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1 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
Ricardo Barroso Castelo Branco 
 
 
 
 
 
CONTABILIDADE DE 
CUSTOS 
 
 
 
4 
 
 
 
 
 
 
5 
 
SUMÁRIO 
 
Palavra do Professor 
Sobre o autor 
Ambientação à disciplina 
Trocando ideias com os autores 
Problematizando 
 
1. Unidade de Estudo: Visão Sistêmica 
Teoria geral dos sistemas 
Tipos de sistemas 
Quanto a Constituição 
Quanto a Natureza 
O que é visão sistêmica 
Visão clássica x Visão sistêmica 
A empresa e seus subsistemas 
A importância da visão sistêmica em uma empresa 
 
2. Unidade de Estudo: Introdução a contabilidade de custos 
Introdução 
Origem e evolução da contabilidade de custos 
Contabilidade financeira, de custos e gerencial 
Finalidades da contabilidade de custos 
Termos utilizados na contabilidade de custos 
6 
 
3. Unidade de Estudo: Classificação e nomenclatura de custos 
Custos diretos 
Custos indiretos 
Custos fixos 
Custos variáveis 
 
4. Unidade de Estudo: Métodos de custeio 
Conceito de Métodos de Custeio 
Custeio por absorção 
Custeio variável 
Custeio ABC (Activity based costing) 
Custeio RKW (Reichskuratorium Fur Wirtschaftlichkeit) 
Custeio padrão 
 
5. Unidade de Estudo: Formação de preço de venda 
Introdução 
Importância dos preços de venda 
Formação dos preços de venda 
Relação custo x volume x lucro 
 
6. Unidade de Estudo: Balanced scorecard (BSC) 
Conceito 
Componentes do BSC 
Perspectivas do BSC 
Benefícios da implantação do BSC 
 
7 
 
7. Unidade de Estudo: Teoria das restrições 
Introdução 
Os cinco passos para o gerenciamento das restrições 
Processos de raciocínio da TOC 
 
Explicando melhor com a pesquisa 
Leitura Obrigatória 
Saiba mais 
Pesquisando com a Internet 
Vendo com os olhos de ver 
Revisando 
Autoavaliação 
Bibliografia 
Bibliografia Web 
Vídeos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
Palavra do Professor 
 
Caros Alunos, 
 
 É com imensa satisfação que convido você a dar início a essa disciplina 
sobre Contabilidade de Custos. Disponibilizamos a você vários materiais 
didáticos a fim de apoiá-lo nessa caminhada de aprendizado e absorção de 
novos conhecimentos. Queremos que esta experiência seja prazerosa e traga 
bons frutos. 
 Nos dias atuais os custos empresariais estão sendo bem mais 
observados. A precificação dos produtos, a margem de lucro e a forma com 
que as empresas buscam esses fatores é muito importante, pois estes são 
pontos que tornam, ou não, as empresas mais competitivas no mercado. 
Entendendo e sabendo lidar com os custos a empresa ganha em perspectiva 
futura e traz mais tranquilidade aos acionistas, colaboradores e a sociedade. 
 
 
 
Bom Estudo! 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
Sobre o autor 
Ricardo Barroso Castelo Branco 
Possui graduação em Ciências Contábeis pela 
Universidade Estadual Vale do Acaraú-UVA 
(2004), especialização em EAD pela Universidade 
Norte do Paraná-UNOPAR (2011), especialização 
em Gestão Financeira pela Universidade Estadual 
Vale do Acaraú-UVA (2011) e especialização em 
MBA - Gestão em Serviços de Saúde pelo Instituto 
Superior de Teologia Aplicada-INTA (2007). 
Atualmente atua como pregoeiro da Prefeitura 
Municipal de Sobral, já tendo atuado na Controladoria do Município como 
Coordenador da Ouvidoria Geral. Atua também como tutor de sala nas áreas 
de contabilidade, administração, recursos humanos e finanças. É professor 
convidado das faculdades INTA nas áreas de gestão da saúde, planejamento 
estratégico, gestão e recursos humanos. Já atuou como tutor/facilitador da 
especialização em Economia da Saúde na Escola de Saúde Pública do Estado 
do Ceará - ESP/Ce. Atuou também em diversas empresas privadas nas áreas 
administrativas, sendo gerente geral do Plano PAS (São Camilo) e comprador 
na Votorantim Cimentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
Ambientação 
 Muitos empresários acreditam que a análise de custo não traz benefícios 
para a organização, sendo somente uma ferramenta geradora de custos 
desnecessários para a empresa. Por outro lado, eles se preocupam em 
aumentar a produtividade com o intuito de gerar crescimento nos lucros, 
deixando de utilizar de forma correta o planejamento e o controle de custos, 
desconhecendo a importância da utilização dessa ferramenta gerencial. Assim, 
se o empresário conhece e aplica a gestão de custos, ele pode utilizá-la como 
um meio de avaliar a empresa e também ter controle sobre os custos 
relacionados à produção. 
 Nesse contexto a gestão de custos cria um antagonismo e é uma 
ferramenta muito importante nos dias de hoje. Com a crise financeira e o 
desemprego as empresas estão buscando cada vez mais aprimorar seus 
controles para poder dar ao cliente um produto de qualidade com o menor 
custo possível de produção. 
 Os custos que os empresários acreditam não trazer benefícios leva a 
empresa a um nível bem mais evoluído e enxuto quando se trata de 
lucratividade. Lucratividade é o que todos os empresários buscam, contudo 
muito do seu lucra vai pelo ralo pela falta de controles internos na empresa. 
 A contabilidade de custos vem, justamente, entrar nesse buraco negro 
que é o desperdício e a falta de controle, trazendo clareza nas tomadas de 
decisão e ajudando o empresário e a empresa a ter um gerenciamento melhor, 
maior e efetivo. 
 
 
 
 
 
11 
 
Trocando ideias com os autores 
Agora é o momento em que você vai trocar ideias com os autores das 
obras indicadas. 
 
A contabilidade gerencial é instrumento essencial para 
a análise das necessidades internas de qualquer 
organização; por meio dela, obtemos as informações 
necessárias para os planos de ação, as atividades de 
controle e as tomadas de decisão. Esta 14ª edição de 
Contabilidade Gerencial mostra como coletar e 
interpretar as informações contábeis e apresenta novas 
ferramentas didáticas para auxiliar o estudo, como 
resolução de exercícios com o uso de fórmulas no Excel, textos para análise 
com base em casos reais de grandes empresas e outros recursos aplicados à 
sua realidade. Razões para comprar: - Garrison é consagrado no ensino da 
contabilidade gerencial em todo o mundo. - Novo recurso pedagógico no 
ensino da contabilidade com o uso do Excel. - Conteúdo integrado aos temas 
atuais: economia com base em serviços, normas internacionais de 
contabilidade e comportamento ético. 
GARRISON, Ray H. NOREEN, Eric W. Contabilidade Gerencial. LTC, 2001. 
 
Ajustado às mais recentes evoluções conceituais e às 
novas tendências de utilização da Contabilidade de 
Custos para fins decisórios e gerenciais, este texto 
reúne uma série de características que o diferenciam 
positivamente da bibliografia disponível. A primeira 
entre as caraterísticas é torná-lo particularmente 
apropriado para a realidade brasileira, uma vez que 
está voltado para as situações típicas observadas no 
país, para seus institutos legais, para as condições organizacionais 
12 
 
prevalecentes no meio empresarial. Assim, ao tratar dos critérios técnicos e 
legais relacionados, por exemplo, à contabilização dos custos da mão-de-obra 
e dos impostos, o texto refere-se explicitamente às condições brasileiras, 
destacando os principais aspectos relacionados aos encargos sociais 
existentes no país e os dois principais tributos indiretos, o ICMS e o IPI. 
Ademais, foram também consideradas pelo autor as regras implícitas na Lei 
das Sociedades por Ações relacionadas à operacionalização contábil dos 
custos. Uma segunda característica do texto é a análise dedicada ao uso da 
Contabilidade de Custos como instrumento para fins gerenciais. Outra 
característica a destacar é o enfoque dado à utilização da Contabilidade de 
Custos para as funções de planejamento e controle, relacionadas ao 
estabelecimento de padrões, orçamentos e outras formas de previsão, com 
vista no subsequente acompanhamento e análise das variações observadas.MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. (Livro Texto) São Paulo: Atlas, 
2003. 
Contabilidade Básica visa apresentar a contabilidade 
de forma didática, objetiva e acessível para quem está 
começando a conhecer essa ciência, além de ser uma 
obra de referência constante para os já iniciados no 
assunto. Seu autor, enfocou em “Contabilidade Básica” 
as principais dificuldades que alunos de graduação e 
mesmo de cursos profissionalizantes enfrentam para 
entender os princípios contábeis. Para tanto, foi 
empregada uma linguagem clara, direta e acessível, 
além de trazer exercícios práticos que visam fixar conceitos. 
GOUVEIA, Nelson. Contabilidade básica. 2 ed. São Paulo: Harbra, 2001. 
GUIA DE ESTUDO 
Analise os três livros e faça uma síntese fazendo um paralelo com as 
obras lidas, e relacione os assuntos com o tema abordado nessa 
disciplina. 
13 
 
Problematizando 
 
 Os irmãos Paulo Andrade e Pedro Andrade idealizaram a constituição de 
uma sociedade cujo ramo destina-se a industrialização de doces. Após todos 
os procedimentos legais de constituição da indústria, a mesma deu início à sua 
principal atividade: fabricar bombons. Durante o mês de janeiro de 2014, a 
indústria registrou alguns fatos iniciais: 
 
Dia 02/01 - Aquisição de matéria-prima a prazo para estoque - R$ 8.000,00. 
Dia 04/01 - Aquisição à vista de máquinas e equipamentos direcionados ao 
processo produtivo – R$ 2.500,00. 
Dia 07/01 - Aquisição à vista de materiais de escritório para o setor 
administrativo – R$ 200,00. 
Dia 13/01 – Pagamento da compra a prazo de matérias-primas realizadas no 
dia 02. 
Dia 14/01 – Aquisição a prazo de materiais de embalagens para utilização 
imediata no processo produtivo – R$ 900,00. 
Dia 17/01 – Frete a prazo para entregar produtos vendidos – R$ 300,00. 
Dia 23/01 – Aquisição à vista, em cheque, de móveis de escritório para o setor 
administrativo – R$ 600,00. 
Dia 31/01 – a) Provisão dos salários do mês relativos aos funcionários do 
processo produtivo – R$ 3.000,00. 
Dia 31/01 – b) Depreciação das máquinas e equipamentos do processo 
produtivo no mês – R$ 250,00. 
Dia 31/01 – c) Provisão dos salários do mês relativos aos funcionários da 
administração da indústria – R$ 600,00. 
14 
 
Dia 31/01 – d) Depreciação dos móveis do setor administrativo – R$ 60,00. 
 
