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*retirar quebra de texto do arquivo antes de formatar SISTEMA UROGENITAL EM EQUINOS UROLITÍASE DEFINIÇÃO · Apresentação pouco frequente · Formação de urólitos/cálculos urinários: são concreções (pedras) · Formado por carbonato de cálcio e ocasionalmente estruvita (mineral encontrado nos urólitos) · Urolitíase obstrutiva = quando o urólito impede o fluxo urinário · Formação dos cálculos iniciam na pelve renal · Podem ocorrer em qualquer parte do trato urinário, nos equinos, a maior incidência é em uretra e bexiga · Podem ter diversas formas: ovoide, esferoidal ou multifacetadas · Formação está associada a diversos fatore predisponentes FATORES ASSOCIADOS · Animais adultos (>10 anos) · Machos · Alterações metabólicas/infecciosas · Dieta rica em minerais/concentrados · Taxa de excreção urinária · Ingestão de água FORMAÇÃO · Nucleação e precipitação de cristais · Urina supersaturada: maior quantidade de minerais faz com que minerais precipitem e ocorra a formação os cálculos · Estase: em casos de incontinência urinária, não há contração da bexiga, ocorre eliminação da urina e não dos cristais pois não há contração/estímulo · Meio alcalino · “Mucoproteína selante” 84% se desenvolvem na vesícula urinária: · 60% permanecem na vesícula urinária · 24% passam para a uretra e pode causar obstrução 16% se desenvolvem na pelve renal: · 12% permanecem na pelve renal · 4% migram para ureter e pode causar obstrução SINAIS CLÍNICOS · Hematúria · Disúria, oligúria, anúria, estranguria – depende do grau de obstrução, lesão e de onde está o cálculo · Desconforto abdominal (mímica de cólica) · Cistite · Coloração anormal da urina · Alteração de marcha/dificuldade de locomoção devido a distensão da vesícula · Cifose (coluna arqueada) · Dor perineal dependendo de onde o cálculo parou · Obstrução causa dor quando vesícula está cheia DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL · Miopatias · Ruptura das vias urinárias Realizar: · Bioquímica sérica: ureia e creatinina, enzimas CK e AST para diferencial · Hemograma · Cultura da urina – sempre! UROLITÍASE VESICAL SINAIS CLÍNICOS · Cistite · Dor abdominal · Disúria ou oliguria · Retenção urinária · Hesitação · Cifose · Tenesmo vesical · Hematúria geralmente está presente após exercícios ou no final da micção DIAGNÓSTICO · Histórico clínico · Palpação transretal · Ultrassonografia transretal · Cistoscopia · Urinálise · Exame radiográfico TRATAMENTO · Tratamento conservativo é paliativo · Controle da dor · Antiespasmódicos, pois, uretra e ureter podem realizar contrações impedindo que o cálculo saia · Cuidado com fluidoterapia · Objetivo: remoção completa do cálculo Tudo depende do tamanho do cálculo, localização e sexo do animal. Técnicas: · Laparocistotomia (diferentes técnicas) · Remoção transuretral (fêmeas) · Cálculos menores que 8cm + esfincterotomia uretral · Remoção endoscópico/manual + endobag · Litotripsia + remoção transuretral (fêmeas) · Uretrostomia perineal (machos) + endobag (menos invasico, não lesiona mucosa) · Cistotomia via pararretal (machos) Técnica de laparocistotomia Técnica em quadros perineais (subisquiática) Obs.: em técnica perineal pode ocorrer trauma de uretra e fragmentação dos urólitos. UROLITÍASE URETRAL SINAIS CLÍNICOS · Menores que os vesicais · Geralmente localizados no arco isquiático (machos) · Podem estar presentes · Disúria, oligúria, anúria, hematúria · Desconforto (abdominal) · Contração rítmica da uretra (espasmos) · Retenção urinária (bexiga repleta) → ruptura da bexiga · Dor na palpação DIAGNÓSTICO · Histórico clínico · Sondagem · Uretroscopia · Ultrassom TRATAMENTO · Remoção transuretral via endoscopia/manual + endobag · Litotripsia + remoção transuretral · Uretrostomia perineal (machos) · Uretrostomia ventral (machos) Técnicas: Uretrostomia perineal (cálculos no arco isquiático) Uretrostomia ventral: · Cálculo na porção distal da uretra · Localização da incisão: sondagem · Dano uretral · Estenose · Sutura em tecidos penianos adjacentes CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIO · Controle do edema · Caminhadas · Duchas · Controle da dor · AINES · Observação da cicatrização da uretra e esvaziamento da vesícula PROGNÓSTICO Reservado, devido a possíveis complicações: · Recorrência: lavagem, acidificar a urina, alimentação, estimular a diurese · Fio de sutura · Restos de urólitos, fibrina e muco · Lesão de mucosa e parede · Estenose · Ruptura de uretra/vesícula · Infecções INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA DEFINIÇÃO · Síndrome associada a abrupta redução da raxa de filtração glomerular · É resultado de diminuição da perfusão renal · Os rins deixam de excretar metabólitos N causando azotemia, distúrbios no equilíbrio hídrico, eletrolítico e ácido-básico · Pode causar oliguria ou anúria Pré-renal: queda súbita e grave da pressão arterial ou interrupção do fluxo sanguíneo para os rins devido a lesão ou doença Pode estar associado a miopatias, hemólise intravascular, acidentes ofídicoacidentes ofídicos ou qualquer condição que ocorrer diminuição do débito cardíaco (diarreias, endotoxemia, hemorragia, choque séptico). Renal: danos direto aos rins por inflamação*, toxinas ou suprimento sanguíneo reduzido Infecções, intoxicações, iatrogênica – AINES nefrotóxicos, idade). *Inflamação pode causar perda de função e causar IRA Pós-renal: obstrução súbita do fluxo de urina devido a cálculos nos rins, tumor ou lesão na bexiga. Associado a obstruções ou rupturas em vesícula e uretra. PRÉ-RENAL SINAIS CLÍNICOS · Sinais relacionados ao problema primário: cólica, septicemia, miopatias, intoxicações · Sinais comuns: desidratação, depressão e anorexia · Outros sinais: taquicardia, mucosas congestas, pirexia e laminite · Olíguria: início da IRA · Poliúria: sinal de recuperação da IRA (rim voltando a funcionar) · Encefalopatia: quadro grave de azotemia DIAGNÓSTICO · Aumento de ureia e creatinina séricas · Hemograma (associado a infecção ou desidratação grave) · Ultrassom · Uretroscopia · Urinálise (pH, proteinúria*) *Significa que lesão no rim permanece TRATAMENTO · Manutenção do volume intravascular para melhorar taxa de filtração glomerular e estimular produção de urina · Identificar e tratar causa primária · Hipercalemia: IRA pós-renal. Acima de 6,5 mEq/L, corrigir acidose associada com bicarbonato de sódio em solução de glicose 10% · Fase poliúrica da IRA (recuperação): suplementação de cloreto de potássio (20-40 mEq/L) · Uremia diminui tempo de vida das hemácias, causando anemia: realizar transfusão e ou EPO sintética PROGNÓSTICO · Depende da causa, da duração e da resposta à terapia · Quando a causa é isquêmica o prognóstico é ruim INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA DEFINIÇÃO · Rara em cavalos (necessário perde de 75% do rim) · Etiologia: complicações relacionadas a IRA, glomerulonefrite imunomediada, nefrite intersticial crônica, amiloidose, púrpura hemorrágica ou intoxicações · Destruição de 2/3 dos néfrons: sinais clínicos (difícil diagnóstico) TRATAMENTO Não tem tratamento específico, mas o indicado é manter a volemia – 20L todos os dias (maior quantidade de líquido ajuda no funcionamento renal) OrquiectomiaORQUIECTOMIA : INDICAÇÕES · Facilita o manejo · Para animais acima dos 18 meses · Criptorquídicos · Com neoplasias ou hérnia inguino-escrotal TÉCNICA Pode ser feita em estação ou decúbito lateral e pode ser aberta ou fechada. Técnica Eem decúbito lateral: · Anestesia local intra-testicular e em cordão espermático · Ampla incisão de pele +/- 1 cm da rafe · Incisão da túnica dartos · Não incisar a túnica vaginal · Divulsionar com uma gaze o tecido subcutâneo até liberar o testículo · Separar o cordão espermático do músculo cremáster rompendo o mesórquio · Ligar o cordão espermático (fio absorvível sintético) · Emascular o cordão primeiro (abaixo da ligadura) e o cremáster depois PÓS-OPERTATÓRIOPós-operatório: · Soro anti-tetânico · ATB (penicilina ou sulfa): 7 dias · AINEs: fenilbutazona ou flunixin meglumine – 5 dias · Curativos diários com água, sabão de coco e Povidine · Caminhar puxado para minimar