 séculos, a China foi a nação mais rica do mundo, nos lembra Nyegray (2020). Importante também lembrar que as grandes corporações do mundo têm interesse em negociar com outros países, componentes do G20, por exemplo, representado por Argentina, Chile, Peru, Polônia, Vietnã, Hungria, Malásia, Tailândia, Filipinas, Nigéria e Coréia do Sul, por exemplo. Empresas Nascidas Globais As teorias de internacionalização global tratam o termo como um processo que se inicia aos poucos depois de longas e complexas escolhas, com etapas sucessivas em que o envolvimento internacional da empresa aumenta. Mas, como apresentamos no início de nosso texto, algumas empresas possuem uma capacidade de internacionalização mais elevada, como o Facebook, citado por exemplo, que rapidamente conseguiu abrir conexões e levar seus produtos e serviços para todo o planeta em um pequeno período de tempo. Empresas globais • A/2 Assim como o Facebook, outras empresas de tecnologia da informação possuem esta capacidade de serem globais nativas, pois os serviços prestados possuem a informação como o ativo principal e não dependem de grandes instalações físicas para produção de bens e serviços locais. Ismail, Malone e van Geest (2019) chamam estas empresas de “Organizações Exponenciais” por terem a capacidade de crescimento exponencial, dez vezes maior que outras organizações de mesmo domínio. Scott Galloway (2017) chama a atenção considerando que grandes corporações focadas em tecnologia da informação vêm dominando o mercado mundial através do desenvolvimento de um novo “ecossistema” de empresas, que se diversifica em múltiplas empresas subsidiárias em todo o planeta. Nyegray (2020) também sustenta que além das empresas chamadas de digitais, existem outras organizações que já nascem com a chamada “vocação internacional”, chamadas de “born globals”. Essas empresas são caracterizadas por terem seus negócios internacionalizados desde a sua fundação, ou em um breve período de tempo após iniciarem suas operações. Incessante que uma de suas principais características não é o excesso de capital e de recursos no início de suas operações, na realidade é a falta de capital e recursos que as caracterizam. Galloway (2020) exemplifica este tipo de empresa com a Apple, Facebook, Amazon e Google. Já Ismail, Malone e Van Geest (2019) apresentam a Tesla, Uber, Github, WhatsApp, Snapchat, Microsoft além das já citadas. Nyegray (2020) soma ainda a Logitech, Blackberry (ainda que seja uma boa lembrança) ao grupo. Empresas globais • A/2 Sistemas Políticos nos Ambientes Internacionais Considere, por favor, que o macroambiente de negócios internacionais se compõe pelo menos de vinte países, com sistemas políticos, leis, religiões e culturas diversificadas. Provavelmente, os regimes políticos são os responsáveis pelas maiores dificuldades de internacionalização destes países, principalmente quando a divergência se dá por países democráticos, com voto aberto, livre e de valor igual e regimes totalitários, com gestão organizada e controladapor um regime ditatorial sem pluralismo político e liberdade de expressão. Outro exemplo de sistema político é o socialista, exercido por exemplo pela ex-União Soviética, onde há propriedade privada, mas controle de meios de produção pelo Estado. Sobretudo, o que se busca como empresa global é investir, produzir e explorar de forma sustentável os negócios nestes diferentes países, priorizando governos estáveis que não apresentem riscos a perda de valor investido nos negócios. Ao observarmos o Brasil, encontra-se o que se chama de estado de direito constitucional, onde normas e leis são feitas a partir de uma constituição, a Constituição Federal de onde derivam os direitos e as garantias fundamentais dos cidadãos. Outros países possuem leis específicas em cada estado, como os Estados Unidos e outros ainda https://player.vimeo.com/video/743621909 Empresas globais • A/2 adotam regimes legais predominantemente religiosos, onde o sistema jurídico deriva de leis e mandamentos da sua religião, o que se chama de teocracia. Em negócios internacionais, há maior prosperidade em sociedades em que prevalece o estado, diz Nyegray (2020). O respeito às leis e a clareza em relação ao processo de sua elaboração afetam os negócios e as relações internacionais sobremaneira. Saiba Mais Assista a animação As 15 maiores empresas do mundo – de 2000 a 2019 que traz uma animação com um gráfico que demonstra a evolução das empresas no planeta e o ranking através destes últimos vinte anos. Link: <https://youtu.be/y21wNe28LUs>. Acesso em: 30 jul. 2022. Intermediários E Facilitadores Nos Negócios Internacionais Negócios internacionais normalmente são dependentes dos chamados intermediários no comércio, que são pessoas ou empresas especializadas que facilitam o trabalho de internacionalização de negócios ligando a cadeia industrial com os clientes. Nyegray (2020) cita Cavusgil, Knight e Riesenberger (2010) dizendo que um facilitador é uma empresa ou um indivíduo com experiência em consultoria jurídica, bancária, exploração dentre outros serviços. Um exemplo de empresa desta natureza é a FedEx, constituída por uma grande frota de veículos (rodoviários, aéreos, hidroviários e infoviário) capaz de combinar diversas formas de entregas e gestão de toda a logística de produtos. https://www.youtube.com/embed/y21wNe28LUs Empresas globais • A/2 Saiba Mais Assista o vídeo: As 10 maiores empresas do mundo, produzido pelo canal Passo a passo empreendedor para conhecer um pouco mais sobre as maiores corporações do planeta. Link: <https://youtu.be/ezVsRiAZEjw>. Acesso em: 30 jul. 2022. Em Resumo Nesta aula você aprendeu que existem empresas chamadas “empresas globais”, como organizações que exercem atividades em diversos locais geograficamente diferentes em todo o planeta. Vimos que as empresas de tecnologia da informação são um exemplo de empresas globais, que já nascem com esta característica pois possuem uma rápida possibilidade de expansão de negócios e disseminação de uso de seus produtos e serviços. Estas empresas podem ser chamadas de multinacionais e também de organizações exponenciais, por apresentarem crescimentos rápidos. Vimos