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Transtorno Obsessivo Compulsivo

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TRANSTORNOS PSICOPATOLÓGICOS – Prof. UESLEI SOLATERRAR DA SILVA CARNEIRO
Aula – Transtorno Obsessivo Compulsivo 
Roteiro da Aula 
1. Transtorno Obsessivo-compulsivo (TOC): 
1.1 Diferenciação entre os termos obsessão e compulsão; 
1.2 Critérios Diagnósticos; 
1.3 Transtorno Dismórfico-Corporal (TDC); 
1.4 Transtorno de acumulação; 
1.5 Tricotilomania (transtorno de arrancar o cabelo); 
1.6 Transtorno de escoriação (Skin-picking); 
1.7 Casos clínicos a partir de critérios do DMS-V. 
 
Obsessão e Compulsão 
• O transtorno obsessivo compulsivo é conhecido como TOC e pode ser caracterizado pela presença de obsessões e/ou compulsões; 
• Cheniaux (2005, p. 144) estabelece uma distinção entre obsessão e compulsão, são elas: 
➢ Obsessões: 
o Pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes e persistentes que, em algum momento durante a perturbação, são experimentados 
como intrusivos e indesejados e que, na maioria dos indivíduos, causam acentuada ansiedade ou sofrimento; 
o O indivíduo tenta ignorar ou suprimir tais pensamentos, impulsos ou imagens ou neutralizá-los com algum outro pensamento ou ação. 
➢ Compulsões: 
o Comportamentos repetitivos (p. ex.: lavar as mãos, organizar, verificar) ou atos mentais (p. ex.: orar, contar ou repetir palavras em 
silêncio) que o indivíduo se sente compelido a executar em resposta a uma obsessão ou de acordo com regras que devem ser rigidamente 
aplicadas; 
o Os comportamentos ou os atos mentais visam prevenir ou reduzir a ansiedade ou o sofrimento ou evitar algum evento ou situação 
temida; entretanto, esses comportamentos ou atos mentais não têm uma conexão realista com o que visam neutralizar ou evitar ou são 
claramente excessivos. 
➢ Exemplo (livro Psicopatologia I, Costa, 2017): 
Telma, 30 anos, comerciária. Os sintomas de Telma começaram quando tinha 21 anos. Um pensamento passou por sua cabeça: “Se eu não 
contar os postes de minha casa até o trabalho minha mãe morrerá”. Telma tentou resistir ao impulso de contar os postes, mas não conseguiu. 
No meio do caminho, desceu do ônibus, voltou para o início do trajeto e caminhou por 5 km contando todos os postes. Telma diz que achou 
muito estranho esse pensamento, mas não conseguiu resistir. Passou a fazer isso diariamente. Com o tempo, seus comportamentos foram 
ficando cada vez mais bizarros. Passou a arrumar o armário de mantimentos por tamanho, prazo de validade e altura. Seu guarda-roupa é 
arrumado por cor, tamanho e tipo. Toma diversos banhos diariamente, lava a mão por mais de cinquenta vezes ao dia. Esses comportamentos 
consomem grande parte de seu tempo, e a impedem de continuar trabalhando. 
 
