Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Gestão de Processos Gestão de Processos O que iremos ver no curso? a) O que é a Gestão de Processos; b) Como o estudo evoluiu ao longo dos tempos; c) Ferramentas básicas para se ter uma gestão organizada; d) Conceitos úteis no dia a dia; e) Cases e exercícios. O que é Gestão de Processos Gestão de Processos Gestão de Processos é uma disciplina dentro da administração onde usamos várias técnicas para descobrir, analisar e otimizar nossos processos. Por processos entendemos as atividades rotineiras que transformam entradas de fornecedores em saídas que geram valor para clientes (internos ou externos). O conceito fundamental da Gestão de Processo é garantir que os processos de uma empresa estejam consistentemente sendo realizados da melhor maneira. Gestão de Processos A ideia central da Gestão de Processos é entender o que e como uma empresa, departamento ou área está trabalhando para gerar valor aos seus clientes. Gestão de Processos A sua área (no que todo mundo está trabalhando) Meta!!!! Indicadores claros, definições e metas coerentes Gestão de Processos A filosofia da Gestão de Processos: ▪ Focar em processos, não em tarefas (pensar no propósito e no fluxo); ▪ Racionalizar o esforço, entregando mais valor com menos trabalho; ▪ Entender e esclarecer para poder gerenciar e melhorar. As atividades da Gestão de Processos ▪ Visualizar (funções e processos); ▪ Mensurar (se estamos indo bem ou não); ▪ Analisar (buscar mudanças no status quo); ▪ Melhorar; ▪ Controlar (usar dashboards para garantir que as ações e metas estão sendo cumpridas); ▪ Remodelar (caso necessário). O por quê da Gestão de Processos Gerir processos é um conhecimento básico no mercado de trabalho hoje, pois: ▪ Todas as empresas são feitas de processos; ▪ Barreiras organizacionais podem dificultar a comunicação entre as partes de um processo; ▪ A falta de “consciência” sobre um processo é um dos problemas fundamentais das empresas. Vamos ver um Case? Gestão de Processos O Case da “Área de Melhoria Contínua” O Background Um jovem profissional, após fazer um curso de Green Belt e se destacar nas suas atividades diárias, foi promovido a coordenador da (recém criada) área de melhoria contínua de sua empresa. A área foi criada pois, após 2 projetos de melhoria bem sucedido na área de operações da empresa (onde o profissional trabalhava), o gerente de operações (chefe direto deste profissional) e o diretor (chefe do chefe) acreditaram que isso poderia ser expandido para outras áreas. O Case da “Área de Melhoria Contínua” A “lua de mel”: a promoção e a criação da área O Gerente e o Diretor, então, contrataram um novo recurso para ajuda-lo nessa missão: um novo estagiário! Eles então foram dados a missão de promover a melhoria contínua em todas as áreas da empresa. Como a ideia era boa e vários gerentes tinham ideias de melhoria (que não conseguiam colocar em prática), a equipe teve bastante trabalho logo nas primeiras semanas. O Case da “Área de Melhoria Contínua” A perdição Antes que pudesse se dar conta, nosso jovem coordenador se viu completamente perdido sem entregar nada. Sua rotina era basicamente atender aos pedidos dos gerentes, que iam desde “melhore meu processo” até “analise os meus dados”. Ele começou vários projetos de melhoria, porém como eram muitos não houve rigor no método. Ele não sabia qual priorizar e, ao aparecer qualquer outra demanda, ele buscava atende-la. Logo, a ineficiência da área começou a irritar seu chefe, que dizia sempre que o coordenador simplesmente não entregava resultados! O que fazer neste caso? O Case da “Área de Melhoria Contínua” A Organização Nosso coordenador então decidiu implementar ferramentas para melhorar a gestão de seus processos. A primeira coisa a ser feita foi organizar tudo que ele fazia. Para isso, fez uma Descrição de Negócios de sua área. Produtos Clientes Área de Melhoria InsumosFornecedores Treinamentos Projetos Análises Demandas de Treinamentos Recursos $ e H. para os projetos Gerentes das áreas Demandas de Análises Gerentes das áreasIdeias de Projetos Times das áreas O Case da “Área de Melhoria Contínua” A Organização Em seguida, ele se sentou com o seu chefe e expos tudo o que fazia... Ele também questionou qual seria o objetivo de sua área: Produtos Clientes Área de Melhoria InsumosFornecedores Treinamentos Projetos Análises Demandas de Treinamentos Recursos $ e H. para os projetos Gerentes das áreas Demandas de Análises Gerentes das áreasIdeias de Projetos Times das áreas Negócio: Melhorar os indicadores das áreas, reduzindo custos. Visão: Realizar 10 projetos por ano, reduzindo 20% dos custos Missão: Promover projetos de redução de custo nas áreas O Case da “Área de Melhoria Contínua” A Organização Com um direcionamento claro, ele pode pensar na maturidade de cada um dos seus produtos da sua área... Produtos Clientes Área de Melhoria InsumosFornecedores Análises Demandas de Treinamentos Recursos $ e H. para os projetos Gerentes das áreas Demandas de Análises Gerentes das áreasIdeias de Projetos Times das áreas Negócio: Melhorar os indicadores das áreas, reduzindo custos. Visão: Realizar 10 projetos por ano, reduzindo 20% dos custos Missão: Promover projetos de redução de custo nas áreas Treinamentos Projetos O Case da “Área de Melhoria Contínua” A Organização Com um direcionamento claro, ele pode pensar na maturidade de cada um dos seus produtos da sua área... Produtos Clientes Área de Melhoria InsumosFornecedores Treinamentos Projetos Análises Demandas de Treinamentos Recursos $ e H. para os projetos Gerentes das áreas Demandas de Análises Gerentes das áreasIdeias de Projetos Times das áreas Negócio: Melhorar os indicadores das áreas, reduzindo custos. Visão: Realizar 10 projetos por ano, reduzindo 20% dos custos Missão: Promover projetos de redução de custo nas áreas O Case da “Área de Melhoria