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EDUCAÇÃO AMBIENTAL RESUMO Estudar a disciplina Educação Ambiental é de suma importância, pois se fizermos uma reflexão sobre as práticas sociais e nos atentarmos que o nosso planeta está cada vez mais se degradando, veremos que há uma mobilização significativa de articulação por parte da sociedade atual para protegermos nosso meio ambiente. É para você, estudante do curso em EAD, que oferecemos este livro, com o intuito de dialogar sobre Educação Ambiental. Ambientação à disciplina A disciplina de Educação Ambiental tem como um dos principais objetivos discutir historicamente as questões de degradação e preservação ambiental, na relação com o homem e a sociedade. Educação Ambiental é um processo que é construído coletivamente, por isso é importante sensibilizar os indivíduos da responsabilidade e da consciência em relação à conservação do meio ambiente para o presente e para o futuro. Para complementar todos esses conhecimentos você entenderá como se dá a prática ambiental dentro de cada nível e modalidades da educação. O conhecimento de tudo que engloba a Educação Ambiental lhe dará ferramentas desenvolvimento melhores práticas comportamento consciente das questões ambientais, pois a educação é chave que abre a porta para um futuro sustentável. Estudos Aplicados à Educação Ambiental. O material conta com a participação de especialistas de diversas áreas, que abordam o tema sob perspectiva interdisciplinar, demonstrando a importância das relações da educação ambiental. Educação ambiental e sustentabilidade. Problematizando A Educação Ambiental é uma estratégia, que busca solucionar e superar os problemas existentes entre proteção ambiental, progresso e desenvolvimento de um país. A Educação Ambiental é um grande mecanismo capaz de acabar com a insensibilidade ambiental e apresentar através de ideias, mecanismos para solucionar e superar os problemas existentes entre proteção ambiental, progresso e desenvolvimento de um país. Quando foram as primeiras atividades dirigidas à proteção ambiental? XVIII que gerou um aumento qualitativo e quantitativo no processo de destruição da natureza, esse modelo de produção era baseado no uso intenso de energia fóssil, na grande exploração dos recursos naturais e no uso do ar, da água e do solo como depósito de excrementos, é indicado como a principal causa da destruição do meio ambiente. No ano de 52, um nevoeiro contaminado por fumaça, conhecido como “smog”, de origem industrial, provocou muitas mortes em Londres. Com base nesses fatos, podemos perceber a importância do estudo da história da Educação Ambiental e dos acontecimentos históricos vividos em cada época, assim como a necessidade da constante evolução até o presente momento e de sua importância para a sociedade como um todo. Silenciosa, no qual se torna um clássico do movimento ambientalista mundial, neste livro Raquel alertava sobre os efeitos danosos de ações humanas sobre o ambiente, como a perda da qualidade de vida, produzida pelo uso indiscriminado e excessivo de produtos químicos e seus posteriores efeitos sobre o meio ambiente, como a utilização dos pesticidas. Racional e a Conservação da Biosfera, estruturada pela Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura . Educação seria o principal instrumento para consciência ambiental. Em abril de 1970, mais de 300 mil norte-americanos participaram do “Declaração sobre o Ambiente Humano”. Programa Internacional de Educação Ambiental, consolidado posteriormente em Belgrado no ano de 1975. A década de 1980 foi marcada como aquela em que surgiram, em quase todos os países, leis regulamentadoras a atividades industriais no que se refere à poluição. Também foi nesta década o período que o termo, “Educação Am iental” tornou-se popular pelo mundo. Além de temas como a educação foram discutidos no Encontro Desarmamento, acordos de paz entre URSS e EUA, democracia e liberdade de opinião. Este documento foi desenvolvido em meio a grandes acontecimentos e fortaleceu a importância da formação pessoal em diversas áreas formais e não formais da Educação Ambiental e a inclusão da dimensão ambiental em todos os níveis de educação. Também em 88, a Assembleia Geral das Nações Unidas decide realizar uma conferência sobre o meio ambiente e desenvolvimento, que deveria ocorrer até 1992. Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, que foi a ECO-92. Nesse período, o am ientalismo então fortalecido e em realizada a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, conhecida como Eco-92, na cidade do Rio de Janeiro/Brasil, com a participação de representantes de 108 países do mundo, reunidos para decidir que medidas tomar para conseguir diminuir a degradação ambiental e garantir a existência de outras gerações. Esta década foi marcada como sendo o período em que houve um grande maior impulso em relação à consciência ambiental na maioria dos países, o termo qualidade ambiental, passou fazer parte de todo universo social. Educação Am iental. ONU sobre meio ambiente e desenvolvimento, a Rio-92. como objetivo discutir a missão da educação Ambiental como um papel central formação valores nos modelos sociedade. Neste documento foram apresentados os seguintes princípios: que a Acredita-se que a Educação Ambiental é formadora de valores e ações que contribuam para a transformação humana e social, formando cidadão com consciência local e planetária, que respeita as diferenças de cada povo e a soberania das nações, buscando assim um respeito ao meio ambiente e a preservação ambiental, gerando assim uma Educação Transformadora. teve como objetivo, socializar os resultados das experiências nacionais e internacionais que foram desenvolvidas para Educação Ambiental, como a implantação de metodologias e currículos. Brasileira para a Educação Ambiental. No ano de 1993 a Portaria 773/93 do MEC, institui em caráter permanente, um Grupo de Trabalho para Educação Ambiental com objetivo de coordenar, apoiar, acompanhar, avaliar e orientar as ações e desenvolver metas e estratégias para Educação Ambiental, nos sistemas de ensino em todos os níveis e modalidades. No Brasil foi à elaboração dos novos Parâmetros Curriculares O Brasil foi o primeiro país da América Latina a desenvolver uma politica nacional especifica para a Educação Ambiental. Ficou estabelecido que, a lei da Educação Ambiental deve ser o meio pelo qual nós devemos trabalhar valores e conhecimentos voltados para conservação do meio ambiente, para o bem de uso comum, para uma qualidade de vida e da sustentabilidade do planeta. No ano de 1999 o MEC lança a Portaria 1648/99 que cria o Grupo de Trabalho com representantes de todas as suas Secretarias para discutir a regulamentação da Lei n 9795/99, e nesta portaria o MEC propõe os PCNs em ações atendendo às solicitações dos Estados e a disciplina de Meio Ambiente passa a ser um dos temas transversais a ser trabalhado no ano 2000. Educação para Todos. O Fórum admitiu que a educação um direito humano fundamental e fator decisivo para o desenvolvimento sustentável, para termos paz e estabilidade do planeta e assim termos um crescimento socioeconômico para a construção de uma nação sustentável. Entre os vários documentos elaborados nesse processo, destaca-se a Agenda 21, que apresenta um plano de ação para o desenvolvimento sustentável para os vários países. A Educação Ambiental desenvolvida junto com os princípios da Agenda 21 torna um forte caráter social, que ensina a ter forte respeito e valorização da cultura, sociedade e o meio ambiente. O que é a agenda 21? A sua construção visa o envolvimento participativo de todo país, estado, municípios e cidades para um planejamento futuro dos problemas ambientais formando compromissos para solucionar os problemas encontrados na sustentabilidade do planeta. A agenda 21 serve para melhorar a qualidade de vida de toda a população sem destruir o meio ambiente, pelo contrário ajudar a organizar e estruturar o que nos resta, ajuda a garantir um futuro melhor para os nossos filhos e nossos descendentes.A agenda 21 não foi criada para um só dono, ela é da autonomia de todos, criada para um bem comum e utilidade a todos. Compreender a relação sociedade e meio ambiente, espaço, lugar e paisagem, bem como os fundamentos da percepção, planejamento e gerenciamento de educação ambiental. Sociedade X meio ambiente consequentemente o consumo excessivo que tem sido uma das preocupações dos ambientalistas, sociólogos, ecologistas e etc. A humanidade não consegue visualizar a relação homem versus meio ambiente. Componentes perigosos no lixo, como pilhas, tintas, baterias, solventes e lâmpadas podem ser perigosos devido conterem metais pesados que podem se juntar a cadeia alimentar do homem. A sociedade para ser sustentável carece de que os indivíduos tenham a consciência de exercer a cidadania de modo participativo, pois grande parte da população não participou de uma ação social que promova uma melhor qualidade de vida. Atualmente, temos uma sociedade dominadora, ameaçadora em relação a vida na terra. Apesar de que, há uma discussão em relação ao pouco tempo que existe para sensibilizar a sociedade a nível global, pois as catástrofes acontecem em grandes escalas. O consumo realizado pela sociedade e a forma de consumir pode afetar o meio ambiente. Nossa sociedade vive em um sistema