Buscar

Introdução à Infectologia

Prévia do material em texto

E-BOOK
INFECTOLOGIA
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
Obrigado por fazer parte do nosso propósito de levar conhecimento com
qualidade para o maior número de pessoas possíveis, por confiar e acreditar
no nosso trabalho assim como nós acreditamos e confiamos no seu
potencial. Acreditamos que você pode chegar onde quiser sempre com mais
conhecimento. 
Você já é diferente por ter acesso a esse e-book e certificado.
Você poderá ter acesso aos nossos cursos e congressos pelo nosso site:
www.cessetembro.com.br
Quer ser um membro VIP? 
Faça parte da A Nova Classe: www.anovaclasse.com.br
Nos acompanhe através de nossa rede social:
 
 @cessetembro
 
Vamos fazer história juntos!
Seja bem-vindo!
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
Diferente da maioria das especialidades, a infectologia não estuda
apenas um órgão ou um sistema em específico, mas sim a relação
hospedeiro- parasita, os mecanismos da inflamação e das
infecções, a resistência microbiana e o uso adequado de
antimicrobianos. É uma área que precisa entender além da
doença, abrangendo o paciente como um todo, incluindo sua
inserção social e epidemiológica.
INFECTOLOGIA
Infectologia: É um ramo da medicina que se dedica ao estudo,
diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças infecciosas
agudas e crônicas
INFECTOLOGIA
Hospedeiro: É um organismo que abriga outro em seu interior ou
o carrega sobre si, seja este um parasita, uma bactéria, vírus
Patógeno: É um microorganismo capaz de causar doença.
Patógeno Verdadeiro: Presença sempre considerada anormal (ex:
Mycobacterium Tuberculosis, Yersinia Pestis). Causa doença nos
hospedeiros com defesas imunes normais.
Patógeno Oportunista: Causa Infecção ou doença em hospedeiros
comprometidos imunologicamente. Pode ser membro da flora
normal do hospedeiro (pseudomonas aeruginosa).
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
Um dos aspectos mais estudados e que tem suscitado importantes
avanços na saúde da população mundial são os mecanismos
relacionados com a interação parasito-hospedeiro, tornando
possível o desenvolvimento de novas vacinas ou medicamentos.
Há muitas descrições sobre os patógenos que acometem os seres
humanos e suas diferentes maneiras de provocar infecções e
doenças, muitas vezes coexistem por longos períodos no
hospedeiro, tornando-se latentes ou crônicos.
Esta resposta, que confere resistência e proteção ao hospedeiro, é
uma das mais fascinantes propriedades do sistema imune e
depende da indução de mecanismos inespecíficos e específicos de
defesa, que compreendem, respectivamente, a resposta imune
inata e a adaptativa.
BASES DE INFECTOLOGIA
Mecanismos Imunológicos na Relação Patógeno-Hospedeiro e
Evasão da Resposta Imune
Diagnóstico Laboratorial em Infectologia
Mecanismos Imunológicos na Relação Patógeno-Hospedeiro e
Evasão da Resposta Imune
Por outro lado, o hospedeiro sempre responde no sentido de
eliminar o patógeno ou regular sua infectividade, evitando maior
dano aos tecidos ou órgãos.
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
O conhecimento a respeito destes mecanismos de defesa (inata e
adaptativa) e suas interações celulares e moleculares tem sido
demonstrado em experimentos com animais cujas linhagens
podem ser naturalmente suscetíveis ou resistentes a
determinados patógenos.
Além disso, com todos os avanços das técnicas de biologia
molecular, é possível estabelecer linhagens resistentes e
suscetíveis a determinados patógenos, por manipulação gênica,
como transfecção (animais transgênicos), deleção ou silenciamento
dos genes (animais knockout).
Bactérias extracelulares
 Bactérias intracelulares
Vírus
Fungos
Protozoários e parasitos pluricelulares
1.
2.
3.
4.
5.
Apesar das diferenças entre os tipos de patógenos, o que
determina o estabelecimento de uma infecção e que mecanismos
do hospedeiro serão efetores para erradicá-la depende de uma
série de fatores tais como:
 Número de partículas infectantes;
 Via de entrada;
 Colonização dos tecidos;
 Disseminação;
 Escape dos mecanismos imunes pelo patógeno
Os patógenos que acometem o ser humano podem ser
classificados em 5 tipos:
Parasitos são organismos unicelulares e pluricelulares que
compreendem os protozoários, helmintos e ectoparasitos
Tais características determinam o seu grau de patogenicidade
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
Assim, os microrganismos podem se multiplicar em diferentes
locais de nosso organismo como nos espaços extracelulares, nos
fluidos corpóreos ou dentro de células e, portanto, podem
provocar doença por mecanismos distintos.
Ou, por endotoxinas (membrana) como o lipopolissacarídeo (LPS)
presente na superfície da maioria das bactérias Gram-negativas,
que atua como
potente indutor da síntese de citocinas pelas células do
hospedeiro, que, se não forem controladas, pode levar ao choque
endotóxico, ou pelo efeito citopático direto induzido pela maioria
das infecções virais.
A lesão tecidual pode ocorrer por efeito direto do patógeno tal
como: a liberação de exotoxinas (enzimas, proteínas), sendo
exemplos as toxinas tetânica, diftérica, botulínica entre outras.