também que regimes políticos impactam a internacionalização das empresas e que há interesse de grandes corporações em expandir seus negócios para mercados de países emergentes, que oportunizam desenvolvimento social e econômico tanto para as empresas investidoras como para si mesmos. https://www.youtube.com/embed/ezVsRiAZEjw Empresas globais • A/2 Na ponta da língua Referências Bibliográficas Dornelas, J (2020). Empreendedorismo corporativo: como ser um empreendedor, inovar e se diferenciar na sua empresa, 4a. ed. São Paulo: Empreende. Galloway, Scott (2017). Os quatro: Apple, Amazon, Facebook e Google. São Paulo: HSM. https://player.vimeo.com/video/743622020 Empresas globais • A/2 Ismail, Salim; Malone, Michael, S.; Geest, Yuri (2019). Organizações exponenciais: por que elas são 10 vezes melhores, mais rápidas e mais baratas que a sua (e o que fazer a respeito), Rio de Janeiro: Alta Books. Nyegray, João Alfredo Lopes (2020). Diplomacia e empreendedorismo corporativo. Curitiba: Contentus. Vasconcelos, M. A. S (2017). Manual de comércio exterior e negócios internacionais. 1. ed. São Paulo: Saraiva. Empresas globais • A/2 Im ag en s: Sh utt er st oc k LIVRO DE REFERÊNCIA: Diplomacia e empreendedorismo corporativo NYEGRAY, João Alfredo Lopes Contentus, 2020. Internacionalização IN TE RN A TI O N A L BU SI N ES S - B U S5 32 _1 _3 Internacionalização • A/4 Objetivos de Aprendizagem • Compreender a internacionalização e sua importância. • Reconhecer a busca por oportunidades para internacionalizar. • Identificar e negociar com intermediários no exterior. Internacionalização Conteúdo organizado por Renato Cividini Matthiesen em 2022 do livro Diplomacia e empreendedorismo corporativo, publicado por NYEGRAY, João Alfredo Lopes, pela Editora Cotentus, 2020. Internacionalização • A/4 Introdução “Todas as lojas de marcas estrangeiras ou produtos importados que encontramos em nosso país foram, um dia, alvo de um projeto internacional de expansão” Nyegray (2020, p. 29). Considerando a globalização como fenômeno presente em negócios na atualidade, o processo de internacionalização de empresas cresce constantemente para levar as empresas a uma expansão sem fronteiras. Vasconcelos (2017, p. 18) nos lembra que “a economia mundial está presenciando um período de transformações radicais; em particular, houve uma dramática internacionalização (globalização) da atividade econômica nas últimas décadas com profundas consequências econômicas, políticas e sociais”. Em linha com Nyegray (2020, p. 29), o termo internacionalização pode ser visto como “o movimento de indivíduos e empresas para operações internacionais”, ou “a transferência de bens e serviços através de fronteiras entre países utilizando métodos diretos ou indiretos”. Independente da definição, o estudo de mercado é importante para que sejam realizadas escolhas corretas em relação à internacionalização e o diplomata corporativo pode fazer uso de profissionais intermediários e facilitadores para auxiliá-lo no processo de internacionalização de empresas ou de negócios. A internacionalização de produtos e serviços tem grande importância no mercado global atual pois permite às empresas oferecerem seus negócios para países diversificados. Por exemplo, em tempos de crise em um determinado mercado, há possibilidade de levar os produtos e serviços para outro mercado. Outro exemplo é fazer uso de períodos de vendas de determinados produtos em locais com estações climáticas diferentes. Produtos produzidos para o verão no Brasil, por exemplo, podem ser vendidos no mercado interno nesta época e em outros países no período verão enquanto o país local passa pelo inverno. Internacionalização • A/4 Saiba Mais Assista o vídeo: Internacionalização de empresas, disponibilizado pelo canal Catanho. Este vídeo apresenta informações sobre a busca para expandir as relações comerciais através da internacionalização. Link: <lihttps://youtu.be/EaDRIVJiBWwnk>. Acesso em: 31 jul. 2022. Modos de Entrada e operação em Mercados Internacionais A entrada em um mercado estrangeiro considera desde simples exportações de produtos acabados até investimentos diretos estrangeiros para inovação, passa por fusões e aquisições, franqueamento e licenciamento de produtos, culminando em diferentes projetos. https://player.vimeo.com/video/743622132 https://www.youtube.com/embed/EaDRIVJiBWw Internacionalização • A/4 A forma de levar operações a mercados internacionais varia conforme a realidade da organização e as expectativas do cliente. Veja, caro leitor, que Nyegray (2020) nos diz que cada estratégia de entrada possui vantagens e desvantagens, apresentando demandas específicas sobre os recursos gerenciais e financeiros necessários,além da necessidade de adaptações no produto ou serviço prestado. Um projeto internacional deve então considerar fatores de regionalização, adaptação, legislações e costumes locais para poder efetuar as mudanças necessárias com o mínimo de utilização de recursos, principalmente financeiros. O autor ainda nos lembra que buscar clientes no ambiente exterior deve considerar a concorrência com rivais locais e com empresas já conceituadas no país. Em linha com Hitt (2018), as organizações optam por um ou pelos dois tipos básicos de estratégias internacionais: estratégia de negócios e estratégia corporativa. 1. Estratégias de negócios: escolhem entre estratégias genéricas de liderança em custos, diferenciação, foco com liderança em custos, foco com diferenciação e diferenciação integrada em custos como estratégia de negócios. Aqui as empresas consideram o uso de uma estratégia internacional primeiro em uma estratégia para o mercado doméstico para que a empresa possa ser capaz de utilizar algumas das capacidades e competências desenvolvidas no mercado doméstico como base para replicação em mercados internacionais posteriormente. 