Contínua” Projetos % de projetos concluídos no prazo $ economizado com os projetos Receber ideias de projetos Avaliar mérito dos projetos Priorizar projetos Determinar metodologia Desenhar planos de ação Executar planos de ação Acompanhar projetos Os KPI’s – Key Performance Indicators Como nosso coordenador sabia que o que não pode ser medido não pode ser melhorado, ele buscou entender qual seria o indicador para monitorar de sua principal saída. Além disso, ele tentou entender os passos e onde as coisas iam mal na entrega dos projetos... O Case da “Área de Melhoria Contínua” Projetos % de projetos concluídos no prazo $ economizado com os projetos Receber ideias de projetos Avaliar mérito dos projetos Priorizar projetos Determinar metodologia Desenhar planos de ação Executar planos de ação Acompanhar projetos O que fazer? Em seguida, ele avaliou as partes mais problemáticas dos processos... Não há um procedimento!!! Não há um procedimento!!! O Case da “Área de Melhoria Contínua” O que fazer? Em seguida, ele fez um benchmark com seus colegas de curso para entender como cada um realizava cada atividade. Com isso, ele pode escrever um POP (procedimento operacional padrão) para as atividades de: ▪ Seleção de oportunidades ▪ Avaliação de mérito ▪ Priorização de projetos O Case da “Área de Melhoria Contínua” Mantendo o sistema Além disso, ele garantiu que todas as atividades (como as de acompanhamento) estivessem sendo realizadas. Elaborou uma série de rotinas de forma a estruturar o trabalho de seus recursos (um diário de bordo, por exemplo), e definiu um programa de reconhecimento para mantê-los motivados. O Case da “Área de Melhoria Contínua” Os resultados Após isso, a organização ficou melhor. Todos os gerentes foram informados do novo procedimentode seleção de projetos. Com isso: ▪ A taxa de projetos completados no prazo saiu de 30% para 90%; ▪ Os projetos foram capazes de gerar ganhos na ordem de R$ 700.000, no primeiro ano. ▪ Nosso herói foi promovido de novo! Um pouco de história de Gestão de Processos A história da Gestão de Processos A Gestão de Processos, como conhecemos hoje, teve vários marcos importantes. A seguir, vamos comentar sobre alguns marcos importantes dentro da Gestão de Processos. Vale lembrar que hoje, as diversas organizações estão em diferentes níveis de evolução destas práticas. A era pré-industrial (até séc. XVIII) ▪ Processos como visão natural; ▪ Trabalho “não organizacional” – focado no profissional e no “ofício”; ▪ Auto-gestão; ▪ Relação direta entre especialista- consumidor. A Revolução Industrial (séc. XVIII – XIX) ▪ A especialização do trabalho; ▪ A aparição da figura do gerente/administrador (Fayol) ▪ Prever e planejar; ▪ Organizar; ▪ Comandar; ▪ Coordenar; ▪ Controlar. ▪ A aparição de padrões. A Administração Científica (séc. XIX - XX) ▪ Linha de Montagem; ▪ A racionalização dos procedimentos (Taylor); ▪ Mecanização do trabalho; ▪ Criação de Registros (proto- indicadores); ▪ Redução de custos. A Melhoria de Processos (1950 - 1980) ▪ Pensamento de Melhoria Contínua; ▪ A organização vista como um sistema (Deming); ▪ Melhoria autônoma dos procedimentos nos postos de trabalho (Ohno); ▪ Ciclos de Melhoria (PDSA/PDCA, etc.); ▪ Metodologias de Análise e Reengenharia de Processo (Seis Sigma); ▪ Adoção de Melhores Práticas; ▪ Excelência Operacional. A Automatização de Processos (a era do BPM e da Transformação Digital) ▪ Criação de fluxos computacionais para a gestão de processos; ▪ Automação de etapas possíveis de serem informatizadas; ▪ Alta disponibilidade de dados; ▪ Inteligência artificial. Os Benefícios da Gestão de Processos Por que usar Gestão de Processos? A Gestão de Processos vai impactar o resultado pois: ▪ Organizar é importante; ▪ Medir é importante; ▪ Dar um direcionamento claro do que fazer é importante; ▪ Eu não consigo instruir o que eu não conheço. Uma reflexão Diferentes organizações possuem diferente maturidade de seus processos. Assim como ninguém começa uma casa pelo telhado, uma pessoa não vai automatizar um processo ruim ou não formalizado. É importante dominar os fundamentos básicos, antes de partir para inovação e desenvolvimento. As abordagens da Gestão de Processos Temos duas abordagens clássicas, dentro dessa visão: Ambas necessitam de boa organização e visibilidade. A seguir, vamos discutir essas técnicas com um passo a passo para “colocar a casa em ordem”, independente de sua posição na empresa. Gerir para Manter Gerir para Melhorar O passo a passo da Gestão de Processos Implementando uma Gestão de Processos Geralmente, quando queremos implementar a Gestão de Processos, seguimos os passos: Descrever o objetivo da área e enxergar seus processos; Entender quais são os processos críticos; Definir indicadores de desempenho (também chamados de KPI’s) e metas para estes processos; Mapear e padronizar os processos críticos; Organizar as pessoas e recursos; Criar dispositivos para Gerir para Melhorar 1 2 5 4 3 6 Descrevendo a área e seus processos 1 “Colocando a casa em ordem” O primeiro passo é entender o porquê de fazermos o que fazemos. Qual é o objetivo da área que você quer gerenciar? Pense: ▪ No propósito (por que aquela equipe trabalha?) ▪ No entregável “intangível” da área; ▪ Nas atividades do dia a dia para operacionalizar esse propósito. “Colocando a casa em ordem” Essa etapa é vital para o entendimento macro dos processos. Ela vai nos ajudar a entender se estamos de fato trabalhando da maneira correta. Algumas dicas: ▪ Consulte as lideranças; ▪ Consulte os clientes (internos e externos); ▪ Entenda o que agrega ou não valor para eles. “Colocando a casa em ordem” Exemplos de propósito: Área de marketing Atrair mais pessoas interessadas em nossos produtos e convencê-los de que nossa empresa é a melhor opção. Área comercial Contatar possíveis interessados e selecionar a melhor oferta da empresa para eles. Área financeira Monitorar