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Relatorio de Propriedades e Extruturas da Medeira

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UNIVERSIDADE ZAMBEZE 
FACULDADE DE ENGENHARIA AGRONÓMICA E FLORESTAL 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA FLORESTAL 
Disciplina: 
Estrutura e Propriedade da Madeira 
NIVEL II; 4º SEMESTRE 
Relatório da aula prática do Laboratório de Tecnologia da Madeira 
Docente: Eng. MSc Jeremias 
Benjamim 
 
 
Discente: Félix Rui Chicuáva 
Mocuba, Setembro 2022 
 
 
ÍNDICE 
i. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 1 
i.1 Objectivos......................................................................................................................... 1 
1.1.1 Objectivos Gerais ...................................................................................................... 1 
1.1.2 Objectivos Específicos .............................................................................................. 1 
ii. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................... 2 
ii.1 Características anatómicas da árvore ............................................................................... 2 
ii.2 Propriedades físicas da madeira ....................................................................................... 3 
ii.2.1 Grã e textura .............................................................................................................. 3 
iii. MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................................ 4 
iii.1 Materiais ........................................................................................................................... 4 
iii.2 Metodologia ..................................................................................................................... 4 
iv. RESULTADOS....................................................................................................................... 6 
iv.1 Descrição das amostras de madeira identificadas ............................................................ 6 
iv.1.1 Pau-preto ................................................................................................................... 6 
iv.1.2 Umbaua (Khaya nyasica/anthotheca) ....................................................................... 7 
iv.1.3 Jambire (Millettia stuhlmannii)................................................................................. 7 
iv.1.4 Mondzo (Combretum imberbe)................................................................................. 8 
iv.1.5 Mugonha (Breonardia microcephala) ...................................................................... 8 
iv.1.6 Mucarala (Burkea africana) ...................................................................................... 9 
iv.1.7 Messassa (Brachystegia spiciformis) ........................................................................ 9 
iv.1.8 Pau-rosa [Berchemia zeyheri (Klotzsch) Hemsley] ................................................ 10 
iv.1.9 Chanfuta (Afzelia quanzensis)................................................................................. 10 
iv.1.10 Pau-ferro (Swartzia madagascariensis) .............................................................. 11 
iv.1.11 Muanga (Pericopsis angolensis) ......................................................................... 11 
iv.1.12 Umbila (Pterocarpus angolensis) ....................................................................... 12 
iv.1.13 Eucaliptos (Eucalyptus spp) ................................................................................ 12 
iv.1.14 Pinus (Pinus spp) ................................................................................................. 13 
v. CONSIDERAÇÕES FINAS ................................................................................................. 14 
vi. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................. 15 