GUIA DE ESTUDO 
Baseados nas informações acima, desenvolva as questões propostas: 
1) Qual o valor total dos DESEMBOLSOS da indústria durante o mês de 
janeiro/2014? R: R$ 
2) Qual o valor total dos CUSTOS de produção da indústria durante o mês 
de janeiro/2014? 
3) Qual o valor total das DESPESAS da indústria durante o mês de 
janeiro/2014? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
VISÃO SISTÊMICA 
 
 
1 
 
Conhecimento 
 
Compreender os tipos de sistemas. 
 
 
 
Habilidades 
 
Identificar os tipos de sistemas existentes dentro de uma empresa. 
 
 
Atitudes 
 
Desenvolver critérios para interagir com o uso de sistemas em uma empresa. 
17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
TEORIA GERAL DOS SISTEMAS 
 
 A Teoria Geral dos Sistemas (TGS) iniciou com o biólogo húngaro 
Ludwig Von Bertalanffy, no final dos anos 30. Os seus primeiros escritos são do 
ano de 1925 e são amplamente reconhecidos na administração da década de 
60. Sua difusão se deu a uma necessidade de síntese e integração das teorias 
precedentes. De forma concomitante, possibilitou a operacionalização e a 
aplicação de conceitos da Teoria dos Sistemas à administração. Esta teoria 
nos dá a possibilidade de uma visão maior, onde todos os sistemas do 
conhecimento podem interagir entre si. 
 A ideia central é o desenvolvimento de uma teoria de caráter geral capaz 
de ser aplicada a fenômenos bastante semelhantes que ocorrem em uma 
diversidade de campos específicos de conhecimento, ou seja, se várias 
disciplinas desenvolvessem em conjunto seus esforços de pesquisa, seriam 
capazes de apontar leis e princípios que poderiam ser aplicados com vantagem 
em diversos sistemas. 
 
DEFINIÇÃO DE SISTEMA 
 
 Sistema é um organismo ou entidade, formado por partes individuais e 
que consegue ter uma organização própria, uma interação, tendo que conviver 
com as mudanças que ocorrem dentro e fora de seu sistema. 
 Outra definição para sistema, sendo este uma entidade que tem a 
competência de manter um determinado grau de organização em face de 
mudanças internas ou externas, composto de um conjunto de elementos, em 
interação, segundo determinadas leis, para atingir um determinado objetivo. 
 
 
 
19 
 
TIPOS DE SISTEMAS 
 
 Para entender um pouco mais sobre os sistemas vamos falar um pouco 
sobre os parâmetros dos sistemas. Os parâmetros são variáveis existentes nos 
sistemas que nos ajudam a entender um pouco mais sua dinâmica. 
 
 Entradas (Inputs): Elementos físicos ou abstratos de que o sistema é 
feito e que podem influenciá-lo. Eles podem ser: 
o Dados; 
o Recursos Financeiros; 
o Recursos Materiais; 
o Recursos Humanos. 
 
 Processamento: O sistema é dinâmico e formado por vários processos 
ou sistemas que são usados pela empresa para transformar insumos em 
produtos. Podemos citar o Planejamento, Comunicação, Transporte, 
Tomada de decisão e Distribuição como tipos de processamento. 
 
 Saída (Outputs): As saídas são os resultados ou produtos que são 
gerados pelo processamento dos insumos. Podemos considerar como 
saída o lucro da empresa, o aumento da qualificação dos membros da 
empresa, a redução dos níveis de poluição emitidos pela empresa e 
muitos outros. 
 
 Retroalimentação (Feedback): Feedback significa retorno. Logo, 
quando existe um processo e deste processo se tem um produto, seja 
ele qual for, é importante saber se este produto saiu conforme ou não. 
Isso vai nos dizer se o sistema (processamento) está sendo eficiente. O 
feedback pode ser positivo ou negativo. No negativo significa que o 
20 
 
processo não está sendo eficiente em algum momento. Já o positivo 
vem dizer que o processo está satisfatório. 
 
 Ambiente: O ambiente é o meio onde ocorre todo o processamento dos 
Inputs em Outputs. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Baseado no que vimos agora vamos ver quais tipos de sistemas 
podemos encontrar. 
 Os sistemas podem ser classificados quanto ao gênero. E desse 
podemos ter duas condições: Os sistemas naturais e os sistemas sintéticos. 
 Sistemas naturais são os relativos à natureza. Já os sistemas sintéticos 
são os sistemas relativos ao homem. 
 
QUANTO A CONSTITUIÇÃO 
 Quanto a sua constituição os sistemas podem ser físicos ou abstratos. 
 
Sistemas físicos (concretos): São aqueles formados por coisas concretas e 
que podem ser passivos de mensuração, são elas: máquinas e equipamentos. 
 
Ambiente 
Entradas (Inputs) Processamento Saída (Outputs) 
Retroalimentação 
(Feedback) 
21 
 
Sistemas abstratos (Conceituais): São aqueles compostos apenas por 
conceitos: planos, ideias e hipóteses. 
 
QUANTO A NATUREZA 
 Como observado na figura anterior, os sistemas se relacionam 
diretamente com o ambiente no qual estão inseridos. Este relacionamento pode 
ser de natureza aberta ou fechada. 
 
Sistema fechado: O sistema fechado tem poucas entradas e poucas saídas, 
ou seja, este sistema interage muito pouco com o ambiente no qual está 
inserido. As entradas e saídas já são conhecidas e tem uma relação entre si. 
Por conta disso o sistema fechado também pode ser chamado de sistema 
mecânico ou determinístico. Nesse caso, como exemplo, podemos citar o 
motor de um veículo. Existe uma entrada, onde podem existir alguns poucos 
tipos de insumos. E a saída, via de regra é a mesma. 
 
Sistema aberto: O sistema aberto tem uma grande variedade de entradas e 
saídas, além dese relacionar muito com o ambiente onde está inserido. Por 
conta dessa troca frequente com o ambiente, o sistema aberto é também 
chamado de sistema orgânico. O melhor exemplo para esse tipo de sistema 
são as organizações de um modo geral. As organizações estão inseridas nos 
sistemas e são efetuadas muitas trocas com o ambiente. 
 
O QUE É VISÃO SISTÊMICA 
 
 A visão sistêmica teve sua origem baseada na teoria dos sistemas da 
biologia e depois colocada como visão das ciências sociais. Iniciou-se a colocar 
o enfoque sistêmico dentro das organizações. Observou-se que as 
22 
 
organizações são organismos vivos e que dentro delas existe vários outros 
micro organismos coexistindo. 
 Ao compreender a organização como um sistema, se inicia a análise do 
ambiente, ou seja, o conjunto de forças que possam ter alguma influência 
sobre o funcionamento desse sistema. O conhecimento mais profundo da 
dinâmica dos sistemas e da interação entre as variadas forças atuantes permite 
que as organizações proponham ações mais eficazes, não só de curto prazo, 
mas também e principalmente de médio e longo prazo. 
 A visão sistêmica é vista na importância que deve ser dada a rede de 
comunicações que existe dentro das organizações e nas trocas feitas delas 
com o ambiente ao seu redor. Esta troca é essencialmente necessária para 
que a organização alcance seus objetivos com eficiência. 
 No contexto de Bio (1985), para o enfoque sistêmico afirma que “os 
conceitos de sistema proporcionam uma série de raciocínios que levam à 
compreensão da complexidade da empresa moderna como um todo”. 
 Lopes (2012) entende a visão sistêmica como sendo a capacidade do 
profissional em compreender a empresa como um todo e não apenas como 
partes isoladas dentro de um sistema. Entender os elos que existem e a 
interação entre os processos para que aja um produto bem entregue ao seu 
cliente, ou seja, visão sistêmica consiste na habilidade em compreender os 
sistemas de acordo com a abordagem da Teoria Geral dos Sistemas, tendo o 
conhecimento do todo, de modo a permitir a análise ou a interferência no 
mesmo. 
 
VISÃO CLÁSSICA X VISÃO SISTÊMICA 
 
 A Teoria Clássica da Administração foi idealizada por Henri Fayol. Na 
Teoria Clássica de Fayol e seus seguidores a ênfase é posta na estrutura da 
organização. O objetivo é buscar a maior produtividade, conhecimentos, 
práticas do trabalho, maior eficiência do trabalhador e da empresa. A Teoria 
23 
 
Clássica da Administração partiu de uma abordagem sintética, global e 
universal da empresa, com uma visão estrutural, de objetivos e 
responsabilidades específicas, para tratar da segurança da informação de uma 
forma adequada na Administração. A experiência administrativa é demonstrar 
métodos organizacionais, para o seu sucessor no trabalho, funções técnicas, 
relacionadas com a produção de bens e serviços da empresa. 
 A Teoria Clássica concebe a organização em termos de estrutura, forma 
e disposição das partes que a constituem. Assim, a estrutura e a forma de 
organização marcam a essência da Teoria Clássica, como concebida por 
Fayol. 
 Tal teoria sofreu severas críticas voltadas principalmente à gestão de 
empresas - mais especificamente nas indústrias – sendo observado por ser 
eminentemente mecanicistas, no sentido da exploração do trabalhador, como 
se fora uma máquina. Principalmente a partir da contribuição de psicólogos e 
sociólogos, iniciada com Elton Mayo e Mary Parker Follet, surgem outras 
escolas de Administração, a começar pela Escola de Relações Humanas. A 
partir daí, a Teoria Clássica é vista como distorcida, do ponto de vista do 
trabalhador, considerado uma simples peça no processo de produção e 
submetido a uma supervisão policialesca. Por outro lado, não corresponde à 
verdade o conceito genérico de que o trabalhador não tem outros interesses e 
motivações senão os representados pela recompensa financeira. Também 
sofreu críticas na manipulação dos trabalhadores através dos incentivos 
materiais e salariais e a excessiva unidade de comando e responsabilidade. 
 