os custos e receitas da empresa e desdobrar ações para garantir a sua saúde financeira. Identificando os Processos Um processo é uma atividade rotineira que entrega uma saída que tem valor à um cliente. Processos operacionalizam a entrega do propósito. Cada processo tem uma ou mais entregas. A lógica do SIPOC nos ajuda a entender sua operacionalização. Entradas Saídas Diversos processos Identificando os Processos Para a boa gestão de processos, temos que identificar quais são os processos de nossa área. Uma ferramenta ótima para colocar essas coisas em perspectiva é a Descrição de Negócios. O que é a descrição de negócio e para que serve? A descrição de negócios é um “SIPOC da área gerenciável”; Ela é útil para: ▪ Listar os pontos importantes que um gerente deve gerenciar; ▪ Dar consciência do que se entrega e para quem se entrega (para entender o que é a qualidade de seu processo); ▪ Entender os indicadores de saída (itens de controle) e as entradas (itens de verificação), que podem impactar na qualidade final; ▪ Listar pessoas, máquinas, equipamentos e outros ativos da área gerenciada. ▪ Ela é geralmente a primeira coisa a se fazer, pois o gerente deve estar consciente do que deve gerenciar. Exemplo – Contas a pagar Saídas Clientes Negócio: Pagar contas em dia e com eficiência EntradasFornecedores Diretoria Financeira Fornecedores da empresa Missão: Garantir que a o pagamento de todas as ordens sejam executadas no prazo e conforme a política de pagamentos Notas fiscais Planilhas de pagamento Recursos financeiros disponíveis Autorização de pagamentos Política de pagamentos Áreas funcionais Tesouraria Gerentes das áreas funcionais Área de Compliance Pessoas: ▪ José (gerente) ▪ Walter (analista) ▪ Rubens (coordenador) ▪ ... Equipamentos: ▪ Software do banco ▪ Software financeiro ▪ ... Pagamentos realizados Relatório de Cash Flow Relatório X-97 Report de não- compliance Área de Compliance Como montar uma Descrição de Negócios? Juntar a equipe do departamento (ou área) que estamos tentando entender; Juntar a liderança da empresa (gerentes, diretores, etc.) para avaliar as conclusões – Quem trabalha, trabalha para alguém; Determine qual o “objetivo” da área, ou seja, o negócio; Liste as pessoas e equipamentos diretamente subordinadas à área; Determine as saídas da área e seus clientes; Determine as entradas da área e seus fornecedores; Finalize. 1 2 5 4 3 6 7 Vamos ver um Exemplo? A Descrição de Negócio Identificando os Processos Críticos2 Identificando os Processos Críticos Uma vez que temos nossos produtos em perspectiva, temos que identificar quais são os nossos processos críticos. Eles são as atividades que produzem nossos produtos críticos. Eles podem ser críticos, pois: ▪ Geram muitos problemas; ▪ São gargalos para o crescimento da empresa; ▪ Estão com o desempenho ruim; ▪ Há uma sensação de que estão aquém do desejado. A ideia é priorizar nosso esforço. Identificando os Processos Críticos Lembre-se: Se tudo é prioridade, então na verdade nada é prioridade! A priorização deve sempre vir do propósito (missão) de sua área. Identificando os Processos Críticos O ponto principal dessa segunda etapa é: Focar a atenção das pessoas da área e os recursos disponíveis em entregar o que é necessário para a empresa crescer. Para isso, sempre avaliamos, com base no que é importante, o que está com boa qualidade ou não. Se não soubermos entregar o que é necessário, vamos ter que aprender... Identificando os Processos Críticos Há alguma percepçãode ineficiência no processo? Há um indicador claro e um benchmark? Os clientes reclamam de quais produtos? Do que reclamam? O que estamos fazendo de errado para termos essa reclamação? Sabemos produzir as saídas mais importantes de nossa área? Estamos medindo o que estamos fazendo? Várias estratégias podem ser usadas para identificar os processos críticos Partindo de problemas internos (altos custos, refugo, baixa produtividade, etc.) Partindo de problemas interfuncionais (devolução, reclamação de clientes internos ou externos, etc.) Partindo de uma avaliação de maturidade dos seus processos Escala de Maturidade Pontuação Definição Operacional da Pontuação 1 Processo não está definido. É um novo processo que ainda precisa ser projetado e documentado. 2 Há uma compreensão geral do processo pelas pessoas que atuam nele. Não há documentação, procedimentos ou especificações. Nenhum trabalho formal de melhoria do processo foi realizado recentemente. 3 O processo foi definido por todos os seus públicos interessados (gerentes, funcionários, fornecedores e clientes). O objetivo do processo é compreendido. Existe documentação do processo: fluxogramas, procedimentos, políticas, normas, descrições de atribuições e atividades, manuais de treinamento, ou outros documentos de suporte. 4 O processo está bem definido e mensurações do desempenho e qualidade dos resultados/saídas do processo são utilizadas para monitorá-lo. Métodos gráficos, como gráficos de controle, são utilizados para avaliar e aprender com as medições. 5 Processo foi formalmente melhorado ao longo do último ano. Mensurações contínuas são realizadas no processo, incluindo as entradas dos fornecedores e feedback dos clientes. Normas e documentação do processo são atualizadas conforme as melhorias implementadas no processo. V 6 Mensurações chave do processo e dos seus resultados são previsíveis. Os produtos e serviços gerados pelo processo atendem as especificações consistentemente. Vários pontos de automação foram ou estão sendo implementados. Exemplo Grupo Subprocesso Status Ação para atingir maturidade /melhoria Prioridade para ação Última alteração no processo Objetivo Responsável IC Marketing Produzir vídeos marketing Processo informal - sem agendamento ou metodologia Contratar profissional, agendar entregas na agenda 24/04/2016 Gerar leads Murilo Produzir e-books e planilhas Entregas agendadas - Necessita pessoal Distribuição dos temas para cada um dos integrantes, revisão da agenda. Padronização da linguagem, com instrução para geração de conteúdo. 