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AULA 02: REQUISITOS BÁSICOS PARA ELABORAÇÃO DE PROJET O EM TCC Projeto de TCC QUIMICA MEDICINAL Aula 3 - Importância das funções orgânicas e propriedades FQ e aspectos gerais dos F Objetivos • Retomar apresentações das funções orgânicas • Perguntas importantes • Importância das funções orgânicas • Relação entre propriedades físico-químicas e atividade biológica Perguntasimportantes • O que é a química medicinal? Quais os seus principais objetivos? • Quais as principais etapas envolvidas desde a descoberta comercialização de um novo medicamento? até a • Qual a importância dos produtos naturais de origem vegetal na história da descoberta dos fármacos? • Na tentativa de melhorar as características farmacocinéticas de um medicamento, muitas vezes acaba-se descobrindo novas propriedades da molécula. Por que isso ocorre? Perguntasimportantes • Qual a principal importância clínica dos produtos naturais de origem marinha? • Cite um exemplo em que o acaso foi importante na descoberta de fármacos ou ainda novas indicações para utilização de fármacos? • Defina grupo farmacofórico, auxofórico e toxicofórico explicando a sua importância para ação dos medicamentos. Importância dasfunções orgânicas SAR • É importante que vocês entendam que a estrutura da molécula assim como seu arranjo conformacional são essenciais para sua atividade na biomacromolécula alvo. • Por isso os estudos de relação estrutura-atividade (SAR) são de suma importância no desenvolvimento de novos medicamentos e melhoria das propriedades/otimização de fármacos já disponíveis. • A responsabilidade do químico medicinal é justamente elucidar a importância de cada grupamento da molécula para sua atividade final SAR 1. Álcoois efenóis 1. Álcoois efenóis • Éter metílico • Não consegue doar H para ligação de H • Impedimento estérico do grupo metila (pode até ser que consiga fazer a ligação de H, mas será enfraquecida) 1. Álcoois efenóis • Éster • Impedimento estérico ainda que da metila maior • A carboxila tem um leve efeito puxador de e- ressonância do par de e- menos disponível para ser aceptor de lig H • A carbonila formada na ressonância poderia ser até mais efetiva aceptora de lig de H, mas seu posicionamento não é favorável • Álcoois podem ser facilmente convertidos em ésteres e éteres – estratégia amplamente utilizada com a morfina assim que foi elucidada sua estrutura • OH dos fenóis atua como estrutura doadora de e- para o anel, facilitando reações de substituição eletrofílica, por exemplo • Fenóis são estruturas que tem sua OH ligada diretamente no anel aromático, e esse pode participar de diversas ligações intermoleculares 1. Álcoois efenóis 2. Anéisaromáticos • São estruturas planas e hidrofóbicas que geralmente fazem interações de van der Waals com regiões hidrofóbicas na biomacromolécula • Ciclohexano é mais volumoso e menos slim – pode não se encaixar como o anel aromático e sua interação é pior • Não haveria vantagem em sintetizar o ciclohexano 3.Alquenos • Também são estruturas planas e hidrofóbicas, por isso também podem interagir por van de Waals com sítios hidrofóbicos na biomacromolécula • Alqueno x alcano – vale a pena sintetizar 4. Aldeídos ecetonas • Cetonas • Planas • Dois pares de e- disponíveis para aceitar lig H • Momento dipolo devido à diferença de eletronegatividade permite interação dipolo-dipolo 4. Aldeídos ecetonas • Redução de cetona a álcool • Estrutura tetraédrica altera lig de H • Altera magnitude e orientação do momento dipolo • Aldeídos – são menos comuns em F são muito reativos e mais susceptíveis ao metabolismo oxidativo (a ácidos carboxílicos); poderiam fazer as mesmas interações das cetonas 5.Aminas • Existe na maioria dos F • Tem par e-de que podem ser aceptores de lig de H • Aminas 1arias 2ariase podem ser doadoras de lig de H também • Aminas ligadas diretamente a anéis aromáticos ou heteroaromáticos só podem atuar como doadores de lig de H (par de e- tá comprometido com a ressonância do anel – doa e- pro anel) 5.Aminas • Amina pode estar na sua forma protonada • Nesse caso vai atuar somente como doadora de lig de H – forma lig de H mais fortes do que se não estivesse protonada • Pode fazer interação iônica com carboxilato na biomacromolécula alvo 5.Aminas • Com intuito de avaliar a importância da interação iônica ou de H da amina, pode-se sintetizar um análogo amida • Não tem par de e- para aceitar lig H • Não tem H para doador de lig de H • Não tem carga + para lig iônica 6.Amidas • O da carbonila pode atuar como aceptor de duas lig de H • N não pode ser aceptor de lig de H por conta da ressonância do seu par de e- • Amidas 1arias e 