TOC: Critérios Diagnósticos 
• CID 10: F42; 
• Presença de obsessões, compulsões ou ambas. As obsessões ou compulsões tomam tempo (p. ex.: tomam mais de uma hora por dia) ou 
causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida 
do indivíduo; 
• Crenças Disfuncionais: podem incluir senso aumentado de responsabilidade e tendência a superestimar a ameaça; perfeccionismo e 
intolerância à incerteza; e importância excessiva dos pensamentos (p. ex.: acreditar que ter um pensamento proibido é tão ruim quanto 
executá-lo) e necessidade de controlá-los. 
• Avaliação do insight sobre o transtorno e a crença obsessiva: 
➢ Pessoas com TOC varia no grau de insight que têm quanto à exatidão das crenças subjacentes aos seus sintomas obsessivo-
compulsivos; 
➢ O DSM-V (2014) mostra que muitos têm insight bom ou razoável (p. ex.: o indivíduo acredita que a casa definitivamente não irá, 
provavelmente se incendiar se o fogão não for verificado 30 vezes), e outros têm insight pobre (p. ex.: o indivíduo acredita que a 
casa provavelmente irá se incendiar se o fogão não for verificado 30 vezes); 
➢ Menos de 4% têm insight ausente/crenças delirantes (p. ex.: o indivíduo está convencido de que a casa irá incendiar se o fogão não 
for verificado 30 vezes); 
➢ O insight pode variar em um indivíduo durante o curso da doença, e o mais “pobre” está relacionadoa uma pior evolução a longo 
prazo 
➢ Até 30% dos indivíduos com TOC têm um transtorno de tique ao longo da vida. Isso é mais comum no sexo masculino com início do 
TOC na infância. Esses indivíduos tendem a diferir daqueles sem história de transtornos de tique nos temas dos seus sintomas 
obsessivo compulsivos, comorbidade, curso e padrão de transmissão familiar. 
• No CID-10 (1993), os critérios diagnósticos são: 
a) Os pensamentos ou impulsos devem ser reconhecidos como próprios do sujeito; 
b) Deve haver pelo menos um pensamento ou ato que ainda que resistido, sem sucesso, ainda que possam estar presentes outros aos quais 
o paciente não resiste mais; 
c) O pensamento de execução do ato não deve ser em si mesmo prazeroso (o alivio de tensão ou ansiedade, não é, nesse sentindo, 
considerado como prazer) 
d) Os pensamentos, imagens ou impulsos devem ser desagradavelmente repetitivos. 
• Curso: o DSM-V (2014) chama atenção para o início no fim da adolescência e é mais difícil aparecer após os 30 anos. 
 
Transtorno Dismórfico Corporal (TDC) 
• CID 10: F45.22; 
• No DSM-V (2014), vemos que esse transtorno relaciona-se diretamente com a aparência. O sujeito preocupa-se excessivamente com um 
ou mais defeitos ou falhas mínimas, difíceis de perceber ou que são leves ou até minúsculas; 
• A preocupação com a aparência exagerada; 
• Alguns sujeitos desenvolvem comportamentos repetitivos: verificar-se no espelho, arrumar-se excessivamente, beliscar a pele, malhar de 
forma compulsiva; 
• Algumas pessoas apresentam sintomas como os atos mentais, elas se comparam todo o tempo com outras pessoas. 
• Critérios diagnósticos do DSM-V (2014): 
➢ Grau de preocupação, que causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em 
outras áreas importantes da vida do indivíduo; 
➢ As preocupações são intrusivas, indesejadas, tomam tempo (ocorrendo, em média, de 3 a 8 horas por dia) e geralmente são difíceis 
de resistir ou controlar; 
➢ As preocupações variam desde parecer “sem atrativos” ou “não adequado” até parecer “hediondo” ou “como um monstro”. Podem 
focar em uma ou mais áreas capítulo 3 • 95 do corpo, mais comumente a pele (p. ex.: percepção de acne, cicatrizes, rugas, palidez), 
os pelos (p. ex.: cabelo “escasso” ou pelo corporal ou facial “excessivo”) ou o nariz (p. ex.: o tamanho ou formato); 
➢ Os comportamentos repetitivos ou atos mentais excessivos (p. ex.: comparações) são executados em resposta à preocupação; 
➢ O indivíduo se sente compelido a executar esses comportamentos, os quais não são prazerosos e podem aumentar a ansiedade e a 
disforia; 
➢ O DSM-V (2014) não apresenta um período de tempo necessário para o estabelecimento do diagnóstico e nem a quantidade de 
sintomas necessários; 
➢ Curso no DSM-V (2014): a idade média do surgimento do transtorno é entre 16 a 17 anos. Pode ocorrer também em idosos. 
• Exemplo (livro Psicopatologia I, Costa, 2017): 
Ana Paula, 25 anos, é considerada a rainha da academia. Passa grande parte do seu dia malhando diante do espelho. Observa-se com cuidado, 
procurando o mínimo defeito em seu corpo. Cuida dos cabelos e do rosto de forma excessiva, e se acha sempre mais feia que as demais 
mulheres. Faz uso do silicone em várias partes do corpo e fez várias cirurgias para reparar partes mínimas do rosto e do corpo. Passa horas em 
frente ao espelho para estar sempre maquiada e apresentável. Durante um jantar romântico, seu companheiro ficou assustado quando 
reparou que Ana Paula foi ao banheiro cinco vezes para refazer a maquiagem. 
 