que tem fim, ou seja, finito, as pessoas vivem e trabalham em todas as etapas do sistema. Se formos parar para pensar um pouco sobre a extração dos recursos naturais, veremos que o homem derruba milhares de árvores, extraem os metais, o ser humano consome metros e metros cúbicos de água, produzem milhares de lixo e isso mexe consequentemente com os animais. O planeta está sendo deteriorado para sustentar o modo de vida da sociedade. Com a industrialização e o elevado índice de consumo, leva o fim dos recursos naturais, com isso parte desse esgotamento acarreta desastres naturais causados pelo homem. Muitos empresários tentam utilizar os recursos naturais e aproveitar os já utilizados, mas infelizmente a sociedade em geral ainda não conseguiu enxergar o que realmente precisam consumir. Segundo o autor Gonçalves O mundo é superpovoado e as cidades substituem com seus atrativos artificiais a beleza natural, e o homem corre risco de sufocar-se em seu próprio lixo. Pode-se observar que a dicotomia do ser humano assim como a natureza implicou em uma postura antropocêntrica, em que o ser humano está colocado como centro e todas as outras partes que constituem o meio ambiente estão a sua disposição. O consumismo acelerado faz com que haja acúmulo de materiais e essa ação seja valorizada e assim as pessoas acabam sendo cada vez mais individuais com isso vendem a ideia de que esse modelo de vida da sociedade é viável. Na sociedade algumas pessoas tem procurado contribuir para que o meio ambiente seja sustentável, com isso tem havido seleção de lixo e uma luta para a reciclagem, mas não basta apenas se inserir nesse projeto e continuar na busca desenfreada por comprar sem necessidade, se não forem alterados os valores consumistas de nada adianta. Atualmente, o mundo está cada vez mais sujo, nas praias encontramos milhares de lixos que prejudicam e contaminam os animais aquáticos. Nossas paisagens, lugares e espaços estão sendo deterioradas pelo homem. Agora vamos definir com mais detalhes cada um desses termos. Quando pensamos em espaço logo vem em nossa mente “espaço geográfico”, uma porção da Terra. A palavra espaço pode estar associada a continente, cidade, bairro, rua e até mesmo uma parte de sua casa. Esse tema tem sido motivo de muitas discursões, segundo Moraes, Ratzel determina o espaço como algo indispensável para a vida do homem encerrando as condições de trabalho, quer sejam naturais, quer sejam socialmente produzidos. “O espaço na visão hartshorniana é o espaço absoluto, isto é, é um conjunto de pontos que tem existência em si, sendo independente de qualquer coisa” . Todas as atividades realizadas pelos seres humanos acontecem em algum espaço e essas atividades transformam os espaços e também são transformadas pelo próprio espaço. A primeira é a materialização de um instante da sociedade. O espaço contém o movimento. Por isso, paisagem e espaço são um par dialético. Um esforço analítico impõe que os separemos como categorias diferentes, se não queremos correr o risco de não reconhecer o movimento da sociedade. Se você considerar a cidade em que vive, perceberá que ela sofreu diversas alterações no espaço, seja na vegetação, no relevo, na construção, nas ruas, diversas alterações ocorreram. O ser humano sempre está nas suas ações provocando alterações nas várias atividades de trabalho, no comércio, na agricultura, na construção e no lazer, e todas as outras atividades humanas vão transformar o espaço, ou seja, o espaço sofre alterações pelo homem. Para Cabral “o espaço pode também ser visto como uma comple a composição de formas, sentidos, atividades e conte tos”. Portanto, o espaço passa a existir quando há interação entre o homem e o meio em que vive, promovendo alterações de suas características originais. A forma como as sociedades se relacionam com o espaço vai se modificando, enquanto sua capacidade de intervenção se acentua e o espaço geográfico torna-se cada vez mais abrangente, chegando a quase se sobrepor a todo o globo. Além disso, a presença humana efetiva não é imprescindível para que uma área seja definida como espaço geográfico, basta que a área esteja inserida nos projetos humanos ou que se verifique intervenção indireta, como por exemplo, através de delimitação de áreas de preservação. Paisagem é um conjunto de elementos naturais e culturais visto pelo homem em um local. A paisagem é uma marca, pois expressa uma civilização, mas é também uma matriz porque participa dos esquemas de percepção, de concepção e de ação – ou seja, da cultura – que canalizam, em um certo sentido, a relação de uma sociedade com o espaço e com a natureza. De modo geral, as mudanças causadas pela natureza