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Trabalho PSICOPATOLOGIA II - estudo de caso

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RIO DE JANEIRO - RJ 
2021 
 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
CURSO PSICOLOGIA - PSICOPATOLOGIA II 
PROFESSORA - ROSEMERI REBOREDO M. COVRE 
 
 
ADRIANA FERREIRA DA SILVA – 201807214923 
ALINE DE ALMEIDA - 201903458811 
 
BRUNA MARQUES - 201803536551 
 
DIRCILENE B. SOUZA - 201809017688 
 
GABRIELA LOPES - 201908320559 
 
MARIA CLARA MATURANA - 201903186579 
 
 
ESTUDO DE CASO 
Sr. Mancini 
 
 
 
RIO DE JANEIRO - RJ 
2021 
 
O trabalho do caso clínico é: 
 
• Citar qual é o caso (por nome do sujeito ou por número) 
•Identificar a Psicopatologia no caso e escrever a justificativa baseada em 
todos os critérios diagnósticos PRESENTES NO CASO. 
•Indicar se há comorbidade no caso (presente ou ausente). 
Se houver comorbidade, explicitar qual e por quê. 
 
Caso – 5 
 
Vincent Manciní, um homem branco e solteiro de 26 anos, foi levado 
para uma avaliação ambulatorial por seus pais porque eles estavam 
angustiados com seus sintomas. Desde os 13 anos, ele sempre havia se 
preocupado com sua pele "cheia de cicatrizes", seu cabelo "escasso", suas 
orelhas "assimétricas" e sua constituição física "magricela" e "muscularmente 
inadequada". Embora tivesse uma aparência normal, o sr. Mancini estava 
totalmente convencido de que era" feio e medonho" e acreditava que as outras 
pessoas falavam dele e o ridicularizavam por causa de sua aparência. 
Ele passava de 5 a 6 horas por dia verificando compulsivamente as 
áreas do corpo das quais não gostava na frente de espelhos e de outras 
superfícies refletoras, como janelas, arrumando excessivamente o cabelo para 
"criar uma ilusão de volume", puxando as orelhas na tentativa de "deixá-Ias 
parelhas" e comparando sua aparência com a de outras pessoas. Ele beliscava 
a pele compulsivamente, às vezes usava aparelhos de barba, na tentativa de 
"limpá-Ia". Levantava pesos todos os dias e regularmente vestia várias 
camadas de camisetas para parecer maior. Quase sempre usava um boné 
para esconder o cabelo. Havia recebido tratamento dermatológico devido às 
preocupações com a pele, mas achava que não surtira efeito. 
O sr. Mancini perdeu vários meses de aula quando estava no ensino 
médio porque estava preocupado demais para fazer o dever de casa, se sentia 
obrigado a sair da sala de aula para se olhar no espelho e constrangido demais 
por ser visto pelos outro. Por esses motivos, não conseguiu frequentar a 
faculdade. Retraiu-se socialmente e não namorava "porque nenhuma garota 
iria querer namorar alguém tão feio como eu". Ele considerava suicidar-se 
frequentemente porque achava que não valia a pena viver "com essa 
aparência esquisita" e porque se sentia isolado e ignorado devido à sua 
"feiura". Seus pais manifestaram preocupação com os seus "arroubos 
violentos", que ocorriam quando ele se sentia particularmente zangado e 
angustiado com sua aparência ou quando tentavam afastá-lo do espelho. 
 
RIO DE JANEIRO - RJ 
2021 
 
O sr. Mancini relatou humor deprimido, anedonia, desvalia, má 
concentração e ideação suicida, atribuindo todos esses sintomas às suas 
preocupações com a aparência. Com o intuito de se automedicar para lidar 
com o sofrimento causado por sua aparência, consumia álcool e maconha. 
Usava proteína em pó para "criar músculos", mas negou o uso de esteroides 
anabolizantes ou outros fármacos de intensificação de desempenho e todas as 
substâncias de abuso. 
 
Diagnóstico 
• Transtorno dismórfico corporal com insight ausente/crenças delirantes. 
• Comorbidade Transtorno Depressivo Maior. 
 
Considerações sobre o caso 
 
Após o relato do caso do sr. Mancini chegamos à conclusão diagnóstica 
de Transtorno Dismórfico Corporal (TDC), citado em estudos anteriores como 
dismorfofobia, um transtorno relacionado ao Transtorno Obsessivo Compulsivo 
que de acordo com os critérios diagnósticos do Manual de Diagnóstico e 
Estatística de Distúrbios Mentais DSM V o paciente do nosso caso se 
enquadra, a saber: (F45.22) 
 
A. Preocupação com um ou mais defeitos ou falhas percebidas na aparência 
física que não são observáveis ou que parecem leves para os outros. 
 B. Em algum momento durante o curso do transtorno, o indivíduo executou 
comportamentos repetitivos (p. ex., verificar-se no espelho, arrumar-se 
excessivamente, beliscar a pele, buscar tranquilização) ou atos mentais (p. ex., 
comparando sua aparência com a de outros) em resposta às 
preocupações com a aparência. 
 C. A preocupação causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no 
funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do 
indivíduo. 
 D. A preocupação com a aparência não é mais bem explicada por 
preocupações com a gordura ou o peso corporal em um indivíduo cujos 
sintomas satisfazem os critérios diagnósticos para um 
 
RIO DE JANEIRO - RJ 
2021 
 
transtorno alimentar. 
 