2. Estratégias corporativas: são estratégias internacionais transnacionais, globais e multilocais, como forma de construir com os esforços para ampliar competitividade estratégica com melhor desempenho e desenvolvimento de produtos inovadores. Esta estratégia corporativa internacional foi o escopo das operações de uma empresa por meio da diversificação geográfica com orientações da matriz sobre a estratégia, mas adaptação local à produção e comercialização dos produtos e serviços. Aqui temos a estratégia multilocal como uma estratégia internacional em que as decisões estratégicas e operacionais são descentralizadas para unidades de negócios em países e regiões individualizadas para criação de produtos sob medida para o mercado local. Temos a estratégia global como estratégia internacional onde a matriz determina as estratégias que as unidades de negócios estrangeiras deverão utilizar em cada país ou região onde possuem operações. Temos a estratégia transacional por meio da qual a empresa busca obter tanta eficiência global quanto responsabilidade local. Internacionalização • A/4 Figura 3 – Estratégias internacionais Figura 3 – Estratégias internacionais Busca de Oportunidades para Internacionalizar Observando os mercados internacionais e a própria dinâmica dos negócios da atualidade, busca-se então estratégias para encontrar oportunidades para internacionalizar. Nyegray (2020) nos informa que uma oportunidade é uma situação na qual mudanças na tecnologia ou nas condições políticas, sociais e demográficas geram potencial para criar algo, citando Baron e Shane (2013). Considere que na atualidade o avanço tecnológico oferece às pessoas oportunidades de comunicação, de criação de comunidades, de prototipação e de experimentação de forma mais simples. Aliado a isto, temos também o mundo virtual, os negócios eletrônicos que oportunizam a criação de uma maior quantidade de empresas (e na realidade exige que mais empresas sejam criadas) muitas vezes com poucos recursos financeiros. Dornelas (2020) nos lembra também que os meios de produção e serviços se sofisticaram e necessitam de formalização de conhecimentos específicos que eram mais difíceis de se obter no passado. Um fato gerador de oportunidades são as leis e mudanças políticas, exemplificado pela retirada da proibição de meios de comunicação estrangeiros em um país, abrindo oportunidade para implantação de sistemas de meios de comunicação já desenvolvidos por empresas e em operação em outros países. Outra fonte de oportunidade é a inovação e o desenvolvimento de novos conhecimentos. Aqui novamente se destacam as empresas de tecnologia da informação como Microsoft, Internacionalização • A/4 Apple, IBM que desenvolvem ideias, produtos e serviços baseados em conhecimento e informação. Exemplos também podem ser vistos na indústria de energia e bioenergia, que buscam desenvolver novos combustíveis para automóveis, aeronaves e indústrias em geral. Vasconcelos (2017) nos ensina que a tendência de uma crescente abertura comercial em nível mundial vem acompanhada por uma complexa mudança do volume e da natureza do fluxo de capital financeiro com destino a países em desenvolvimento, com os capitais privados assumindo o papel antes ocupado pelos financiamentos oficiais nos países. O Investimento Direto Externo (IDE) contribui de inúmeras maneiras para acelerar o crescimento econômico dos países receptores de recursos, aumentando a produtividade da mão de obra, possibilitando escalas de produção compatíveis a padrões internacionais e aumentando a concorrência e difusão de tecnologias nos mercados internos. Ao observar oportunidades de negócios internacionais no contexto de melhoria da sociedade, Diamandis e Kotler (2019) nos apresentam grandes possibilidades de utilização de tecnologias já desenvolvidas para ampliação da qualidade de vida das pessoas por todo o mundo, de forma abrangente e levando sustentabilidade para sociedades menos desprovidas de recursos como alternativa de internacionalização de produtos e serviços em prol de uma sociedade sustentável. Saiba Mais Assista o vídeo: Estratégia de Internacionalização, disponibilizado pelo canal E-Commerce Brasil por Glauco Desiderio, diretor de RI e Novos Negócios da Netshoes. O vídeo conta como evitar erros em operações de internacionalização. Link: <https://youtu.be/EaDRIVJiBWwnk>. Acesso em: 31 jul. 2022. https://www.youtube.com/embed/Tm464dA7DAM Internacionalização • A/4 Negociação com Intermediários no Exterior Ao tomar a decisão de internacionalizar produtos e serviços, pode-se então fazer uso de intermediários e facilitadores conhecendo suas instalações e as possibilidades de parceria. Neste contexto, a busca por intermediários e facilitadores é realizada através de eventos internacionais, onde diversos setores são apresentados como na China Import and Export Fair. Considere também que existem associações comerciais que podem auxiliar quanto à indicação de intermediários e facilitadores. Ministérios, embaixadas e consulados são mais uma alternativa para obter informações sobre facilitadores que podem ser contratados em seus países. https://player.vimeo.com/video/743622247 Internacionalização • A/4 Saiba Mais Conheça o livro: Os quatro de Scott Galloway de 2017. O livro traz um conteúdo empolgante sobre as estratégias utilizadas pelas grandes empresas da atualidade: Apple, Amazon, Facebook e Google. Estas empresas figuram no topo da lista das marcas mais valiosas do planeta e são responsáveis pela reformatação de um novo mercado de negócios baseado em informações. GALLOWAY, Scott. Os quatro: Apple, Amazon, Facebook e Google. São Paulo: HSM, 2017. Em Resumo Nesta aula, você aprendeu que considerando a globalização como fenômeno presente em negócios na atualidade, o processo de internacionalização de empresas cresce constantemente para levar as empresas a uma expansão sem fronteiras. Há diferentes estratégias para internacionalização: estratégias de negócios que escolhem entre estratégias genéricas de liderança em custos, diferenciação, foco com liderança em custos, foco com diferenciação e diferenciação integrada em custos como estratégia de negócios e estratégias corporativas. Nesta última, há três modalidades: estratégia multilocal como uma estratégia internacional em que as decisões estratégicas e operacionais são descentralizadas para unidades de negócios em países e regiões individualizadas para criação de produtos sob medida para o mercado local. Temos a estratégia global