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UNIVERSIDADE PAULISTA LUCAS FERREIRA DO NASCIMENTO - RA: 0519820 PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR III Análise da empresa PagSeguro Internet S.A São Paulo – SP 2019 LUCAS FERREIRA DO NASCIMENTO - RA: 0519820 PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR III Análise da empresa PagSeguro Internet S.A Projeto Integrado Multidisciplinar III apresentado a UNIP para a conclusão das matérias: Contabilidade, Fundamentos da Gestão Financeira e Estatística Aplicada São Paulo – SP 2019 LUCAS FERREIRA DO NASCIMENTO - RA: 0519820 PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR III Análise da empresa PagSeguro Internet S.A Projeto Integrado Multidisciplinar III apresentado a UNIP para a conclusão das matérias: Contabilidade, Fundamentos da Gestão Financeira e Estatística Aplicada São Paulo – SP, BANCA EXAMINADORA Prof. Dr. .............. UNIP Prof. Dr. .............. UNIP Prof. Dr. .............. UNIP RESUMO No atual mundo empresarial e financeiro, terminar o mês com caixa positivo nem sempre significa lucro sustentável. Um bom planejamento, uma equipe qualificada de profissionais tornou-se indispensável. Uma empresa competente utiliza-se de informações contábeis e acertadas, para tomar as melhores decisões, mantendo assim, a qualidade, o equilíbrio em todos os seus setores. A estratégia organizacional assegura à organização, planejar seu capital, para alcançar os seus objetivos de forma correta e sustentável. Uma organização não sobreviveria sem uma gestão financeira apropriada. Com isso, venho através desse trabalho, demonstrar os conhecimentos teóricos sob a perspectiva da gestão financeira da empresa PAGSEGURO, que atua em um competitivo mercado de meios de pagamentos online no Brasil. E tal projeto foi embasado em teorias de alguns autores, as atividades gerenciais do PAGSEGURO, observando as formas inovadoras de administrar um empreendimento nesse segmento, com o foco principal na gestão e inovação, sempre associados as Ferramentas Contábeis, aos fundamentos de Gestão Financeira e o uso de Estatística aplicada. Palavras-chave: PAGSEGURO, Gestão Financeira, Contabilidade e Estatística Aplicada ABSTRACT In today's business and financial world, ending the month with positive cash does not always mean sustainable profit. Good planning, a qualified team of professionals has become indispensable. A competent company uses accurate and accurate accounting information to make the best decisions, thus maintaining quality and balance in all its sectors. Organizational strategy ensures the organization to plan its capital to achieve its goals in a correct and sustainable manner. An organization would not survive without proper financial management. With this, I come through this work, demonstrate the theoretical knowledge from the perspective of financial management of the company PAGSEGURO, which operates in a competitive online payment means market in Brazil. And this project was based on theories of some authors, PAGSEGURO's management activities, observing the innovative ways of managing a venture in this segment, with the main focus on management and innovation, always associated with Accounting Tools, the Fundamentals of Financial Management and the use of applied statistics. Keywords: PAGSEGURO,Financial Management. Applied Statistical Accounting 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.1.1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.1.2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.1.3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.1.4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.1.5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.1.6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.1.7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.1.8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.1.9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.2.1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.2.2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.2.3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.3.1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . SUMÁRIO INTRODUÇÃO 6 DESENVOLVIMENTO 7 FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA 7 Elementos da gestão