Relatório de Estrutura e Propriedade da Madeira | Félix Rui Chicuáva . 
 Página [1] 
i. INTRODUÇÃO 
 A madeira deve ser considerada um material de uso diverso, por ser um material orgânico, 
poroso, higroscópico e anisotrópico, essa heterogeneidade fez com que fosse abundantemente 
utilizado pelas sociedades ao longo dos anos, se mostrando um componente essencial para 
manufactura e sendo matéria-prima para as indústrias (LORENZI, 2009). 
A tecnologia aplicada ao uso da madeira vem acendendo nos últimos anos e ampliando ainda 
mais a sua utilização, o que viabiliza criar novos produtos provenientes dessa matéria-prima 
(BELTRAME et al., 2010). 
De acordo Bonduelle et al., 2015, os produtos gerados a partir da madeira exigem um padrão de 
qualidade cada vez mais elevado, e para que se tenha um produto final adequado, são estudadas 
as propriedades físicas da madeira que são fundamentais para destiná-la as diversas finalidades, 
dentre essas propriedades podemos citar a humidade, densidade e retratibilidade da madeira. 
Para além dos danos ambientais associados a má identificação de espécies de madeira, registam-
se também grandes prejuízos económicos decorrentes de falsas declarações de identidade das 
madeiras, sobretudo nos países onde há fraca capacidade neste domínio. A identificação correcta 
das madeiras é parte do sistema de classificação e qualidade, pois permite uma correcta aplicação 
das taxas aduaneiras conforme a classe comercial assim como evita conflitos comerciais entre 
compradores e vendedores (AREVALO, R,et al.,2020). 
i.1 Objectivos 
1.1.1 Objectivos Gerais 
 Avaliar as características macroscópicas das amostras de madeiras (serrada e toros); 
 Identificar as amostras de madeira por meio das suas características gerais. 
1.1.2 Objectivos Específicos 
 Avaliação das características macroscópicas das amostras de madeira com base no 
conhecimento por nós adquirido na disciplina de Estruturas e Propriedades da Madeira; 
 Fazer uma identificação das amostras de madeira por meio das características macroscópicas 
e palas propriedades organolépticas. 
Relatório de Estrutura e Propriedade da Madeira | Félix Rui Chicuáva . 
 Página [2] 
ii. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
ii.1 Características anatómicas da árvore 
A seção transversal de uma árvore Figura 1, e um desenho esquemático de corte transversal do 
tronco de uma árvore Figura 2, representam as características (de dentro para fora): casca externa 
(a) cuja espessura varia com a espécie e a idade de árvores, e a parte interna composta por um 
tecido fino e vivo (floema), (b) responsável por transportar o alimento das folhas para partes 
crescentes da árvore. O alburno (d) contém tecidos vivos e mortos e transporta seiva das raízes 
até as folhas. Entre casca e o alburno existe uma camada de células denominada câmbio (c) que 
por divisões sucessivas formam novas camadas de madeiras e cascas aumentando o diâmetro do 
tronco. Assim, a medida que novas camadas de alburno são formadas, elas vão se distanciando 
do câmbio, adquirindo uma coloração mais escura em decorrência da decomposição e as células 
se tornam inactivas. A medula (f) é o núcleo do lenho, um tecido mole e esponjoso, não 
apresenta resistência mecânica e durabilidade. A idade de uma árvore pode ser determinada pela 
contagem dos anéis de crescimento (g). No entanto, se o crescimento em diâmetro é 
interrompido, por seca ou insectos, por exemplo, mais de uma anel por ser formado na mesma 
estação (FOREST PRODUCTS LABORATORY, 1999; BUZAR, M. A. R.., et al., 2015) 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 - Seção transversal do tronco de carvalho branco: (A) casca externa (tecido morto seco), 
(B) casca interna (tecido vivo), (C) câmbio vascular, (D) alburno, (E) cerne, (F) medula e (G) 
anéis de crescimento. Fonte: (FOREST PRODUCTS LABORATORY, 1999). 
Figura 2 - Desenho esquemático de corte transversal no troco de uma árvore. Fonte: (BUZAR, 
M. A. R..,et al., 2015) 
 