como estratégia internacional onde a matriz determina as estratégias que as unidades de negócios estrangeiras deverão utilizar em cada país ou região onde possuem operações. Temos a estratégia transacional por meio da qual a empresa busca obter eficiência global e responsabilidadelocal. Internacionalização • A/4 Na ponta da língua Referências Bibliográficas Diamandis, P. H.; Kotler, S (2019). Abundância: o futuro é melhor do que você imagina. Rio de Janeiro: Alta Books. https://player.vimeo.com/video/743622345 Internacionalização • A/4 Dornelas, J (2020). Empreendedorismo corporativo: como ser um empreendedor, inovar e se diferenciar na sua empresa, 4a. ed. São Paulo: Empreende. Galloway, Scott (2017). Os quatro: Apple, Amazon, Facebook e Google. São Paulo: HSM. Hitt, M. A (2018). Administração estratégica: competitividade e globalização: conceitos. São Paulo, SP: Cengage. Vasconcelos, M. A. S (2017). Manual de comércio exterior e negócios internacionais. 1. ed. São Paulo: Saraiva. Nyegray, João Alfredo Lopes (2020). Diplomacia e empreendedorismo corporativo. Curitiba: Contentus. Internacionalização • A/4 Im ag en s: Sh utt er st oc k LIVRO DE REFERÊNCIA: Diplomacia e empreendedorismo corporativo NYEGRAY, João Alfredo Lopes Contentus, 2020. A Revolução Digital E As Forças Formataram Os Novos Modelos De Negócios IN TE RN A TI O N A L BU SI N ES S - B U S5 32 _1 _4 A revolução digital e as forças formataram os novos modelos de negócios • A/4 Objetivos de Aprendizagem • Reconhecer as dez forças que contribuíram para a globalização do mundo. • Identificar os avanços tecnológicos conectados à globalização. • Refletir sobre tecnologias e globalização na formatação de novos modelos de negócio. A Revolução Digital E As Forças Formataram Os Novos Modelos De Negócios Conteúdo organizado por Renato Cividini Matthiesen em 2022 do livro Diplomacia e empreendedorismo corporativo, publicado por NYEGRAY, João Alfredo Lopes, pela Editora Cotentus, 2020. https://player.vimeo.com/video/501870169 A revolução digital e as forças formataram os novos modelos de negócios • A/4 Introdução A Tecnologia da Informação vem se posicionando com um papel estratégico na geração e sustentabilidade de negócios por suportar os processos administrativos dentro das organizações de forma automatizada. As corporações no mundo todo estão conectadas por dispositivos computacionais que suportam o atual cenário globalizado e dinâmico desde o final dos anos 1990 quando a Internet e os computadores pessoais se tornaram ferramentas indissociáveis à gestão. Conforme apresenta Maximiano (2018), 200 anos depois do início da Revolução Industrial, começou a Revolução Digital. Mas olhando ainda um pouco mais para o passado, podemos observar que a tecnologia sempre fez parte da vida do ser humano. Nyegray (2020) relembra que além da grande complexidade do ambiente internacional de negócios, existem outros fatores que merecem a atenção, aqui, exemplificados pelo uso de tecnologias da informação e o pensamento digital. Desta feita, o mundo se tornou um ambiente tecnologicamente conectado. Diversas empresas criadas a partir da segunda metade do século XX contribuíram para a digitalização e interconexão dos negócios por todo o planeta. Alguns marcos foram importantes para esta revolução como a criação da IBM (International Business Machines) a criação e evolução da Microsoft e da Apple nos EUA nos anos 1970, o desenvolvimento dos aparelhos de telefonia celular, o desenvolvimento da interface gráfica para microcomputadores, e os chips miniaturizados e a disseminação da Internet por meio dos provedores de acesso. O comércio eletrônico surgiu efetivamente em 1999, representado pela Amazon e em 2004 Larry Page e Sergey Brin criam o Google, empresa que na atualidade representa um oráculo para negócios. Atualmente, corporações e a sociedade em geral fazem uso amplo de tecnologia e sistemas de informações para suas atividades. No cenário dos negócios, os sistemas computacionais, mais especificamente os sistemas de software, evoluíram nos últimos anos, passando de programas isolados em microcomputadores de escritórios para sistemas corporativos distribuídos através da Internet com acesso em quaisquer locais geográficos e também em diversas plataformas (desktops, notebooks, tablets, netbooks, smartphones). A revolução digital e as forças formataram os novos modelos de negócios • A/4 Para Maximiano (2018) a sociedade pós-industrial tem como característica o conhecimento como parte importante do trabalho, da geração de riqueza e da cultura. É uma sociedade na qual a ciência e os valores cognitivos são reconhecidos como necessidade social e a tomada de decisão tem conteúdo técnico, colocando os cientistas e economistas como atores privilegiados do processo político e empresarial. Os grandes desafios deste novo século XXI não estão mais no contexto de adaptar a tecnologia aos negócios, mas adaptar os negócios à tecnologia. Imagine que em 20 anos, um smartphone terá a capacidade de processamento 524.288 vezes maior que os atuais (considerando a lei de Moore que preconiza o crescimento exponencial da capacidade de processamento dos dispositivos computacionais, conforme relatam Ismail, Malone e Geest (2019). Imagine também que a IoT (Internet of Things) ou Internet das Coisas, trouxe para a realidade mais de 50 bilhões de dispositivos conectados em sistemas computacionais em 2020 e uma previsão de Diamandis e Kotler (2018) de mais de 10 trilhões destes dispositivos em operação em 2030. Saiba Mais Assista o vídeo: A história da Google, disponibilizado pelo canal TecMundo. O vídeo traz a google como empresa e buscador que completou 20 anos em 2018 e tornou-se uma das maiores empresas do planeta. Link: <https://youtu.be/UcxkleN7Wek>. Acesso em: 31 jul. 2022. https://www.youtube.com/embed/UcxkleN7Wek A revolução digital e as forças formataram os novos modelos de negócios • A/4 As Forças Tecnológicas Que Contribuíram Para A Formação Do Mundo Globalizado O contexto de “mundo plano” apresentado por Friedman (2007) referencia-se a um modelo globalizado de comunicação e negócios desenvolvidos a partir do final do século XX como consequência do