Os mecanismos de lesão tecidual que também podem ser
provocados indiretamente pela resposta imune do hospedeiro ao
patógeno são:
Resposta inflamatória induzida no local da multiplicação do
patógeno, que pode afetar tecidos normais adjacentes, como nas
infecções por bactérias piogênicas
Formação de imunocomplexos (interação antígeno-anticorpo), que
podem se depositar no endotélio vascular, ou no glomérulo renal
como, por exemplo, as glomerulonefrites pós-estreptocócicas;
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
A principal porta de entrada da maioria dos microrganismos é
representada pelas superfícies epiteliais. Portanto, a pele e os
epitélios de revestimento dos tratos respiratório, digestório e
geniturinário são importantes barreiras mecânicas, assim como
o movimento das pálpebras na proteção do globo ocular e o
epitélio ciliar que reveste as vias respiratórias superiores,
impedindo que a massa de partículas inaladas, geralmente com
inúmeros microrganismos, alcance os alvéolos pulmonares.
Anticorpos com reatividade cruzada devido à homologia entre
estruturas do microrganismo e do hospedeiro, como exemplo a
miocardite pós-estreptocócica
Destruição celular mediada por linfócitos T citotóxicos ou
células natural killer (NK) como ocorre na maioria das viroses,
por exemplo, na hepatite viral comprometendo a função
hepática por destruição de hepatócitos.
Os patógenos que acometem o ser humano precisam ultrapassar
diversas barreiras para estabelecer a infecção.
Importância dos epitélios e das secreções seromucosas
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
A função protetora da pele fica claramente demonstrada com a
ocorrência de proliferação bacteriana em ferimentos não cuidados
devidamente, ou mesmo a alta incidência de morte por infecções
em indivíduos que sofreram queimaduras graves.
A própria flora associada aos epitélios (bactérias e fungos
comensais, age como barreira física/competição ou
química/libração de mediadores).
Uma vez ultrapassadas estas barreiras, os microrganismos podem
colonizar tecidos ou invadir células. Neste momento, vários
fatores solúveis e células serão ativados e iniciarão os mecanismos
envolvidos na resposta imune inata e adquirida.
Bactérias extracelulares
 Bactérias intracelulares
Vírus
Fungos
 Protozoários e parasitos
pluricelulare
Importância dos epitélios e das secreções seromucosas
Importância dos epitélios e das secreções seromucosas
Ácidos graxos e lácticopresentes nas secreções sudoríparas e
sebáceas (PH ácido);
Lisozima presente abundantemente na saliva, na lágrima e nos
grânulos de fagócitos atua nos peptídeoglicanos gram +;
O suco gástrico (pH ácido), a pepsina e os peptídeos
antibacterianos (criptidinas) presentes no intestino;
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
A variação antigênica é uma estratégia adotada tanto por
bactérias, quanto por vírus e parasitos, e é caracterizada por
mutações genéticas que podem modificar os epítopos que eram
anteriormente reconhecidos por anticorpos ou outros
componentes do sistema imune dificultando, desta forma, a
eliminação do agente infeccioso
MECANISMOS DE EVASÃO
Os agentes infecciosos desenvolveram diversos mecanismos para
evadir a resposta imune do hospedeiro.
RESPOSTA IMUNE ÀS INFECÇÕES
Bactérias Extracelulares
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
RESPOSTA IMUNE ÀS INFECÇÕES
Bactérias Intracelulares
Bactérias Intracelulares
Bactérias Extracelulares
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
RESPOSTA IMUNE ÀS INFECÇÕES
Vírus
RESPOSTA IMUNE ÀS INFECÇÕES
Fungos
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
A resposta imune inata aos parasitos é pouco eficiente, o que é
explicado pelo próprio ciclo complexo de vida do parasito.
Poucos são os parasitos que são eliminados ou controlados por
este tipo de imunidade (Eosinófilos, Fagocitose, NK
Helmintos e Protozoários
Parasitas
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL EM INFECTOLOGIA
Levando em conta que as etapas iniciais do processo diagnóstico já
tenham sido cumpridas (história clínica, dados epidemiológicos e
o cuidadoso exame físico), estabelecem-se as hipóteses
diagnósticas iniciais e parte-se para os exames laboratoriais e de
imagem do diagnóstico.
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
Na primeira delas, costumam-se realizar exames laboratoriais de
caráter mais geral, com o objetivo de estabelecer índices de
saúde geral, na maior parte das vezes, não característicos ou
típicos para uma ou outra doença, mas que podem nos ajudar a
definir as etapas subsequentes de investigação laboratorial ou de
imagem.
Didaticamente, divide-se essa fase em duas etapas:
Exames Gerais
Exames Específico
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL EM INFECTOLOGIA
Nessa fase: Hemograma e dosagens de proteínas de fase aguda ou
de avaliação de processo inflamatório geral pois, embora
relativamente inespecíficos, costumam trazer informações úteis a
respeito da natureza do processo nosológico (presença ou não de
infecção, que tipo de agente infeccioso envolvido, entre outros).
A partir desse momento e, frequentemente paralelo a ele, faz-se a
dosagem das chamadas proteínas de fase aguda (PFA).
Proteínas cuja síntese aumenta de modo exponencial e
rapidamente bem no início do processo infeccioso. Essas
oscilações de produção das PFA refletem processo inflamatório,
não obrigatoriamente infeccioso, mas ajudam no estabelecimento
de um raciocínio etiológico mais definido.
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
Referem-se, ainda, como marcadores de fase aguda a ferritina e o
fibrinogênio, este como agente pró-inflamatório, mas novamente,
ressalte-se a superposição que se identifica entre valores
alterados e normais, e entre processos inflamatórios e infecciosos,
razão pela qual, nesse momento, esses marcadores devam ser
usados muito criteriosamente.
A síntese de proteína C reativa (PC-R) ocorre no fígado e refere-se
um aumento de 1.000 até 10.000 vezes, poucas horas após o início
do processo inflamatório. Outro marcador sorológico bastante
empregado nos últimos anos foi a procalcitonina (PCT).