Sr. Mancini desde sua adolescência incomoda-se excessivamente com a 
sua aparência, estando ele certo de que é feio e que por isso não pode levar 
uma vida normal, afetando sua vida social e acadêmica. Esta preocupação 
causa sofrimento que se apresenta de forma clinicamente significativa e 
compromete o funcionamento da vida de sr. Mancini. O TDC pode envolver 
uma ou várias áreas do corpo do paciente, que muito raro é observável por 
terceiros, sendo muito incômodo para a pessoa que sofre e ainda mais por se 
tratar de uma falha que não é tão relevante para as pessoas próximas ao 
paciente, isso torna a situação bem angustiante, porque muitas vezes parentes 
e pessoas próximas não entendem se tratar de um transtorno passível de 
tratamento e acabam por menosprezar o sofrimento de quem passa por ele. 
Sr. Mancini, por exemplo, começou a sofrer com 13 anos em sua 
adolescência, e apenas 13 anos mais tarde foi em busca de ajuda psicológica, 
com 26 anos de idade. Em média a pessoa gasta de 3 a 8 horas por dia com 
as preocupações e verificações com as falhas de que se queixam no seu 
corpo. A compulsão por se olhar no espelho, ajeitar cabelo ou tentar escondê-
lo, aparar pelos com barbeador na tentativa de deixar a pele mais lisa, vestir 
camisas por cima da outras para parecer mais musculoso, fazer levantamento 
de peso diariamente, puxar as orelhas tomavam até 6 horas do dia do sr. 
Mancini, o que lhe causou prejuízo nos estudos e o impediu de avançar na vida 
acadêmica. 
 
Aproximadamente 80% dos pacientes que sofrem desse transtorno tem 
ideação suicida, o caso se agrava muito quando o insight é o de crenças 
delirantes como no caso deste estudo, Sr. Mancini chegou a considerar o 
suicídio, pois quando se tem esse especificador o paciente tem certeza de que 
há algo errado e observável pelas outras pessoas em sua aparência, e por isso 
o impede de ter relacionamentos amorosos e vida social ativa, para um jovem 
de 26 anos, isso se torna algo muito significativo. Além de apresentar 
 
RIO DE JANEIRO - RJ 
2021 
 
comportamento agressivo e violento quando seus pais tentavam impedi-lo em 
seus atos compulsivos, como o de se olhar no espelho. 
 
 
Como comorbidade foi identificado o Transtorno Depressivo Maior, pois, 
de acordo com o DSM V é necessário que o paciente se enquadre em pelo 
menos cinco dos critérios diagnóstico para TDM, a saber: 
 
A. Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o 
mesmo período de duas 
semanas e representam uma mudança em relação ao funcionamento anterior; 
pelo menos um 
dos sintomas é (1) humor deprimido ou (2) perda de interesse ou prazer. 
Transtorno Depressivo Maior 161 
Nota: Não incluir sintomas nitidamente devidos a outra condição médica. 
 1. Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, conforme 
indicado por relato 
subjetivo (p. ex., sente-se triste, vazio, sem esperança) ou por observação feita 
por outras 
pessoas (p. ex., parece choroso). (Nota: Em crianças e adolescentes, pode ser 
humor irritável.) PRESENTE2. Acentuada diminuição do interesse ou prazer em todas ou quase todas as 
atividades na 
maior parte do dia, quase todos os dias (indicada por relato subjetivo ou 
observação feita por 
outras pessoas). 
 3. Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta (p. ex., uma 
alteração de mais 
de 5% do peso corporal em um mês), ou redução ou aumento do apetite quase 
todos os 
dias. (Nota: Em crianças, considerar o insucesso em obter o ganho de peso 
esperado.) 
 
RIO DE JANEIRO - RJ 
2021 
 
 4. Insônia ou hipersonia quase todos os dias. 
 5. Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias (observáveis por outras 
pessoas, não 
meramente sensações subjetivas de inquietação ou de estar mais lento). 
 6. Fadiga ou perda de energia quase todos os dias. 
 7. Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada (que podem 
ser delirantes) 
quase todos os dias (não meramente autorrecriminação ou culpa por estar 
doente). 
 8. Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão, quase 
todos os dias (por 
relato subjetivo ou observação feita por outras pessoas). 
 9. Pensamentos recorrentes de morte (não somente medo de morrer), ideação 
suicida recorrente 
sem um plano específico, uma tentativa de suicídio ou plano específico para 
cometer suicídio. 
 
No caso relatado do Sr. Mancini vimos que estão presentes em seu 
cotidiano os respectivos critérios: 1,2,7,8 e 9. Ele apresenta o humor deprimido, 
anedonia, desvalia, má concentração e a ideação suicida, por esse motivo 
como comorbidade identificamos o Transtorno Depressivo Maior. 
 
Por fim, também relatado o uso de álcool e Cannabis para diminuir o 
desconforto causado por sua aparência, todavia, não estando clara a 
frequência de uso dessas substâncias não poderíamos sinalizar transtorno 
relacionado a substâncias e sim, uma forma que o Sr. Mancini usa na tentativa 
de se automedicar, aliviando assim seu sofrimento. 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO - RJ 
2021 
 
 
Referências bibliográficas: 
 
 
 Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais [recurso 
eletrônico] : DSM-5 / [American Psychiatric Association ; tradução: Maria 
Inês Corrêa Nascimento ... et al.] ; revisão técnica: Aristides Volpato 
Cordioli ... [et al.]. – 5. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Artmed, 
2014 
 
 Barnhill, John W. Casos clínicos do DSM-5 [recurso eletrônico] / John W. 
Barnhill ; tradução : Régis Pizzato ; revisão técnica: Gustavo Schestatky. 
– Porto Alegre : Artmed, 2015.

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