desenvolvimento da computação pessoal, da internet e dos sistemas disponibilizados por eles. O autor nos relata que o mundo foi “achatado”, no contexto de ser horizontalizado por tecnologias e sistemas de informação e deixar os negócios globalizados e digitais. Outras tecnologias surgiram nos últimos 20 anos e oportunizaram ainda maior achatamento. As forças são: Free Market – 9 De Novembro De 1989 Uma nova era baseada na criatividade humana inicia-se quando o Muro de Berlim foi derrubado na Alemanha, representando a liberdade de expressão e as chamadas “janelas” do novo sistema operacional Microsoft Windows levaram o ambiente gráfico e interativo aos computadores pessoais. Este ambiente gráfico, já utilizado pela Apple em seus computadores pessoais e oriundos da Xerox teve a importante missão de https://player.vimeo.com/video/501870536 https://player.vimeo.com/video/743622393 A revolução digital e as forças formataram os novos modelos de negócios • A/4 permitir que profissionais de diversas formações e com habilidades mínimas em operação de computadores pudessem fazer uso dos computadores pessoais e assim, disseminar sobremaneira o uso dos sistemas de software. Downloading – 9 De Agosto De 1995 A nova era da conectividade teve início quando a Internet como rede mundial de computadores passou a estruturar formas de trazer conteúdos para os computadores locais. A rede global de computadores evoluiu de um ambiente estático para visitas e observação de informação e começa a permitir a interatividade com download de conteúdo. Nessa época, a Netscape abriu seu capital na bolsa de valores e ampliou suas operações redesenhando um novo mercado de sistemas navegadores e empresas baseadas na produção e busca de informações. Workgroup – Softwares De Fluxo De Trabalho O trabalho em ambiente digital ganha força com a construção de sistemas de software que permitem a realização de trabalho colaborativo mediante o uso de ferramentas de tecnologia e sistemasdistribuídos. O mundo começa a conhecer os conceitos de trabalho colaborativo mediado por tecnologia da informação, e o home working. Uploading – O Poder Das Comunidades Mais uma revolução digital se apresenta com os novos conceitos de criação de comunidades virtuais com a construção de conteúdos de forma comunitária e colaborativa. Surgem empresas como o Youtube, Orkut e comunidades como a Wikipedia, construídos com a colaboração de conteúdos originários de toda parte do mundo. O OpenOffice foi criado pela Sun Microsystems em 2000 e dá uma nova oportunidade de utilização de sistemas open source, para usuários de aplicações para trabalho administrativos. Outsourcing – Terceirização O termo outsourcing ou terceirização leva a uma grande abertura de um mercado A revolução digital e as forças formataram os novos modelos de negócios • A/4 mundial, onde empresas de todo planeta passam a fazer parte de soluções terceirizadas e rompendo barreiras continentais. As empresas passam a fazer ajustes em suas estruturas organizacionais para ganhar competitividade através do conceito de alugar equipamentos e soluções ao invés de comprá-las. Impressoras, computadores, sistemas e serviços passam a ser contratados mediante novas formas de negócio que não exigem maiores estruturas proprietárias. Offshoring – Deslocalização Este conceito faz com que empresas passem a se deslocar geograficamente e virtualmente, em alguns casos inteiramente, colocando novas fábricas em locais físicos diferentes, levando tecnologias e inovação para o mundo todo. O deslocamento geográfico e a ampliação das operações em diferentes locais físicos passa a fazer uso de tecnologias da informação e explorar com mais intensidade os países asiáticos como China e Índia para produção de seus produtos e serviços. (Scm) Supply Chain Management – Cadeia De Abastecimento O mundo começa a experimentar uma gestão automatizada e mais eficiente da cadeia de abastecimento de produtos e serviços após os acontecimentos do outsourcing e do offshoring. A tecnologia Supply Chain Management começa a oportunizar às empresas uma gestão de sua produção dentro de suas fábricas e também junto aos seus fornecedores primários. Internalização Empresas de logística se unem a distribuição da cadeia produtiva incentivadas pelo Supply Chain Management, formada pela produção de bens e serviços realizados globalmente e passam a levar e trazer os produtos de um continente a outro, abrindo mais os mercados internacionais e promovendo maior integração de negócios em níveis mundiais. A revolução digital e as forças formataram os novos modelos de negócios • A/4 Informações – Google, Yahoo, Msn Com o surgimento de grandes empresas de tecnologia e sistemas de informação baseados na busca, indexação e provisão de informações e produtos de tecnologia da informação como o Google, o MSN, Amazon entre outras, o mundo começa a ter a informação no terminal de seus computadores no início dos anos 2000. Produtos e serviços passam a estar disponíveis a comunidades mais remotas. A informação começa a obter um status estratégico nas empresas. Gadgets – Esteróides Dispositivos de informática, como PDA (Personal Digital Assistant), GPS (Global Positioning Systems), tocadores de músicas MP3 e telefones celulares passam a ser desenvolvidos de forma mais intensa no início dos anos 2000 e fundem-se em um novo dispositivo, chamado de smartphone, disruptivamente criado pela Apple através do iPhone em 2007. Mais tarde, o conceito de Gadgets passa a ser chamado de IoT (Internet of Things) ou Internet das Coisas. Saiba Mais O conceito e as aplicações de IoT (Internet of Things) ou Internet das coisas pode ser compreendido através do vídeo A Internet das Coisas, explicada pelo NIC.br. Link: <https://www.youtube.com/embed/jlkvzcG1UMk>. Acesso em: 31 jul. 2022. https://www.youtube.com/embed/jlkvzcG1UMk A revolução digital e as forças formataram os novos modelos de negócios • A/4 As Forças Tecnológicas Que Deixaram O Mundo Digital Após O Início Do Século Xxi, Os Anos 2000 Tiveram Grandes Desenvolvimentos Em Tecnologias Que Já Vinham Ensaiando Sua Evolução Há Muito Tempo, Mas Explodiram Tecnicamente Considerando A Disseminação Da Computação