Diagnóstico direto: Pesquisa com uso de técnica que detecta o
próprio agente infeccioso. Ex: hemocultura para bactérias, fungos,
isolamento viral em culturas de células, pesquisa de antígenos
bacterianos, fúngicos ou virais, técnicas moleculares para
identificação do DNA ou do RNA bacteriano, fúngico ou viral.
Diagnóstico indireto: Pesquisa de uma reatividade do organismo
infectado face à presença do agente infectante. Regra geral, isso é
praticamente sinônimo de pesquisa de anticorpos. Ex: Pesquisa de
IgM para toxoplasmose no soro; IgG para herpes simples no líquor
pela técnica imunoenzimática.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL EM INFECTOLOGIA
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
No Brasil, a infectologia é uma especialidade médica, reconhecida
pelo Conselho Federal de Medicina, sendo determinado que, além
do curso de Medicina, o profissional deva fazer uma residência
médica que tem a duração de três anos. O infectologista atua na
prevenção primária (educação em saúde, vacinação, etc.) e na
prevenção secundária (tratamento de doenças infecciosas e
prevenção de incapacidade causadas por estas).
QUEM É O INFECTOLOGISTA?
Qual é a área de atuação do infectologista então?
Diagnóstico e tratamento de doenças infecciosas e parasitárias;
munizações (vacinas)
Aconselhamento de prescrição de antimicrobianos
Controle de infecção hospitalar (CCIH).
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
Os vírus representam um grupo extremamente importante de
patógenos dentro da nosologia humana. Não apenas como
causadores de grande diversidade de doenças infecciosas, de
elevadíssima prevalência e gravidade, mas também por refletir
uma interação importante com o setor veterinário, com as
implicações sociais e econômicas daí decorrentes
AGENTES ETIOLÓGICOS E DOENÇAS INFECCIOSAS
 Infecções Causadas por Vírus
Infecções Causadas por Bactérias
Infecções Causadas por Fungos
Infecções Causadas por Parasita
1.
2.
3.
4.
INFECÇÕES CAUSADAS POR VÍRUS
Nosologia = Área da medicina que se dedica ao estudo, descrição e
classificação das diferentes doenças.
Vírus são agentes infecciosos constituídos de molécula(s) de RNA
ou DNA envolvidos por uma capa proteica. Os vírus podem ser
observados apenas em microscópio eletrônico.
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
Adenovírus: formados por DNA, por exemplo o vírus da
pneumonia.
Retrovírus: formados por RNA, por exemplo o vírus HIV.
Arbovírus: transmitidos por insetos, por exemplo o vírus da
dengue.
Bacteriófagos: vírus que infectam bactérias.
Micófagos: vírus que infectam fungos.
Os vírus constituem microrganismos que dependem totalmente de
células para a sua sobrevivência e a completude de seu ciclo
biológico. É frequente encontrarmos vírus que não têm o conjunto
completo de enzimas para a replicação de seu material genético;
além disso, vírus não têm mitocôndrias e, portanto, não podem
produzir por si mesmos a energia para as várias funções biológicas.
As doenças causadas por vírus são referidas como viroses. O nome
das espécies de vírus é composto, sendo normalmente constituído
do nome da hospedeira e do tipo de sintoma, seguida da palavra
vírus. Usam-se siglas para facilitar a citação, geralmente contendo
as iniciais de cada componente do nome
Portanto, os vírus precisam da adaptação a alguns tipos de células,
nas quais possam penetrar e usar os mecanismos internos para a
produção de seus próprios componentes, além de produzir energia
para que as diferentes etapas do processo se completem.
Vesiculovirus: vírus da estomatite vesicular (VSV)
INFECÇÕES CAUSADAS POR VÍRUS
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
Logo, essas técnicas auxiliaram no desenvolvimento de métodos
diagnósticos, medicamentos para tratamentos virais, melhores
vacinas para comercialização, assim como,a descrição de
inúmeras outras doenças desconhecidas e, emergentes,
reemergentes e pandêmicas.
Estudos têm demonstrado cada vez mais que as doenças virais
muitas vezes requerem tratamentos prolongados e de difícil
aderência, podendo evoluir para lesões carcinogênicas ou
degenerativas com sequelas graves.
Para que houvessem as descobertas atuais sobre os diferentes
tipos de vírus, foram-se muito utilizadas técnicas de cultivo
celular, microscopia eletrônica e biologia molecular.
INFECÇÕES CAUSADAS POR VÍRUS
Doença emergente" é o surgimento ou a identificação de um novo
problema de saúde ou um novo agente infeccioso como, por
exemplo, a febre hemorrágica pelo vírus Ebola, a AIDS, a hepatite C
Já as "doenças reemergentes" indicam mudança no
comportamento epidemiológico de doenças já conhecidas, que
haviam sido controladas, mas que voltaram a representar ameaça
à saúde humana (Dengue, Cólera, Leishmaniose Visceral).
Uma pandemia é uma epidemia de doença infecciosa que se
espalha entre a população localizada numa grande região
geográfica como, por exemplo, todo o planeta Terra.
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
A biologia molecular teve papel preponderante nesse aspecto. Por
serem agentes bastante simples do ponto de vista constitutivo,
formados basicamente de ácido nucleico (DNA ou RNA), proteínas
estruturais (que constituem a partícula viral madura ou vírion) e
proteínas não estruturais (que participam do processo de
replicação viral, mas não estão presentes no vírion), os vírus
representam um candidato natural para exploração pela biologia
molecular, seja para elucidar funções gênicas, seja como
ferramenta de estudo em outras áreas.