 
 
Relatório de Estrutura e Propriedade da Madeira | Félix Rui Chicuáva . 
 Página [3] 
ii.2 Propriedades físicas da madeira 
A madeira é um produto heterogéneo originado de um processo orgânico, que pode ser explicado 
pela quantidade, disposição, orientação e composição química de seus elementos anatómicos. 
Estes, são responsáveis pelas características da madeira influenciados por vários factores tais 
como; condições de temperatura, aspectos de composição e humidade do solo, o que explica 
como suas propriedades físicas e mecânicas diferem entre espécies, entre árvores da mesma 
espécie e dentro de uma mesma árvore. Esta variabilidade pode, no entanto, ser medida 
realizando ensaios em corpos de prova isentos de defeitos tais como nós, fibras inclinadas, 
rachaduras, empenamentos etc (BUZAR, M. A. R, 2015; MELLO, 2007). 
ii.2.1 Grã e textura 
O termo grã é usado em referências como grã direita (reta) e grã irregular (reversam inclinada e 
ondulada) em que descreve a direcção longitudinal dos elementos anatómicos estruturais da 
madeira (fibras, vasos e tranqueídes) na árvore. A distribuição da grã reflecte no tamanho 
relativo dos poros, indicando uma granulação aberta (mais poros) ou granulação fechada (menos 
poros), termos que reflectem ao tamanho dos poros, aos quais determinam se a superfície precisa 
de enchimento (BUZAR, M. A. R et al, 2015). 
A textura descreve o grau de uniformidade nas dimensões das células. Madeiras de textura fina 
possuem células pequenas e com textura uniforme, e madeiras que possuem células de tamanho 
maior são consideradas madeiras de textura média. O melhor acabamento superficial é obtido para 
madeiras de textura fina que apresenta uma superfície uniforme e lisa, e com grã directa (FOREST 
PRODUCTS LABORATORY, 1999; BUZAR, M. A. R et al, 2015; MELLO, 2007). 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 - Principais tipos de grã: (a) direita; (b) revessa e (c) inclinada. Fonte: (BUZAR, M. A. 
R et al, 2015) 
Relatório de Estrutura e Propriedade da Madeira | Félix Rui Chicuáva . 
 Página [4] 
iii. MATERIAIS E MÉTODOS 
iii.1 Materiais 
Na abordagem da aula que teve lugar na Faculdade de Engenharia Agronómica e Florestal, no 
laboratório de tecnologia da madeira foram usados materiais como, Manual de identificação de 
Madeiras Comerciais de Moçambique e cada Estudante apresentava caderno ou papel e caneta, 
para anotar o que seria debruçado na aula. 
iii.2 Metodologia 
A aula foi conduzida no Laboratório de Tecnologia de Madeira da Faculdade de Engenharia 
Agronómica e Florestal (FEAF) em Setembro de 2022 das 13-15:35h. O método utilizado para 
proceder com a aula consistiu primeiramente em um breve momento introdutório onde o 
Docente da Disciplina junto com a turma, caracterizaram e identificaram as amostras de madeira 
(serrada e toros) de diferentes espécies desde as suas características gerais até as suas 
características macroscópicas. Após o momento introdutório, dividiu-se a turma em dois grupos 
onde cada grupo foi dado no máximo 30 min para entrar no laboratório e de forma individual 
com base nos conhecimentos teóricos obtidos na disciplina para familiarizar-se com a estrutura 
macroscópica (elementos estruturais e não estruturais) das diferentes amostras de madeira que 
ocorrem em Moçambique. 
No processo acima citado foram levados em conta os seguintes aspectos: 
Características gerais- Este aspecto preocupa-se com: 
 Nome da espécie (científico e vernacular/local); 
 A ocorrência (Províncias onde essa espécie ocorre em Moçambique); 
 As utilizações (para que fins a madeira dessa espécie é usada); 
 A trabalhabilidade (como é a trabalhabilidade da madeira dessa espécie tendo em conta 
as suas propriedades físicas e mecânicas) 
 A conservação (avalia-se a sua resistência a alguns factores) 
Características Macroscópicas- este aspecto avalia os elementos que compõe a anatomia do 
tronco e os que qualificam a madeira serrada: 
 Para anatomia do tronco (toros) temos: 
Relatório de Estrutura e Propriedade da Madeira | Félix Rui Chicuáva . 
 Página [5] 
 Anéis de crescimento (aqui são avaliados os seguintes aspectos: nitidez e desenho); 
 Casca (olhando mais para a cor, o desenho e a textura); 
 Lenho (que é dividido em cerne e alburno); 
 Raios medulares (avalia-se a sua nitidez); 
 Para madeira serrada temos: Grã, cor, textura, desenho e cheiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório de Estrutura e Propriedade da Madeira | Félix Rui Chicuáva . 
 Página [6] 
iv. RESULTADOS 
No âmbito do estudo decorreu, a identificação e a caracterização de 14 amostras de madeira em 
toros e serrada das quais procede a seguir a descrição de cada uma delas baseada nas 
características gerais e características macroscópicas. 
iv.1 Descrição das amostras de madeira identificadas 
iv.1.1 Pau-preto 
Nomenclatura 
Família botânica: Fbaceae/Papilionoideae; 
Nome científico: Dalbergia melanoxylon Guill. & Perr. ; 
Comercial: Pau-preto; 
Nome vernacular: Eviko (Zambezia); Mpingo/Mico (C. Delgado) 
 
Aspectos Macroscópicos 
O cerne é praticamente muito escuro e nitidamente demarcado do borne branco-amarelo (com 1 
cm de largura). O fio da madeira é recto, com textura muito fina e uniforme. A madeira é muito 
dura e pesada (1230 – 1330 kg /m3 a 12% de humidade). Apresenta uma superfície oleosa, grã 
direito ou irregular e textura mito fina. 
Trabalhabilidade 
Muito difícil de serrar e aplainar. Não aceita pregos nem parafusos, cola bem, dá muito bom 
acbamento, recebe bem a cerra e o verniz. 
Conservação 
Madeira muito resistente ao ataque de fungos e insectos, seca bem ao ar livre apesar da sua 
grande densidade. 
Utilizações 
Usa-se no fabrico de instrumentos musicais, trabalho de torno, mobília de luxo e esculturas artísticas 
 
