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TRABALHO DE INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS HISTORICOS

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Instituição de Ensino Superior de Brasília
IESB/EAD Polo Paulista - Licenciatura em História
Rebecca Gomes Alves
INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS
HISTÓRICOS
20/08/2022
São Paulo (SP)
Instituição de Ensino Superior de Brasília
IESB/EAD Polo Paulista - Licenciatura em História
Rebecca Gomes Alves
INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS
HISTÓRICOS
A RELAÇÃO ENTRE A HISTÓRIA E
OS LUGARES DE MEMÓRIA
Trabalho apresentado ao curso de graduação na universidade
da Instituição de Ensino Superior de Brasília – EAD/IESB.
Orientado pelo Prof. º Luiz Fernando de Oliveira
20/08/2022
São Paulo (SP)
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SUMÁRIO
A RELAÇÃO ENTRE A HISTÓRIA E OS LUGARES DE MEMÓRIA 2
SUMÁRIO 3
INTRODUÇÃO 4
HISTÓRIA E MEMÓRIA 5
LUGARES DE MEMÓRIA 6
EXPOSIÇÃO - O CASTELO RÁ-TIM-BUM 6
DESDE A ENTRADA 8
PERSONAGENS ICÔNICOS 9
FOTOS E CURIOSIDADES TÉCNICAS DO ACERVO 11
NA MEMÓRIA BRASILEIRA 13
REFERÊNCIAS 14
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INTRODUÇÃO
Neste trabalho, faremos uma análise sobre qual é a relação estabelecida
entre os lugares de memória, aos quais frequentemente visitamos ou ouvimos falar
como referência a acontecimentos passados que ficaram marcados na história
nacional e ou internacional e sua importância à história e aos estudos
historiográficos em geral.
Assim como, utilizando como fonte de estudo e análise a exposição do
fenômeno nacional, O Castelo Rá-Tim-Bum, seriado que foi exibido pela TV Cultura
nos anos de 1994 a 1997, marcado na memória nacional até os dias de hoje, numa
visita à uma recriação de seus cenários, figurinos, móveis, objetos e maquetes
originais.
A intenção é debater sobre como a história pode ser elaborada a partir
desses lugares, inclusive sobre o exemplo escolhido.
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HISTÓRIA E MEMÓRIA
A história monta-se através das memórias presentes na atualidade de tudo
aquilo pelo qual o mundo e a humanidade passou, até que evoluíssemos para o que
somos hoje. É uma reconstituição do passado feita de maneira crítica, baseada em
metodologias de estudo legitimados e teorias. Estuda todas as características
remanescentes em nossa sociedade e culturas, assim como, tudo aquilo que
modificou-se com o passar do tempo.
Os historiadores, procuram investigar e compreender de que modo se vivia
nos tempos antigos, modos esses que na maioria das vezes fazem forte contraste à
como se vive nos tempos atuais. Ou seja, a história é uma análise crítica do nosso
passado e um estudo do presente a partir dele.
Já a memória é um conhecimento do passado guiado pelo nosso presente e
um conhecimento que se fomenta através de lembranças individuais e coletivas mas
que também analisa jogos de poder e interesse, munida de julgamentos morais à
respeito de determinados eventos - sendo muitas vezes seletiva quanto à isso - e
por isso, na maioria das vezes passa a glorificar ou demonizar partes do passado,
tendo seus olhares de opinião a respeitos de determinados aspectos de uma época
modificados conforme as mudanças de interesse e disputas da atualidade. É uma
reconstrução do passado, que normalmente busca atender interesses econômicos,
políticos ou culturais do presente. Constitui-se através de heranças que a passagem
da humanidade pelo tempo acaba deixando para trás, como monumentos,
documentos, escrituras, objetos, tradições, lugares e outros infinitos tipos de
materialização simbólica que servem para resgatar resquícios e até mesmo provas
de um evento, cultura, época ou acontecimento associados ao passado.
História e memória são distintas uma da outra, mesmo que dialoguem
constantemente entre si e sirvam uma de fonte para a outra e vice e versa, não
devem ser confundidas como a mesma coisa. Enquanto a história tem fundamentos
num saber universalmente aceito, a memória precisa considerar a presença do
passado em nosso presente como uma chave para a legitimidade de determinados
conhecimentos, hierarquias pré estabelecidas na atualidade e até mesmo para
poder estabelecer narrativas. É um compartilhamento de lembranças e discursos
sobre eventos históricos, ancorado nos interesses e ideologias de uma sociedade
atual , sem grandes imposições ou aplicações de sensos críticos e metodologias.
Ela serve como uma fonte de estudos para a história, mas não é a história em si.