Novos vírus foram descritos nas últimas décadas, vários deles
com características clínicas e biológicas extremamente curiosas,
tais como o HIV-1, o HTLV-1, os Norovírus, os Papilomavírus, os
Polyomavirus, os vírus das hepatites C e E, os herpes-vírus tipos
6, 7 e 8, novos Coronavírus, além de variantes já conhecidas, mas
que não tinham efeito patogênico conhecido sobre os seres
humanos (influenzavírus H5, H7 e H9).
Basta consultar a lista de ganhadores de prêmios Nobel na área
médica para ver a importância que se tem dado aos vírus.
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
Vírus que acometem na natureza preponderantemente u
exclusivamente os seres humanos (Varíola, sarampo,
caxumba, poliomielite). Agentes cujo controle é factível
(feito), especialmente se houver uma vacina preventiva
eficaz;
Vírus que têm parte de seu ciclo biológico no ser humano,
parte em outro grupo de animais ou insetos (Arbovírus, parte
dos vírus influenza, o rotavírus). Do ponto de vista de
controle, representam dificuldades enormes em relação ao
grupo anterior;
Vírus que acometem na natureza, preponderantemente,
outros animais e que o ser humano representa um
hospedeiro eventual (Vírus rábico, vírus Hendra, parte dos
influenzavírus). Representam um risco potencial muito
grande, difícil controle, doenças graves para o ser humano e
custos elevados.
Do ponto de vista epidemiológico, os vírus poderiam ser
agrupados em 3 grandes setores:
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
No momento atual, as doenças causadas por vírus estão ocupando
um espaço cada vez maior na mídia. Uma série de acontecimentos
parece estar contribuindo para que as viroses estejam acometendo
maior número de pessoas, seja em consequência das viagens
aéreas em número nunca antes visto, seja pela velocidade de
deslocamento, o que faz com que as pessoas possam atravessar o
mundo em menos de 24 h, ainda durante o período de incubação
de muitas dessas doenças, além, é claro, do grau de alerta que as
autoridades da saúde estabeleceram desde o aparecimento de
novos vírus respiratórios no final do século passado, na Ásia.
Embora a grande maioria das bactérias não cause qualquer dano à
saúde humana, aproximadamente 1% destas são patogênicas aos
seres humanos e animais. As próprias bactérias que constituem a
microbiota humana podem se tornar patogênicas, quando ocorre
a ruptura das barreiras anatômicas, ou quando há
comprometimento da resposta imune do hospedeiro.
Por outro lado, o ser humano também pode entrar em contato
com bactérias do ar, solo e água, que carregam fatores de
virulência capazes de causar doenças graves, como o Clostridium
botulinum, produtor da toxina botulínica.
INFECÇÕES CAUSADAS POR BACTÉRIAS
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
A disbiose intestinal é um desequilíbrio da flora bacteriana
intestinal que reduz a capacidade de absorção dos nutrientes e
causa carência de vitaminas. Este desequilíbrio é causado pela
diminuição do número de bactérias boas do intestino e aumento
das bactérias capazes de causar doença.
Recentemente, com o aumento da população de pacientes
imunocomprometidos, da realização de procedimentos
diagnósticos e terapêuticos invasivos, aliados ao
desenvolvimento de novas técnicas de biologia molecular, é
cada vez maior o número de espécies bacterianas reconhecidas
como patogênicas.
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
Infecções causadas por cocos e bacilos Gram-negativos:
Moraxella e Neisseria
 Infecções causadas por cocos e bacilos Gram-positivos:
Staphylococcus spp, Streptococcus spp, Enterococcus spp
 Infecções causadas por Anaeróbios:
Lactobacillus sp, Clostridium spp
Infecções causadas por Micobactérias:
Micobactéria tuberculosa (tuberculose e hanseníase)
Micobactéria não-tuberculosa (infecções pós-cirúrgicas)
Principais infecções causadas por bactérias:
coloração de Gram
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
Tuberculose
É causada pelo bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis),
atacando os pulmões. O tratamento é feito com antibióticos e as
medidas preventivas incluem vacinação das crianças com BCG
Lepra ou hanseníase
É transmitida pelo bacilo de Hansen (Mycobacterium leprae) e
causa lesões na pele e nas mucosas. Quando o tratamento é feito a
tempo, a recuperação é total.
Difteria
Doença muitas vezes fatal causada pelo bacilo diftérico, que ataca
principalmente crianças. Produz dor de garganta, febre e
fraqueza (A vacina associada à antitetânica e à antipertussis na
forma de vacina tríplice).
Coqueluche
Doença que ataca crianças, produzindo uma tosse seca
característica, causada pela bactéria Bordetela pertussis. O
tratamento consiste em repouso, boa alimentação e antibióticos
e sedativos para tosse.
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
É produzido pelo bacilo do tétano (Clostridium tetani), que pode
penetrar no organismo por ferimentos na pele ou pelo cordão
umbilical do recém nascido quando este é cortado por
instrumentos não esterilizados (soro antitetânico).
Disenterias
bacterianas
São causadas por diversas bactérias, como a Shigella e a
Salmonella, e pelos bacilos patogênicos.
Gonorreia ou
blenorragia
É causada por uma bactéria, o Gonococo (Neisseria gonorrheage),
transmitida por contato sexual (tratamento com antibióticos).
É provocada pela bactéria Treponema pallidium, que também é
transmitida pelo contato sexual
Meningite
meningocócit
É uma infecção das meninges. É causada pelo meningococo
(tratamento por antibióticos)
Tétano
Sífilis
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
INFECÇÕES CAUSADAS POR FUNGOS
Os fungos constituem o Reino Fungi, no qual se enquadram
espécies como os cogumelos, bolores, orelhas-de-pau e leveduras.