são percebidas lentamente, enquanto que as alterações humanas são mais rápidas , embora um evento natural como terremotos e furacões também possa promover grandes alterações. Em relação ao lugar em uma visão humanista em relação ao homem e ambiente, o conceito de lugar faz referência a uma realidade de escala local ou regional e pode estar associado a cada indivíduo ou grupo. O lugar pode ser entendido como a parte do espaço geográfico, área onde se desenvolvem as atividades cotidianas ligadas à sobrevivência e às diversas relações estabelecidas pelos homens. O lugar significa muito mais do que simplesmente uma localização geográfica, ele está relacionado aos diversos tipos de experiência e envolvimento com o mundo. Além disso, o lugar está associado ao sentimento de pertencer a determinado espaço, de se identificar com uma determinada área. Dessa forma, cada indivíduo que ocupa o espaço geográfico seja para se relacionar ou interagir compõe o seu lugar, mesmo ocupando lugares diferentes e cotidiano diferentes. A Educação Ambiental tem sido uma temática muito recorrente nos últimos anos e vem sendo motivo de preocupação crescente, colocando, portanto, em evidência as questões ambientais nas escolas, a fim de que desde cedo os estudantes, como atores sociais alcancem a percepção dos problemas ambientais da sociedade atual. É através do emprego de temáticas ambientais como meios de aprendizagem que a escola conscientiza e prepara o estudante para o exercício da cidadania por meio da participação ativa individual e coletiva, considerando os processos socioeconômicos, políticos e culturais que a influenciam. Segundo Segura a escola é o espaço de trabalho fundamental para iluminar as bases de formação para a cidadania e representa o fortalecimento da luta ambiental, de modo a contribuir e influenciar a formulação de políticas públicas e a construção de uma cultura democrática. Nesse sentido, a educação ambiental exige um conhecimento aprofundado para reflexão crítica que deve gerar a práxis, isto é, ação, reflexão açãoe justifica-se que seja de fundamental importância, um seguimento tão necessário na formação como é a escola, formar para cidadania, buscando realizar um trabalho bastante efetivo junto ao estudante através de procedimentos que orientem a se tornarem capazes de, com autonomia, assumir atitudes e desenvolver ações de cidadania. Como já foi dito, a reflexão crítica deve conduzir as mudanças necessárias da realidade e com isso promover a melhoria da qualidade de vida para todos os seres vivos e assim garantir a sustentabilidade. A partir do conhecimento da percepção ambiental, desenvolvida com bases políticas, conceituais, filosóficas e ideológicas, como foram aqui elencadas é que o comportamento e as atitudes poderão ser modificados. O que é risco? Risco é uma possibilidade de ocorrência de eventuais no espaço e no tempo, que causa dano à saúde, às unidades funcionais ou dano econômico/financeiro. Existem algumas diferenças entre risco, perigo e dano. Dano Os conceitos nos certificam de que esses danos podem ser entendidos como lesões a pessoas, em equipamentos ou estruturas, perda de material em procedimento de produção ou redução da capacidade de trabalho de uma função predeterminada. Tendo como base os fenômenos que constituem a ameaça, a classificação dos diferentes tipos de riscos ambientais pode ser construída. A respeito do risco am iental, Egler esclarece que “a análise de risco ambiental deve ser vista como um indicador dinâmico das relações entre os sistemas naturais, a estrutura produtiva e as condições sociais de reprodução humana em um determinado lugar e momento”. Ambiental como a resultante de três categorias básicas Envolve uma avaliação tanto da probabilidade de eventos críticos de curta duração com amplas consequências, como explosões, vazamentos ou derramamentos de produtos tóxicos, como também a contaminação em longo prazo dos sistemas naturais por lançamento e deposição de resíduos do processo produtivo. FIGURA 1 - PROPOSTA DE CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS AMBIENTAIS. Para Prieto , o estudo da Educação Ambiental na percepção é um poderoso instrumento que permite ao pesquisador aprofundar e analisar a concepção das inter-relações entre a sociedade e o ambiente no qual vive, principalmente quanto às noções, condutas e costumes que confirmam como cada sujeito compreende e responde às ações sobre o local em que vive. Entretanto, para se conseguir o objetivo de modificar a forma de olhar, ou perceber o ambiente, deve-se inserir um programa de educação ambiental voltado para a realidade da sociedade. Instrumento Planejamento, Gerenciamento e Educação