financeira 7 Custos fixos 8 Custos variáveis 9 Fluxo de caixa 9 Capital de giro 10 Ponto de equilíbrio 10 Lucro 10 Demonstrativo de resultados 10 Análise financeira do PagSeguro Internet S.A 11 CONTABILIDADE 12 Escrituração contábil 13 Analise contábil da empresa PagSeguro Internet S.A 15 Analise da Liquidez 19 ESTATÍSTICA APLICADA 21 Analise estatística na Gestão de risco financeiro 22 CONCLUSÃO 25 REFERÊNCIAS 26 1 INTRODUÇÃO Com o intuito de se ter as mais diversas fontes e pensamentos, foi feita uma pesquisa aprofundada sobre o tema abordado, desde sites especializados, até livros de autores renomados, para se ter uma boa base, para que seja desenvolvido um projeto com informações corretas e claras e sempre sendo o mais direto possível. A partir disso, este Projeto Integrado Multidisciplinar III tem o objetivo de abordar de uma forma clara e teórica a disciplina de Fundamentos da Gestão Financeira, e os pontos mais relevantes de Contabilidade e Estatística aplicada, com objetivo principal de relacionar e integrar pontos teóricos com a realidade prática no contexto empresarial da empresa escolhida. Essas disciplinas estão presentes no dia-a-dia acadêmico, e no ambiente profissional, sendo indispensáveis para o bom andamento econômico e social das entidades empresariais, ao ser entendida a forma de como se dá o trabalho da área financeira, bem como sua relação com o funcionamento da área contábil, com objetivo de demostrar a maneira pela qual as informações geradas e fornecidas por estes departamentos são úteis no âmbito econômico, financeiro e gerencial. Sempre lembrado que gestão financeira tem como objetivo principal maximizar os resultados financeiros da empresa a partir da análise, do controle e planejamento das suas finanças, com isso a maneira de gerenciar a parte financeira de uma empresa pode variar de acordo com segmento e tamanho da empresa. Neste projeto serão analisados alguns aspectos da empresa PagSeguro, que é uma empresa brasileira que atua como meio de pagamento eletrônico e instituição bancária sendo uma das responsáveis pela captura, transmissão e liquidaçãofinanceira de transações com cartões de crédito e débito, tanto no meio físico, quanto no meio eletrônico, sendo o braço mais rentável do grupo UOL. 6 2 DESENVOLVIMENTO 2.1 FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA A gestão financeira é um conjunto de ações e procedimentos administrativos, envolvendo o planejamento, análise e controle das atividades financeiras da empresa, visando maximizar os resultados econômicos, financeiros, decorrentes de suas atividades operacionais. Na gestão financeira cabem as análises, decisões e atuações relacionadas com os meios financeiros necessários à atividade da empresa. Desta forma, a função financeira integra todas as tarefas ligadas à obtenção, utilização e controle de recursos financeiros. Em outras palavras, a função financeira integra: - A determinação das necessidades de recursos financeiros (planejamento das necessidades, a inventariação dos recursos disponíveis, a previsão dos recursos libertos, o cálculo das necessidades de financiamento externo); - A obtenção de financiamento da forma mais vantajosa (tendo em conta os custos, prazos e outras condições contratuais, as condições fiscais, a estrutura financeira da empresa); - A aplicação criteriosa dos recursos financeiros, incluindo os excedentes de tesouraria (de forma a obter uma estrutura financeira equilibrada e adequados níveis de eficiência e de rentabilidade); - A análise financeira (incluindo a coleta de informações e o seu estudo de forma a obter respostas seguras sobre a situação financeira da empresa); - A análise da viabilidade econômica e financeira dos investimentos. 2.1.1 Elementos da gestão financeira Os aspectos financeiros de uma empresa, que fundamentam a base de controle principal e que devem estar organizados são: 1) Custos fixos; 2) Custos variáveis; 3) Fluxo de caixa; 4) Capital de giro; 5) Ponto de equilíbrio; 6) Lucro; 7 7) Demonstrativo de resultados. 