Todos os fungos são heterotróficos, ou seja, diferentemente das
plantas, não são capazes de produzir seu próprio alimento,
nutrindo-se por absorção.Podem estar relacionados as doenças
Nas últimas décadas, um grupo de fungos considerados de baixa
patogenicidade destacou-se por causar micoses graves com
elevada morbidade e mortalidade: as micoses oportunísticas ou
invasivas.
Seus agentes, em geral, são fungosonipresentes na natureza,
como espécies dos gêneros Aspergillus e Fusarium e da ordem
Mucorales, entre outros, assim como leveduras do gênero
Candida, que é parte de nossa microbiota endógena e 
 exógena.
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
Atualmente, várias classificações são utilizadas para o estudo das
doenças causadas por fungos. Dividir as micoses em superficiais
(camadas superficiais da epiderme, pelos e córnea) e profundas
(cutâneas de pele e aos anexos epidérmicos e
implantação/subcutâneas (trauma prévio)
Pode-se também separar as doenças segundo o tipo de agente
etiológico, como “micoses por fungos filamentosos”, “micoses por
leveduras” e por “fungos dimórficos”.
Na infectologia utiliza-se a classificação de micoses que considera
a topografia da infecção e sua patogênese
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
- INFECÇÕES CAUSADAS POR PARASITAS
As doenças parasitárias são responsáveis por consideráveis
morbidade e mortalidade em todo o mundo, e frequentemente
apresentam sinais e sintomas inespecíficos.
Algumas dessas enfermidades afetam indivíduos por toda a vida
(esquistossomose, cisticercose), causando alto grau de morbidade
e, havendo complicações, mortalidade. Outras são doenças
agudas (p. ex., malária) que podem ter desfechos fatais,
particularmente em áreas de alta endemicidade e poucos
recursos médicos
Parasitos costumam ser oportunistas, acometendo pacientes
com várias modalidades de imunodepressão, tais como:
transplantados de órgãos sólidos, pacientes em uso de
corticosteroides e outros imunossupressores, e principalmente
pacientes HIV-positivos
Esses indivíduos são acometidos por várias infecções por
protozoários (Cryptosporidium, Isospora, Toxoplasma gondii,
Giardia etc.) e helmintos (S. stercoralis), algumas delas com
consideráveis morbidade e mortalidade.
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
Helmintíases intestinais: Ainda tão frequentes em nosso meio e
nos países em desenvolvimento. A disponibilidade de fármacos
para uso em dose única (albendazol, ivermectina, mebendazol)
tem facilitado a instalação de campanhas de tratamento em
massa da população infectada, levando à diminuição considerável
dessas enfermidades em muitas áreas do nosso país e do mundo
Protozooses são as doenças causadas por protozoários parasitas.
INFECÇÕES CLASSIFICADAS POR SISTEMAS
 Sistema Nervoso Central
Sistema Respiratório
Sistema Gastrintestinal
Sistema Musculoesquelético
Sistema Urinário
Sistema Cardiovascular
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
Infecção aguda da pia-máter e da aracnoide (leptomeninges), e se
estende pelo espaço subaracnóideo, sendo portanto também
denominada leptomeningite. As meningites agudas bacterianas,
embora menos frequentes que as virais, apresentam maiores
morbidade e mortalidade
Meningite é a inflamação das meninges, as membranas que
envolvem o sistema nervoso central (SNC).
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
 Meningites Agudas
 Meningites Crônicas
 Encefalites
Meningites Agudas
Meningites Virais
Enterovírus (Coxsackie B e Echovirus)
Herpes simples tipo 2
Varicela-zóster
Herpes-vírus simples tipo
Meningites bacterianas
Streptococcus pneumoniae
Neisseria meningitidis
Listeria monocytogenes
Flora Nasofarínge
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
O quadro clínico depende tanto do agente quanto do ambiente
(estado imunológico, idade, exposição (ambiente de risco), grau
de imunização, severidade e ritmo de progressão da doença
meníngea.
Meningite
s Crônicas
Meningite crônica é definida como síndrome caracterizada por
sinais e sintomas de irritação meníngea com duração superior a
quatro semanas.
os sintomas se desenvolvem indolentemente (sem dor)
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
Encefalites
Encefalite é um processo inflamatório no parênquima encefálico
associado à evidência clínica de disfunção encefálica. O processo
inflamatório pode se estender até as meninges, causando
meningite associada, momento no qual o quadro clínico passa a
ser denominado meningoencefalit
Virais:
Herpes-vírus
Arbovírus
Enterovírus
Bacterianas:
Mycobacterium tuberculosis
Listeria monocytogenesLicenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
É um desafio para os médicos que trabalham em pronto-socorro
e unidades de terapia intensiva (UTI), pois trata-se de uma
emergência médica. Na prática, a distinção entre meningite e
encefalite nem sempre é fácil, e os termos encefalite ou
meningoencefalite são frequentemente aplicados em infecções
do sistema nervoso central (SNC) que apresentem alterações do
estado menta 
Embora ambos os termos sejam usados em associação à etiologia
viral, que é a mais frequente, muitas outras infecções e entidades
não infecciosas podem causar encefalite ou sintomatologia
semelhante.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
 Infecções das Vias Respiratórias Superiores
 Infecções das Vias Respiratórias Inferiore
Infecções das Vias Respiratórias Superiores
As infecções das vias respiratórias superiores (cavidadenasal,
faringe e laringe) são as mais comuns na prática médica e
responsáveis pela maior utilização de antimicrobianos, apesar de a
maioria delas ser de causa viral. Avaliação cuidadosa do paciente,
contato com indivíduos sintomáticos, exposição a ambiente de
contato próximo (p. ex. creches e escolas), momento
epidemiológico e sazonalidade de algumas infecções são variáveis
que auxiliam na adequada abordagem do paciente com infecções
das vias respiratórias superiores
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
Rinossinusite: processos infecciosos que acometem os seios
paranasais, uma vez que, quase sempre, a rinite e a sinusite são
doenças em continuidade. A rinite pode ocorrer isoladamente
(alérgica ou infecciosa), entretanto, a sinusite raramente se
desenvolve sem que haja rinite
Os agentes etiológicos mais comuns das rinossinusites agudas
bacterianas, tanto em adultos como em crianças, são:
Streptococcus pneumoniae e Haemophilus influenzae. Em menor
frequência Moraxella catarrhalis, Staphylococcus aureus e
estreptococo beta-hemolítico.