E Dos Processadores Cada Vez Mais Rápidos E Fizeram Uso Da Rápida E Fantástica Disseminação Das Redes De Computadores E Da Internet. Internet A Internet Como Estrutura De Comunicação É Vista Por Grandes Pesquisadores E Autores Especializados Em Tecnologias De Redes De Computadores Como Uma Invenção Disruptiva Para A Humanidade. Kurose E Ross (2013, P. 1) Por Exemplo A Considera Como “A Maior Invenção Da Humanidade”. Ela Oportunizou Levar E Trazer Informações Sobre Tudo E Para Todos, Dentro De Nosso Planeta Ou Mesmo Fora Dele. Forjou Novos Negócios E Ainda, Conforme Siqueira (2007) Será A Grande Locomotiva Tecnológica Para Os Negócios E A Sociedade Neste Novo Século. https://player.vimeo.com/video/743622393 https://player.vimeo.com/video/743622393 A revolução digital e as forças formataram os novos modelos de negócios • A/4 Cloud Computing – Computação Em Nuvem A Computação Pessoal Passou A Fazer Uso De Recursos Computacionais Distantes Fisicamente De Estações De Trabalho Para Prover Maior Poder E Liberdade Quanto A Processamento De Informações E Armazenagem De Dados Mais Recentemente, Considerando Os Últimos 20 Anos. A Tecnologia Responsável Por Esta Evolução É Chamada De Cloud Computing Ou Computação Em Nuvem. Mais Do Que Ter Armazenamento E Processamento Fisicamente Separados Do Dispositivo Operacional, O Acesso À Informação Passa A Ser Possível Em Todo Lugar Do Planeta. A Mobilidade Ganha Uma Posição Especial No Cenário De Negócios. Ia - Inteligência Artificial O Poder De Processamento Desenvolvido Nos Últimos 60 Anos E Ainda Mais Potencializado Nos Últimos 20 Anos Ganha Novas Possibilidades Através Do Desenvolvimento De Algoritmos Baseados Em Inteligência Artificial E Técnicas De Aprendizado De Máquina. Algoritmos Passam A Tomar Lugar De Pessoas Para Fazer Atendimentos E Comunicação Em Sistemas Comerciais Além De Serem Utilizados Para Auxílio À Resolução De Problemas Complexos No Campo Da Ciência E Tecnologia. A Inteligência Artificial Enaltecida Por Alan Turing Já Nos Anos 1940 E 1950 Potencializa- Se Com O Maior Poder Computacional Das Máquinas E Algoritmos Modernos E Deverá Ser Responsável Pela Quinta Revolução Industrial, Conforme Nos Lembra Leonhard (2019) E Kurzweil (2018). Vr/Ar (Virtual And Augmented Reality) – Realidade X Virtuali- dade A Realidade Virtual E A Realidade Aumentada Passam A Fazer Parte De Pesquisas, Principalmente Nos Anos 2000 E Passa A Fazer Parte De Sistemas De Software No Desenvolvimento De Interfaces Que Suplementam A Realidade E Trazem Soluções Mais Baratas Para Problemas Que Exigiam Grandes Investimentos. O Estudo Do Corpo Humano, Da Exploração De Petróleo E Da Interação Homem-Computador Passam A Ser Mais Utilizadas Em Aplicações Comerciais E Sociais. A revolução digital e as forças formataram os novos modelos de negócios • A/4 Iot (Internet Of Things) – Internet Das Coisas O Novo Conceito De Dispositivos Tecnológicos, E Formatos E Tamanhos Diversos Que Podem Ser Interconectados A Outros Dispositivos E À Internet, Podem Ter Presença Em Múltiplos Lugares E Ambientes E Passa A Ser Mais Explorada Nos Anos 2010 Com O Conceito De Sensores E Dispositivos Presentes Em Eletrodomésticos, Carros Além Das Linhas De Produção Nas Indústrias. Estes Dispositivos Fazem Uso Da Microeletrônica E Da Evolução Da Tecnologia Com Fio E Wireless Para Estarem Presentes Mesmo No Corpo Das Pessoas. Saiba Mais Conheça o livro: O mundo é plano de Thomas Friedman. O livro faz uma interessante apresentação de forças que “achataram” o mundo no contexto de eliminar ou diminuir barreiras geográficas e ampliar o contexto da globalização através de uso de tecnologias e sistemas de informação. FRIEDMAN. Thomas. O mundo é plano: uma brevehistória do Século Em Resumo Nesta aula tivemos contato com as Tecnologias da Informação como ferramentas que oportunizaram um maior desenvolvimento da globalização e da possibilidade de ampliação de mercados e negócios internacionais. Vimos dez forças que contribuíram para deixar o mundo globalizado: free market, downloading, workgroup, uploading, outsourcing, offshoring, Supply Chain Management, internalização, informações e gadgets. Vimos também forças que deixaram o mundo digital: Internet, cloud computing, Inteligência Artificial, Realidade Virtual e realidade Aumentada e Internet das Coisas. A revolução digital e as forças formataram os novos modelos de negócios • A/4 Na ponta da língua Referências Bibliográficas Diamandis, Peter; Kotler, Steven (2018). Oportunidades exponenciais: um manual prático para transformar os maiores problemas do mundo nas maiores oportunidades de negócio. Rio de Janeiro: Alta Books. https://player.vimeo.com/video/743622576 A revolução digital e as forças formataram os novos modelos de negócios • A/4 Friedman, Thomas (2007). O mundo é plano: uma breve história do Século XXI. Rio de Janeiro: Objetiva. Ismail, Salim; Malone, Michael, S.; Geest, Yuri (2019). Organizações exponenciais: por que elas são 10 vezes melhores, mais rápidas e mais baratas que a sua (e o que fazer a respeito), Rio de Janeiro: Alta Books. Kurose, James F.; Ross, Keith W (2013). Redes de computadores e a internet: uma abordagem top-down. 6. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil. Nyegray, João Alfredo Lopes (2020). Diplomacia e empreendedorismo corporativo. Curitiba: Contentus. Maximiniano, Antonio C. A (2018). Teoria Geral da Administração: da revolução urbana à revolução digital. 