 
 
 
 
Relatório de Estrutura e Propriedade da Madeira | Félix Rui Chicuáva . 
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iv.1.2 Umbaua (Khaya nyasica/anthotheca) 
Nomenclatura 
Família botânica: Meliaceae 
Nome científico: Khaya nyasica/anthotheca (Welw.) C.DC; 
Comercial: Umbáua 
Nome vernacular: Mbaua(Zamezia) Engale(C.Delgado) 
Aspectos Macroscópicos 
O cerne é castanho-rosado a vermelho profundo e mais ou menos distinto do castanho claro do 
borne de até 6 cm de largura. O fio da madeira é recto ou entrelaçado, mas com textura bastante 
grossa. Esta madeira exibe uma figura atraente com marcas onduladas irregulares. A densidade 
varia entre 490-660 kg/m3 a 12% de humidade, Grã ondulado. 
Trabalhabilidade 
Fácil de serrar e um pouco revessa a plaina, prega-se bem, relativamente resistente aos parafusos 
porem sem rachar, cola bem recebe bem a cera e verniz. 
Conservação 
Madeira resistente ao ataque de fungos e insectos, seca facilmente sem maior degradação. 
Borne medianamente fácil de tratar e cerne impermeável. 
Utilizações 
Indicada para folheados e contraplacados, marcenaria e carpintaria, substitui bem a madeira de 
Mongo (Switenia mahogani) 
 
iv.1.3 Jambire (Millettia stuhlmannii) 
Nomenclatura 
Família botânica: Fabaceae/Papilionoideae 
Nome científico: Millettia stuhlmmannii Taub.; 
Comercial: Jambire 
Nome vernacular: Nambir ,panga-panga (Zambézia, Sofala) piri/npande (C. Delgado) 
Aspectos Macroscópicos 
O cerne é muito escuro, listrado tipo ―Zebra‖ em superfícies tangenciais. O borne destaca-se por 
uma cor amarelo-claro, com 2,5–7,5 cm de largura. O fio da madeira é recto, Grã Irregular 
reversa e com textura fina a média. A madeira é densa (720– 990 kg/m3 a 12% de humidade. 
Trabalhabilidade 
Difícil de serrar e aplainar, prega-se com dificuldade e resiste ao parafuso, cola bem recebe bem 
polimentos e cera dá bom aspecto com o verniz. 
Conservação 
Madeira muito durável, resistente ao ataque de insectos e fungos. É de fácil secagem sofrendo 
apenas empenamentos suaves e fendas pequenas. Borne medianamente fácil de tratarcom 
preservantes. 
Utilizações 
Aplca-se principalmente em marcenaria, decoração de interiores, parquetes e folheados. 
Relatório de Estrutura e Propriedade da Madeira | Félix Rui Chicuáva . 
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iv.1.4 Mondzo (Combretum imberbe) 
Nomeclatura 
Família botânica: Combretaceae 
Nome científi co: Combretum imberbe Wawra; 
Comercial: Mondzo 
Nome vernacular: muonzo/macossa/Mucasdo(Zambezia) 
 
Aspectos Macroscópicos 
Cerne é praticamente muito escuro e nitidamente demarcado do borne branco-amarelo (com 1 
cm de largura). O fio da madeira é recto, Grã Irregular reversa, com textura muito fina e 
uniforme. A madeira é muito dura e pesada (1230–1330 kg /m3 a 12% de humidade). Apresenta 
uma superfície oleosa. 
Trabalhabilidade 
Muito difícil ao serrar e bastante rija a aplainar. Oferece muita resistência a perfuração de pregos e 
parafusos, cola bem aceita bem a cera e verniz. 
Conservação 
Madeira muito resistente ao ataque de fungos e insectos. 
Utilizações 
Usa-se mais para parquetes, objectos torneados e artesanato em geral. Por vezes é usada em 
substituição do Pau-preto (Dalbergia melanoxylon) 
 
iv.1.5 Mugonha (Breonardia microcephala) 
Nomenclatura 
Nome científico: Breonadia microcephala 
Nome commercial: Mugonha 
Nomes Vernaculares: Galangala; Muonha/Tugula (Zamb) 
Família/Subfamília: Rubiaceae 
 