2.1.2 Custos fixos São aqueles que não variam proporcionalmente à quantidade de serviços prestados. Incidem periodicamente, preferencialmente em datas regulares, para organizá-los com o máximo de precisão possível. • Salários (remunerações fixas); • Aluguel; • Despesas com contador e advogados; • Impostos; • Encargos sociais; • Materiais de limpeza; • Materiais de escritório; • Fornecedores; • Pró-labore. A importância de calcular o custo fixo de uma empresa • Ter informações concretas para ajudar na definição do valor cobrado pelos seus tratamentos; • Base para elaboração de planos estratégicos de contenção de despesas. Um dos mais recorrentes questionamentos que recebo sobre esse assunto é: afinal, qual é o custo fixo adequado para o meu negócio? Para responder a essa questão, é necessário considerar as seguintes variáveis: a) Atividade e porte de empresa Quanto maior a complexidade técnica da atividade, maiores serão os custos com salários, estrutura para desenvolvimento (equipamentos, softwares, materiais de apoio), tipo de atividade (quanto mais especializada for a atividade) e porte da empresa (associado ao volume de faturamento). b) Segmento de negócios Dependendo do segmento em que a empresa está inserida, haverá maior ou menor concorrência. Consequentemente, esse fator influência nos preços praticados dos tratamentos oferecidos. Esse impacto é natural, já que a formação do preço é determinante (seguramente não é o único ou o principal fator) para o sucesso de vendas. c) Estratégia dos concorrentes diretos Ainda avaliando a formação do preço, é importante entender se os concorrentes diretos mantêm uma postura agressiva, oferecendo preços mais baixos para atrair pacientes. d) Volume de faturamento 8 O montante ideal de custo fixo está associado diretamente ao faturamento da empresa. Porém, existem padrões mínimos requeridos, especialmente para as empresas de baixo volume de faturamento, em que a tendência é que os custos fixos percentuais se tornem elevadíssimos, mesmo quando se trata de uma estrutura enxuta. Nesse caso, entra em cena outro elemento da gestão financeira, o ponto de equilíbrio, que nada mais é que um volume mínimo de faturamento necessário para cobrir todos os custos. d) Padrão de atendimento Para entender essa variável, tomemos como exemplo as classificações usadas pelos hotéis. Quando comparamos hotéis de três estrelas e cinco estrelas, existe uma diferença nítida na apresentação visual, comodidades oferecidas, número de funcionários disponíveis etc. Os hotéis cinco estrelas cobram mais pela estadia de seus hóspedes. No entanto, o custo fixo para a manutenção desse padrão de atendimento também é maior. 2.1.3 Custos variáveis São os custos diretamente relacionados com a compra de matéria-prima ou materiais de consumo utilizados na atividade daquela empresa, assim como as despesas com colaboradores que recebem pagamentos variáveis. Como exemplos de custo variável, podem ser considerados: as matérias- primas, materiais indiretos consumidos, custos de mão de obra e horas extras, comissões de venda, fretes e deslocamentos, equipamentos adquiridos nesse período etc. Compreender e controlar os custos variáveis de qualquer negócio é importantíssimo. Quando o volume de vendas cresce em uma empresa (ou, no caso de um consultório, quando cresce o volume de tratamentos), os custos variáveis sobem proporcionalmente. Portanto, é preciso acompanhar esses valores com atenção. 2.1.4 Fluxo de caixa A rotina diária é a chave para evitar erros em empresas de todos os tamanhos. Mas para micro e pequenas empresas, monitorar o que entra e sai da empresa é a base de conhecimento que vai ajudar o negócio a ficar de portas abertas. Fluxo de caixa diário ou operacional é o controle financeiro que acompanha movimentações financeiras, entre entradas e saídas. Seu controle é um elemento 9 básico de gestão, porque permite saber se sua empresa tem dinheiro disponível para uma conta a pagar ou para tomar decisões sobre investimentos, solicitação de empréstimos, antecipação de recebimentos, entre outras ações. 2.1.5 Capital de giro É uma reserva de recursos para ser utilizada conforme as necessidades financeiras da empresa. São exemplos clássicos da sua utilização: emergências pela queda de faturamento por um período, compra à vista de matéria-prima ou aquisição de estrutura operacional, auxílio de recursos no fluxo de caixa etc. Ter capital de giro pode significar a diferença entre manter ou fechar uma empresa em tempos de crise. 