24/04/2016 Gerar leads Murilo Materiais/mês Produzir posts Entregas agendadas - Entrega feita pelo Virgilio - Falta instrução Realizar medição do processo e seu resultado 24/04/2016 Melhorar SEO Virgilio vst organica/mês Algumas questões para te ajudar a avaliar os processos críticos ▪ Quais os maiores problemas de sua área? Entenda problema como um resultado indesejado; ▪ Existem problemas de reclamação de clientes? ▪ De qual produto os clientes reclamam mais? ▪ Qual dos produtos, importantes para a empresa, não estão satisfazendo às necessidades dos seus clientes? ▪ Há alguma entrega da área que os clientes não usam? ▪ Perdemos tempo produzindo algo que não é necessário? ▪ As pessoas da área tem consciência do que é importante entregar e do que não é importante entregar? ▪ As pessoas focam a maioria do tempo e esforço no que se deve entregar? ▪ As pessoas tem um método coerente para produzir essas entregas? ▪ Esse método é alinhado com as melhores práticas da empresa ou do mercado? ▪ Existe divergências graves em como pessoas diferentes na mesma área produzem uma saída? Há divergência da qualidade entre estes dois métodos? ▪ Há uma definição clara das pessoas sobre o que fazer? ▪ Há uma direção dos superiores ou dos clientes sobre o que fazer? Métricas Em seguida, vamos discutir sobre como resolver estes problemas. Entretanto, vale lembrar: “O que não é medido, não pode ser gerenciado!” - William Edward Deming Vamos falar de métricas em breve, logo após o exemplo! Vamos ver um Exemplo?Passo 2 Definindo indicadores e metas3 Definindo indicadores Os indicadores de desempenho (ou KPI’s – Key Performance Indicators) são os guias de nosso trabalho. Eles são a maneira pela qual aprendermos sobre o que estamos fazendo, buscando sempre fazer melhor. Em outras palavras: são as medidas que falam se estamos fazendo o que deveríamos fazer. Eles: ▪ Focam a equipe no que é importante; ▪ Nos dizem se as mudanças que realizamos são boas ou não; ▪ Geram informações sobre alterações do processo ao longo do tempo e; ▪ Vendem o nosso trabalho para a liderança. Um exemplo Um processo tinha um custo alto pelo consumo de energia elétrica (KPI). O objetivo era reduzir este consumo. O indicador, com uma meta, foi o mantra da equipe até a obtenção do resultado. Melhor Benchmark Empresa Y S.A. Indicadores e KPI’s Entretanto, é muito fácil nos perdemos na definição de KPI’s. Por algumas razões: ▪ Podemos querer medir tudo (e ficamos perdidos em várias métricas); ▪ Termos uma métrica que não está ligada com nosso propósito; ▪ Termos métricas que não estão relacionadas ao nosso problema. Geralmente de 3 a 5 KPI’s é o mais recomendado. Indicadores e KPI’s É visível (como um placar), atualizado e constantemente analisado Um bom KPI: Está ligado à um produto ou saída do processo Está ligado ao propósito da área Tem pessoas cuidando deles e todos sabem o que ele significa É específico, definido e formalizado Se trabalhado, impacta diretamente o desempenho da organização Como definir KPI’s? Algumas dicas: ▪ Valide o seu KPI com o seu chefe; ▪ Analise se o seu KPI está relacionado aos objetivos estratégicos da organização; ▪ Analise se todos na área sabem o que o seu KPI significa. Algumas dicas para que você possa definir seus KPIs ▪ Como outros departamentos similares de outras empresas estão medindo a sua eficácia? (exemplo: vendas -> faturamento, marketing digital -> número de leads, área de melhoria -> projetos concluídos, etc.); ▪ Há alguma perspectiva do cliente que pode ser medida? (como por exemplo, reclamações, menções nas redes sociais, etc.); ▪ Há alguma perspectiva de consumo de recursos (financeiros ou não) que seriam mais interessantes? (gasto com energia elétrica, custo por produto, custo de refugo, etc.); ▪ Há uma meta de crescimento? (aumento de vendas, aumento de produção, etc.); ▪ Há algum parâmetro de processo claro a ser trabalhado? (tempo de ciclo, produtividade, etc.) ? ! Para avaliar se os clientes estão satisfeitos: ▪ preço comparativo aos concorrentes ▪ custo de propriedade dos clientes ▪ rentabilidade dos clientes com os produtos e serviços da empresa ▪ ppm de defeitos experimentados pelos clientes ▪ frequência de queixas dos clientes ▪ num e custo de consertos em garantia e em visitas a campo ▪ % de entregas pontuais ▪ prazo de entrega (pedido a entrega) ▪ % pedidos perfeitos (produtos/serviços sem defeitos, entregues no local correto e na hora certa) ▪ ofertas de produtos e serviços que atendem à necessidades dos clientes % ▪ % de falta de estoques ▪ lead time em comparação com os concorrentes ▪ num de novos produtos e serviços que foram os primeiros a chegar no mercado ▪ % de lançamentos ▪ retenção de clientes ▪ rentabilidade do cliente no longo prazo Alguns KPI’s clássicos Para avaliar eficiência dos processos: ▪ custo por unidade de produção (produtos homogêneos) ▪ despesas com mkt, vendas, distribuição (% custos totais) ▪ num de processos NVA eliminados ▪ ppm de defeitos ▪ rendimento dos processos % ▪ quantidade de sucata e resíduos ▪ custo de inspeção e testes ▪ custo total da qualidade (prevenção, avaliação, falhas internas, falhas externas) ▪ giro de estoque (tempo médio deestoque) ▪ prazo médio de contas a receber ▪ % falta de estoque ▪ % capacidade utilizada ▪ confiabilidade de equipamentos (% tempo disponível para produção) ▪ num e tempo de paralizações ▪ flexibilidade (tempo de set-up e espectro de produtos e serviços que os processos podem entregar) ▪ prazo entre pedido e entrega ▪ % entrega pontuais Alguns KPI’s clássicos Para aprofundar... A seguir, iremos ver um exemplo e fazer alguns exercícios, entretanto, se você quiser se aprofundar no assunto, sugerimos: ▪ Observar a parte do Define do curso de Green