Aspectos Macroscópicos 
Cerne castanho-claro tendendo para castanho alaranjado. Apresenta faixas onduladas mais 
escuras dadas pelo veio. Brilho seroso, odor característico oleoso. Grã reverso por vezes direito, 
textura fina. 
Trabalhabilidade 
Fácil de serrar e aplainar, aceita bem pregos e parafusos. Cola bem, encera-se bem mas perde 
brilho com facilidade. Aceita bem o verniz. 
Conservação 
Madeira durável, resistente ao ataque de fungos e insectos incluindo as térmites. Reportada 
também como resistente ao teredo. Exige uma secagem bem cuidadosa para evitar fendas e 
empenos. Muito difícil de impregnar 
Utilizações 
Valiosa para construção civil em geral, marcenaria e construção de vagões. Utiliza-se também pra 
estacaria. 
Relatório de Estrutura e Propriedade da Madeira | Félix Rui Chicuáva . 
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iv.1.6 Mucarala (Burkea africana) 
Nomenclatura 
Nome científico: Burkea africana 
Nome commercial: Mucarala 
Nomes Vernaculares: Mucarat (Manica), Nkarara (C. Delgado), Mukarala (Zambézia) 
Família/Subfamília: Fabaceae/caesalpinoideae 
 
Aspectos Macroscópicos 
O cerne é castanho com reflexos cinza, tornando-se castanho-avermelhado-escurecido quando 
exposto. Geralmente, o borne (2,5 cm de largura) é distintamente demarcado pela cor branco-
amarelado ou rosado. O fio é entrelaçado ou ondulado, textura fina a moderadamente fina e 
uniforme. A madeira tem brilho e exibe uma figura listrada elegante. A madeira é pesada, com 
uma densidade de 735-1020 kg/m3 a 12% de humidade. 
Trabalhabilidade 
Medianamente difícil de serrar. Aplaina com dificuldades ficando com um acabamento áspero, 
aceita bem a lixa. Resiste ao prego e ao parafuso Cola bem, recebe bem o polimento, a cerra e o 
verniz. 
Conservação 
Madeira durável, não é susceptível ao ataque de fungos nem insectos xilófagos. Seca bem mas 
mostra alguma tendência a fendas e empenos. Medianamente fácil de tratar com preservantes. 
Utilizações 
Utilizada para vigamento, construção civil, naval e carpintaria, recomenda-se também para 
contraplacados decorativos. No passado foi bastante utilizada para travessas e carroçarias 
 
iv.1.7 Messassa (Brachystegia spiciformis) 
Nomenclatura 
Nome Científico: Brachystegia spiciformis Benth. 
Nome Comercial: Messassa 
Nomes Vernaculares: Tsondzo (Inham.) Murroto (Zamb.) Mutupuro/Miroto (C. Delg) 
Família/Subfamília: Fabaceae/caesalpinoideae 
 
Aspectos Macroscópicos 
Cerne castanho de tom variável desde o castanho-claro-amarelado até suavemente avermelhado 
ou escuro. Apresenta manchas irregulares em faixas largas ou finas orientadas 
longitudinalmente. Medianamente brilhante, grã reverso e textura média a grosseira. 
Trabalhabilidade 
Fácil de serrar porém difícil de plantar. Aceita relativamente bem pregos e parafusos. Da um bom 
acabamento, recebe bem a tinta, o verniz e a cera. 
Conservação 
Muito susceptível ao ataque de insectos, principalmente do género Lyctus. Susceptível também 
aos fungos manchadores. Seca lentamente fendendo e empenando, cerne resistente ás 
impregnações. 
Utilização 
Usado pra travessas (com prévio tratamento preservativo), esteiro de minas, construção civil e 
mercearia. 
 