Transtornos de Acumulação 
• DSM-V (2014): os acumuladores relatam uma dificuldade de descartar ou de se desfazer de pertences, independentemente do seu valor 
real; 
• A dificuldade de se desfazer dos pertences resulta na acumulação de itens que congestionam e obstruem as áreas em uso e compromete 
substancialmente o uso pretendido; 
• As pessoas quesofrem desse transtorno guardam tudo o que encontram nas ruas, na vizinhança. 
• Acumulam coisas que acreditam que possam algum dia vir a servir, como: panfletos, peças de carros, pneus velhos, roupas, portas de 
geladeira, roupas, papéis em geral, enfim tudo o que encontram disponível. 
• Todas as áreas de sua casa ficam soterradas de papéis, objetos, restos de toda ordem. Se moram em casas que possuem quintal, eles 
também ficarão cheio de objetos de toda ordem; 
• Se alguma parte de suas residências está desobstruída, é somente devido a intervenções de outras pessoas (p. ex.: membros da família, 
funcionários de limpeza, autoridades); 
• A acumulação causa sofrimento significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do 
sujeito (incluindo a manutenção de um ambiente seguro para si e para os outros). 
• Características diagnósticas de acordo com o DSM-V (2014): 
➢ Critério A: A característica essencial do transtorno de acumulação são as dificuldades persistentes de descartar ou se desfazer de 
pertences, independentemente do seu valor real; 
o O termo persistente indica uma dificuldade permanente em vez de circunstâncias vitais mais transitórias que podem levar ao acúmulo 
excessivo, como herdar uma propriedade. A dificuldade em descartar pertences, observado o Critério A, refere-se a qualquer forma de 
descarte, incluindo jogar fora, vender, dar ou recicla; 
o As principais razões dadas para essas dificuldades são a utilidade percebida ou o valor estético dos itens ou um forte apego sentimental 
aos pertences. Alguns indivíduos se sentem responsáveis pelo destino dos seus pertences e com frequência se esforçam muito para evitar 
o desperdício; 
o O medo de perder informações importantes também é comum. 
➢ Critério B: Esse critério enfatiza que guardar os pertences é intencional, o que discrimina o transtorno de acumulação de outras 
formas de psicopatologia que são caracterizadas pela acumulação passiva de itens ou pela ausência de sofrimento quando os 
pertences são removidos. Os indivíduos com transtorno de acumulação guardam intencionalmente os pertences e experimentam 
sofrimento quando enfrentam a perspectiva de descartá-los. 
➢ Critério C: Os indivíduos acumulam muitos itens que se empilham e obstruem áreas em uso a ponto de sua utilização pretendida não 
ser mais possível; 
➢ Critério D: Em alguns casos, particularmente quando existe insight pobre, o indivíduo pode não relatar sofrimento, e o prejuízo pode 
ser evidente somente para aqueles que estão próximos. No entanto, qualquer tentativa de outras pessoas de descartar ou limpar os 
pertences resulta em altos níveis de sofrimento. 
• O DSM-V (2014) não apresenta um período de tempo necessário para o estabelecimento do diagnóstico e nem a quantidade de sintomas 
necessários; 
• Curso no DSM-V (2014): A acumulação parece iniciar cedo na vida e estender-se até os estágios finais. Os sintomas de acumulação podem 
emergir inicialmente em torno dos 11 aos 15 anos de idade, começam a interferir no funcionamento diário do indivíduo na metade da 
década dos 20 anos e causam prejuízo clinicamente significativo por volta da metade da década dos 30 anos. 
 