2.1.6 Ponto de equilíbrio É representado pelo faturamento mensal mínimo necessário para cobrir todos os custos e despesas da operação. Representa, em cálculos, exatamente o ponto em que o lucro se encontra e como calculá-lo. Essa informação é fundamental, pois se trata de uma ferramenta de análise da viabilidade do negócio e proporciona possíveis estudos de adequações constantes de competitividade e sobrevivência da empresa. O ponto de equilíbrio é estratégico do ponto de vista de gestão, tomando como exemplo a adequação dos custos fixos e variáveis para a sua obtenção em relação à venda de produtos ou de serviços em um determinado período e ou segmento específico. 2.1.7 Lucro É o resultado das receitas subtraído de todos os custos da empresa. O lucro é percebido e apurado de forma clara, quando a organização financeira é rigorosa em seus controles financeiros e seus fundamentos seguidos continuamente. 2.1.8 Demonstrativo de resultados Consiste em uma ferramenta que reúne várias informações obtidas ao longo de um período determinado, para demonstrar organizadamente os resultados financeiros obtidos pela empresa. É muito utilizado pela gestão contábil, e aponta com clareza os caminhos coerentes para tomadas de decisões em vários níveis administrativos. 10 2.1.9 Análise financeira do PagSeguro Internet S.A A Pagseguro Internet S.A. (“Companhia”), uma subsidiária da PagSeguro Digital Ltd. (“PagSeguro Digital”), é uma sociedade anônima de capital fechado, fundada em 2006, sediada na cidade de São Paulo – SP, Brasil e, tem por objeto social: atuaçãocomo instituidor de arranjo de pagamento; instituição de pagamento nas modalidades de credenciador e emissor de moeda eletrônica; desempenho de atividades pertinentes ou correlatas às mencionadas nos itens precedentes, incluindo, mas não se limitando, veiculação de publicidade e desenvolvimento e facilitação de comércio eletrônico e liquidação financeira de transações relacionadas a determinado serviço de pagamento; e participação em outras sociedades no Brasil e/ou no exterior. A Companhia obteve em 17 de outubro de 2018 autorização para atuar como instituição de pagamento em funcionamento nas modalidades de emissora de moeda eletrônica e credenciadora, concedida pelo Banco Central do Brasil (“BACEN”), conforme publicação no Diário Oficial da União. Em decorrência da obtenção dessa autorização, a Companhia passou a adotar procedimentos aplicáveis às instituições de pagamento integrantes do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), inclusive no tocante à forma de elaboração e divulgação de suas demonstrações financeiras, de acordo com critérios determinados pelo BACEN. A Companhia tem como subsidiárias Net+Phone Telecomunicações Ltda. ("Net+Phone"), Boa Compra Ltda. ("Boa Compra"), BCPS Online Services LDA. (“BCPS”), R2TECH Informática S.A. (“R2TECH”), BIVACO Holding S.A (“BIVA”), Fundo de Investimento em Direitos Creditórios – PagSeguro (“FIDC”) e Tilix Digital S.A. ("TILIX"). No exercício findo em 31 de dezembro de 2018, as demonstrações financeiras são compostas pelas seguintes controladas, vide Nota 10: 11 Figura 1 - 22 Fonte: Relatório Pagseguro - UOL O PagSeguro terminou 2018 com 4,1 milhões de comerciantes ativos em sua plataforma, um aumento de 1,3 milhão se comparado com o ano anterior, e crescimento de 48%. Ao final de dezembro, mais de 20% de sua base ativa usou produtos como recarga de celular, cartões pré-pago e pagamento de boletos. Ao todo, a companhia realizou mais de 130 atualizações em seus aplicativos, lançou 15 produtos e três máquinas de POS: Minizinha Chip, Moderninha Plus e Smart POS. No resultado financeiro divulgado pelo PagSeguro, a PagSeguro revelou que o volume total de pagamentos realizados na plataforma foi de R$ 76 bilhões, aumento de 98% ante R$ 38,5 bilhões obtidos um ano antes. E o gasto médio por comerciante cresceu 19%, de R$ 5,2 mil para R$ 6,2 mil. Em suas finanças, a companhia finalizou 2018 com uma receita líquida de R$ 4,3 bilhões, um aumento de 67% ante R$ 2,5 bilhões de um ano antes. Os gastos operacionais também tiveram crescimento de 42%, ao saltar de R$ 1,8 bilhão para R$ 3,2 bilhões. Os custos com impostos foram de R$ 307 milhões no período, aumento de 50% ante R$ 205 milhões de 2017. Na soma dos resultados, o lucro líquido do PagSeguro saltou de R$ 479 milhões para R$ 910 milhões, um incremento