Belt, em especial a árvore CTC; ▪ Observar a parte do Measure do Green Belt para entender como analisar os indicadores; ▪ Analisar a parte de planejamento estratégico do Master Black Belt; ▪ Benchmarking com nossa rede de assinantes. Vamos ver um Exemplo? Passo 3: KPIs Metas! Ainda no Passo 3... Sobre Metas “As metas são estabelecidas para estreitar a distância entre o real e o ideal” - Katsuya Hosotani O ponto central das metas está relacionada à lacuna entre onde estamos e onde gostaríamos (ou poderíamos) estar. Sobre Metas A parte mais difícil do processo de atribuição de metas é a determinação dessa lacuna. Principalmente no “onde gostaríamos de chegar”. Uma meta muito irreal pode desmotivar as pessoas. Uma meta pouco ambiciosa pode fazer o mesmo e não vai levar a empresa além. Atribuição de Metas Algumas estratégias Valor aberto (zero defeitos) Benchmark Analisar a “eficiência” O Benchmark “Processo de avaliação da empresa em relação à concorrência, por meio do qual incorpora os melhores desempenhos de outras firmas e/ou aperfeiçoa os seus próprios métodos.” Alguns tipos de benchmarking: ▪ Competitivo (que analisa diretamente a concorrência); ▪ Genérico (que analisa processos similares de outras empresas); ▪ Interno (que analisa outras áreas da empresa); ▪ De cooperação (acordo entre duas empresas que desejam melhorar mutualmente); ▪ Funcional (focada em algum aspecto específico, como a gestão financeira). Considerações finais sobre metas. Algumas considerações úteis sobre metas: • Meta, sem método, é uma crueldade. • Metas devem ser possíveis; • Cuidado com as possíveis distorções do sistema e dos dados; • Uma meta é um direcionador, não um dogma; • A meta nunca é maior que o propósito. Para aprofundar... A seguir, iremos ver um exemplo e fazer alguns exercícios, entretanto, se você quiser se aprofundar no assunto, sugerimos: ▪ Observar nosso curso de Gestão da Rotina; ▪ Analisar a parte de planejamento estratégico do Master Black Belt; ▪ Benchmarking com nossa rede de assinantes. Vamos ver um Exemplo? Passo 3 - Metas Outros tipos de indicadores Ainda no Passo 3... Produtos Clientes Os KPI’s Como vimos, os indicadores de desempenho são muito importantes pois nos norteiam onde queremos chegar e nos falam se estamos fazendo as coisas corretamente. Entretanto, eles não são as únicas coisas que temos que avaliar... Indicador Fornecedores Entradas Os itens de verificação, ou indicadores de entrada Assim como é impossível fazer um bolo com ingredientes estragados, um processo não entrega qualidade com entradas ruins. Esses indicadores de “entrada” também são chamados de itens de verificação, pois o gestor deve entender se essas entradas são boas. Indicador Para avaliar se os nossos fornecedores são eficazes e eficientes: ▪ prazo entre pedido e recebimento ▪ % entregas pontuais ▪ % ou ppm defeitos no recebimento ▪ % de fornecedores que dispensam inspeção ▪ % pedidos recebidos com perfeição ▪ Retrabalho em comunicações (reuniões, e-mails, etc.) ▪ % de entradas dentro de especificação ▪ Qualificação dos recursos humanos; ▪ Adequação das informações do sistema ▪ Frequência de atualização de cadastros e bancos de dados úteis no processo Alguns IV’s clássicos Os itens de verificação, ou indicadores de entrada Ainda sobre os insumos, muitas vezes temos outro problema grave: eles não existirem. Isso se chama desconexões. Nossos indicadores de verificação tem que analisar a ocorrência dessas desconexões. Durante a etapa do mapeamento, também precisamos entender como acabar com elas. Mas vamos ver isso nas próximas aulas! Fornecedores Entradas Mapear e padronizar os processos críticos4 Mapear e padronizar processos críticos Na próxima etapa, assim como no case, vamos então nos debruçar sobre os processos mais complicados e entender por que eles são assim. Vamos ter que conectar cada atividade sendo realizada em um fluxo específico, bem como as razões do fluxo não estar da maneira ótima. Mapear e padronizar processos críticos Temos também que entender neste momento que existem dois tipos de problemas com processos críticos: ▪ Problemas relacionados ao fluxo (a passagem de informações, materiais, etc.) e; ▪ Problemas relacionados a procedimentos (como as pessoas realizam as coisas). Mapear e padronizar processos críticos No curso, iremos seguir com técnicas para mapear e entender fluxos e procedimentos. Vale dizer que nem sempre precisamos usar tudo que foi colocado aqui. Muitas vezes, uma simples ida ao local de trabalho vai te permitir entender o que está acontecendo. Use o bom senso. Mapeamento de processos Quando, como e por qual razão fazê-lo Antes de mais nada... Mapeamento de processos ≠ Fluxograma Isso é entender o processo! Isso é desenhar o processo! As organizações na prática: porque ver processos é difícil? Mapear um processo Mapear um processo Entender melhor nosso processo ▪ Aplicar indicadores ▪ Buscar melhorias ▪ Reestruturar radicalmente Mapear um processo 1 2 4 3 Entendimento do processo Conhecimento sobre o fluxo de trabalho Ilustração em um fluxograma Identificação das desconexões Qual é o resultado de um bom mapeamento? Defina o escopo do mapeamento! Para que vamos mapear este processo? Qual o objetivo da melhoria? ▪ Reduzir custos? ▪ Reduzir complexidades? ▪ Reduzir retrabalho? ▪ Simplificar o fluxo de informações? Mapeando 1 Defina os limites do seu mapeamento (e projeto) Mapeando 2 Ignorar Ignorar Mapear Os limites são geralmente definidos por barreiras de governança na organização. Mapeando Identifique e entreviste os envolvidos no processo3 Fornecedores (suppliers) Entradas (inputs) Processo (process) Saídas (outputs) Clientes (clients) Procedimento Relatório Peça 1 Peça 2 Relatório Lista de compras Peça 15 Operação 1 Operação 2 Operação 3 Operação 4 A A CB SIPOC da pessoa X Mapeando Identifique e entreviste os envolvidos no processo3 SIPOC da pessoa X SIPOC da pessoa