Ambiental. Pensar em planejamento é falar tanto da realidade atual como do futuro desejado, assim como dos caminhos possíveis entre ambos, cuja escolha e aplicação vão depender dos interesses e das circunstâncias, em constante mutação. Segundo Baptista o planejamento é uma lógica que se utiliza para analisar os problemas, estudar as diferentes opções para solução e organizar as ações necessárias. Contudo o planejamento não vem pronto como também não se tem a disposição fórmulas para serem aplicadas com exatidão em momentos ou circunstâncias adversas. Como bem dizia Schopenhauer, filósofo alemão do século XIX, “não e iste vento favorável para quem não sa e onde deseja ir”. Assim planejamento ele se torna indispensável para efetivação do que se propõe a realizar. É um processo permanente o conhecimento da realidade. Em suma pode-se dizer que a Educação Ambiental é designada a desenvolver nas pessoas conhecimentos, habilidades e atitudes voltadas para a preservação do meio ambiente. Para tanto, são necessários diferentes olhares sobre a questão ambiental, ou seja, o envolvimento de diferentes disciplinas e mais a interdisciplinaridade entre elas. Entender como trabalhar a Educação Ambiental nos níveis e modalidades da Identificar como desenvolver o conteúdo sobre educação ambiental em cada nível e modalidade da educação. Trabalhando a Educação Ambiental nos níveis e modalidades da Educação Básica É importante enfatizar a sensibilização com a percepção, interação, cuidado e respeito das crianças para com a natureza e cultura destacando a diversidade dessa relação na educação infantil e no início do ensino fundamental. Convém desenvolver nos anos finais do ensino fundamental o raciocínio crítico, prospectivo e interpretativo das questões socioambientais bem como a cidadania ambiental. No ensino médio e na educação de jovens e adultos, o pensamento crítico, contextualizado e político, e a cidadania ambiental devem ser ainda mais aprofundados, podendo ser incentivada a atuação de grupos não apenas para a melhoria da qualidade de vida, mas especialmente para a busca de justiça socioambiental, frente às desigualdades sociais que expõem grupos sociais economicamente vulneráveis em condições de risco ambiental. No âmbito do ensino médio e educação superior, no ensino técnico é fundamental o conhecimento de legislação e gestão ambiental, aplicáveis às atividades profissionais enfatizando a responsabilidade social e ambiental dos profissionais. Seria vantajosa na educação superior a criação de disciplina ou atividade que trate da educação ambiental, de legislação e gestão ambiental, incluindo o enfoque da sustentabilidade na formação dos profissionais que atuam nas diferentes áreas. Para a educação indígena e quilombola é oportuna em ambas as modalidades bem como na educação no campo, a reflexão sobre processos de proteção ambiental, práticas produtivas e manejo sustentável. Percebe-se que a educação, no caso dos povos indígenas está ligada à estrutura social do povo e sua relação com a natureza. É esse o entendimento de que as pessoas se obrigam a obedecer ao que a natureza dita como regra. É muito forte essa relação indígena com a natureza, porque existe um jeito de distribuir ao longo do tempo o descanso para cada uma das espécies. Há situações que hoje a comunidade indígena está sofrendo porque foi orientada, muitas vezes, a deixar o seu jeito de ser, de estar, respeitar as orientações da natureza para impor uma política diferente . As culturas indígenas se pautam material e simbolicamente no meio ambiente em que se constituíram – daí sempre se extraiu a matéria-prima para a produção da cultura material e para a subsistência . Temas transversais na prática da Educação Ambiental Indígena Autonomia política, econômica e cultural assim como o uso sustentável dos recursos naturais são questões na pauta do dia. O universo do trabalho sofre transformações, e nas regiões onde a degradação ambiental gerou déficits graves, a carência, inclusive alimentar, é imensa. E muitas parecem estar construindo esse caminho através de projetos de produção econômica comunitária e familiar, manejo ambiental, registro e difusão cultural, entre outros. Seguem abaixo as diretrizes nacionais para o trabalho em sala de aula com esses temas. Autossustentação Aplicar os conhecimentos das diferentes áreas de estudo para apoiar a discussão do mundo produtivo e do trabalho. Permitir aos alunos uma escolha mais consciente das alternativas de autossustentação hoje presentes para sua sociedade ajudando a fazer da escola um local de reflexão sobre a vida e o trabalho, numa perspectiva de progressiva autonomia. Conhecer outras práticas