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UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS CURSO: FARMÁCIA DISCIPLINA: MÉTODOS INSTRUMENTAIS DE ANÁLISE NOME DO ALUNO: JANAINA NOBREGA DA CRUZ RA: 0554164 POLO: CAÇAPAVA DATA: 03/12/2021 TÍTULO DO ROTEIRO: MÉTODOS INSTRUMENTAIS DE ANÁLISE INTRODUÇÃO O controle de qualidade dos medicamentos exige a identificação e a quantificação das substâncias químicas presentes em formas farmacêuticas terminadas (comprimido, cápsula, creme, pomada etc.) que contém o fármaco, com realização de análises químicas e físicas. Atualmente, boa parte das análises químicas realizadas em medicamentos e insumos ligados ao setor farmacêutico se constitui de métodos instrumentais, como os espectrométricos, baseados na interação das espécies químicas com a energia; e os cromatográficos e potenciométricos, baseados em outras características físico-químicas, a citar, o potencial químico e interações promovidas pelas moléculas e íons onde esses equipamentos de elevada precisão e robustez, serão capazes de identificar e quantificar os componentes de interesse na forma farmacêutica ou no insumo empregado para a produção do medicamento. Além disso, os métodos instrumentais serão capazes de identificar e quantificar as eventuais impurezas presentes no medicamento. (NEVES, 2020) A validação de um método, segundo a ANVISA, é um processo contínuo que começa no planejamento da estratégia analítica e contínua ao longo de todo o seu desenvolvimento e transferência. Deve-se garantir, através de estudos experimentais, que o método atenda às exigências das aplicações analíticas, assegurando a confiabilidade dos resultados. Contam com vários requisitos e atributos, os quais podemos citar: seletividade, precisão e exatidão. (PEREZ, 2010), segundo o INMETRO, a validação de um método analítico consiste em fornecer uma evidência documentada, por meio de um processo onde se realizam estudos laboratoriais que comprovam que determinado procedimento é o adequado para a finalidade, o qual foi indicado. Em outras palavras, é a confirmação por testes e apresentação de evidências objetivas de que determinados requisitos são preenchidos para um dado intencional (ISO/IEC 17025). A validação no laboratório realiza as etapas de validação em um só laboratório, validando um método novo ou revalidando outro existente. A validação completa consiste em realizar um estudo interlaboratorial, a partir de uma matriz que será analisada por diversos laboratórios a fim de se verificar a reprodutibilidade do método e a incerteza expandida, incluir todas as características de desempenho, para que, ao final a metodologia possa ser aceita como oficial. A estimativa da dispersão de resultados entre ensaios independentes, repetidos de uma mesma amostra, em condições estabelecidas (RDC nº166/2017) é determinada Precisão. Já a exatidão é definida por tendência e representa o grau de concordância entre resultados individuais encontrados e um aceito como referência (SWART & KRULL, 11 12 1998) e, segundo a ANVISA, é a proximidade dos resultados obtidos pelo método em estudo em relação ao valor verdadeiro. Seletividade é a capacidade de um método medir com exatidão um analito em presença de outros componentes (PEREZ, 2010). Pode ser demonstrada comparando os resultados dos testes de amostras contendo interferentes e através de valores de uma amostra sem os interferentes, somente o analito. Os métodos instrumentais de análise tornaram-se um dos principais meios de obtenção de informações em diversas áreas da ciência e tecnologia. Fatores como a velocidade e alta sensibilidade para aquisição de dados, baixos limites de detecção, automação de instrumentos etc., quando comparados aos métodos clássicos de análise, justificam o interesse dos profissionais em diversas áreas, no emprego das técnicas instrumentais. Dessa forma, os profissionais e estudantes devem ter em sua formação a compreensão dos princípios fundamentais das diferentes técnicas, conhecimento dos instrumentos e suas aplicações. (NEVES, 2020) RESULTADOS E DISCUSSÃO: Aula: 1 Título da Aula: Análise em espectrofotômetro Parte I. Espectro de absorção e análise de amostra desconhecida Foi feita a varredura de absorbância