A rinite é uma inflamação da mucosa do nariz
A sinusite é inflamação da mucosa dos seios da face
 Infecções das Vias Respiratórias Superiores
Rinossinusite: Em geral, o décimo dia de sintomas separa uma
infecção viral de uma bacteriana, e o trigésimo dia separa a
rinossinusite aguda de uma rinossinusite subaguda ou crônica. A
maiorias das rinossinusites virais tem duração máxima de 5 a 7
dias. Embora o paciente possa não estar assintomático no décimo
dia, já apresenta melhora significativa no quadro clínico.
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
Otite média: infecção da orelha média, da tuba auditiva e de celas
da mastoide, na maioria das vezes precedida por infecção viral
(vírus sincicial respiratório, adenovírus e influenza A e B). As
principais bactérias são: Streptococcus pneumoniae,
Haemophilus influenzae e Moraxella catarrha
Laringites de etiologia viral (vírus parainfluenza, influenza A,
rinovírus, sincicial respiratório e, mais raramente, Mycoplasma
pneumoniae). A epiglotite ou laringite supraglótica é infecção
bacteriana da laringe supraglótica, causada pelo Haemophilus
influenzae b.
Faringoamigdalite = A maioria deorigem viral (em torno de 75%),
sendo os adenovírus os principais causadores. Como, vírus da
influenza A e B, da parainfluenza 1, 2 e 3, Epstein-Barr,
enterovírus e herpes.
Infecções das Vias Respiratórias Superiores
Infecções das Vias Respiratórias Inferiores
As vias respiratórias inferiores são estéreis, e nelas a colonização
microbiana se dá por microaspiração de microrganismos que
colonizam a orofaringe, por inalação de aerossóis contendo
bactérias. A defesa pulmonar é exercida pelos macrófagos
alveolares, que ingerem as partículas inaladas e as eliminam
através de movimento mucociliar ou do tecido linfoide regional.
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
Os principais vírus causadores deste tipo de pneumonia são os
vírus que causam resfriados e gripes, como o Influenza do tipo A,
B ou C, H1N1, H5N1 e o novo coronavírus de 2019 (COVID-19)
Pneumonia = infecção sistema respiratório (pulmões, tecidos
pulmonares e seus alvéolos)
O teste pode ser feito em um número de maneiras, incluindo um
teste do escarro (secreção mucosobaseada trazida acima de uma
tosse profunda), uma análise de sangue, ou (líquido em torno do
forro dos pulmões e dentro da cavidad
 Diarreias Infecciosas
 Vírus da Hepatite A e E
 Vírus da Hepatite B
 Vírus da Hepatite C
 Vírus da Hepatite D
SISTEMA GASTRINTESTINAL
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
Diarreia é um sintoma e, concomitantemente, um sinal.
Portanto, deve ser sempre interpretada como manifestação,
primária ou secundária, encontrada em diferentes doenças,
digestivas ou não. Aumento no número de evacuações,
acompanhadas de algumas variações particulares, conforme a
etiologia, a extensão e o tipo do comprometimento visceral, e a
individualidade das respostas contra seu agente causal
A diminuição da consistência das fezes, a urgência e a
incontinência fecais são alterações que, isolada ou
conjuntamente, reforçam tal hipótese diagnóstica.
Diarreias Infecciosas
Pode ser causada por diferentes tipos de vírus, bactéria e parasitas.
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
 Infecções Osteoarticulares
 Infecções de Partes Moles
Infecções Osteoarticulares
Osteomelite: processo inflamatório no osso causado por um
microrganismo. A infecção pode se limitar à parte óssea ou
comprometer várias regiões, como a medula, o córtex, o periósteo
ou o tecido de partes moles vizinhos.
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
Artrite infecciosa = é a infecção no líquido e tecidos de uma
articulação, geralmente causada por bactérias, mas ocasionalmente
por vírus ou fungos. Bactérias, vírus ou fungos podem se espalhar
através da corrente sanguínea ou de uma infecção nas
proximidades em uma articulação, causando infecção.
O agente mais frequente em todas as situações clínicas e idades é
Staphylococcus aureus. Em crianças menores de 2 meses, também
se pode encontrar S. agalactiae, e entre 2 meses e 5 anos de idade S.
pyogenes e Kingella kingae.
As infecções de pele e partes moles têm amplo espectro de
apresentações clínicas, com variações no sítio acometido e na
gravidade de suas manifestações, abrangendo desde um
pequeno abscesso à infecção necrosante grave.
Infecções Osteoarticulares
Infecções de Partes Moles
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
A Escherichia coli uropatogênica permanece como o principal
agente bacteriano em 70 a 95% dos episódios de infecção do trato
urinário não complicados e 50% dos episódios de infecção do trato
urinário relacionados ao uso
de cateter vesical.