produtivas para o autossustento de sociedades em condições ambientais e socioculturais similares. Desenvolver atitudes para o trabalho e a vida social que reforcem os laços de solidariedade familiar e comunitária. Não podemos esquecer que a realidade do campo é diversa, heterogênea, portanto, a educação ambiental não pode ser para todos os povos, idêntica, mas deve ser articulada às demandas e especificidades de cada território, de cada comunidade, de cada localidade. Em outras palavras, que veicule um saber significativo, crítico, contextualizado, do qual se extraem indicadores para a ação, reforçando um projeto político-pedagógico vinculado a uma cultura política libertária, baseada em valores como a solidariedade, igualdade,diversidade. Por essa razão, necessitamos encontrar um lugar adequado para a educação ambiental dentro do projeto educativo das escolas, bem como corroborar e fortalecer as suas relações com outros aspectos da educação do campo. Exemplos de Projetos de trabalho para a Educação Ambiental nas escolas do campo Por meio de projetos de trabalho intencionalmente planejados, as questões socioambientais relevantes em nível local, contextualizadas em uma realidade global, podem ser trazidas para dentro da escola. Além de permitirem o acesso a novas informações, os projetos de trabalho na escola, favorecem a problematização da realidade, contribuem para a comunidade ler a realidade com outros olhos, averiguar dificuldades tumultos favorecendo desenvolvimento de uma sensibilidade política e de valores humanos que aceitam ao sujeito posicionar-se frente à realidade. 2 ETAPA: Tecendo redes de relações Nas redes os conceitos não procedem necessariamente de outros mais gerais e inclusivos, mas eles adquirem em si mesmos a categoria de nós articuladores que colaboram para a explicação e representação de um fenômeno. 3 ETAPA: Traçando trajetórias Resguardamos que a educação ambiental nas escolas do campo deve abranger o pensar e o fazer, o agir e o refletir, a teoria e a prática. É um amplo desafio à educação ambiental do campo estimular um procedimento de reflexão sobre modelos de desenvolvimento rural que sejam responsáveis, economicamente viáveis socialmente aceitáveis, contribuam para a redução da pobreza, para a conservação dos recursos biodiversidade, fortalecendo transformação comunidades, complexidade da sociedade e da natureza. Educação Infantil Num quadro planetário, como educar as crianças, em que cerca de 38 mil hectares de florestas nativas são extinguidas por dia, milhares de espécies desaparecem e “ ,3 ilhão entre os mamíferos humanos estão ameaçados de morte pela fome” . Como autoconstituição e aprendizagem não são procedimentos separados, é fundamental que aqui elas vivenciem experiências positivas, pois, se a vida perpassa no cotidiano das instituições, é aí que ela se assegura como potência ou impotência, de corpo e de espírito. Creches e pré-escolas são espaços excepcionais para aprenderensinar, porque aqui as crianças adquirem suas primeiras sensações, suas primeiras impressões do viver. Assim, interessados na produção de potência, podemos pensar as instituições de educação infantil como espaços de experiência do que é bom, do que alegra e, frente aos desafios da vida, nos faz mais potentes . Respondendo estas questões, alinhavou-se algumas ideias para uma educação que esteja voltada para a formação de pessoas dignas, solidárias e envolvidas com a sustentação da vida em nosso planeta. Ambiental no Ensino Infantil Na probabilidade do cultivo de novas relações dos seres humanos entre si e com a natureza, a educação tem um sentido vasto, suplanta o pacto com a transmissão de informações via razão e busca compreender outras dimensões, como a intuição, a emoção. Envolvida com vontade e uma necessidade de reestruturação da civilização, ela desconfia do poder explicativo do racionalismo científico e valoriza os procedimentos criativos, colaborando para qualificar a vida nos planos das três ecologias. Estar prudente aos entendimentos e práticas de trabalho que refletem o divórcio entre corpo e mente, que hipervalorizam o intelecto e fazem do corpo simples objeto de controle da mente. Ampliar os espaços e os tempos de movimentarem-se livremente, assim como de relaxar, meditar, estar atento à respiração, aprimorar a alimentação, cuidar da postura. Mexer numa rotina de trabalho que supervaloriza os espaços fechados das salas de aula, os materiais industrializados e oportunizar as crianças contato habitual e íntimo com a terra, com a água, como o ar, de tal forma que sejam percebidos e respeitados como fontes fundamentais de vida e de energia. Esses são sentimentos que precisam ser