Relatório de Estrutura e Propriedade da Madeira | Félix Rui Chicuáva . 
 Página [10] 
iv.1.8 Pau-rosa [Berchemia zeyheri (Klotzsch) Hemsley] 
Nomenclatura 
Nome científico: Berchemia zeyheri (Klotzsch) Hemsley. 
Nome commercial: Pau-rosa 
Nomes Vernaculares: Patchini/Naké (Maput.) 
Família/Subfamília: Rhamnaceae 
 
Aspectos Macroscópicos 
O cerne desta espécie é tipicamente rosa acastanhado claro a um rosa brilhante, e por vezes 
vermelho profundo. O borne tende a ser amarelo claro a castanho claro, com uma demarcação 
gradual do cerne. A madeira é densa (estado anidro-1,035 kg/m3), Grã Irregular, exibindo uma 
textura fina, homogénea e notável brilho natural, mas com o fi o recto a entrelaçado. 
Trabalhabilidade 
Difícil de serrar e aplainar. Aceita parafusos e pregos com relativa facilmente. Proporciona muito 
bom acabamento. Recebe bem polimento, a cera e verniz. 
Conservação 
Madeira muito dcurável, resistente ao ataque de fungos e insectos. Seca lentamente podendo 
rachar nas extremidades das peças. Muito resistente à impregnação 
Utilização 
Madeira preciosa usada em obras de artesanato, estatuaria e para fins específicos. 
 
iv.1.9 Chanfuta (Afzelia quanzensis) 
Nomenclatura 
Nome científico: Afzélia quanzensis 
Nome commercial: Chanfunta 
Nomes Vernaculares: Mussosso (Zamb.) Ntama/Muoco (C. Delg.) .Chene (Inham.) 
Família/Subfamília: Fabaceae/caesalpinoideae 
 
Aspectos Macroscópicos 
O cerne é castanho-amarelado a castanho-rosa, tornando-se castanho-avermelhado após exposição 
prolongada, às vezes com listras um pouco escuras. O cerne distingue-se do borne branco-amarelado, 
com borne de até 10 cm ou mais de largura. O fio da madeira é recto a entrelaçado, Grã Irregular 
reversa, textura grossa, mas uniforme. A madeira é pesada, com uma densidade de 800-920 kg/m3 a 
12% de humidade 
Trabalhabilidade 
Difícil de serrar quando seca, mais a plaina com certa facilidade, oferece alguma resistência ao prego 
rachando facilmente, resiste também ao parafuso, cola bem, recebe bem a cera e verniz 
Conservação 
Madeira muito durável, resistente ao ataque de fungos e insectos. Seca sem dificuldades. 
Utilização 
Própria para mobiliários decorações de interiores. É utilizada também em carpintaria (portas/janelas) 
na construção civil em geral. 
 
 
Relatório de Estrutura e Propriedade da Madeira | Félix Rui Chicuáva . 
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iv.1.10 Pau-ferro (Swartzia madagascariensis) 
Nomenclatura 
Nome científico: Swartzia madagascariensis 
Nome commercial: Pau-ferro 
Nomes Vernaculares: Nakuata/cochococho (Zamb.) Nenha (C. Delg.) 
Família/Subfamília: Fabaceae/faboideae 
 
Aspectos Macroscópicos 
O cerne é castanho-avermelhado escuro ou arroxeado com tons variados de amarelo ao castanho-
escuro. O borne é amarelo, com 2–3 cm de largura. Os anéis de crescimento formam faixas 
variáveis em zigue-zague que tornam o cerne muito decorativo. O fio da madeira é ondulado ou 
entrelaçado, Grã Irregular reversa, textura média a fina e uniforme. Esta madeira é muito dura e 
pesada (960-1110 kg/m3 a 12% de humidade). 
Trabalhabilidade 
Muito difícil de serrar e aplanar. Difícil de pregar podendo rachar. Resistente ao parafuso. Dá bons 
resultados às operações de acabamento. Cola com facilidade. Recebe bem a cera e o verniz. 
Conservação 
Muito durável,imune ao ataque de fungos e insectos incluindo também as térmites. Seca 
lentamente mas sem problemas. 
Utilizações 
Construções pesadas, pavimentos, esculturas e trabalhos de torno. Em menor escala é também 
usada em mercenária. 
 
iv.1.11 Muanga (Pericopsis angolensis) 
Nomenclatura 
Nome científico: Pericopsis angolenses 
Nome commercial: Muanga 
Nomes Vernaculares: Muanga (Zamb) Muaca (C. Delg) 
Família/Subfamília: Fabaceae/Papilionoideae 
 