8. Ed. São Paulo: Atlas. Siqueira, Ethevaldo (2007). Revolução Digital: história e tecnologia no século 20. São Paulo: Saraiva. A revolução digital e as forças formataram os novos modelos de negócios • A/4 Im ag en s: Sh utt er st oc k LIVRO DE REFERÊNCIA: Diplomacia e empreendedorismo corporativo NYEGRAY, João Alfredo Lopes Contentus, 2020. Aspectos Da Transformação Digital E O Mundo Globalizado IN TE RN A TI O N A L BU SI N ES S - B U S5 32 _1 _5 ASPECTOS DA TRANSFORMAÇÃO DIGITAL E O MUNDO GLOBALIZADO • A/5 Objetivos de Aprendizagem • Reconhecer os domínios da transformação digital. • Identificar os avanços tecnológicos conectados à globalização. • Refletir sobre tecnologias e globalização na formatação de novos modelos de negócio. ASPECTOS DA TRANSFORMAÇÃO DIGITAL E O MUNDO GLOBALIZADO Conteúdo organizado por Renato Cividini Matthiesen em 2022 do livro Diplomacia e empreendedorismo corporativo, publicado por NYEGRAY, João Alfredo Lopes, pela Editora Cotentus, 2020. ASPECTOS DA TRANSFORMAÇÃO DIGITAL E O MUNDO GLOBALIZADO • A/5 Introdução “A internet tem mudado diversos aspectos de nossas vidas. À medida que as pessoas têm acesso ao mundo on-line – e cada vez mais por meio de seus smartphones -, o ritmo de mudança é mais acelerado” Hugo Barra, presidente da realidade virtual do Facebook citado em Clark (2019, p. 7). A Internet e a globalização foram criadas mutuamente nestes últimos 30 anos e formaram a base para uma nova era de negócios. A estrutura da internet e a diminuição das distâncias físicas via mundo virtual levou os novos negócios à possibilidade de conceber grandes empresas através de ideias inovadoras. A chamada revolução digital já não faz mais parte das previsões do futuro, e já foi concretizada há mais de vinte anos. Esta mudança ou transformação nos modelos de comunicação e de geração de negócios forjaram mudanças em toda a sociedade, dentro e fora das organizações empresariais. Leonhard (2018) nos ensina que tudo que puder ser digitalizado, o será. Pakes et al (2015) consideram que negócios digitais se sustentam com as estruturas de tecnologia da informação para agregar novos valores aos modelos de negócio neste novo século XXI. Os negócios digitais possuem como estratégia o foco na experiência do cliente (User Experience – UX) e a capacidade de suporte às suas principais operações. Caro leitor, considere que o termo Modelo de negócio digital abarca as operações realizadas por empresas que fazem uso de tecnologias e sistemas de informação dentro de um ambiente digital e aquelas em processo ainda em transformação para fazer uso de tecnologias e plataformas digitais, como a internet e seus sistemas distribuídos. Algumas vezes estes valores vêm sob a forma de produtos e serviços melhorados, outras, por meio de preços mais favoráveis ... e também de comunicação mais avançada”. Negócios digitais é um termo que remete ao chamado e-business e é frequentemente utilizado e relaciona-se aos negócios realizados através de sistemas que utilizam meios eletrônicos, suportados pela Internet conforme relatam Laudon e Laudon (2014). Os negócios eletrônicos que utilizam os modelos de negócios digitais agregam operações sobre modelos de comercialização de produtos e serviços, relacionamento com o cliente e relacionamento com o fornecedor, pesquisas de mercado, modalidades de ASPECTOS DA TRANSFORMAÇÃO DIGITAL E O MUNDO GLOBALIZADO • A/5 ensino a distância, operações bancárias dentro de plataformas eletrônicas, que se desdobram e suportam diversas modalidades de e-commerce. Saiba Mais Assista o vídeo Transformação Digital para se integrar em conceitos e tecnologias de forma a compreender as mudanças tecnológicas e seus impactos com os negócios. Link: <https://youtu.be/3MCvYyB6fA0>. Acesso em: 31 jul. 2021. Assista também uma breve explicação sobre a transformação digital: Afinal, o que significa transformação digital, de Exame: dicas para empreendedores. Link: <https://youtu.be/B7N5vcksW8s>. Acesso em: 31 jul. 2022. A transformação digital e as tendências tecnológicas baseadas em tecnologias e sistemas da informação levaram as empresas a integrarem seus negócios ao ambiente digital interconectado pela internet. Esta estratégia vem sendo eficiente e representa um crescimento rápido quando as soluções propostas conseguem atingir comunidades de interessados através de suas plataformas. Pode-se citar como exemplos as grandes empresas de tecnologia da informação como Google, Amazon, Apple, Microsoft e Facebook. Diamandis e Kotler (2018) sustentam que as pessoas deverão resistir às ideias revolucionárias até o momento em que elas forem aceitas como a nova norma. Estas ideias revolucionárias normalmente são provenientes de um absurdo, sustentam os autores citados, que ainda complementam que o absurdo se torna um produto ou um serviço inovador que elevam pequenas empresas à posicionamento de mercado como grandes corporações em um período curto de tempo https://www.youtube.com/embed/3MCvYyB6fA0 https://www.youtube.com/embed/B7N5vcksW8s ASPECTOS DA TRANSFORMAÇÃO DIGITAL E O MUNDO GLOBALIZADO • A/5 A amplitude das empresas digitais que buscaram usar a tecnologia e a mentalidade de inovação para se estabelecerem como novos paradigmas de negócios vem se tornando exponencial. Nos últimos 10 anos, o volume de empresas com alto valor de mercado atingido em alguns anos aumentou. Como exemplos de empresas que promovem negócios exponenciais temos a Airbnb, que trouxe uma plataforma para locação de quartos ou casas para turismo, o Uber que implementou uma nova forma de se utilizar automóveis locados por aplicativos, a Netflix que levou o conceito de locação de filmes para o ambiente virtual com a oferta de serviços de streaming de vídeo através da internet. Ismail, Malone e van Geest (2019) relatam um conjunto de informações e orientações de como as tecnologias exponenciais estão reinventando as melhores práticas de negócio no mundo todo. Para os autores o termo exponencial refere-se ao ritmo de crescimento de negócios inovadores e digitais. Morais (2020) relata que a transformação digital traz os dados como o novo elemento central de negócios e do contexto social. Deum lado existem as empresas produzindo e vendendo seus produtos e serviços através de sistemas e plataformas digitais, por outro lado, os consumidores que fazem pesquisas e consomem produtos e serviços dentro destas plataformas. O ser humano e os dispositivos de tecnologia não se separam mais, formando novos modelos de educação e de processos industriais. A busca constante pela informação é uma atividade observada em toda parte. Perceba, que não apenas clientes podem fazer busca por informações de produtos e serviços dentro das plataformas digitais, mas também os algoritmos de busca com foco em mineração de dados e mineração de texto na web podem fazer isso no formato de robôs de software dentro dos motores de busca da Internet, ou sites de busca como