aprendidos e exercitados no cotidiano, conteúdos que precisam ser introduzidos no planejamento de trabalho da escola. Investir na construção coletiva de propostas pedagógicas que visem uma conexão mais ampla e permitam o desfrute, a admiração e a reverência da natureza como fonte primeira, fundamental à reprodução da vida, e não como simples colônia, domínio de explorações humanas. Além disso – mas este é um argumento para outra conversa – é necessário assumir o campus escolar como espaço de averiguação pedagógica que seja prática ecológica. Há uma intenção de se ajustar a discussão por um conceito reducionista e estreito quando se fala em educação de jovens e adultos. Educação de Jovens e Adultos Ainda há no Brasil quase 16 milhões de jovens e adultos cujo direito mínimo à educação não foi considerado e quase 65 milhões que não apresentaram condições de finalizar o ensino fundamental. Sem desejar negar a importância do processo de alfabetização e a sua continuidade escolar – a alfabetização, no sentido amplo do conceito, e a escolarização são procedimentos eficazes tanto da perspectiva individual de direito subjetivo quanto da perspectiva grupal da democracia participativa –, pondero primordial argumentar que o conceito da educação de jovens e adultos inclui a escolarização, mas, como toda boa educação, extrapola os processos escolares. A educação deve ser crítica e ativa, buscando aprofundar a nossa compreensão do mundo e a capacidade de mudá-lo. Os conteúdos da educação vêm e retornam à vida. Por isso a centralidade da educação ambiental como eixo primordial de educação de jovens e adultos. O papel da educação tem se destacado ao longo dos últimos 40 anos, na grande maioria das conferências sobre o meio ambiente. Porém, geralmente ao frisar o papel da educação, se prioriza o ensino regular e atribui pouco valor para a educação de jovens e adultos. Em segundo lugar, a educação ambiental é um processo constante, que acompanha a vida toda, até mesmo porque a compreensão de questões ambientais também muda ao longo do tempo. Terceiro, para a educação ambiental de crianças ter confiabilidade, é necessário que a abrangência dos adultos também mude. A educação voltada para a sustentabilidade ambiental deve ser um procedimento de aprendizagem que deve ser ofertado durante toda a vida e que, ao mesmo tempo, afere os problemas ecológicos dentro de um contexto socioeconômico, político e cultural. Educação ambiental para adultos pode desempenhar um papel importante para sensibilizar e mobilizar comunidades e tomadores de decisões da necessidade de ação ambiental sustentável . Dois conceitos destacam muito bem o conhecimento ambiental com a Educação de Jovens e Adultos. Educação ambiental como disciplina no currículo de EJA, seja no nível de ser arraigado em todas as áreas de conhecimento, desde o princípio do processo na alfabetização. Como o documento do Niace afirma, a educação ambiental compõe um processo constante, que faz parte integral da educação ao longo da vida. A educação ambiental, ao mesmo tempo, tem uma função estratégica extraordinária dentro e fora da escola. Indo além do que assegura o documento, que frisa a seriedade da educação ambiental na educação de jovens e adultos para admitir e facilitar que os conhecimentos adquiridos pelas crianças e as ações desenvolvidas a partir desses conhecimentos recebam confiabilidade e espaço social e político, pondero que a temática oferece um meio para maior consistência entre o ensino regular e a EJA. A educação ambiental oferece a possibilidade de desenvolver projetos que não apenas envolvam e integrem a comunidade escolar, de todas as faixas etárias, mas que também permitam a construção de uma ponte, às vezes tão frágil, entre escola e comunidade, entre escola e realidade ambiental local e entre escola e vida. Concluindo, acredito que a afinidade da educação ambiental na educação de jovens e adultos, de uma forma sólida e não de uma forma figurada como uma disciplina isolada, não é uma opção, mas uma necessidade. De tanto ignorar o papel imprescindível daeducação na questão ambiental, que passa pela questão do tipo de sociedade que queremos e qual o meio de desenvolvimento mais apropriado para alcançá-lo, enfrentamos uma circunstância que coloca em risco o próprio futuro do planeta. Dessa forma, a educação ambiental adquire papel estratégico na educação de jovens e adultos como protagonistas no processo de transição para uma sociedade sustentável. Leitura obrigatória Trata-se de uma obra inovadora pelo seu pioneirismo como documento para estudiosos e leigos, posicionando a EA como instrumento de busca da harmonia racional e responsável entre o homem e