2arias podem ser doadoras de lig de H 6.Amidas • Possíveis análogos das amidas 2arias : • Todas menos aminas 1arias e 2arias poderiam testar se a amida está funcionando como doadora de lig de H • Amina primária e ácido carboxílico – perda de atividade por perda de ligantes importantes na molécula 6.Amidas • Possíveis análogos das amidas 2arias : • Alquenos e aminas poderiam testar se amida tá atuando como aceptor de lig de H (MAS CUIDADO – amida não roda – lig parcial dupla; cetona, amina 2arias e 3arias tem lig simples – roda) só poderia dizer se amida é importante ou não pra atividade • Alqueno seria interessante – é plano, não roda, não aceita nem doa lig de H (mas teria que sintetizar molécula nova – amida é muito estável) 6.Amidas • Amidas que estão inseridas em um anel são chamadas de lactamas • Podem formar lig de H intermoleculares • Se o anel for pequeno tensão ligação covalente (acetilação) do resíduo de AA da biomacromolécula (ex: penicilinas) 7. Sais quaternários deamônia • Interação iônica • Dipolo induzido entre amônia e anel aromático – a carga positiva do sal de amônia pode distorcer os elétrons π dipolo (face mais negativa e beiradas mais positivas) interação cátion-π (ex: acetilcolina) • Poderia usar amina terciária (protonação no meio) ou amida para ver importância destas interações 8. Ácidoscarboxílicos • Aceptor e doador de lig de H • Íon carboxilato – interação iônica forte e forte aceptor de lig de H 8. Ácidoscarboxílicos • Análogos dos ácidos carboxílicos: • Nenhum deles ioniza – se houver perda de atividade pode ser que a lig iônica seja importante • Álcool primário poderia dizer se O da carbonila está participando da lig de H • Éster e cetona poderiam evidenciar se a OH do ácido carboxílico tá fazendo lig de H 9.Ésteres • O da carbonila é mais propenso a aceitar lig de H (menor impedimento estérico e maior densidade eletrônica) • Importância da carbonila poderia ser testada com seu análogo éter • Ésteres estão muito susceptíveis a ataques das esterases metabólicas – se o grupo éster for importante para ligação com R, este deve ser protegido de alguma forma 9.Ésteres • Grupamentos éster são utilizados para elaboração de pró-drogas • São utilizados para mascarar uma função muito polar (ácido carboxílico, fenol, álcool) no intuito de melhorar a sua absorção sofrem hidrólise na corrente sanguínea liberam F OBS • Aspirina – teoria de que faça ligação covalente com COX está sendo refutada • Acredita-se que ela atue como pró-F liberando ácido salicílico pela perda do grupamento éster e iniba a COX por lig não covalente 10. Haletos de arila ealquila • Haletos de alquila: • São bastante reativos pois o halogênio é um bom grupo de saída tende a se ligar a grupamentos nucleofílicos e formar ligação covalente • Característica perigosa para F já que nossas proteínas e ácidos nucléicos contém aminas que são nucleofílicas só são utilizadas em casos extremos (câncer) • Alquil fluoretos não são agentes alquilantes pq a lig C-F é extremamente forte (F é utilizado como substituinte de um próton mesmo tamanho, mas propriedades eletrônicas diferentes; tbm pode proteger do metabolismo ) • Haletos de arila: • Não são agentes alquilantes então representamuma ameaça menor à saúde • Os halogênios ligados diretamente ao anel aromático atuam como retiradores de e- pode afetar a capacidade de ligação do anel ao sítio na biomacromolécula • Cl e Br são hidrofóbicos e podem interagir positivamente com sítios hidrofóbicos na biomacromolécula • Halogênios como substituintes são aceptores fracos de lig de H • Poderiam ser sintetizados análogos sem os halogênios para ver se são mesmo relevantes para interação com receptor 10. Haletos de arila ealquila 11. Tióis eéteres • Tiol (S-H): • É um bom ligante de metais do grupo d • Tem sido incorporados a diversos fármacos que atuam inibindo enzimas com Zn como cofator (zinco metaloproteinases) • Poderia testar análogo alcoólico – interação bem mais fraca com Zn • Éter (R´-O-R): • Aceptor de lig de H • Se aumentar o tamanho/volume do grupo R´ poderia ver se as interações de H são importantes • Éter de uma molécula aromática não é bom aceptor de lig de H 12. Alquila e cadeiascarbônicas • São muito hidrofóbicas importantes interações de van der Waals com sítio hidrofóbico na biomacromolécula • Análogos sem a cadeia carbônica poderiam ser sintetizados para testar a sua importância, contudo teriam que ser sintetizados desde o início e não só pela modificação da molécula original 13.Heterociclos • São anéis contendo 1 ou mais heteroátomos (O, N, S) • Podem ser aromáticos ou alifáticos • Podem interagir com biomacromolécula de diversas formas: • Heterociclo