Os princípios básicos da Teoria Clássica de Fayol são: 
 
a) Divisão do trabalho - Especialização dos funcionários desde o 
topo da hierarquia até os operários da fábrica, assim, favorecendo a eficiência 
da produção aumentando a produtividade. 
24 
 
b) Autoridade - Autoridade é o direito dos superiores darem ordens 
que teoricamente serão obedecidas. Responsabilidade é a contrapartida da 
autoridade. 
c) Disciplina - Necessidade de estabelecer regras de conduta e de 
trabalho válidas pra todos os funcionários. A ausência de disciplina gera o caos 
na organização. 
d) Unidade de comando - Um funcionário deve receber ordens de 
apenas um chefe, evitando contra-ordens. 
e) Unidade de direção - O controle único é possibilitado com a 
aplicação de um plano para grupo de atividades com os mesmos objetivos. 
f) Subordinação dos interesses individuais (ao interesse geral) - Os 
interesses gerais da organização devem prevalecer sobre os interesses 
individuais. 
g) Remuneração - Deve ser suficiente para garantir a satisfação dos 
funcionários e da própria organização. 
h) Centralização (ou Descentralização) - As atividades vitais da 
organização e sua autoridade devem ser centralizadas. 
i) Linha de Comando (Hierarquia) - Defesa incondicional da 
estrutura hierárquica, respeitando à risca uma linha de autoridade fixa. 
j) Ordem - Deve ser mantida em toda organização, preservando um 
lugar pra cada coisa e cada coisa em seu lugar. 
k) Equidade - A justiça deve prevalecer em toda organização, 
justificando a lealdade e a devoção de cada funcionário à empresa. Direitos 
iguais. 
l) Estabilidade dos funcionários - Uma rotatividade alta tem 
conseqüências negativas sobre desempenho da empresa e o moral dos 
funcionários. 
m) Iniciativa - Deve ser entendida como a capacidade de estabelecer 
um plano e cumpri-lo. 
25 
 
n) Espírito de equipe - O trabalho deve ser conjunto, facilitado pela 
comunicação dentro da equipe. Os integrantes de um mesmo grupo precisam 
ter consciência de classe, para que defendam seus propósitos. 
Desta forma, as principais diferenças entre as visões clássica e sistêmica 
podem ser entendidas como: 
 
Abordagem clássica Visão sistêmica 
Reducionismo; Expansionismo; 
Pensamento analítico; Pensamento sintético; 
Mecanicismo. Teleologia. 
 
A EMPRESA E SEUS SUBSISTEMAS 
 
 A compreensão do todo (visão global) sem perder o foco em suas 
interações que ocorrem entre as partes e a eficácia do objetivo do sistema, 
espera-se juntar às partes do todo para entender o objetivo comum do sistema. 
 Um sistema aberto é caracterizado pela constante interação com seu 
ambiente, cuja execução de atividades ou um conjunto de atividades tem como 
objetivo comum atingir o fim proposto pelo sistema. 
 Mosimann e Fisch (1999, p. 21) afirmam que “os sistemas abertos 
absorvem “inputs”, os quais são introduzidos no sistema, e, depois de 
transformados, traduzem-se por “outputs”“. Conforme se observa os “inputs” se 
referem aos recursos econômicos (materiais, humanos, tecnológicos, 
informação) que após processados resultam nos produtos e serviços que são 
destinados ao mercado consumidor. 
 Partindo deste pressuposto e à luz da teoria de sistemas, a empresa 
pode ser dividida em subsistemas, que segundo Peleias (2002, p. 7), pode ser 
considerado sob duas categorias: “(I) divisão em função da especialização e (II) 
divisão em função da dinâmica ambiental”. 
26 
 
 Segundo Peleias (2002, p. 7), são seis subsistemas que formam o 
sistema-empresa. Assim definidos: “(I) Subsistema Institucional, (II) Subsistema 
de Gestão (III) Subsistema de Organização, (IV) Subsistema 
Psicossociopolítico-Cultural, (V) Subsistema de Produção, Físico-Operacional 
ou Físico e (VI) Subsistema de Informação”, conforme ilustramos a seguir: 
 
 
 VISÃO SISTÊMICA DA EMPRESAFONTE: Adaptado de: Catelli (2001) 
 
Subsistema institucional: este subsistema é composto por um conjunto de 
crenças e valores que foram incorporadas pelos proprietários da empresa, 
servindo de princípios para orientar os demais subsistemas. As crenças e 
valores direcionam ao alcance dos objetivos propostos, ou seja, cumprir sua 
missão. Para isto deve formalizar a forma de administração tais como: (I) nível 
27 
 
de participação das pessoas, (II) grau de independência dos gestores, (III) 
filosofia gerencial, (IV) avaliação e desempenho etc. 
 
Subsistema de Gestão: Tal subsistema define como a empresa deve ser 
administrada, baseada na definição do modelo de gestão que está alinhada 
com o subsistema institucional, e do subsistema de produção é que as 
decisões são tomadas. Caracteriza a orientação ao processo de gestão 
(planejamento, execução e controle). Peleias (2002) ensina que o subsistema 
de gestão, como forma de conduzir a empresa a uma situação desejada futura, 
define o modelo de processo de gestão organizacional quanto ao planejamento 
das atividades, técnicas e métodos de execução e os mecanismos de controle. 
 
Subsistema organizacional ou formal: O foco desse subsistema é evidenciar 
a estrutura organizacional com suas atividades orientadas para consecução do 
cumprimento da missão, sendo um importante subsistema que define toda a 
estrutura de funcionamento da empresa quanto ao aspecto funcional e unidade 
organizacional e a forma de autonomia das pessoas que executam as 
atividades relativas a estas funções e a essas unidades organizacionais. 
 
Subsistema psicossociopolítico-cultural: subsistema responsável por 
orientar o comportamento das pessoas na organização baseado no subsistema 
institucional e modelo de gestão, definindo as competências humanas e 
técnicas necessárias ao cumprimento dos objetivos organizacionais. Este 
subsistema é fortemente impactado pelo subsistema institucional e está 
interligado aos demais subsistemas através da sinergia criada (clima 
organizacional) que orienta padrões de comportamento na execução das 
atividades na busca no cumprimento dos objetivos organizacionais. 
 
Subsistema de produção, físico-operacional ou físico: Neste subsistema, 
um conjunto de elementos físicos é utilizado pelas pessoas na execução de 
suas atividades com o objetivo de transformar os elementos físicos em 
28 
 
produtos ou serviços, ou seja, evidencia a capacidade de materializar o 
planejado, tornando-o aquilo que era abstrato em algo real. Neste subsistema, 
apenas, os elementos físicos fazem parte excluindo-se as pessoas. 
Subsistema de informação: Este subsistema tem como função subsidiar os 
demais sistemas, coletando e processando dados que deverão gerar 
informações para atender a todos os usuários em nível gerencial e operacional. 
A inter-relação deste sistema implica que uma informação de uma área pode 
ser um dado para outra. Por exemplo, a matéria-prima gerou informação para o 
setor de controle de estoque e essa informação gerou um dado no setor de 
compras para processar a necessidade de comprar esta matéria-prima. 
 
A IMPORTÂNCIA DA VISÃO SISTÊMICA EM UMA EMPRESA 
 
 Entende-se por visão sistêmica a capacidade que um profissional tem de 
"enxergar" a empresa como um todo, bem como, entender o funcionamento e a 
integração de seus processos de obtenção, transformação e entrega de seus 
serviços, produtos e informações, ao mercado e aos seus clientes. Entender 
como se integram os processos internos e como eles se relacionam com o 
ambiente externo, como circulam as informações veiculadas através destes 
processos internos, desde seus pontos de origem, nos quais são geradas, até 
seus destinos, nos quais são utilizadas é uma característica de quem possui a 
competência visão sistêmica. 
 Possuir visão sistêmica é importante para todos os profissionais de uma 
organização, pois, estes poderão se posicionar na estrutura organizacional e 
compreenderem seu papel como membros de uma equipe na execução de 
suas tarefas inerentes aos seus cargos dentro das áreas organizacionais em 
que atuam. 
 Aos gestores, possuir visão sistêmica é requisito obrigatório para o 
exercício das funções dos cargos que ocupam, seja nas relações internas com 
seus superiores, pares ou subordinados, seja nas relações externas, quando 
representam a organização em seus diversos relacionamentos profissionais; 
29 
 
pois, escolhas de alternativas, definições de ações e tomadas de decisão 
exigem de quem se utiliza destes instrumentos de administração, capacidade 
de analisar, ponderar e avaliar os reflexos de suas ordens em todo o contexto 
organizacional, enxergando a organização como um todo e como esta irá reagir 
frente às suas decisões. 
 A visão sistêmica pode e deve ser desenvolvida gradativamente pelas 
pessoas, em diferentes momentos e níveis organizacionais, mormente por 
aquelas que aspiram cargos de gestores. Planejar as ações para o 
desenvolvimento desta competência, organizar e coordenar o processo de 
ensino e aprendizagem e incentivar as pessoas para que pratiquem a nova 
competência adquirida é um desafio que deve fazer parte do arsenal de 
projetos estratégicos que a área de gestão de pessoas se propõe a executar na 
organização. 
30 
 
 
INTRODUÇÃO A 
CONTABILIDADE DE 
CUSTOS 
2 
Conhecimento 
Entender os Custos de uma empresa. 
 
 
Habilidades 
Identificar os termos da contabilidade geral em uma empresa. 
 