É importante frisar que, as conclusões pré existentes de uma pesquisa
histórica solidificada, não podem ser alteradas somente baseado nas vontades de
um determinado grupo que discorde ou desgoste de seus resultados. Mas a
memória tem essa constante vulnerabilidade com relação às mudanças culturais,
políticas e ideológicas do presente, como uma maneira de observar o passado sob
as lentes seletivas e vulneráveis aos grupos que disputam essa memória.
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LUGARES DE MEMÓRIA
Entendemos como lugares de memória não apenas locais como arquivos,
museus e monumentos, mas também cerimônias e tradições culturais como por
exemplo, comemorações de independência ou datas ligadas a eventos ou mártires
e heróis nacionais. Comemorações essas que em sua maioria são organizadas pelo
estado, tendo como função, celebrar acontecimentos identificáveis como essenciais
na formação de uma comunidade nacional.
Estabelecem-se através da memória, quando transformada em história,
atribuindo à objetos, locais, atos ou símbolos, valores culturais e representativos de
uma nação, por muitas vezes sendo preservados pelo estado e suas políticas de
preservação como patrimônios históricos, a fim de reforçar, criar e implementar uma
identidade coletiva na sociedade e preservar sua memória.
O interesse na busca pela identidade, faz com que se busquem elementos
que nos remetem ao passado, criando-se esses lugares de memória, que têm como
objetivo evitar que entre no esquecimento certos fatos, impondo ao mundo presente
uma noção de estabilidade no tempo. Dessa forma, os museus já não são mais
vistos como instituições imutáveis, já que seu público modifica-se constantemente
em seus aspectos culturais e sociais, ampliando-se, assim como, seus espaços.
Essas memórias, nos levam a refletir sobre nossas nações, nossa própria
humanidade, sobre os eventos aos quais sobrevivemos - assim como aqueles aos
quais não - e nos permite ampliar nossos horizontes acerca de nossas origens e o
quão importantes foram certas mudanças no passado, para que o presente pudesse
apresentar-se como atualmente, nos fazendo também entender à que futuro
caminhamos ao colocá-los em contraste.
EXPOSIÇÃO - O CASTELO RÁ-TIM-BUM
“Parcialmente inspirado no também educativo Rá-Tim-Bum, deu origem a
uma franquia televisiva, da qual também faz parte Teatro Rá-Tim-Bum e Ilha
Rá-Tim-Bum. Castelo Rá-Tim-Bum é uma criação do dramaturgo Flávio de Souza e
do diretor Cao Hamburger, com roteiros de Dionisio Jacob (Tacus), Cláudia Dalla
Verde, Bosco Brasil, Anna Muylaert, bonecos de Jésus Sêda, entre outros. Devido
ao seu caráter educativo, a produção fez parte da parceria entre Fiesp e TV Cultura,
tal como vários programas infantis-educativos da emissora. Nos créditos, é possível
ver os logotipos de: Fiesp, Sesi e Senai. Embora o programa fosse voltado ao
público de 3 a 8 anos em fase educacional, atingia uma massa de audiência entre 3
e 16 anos.”
6
Em parceria com o Museu da Imagem e do Som (MIS) de São Paulo, a
Emissora de TV, a TV Cultura, realizou em 2014 uma exposição em comemoração
aos 20 anos desde a estreia do seriado, tendo ficado aberta ao público e contando
com a recriação dos cenários e objetos utilizados em cena e nas gravações dos
episódios de maneira mais fiel possível, exibindo inclusive, os bonecos e objetos
originais e peças de roupa que foram realmente utilizadas pelos personagens, além
de outros ambientes onde se é possível ter acesso à imagens, maquetes e projetos
que remetem desde a idealização original do projeto até o seu formato final.
Tendo ficado marcado na memória brasileira como um dos seriados infantis
de televisão aberta mais assistidos dos anos 90 e 2000, por conseguir tratar de
diversos temas como lavar as mãos, cuidar dos dentes, do meio ambiente,
astronomia, sustentabilidade, arte, cultura, histórias do mundo antigo e moderno queaté hoje são essenciais para se viver em harmonia com a modernidade dos tempos
atuais, a exposição atraiu a atenção não somente do público nacional, como
também de viajantes de diversos países, tendo recebido diariamente cerca de 2200
pessoas e deixado ainda mais de 1700 pessoas em uma fila de espera, na
esperança de ter conseguido acessar a exposição mesmo depois de ter os seus
ingressos esgotados. Em 2017, a mostra foi montada no Memorial da América
Latina, também em São Paulo-SP. Dessa vez, mais de meio milhão de pessoas
foram visitar a exposição e reencontrar com os personagens que fizeram parte do
cotidiano da criançada e juventude da década de 90. Em 2018, a atração foi
instalada na cidade de Campinas, interior paulista, no espaço de eventos do
Shopping Iguatemi.