de 90% na comparação ano a ano. 2.2 CONTABILIDADE A Contabilidade é um sistema de informação e avaliação que registra os eventos que alteram o patrimônio de uma entidade, destinado a prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza patrimonial, econômica e financeira. A Contabilidade possui metodologia especialmente concebida para captar, registrar, acumular, resumir e interpretar situações que alteram o patrimônio de entidades. Há muito, já deixou de ser uma ferramenta para apenas atender às 12 exigências do fisco, constituindo-se de uma ferramenta indispensável na tomada de decisões pelos seus usuários diversos. Objeto da Contabilidade: O objeto da Contabilidade é o PATRIMÔNIO das entidades. Para a Contabilidade, patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma entidade. Campo de Aplicação da Contabilidade: A Contabilidade é aplicada às ENTIDADES que possuem patrimônio. Essas entidades podem ser pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, com ou sem fins lucrativos, de pequeno ou grande porte. Finalidade da Contabilidade: A Contabilidade tem como finalidade FORNECER INFORMAÇÕES aos seus usuários, por meio do registro, controle e interpretação dos eventos que alteram, qualitativa e quantitativamente, o patrimônio das entidades. As informações fornecidas pela Contabilidade permitem a realização de CONTROLE e PLANEJAMENTO. O controle é o processo pelo qual a alta administração verifica se as diretrizes e políticas por ela definidas e ou pelos sócios da entidade estão sendo seguidas. O planejamento é o processo pelo qual a alta administração e os sócios da entidade decidem quais ações serão tomadas para o futuro, considerando um segmento ou toda a empresa. 2.2.1 Escrituração contábil A escrituração contábil é o registro regular dos atos e fatos administrativos, através de processo manual, mecanizado ou eletrônico. As formalidades da escrituração contábil são estipuladas pelo Decreto Lei 486/1969. ELEMENTOS INDISPENSÁVEIS DOS REGISTROS A escrituração será executada: · em idioma e moeda corrente nacionais; · em forma contábil; · em ordem cronológica de dia, mês e ano; · com ausência de espaços em branco, entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as margens; · com base em documentos de origem externa ou interna ou, na sua falta, em elementos que comprovem ou evidenciem fatos e a prática de atos administrativos. 13 A terminologia utilizada deve expressar o verdadeiro significado das transações. UTILIZAÇÃO DE CÓDIGOS E/OU ABREVIATURAS Admite-se o uso de códigos e/ou abreviaturas nos históricos dos lançamentos, desde que permanentes e uniformes, devendo constar, em elenco identificador, no "Diário" ou em registro especial revestido das formalidades extrínsecas. ATRIBUIÇÃO EXCLUSIVA A CONTABILISTA A escrituração contábil e a emissão de relatórios, peças, análises e mapas demonstrativos e demonstrações contábeis são de atribuição e responsabilidade exclusivas de contabilista legalmente habilitado. TRANSCRIÇÃO DO BALANÇO E DEMAIS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS O Balanço e demais Demonstrações Contábeis de encerramento de exercício serão transcritas no "Diário", completando-se com as assinaturas do Contabilista e do titular ou representante legal da entidade. DIÁRIO, RAZÃO E OUTROS REGISTROS O Diário e o Razão constituem os registros permanentes da entidade. Os registros auxiliares, quando adotados, devem obedecer aos preceitos legais da escrituração contábil, observadas as peculiaridades da sua função. No "Diário" serão lançadas, em ordem cronológica, com individualização, clareza e referência ao documento probante, todas as operações ocorridas, incluídas as de natureza aleatória, e quaisquer outros fatos que provoquem variações patrimoniais. Observada esta disposição, admite-se: · a escrituração do "Diário" por meio de partidas mensais; · a escrituração resumida ou sintética do "Diário", com valores totais que não excedam a operações de um mês, desde que haja escrituração analítica lançada em registros auxiliares. · No caso de a entidade adotar para sua escrituração contábil o processo eletrônico, os formulários contínuos, numerados mecânica ou tipograficamente, serão destacados e encadernados em forma de livro. O Livro "Diário" será registrado na Junta Comercial do Estado. Na hipótese de pessoas jurídicas não sujeitas a registro de seus atos constitutivos na Junta Comercial (como é o caso de entidades sem fins lucrativos e Sociedades Simples - SS), o registro é feito no Cartório Civil da sede. Não há necessidade de registro do Livro Razão. Entretanto, o mesmo deve conter termo de abertura e encerramento, com a assinatura do contabilista e do responsável pela empresa. 