o edema Complicação – funiculite:Complicação que pode ocorrer após orquiectomia. · Inflamação e infecção do cordão ou funículo espermático · Técnica incorreta ou falta de antissepsia · Falta de assepsia cirúrgica · Contaminações pós-cirúrgicas Sinais: · Aumento de volume na região escrotal · Aumento de temperatura · Secreção na linha incisional Tratamento: excisão cirúrgica do funículo CRIPTORQUIDISMO · Testículos descem na cavidade abdominal para o escroto, através do canal inguinal, 2 semanas antes do nascimento · Criptorquídico abdominal: o testículo não entra no canal inguinal, fica retido na cavidade abdominal · Criptorquídico inguinal: o testículo fica retido na cavidade inguinal · Importante: fator genético importante, o ideal é retirar esses animais da reprodução! Tratamento cirúrgico: · Criptorquidectomia · Criptorquídico abdominal: acesso pelo flanco · Criporquídico inguinal: acesso parainguinal · Decúbito dorsal · Anestesia geral · Incisão de 10cm paralela ao canal inguinal · Criptorquidectomia por laparoscopia: · Estação · Técnica menos invasiva · Rápida recuperação · Laparoscópio CIRURGIA NO PÊNIS - PENECTOMIA Indicações: · Paralisia peniana (priapismo): pênis fica paralisado e inchado, perde função · Parafimose: dificuldade de retração do pênis devido a diminuição do ósteo do prepúcio · Neoplasias: normalmente em glande ou corpo do pênis, caso seja em base necessário penectomia total · Habronemose Técnica: · Incisão triangular (3cm da base e 4 cm de comprimento) na porção ventral do pênis (pele , fáscia e corpo esponjoso) · O ápice do triângulo deve estar na linha média em direção caudal · Incisar a mucosas da uretra · Remover a sonda parcialmente · Suturar a mucosa da uretra nos lados do triângulo, com pontos simples separados (nylon) · Uretra e o pênis abaixo da base do triângulo são incisados e o coto suturado com pontos simples separado (nylon) Pré-operatório: · Atb de amplo espectro (ex: enrofloxacina) · AINE (ex: flunixim meglumine) · Curativo · Remoção da sonda uretral em 3 dias · Remoção da sutura em 15 dias Obs.: quanto utilizado acepromazina o cavalo expõe o pênis e fica mais fácil a manipulação VULVOPLASTIA INDICAÇÕES · Barreira contra infecções uterinas · Conformação inadequada predispõe à infecções · Pneumovagina · Endometrite · Retenção de anexos fetais · Lacerações vaginais Ocorre em éguas mais velhas e com escore corporal baixo Técnica Caslick (vulvoplastia): Feita em estação com anestesia local. · Ligar a cauda · Preparo da pele · Anestesia local · Com uma tesoura ou bisturi remover 0,5 mm do lábio da vulva, em ambos os lados · Suturar com pontos simples PÓS-OPERATÓRIO · AINE · Curativo diário com antisséptico · Retirar sutura em 10 dias · Próximo parto realizar episiotomia* *Técnica de incisão no períneo (entre ânus e vagina) para facilitar a passagem do feto. RUPTURA DA VULVA E DO PERÍNEO DEFINIÇÃO · Geralmente consequências de parto de potros grande ou mau posicionados · Lesão que pode se comprometer inclusive o esfíncter anal, ou assoalho dorsal da vagina e atingir o reto · As rupturas ou lacerações perineais podem ser classificadas de acordo com a extensão e gravidade das lesões teciduais: Grau 1: atinge a mucosa do vestíbulo da vagina e a comissura dorsal da vulva Grau 2: atinge além da camada mucosa e submucosa do vestíbulo da vagina, a pele da comissura dorsal da vulva e os músculos do períneo, incluindo o constritor vulvar Grau 3: acomete todas as estruturas atingidas em segundo grau, acompanhadas de ruptura do assoalho dorsal do vestíbulo da vagina, assoalho ventral do reto, septo perineal, músculos e o esfíncter anal Laceração de grau 3 TRATAMENTO Cirúrgico - sutura de 6 pontos: · Primeiro ponto na mucosa da vagina · Segundo ponto em tecido muscular · Terceiro ponto na mucosa do reto Ligando do outro lado da mesma formando um ponto , essa sutura deve ser feita até fechar o assoalho do reto e o teto da vagina na primeira fase da cirurgia e na segunda fase será a reconstrução do esfíncter anal.
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