 
Atitudes 
Desenvolver maneiras de ajudar na contabilidade geral. 
Saber desenvolver estratégias de melhoria utilizando os tipos de custos 
existentes em uma empresa. 
31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
INTRODUÇÃO 
 
 A Contabilidade de Custos é um dos segmentos da Contabilidade, sendo 
de uso comum nas empresas industriais, no entanto, as demais modalidades 
de empresas (prestadoras de serviços e comerciais) a utilização devido a 
orientação trazida por suas informações no processo de tomada de decisão. 
 Vale salientar que a Contabilidade de Custos centra sua atenção no 
estudo da composição e no cálculo dos custos, além de observar o resultado 
dos centros ou dos agentes do processo produtivos, tendo como característica 
ser de caráter interno. 
 A Contabilidade de Custos não surgiu completa, todavia, no decorrer do 
seu processo evolutivo observado até os dias de hoje, vem demonstrando sua 
utilidade como instrumento gerencial do planejamento e do controle. 
 Pode-se asseverar então que a Contabilidade de Custos mensura e 
retrata informações financeiras e não financeiras relacionadas à aquisição e ao 
consumo de recursos de uma entidade. 
 
ORIGEM E EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS 
 
 A Contabilidade de Custos nasceu no século XVIII, a partir da Revolução 
Industrial, onde, até então a Contabilidade da época mostrava-se suficiente às 
necessidades dos empresários, ao passo que a determinação do custo de uma 
mercadoria era facilmente detectada. 
 Desta forma, o comerciante ao comprar uma determinada mercadoria 
por $50,00, esse seria o custo, desta forma, venderia tal mercadoria pelo 
mesmo valor, para não incorrer em prejuízo. Observa-se que a determinação 
do quanto custou uma mercadoria era de fácil mensuração. 
 Os comerciantes para apurar o resultado do exercício somavam as 
receitas e subtraíam delas o custo da mercadoria vendida, gerando o lucro 
33 
 
bruto. Do lucro bruto eram deduzidas as demais despesas e, assim, 
encontravam o lucro ou prejuízo do período (esse sistema de apuração ainda 
hoje é utilizado pela contabilidade). 
 
Exemplo: 
Vendas 
(-) custo das mercadorias vendidas 
(=) lucro bruto 
(-) despesas administrativas 
(-) despesas comerciais (-) despesas financeiras 
(=) lucro/prejuízo 
 
 Para se proceder ao levantamento da apuração do resultado de cada 
período, fazia-se a contagem do estoqueem termos físicos, onde, o cálculo era 
feito por diferença apurando o quanto se possuía de estoque inicial 
adicionando as compras do período e comparando com o que ainda restava. 
Desta forma apurava-se o valor de aquisição das mercadorias vendidas, 
representadas pela seguinte fórmula: 
 
Estoques Iniciais (+) Compras (-) Estoques Finais = Custo das 
Mercadorias Vendidas 
 
 Com o surgimento da Revolução Industrial, a Contabilidade de Custos 
apresentou grande valia, devido à necessidade da avaliação dos estoques 
(insumos, produto final, dentre outros), ou seja, os processos de produção 
passaram a ser mecanizados, produzindo em grandes quantidades produtos 
padronizados, utilizando grandes estruturas industriais, além de máquinas e 
equipamentos que aceleravam a produção. 
34 
 
 
 Diante dos fatos, as indústrias se depararam com uma nova 
necessidade contábil, capaz de determinar o custo de cada unidade produzida, 
visto que tal custo já não era tão facilmente obtido, como em momentos 
anteriores a Revolução Industrial. 
 A Contabilidade de Custos não é uma “ciência” estática, desta forma, 
com o passar dos tempos, houve uma evolução considerável em seu campo de 
atuação, passando a gerar informações, não só para controle, mas também 
para o planejamento e tomada de decisão. 
 No tocante ao seu processo evolutivo, a Contabilidade de Custos 
aparece nos Estados Unidos como técnica independente e sistemática, 
envolvendo a produção industrial, sobretudo estudando os problemas de mão-
de-obra e repercussões no custo industrial, vindo a se preocupar de modo 
menos empírico com os custos de material consumido (direto) nas operações, 
buscando a visão global do processo produtivo, momento em que são 
discutidos os maiores entraves da Contabilidade de Custos, os chamados 
Custos Indiretos de Fabricação (CIF). 
 Denominados também de despesas indiretas de fabricação, estes vem 
historicamente sendo os grandes vilões da Contabilidade de Custos, por serem 
de difícil alocação. 
 Na Contabilidade de Custos nos dias atuais, existem critérios e técnicas 
que solucionam de modo bastante adequado os problemas relacionados a 
esse aspecto. O sistema de custos busca mensurar os gastos com a produção 
(custos totais), para que com base nestas informações possam ser realizadas 
classificações, análises, avaliações, controles e planejamentos, 
consequentemente, transforma-se num importante instrumento de gestão. 
 
 
 
 
35 
 
CONTABILIDADE FINANCEIRA, DE CUSTOS E GERENCIAL 
 
 A Contabilidade Financeira (No Brasil, fortemente influenciada pela 
Legislação Societária) tem por objetivo fornecer informações aos acionistas, 
credores, fornecedores e outros usuários externos à empresa, enfatizando o 
preparo de relatórios para tais usuários. Este segmento da Ciência Contábil é 
limitado pelos princípios contábeis, devendo se ater: 
 
 Regras de reconhecimento da receita e mensuração de custo. 
 Tipos de itens que são classificados como ativo, passivo e patrimônio 
líquido no balanço patrimonial. 
 
A Contabilidade Gerencial estuda informações a serem fornecidas aos 
tomadores de decisão, ou seja, às pessoas internas à organização, 
responsáveis pela direção e controle das operações. Desta forma, enfatizando 
na formatação de relatórios gerenciais para seus usuários internos, não 
estando restrita aos princípios contábeis. 
Da mesma forma que a Contabilidade Geral, a Contabilidade de Custos 
não surgiu completa, todavia, seu processo evolutivo de aperfeiçoamento é 
verificado até os dias atuais. A Contabilidade de Custos, em todas as 
atividades empresariais, reflete sua utilidade como instrumento gerencial do 
planejamento e do controle, e principalmente, na tomada de decisão. 
 Pode-se assegurar que a Contabilidade de Custos mensura e relata 
informações financeiras e não financeiras relacionadas à aquisição e ao 
consumo de recursos pela organização. A avaliação dos estoques e a 
apuração do resultado econômico, por meio do controle de custos, trazem 
condições para o acompanhamento do desempenho empresarial, vinculando a 
aplicação do ciclo da contabilidade de custos aos resultados preestabelecidos. 
 
 
36 
 
FINALIDADES DA CONTABILIDADE DE CUSTOS 
 
 Dentre as principais finalidades da Contabilidade de Custo, destacam-
se: 
 
a) Determinar os custos para determinado período; 
b) Controlar as quantidades físicas produzidas, através do custo médio; 
c) Estabelecer sistemas de controle de custo que permitam análises, 
comparações, redução ou melhoramentos do custo; 
d) Fornecer dados de custo com relação a determinadas alternativas, a fim de 
que a administração possa tomar decisões quanto à escolha; 
e) Subsidiar as informações tanto a Contabilidade Gerencial quanto a 
Contabilidade Financeira. 
 
TERMOS UTILIZADOS NA CONTABILIDADE DE CUSTOS 
 
 Como as demais ciências e técnicas, a Contabilidade de Custos 
apresenta um rol de termos utilizados na sua execução. Destacam-se: 
 
Gasto - é a renúncia de um ativo feita pela empresa (dinheiro ou promessa de 
entrega de bens e direitos), para obtenção de um bem ou serviço - seja para 
uso, troca, transformação ou consumo. Podem ser classificados em: 
 
 Investimentos; 
 Custo; 
 Despesa; 
 Perda 
37 
 
Investimentos – são gastos destinados à obtenção de bens, direitos ou serviços 
que serão ativados em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis à 
períodos futuros. 
 
Custo - são gastos que a entidade realiza com o objetivo de por o seu produto 
pronto para ser comercializado, fabricando-o ou apenas revendendo-o, ou o de 
cumprir com o seu serviço contratado. É todo dispêndio efetuado (ou ainda 
devido) pela empresa, que esteja diretamente relacionado ao processo de 
industrialização, comercialização ou de prestação de serviços. Em uma 
indústria, o preço pago ou a pagar pela matéria prima, pelos salários dos 
empregados da fábrica, pela energia elétrica da fábrica, pelo aluguel da fábrica 
etc., representam custos porque estão “ligados” ao processo de produção de 
outros bens e serviços. 
 
Despesas – são gastos efetuados para obtenção de bens ou serviços aplicados 
nas áreas administrativa, comercial ou financeira, visando a obtenção de 
receitas. 
 
Desembolso – é o pagamento resultante da aquisição de bens ou serviços e 
pode ocorrer antes, durante ou depois da entrega dos bens ou serviços 
comprados, portanto, pode haver ou não defasagem em relação ao momento 
do gasto Diferença entre Custo e Despesa - vai para o Resultado, não é 
recuperada nas vendas, provoca redução do Ativo (adquiridas à vista) ou 
aumento do Passivo (adquiridas a prazo). 
 
Custo – Vai para o produto, é recuperado diretamente nas vendas, vai para o 
estoque e aumenta o Ativo. 
 
Perda – gasto não intencional, ocorrido no processo de fabricação, no 
transporte ou manuseio de produtos, podendo ser: 
38 
 
 Decorrente de fatores externos/fortuitos: Considera-se despesa e vai 
para o Resultado do Exercício. 
 Decorrente da atividade produtiva da empresa: Integra o custo do 
produto. 
 
Apropriar e Alocar – Identificar gastos, ou “distribuir recursos” a um 
determinado produto ou fim específico. Pode também significar agregar, ou 
somar, quando estiver relacionado à acumulação de gastos em um centro de 
custo. 
 
Objeto de custeio – é qualquer item, como produtos, clientes, departamentos, 
processos, atividades, e assim por diante, para o qual os custos são medidos e 
atribuídos. 
 