Trciotilomania (Transtorno de arrancar o cabelo) 
• CID 10: F63.3; 
• A característica essencial da tricotilomania é arrancar o próprio cabelo de forma recorrente; 
• DSM-V (2014, p. 251): esse comportamento pode ocorrer em qualquer região do corpo em que crescem pelos; os locais mais comuns são 
o couro cabeludo, as sobrancelhas e os cílios, enquanto os menos comuns são as regiões axilar, facial, púbica e perirretal; 
• Arrancar os cabelos pode trazer várias dificuldades para o portador desse transtorno. Como ficar com a alopecia, que é a redução parcial 
ou total de pelos ou cabelos em determinada área de pele; 
• Locais de onde o cabelo é arrancado podem variar com o tempo. O ato de arrancar o cabelo pode ocorrer em breves episódios ao longo 
do dia ou durante a noite; 
• Pessoas que sofrem desse transtorno relatam que as vezes sentem como se fosse uma “coceira” que é aliviada pelo ato de arrancar o 
cabelo. Essas pessoas relatam que não sentem dor ao arrancar os cabelos. 
• Critérios diagnósticos no DSM-V (2014): 
A. Arrancar o próprio cabelo de forma recorrente, resultando em perda de cabelo; 
B. Tentativas repetidas de reduzir ou parar o comportamento de arrancar o cabelo; 
C. O ato de arrancar cabelo causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas 
importantes da vida do indivíduo; 
D. O ato de arrancar cabelo ou a perda de cabelo não se deve a outra condição médica (p. ex.: uma condição dermatológica); 
E. O ato de arrancar cabelo não é mais bem explicado pelos sintomas de outro transtorno mental (p. ex.: tentativas de melhorar um defeito 
ou falha percebidos na aparência, no transtorno dismórfico corporal). 
• O DSM-V (2014) não apresenta um período de tempo necessário para o estabelecimento do diagnóstico e nem a quantidade de sintomas 
necessários. 
• Curso no DSM-V (2014): 
➢ O ato de arrancar o cabelo pode ser visto em bebês, e esse comportamento se resolve durante o início do desenvolvimento. O início 
do comportamento de arrancar o cabelo na tricotilomania coincide mais comumente com a puberdade ou após seu início; 
➢ Os locais de onde o cabelo é arrancado podem variar com o tempo. O curso habitual da tricotilomania é crônico, com algumas 
remissões e recidivas se o transtorno não é tratado; 
➢ Os sintomas podem piorar no sexo feminino, acompanhando as alterações hormonais (p. ex.: menstruação, perimenopausa) (DSM-V, 
2014, p. 251). 
 
Transtorno de Escoriação (Skin-Picking) 
• CID 10: L98.1; 
• Pessoas que sofrem com transtorno de escoriação passam quantidades significativas de tempo em seu comportamento de beliscar, às 
vezes várias horas por dia, e esse comportamento pode durar meses ou anos; 
• Beliscam todas as partes do corpo. As pessoas relatam que sentem uma necessidade incontrolável de se beliscar; 
• O comportamento de beliscar a pele pode ser acompanhado de uma gama de comportamentos ou rituais envolvendo a pele ou cascas de 
ferida; 
• O comportamento pode ser desencadeado por sentimentos de ansiedade ou tédio, pode ser precedido por uma tensão crescente (seja 
imediatamente antes de beliscar a pele, seja quando tenta resistir ao impulso de beliscar) e levar à gratificação, ao prazer ou a um 
sentimento de alívio quando a pele ou a casca foi arrancada; 
• Algumas pessoas relatam que beliscam em resposta a uma irregularidade menor na pele ou para aliviar uma sensação corporal 
desconfortável; 
• O ato de beliscar a pele em geral não ocorre na presença de outros indivíduos, exceto membros da família imediata; 
• Alguns relatam beliscar a pele de outras pessoas. 
• Critérios diagnósticos no DSM-V (2014): 
A. Para se caracterizar o transtorno é necessário que o beliscar a pele provoque lesões cutâneas, embora os indivíduos com o 
transtorno com frequência tentem esconder ou camuflar essas lesões (p. ex.: com maquiagem ou com roupas); 
B. Essas pessoas já fizeram repetidas tentativas de reduzir ou parar de beliscar a pele; 
C. Indica que beliscar a pele causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras 
áreas importantes da vida do indivíduo. O termo sofrimento inclui afetos negativos que podem ser experimentados por aqueles que 
beliscam a pele, tais como sensação de perda de controle, constrangimento e vergonha. Pode ocorrer prejuízo significativo em várias 
áreas diferentes de funcionamento (p. ex.: social, profissional acadêmica e lazer), em parte devido a evitação de situações sociais. 
• O DSM-V (2014) não apresenta um período de tempo necessário para o estabelecimento do diagnóstico e nem a quantidade de sintomas 
necessários. 
• Curso: 
➢ Embora indivíduos de várias idades possam apresentar transtornos de escoriação, beliscar a pele tem seu iníciomais 
frequentemente durante a adolescência, em geral coincidindo com o início da puberdade ou logo depois da puberdade; 
➢ O transtorno com frequência começa com uma condição dermatológica, como acne; 
➢ Os locais onde o indivíduo belisca a pele podem variar com o tempo; 
➢ O curso em geral é crônico, com algumas remissões e recidivas se não tratado; 
➢ Para algumas pessoas, o transtorno pode ir e vir por semanas, meses ou anos.

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