Atendendo a inúmeros pedidos, em 2022 a exposição foi aberta pela 4ª vez,
tendo sido sediada desta vez pelo Shopping Santana Parque, na zona norte de São
Paulo.
7
DESDE A ENTRADA
Esta é a entrada original do castelo, como apresentada na TV.
Esta é a recriação feita na entrada da exposição. Somos recepcionados pelo
robô do porteiro do castelo.
8
“O Porteiro, que vive na Entrada do Castelo, é o
responsável por guardá-la a sete chaves, e só deixa a
porta abrir para aqueles que desvendam seus enigmas
ou seguem suas instruções malucas. As senhas mudam
a cada dia e, se você adivinhar, o Porteiro vai falar as
palavras mágicas tão esperadas: “Klift Kloft Still, a
porta se abriu!” Qual será a senha de hoje?”
O Porteiro, apesar de ter uma aparência de lata, foi originalmente
confeccionado em PVC. Este é o boneco original utilizado nas gravações.
PERSONAGENS ICÔNICOS
Nino, o personagem principal é sobrinho do Dr. Victor e, com ele, estuda para
ser feiticeiro, mas o menino bagunceiro e atrapalhado cria mais planos e protótipos
impossíveis que possíveis.
Pedro e Biba, ambos com dez anos de idade, sempre usaram sua
criatividade para propor diversas brincadeiras. E quem não se lembra do famoso
“Por quê?” do curioso Zeca, o mais novo da turma?
9
Victor Stradivarius Victorius, mais conhecido como Dr. Victor, o inventor de 3
mil anos que coloca em prática suas poderosas e talentosas criações. O Tio Victor,
mais comumente conhecido pelo público.
Etevaldo, nome terráqueo de Itridrique 32, o personagem que veio de outro
planeta e é muito curioso para conhecer os hábitos dos humanos e outras
informações sobre o planeta Terra. As crianças adoravam responder seus
questionamentos quando ele aparecia nos episódios.
Escrito e estrelado por Marcelo Tas, o Telekid está sempre disposto a
responder às inúmeras indagações do pequeno Zeca, que não descansa antes de
ter suas curiosidades esclarecidas. Ele pode tirar suas dúvidas sobre os mais
diversos assuntos, pois, como ele não cansa de repetir, “porque sim não é
resposta”.
Dentro do Saguão do Castelo, mora o trio musical João de Barro e as
Patativas. “Passarinho, que som é esse?” Quando alguém ouve essa canção, como
num passe de mágica, entram em ação o pássaro músico João de Barro e as
passarinhas dançarinas, as Patativas, sempre alegres, para nos mostrar algum
instrumento diferente.
O pequeno Lustre do Castelo pode passar despercebido por alguns, mas é
um lindo cenário de muita diversão e conhecimento, pois, delicado e luminoso, é a
morada das irmãs Lana e Lara, as fadas que adoram brincar de adivinhação e,
rodeadas de imagens, desenhos e recortes, sempre arrumam um pretexto para
aprender e ensinar.
O especulador imobiliário Senhor Doutor Pompeu Pompilio Pomposo, mais
conhecido como Dr. Abobrinha, vive com seus disfarces para conseguir a assinatura
do contrato de venda do imóvel.
Estes são apenas alguns dos diversos e importantíssimos personagens do
seriado. Cada um deles era ansiosamente esperado a aparecer na tela pelo público.
O Castelo Rá-Tim-Bum foi um fenômeno exatamente por aliar o ensinamento com a
diversão e conseguir manter a atenção não somente das crianças com suas
peculiaridades, mas também dos pais e avós. Durante a exposição, foi possível
revisitar dezenas de detalhes incríveis dos quais nossas memórias já não
conseguiam mais se despertar sozinhas, mas bastou estar lá para recuperar
lembranças de episódios inteiros e até mesmo de canções que marcaram infâncias
ao ensinar coisas básicas como somar, de uma forma completamente diferente.
Segue abaixo imagens dos figurinos originais expostos ao público pela
exposição:
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FOTOS E CURIOSIDADES TÉCNICAS DO ACERVO
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O Dr. Victor: O figurino foi pensado para um cientista que trabalhava muito,
produzido como uma colcha de retalhos em tons vermelho, violeta e cinza. Seu
bigode foi inspirado em Salvador Dalí.
A inspiração inicial para o figurino do Etevaldo, feito de lycra colorida, foi um
desenho de ET feito pelo enteado do figurinista Carlos Gardin, quando tinha seis
anos de idade. Gardin tentou ser leal ao desenho e, inclusive, manteve o design das
botas.
Os figurinos das crianças foram feitos com cores primárias e vibrantes, mas
sem o uso da cor verde. O motivo disso foi evitar interferências no caso de alguma
filmagem em chroma-key, um efeito que tem como objetivo sobrepor imagens por
computador, propiciando a anulação da cor do fundo do cenário, que geralmente é o
verde.