Aspectos Macroscópicos 
O cerne é castanho esverdeado a escuro O borne destaca-se pela cor esbranquiçada ou cinza-
amarelado podendo atingir até 2,5 cm de largura. O fio da madeira é entrelaçado e com uma 
textura moderadamente fina, Grã irregular por vezes reversa. A madeira é oleosa no tacto e 
apresenta faixas notáveis e ou uma figura espiralada. É pesada (930-1030 kg/m3 a 12% de 
humidade). 
Trabalhabilidade 
Difícil de serrar e aplainar, resiste ao parafuso e prego porém, não racha ao pregar. Do bom 
acabamento com lixa. Aceita bem a cerra e o verniz. Cola bem. 
Conservação 
Durável, muito resistente ao ataque de fungos e insectos. 
Utilizações 
Tem sido usada em estacaria, pontes e construção civil em geral. 
 
 
Relatório de Estrutura e Propriedade da Madeira | Félix Rui Chicuáva . 
 Página [12] 
iv.1.12 Umbila (Pterocarpus angolensis) 
Nomenclatura 
Nome científico: Pterocarpus angolenses 
Nome commercial: Umbila 
Nomes Vernaculares: Mbilamulombua (Zambezia); Mpila/Ntumbat (C. Delgado) 
Família/Subfamília: Fabaceae/caesalpinoideae 
 
Aspectos Macroscópicos 
O cerne é de castanho claro a escuro ou avermelhado, frequentemente com listras. O borne 
demarca-se pela cor cinza claro ou amarelo claro. O fio da madeira é recto a entrelaçado com grã 
ondulada ou reversa, textura média a grossa. É uma madeira relativamente leve (400–700 kg/m3 
a 12% de humidade). 
Trabalhablidade 
Muito fácil de serrar e aplainar aceita bem pregos e parafusos. Dá bom acabamento, cola bem e 
recebe bem o polimento, a cera e o verniz. 
Conservação 
Muito durável, resistente ao ataque de insectos, fungos e xilófagos marinhos. Muito fácil de 
secar. 
Utilizações 
Madeira excelente para mercenária e carpintaria, também é própria para folheados decorativos. 
Construção civil e naval. 
 
iv.1.13 Eucaliptos (Eucalyptus spp) 
Nomenclatura 
Nome científico: Eucalyptus spp 
Nome commercial: Eucalipto 
Nomes Vernaculares: Eucaliptos (Inham) 
Família/Subfamília: Myrtaceae 
 
Aspectos Macroscópicos 
Cerne e alburno distintos pela cor, cerne castanho-rosado-claro, alburno bege-rosado; pouco 
brilho; cheiro e gosto imperceptíveis; densidade baixa; macia ao corte; grã direita; textura fina a 
média. 
Trabalhabilidade 
Madeira excelente para serraria, no entanto, requer o uso de técnicas apropriadas de desdobro 
para minimizar os efeitos das tensões de crescimento. Apresenta boas características de 
aplainamento, lixamento, torneamento, furação e acabamento. 
Conservação 
Em geral, as madeiras de espécies de eucalipto são consideradas como difíceis de secar, podendo 
ocorrer defeitos como colapso, empenamentos e rachas. A secagem em estufa deve ser feita de 
acordo com programas suaves, combinando, por exemplo, baixas temperaturas com altas 
umidades relativas. É recomendável a secagem ao ar, ou o uso de pré-secador, antes da secagem 
em estufa. 
Utilizações 
 
Construção civil; Leve interna, estrutural; Leve interna, utilidade geral; Uso temporário: 
Relatório de Estrutura e Propriedade da Madeira | Félix Rui Chicuáva . 
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Assoalhos; Mobiliário; Outros usos: lâminas decorativas, chapas compensadas, embalagens. 
 