A SIPOC da pessoa B SIPOC da pessoa C SIPOC da pessoa ... Processo simples? Mapeando Conecte os SIPOCs e monte um fluxograma4 ▪ As saídas da pessoa analisada devem ser as entradas da pessoa seguinte (clientes); ▪ As entradas da pessoa analisada, devem ser as saídas das pessoas anteriores (fornecedores); ▪ E assim por diante... = SIPOC da pessoa X SIPOC da pessoa A SIPOC da pessoa B SIPOC da pessoa C SIPOC da pessoa ... + + + + + ▪ Facilita o aprendizado da equipe sobre o processo; ▪ Torna o que está acontecendo visível; ▪ Demonstra papéis e relações entre os envolvidos no processo; ▪ Identifica gargalos, desconexões, etapas desnecessárias, etc. ▪ Permite medir o tempo das atividades; ▪ Identifica “quick wins” do projeto. Vantagens do Mapeamento Os Quick Wins Quick Wins são aqueles pontos levantados durante o mapeamento que podem ajudar muito na melhoria dos processos, sem mais análises complicadas. São os famosos ver e agir. Exemplos disso são desconexões e faltas de padrão. E como encontrar as desconexões? Saídas ▪Está produzindo alguma saída desnecessária? ▪Está deixando de produzir saídas para os clientes adequados? ▪Está deixando de atenderexpectativas de qualidade dos clientes? de prazo? ▪Está deixando de atender expectativas internas de produtividade? de custos? Entradas ▪Está deixando de receber alguma entrada necessária? ▪Está recebendo alguma entrada desnecessária? ▪Existem entradas chegando de fornecedores errados? ▪Existem entradas deixando de atender expectativas de qualidade, prazo, custo ou produtividade? Atividades ▪Estão sendo realizadas na hora certa no processo? ▪Estão sendo realizadas pelas áreas/pessoas certas? ▪Estão criando gargalo? ▪Agregam valor para o cliente? ▪Apresentam redundância? ▪É um ponto de inspeção ou de decisão? ▪Apresentam ciclos de retrabalho? ▪Estão sendo executados no tempo programado? Para aprofundar... A seguir, iremos ver um exemplo e fazer alguns exercícios, entretanto, se você quiser se aprofundar no assunto, sugerimos: ▪ Observar nosso curso de SIPOC, Fluxograma e Mapeamento de Processos; ▪ Analisar a parte de desconexões e mapeamento de processos do Green Belt; Vamos ver um Exemplo? Passo 4 - Mapeamento Padronização Padronização - Objetivos A padronização é o alicerce do gerenciamento. Todo padrão possibilita que a entrega de um processo seja feita com qualidade. Ele é a linha básica para a supervisão do processo, que deve garantir a sua execução. Iremos abordar esse passo mais adiante. Um bom padrão: ▪ É claro e objetivo; ▪ Descreve claramente o objetivo (indicador, meta) de determinado processo ou atividade; ▪ Descreve os meios (procedimentos) para a sua realização. Padronização - Elaboração O processo de elaboração de um padrão é algo colaborativo. Geralmente, uma vez que sabemos onde queremos chegar, seguimos os passos: Reunir os colaboradores (supervisores, especialistas ou operadores) para entender o mapeamento realizado; Realizar um benchmarking sobre a atividade; Analisar criticamente as atividades; Chegar a um consenso sobre os detalhes; Documentar a maneira ideal; Treinar os envolvidos; Garantir a utilização e a melhoria dos padrões 1 2 4 3 5 7 6 Padronização - Elaboração Em linhas gerais, o padrão deve conter os aprendizados levantados durante o mapeamento. Queremos padronizar as melhores práticas. Além do status quo, pergunte na elaboração do padrão: ▪ Algum passo pode ser eliminado? ▪ Algum passo pode ser combinado? ▪ Algum passo pode ser reduzido? ▪ Algum passo pode ser simplificado? ▪ Algum passo pode ser automatizado? Padronização - Elaboração A própria execução do padrão deve ser um ato de melhoria. Lembre-se também de: ▪ Incorporar melhores práticas as pessoas internas; ▪ Incorporar melhores práticas do benchmark; ▪ Analisar sistemas e ferramentas para a implementação do processo; ▪ Envolver os colaboradores que irão executar o padrão na sua elaboração. Em um mundo ideal, os padrões são elaborados na base. Padronização - Documentação Após definido o processo, temos que garantir a sua documentação. A documentação é um material precioso no treinamento dos colaboradores e na supervisão do trabalho. Algumas ferramentas nos ajudam: ▪ Fluxogramas; ▪ Instruções de trabalho; ▪ Procedimentos Operacionais Padrão (POPs); ▪ Apresentações; ▪ Planilhas e outros documentos que tangibilizem o trabalho. Padronização – Garantia do trabalho Se quisermos que o trabalho real siga o padrão, temos que ter em mente: ▪ Todos os colaboradores precisam estar treinados. Temos que avaliar se realmente estão; ▪ Os colaboradores devem ser responsabilizados pelos resultados; ▪ Temos que ter medições coerentes para avaliar se o padrão está sendo realizado. Iremos comentar sobre estes pontos mais adiante. Padronização – Melhoria Contínua Para finalizar, devemos ter a noção que um padrão não é algo fixo e imutável. É algo vivo. Como diz o princípio 6 do TPS: “O trabalho padrão é a base da melhoria contínua e do empoderamento dos colaboradores”; Os colaboradores devem ser continuamente questionados a desafiar e melhorar os padrões, contanto que os indicadores melhorem em direção à meta. Para aprofundar... A seguir, iremos ver um exemplo e fazer alguns exercícios, entretanto, se você quiser se aprofundar no assunto, sugerimos: ▪ Mais sobre fluxogramas e melhoria de procedimentos no curso de Green Belt; ▪ Mais sobre a função de supervisão no curso de Gestão da Rotina. Vamos ver um Exemplo? Passo 4 - Padronização Organizando as pessoas e recursos 5 Organizando as Pessoas e Recursos Agora que já vimos sobre a organização do trabalho e como definir bons padrões, temos que tomar consciência da outra dimensão da gestão de processos: as pessoas. Para termos o apoio das pessoas em nosso processo, temos que ter as coisas: ▪ Propostas de maneira organizada e lógica (racional); ▪ Propostas de maneira a casar com as ambições de cada um (emocional). Organizando