Custeio – é a técnica ou procedimento de se obter o custo de um objeto de 
custo qualquer (um produto, um serviço, um cliente etc.). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
 
CLASSIFICAÇÃO E 
NOMENCLATURA DE 
CUSTOS 
 
3 
Conhecimento 
Compreender os custos existentes em uma empresa. 
 
 
Habilidades 
Identificar os tipos decustos dentro de uma empresa. 
 
 
Atitudes 
Desenvolver estratégias de combater os custos desnecessários em uma 
empresa. 
41 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
CUSTOS DIRETOS 
 
 É o custo que pode ser identificado e diretamente apropriado a cada tipo 
de bem ou objeto a ser custeado no momento de sua ocorrência, ou seja, está 
ligado diretamente a cada tipo de bem ou função de custo. É aquele que pode 
ser atribuído (ou identificado) direto a um produto, linha de produto, centro de 
custo ou departamento. Não necessita de rateios para ser atribuído ao objeto 
custeado, ou ainda, são aqueles diretamente vinculados no cálculo dos 
produtos, sendo: os materiais diretos usados na fabricação do produto e a 
mão-de-obra direta. 
 Os custos diretos têm a propriedade de ser perfeitamente mensuráveis 
de maneira objetiva. Os custos são qualificados aos portadores finais 
(produtos), individualmente considerados. Por exemplo: a madeira para fabricar 
móveis, os salários de todos os operários que trabalham diretamente no 
produto. 
 Desta forma, pode-se afirmar que os custos diretos são aqueles que 
podem ser diretamente apropriados aos produtos, bastando apenas que se 
tenha uma unidade de medida de consumo, como Kg de matéria-prima por 
produto, unidades de embalagem utilizada no produto, horas de mão-de-obra 
gastas no produto, etc. 
 A matéria-prima é um custo direto por ser possível alocar eficientemente 
seus gastos em cada produto, ou seja, pode-se avaliar o quanto de matéria-
prima foi utilizada em cada unidade de produto. 
 
 
 
 
 
 
43 
 
CUSTOS INDIRETOS 
 
 É o custo que não se pode apropriar diretamente a cada tipo de bem ou 
função de custo no momento de sua ocorrência, ou seja, são aqueles 
apropriados aos portadores finais mediante o emprego de técnicas que só 
obedecem parcialmente o princípio da causação. 
 Desta forma, atribui-se parcelas de custos a cada tipo de bem ou função 
por meio de critérios de rateio. É um custo comum a muitos tipos diferentes de 
bens, sem que se possa separar a parcela referente a cada um, no momento 
de sua ocorrência. Ou ainda, pode ser entendido, como aquele custo que não 
pode ser atribuído (ou identificado) diretamente a um produto, linha de produto, 
centro de custo ou departamento. 
 Faz-se necessário critério de rateio ou parâmetros para atribuição ao 
objeto custeado. São aqueles que apenas mediante aproximação podem ser 
atribuídos aos produtos por algum critério de rateio. São os materiais (como 
cola e verniz consumidos na fabricação de móveis) a mão de obra indireta 
(chefia, supervisão, operários que cuidam da manutenção de equipamentos) e 
os demais custos de fabricação (seguros, impostos, aluguel da fábrica). 
 Como exemplo de custos indiretos, tem-se: mão-de-obra indireta, 
representada pelo trabalho nos departamentos auxiliares nas indústrias ou 
prestadores de serviços e que não são mensuráveis em nenhum produto ou 
serviço executado; materiais indiretos, que são materiais empregados nas 
atividades auxiliares de produção, ou cujo relacionamento com o produto é 
irrelevante (graxas e lubrificantes); outros custos indiretos, sendo os custos que 
dizem respeito à existência do setor fabril, (depreciação, seguros, transporte e 
refeições da mão-de-obra). 
 Vale ressaltar que os custos diretos são atribuídos diretamente aos 
produtos, e os custos indiretos devem antes ser alocados setorialmente, para, 
só então, posteriormente, serem transferidos aos produtos, onde, denomina-se 
rateio de custos indiretos, o processo de transferência sucessiva dos custos 
44 
 
indiretamente, primeiro sobre os setores da empresa e, após, sobre os 
produtos. 
 
CUSTOS FIXOS 
 
 São os custos que mantém um dimensionamento constante, sem 
depender do volume de produção, ou ainda, os custos de estrutura que 
permanecem por vários períodos sem variações, não ocorrendo em 
consequência de variação no volume de atividade em períodos iguais. 
 São os custos que permanecem constantes dentro de determinada 
capacidade instalada, independente do volume de produção, ou seja, uma 
alteração no volume de produção para mais ou para menos não altera o valor 
total do custo, onde, tem-se como exemplo o salário da diretoria, aluguel, 
seguros, dentre outros. 
 O principal exemplo é o aluguel de imóvel ocupado por indústria, cujo 
valor mensal é o mesmo em cada período, independentemente do volume 
produzido. Mesmo quando o valor do aluguel é reajustado, o custo continua 
fixo porque houve apenas uma atualização do valor contratado, em função da 
desvalorização do poder aquisitivo da moeda. Outro exemplo é a depreciação 
calculada pelo método das cotas constantes, em que o valor de cada período é 
sempre o mesmo independentemente do volume produzido pelo equipamento 
que está sofrendo depreciação. 
 Segundo Ludícibus (1987), os custos fixos, por sua vez, são fixos, mas 
nas intenções dos que assim os classificam do que na realidade. Muitas vezes, 
embora fixos quanto à intensidade do esforço ou dos serviços envolvido, 
sofrem variações devidas apenas à inflação ou acréscimo de preços. Somente 
algumas despesas, tais como ordenados do pessoal administrativo, são fixas, 
ou pelo menos previsíveis para o período orçamentário, desde que os reajustes 
sejam previsíveis. 
 
45 
 
 Dentre as principais características dos custos fixos, tem-se: 
 
 O valor total permanece constante dentro de determinada faixa da 
produção; 
 O valor por unidade produzida varia à medida que ocorre variação 
no volume de produção, por tratar de um valor fixo diluído por uma 
quantidade maior; 
 Sua alocação para os departamentos ou centros de custos 
necessita na maioria das vezes, de critérios de rateios determinados 
pelo contador de custos; 
 As variações dos valores totais podem ocorrer em função de 
desvalorização da moeda ou por aumento/redução significativa do 
volume de produção. 
 
CUSTOS VARIÁVEIS 
 
 São os custos que variam de acordo com o objeto de custeio ou ainda, 
em alguns casos que se modificam em função da variação do 
volume/atividades das operações, ou seja, da variação na quantidade 
produzida no período. Quanto maior o volume de produção, no período, maior 
será o custo variável. 
 Em uso geral, a palavra “variável” significa simplesmente “mutável”, 
porém em contabilidade, variável tem um significado mais restrito. Refere-se, 
não as mudanças que ocorrem no tempo, ou a estações, mas somente as 
mudanças associadas com o nível de atividades, isto é, com o volume. Se o 
custo aumenta à medida que cresce o volume, é um custo variável. Segundo 
Anthony, “os custo variáveis variam direta e proporcionalmente com o volume”. 
 Na realidade são os custos que mantêm relação direta com o volume de 
produção ou serviço. Dessa maneira, o total dos custos variáveis cresce à 
medida que o volume de atividades da empresa aumenta. 
46 
 
 Características dos custos variáveis: 
 
 Seu valor total varia na proporção direta do volume de produção; 
 O valor é constante por unidade, independentemente da 
quantidade produzida; 
 A alocação aos produtos ou centros de custos é, normalmente, 
feita de forma direta, sem a necessidade de utilização de critérios de 
rateios. 
 
O quadro abaixo ilustra a classificação dos custos e despesas: 
 
47 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
48 
 
MÉTODOS DE CUSTEIO 
 
 4 
 
Conhecimento 
Compreender que existem vários métodos de custeio em cima de um produto. 
 
 
 
Habilidades 
Identificar os tipos de custeio e adequá-los na melhor maneira no produto. 
 
 
 
Atitudes 
Desenvolver métodos e critérios para avaliar um produto e assim poder colocar 
um dos tipos de custeio no objeto para sua venda. 
 
 
 
49 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
 
CONCEITO DE MÉTODOSDE CUSTEIO 
 
 Entende-se por método de custeio, a forma como as empresas agregam 
ao preço de venda seus custos de fabricação, tendo como principal objetivo 
fazer a distinção de custos variáveis e custos fixos e definir qual seu peso 
dentro do preço de venda do produto. 
 Dentre os métodos de custeio, destacam-se: custeio variável; custeio por 
absorção; custeio ABC (Activity Based Costing); Custeio RKW 
(Reichskuratorium fur Wirtschaftlichkeit); custeio padrão. 
 
CUSTEIO POR ABSORÇÃO 
 
 Este método de custeio considera todos os custos diretos e indiretos 
incorridos na produção para apurar o seu custo final. 
 Segundo FLORENTINO (1983) no custeamento por absorção procura-se 
descarregar ao máximo toda a gama de custos existentes na empresa, mas, 
assim mesmo, em certos casos, os gastos de caráter tipicamente de 
administração geral poderão ficar fora da absorção e ser levado ao resultado. 
 Para MARTINS (2000) custeio por absorção é o método derivado da 
aplicação dos princípios de Contabilidade geralmente aceitos, nascido da 
situação histórica mencionada. Consiste na apropriação de todos os custos de 
produção aos bens elaborados, e só os de produção; todos os gastos relativos 
ao esforço de fabricação são distribuídos para todos os produtos feitos. 
 No método de custeio por absorção os princípios contábeis são 
respeitados, sendo esta uma das razões que o torna o mais utilizado dos 
métodos, sendo este o método obrigatório e é o único aceito pela legislação 
brasileira. 
 