A infecção do trato urinário (ITU) corresponde a um processo
infeccioso de etiologia bacteriana, viral ou fúngica que acomete o
trato geniturinário
Outros bacilos Gram-negativos, Proteus mirabilis, Klebsiella
pneumoniae, Enterobacter aerogenes, Pseudomonas aeruginosa e
cocos Gram-positivos (Staphylococcus saprophyticus em até 10%
dos casos e Enterococcus spp.) podem estar envolvidos.
Infecções do Sistema Urinário
Fungo das espécies de Candida podem estar relacionados a
infecções urinárias, em especial a Candida albicans
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
Cistite é infecção e/ou inflamação da bexiga. Em geral, é causada
pela bactéria Escherichia coli, presente no intestino e importante
para a digestão. No trato urinário, porém, essa bactéria pode
infectar a uretra (uretrite), a bexiga (cistite) ou os rins
(pielonefrite).
O termo endocardite infecciosa refere-se à infecção na superfície
endocárdica no coração. Considera-se também, dentro das
endocardites infecciosas, as infecções de shunts arteriovenosos,
arterioarteriais, coarctação da aorta, infecções de cabos de
marcapasso e de valvas prostéticas.
SISTEMA URINÁRIO
- SISTEMA CARDIOVASCULAR
Endocardite Infecciosa
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
Essas bactérias são um estímulo poderoso para a trombose
localizada, acarretando aumento da massa vegetante pela
agregação adicional de plaqueta e fibrina. A própria estrutura
anatômica da vegetação protege as bactérias da fagocitose,
tornando a vegetação um santuário onde mesmo bactérias
pouco virulentas podem florescer.
Endocardite Infecciosa
Endocardite se desenvolve em regiões de grande
turbilhonamento de sangue e superfícies pequenas (superfície
atrial da valva mitral e da superfície ventricular da valva
aórtica).
INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
nfecções sexualmente transmissíveis (IST) são causadas por
patógenos que podem ser adquiridos ou transmitidos por via
sexual. Representam problema de saúde pública em países em
desenvolvimento e já desenvolvidos.
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
Tratando-se todos os agentes possíveis em cada síndrome, atinge-
se o tratamento correto mais rapidamente e se quebra a cadeia de
transmissão. Essa abordagem é útil em áreas sem recursos
diagnósticos e auxilia no raciocínio diagnóstico a partir das
síndromes clínicas.
O Ministério da Saúde tem se esforçado em implantar a
abordagem sindrômica das IST, dividindo-as em úlceras
genitais, corrimentos vaginais, corrimentos uretrais e infecção
pelo papilomavírus humano (HPV).
INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
Sífilis
A sífilis, doença sistêmica de evolução crônica, sujeita a surtos de
agudização e períodos de latência quando não tratada, é causada
pelo Treponema pallidum, espiroqueta de transmissão sexual e
vertical.
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
Infecção crônica e por toda a vida, causada mais frequentemente
pelo herpes vírus simples (HSV) tipo 2, ou pelo HSV tipo 1 (Facial
oral).
Herpes genital
Uretrites
Inflamações uretrais, que podem ou não ser infecciosas. Os
sintomas, quando ocorrem, podem ser disúria, corrimento uretral
purulento ou mucopurulento e prurido.
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
As uretrites infecciosas se dividem em gonocócicas causadas por
Neisseria gonorrhoeae – e não gonocócicas causadas por
Chlamydia trachomatis (30 a 50%), Ureaplasma urealyticum (20 a
50%) e outros agentes menos comuns (Mycoplasma hominis,
Trichomonas vaginalis, Candida albicans, herpes simples).
Causada por fungo comensal que habita a mucosa vaginal, com
aumento do crescimento em algumas condições favoráveis
(gravidez, diabetes descompensado, obesidade, uso de
contraceptivos orais, uso de antibióticos, corticoides ou
imunossupressores, hábitos de higiene e vestuário inadequados,
entre outras)
Pode se manifestar por prurido vulvovaginal(principal queixa),
ardor ou dor à micção, corrimento branco, grumoso, inodoro e com
aspecto caseoso (“leite coalhado”), hiperemia, edema vulvar e
maceração da vulva.
Candidíase
vulvovaginal
Vaginose
bacteriana
Caracterizada por desequilíbrio da flora vaginal normal, com
aumento exagerado de bactérias, em especial as anaeróbias
(principalmente Gardnerella vaginalis). Caracteriza-se por
corrimento cinzaesbranquiçado, fétido, com odor peculiar de peixe
cru devido à liberação de aminas voláteis.
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
Causada pelo protozoário flagelado Trichomonas vaginalis,
apresenta risco de transmissão por ato sexual de 60 a 80%.
Geralmente assintomática no homem, causa, excepcionalmente,
corrimento uretral masculino. Caracteriza-se por corrimento
abundante, amarelado ou amarelo-esverdeado, bolhoso, podendo
apresentar prurido ou irritação vulvar.
Sua etiologia está relacionada com Neisseria gonorrhoeae e
Chlamydia trachomatis. Se houver mucopus endocervical (teste
do cotonete positivo), colo friável, dor à mobilização do colo ou
algum critério de risco (p. ex., parceiro com sintomas).
Cervicite é a inflamação da cerviz, cérvix ou cérvice, que é a parte
mais estreita do órgão conhecido como colo uterino. A sua
anatomia é em formato que lembra de um pescoço, que se projeta
no fundo da vagina
Tricomoníase
Cervicites
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
O papilomavírus humano (HPV) é DNA-vírus com mais de 100
genótipos, sendo que cerca de 40 tipos podem infectar o trato
anogenital (vulva, colo uterino, vagina, pênis, escroto, uretra e
ânus), podendo ainda ser classificados em subtipos de alto e baixo
risco, de acordo com o seu potencial de oncogenicidade, sendo os
principais subtipos de baixo risco os HPV 6, 11, 42, 43 e 44 (6 e 11
sendo responsáveis por 90% das verrugas genitais), e os de alto
risco os HPV 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 46, 51, 52, 56, 58, 59 e 68 (16 e 18
relacionados a 70% dos casos de câncer de colo uterino).