as Pessoas e Recursos Quanto à organização, é importante: ▪ Criar rituais para que as pessoas se concentrem no trabalho e nas metas (como as huddles do Lean); ▪ Criar checklists gerenciáveis para avaliar se o prioritário está sendo conduzido (como os famosos Diários de Bordo); ▪ Garantir a disponibilidade de recursos e apoio para a condução do trabalho (resolução de problemas interfuncionais, softwares, etc.); ▪ Garantir o alinhamento claro do que fazer e do porquê fazer. Organizando as Pessoas e Recursos Quanto ao emocional, é preciso que o líder alinhe as pessoas com a cultura da empresa. Os valores compartilhados devem ser reforçados, bem como proporcionar uma perspectiva de crescimento. Além disso, temos que atuar nos fatores higiênicos que podem “desmotivar” uma pessoa a trabalhar. Iremos revisar mais sobre isso nas próximas aulas: ▪ O Lado Humano; ▪ Os fatores essenciais de uma equipe; ▪ Motivação. Para aprofundar... A seguir, iremos ver um exemplo e fazer alguns exercícios, entretanto, se você quiser se aprofundar no assunto, sugerimos: ▪ Mais sobre a organização de rituais e checklists nos cursos de Gemba Walk e de Gestão da Rotina. Vamos ver um Exemplo? Passo 5 – Organização dos Recursos Humanos O Lado Humano dos Processos Equipes Processos não se fazem sozinhos. São feitos por pessoas (assim como sistemas e organizações). Para saber gerenciar um processo direito, precisamos saber trabalhar com pessoas. É sobre isso que vamos comentar nos próximos slides. Equipes e processos Algumas perguntas frequentes: ▪ Como manter as pessoas motivadas em um processo? ▪ Como gerenciar conflitos de interesse? ▪ Como fazer com que as pessoas adotem procedimentos que podem culpá-las no futuro? ▪ Como avaliar o trabalho da equipe de forma justa? ▪ Como aderir líderes e liderados aos processos? ▪ Como engajar as pessoas nos procedimentos? Equipes e processos As respostas para estas perguntas virão ao entendermos alguns conceitos fundamentais: Os elementos para o sucesso de um trabalho em equipe O que motiva as pessoas (Psicologia) Equipes Afinal, o que é uma equipe? Equipe Grupo de pessoas reunidas para uma tarefa ou ação. Grupo de pessoas que praticam a mesma modalidade esportiva e entram juntas numa competição. 1 2 Propósito ▪ O propósito é, por definição, algo central em uma equipe. ▪ Não se pode ser uma equipe sem se ter um propósito claro e consistente. ▪ O propósito muda para cada equipe. ▪ Propósitos diferentes possuem necessidades diferentes, o que deve ser contemplado. ▪ O propósito da equipe que trabalha no processo precisa ser claro e bem definido! Necessidades básicas ▪ Para o trabalho em equipe funcionar direito, existem algumas necessidades básicas que a estrutura de trabalho deve oferecer. ▪ O propósito é uma muito forte, mas existem outras... ▪ Quais seriam essas necessidades? Necessidades básicas Façamos uma reflexão... Pensem em uma equipe fracassadade que já participaram e tentem identificar: ▪ O que fazia essa equipe fracassar? ▪ Havia um propósito claro? ▪ Como era a comunicação? ▪ Haviam papéis claramente definidos? ▪ O processo de trabalho era eficiente? ▪ Cada um era responsabilizado pelos seus papeis de maneira razoável? Da mesma forma... Pensem em uma equipe bem sucedida de que já participaram e tentem identificar: ▪ O que fazia essa equipe ser memorável? ▪ Havia um propósito claro? ▪ Como era a comunicação? ▪ Haviam papéis claramente definidos? ▪ O processo de trabalho era eficiente? ▪ Cada um era responsabilizado pelos seus papeis de maneira razoável? Necessidades básicas Necessidades básicas De maneira geral, equipes precisam de: Um propósito bem definido e claro; Bons meios de comunicação; Papéis bem definidos; Processos de trabalho eficientes; Responsabilização racional dos membros. 1 2 4 3 5 O propósito Identificar o propósito do time é fundamental, tão fundamental quanto alinhá-lo de maneira clara com cada um dos envolvidos. ▪ Para que a equipe foi montada? ▪ Qual é o seu objetivo maior? ▪ O que ela não deve fazer? O propósito Nunca é demais lembrar: ▪ Uma equipe não existe para usar uma tecnologia. ▪ Uma equipe não existe para “ser uma equipe”. ▪ Uma equipe não existe para deixar seus membros felizes (embora isso seja consequência de um bom trabalho em equipe). A comunicação Equipes de trabalho hoje possuem os mais variados meios de se comunicar. A boa comunicação é vital para o atingimento do propósito. Nem todos precisam se comunicar com todos a toda hora. O uso dos meios de comunicação devem ser os melhores possíveis para cada tipo de propósito. Papéis bem definidos Para que uma equipe possa ser bem sucedida, cada um deve saber o que está fazendo ali e como sua contribuição faz a equipe caminhar em direção ao seu propósito. A definição de papeis pode ser previamente definida, como acontece na maioria dos grupos com único líder, ou pode ser acontecer naturalmente em times. De qualquer maneira, é importante que eles estejam claros e alinhados com todos. Os papeis são importantes para pesar possíveis responsabilizações no futuro. Alguém se lembra de passar horas em uma reunião sem conseguir definir absolutamente nada? Processos de trabalho Processos de trabalho Esse tipo de situação deve ser evitada para que equipes de alta performance possam existir. Os processos de trabalho devem ser eficientes em: ▪ Definir metas e delegar atividades; ▪ Comunicar-se; ▪ Imputar e disseminar novas informações; ▪ Documentar-se; ▪ Etc. Processos de trabalho Algumas bibliografias (como é o Manual de Melhoria) até comentam que as equipes devam gastar uma fração de seu tempo pensando em como realizar suas tarefas internas com mais eficiência. Mesmo que isso não seja atribuição da equipe, definitivamente deve ser atribuição do líder. Responsabilização racional dos membros Os membros devem cumprir com seus papeis. A equipe deve cumprir seu propósito. O reconhecimento individual e coletivo deve ser feito em cima destes princípios. A responsabilização deve ser feita da mesma maneira. Em inglês, há uma palavra para isso que é “accountability”. Responsabilização racional dos membros A responsabilização racional acontece quando temos especificidade no propósito da equipe e na definição dos papeis de cada membro. Uma vez que tudo está especificado, a cobrança fica natural. Notem que: ▪ Papéis são diferentes de resultados. ▪ O que está claro para um pode não estar claro para outro. ▪ Cuidado com as responsabilizações excessivas. Necessidades básicas De maneira geral, equipes precisam de: Um propósito bem definido e claro; Bons meios de comunicação; Papéis bem definidos; Processos de trabalho eficientes; Responsabilização racional dos membros. 