 
51 
 
Suas vantagens são: 
 
 Está de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos e 
com a legislação fiscal, fato que não interfere na contabilidade gerencial, 
que não está adstrita ao arcabouço legal; 
 Os custos fixos de produção assumem grande relevância; 
 Tem melhor aceitação, por ser de fácil implementação já que 
todos os custos inerentes à produção são absorvidos pelo custo unitário; 
 É interessante para empresas que tem giro próprio de seus 
produtos; 
 O custo fixo é levado a estoque e só transforma-se em resultado 
no momento da venda; 
 Cria dentro da empresa um sistema de taxa que fornece aos seus 
gestores um indicativo de prioridade no consumo dos recursos. 
 
 Dentre as desvantagens deste método de custeio, tem-se: 
 
 Incorpora ao valor dos estoques os custos fixos indiretos, o que 
gera uma superavaliação de estoques, pois, custos indiretos fixos 
deveriam ser registrados como despesa do período a que se refere; 
 Promove distorções nas decisões devido à arbitrariedade dos 
rateios e de incentivar a superprodução; 
 Destaca-se o seu uso apenas para relatórios contábeis externos; 
 Leva a decisões econômicas inadequadas, incentivando a 
redução dos custos unitários; 
 Contêm quase sempre uma arbitrariedade, pois, as alocações são 
feitas sem vincular o custo a cada produto; 
52 
 
 O custo unitário sempre é mascarado por incorporar o custo fixo 
indireto. 
 
CUSTEIO VARIÁVEL 
 
 No custeio variável ou direto, somente os custos que forem 
conseqüência da produção farão parte do cálculo do custo unitário do produto. 
Nesse sistema deve-se classificar os custos do produto e os custos fixos e 
variáveis, onde os custos variáveis serão apropriados ao custo do produto e os 
custos fixos serão diretamente lançados ao resultado do período em que 
ocorreram. 
 Conforme FLORENTINO (1983) a técnica do custeio direto segue o 
princípio de não ratear e não distribuir, aos custos dos produtos, as parcelas de 
custos fixos. Na técnica do custeio direto todos os custos diretos variáveis são 
imputados aos custos dos produtos ou serviços mediante sistemas de 
apuração e medição. 
 Por tal definição observa-se que a diferença entre o custeio por 
absorção se dá quando se faz o levantamento dos custos de mercadorias e ou 
serviços vendidos. No primeiro, todos os custos relativos aos produtos 
aplicados no período são considerados para se fazer o resultado, já nesse, 
apenas os custos de produtos vendidos no período são considerados, e os 
custos fixos não entram nesse cálculo, que são levados ao resultado como 
despesas fixas e não como custo de produção. 
 Martins (2000) entende que no custeio direto, só são alocados aos 
produtos os custos variáveis, ficando os fixos separados e considerados como 
despesas do período, indo diretamente para o resultado, para os estoques só 
vão, como consequência, custos variáveis. 
 Pode-se concluir que o custeio variável não se preocupa com a 
obtenção do custo unitário ao contrário do custeio por absorção. 
53 
 
 O custeio direto ou variável não é aceito pelo fisco, pelos auditores 
independentes nem por contadores, embora do ponto de vista gerencial é o 
que melhor mostra as variações, por tratar os custos fixos como despesa, 
deixando os custos variáveis mais visíveis aos olhos dos gestores. Este 
método fere os princípios contábeis, pois apropria os custos fixos de produção 
como despesas dentro do período independente de sua venda ou não, pois o 
princípio da competência prevê que se devem apropriar as receitas e delas 
deduzir todos os sacrifícios envolvidos na sua obtenção. Então, fabrica-se hoje, 
incorre-se o custo de fabricação hoje, porém a receita pode não ser de todos 
os produtos fabricados, pode-se vender boa parte da produção em outro 
período, daí, a não aceitação deste método pelo fisco, pois, não seria correto 
lançar todo custo fixo contra as vendas de hoje se parte da produção ficou em 
estoque. 
 Do ponto de vista da gestão, a empresa pode fazer a apropriação pelo 
custeio direto, e ao encerrar o exercício, fazem-se os ajustes necessários no 
resultado para o levantamento do Balanço e DRE do período. 
 
 As principais vantagens deste método são: 
 
 O impacto dos custos fixos nos resultados é salientado porque o 
total desses custos aparece no demonstrativo de resultados; 
 Os custos de manufatura e os demonstrativos de resultado pelo 
sistema de custeio direto refletem uma melhor apresentação do que pelo 
custeio por absorção, por essa razão a gerência entende mais 
facilmente os relatórios mostrados na forma do custeio direto. 
 O custeio direto adapta-se melhor aos instrumentos de controle 
da organização, tais como o custo-orçado e os orçamentos. 
 O custo dos produtos é medido objetivamente, pois, não sofrerá 
processos arbitrários ou subjetivos de distribuição dos custos comuns; 
54 
 
 O lucro líquido não é afetado por mudanças de aumento ou 
diminuição de inventários; 
 Os dados necessários para a análise das relações custo-volume-
lucro são rapidamente obtidos no sistema de informação contábil; 
 É mais fácil para os gerentes industriais entenderem o 
custeamento dos produtos sob o custeio direto; 
 O custeamento direto é totalmente integrado com o custo-padrão 
e com o orçamento flexível, possibilitando o correto controle de custos. 
 
Dentre as desvantagens deste método observam-se: 
 
 As dificuldades encontradas na separação entre custos fixos e 
custos variáveis são uma constante. Os erros ou inconsistências na 
classificação dos custos e ainda as mudanças dos custos variáveis torna 
este custeio limitado. 
 A exclusão dos custos fixos indiretos para valoração dos 
estoques causa a sua subavaliação, fere os princípios contábeis e altera 
o resultado do período; 
 Na prática, a separação dos custos fixos e variáveis não é tão 
clara como parece; 
 O custeamento direto é um conceito de custeamento e análise de 
custos para decisões de curto prazo. 
 
CUSTEIO ABC (ACTIVITY BASED COSTING) 
 
 Esse método de custeio procura amenizar as distorções ocasionadas 
pelos rateios dos custos indiretos, abordadas nos métodos tradicionais de 
custeio como a absorção e o direto. Essa abordagem divide a empresa em 
atividades, ou seja, cada atividade descreve o que é feito, quanto tempo é 
55 
 
gasto, que tipo de recursos são utilizados para cada atividade. Essemétodo de 
custeio faz o rastreamento dos custos, enquanto que os métodos mais usados 
(absorção e direto) fazem rateio de custos. 
 O Activity Based Costing-ABC, surgiu no fim dos anos 80 e está se 
aprimorando até os dias atuais. Seu desenvolvimento deu-se devido a grande 
concorrência, pois, nestes tempos não mais a mão de obra e as máquinas 
eram os diferenciais competitivos, assim os gestores passaram a necessitar de 
informações gerenciais além dos relatórios financeiros. Passa-se a partir daí a 
necessitar de informações mais precisas dos processos produtivos. 
 Outro fator que contribuiu para o desenvolvimento do ABC é que até o 
início dos anos oitenta, os custos indiretos de fabricação não representavam 
tanto no contexto da produção, porém com o desenvolvimento da tecnologia, 
os custos indiretos (CIF) passaram a representar níveis acima de 30% dos 
custos dos produtos, e os critérios de rateio ficaram cada vez mais subjetivos, 
provocando grandes distorções muito grandes na composição do preço dos 
produtos. 
 Este método não é muito utilizado devido a sua complexidade no que 
tange ao mapeamento das tarefas e/ou processos produtivos. É necessário 
conhecer a fundo o chão de fábrica para que o modelo de custeamento seja 
correto. 
 O CAM I (1991) – The Consortium for Advanced Manufacturing 
International – definiu o custeio baseado em atividades como um método que 
reconhece o relacionamento causal dos direcionadores de custos para custear 
as atividades, através da mensuração dos custos e do desempenho do 
processo relativo às atividades e aos objetos dos custos. Provocando 
distorções muito grandes na composição do preço dos produtos. 
 
 
 
 
56 
 
 Dentre as vantagens deste método, tem-se: 
 
 Identifica os custos no processo produtivo e não por volume 
produzido, o que facilita localizar as tarefas dispendiosas com maior 
precisão; 
 Considera cada tarefa da empresa para ratear custos indiretos de 
produção; 
 Deixa claros os desperdícios existentes nas despesas indiretas ao 
contrário do que acontece no sistema tradicional onde a ênfase está na 
redução de custos diretos; 
 Facilita a determinação de custos relevantes; 
 Avalia a eficiência e a eficácia da atividade; 
 Determina as metas de curto e longo prazo da empresa; 
 Identifica as atividades da empresa; 
 Faz um rastreamento de custos ao invés de rateio de custos. 
 
Já as desvantagens do custeio ABC são observadas: 
 
 Devido ao seu minucioso detalhamento, o mesmo pode tornar-se 
inviável por exigir um número excessivo de informações; 
 Custo – benefício da implantação nem sempre é positivo. 
 
 
CUSTEIO RKW (REICHSKURATORIUM FUR WIRTSCHAFTLICHKEIT) 
 
 Esta metodologia também conhecida como custeio pleno, surgiu na 
Alemanha e consiste no método em que todas as despesas tanto de produção 
como despesa da administração da empresa são rateadas. A técnica utilizada 
57 
 
para esse rateio é similar às dos custeios tradicionais, onde cada departamento 
da organização recebe sua cota de custos de maneira que no final, o rateio 
será sobre os produtos da empresa. 
 Através deste rateio, encontra-se ao valor unitário do produto. Segundo 
NASCIMENTO & VARTANIAM (1999), o método de custeio pleno é aquele em 
que todos os custos e despesas de uma entidade são levados aos objetos de 
custeio, normalmente unidades de produtos e/ou ordens de serviços. 
 A vantagem deste método é o fato de levar em consideração todos os 
gastos de uma organização sem qualquer exceção. Dentre suas desvantagens, 
se observa que tal método não distingue entre custos fixos e variáveis, o que 
pode levar a empresa a não vender determinado produto por não cobrir o custo 
do produto, porém o custo estaria distorcido visto que uma parcela dos custos 
fixos totais já está embutida ao produto e o custo unitário do produto não é real. 
 