Transplante de Órgãos Sólidos
Transplante de Células-tronco Hematopoiéticas
Neutropenia Febril
Imunodeficiência Primária
1.
2.
3.
4.
Imunocomprometido = É aquele que tem os mecanismos
imunológicos deficientes, quer por uma doença que altera as
defesas imunitárias, quer porque esses mecanismos foram
reduzidos por agentes imunossupresso
Condiloma
acuminado
(nódulo)
INFECÇÃO NO PACIENTE IMUNOCOMPROMETIDO
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
Hoje, os transplantes de órgãos sólidos são alternativas eficazes
para doenças de curso crônico. Com o domínio e o
desenvolvimento de técnicas cirúrgicas eficazes, o grande desafio
ao longo dos anos tem sido o emprego de fármacos
imunodepressores seletivos e potentes para prevenção de rejeição
ao enxerto. Fármacos mais potentes vêm sendo progressivamente
empregados, resultando em taxas cada vez mais baixas de rejeição
e proporcionando maior sobrevida. A consequência, entretanto, é
um hospedeiro mais imunodeprimido e, portanto, mais sujeito a
infecções
Transplante de Órgãos Sólidos
O risco de infecção está relacionado a três grandes variáveis:
exposição epidemiológica, estado de imunodepressão e técnica
cirúrgica.
As infecções no período pós-transplante estão relacionadas a
fatores de risco específicos, obedecem a cronologia mais ou menos
previsível e dependem do tipo de órgão transplantado
As infecções respiratórias são as mais frequentes complicações
infecciosas que levam o paciente à reinternação após o
transplante.
Estratégias profiláticas com base em fatores de alto risco para
infecções fúngicas são amplamente utilizadas, principalmente em
transplantes hepático, pulmonar e pancreático.
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
O transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH) pode ser
utilizado para o tratamento de pacientes com neoplasias e
algumas doenças não malignas. Envolve depressão das diferentes
respostas imunes do hospedeiro e, portanto, os receptores de
TCTH são indivíduos de risco particular para a aquisição de
diferentes infecções
As infecções que ocorrem após o TCTH podem decorrer de
reativação de infecção prévia latente ou secundárias a nova
exposição a agentes infecciosos durante a fase de
imunodepressão.
Transplante de Células-tronco Hematopoiéticas
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
 Modalidade de transplant realizada pelo paciente
 Período de tempo após o transplante
 Exposição epidemiológica
 Uso de antimicrobianos profiláticos
O risco infeccioso relacionado ao transplante de células tronco
depende da interação de quatro fatores:
As três fontes possíveis de células progenitoras hematopoéticas são:
células-tronco periféricas, de medula óssea e de cordão (umbilical)
Neutropenia Febril
Neutropenia é a queda da contagem do número de neutrófilos
no sangue periférico secundária ao tratamento; se acompanhada
de febre, é denominada neutropenia febril. Trata-se da
contagem de neutrófilos abaixo de 500 células/mm3 , ou entre
500 e 1.000 células/mm3 , com tendência de queda em 48 h.
Caracteriza-se a febre por temperatura axilar superior a 37,5°C,
verificada três vezes em 24 h, com intervalo superior a 4 h entre
cada verificação, ou uma verificação isolada superior a 38°C
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
Neutropenia é frequente em pacientes recebendo quimioterapia
citotóxica para o tratamento de neoplasias hematológicas ou
tumores sólidos. Contudo, o risco infeccioso nesses pacientes e o
esquema quimioterápico empregado diferem consideravelmente
de acordo com o tipo de neoplasia de base.
A maioria das infecções encontradas no paciente neutropênico
febril decorre de agentes da própria flora do trato gastrintestinal.
Entretanto, vale ressaltar que, após alguns dias de internação
(geralmente mais que 2 ou 3 dias), ocorre colonização por
organismos hospitalares, normalmente resistentes a
antimicrobianos, sendo alguns considerados multirresistentes.
As imunodeficiências primárias (IDP) são conhecidas como
doenças que aumentam a suscetibilidade a infecções decorrentes
de sistema imunológico incapaz de montar resposta efetiva a um
ou vários microrganismos. Pacientes com IDP são mais
suscetíveis a doenças infecciosas, autoimunes, alérgicas e
neoplásicas.
- Imunodeficiência Primária
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF
International Union of Immunological Societies Primary
Immunodeficiency Diseases (IUIS) classifica as IDP de acordo com
o setor do sistema imunológico mais afetado por elas ou a
síndrome genética a ele associada:
(a) Imunodeficiências combinadas de linfócitos B e T;
(b) Deficiências predominantemente de anticorpos;
(c) Imunodeficiências com síndromes bem definidas;
(d) Doenças de imunodesregulação;
(e) Defeitos do número e/ou função dos fagócitos;
(f) Defeitos da imunidade inata;
(g) Doenças auto inflamatórias;
(h) Deficiências do sistema complemento;
(i) Fenocópias de IDP. 
Avaliação de Resposta Humoral
Avaliação de Deficiência de Linfócitos
Muito Obrigada!!!
Licenciado para: Conta Cessetembro | contacessetembro@gmail.com | | Protegido por AlpaClass.com #GIW5UJPwyF

Continue navegando