1 2 4 3 5 Motivação A Motivação e o Líder Uma das perguntas mais frequentes quando falamos do lado humano dos processos é: Como deixar motivada a minha equipe? Entretanto, sabemos que essa solução é muito pessoal. Quem tem experiência em posição de liderança sabe que o trabalho de motivação é algo bastante “personalizado”, demandando bastante entendimento de cada um e da situação. É muito forte o papel das diferenças pessoais. Cada pessoa possui um modelo mental, ou seja, uma forma de pensar. Essa forma de pensar é dependente da cultura de cada um e de suas experiências de vida. Diferenças pessoais As pessoas se comportam conforme suas próprias motivações intrínsecas. Cada um tem um fator de motivação e desmotivação, que depende de seus modelos mentais O comportamento é direcionado pela motivação Os líderes devem saber como alinhar as motivações de cada um, com o propósito da empresa. Isso geralmente acontece com um entendimento e engenharia de cada um dos modelos mentais. Alinhamento da cultura organizacional PROPÓSITO DA ORGANIZAÇÃO Como fazer isso? Segundo a psicologia de Maslow todos temos necessidades, das mais básicas às mais complexas. Satisfazer essas necessidades gera felicidade. Aplicada a organização, devemos fornecer meios para que estas necessidades sejam satisfeitas. Quais são essas necessidades? A pirâmide de Maslow A Melhoria e a Psicologia Humanística “Quando as pessoas se vêem como parte de um sistema, trabalhando de forma cooperativa para alcançar um objetivo compartilhado, elas sentem que seus esforços significam algo. Elas se vêem desafiadas, interessadas e se divertindo no trabalho.” W. EDWARDS DEMING, A NOVA ECONOMIA, PÁG. 128 Para aprofundar... A seguir, iremos ver um exemplo e fazer alguns exercícios, entretanto, se você quiser se aprofundar no assunto, sugerimos: ▪ Nossa Formação para a Primeira Liderança; ▪ Nosso curso de Gestão de Equipes; Alguns livros interessantes: ▪ “Conversas Difíceis” de Heen, Stone e Patton; ▪ “O Manual do Líder” de Peter Scholtes; ▪ “Saia da Crise”, de W. E. Deming; ▪ “Teoria sobre a Motivação Humana” de Maslow; ▪ “O Kata do Lean”, de Mike Rother. Gerir para melhorar6 Gerir para melhorar Até agora, vimos como organizar os processos de uma área ou de um profissional. As discussões expuseram boas práticas para enxergar, organizar e padronizar o trabalho. Entretanto, em um ambiente cada vez mais competitivo, é necessário que melhorias sejam constantemente feitas nos padrões e nos processos. Não é o objetivo deste curso entrar a fundo na melhoria de processos, entretanto, iremos expor alguns pontos fundamentais (mais detalhes podem ser enxergados melhor no Green Belt). O conceito fundamental da melhoria Melhoria Mudança Requer Nem sempre resulta em ≠ Melhorar requer mudar os padrões. Gerenciar para melhorar é ter um método para avaliar qual mudança é uma melhoria e aprender sobre o processo. A dinâmica P D C A 1 Identificação do problema: “Diferença entre Meta e Situação Atual” 2 3 Problema menor causas 4 Observação (por meio de dados) Desdobrar o problema maior em problemas menores para solução mais fácil Análise (busca das causas pela equipe) Plano de ação “Conjunto de contramedidas” – 5w 1H 5 Execução do Plano 6 Verificação do Item de controle “Verifique a evolução do seu item de controle” Verifique a execução do plano de ação 7 Padronize (adote o que deu certo) 8 Conclua S N Fase de Planejamento (pode tomar vários meses ou ser feita durante uma reunião, dependendo da complexidade do problema) Elimine aquilo que não deu certo e volte à etapa 2 até que consiga atingir a META. Cada volta desta é uma rodada do PDCA. Cada rodada do PDCA é um novo Plano de Ação, novo Relatório das Três Gerações Contramedida WHAT Responsável WHO Prazo WHEN Local WHERE Razão WHY Procedimento HOW 1 – Nivelar a base do equipamento 2 – Trocar rolamento3 – Regular os injetores Gerson Augusto 15 / 4 / 94 20 / 5 / 94 Laminação de barras Para evitar quebra do mancal ____________ Esta é a peça importante de qualquer ação gerencial Este “plano de ação” deve ser discutido e aprovado pela chefia (pode envolver investimento). Existe um destes planos para cada problema menor Para aprofundar... A seguir, iremos ver um exemplo e fazer alguns exercícios, entretanto, se você quiser se aprofundar no assunto, sugerimos: ▪ Toda a formação Lean Seis Sigma, a partir pelo Green Belt; ▪ Nosso curso de Gestão da Rotina; Alguns livros interessantes: ▪ “Gerenciamento da Rotina do dia a dia” do Vicente Falconi; ▪ Livros sobre Lean Daily Management (o do White para Healthcare é muito interessante). ▪ “Gerenciamento dos Postos de Trabalho” do Taiichi Ohno. Recapitulando Implementando uma Gestão de Processos Geralmente, quando queremos implementar a Gestão de Processos, seguimos os passos: Descrever o objetivo da área e enxergar seus processos; Entender quais são os processos críticos; Definir indicadores de desempenho (também chamados de KPI’s) e metas para estes processos; Mapear e padronizar os processos críticos; Organizar as pessoas e recursos; Criar dispositivos para Gerir para Melhorar 1 2 5 4 3 6
Compartilhar