CUSTEIO PADRÃO 
 
 Também conhecido como custo pré-determinado pode ser conceituado 
como o custo que a empresa determina como meta a ser alcançada para um 
determinado período para um produto ou serviço específico. 
 Segundo PADOVEZE (1994) o custo padrão é uma das técnicas para 
avaliar e substituir a utilização do custo real. 
 O conceito de custo padrão mais aceito é o denominado padrão 
corrente, sendo calculado para um determinado período, considerando-se as 
deficiências que existem na empresa como desperdícios, matéria-prima de 
baixa qualidade, equipamentos e máquinas sucateadas, dentre outras, o que 
difere do custo padrão ideal, onde este não leva em consideração tais detalhes 
da empresa, visto que, surgiu da tentativa de se criar um custo em laboratório, 
um custo pronto, no entanto, pouco foi utilizado. 
 O padrão corrente por sua vez é o mais utilizado, ao passo que se 
aproxima da realidade da empresa. Segundo MARTINS (2000) o custo padrão 
58 
 
corrente é o mais científico, no sentido de que faz a união entre aspectos 
teóricos e práticos da produção, enquanto o custo estimado só levaria em 
conta os práticos, podendo por isso nunca apontar defeitos ou ineficiências que 
seriam sanados com aquele. 
 O principal objetivo do custo-padrão é fixar um padrão de 
comportamento para os custos, isto é, encontrar qual o montante máximo para 
determinado produto ou serviço e ao final do período se apuram esses custos, 
fazendo-se a comparação com os incorridos na realidade. 
 
Segundo BORNIA (2002:89) o método do custo padrão consiste em: 
 
a) Fixar um custo padrão, que servirá de referência para a análise dos 
custos; 
b) Determinar o custo realmente incorrido; 
c) Levantar a variação (desvio) ocorrida entre o padrão e o real; 
d) Analisar a variação, a fim de auxiliar na procura das causas (motivos) 
que levaram aos desvios. 
 
Dentre as principais vantagens deste método, se observa: 
 
 Controlar e reduzir os custos: com a comparação padrão-real 
torna-se possível identificar os pontos de maior custo; 
 Promover e medir a eficiência: pode-se verificar se os 
departamentos estão aptos para os padrões; 
 Disponibilidade antecipada de dados: com os padrões é possível 
prever quais custos irão incorrer, ou pelo menos se ter uma idéia; 
 Facilita as projeções: por ter os dados já “orçados” podem-se 
projetar os custos mais facilmente; 
59 
 
 As principais desvantagens do método de custeio padrão são: 
 
 Os próprios padrões: por ter um padrão, às vezes a gerência se 
vê bitolada a este e não procuram alterar propósitos mudando um ou 
outro detalhe; 
 Motivação x Desmotivação: quando os padrões são fixados como 
inatingíveis as pessoas envolvidas acabam desanimando, o que pode 
colocar a metodologia em franco declínio na organização; 
 Longo período de maturação: para que os padrões sejam 
coerentes devem sempre ser alterados, pois quando da sua 
implantação, irá ocorrer uma série de imperfeições e com o passar do 
tempo deverão ser aperfeiçoados, porém tais mudanças podem levar ao 
descrédito. 
60 
 
FORMAÇÃO DE PREÇO 
DE VENDA 
 
 
5 
 
Conhecimento 
Entender como calcular um preço de um produto. 
 
 
Habilidades 
Avaliar os preços adequados a ser estipulado em um produto. 
 
 
Atitudes 
Desenvolver análises de custos. 
 
 
 
61 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
62 
 
INTRODUÇÃO 
 
 A apuração dos custos dentro de uma empresa deve não só se prestar 
para o seu registro contábil, mas também para auxiliar os seus dirigentes na 
tarefa de decidir sobre: Quando é melhor comprar ou produzir? Quando parar a 
fabricação de um produto ou aumentar a de outro? Como calcular o preço de 
venda? 
 É crucial para indústria ou comércio calcular o preço de venda das 
mercadorias, onde, a etapa inicial para esse processo é obter o custo do 
produto. Após levantar tal informação, faz-se necessário identificar os 
percentuais das despesas que incidem na empresa, como impostos, comissão,inadimplência, dentre outros. 
 
IMPORTÂNCIA DOS PREÇOS DE VENDA 
 
 Toda empresa, seja industrial, comercial ou de serviços, precisa 
determinar, com precisão, seus preços de venda, sob pena de perder 
mercados (por praticar preços acima da concorrência) ou sofrer prejuízos pela 
venda de seus produtos, mercadorias e serviços abaixo do custo. 
 Basicamente, a formação do preço de venda pode ser simplificada pela 
equação Custo + Lucro + Despesas Variáveis = Preço de Venda. 
 A apuração dos custos se faz pelos próprios elementos da contabilidade, 
com auxílio de informações extra-contábeis, como controles de estoques, 
rateios de custos indiretos, horas de produção, etc. 
 Desta forma, a contabilidade de custos pode ser definida como um 
conjunto de registros específicos, baseados em escrituração regular (contábil) 
e apoiada por elementos de suporte (planilhas, rateios, cálculos, controles) 
utilizados para identificar, mensurar e informar os custos das vendas de 
produtos, mercadorias e serviços. 
63 
 
 As despesas administrativas, apesar de não serem registradas, 
habitualmente, como custos contábeis, precisam ser mensuradas e 
acrescentadas à planilha de custos, para a correta formação do preço, pois se 
tratam de encargos necessários e que devem ser remunerados pelas vendas. 
 Quanto ao lucro, convém ressaltar que este pode ser fixado por produto, 
por hora de serviço ou atividade, ou ainda em termos de percentual sobre as 
vendas. 
 As despesas variáveis compreendem, entre outras: fretes sobre vendas, 
comissões, encargos financeiros para suporte do prazo de recebimento das 
faturas e tributos sobre vendas. 
 Somados todos os itens se determinará o preço. Este precisa ser 
avaliado, comparado, analisado, equalizado com os preços da concorrência. 
Se estiver mais alto que esta, uma avaliação precisa ser feita, questionando-se: 
 
 Há excesso de custos industriais, mercadológicos ou de outras 
ordens, que estão sobrecarregando o preço? 
 A formação do preço de venda está correta, em todas as etapas? 
 Os tributos estão aplicados de forma correta na planilha? 
 A margem de lucro é compatível com a linha de produtos e o risco 
empresarial? 
 
Em outra situação, a apuração de preços muito abaixo da concorrência 
leva à necessidade do administrador a indagar: 
 
 Foram somados todos os custos reais, efetivos, dos processos, 
matérias primas, embalagens e outros itens na formação do preço? 
 Os custos aplicados são os de reposição? 
 A margem de lucro remunera adequadamente o capital 
empregado? 
64 
 
 Foram incluídos os custos financeiros para financiamento ao 
cliente na venda a prazo? 
 Todos os tributos, comissões e outras despesas variáveis foram 
incluídos na planilha? 
 
 O cálculo das despesas e os custos do produto demonstra a noção de 
qual será a margem de lucro a ser aplicada. A empresa somente conseguirá 
prosperar se praticar preços justos aos seus custos, despesas e sempre 
analisar a concorrência para obter um preço final melhor. Assim, satisfaz e 
conquista a clientela. 
 
FORMAÇÃO DOS PREÇOS DE VENDA 
 
 A definição do preço adequado de venda de um produto/serviço junto ao 
mercado depende do equilíbrio entre o preço de mercado e o valor calculado, 
em função dos seus custos e despesas. 
 O valor deve cobrir o custo direto da mercadoria/produto/serviço, 
somado as despesas variáveis e fixas proporcionais. Além disso, deve gerar 
lucro líquido. Para definir o preço de venda de um produto e/ou serviço, o 
empresário deve considerar dois aspectos: o mercadológico (externo) e o 
financeiro (interno). 
 Pelo aspecto mercadológico, o preço de venda deverá estar próximo do 
praticado pelos concorrentes diretos da mesma categoria de produto e 
qualidade. Fatores como conhecimento da marca, tempo de mercado, volume 
de vendas já conquistado e agressividade da concorrência também exercem 
influência direta sobre o valor do produto. 
 No caso do aspecto financeiro, o preço de venda deverá cobrir o custo 
direto da mercadoria/produto/serviço vendido, as despesas variáveis (por 
exemplo, comissões de vendedores), as despesas fixas (como aluguel, água, 
luz, telefone, salários, pró-labore). O saldo restante será o lucro líquido. 
65 
 
 Se o preço ditado pelo mercado for menor que o encontrado a partir dos 
custos internos da empresa, o empresário deve refazer os cálculos financeiros 
para avaliar a viabilidade da sua prática. Em outras palavras, para equilibrar o 
preço de venda, a empresa deve diminuir custos diretos, despesas fixas ou 
ainda aceitar um lucro líquido menor. 
 Para calcular a previsão de vendas de produtos/serviços, a empresa 
deve seguir algumas alternativas: 
 
 Com base nas informações internas, analisar o comportamento 
das vendas realizadas em um determinado período e projetá-la para o 
mesmo período seguinte. Alguns aspectos podem interferir nessa 
projeção, como concorrentes, novos produtos, novos hábitos dos 
consumidores e eventos especiais, tais como festas, Olimpíadas, 
eleições, Copa do Mundo etc.; 
 Por meio de pesquisas de mercado, realizar um estudo da 
demanda de mercadorias/produtos/serviços que poderia ser atendida 
pela empresa. Variáveis externas, como população, atividade 
econômica, situação política, nível de renda e emprego, concorrência, 
novos produtos etc., devem ser consideradas. 
 
RELAÇÃO CUSTO X VOLUME X LUCRO 
 
 A análise custo x volume x lucro é uma ferramenta importante para o 
planejamento do curto prazo a diferença entre o planejamento de longo ou 
curto prazo é o tipo de planejamento a ser feito. O planejamento de curto prazo 
é elaborado quando queremos realizar uma adaptação ás mudanças e o 
planejamento de longo prazo é elaborado quando se quer fazer mudanças. 
Esse tipo de análise envolve quatro variáveis: custo, receita, volume de saídas 
e lucro. 
 