O Ratomóvel é o carrinho do Ratinho que mora em um pequeno buraco do
Castelo e, feito de uma massinha mágica, ensina, por meio de músicas, a
importância de se tomar banho, escovar os dentes e reciclar o lixo. Outros
pequenos seres vivem no Castelo, como o Fura-Bolo, dedoche que nos mostra um
belo show da Dedolândia, a banda de dez integrantes rockabilly que são ótimos
professores de matemática. O Ratomóvel era um carrinho no qual se encaixava a
estrutura do rato. Nas filmagens em que aparece correndo pelo Castelo, há um
contrarregra por trás das câmeras, dirigindo-o com o controle remoto. Já o visual do
Fura-Bolo foi inspirado na imprensa americana da década de 1940; até seu chapéu
tem um detalhe em vermelho que identificava os repórteres da época.
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O ator Pascoal da Conceição caiu de paraquedas na pele do Dr. Abobrinha.
Na época, ele fazia locução de documentários internacionais para a TV Cultura. Ao
dar carona a uma pessoa que faria testes para o programa, acabou indo fazê-los
também. Na época, ele estava careca para a peça O noviço, e a produção do
Castelo pediu que continuasse assim, já que ficaria mais fácil colocar as perucas
dos disfarces.
NA MEMÓRIA BRASILEIRA
Analisando bem cada mínimo detalhe da exposição, nós acabamos
descobrindo diversas inspirações que levaram à criação do seriado e encontrar por
um exemplo, sinais de coisas que naquela época, eram consideradas utopia, como
nos quadros do personagem Telekid, onde se utilizava um computador de mão, no
formato de um telefone, onde bastava digitar a sua dúvida, que se obtinha resposta
para todas as perguntas. Hoje, nós temos livre acesso à essa tecnologia que
consideramos simples, mas que na obra era fruto de magia e imaginação.
Outra forma de acompanhar as mudanças em nosso mundo desde então,
são as inúmeras cartas expostas, de fãs que assistiam todos os dias e mandavam
seus desenhos e demonstrações de admiração e afeto aos artistas e personagens.
Hoje em dia, isso ainda pode acontecer, porém, muito raramente. É muito mais
comum que se faça um comentário nas redes sociais, mande uma mensagem nas
caixas de mensagem privada ou um e-mail.
O Castelo é uma produção nacional e paulistana, com sua estrutura
pedagógica, inspirada no construtivismo de Jean Piaget, repleta de arte
vanguardista, que misturava diversos recursos modernos à tradicionalidade
nacional, realizado durante uma das piores crises econômicas do país e
disponibilizada na televisão pública que revolucionou os programas educativos não
só da época, mas que mantêm sua influência ainda hoje, inclusive na nossa cultura
popular. Unia poesia, música, obras de arte, matemática, arqueologia, artesanato,
história e muito mais em um formato que ficou gravado na memória popular do país
e que se mantém relevante ainda naatualidade tanto em termos culturais, como
também em questões sociais e emocionais, abrangendo temas como preconceito,
respeito às diferenças e afeto.
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REFERÊNCIAS
ESTE TRABALHO BASEOU-SE EM PESQUISAS E ESTUDOS UTILIZANDO
AS SEGUINTES FONTES.
https://ccbb.com.br/wp-content/uploads/2021/06/CasteloRaTimBum.pdf
http://www.editora.puc-rio.br/media/ebook_historias_de_vida_e_memoria_social/cap
02/cap02-part10.html
https://blog.portaleducacao.com.br/lugares-de-memoria/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Castelo_R%C3%A1-Tim-Bum
https://paginacinco.blogosfera.uol.com.br/2019/12/17/por-que-castelo-ra-tim-bum-fez
-tanto-sucesso-livro-investiga-o-fenomeno/
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https://ccbb.com.br/wp-content/uploads/2021/06/CasteloRaTimBum.pdf
http://www.editora.puc-rio.br/media/ebook_historias_de_vida_e_memoria_social/cap02/cap02-part10.html
http://www.editora.puc-rio.br/media/ebook_historias_de_vida_e_memoria_social/cap02/cap02-part10.html
https://blog.portaleducacao.com.br/lugares-de-memoria/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Castelo_R%C3%A1-Tim-Bum
https://paginacinco.blogosfera.uol.com.br/2019/12/17/por-que-castelo-ra-tim-bum-fez-tanto-sucesso-livro-investiga-o-fenomeno/
https://paginacinco.blogosfera.uol.com.br/2019/12/17/por-que-castelo-ra-tim-bum-fez-tanto-sucesso-livro-investiga-o-fenomeno/

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