o Google. Em seu livro sobre as quatro grandes empresas de tecnologia do mundo, Galloway (2017, p. 7) apresenta o fato de que “a Google se tornou o deus para o homem moderno” como alusão à necessidade humana de obter informações na atualidade. ASPECTOS DA TRANSFORMAÇÃO DIGITAL E O MUNDO GLOBALIZADO • A/5 Saiba Mais Assista a palestra: Os 4 pontos da transformação digital – HSM Experience proferida por Paula Bellizia, presidente da Microsoft Brasil que compartilha alguns pontos da transformação digital e sua velocidade nas mudanças dos negócios. Link: <https://youtu.be/ChUchicO2mg>. Acesso em: 31 jul. 2022. https://www.youtube.com/watch?v=UdwWBITAvb8 https://player.vimeo.com/video/244043423 ASPECTOS DA TRANSFORMAÇÃO DIGITAL E O MUNDO GLOBALIZADO • A/5 Os Cinco Domínios Da Transformação Digital Os novos modelos de negócios baseados em tecnologias e sistemas de informação formatam o nosso mundo há mais de 30 anos. Rogers (2021, p. 11) nos lembra que “as regras de negócio mudaram”. Atualmente, todos os setores de atividade estão sob forte impacto do uso de tecnologias digitais e novas inovações disruptivas, que acontecem com maior frequência que em um passado remoto. O autor relata que há cinco domínios da transformação digital, chamado por ele de cinco domínios estratégicos em mutação na era digital: clientes, competição, dados, inovação e valor. Figura 4 – Os cinco domínios da transformação digital Fonte: elaborado pelo autor Explicando: • Clientes: representados pelas redes de clientes que se conectam e integram dinamicamente por meios digitais e constroem a reputação das empresas através de suas relações e redes sociais. Para utilizá-lo adequadamente, explore redes de relacionamento com clientes. • Competição: atualmente o mundo é considerado como um lugar de fronteiras setoriais fluídas, onde os maiores desafios podem ser concorrentes estranhos ao setor, mas que oferecem valor aos nossos clientes. A competição é mais intensa considerando a globalização é um momento histórico onde tudo é conhecido através da internet, conforme sustentam Ismail, Malone e van Geest (2019). Para utilizá-la corretamente, construa plataformas, não apenas produtos. • Dados: a informação oriunda do tratamento e gestão de dados reflete um valor ASPECTOS DA TRANSFORMAÇÃO DIGITAL E O MUNDO GLOBALIZADO • A/5 imenso para empresas e pessoas em uma era onde tudo está digitalizado. Assim o que realmente tem importância para empresas digitais é a forma em que ela gera, gerencia e oferece dados a seus clientes. Para obter sucesso com este elemento, converta dados em ativos. • Inovação: processo pelo qual as novas ideias são desenvolvidas, testadas e lançadas como produtos e serviços no mercado, fazendo uso de tecnologias e pensamento disruptivo e empreendedor. Para fazer uso correto, inove por experimentação. • Valor: relacionado ao que realmente o negócio agrega aos clientes, chamada também de proposta de valor. Para realmente obter valor, adapte a sua proposta de valor ao mercado e às necessidades dos clientes, mesmo que eles ainda não saibam o que desejam. https://player.vimeo.com/video/743622740 ASPECTOS DA TRANSFORMAÇÃO DIGITAL E O MUNDO GLOBALIZADO • A/5 Saiba Mais Conheça o livro A singularidade está próxima: quando os humanos transcendem a biologia de Ray Kurzweil. Para adentrar ao assunto deste importante livro, pode ser visto um vídeo com seu autor chamado de A singularidade está próxima por Raymond Kurzweil. Link: <https://youtu.be/gzzmrW8QynQ>. Acesso em: 31 jul. 2022. KURZWEIL, Ray. A singularidade está próxima: quando os humanos transcendem a biologia. São Paulo: Itaú Cultural: Iluminuras, 2018. Em Resumo Nesta aula, aprendemos que a transformação digital não pode ser considerada como uma tendência, pois há mais de 20 anos já se concretizou com a introdução de sistemas distribuídos através das redes de computadores e uso de computadores pessoais e dispositivos móveis. Vimos que empreendimentos e novos negócios precisam observar os modelos de negócios digitais e as tendências instanciadas por tecnologias que levam a informação para todo lugar. Vimos também que existem domínios que precisam ser considerados de forma diferenciada no contexto da transformação digital: clientes, competição, dados, inovação e valor. https://www.youtube.com/embed/gzzmrW8QynQ ASPECTOS DA TRANSFORMAÇÃO DIGITAL E O MUNDO GLOBALIZADO • A/5 Na ponta da língua Referências Bibliográficas Clark, Duncan (2019). Alibaba, a gigante do comércio eletrônico: o império construído por Jack Ma, 1. ed. Rio de Janeiro: BestSeller. https://player.vimeo.com/video/743622848 ASPECTOS DA TRANSFORMAÇÃO DIGITAL E O MUNDO GLOBALIZADO • A/5 Diamandis, Peter; Kotler, Steven (2018). Bold – Oportunidades exponenciais: um manual prático para transformar os maiores problemas do mundo nas maiores oportunidades de negócio. Rio de Janeiro: Alta Books. Galloway, Scott (2017). Os quatro: Apple, Amazon, Facebook e Google. São Paulo: HSM. Ismail, Salin; Malone, Michel, S; Geest, Yuri Van (2019). Organizações Exponenciais: porque elas são 10 vezes melhores, mais rápidas e mais baratas que a sua. Rio de Janeiro: Alta Books. Kurzweil, Ray (2018). A singularidade está próxima: quando os humanos transcendem a biologia. São Paulo: Itaú Cultural: Iluminuras. Laudon, Kenneth, C.; Laudon, Jane, P (2014). Sistemas de Informação Gerencial. 11 ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil. Leobhard, Gerd (2018). Tecnologia versus humanidade. Lisboa/Portugal: Gradiva Publicações. Pakes, K. et al (2015). Negócios digitais: aprenda a usar o real poder da internet nos seus negócios. São Paulo: Gente. Morais, Felipe (2020). Transformação digital. São Paulo: Saraiva Educação. Nyegray, João Alfredo Lopes (2020). Diplomacia e empreendedorismo corporativo. Curitiba: Contentus. Rogers, David L (2021). Transformação digital: repensando o seu negócio para a era digital, 1. Ed. São Paulo: Autêntica Business. ASPECTOS DA TRANSFORMAÇÃO DIGITAL E O MUNDO GLOBALIZADO • A/5 Im ag en s: Sh utt er st oc k LIVRO DE REFERÊNCIA: Diplomacia e empreendedorismo corporativo NYEGRAY, João Alfredo Lopes Contentus, 2020.
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