14 Os demais livros auxiliares (como de entradas de mercadorias, livro de apuração do ISS, etc.) devem ser registrados de acordo com a legislação de fiscalização do respectivo órgão fazendário ou legal que determine a sua obrigatoriedade. 2.2.2 Analise contábil da empresa PagSeguro Internet S.A Para serem efetuados as devidas análises,sera apresentado informações do demonstrativo financeiro de DEZ/2018 da empresa PagSeguro Internet S.A. Figura 2 - 1 Fonte: Demonstrações Financeiras PAGSEGURO15 Figura 3 - 2 Fonte: Demonstrações Financeiras PAGSEGURO 16 Figura 4 - 3 Fonte: Demonstrações Financeiras PAGSEGURO 17 Figura 5 - 4 Fonte: Demonstrações Financeiras PAGSEGURO 18 Figura 6 - 5 Fonte: Demonstrações Financeiras PAGSEGURO 2.2.3 Analise da Liquidez A contabilidade trabalha com quatro diferentes tipos de índices de liquidez: índice de liquidez corrente, índice de liquidez seca, índice de liquidez geral e índice de liquidez imediata. Cada um possui uma definição e um uso diferente. Liquidez corrente Também chamado de índice de liquidez comum, o índice de liquidez corrente mede a capacidade de pagamento de uma empresa no curto prazo. Ele é um dos indicadores mais conhecidos para se analisar a capacidade de pagamento de uma companhia. 19 O índice de liquidez corrente é calculado dividindo-se o ativo circulante da empresa (seus direitos de curto prazo, como o dinheiro em caixa e os estoques) pelo passivo circulante (as dívidas a curto prazo, como empréstimos, impostos, pagamentos a fornecedores etc). Fórmula Liquidez corrente = ativo circulante / passivo circulante Calculo PagSeguro = 10.918.803/5.625.956 Resultado = 1,94 Liquidez seca O índice de liquidez seca é similar ao índice de liquidez corrente. A única diferença é que ele exclui os estoques do ativo circulante da empresa, já que esses direitos são menos realizáveis no curto prazo. A liquidez seca considera, portanto, os valores de que a empresa dispõe para pagar suas contas no curto prazo ainda que não consiga vender nada do que tem estocado. Como é mais rigoroso no cálculo do ativo, o índice de liquidez seca é menor do que a liquidez corrente. Fórmula Liquidez Seca = (Ativo Circulante - Estoques) / Passivo Circulante Calculo PagSeguro = 10.918.803-5.625.956 Resultado = 1,94 Liquidez imediata É o mais conservador dos índices de liquidez. Esse indicador considera apenas a conta do balanço patrimonial da empresa que representa os valores já disponíveis, ou seja, o dinheiro em caixa, os saldos bancários e as aplicações financeiras de curto prazo. Além dos estoques, são excluídos, portanto, também direitos como os decorrentes das vendas a prazo. O índice de liquidez imediata é bastante volátil e está mais sujeito às variações, já que os valores disponíveis são também aqueles mais fáceis de se movimentar. Um índice de liquidez imediata alto não necessariamente significa que a empresa tem um bom controle de suas contas. Ter muito dinheiro em caixa pode ser prejudicial, por exemplo, no caso de uma inflação alta. Fórmula Liquidez Imediata = Disponível / Passivo Circulante Calculo PagSeguro = 20 Resultado = Liquidez geral O índice de liquidez geral busca dar uma visão da solvência de uma empresa no longo prazo. Por esse motivo, além dos itens considerados na liquidez corrente, o índice de liquidez geral adiciona os direitos e as obrigações da empresa para um prazo mais alargado, ou seja, seu Realizável a Longo Prazo e seu Exigível a Longo Prazo. Essas duas contas também podem ser obtidas no balanço patrimonial. Sozinho, o índice de liquidez geral não possui tanta utilidade quanto os anteriores. Isso porque a empresa pode, por exemplo, ter feito um financiamento longo para investir em sua modernização, e os recursos para quitar essa dívida chegarão paulatinamente ao longo dos anos, não sendo necessários agora. No entanto, a análise de uma série histórica da liquidez geral