iv.1.14 Pinus (Pinus spp) 
Nomenclatura 
Família: Pinaceae 
Nome comercial: pinheiro, pinheiro-americano, pinus. 
Aspectos Macroscópicos 
Cerne e alburno indistintos pela cor, branco-amarelado, brilho moderado; cheiro e gosto distintos 
e característicos (resina), agradável; densidade baixa; macia ao corte; grã direita; textura fina. 
Trabalhabilidade 
A Madeira de pinus é fácil de ser trabalhada. É fácil de desdobrar, aplainar, desenrolar, lixar, 
tornear, furar, fixar, colar e permite bom acabamento. 
Conservação 
Esta Madeira como susceptível ao ataque de fungos (emboloradores, manchadores e 
apodrecedores), cupins, brocas-de-Madeira e perfuradores marinhos. A Madeira é fácil de secar. 
Utilizações 
Usada na Construção civil, Mobiliário. Cabos de vassoura, palitos, chapas compensadas, lâminas 
decorativas, peças torneadas, artigos de esporte e brinquedos, embalagens, bobinas e carretéis, 
pincéis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório de Estrutura e Propriedade da Madeira | Félix Rui Chicuáva . 
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v. CONSIDERAÇÕES FINAS 
Com base nos resultados apresentados, verificou-se que a maior parte das espécies em causa 
pertencem à família Fabaceae como é o caso de Pterocarpus angolensis, Swartzia 
madagascariensis, Dalbergia melanoxylon, Afzelia quanzensis, Brachstegia spiciformis Benth, 
Burkea africana, Milletia stuhlimani. Tem mais espécies nativas do que exóticas, porém as 
nativas encontram se na Lei de Floresta e Fauna Bravia como espécies preciosas ocupando a 
terceira e primeira classe pois, estas foram exploradas de forma irracional o que colocou algumas 
em via de extinção. 
As amostras de madeira usadas na aula são de facto benéficas pois é com base nessas amostras 
que consegue-se sair do teórico para o prático no que diz respeito a identificação e caracterização 
de Madeira Comercial de Moçambique. 
A maior parte dessas espécies são mais usadas na construção civil devido as suas propriedades 
físicas que contribuem para que sejam perfeitas para essa actividade, sendo algumas usadas mais 
para mobiliários e decorações de interiores entre outros. A facilidade na secagem, resistência ao 
ataque de insectos e fungos, a contracção de fendas e rachaduras, entre outros, são também 
qualidades apresentadas por essas espécies. 
É importante ter o conhecimento das diferentes características e propriedades químicas e físicas 
que compõe as diferentes essências de madeira, bem como os factores que contribuem para a 
composição dessas características, pois é com base nesse conhecimento que um Engenheiro 
Florestal poderá recomendar a madeira adequada a ser usada em uma determinada actividade 
sem ter sombras de dúvida. 
 
 
 
 
 
 
Relatório de Estrutura e Propriedade da Madeira | Félix Rui Chicuáva . 
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vi. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
Arevalo, R; Ebanyenle, E; Ebeheakey, A. A; Bonsu, K. A; Lambog, O; Soares, R & 
Wiedenhoeft, A.C. 2020. Field identifi cation manual for Ghanaian timbers. FPL Gen Tech. Rep. 
FPL-GTR-277. Madison, WI: U.S. Department of Agriculture, Forest Service, Forest Products 
Laboratory. 130 p. 
BELTRAME, R. et al. Propriedades físico-mecânicas da madeira de Araucaria angustifolia 
(bertol.) em três estratos fitossociológicos. Ciência da Madeira, v. 1, n. 2, p. 54-69, 2010. 
BONDUELLE, G. M. et al. Análise da massa específica e da retratibilidade da madeira de 
Tectona grandis nos sentidos axial e radial do tronco. Floresta, v. 45, n. 4, p. 671 - 680, 2015. 
BUZAR, M. A. R. ; MELO, J. E. . Fundamentos Estruturais Sustentáveis. In: Marta Adriana 
Bustos Romero. (Org.). Reabilitação Ambiental Sustentável Arquitetônica e Urbanística. 
2ed.Brasília: ETB/UnB, 2015, v. 2, p. 673-756. 
FOREST PRODUCTS LABORATORY. Wood handbook—Wood as an engineering material. 
Gen. Tech. Rep. FPL–GTR–113. Madison, WI: U.S. Department of Agriculture, Forest Service, 
Forest Products Laboratory. 463 p, 1999. 
LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas 
do Brasil, v.2. Editora Nova Odesa: Instituto Plantarum, 3 ed. 2009, 384p. 
MELLO, Roberto Lecomte de. Projetar em Madeira: uma nova abordagem. 2007. 198 f. 
Dissertação (Mestrado) - Curso de Arquitetura e Urbanismo,Tecnologia, Universidade de 
Brasília, Brasília, 2007.

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