o seu meio ambiente. Pesquisando na Internet SOBRE A PROBLEMÁTICA AMBIENTAL. Sugerimos a leitura da entrevista concedida a Sueli Furlan sobre Educação Ambiental nas escolas. Após a leitura da entrevista, faça um resumo comentando suas principais descobertas sobre o que você entendeu e disponibilize na sala virtual. Floresta Além das questões socioambientais, é possível extrapolar temas políticos, sociais e culturais. Este material fornece atividades e lições que permitem aos professores ganhar uma maior compreensão dessas questões. Depois disponibilize no ambiente virtual. Na primeira unidade de estudo, apresentamos um pouco da história da Educação Ambiental, mostrando que ela é capaz de acabar com a insensibilidade ambiental e apresentar soluções para proteger o meio ambiente, e que o futuro do planeta depende das práticas do ser humano. Educação Ambiental tornou-se popular pelo mundo. Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, onde participaram 108 países e decidiram tomar medidas para socorrer o globo terrestre e dar a possibilidade de outras gerações passarem a usufruir o planeta terra com mais qualidade de vida. No ano de 1993 o MEC instituiu um Grupo de Trabalho para Educação Ambiental com o objetivo de coordenar, apoiar, acompanhar, avaliar e orientar as ações e desenvolver metas e estratégias para a Educação Ambiental nos sistemas de ensino em todos os níveis e modalidades. Com isso houve a ela oração do novo Parâmetros urriculares Nacionais como o tema “ onvívio social, tica e meio am iente”, as escolas passaram a tra alhar a dimensão ambiental como tema transversal nos currículos do Ensino Fundamental. Na segunda unidade de estudo foi apresentado a relação do meio ambiente e a sociedade, no qual vimos que grande parte da degradação do meio ambiente acontece por culpa do homem. Nunca paramos para pensar que uma simples compra, claro sem necessidade pudesse contribuir para a degradação do meio ambiente levando o fim dos recursos naturais. Foi apresentada a definição de espaço segundo alguns autores, mas podemos concluir que o espaço geográfico passa existir quando há interação entre o homem e o meio em que vive promovendo alterações de suas características originais. A Educação Ambiental tem sido uma temática muito recorrente nos últimos anos e vem sendo motivo de preocupação crescente, colocando em evidência as questões ambientais nas escolas com a finalidade de que desde cedo os estudantes devem alcançar a percepção dos problemas ambientais. Abordamos também sobre planejamento, na qual é importante atualmente na sociedade e por isso tem sido um instrumento de A Educação Ambiental é designada a desenvolver nas pessoas conhecimento, habilidade e atitudes voltadas para a preservação do meio ambiente. Na terceira unidade de estudo apresentamos a prática da Educação Ambiental inserida nas escolas e incorporando ao projeto político-pedagógico. Convém desenvolver nos anos finais do Ensino Fundamental o raciocínio crítico e interpretativo das questões socioambientais, bem como a cidadania ambiental. No Ensino Médio e na Educação de Jovens Adultos o pensamento crítico deve ser ainda mais aprofundado, incentivando na melhoria de qualidade de vida, mas também na justiça socioambiental. O conhecimento de Legislação e Gestão Ambiental aplicável às atividades profissionais devem ser atribuídas, no Ensino Médio e Superior. A prática da Educação Ambiental na visão da educação indígena está ligada a estrutura social do povo e sua relação com a natureza, não sendo necessárias regras, ou seja, não se impõe sobre a natureza, apenas o que ela orienta. Abordamos também sobre a Educação Ambiental nas escolas no campo, na qual precisa ser diferenciada, se baseada nos interesses e necessidades da clientela. Algumas indagações foram levantadas em relação à prática da Existem ao menos dois caminhos na teoria e na prática da EJA, aparentemente diferentes que terminam articulando a EJA e as questões do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável. Continuada de Adultos Educação de Jovens e Adultos. Educação para a Sustentabilidade Ambiental e Social em Cachoeira dos Índios Revista Brasileira de Gestão Ambiental, Mossoró, v. A percepção e o comportamento ambiental dos universitários em relação ao grau de educação ambiental. Ministério da Educação. Diretrizes operacionais para a educação básica nas escolas do campo. Referencial curricular nacional para as escolas indígenas. Secretaria de Educação Fundamental. São Paulo, ABGE. COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO. CZAPSKI, S. A. Implantação da educação ambiental no Brasil. 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