poderá demonstrar se a companhia está ganhando ou perdendo capacidade de pagamento. Fórmula Liquidez Geral = (Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo) / (Passivo Circulante + Passivo Não Circulante) Calculo PagSeguro = 10.918.803-5.625.956 Resultado = 1,94 2.3 ESTATÍSTICA APLICADA A Estatística é a ciência que coleta, organiza e interpreta dados utilizando técnicas para lidar com a variabilidade, ou seja, é uma coleção de métodos utilizados para converter dados brutos em informações que auxiliem na tomada de decisão, podendo resolver quase todos os problemas da vida real que envolvam conjuntos de dados. A Estatística é de suma importância para empresários, administradores, gestores, para comparar grupos de variáveis relacionadas entre si e obter um quadro simples e resumido das mudanças significativas nas áreas relacionadas como preços de matérias primas, cadastros, preços de produtos acabados, preço final de produtos, financeiro, marketing, volume físico dos produtos, controle de qualidade. O controle de qualidade de produtos não constitui novidade; é ele, de fato, tão antigo como a própria indústria. Durante muito tempo foi realizado sob a forma tradicional denominada "inspeção". Somente a partir de 1920, no entanto, é que se verificou o desenvolvimento do Controle Estatístico da Qualidade, cuja aplicação vem se tornando generalizada nos países industrializados. 21 A grande contribuição da estatística não se baseia tanto no fato de levar um grupo de estatísticos altamente qualificados para uma indústria, mas no fato de criar uma geração de físicos, matemáticos e químicos com uma mentalidade estatística, os quais irão, de algum modo, dar uma ajuda no desenvolvimento e no direcionamento dos processos de produção no futuro. Walter Shewart (1891-1967) A questão da competitividade é sobremaneira importante nos mais diversos níveis com que pode ser analisada, ou seja, em nível de nação, de setor econômico e de empresas. Em particular, interessa a questão olhada sob a ótica das organizações que necessitam aprimorar a própria competitividade para sobreviver e vencer neste ambiente cada vez mais desafiador. A necessidade de se oferecer um produto ou serviço pleno de condições competitivas surge como sendo vital para a sobrevivência de uma Empresa. Tal condição tem como princípio a gestão empresarial, baseando-se na gestão de pessoas e processo em busca da qualidade total. A procura de clientes não mais se resume em ter um baixo preço, e sim produtos e serviços que forneça com qualidade aquilo a que se propõe, e a aplicação da Estatística é primordial nestes casos. O conhecimento de estatística é fundamental no ambiente empresarial, seja na análise de conjunto de dados, seja na previsão de variáveis. 2.3.1 Analise estatística na Gestão de risco financeiro As atividades da Companhia a expõem a diversos riscos financeiros: risco de mercado (incluindo risco cambial, risco de fluxo de caixa ou valor justo associado com a taxa de juros), risco de fraude (chargeback), risco de crédito e risco de liquidez. O programa de gestão de risco da Companhia concentra-se na imprevisibilidade dos mercados financeiros e busca minimizar potenciais efeitos adversos no desempenho financeiro da Companhia. A Companhia usa instrumentos financeiros derivativos para proteger certas exposições a risco. Entre os principais fatores de risco que podem afetar o negócio da Companhia, destacam-se: (I) Risco cambial O risco cambial ocorre quando operações comerciais futuras, ativos ou passivos registrados são mantidos em moeda diferente da moeda funcional da 22 entidade (II) Riscos de fraude (“chargebacks”) A Companhia utiliza dois processos para controlar o risco de fraude. O primeiro consiste no monitoramento, em tempo real, via sistema antifraude das transações efetuadas com cartões de crédito, débito e boletos, que aponta, identifica, aprova ou recusa transações suspeitas de fraude no momento da autorização, a partir de modelos estatísticos revisados periodicamente. O segundo processo tem a função detectiva para tratamento de chargebacks e disputas, onde o primeiro processo não identificou a fraude. Este processo retroalimenta o primeiro para aumentar a capacidade de evitar novas fraudes. (III) Riscos de crédito O risco de crédito é administrado