no espectrofotômetro em diferentes comprimentos de onda para análise de solução de alaranjado de metila 4,0 mg/L. λ (nm) A (nm) 400 0,228 410 0,260 420 0,293 430 0,320 440 0,345 450 0,366 460 0,375 470 0,366 480 0,343 490 0,300 500 0,244 510 0,181 520 0,118 530 0,074 540 0,043 550 0,022 560 0,011 Analisando a tabela e o gráfico, obtemos o valor de λmax = 460nm de comprimento de onda para a máxima absorbância 0,375 para o alaranjado de metila 4,0 mg/L. PARTE II: Determinação da absorbância de amostras com concentração desconhecida de alaranjado de metila Após ser diluída a amostra de alaranjado de metila, ajustamos o comprimento de onda no espectrofotômetro correspondente à máxima absorção para o alaranjado de metila (λmax = 460nm ), definido após análise dos resultados da parte I, lemos o valor de absorbância: A = 1,785 Aula: 2 Título da Aula: Construção da curva de calibração para análise de alaranjado de metila Este experimento tem por objetivo construir a curva de calibração (concentração em função da absorbância) para a análise do alaranjado de metila por espectrofotometria. Foi feito o preparo do alaranjado de metila em várias concentrações através da solução de estoque com os seguintes cálculos: C1 . V1 = C2 . V2 10 . V1 = 8 . 100 V1 = 8 x 100 = V1 = 80ml 10 C1 . V1 = C2 . V2 10 . V1 = 2,5 . 100 V1 = 2,5 x 100 = V1 = 25ml 10 C1 . V1 = C2 . V2 10 . V1 = 5 . 100 V1 = 5 x 100 = V1 = 50ml 10 C1 . V1 = C2 . V2 10 . V1 = 1 . 100 V1 = 1 x 100 = V1 = 10ml 10 Concentração V estoque (ml) 1,0 10 ml 2,5 25 ml 5,0 50 ml 8,0 80 ml Medimos a absorbância de todas as concentrações no espectrofotômetro com o comprimento de onda (λ) em 460nm: Concentração (mg/l) Absorbância 1,0 10 ml 2,5 25 ml 5,0 50 ml 8,0 80 ml Curva de calibração para o alaranjado de metila, tendo absorbância em função da concentração. Determinação da equação da reta e coeficiente de correlação: Abs = _______ x [Concentração] + ______ 1785 = 0,0933+0,0097 ANÁLISE DO COEFICIENTE DE CORRELAÇÃO (r) O valor calculado deverá estar próximo a 1,000, o que indica boa correlação entre a absorbância obtida no espectrofotômetro para as diferentes concentrações de alaranjado de metila. Segundo a RDC 166/2017, o método será considerado LINEAR quando apresentar r ≥ 0,990. Com a equação de reta correspondente à calibração para as soluções de alaranjado de metila, efetuamos o cálculo do teor (concentração) dessa substância que estava presente na amostra desconhecida analisada na prática 1 (Parte 2). Aula: 3 Título da Aula: Avaliação da seletividade do método espectrofotométrico de dosagem de alaranjado de metila Realizamos os ensaios de seletividade, precisão e exatidão para a validação parcial do método instrumental de quantificação do teor de alaranjado de metila em solução. Parte I: Calculamos a massa a ser pesada de alaranjado de metila para a obtenção de 200 mL de solução de amostra na concentração 4,0 mg/L. Transferimos a solução de amostra 4,0 mg/L para um frasco e rotulamos, indicando que se trata da solução de amostra preparada. V = 200 ml 4 1000 C = 4 mg/l x 200 x = 0,8 mg Parte II: Ensaio de seletividade Tabela de Resultados: Tubo Absorbância A A = 0,373 B AP = 0,378 P = 4 mg/l Utilizamos os resultados para o cálculo da porcentagem de recuperação e avaliação da seletividade do método de acordo com a RDC 196/2017, utilizando a fórmula a seguir: REFERÊNCIAS N513m Neves, Luiz Carlos Martins das. Métodos Instrumentais de Análise / Luiz Carlos Martins das Neves... [et al]. – São Paulo: Editora Sol, 2020. 284 p., il ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – NBR ISO6023, ago. 2000. ATHAIDE, A. Validação comprova e documenta qualidade dos produtos e equipamentos. Controle de Contaminação, São Paulo, p.16-22, maio/jun. 2000. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada – RDC Nº 166, de 24 de julho de 2017 (Publicada no DOU nº141, de 25 de julho de 2017). PEREZ; M.A.F. “Validação de Métodos Analíticos: Como fazer? Por que ela é importante? Boletim de Tecnologia e Desenvolvimento de Embalagens – ITAL Vol. 22, nº3, 2010. FARMACOPÉIA brasileira. Insumos Farmacêuticos e especialidades. 6ª. ed. Volume II – Monografias. p. 961- 964. Brasília, 2019
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