66 
 
 Essa análise é baseada em alguns fatores: 
a) O preço de venda do produto, ou do serviço prestado, não se altera 
em função da quantidade que foi vendida; 
b) A análise é baseada como se a empresa trabalhasse com um único 
produto; 
c) Para tal análise, é necessário que os custos sejam divididos em 
custos fixos e custos variáveis; 
d) É preciso que a quantidade vendida seja sempre igual à quantidade 
produzida, ou seja, não são considerados os possíveis estoques. 
Dentro desse contexto, o item de mais destaque é o chamado ponto de 
equilíbrio, ou breakeven, que corresponde ao valor quantitativo que a empresa 
necessita produzir e vender para conseguir cobrir todos os custos, tanto os 
custos fixos, como os custos variáveis. No ponto de equilíbrio, a empresa não 
produz nem lucro, nem prejuízos. 
 O planejamento do lucro se faz através desta análise, pois permite 
relacionar o custo e o volume de saídas para o estabelecimento da estratégia 
de preços, seleção de um melhor mix de vendas, quando uma empresa produz 
vários produtos, aceitação de encomendas especiais e estratégias de como 
penetrar em um mercado novo. 
 A análise do custo permite que se tome uma decisão certa e para isso é 
preciso que haja uma separação entre custos fixos e variáveis. 
 Quando aumentamos o volume de produção diminuímos o valor unitário 
dos custos fixos e assim aumentamos a lucratividade. Outro conceito 
importante a ser analisado é da margem de contribuição que aumenta cada vez 
que aumenta o nível de produção. 
 Outro ponto importante é o conceito de ponto de equilíbrio ou ponto de 
ruptura "BREAK-EVEN-POINT" em inglês, ou seja, é o ponto em que o lucro da 
empresa é zero e a partir deste ponto a empresa entra na área da lucratividade 
tem como premissas: 
 
67 
 
a) Determinação dos custos e receitas; 
b) Classificação dos custos em fixos e variáveis; 
c) Permanência de todos os outros fatores (preço, métodos de produção, 
e eficiência da produtividade) envolvidos na análise permaneça 
constante. 
 
A análise do Ponto deEquilíbrio é fundamental nas decisões referente a 
investimentos, nos planejamentos de controle do lucro, no lançamento ou corte 
de produtos e para análise das alterações do preço de venda conforme o 
comportamento do mercado. Para o cálculo do ponto de equilíbrio existem três 
métodos que auxiliam a análise são eles: o método da equação, método da 
margem de contribuição e o método gráfico. 
Devemos ter em mente que a análise do ponto de equilíbrio é apenas 
um guia para o planejamento das operações da empresa devendo ser 
calculado sempre que precisamos tomar uma decisão que envolva a busca da 
competitividade quando o assunto é definição de preço. 
 
68 
 
BALANCED 
SCORECARD (BSC) 
 
 
6 
 
Conhecimento 
Compreender o que é e como funciona o Balanced Scorecard. 
 
 
Habilidades 
Identificar as perspectivas do Balanced Scorecard e fornecer uma visão de 
desempenho englobando os quatro indicadores. 
 
 
Atitudes 
Desenvolver uma gestão estratégica que une a estratégia, planejamento e 
orçamento. 
 
69 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
70 
 
CONCEITO 
 
 Inicialmente o Balanced Scorecard surgiu através de um estudo 
realizado entre diversas empresas, denominado como: "Measuring 
Performance in the Organization of the Future", e que foi patrocinado pelo 
instituto Nolan e Norton, em 1990. Esse estudo foi motivado pela crença de que 
grande parte dos métodos existentes de medição de desempenho empresarial 
naquela época estavam se tornando insuficientes. 
 A ferramenta BSC foi apresentada pelos professores da Harvard 
Business School, Robert S. Kaplan e David P. Norton, em 1992, como um 
modelo inovador de avaliação e performance empresarial, que atua como um 
sistema de suporte à decisão e à gestão estratégica. 
 O Balanced Scorecard não é uma ferramenta destinada a contadores, 
pois muitos têm essa ideia, que está ligada a contabilidade da organização, o 
BSC deve ser utilizado pelos executivos que precisam tomar uma série de 
decisões: a respeito de suas operações, de seus processos de produção, de 
seus objetivos, produtos e clientes, ou seja, visando o atingimento do 
Planejamento Estratégico da organização. 
 O BSC é um método que auxilia os gestores a desenvolver bem uma 
estratégia do princípio ao fim e depois fazer com que cada um na organização 
esteja envolvido a implementá-la (Kaplan e Norton, 2001). O mesmo autor 
afirma que os indicadores devem traduzir a estratégia da empresa e devem ser 
utilizadas para auxiliar qualquer um na organização e tentar atingir as 
prioridades estratégicas. Somente assim as empresas serão capazes de não 
apenas criar estratégia, mas também implementá-las. 
 Devido ao seu grande sucesso, o Balanced Scorecard se tornou uma 
metodologia de gestão estratégica e desde então vem sendo aplicada com 
êxito no mundo inteiro em centenas de organizações do setor privado, público 
e não governamental. 
 
71 
 
 O BSC, traduzido em sua forma literal, significa algo como "indicadores 
balanceados de desempenho", que possuem a capacidade de reunir elementos 
importantes para facilitar e acompanhar o andamento da estratégia. O 
Balanced Scorecard também leva à criação de uma rede de desempenho que 
atinge todos os níveis organizacionais, tornando-se assim uma ferramenta para 
comunicar e promover o comprometimento geral com a estratégia da 
corporação. 
 Segundo Kaplan e Norton (2001) por contemplar medidas não 
financeiras, o BSC pode auxiliar as empresas frente às mudanças do meio 
ambiente onde os ativos intangíveis da organização ganharam maior 
importância como fonte de vantagem competitiva no final do século XX. 
 
COMPONENTES DO BSC 
 
Os componentes do BSC são: 
 
 Mapas estratégicos – são os objetivos, ou seja, a tradução 
quantitativa e qualitativa da estratégia da organização, tomando como 
referência as quatro perspectivas: financeira, clientes, processos 
internos, aprendizagem e crescimento. Os objetivos estão organizados 
em mapas estratégicos estabelecendo entre si relações de causa e 
efeito. Estes mapas auxiliam todos os indivíduos da organização a 
entenderem a estratégia, e em como transformar ativos intangíveis em 
resultados tangíveis. 
 Indicador - é a chave de desempenho. Que informam como é 
medido e acompanhado o sucesso de cada objetivo. Um bom 
balanceamento dos indicadores de desempenho deve ser uma 
combinação adequada de resultados (indicadores de ocorrências) com 
impulsionadores do desempenho (indicadores de tendências) ajustados 
à estratégia da organização. Os indicadores de ocorrência mostram o 
72 
 
desempenho de ações passadas, enquanto os indicadores de tendência 
indicam os prováveis resultados futuros. 
 
Qualquer indicador deve cumprir os seguintes requisitos: 
 
 Ser claro, transmitir informação clara e confiável sobre o evento a 
analisar; 
 Fácil de obter, mediante o acesso intuitivo a uma aplicação 
informática; 
 Coerente com os fins estabelecidos, com a Visão e Missão da 
organização, medindo e controlando os resultados alcançados; 
 Adequado e oportuno, estando disponível para a tomada de 
decisão; 
 “Ter a sua unidade de medida corretamente identificada: números 
absolutos, porcentagens, dias, horas...”; 
 Ter um responsável designado capaz de atuar sobre os 
indicadores. 
 
 Metas - Trata-se do nível de desempenho esperado ou a taxa de 
melhoria requerida para cada indicador. As metas podem ser alteradas ao 
longo do tempo, permitindo uma evolução do desempenho ligado aos objetivos 
estratégicos, sem alterá-los. Ou seja, é o nível de desempenho ou taxa de 
melhoria necessária; 
 Plano de Ações a desenvolver - São planos de ação e projetos 
associados às metas fixadas ao longo do tempo, que devem ser 
implementados com o fim de viabilizá-las. São “ações de intervenção” para 
garantir que as metas sejam alcançadas. 
73 
 
 Cada um desses componentes existe de maneira ao mesmo tempo 
independente e interligada, sendo que devem ser muito bem estabelecidos 
para que o BSC possa ser aplicado de maneira eficiente. 
 
PERSPECTIVAS DO BSC 
 
 O BSC vai além de medidas de curto prazo, revelando os principais 
vetores que uma organização necessita para possuir um desempenho 
financeiro competitivo e de longo prazo. Sua estrutura é formada por quatro 
perspectivas: financeira, clientes, processos internos e perspectiva de 
aprendizado e crescimento. 
 Através de suas perspectivas, podemos perceber que a ideia principal 
do Balanced Scorecard é fornecer uma visão de desempenho integrada, 
englobando seus quatro indicadores, como mostra a imagem acima. Vale 
ressaltar que, a perspectiva financeira pode divergir dependendo de cada fase 
do ciclo de vida da empresa. Com isso em vista, Kaplan e Norton definiram os 
ciclos em apenas três fases, que são: o crescimento, a sustentação e a 
colheita: 
 
> Perspectiva dos Clientes: Essa perspectiva está intimamente ligada à visão 
da empresa e ao negócio como um todo. Ela pressupõe definições sobre o 
mercado e segmento nos quais a organização deseja competir. Sua proposta é 
monitorar a maneira pela qual a empresa entrega valor ao cliente, definindo 
indicadores de satisfação e trabalhando em cima dos resultados relacionados 
ao mesmo. O enquadramento dos desejos dos clientes tendem a ser feitos em 
quatro categorias: prazo, qualidade, desempenho e serviços, e custo. 
 
> Perspectiva dos Processos Internos: Nesta perspectiva as organizações 
identificam os processos críticos para a realização dos objetivos das duas 
perspectivas anteriores. Os processos devem criar condições para que a 
74 
 
organização forneça propostas de valor ao cliente e que seja capaz de atraí-lo 
e retê-lo nos seus segmentos de atuação, e ao mesmo tempo, criar valor para 
os stakeholders. Essa perspectiva do BSC cria uma visão de processo através 
de uma análise sequencial,

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