corporativamente e se resume na possibilidade de inadimplência a) os emissores do cartão, que têm a obrigação de repassar à Companhia as taxas cobradas pelas transações realizadas pelos titulares de seus cartões, e / ou (b) os adquirentes, que são utilizados pela Companhia para aprovartransações com os emissores. Para a mitigação deste risco, a Companhia instituiu um Comitê de Risco de Crédito e Liquidez, cuja função é analisar o nível de risco de cada um dos emissores de cartão capturados pela Companhia e assim classificá-los em três grupos: • Emissores de cartão com baixo nível de risco, avaliados pelos ratings das agências FITCH, S&P e Moody’s e são dispensados de monitoramento adicional; • Emissores de cartão com nível de risco médio e que são monitorados, também, pelos Indicadores de Basiléia e imobilização; • Emissores de cartão com nível de risco alto e que são avaliados pelo comitê em reuniões mensais. Não foi ultrapassado nenhum limite de crédito durante o exercício, e a Administração não espera que nenhuma perda decorrente de inadimplência ocorra a não ser os valores já baixados por chargeback. (IV) Risco de liquidez A Companhia gerencia o risco de liquidez mantendo adequadas reservas, linhas de crédito bancárias e linhas de crédito para captação de empréstimos que 23 julgue adequados, por meio do monitoramento contínuo dos fluxos de caixa previstos e reais, e pela combinação dos perfis de vencimento dos ativos e passivos financeiros, com o objetivo de garantir recursos suficientes para honrar os compromissos com os estabelecimentos e às necessidades operacionais. A Companhia investe o excesso de caixa em contas correntes com incidência de juros, depósitos a prazo, depósitos de curto prazo e títulos e valores mobiliários, escolhendo instrumentos com liquidez adequada, fornecendo a segurança conforme determinado pelas previsões acima mencionadas. Em 31 de dezembro de 2018, a Companhia mantinha caixa e caixa equivalentes de R$2.698.920. 24 3 CONCLUSÃO O mundo das finanças, acaba por afetar diretamente a vida das empresas e até mesmo a vida pessoal. E ter o conhecimento dos conceitos de gestão financeira pode definir a vida útil da empresa e seu crescimento, sendo um diferencial do mercado no qual atua. Gestão é uma prática contínua de melhorias, processos definidos e apurados. O entendimento das informações e a implementação das estratégias e inovações, tem sido o grande desafio do empresário brasileiro. A partir da coleta dos dados corretos, é possível saber se a empresa ganha mais do que gasta, e se ela gasta mais do que vai poder ganhar. Com isso, fica mais fácil perceber se o modelo de negócio é ou não o mais adequado e rentável para o negócio. Ao se fazer uma análise correta do fluxo de caixa de uma empresa, se tem uma informação precisa sobre a saúde financeira do negócio. Isso é muito relevante porque nem sempre ganhar muito em um dia, significa que se vai ter lucro no final naquele período. Tão importante quanto o fluxo de caixa, é saber como se lidar e gerenciar esse fluxo, já que é o que garante que essa ferramenta seja relevante para diversas áreas da empresa e para sua saúde financeira. Então, ao se dominar os pontos básicos da gestão financeira, fica mais fácil se ter uma gestão eficaz e produtiva e uma empresa com maior rentabilidade e força no mercado. 25 REFERÊNCIAS • CAMPOS, Vicente Falconi. Gerenciamento da Rotina do Trabalho do Dia a Dia. 9.ed. Nova Lima: Falconi, 2013. • CAMARGO, Camila. Planejamento financeiro. 2.ed. rev. e atual. Curitiba: Ibpex, 2007. • COUTINHO, Laura; PADILHA, Heloisa; KLIMICK, Carlos. Educação Financeira - Como Planejar, Consumir, Poupar e Investir. 1.ed. São Paulo: Senac, 2015. • FERREIRA, Ademir Antônio et al; Gestão empresarial: de Taylor aos nossos dias. 1.ed. Pineira t. l. 2006. • SILVA, Jacinto Vidigal et al; Princípios da gestão financeira. 1.ed. Rei dos livros, 2014. • O livro dos negócios / tradução Rafael Longo. 1.ed. - São Paulo: Globo Livros, 2014. • http://investors.pagseguro.com/overview/Index?KeyGenPage=431118 • https://pagseguro.uol.com.br/demonstracoes-financeiras#rmcl • http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/cursosonline/gestao- financeira,7370b8a6a28bb610VgnVCM1000004c00210aRCRD 26
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