em si pode interagir por van der Waals ou interação hidrofóbica • Heteroátomo pode participar de lig de H (posição do heteroátomo no anel e orientação do anel no sítio de ligação) ou iônica 13.Heterociclos 13.Heterociclos • No intuito de saber a real importância dos heteroátomos no anel poderia-se fazer a substituição por um anel benzeno ou outros anéis heterocíclicos para saber se todos os heteroátomos são realmente necessários • Deve-se ter cuidado com tautômeros! Farmacóforo • Depois de identificar os grupamentos importantes para interação entre o F e a biomacromolécula deve-se estabelecer os grupamentos farmacofóricos assim como sua estrutura 3D • Para fazer a estrutura 3D do farmacóforo deve-se saber a conformação ativa que interage com a biomacromolécula (para substâncias rígidas isso é mais fácil, enquanto para aquelas flexíveis isso se torna mais desafiador) • Poderia ser utilizada cristalografia por raio X da estrutura da biomacromolécula ligada ao F e RMN com moléculas ligadas ao receptor marcadas isotopicamente Relação entrepropriedades físico-químicas e atividade biológica Objetivos • Definir a importância da Lipofilicidade, log P e equação de Hansch. • Pka: influência de grupos ácidos e básicos na farmacocinética. • Aspectos gerais da ação dos fármacos Medicamento viaoral Boca (pouca abs) Estômago Suco gástrico (quebra) Intestino (enzimas digestivas) Membrana Compartimento intracelular MembranaIntercelular / porosCorrente sanguíneaFígado Metabolismo Lugares errados Corrente sanguínea excreção Mais membranas Fa rm ac êu ti ca Desintegração Dissolução Fa rm ac o ci n ét ic a Absorção Distribuição Metabolização Excreção Fa rm ac o d in âm ic a Interação fármaco- receptor Efeito Fases da administração viaoral Então,idealmente... • Estável a ataques químicos e enzimáticos • Características FQ próprias para atingir local de ação • Boa absorção • Boa distribuição para os tecidos • Taxa de excreção aceitável QSAR -quantitative structure–activityrelationship • Relação estrutura-atividade quantitativa • Identificar e quantificar as propriedades físico-químicas de um fármaco no intuito de identificar se alguma dessas propriedades tem efeito sobre a atividade biológica • Caso seja estabelecida essa relação, pode-se encontrar uma equação que quantifique a mesma e possibilita que o químico medicinal diga com convicção que aquela propriedade é importante para a farmacocinética ou mecanismo de ação do fármaco QSAR • Permite que o químico medicinal tenha alguma previsibilidade em relação à molécula e análogos quanto a sua atividade biológica • Duas vantagens nesta previsão: • Reduz o número de análogos que precisam ser sintetizados (vai só nos que podem apresentar vantagens em relação ao anterior) • Caso seja descoberto um análogo que não se adeque à equação isso pode indicar que tem alguma outra característica que seja importante – direciona pesquisa QSAR • Para poder utilizar esse método: • Os compostos devem ser estruturalmente similares • Atuem no mesmo alvo • Tenham o mesmo mecanismo de ação • Sejam testes in vitro, já que testes in vivo consideram farmacodinâmica e farmacocinética Quais são as características FQimportantes? • 1. Lipofilicidade (coeficiente de partição) – log P • 2. Coeficiente de ionização – pKa 1. Lipofilicidade(logP) • É o coeficiente de partição de uma substância entre uma fase aquosa e uma fase orgânica • É a razão entre a concentração da substância na fase orgânica e sua concentração na fase aquosa em um sistema de dois compartimentos no equilíbrio • Quanto ↑ coeficiente de partição ↑ afinidade pela fase orgânica ↑ capacidade de atravessar membranas hidrofóbicas ↑ biodisponibilidade • É importante mesmo em testes in vitro interação com enzima ou receptor que possui características mais hidrofóbicas do que a superfície Então... •Se eu aumentar logP infinitamente, vai ser cada vez mais hidrofóbica e, com isso, cada vez mais biodisponível? Não!!!! • Pode ficar tão hidrofóbica que fica insolúvel na fase aquosa • Pode ficar “presa” em depósitos de gordura e nunca chegar ao sítio de ação • Fármacos muito lipofílicos geralmente são mais suscetíveis ao metabolismo e eliminação Graficamente • Se logP é pequeno (1-4) relação linear entre logP e atividade biológica (log (1/C)) Graficamente • Para valores mais altos de logP • logP = Lipofilicidade • 1/C = atividade biológica • C = concentração do fármaco para atingir determinada atividade biológica Graficamente – equação deHansch • Quando o log P é alto e graficamente representado por uma parábola, sua equação pode ser expressa por: Quando P é pequeno, (logP)2 é insignificante, então logP domina Quando P é grande, (logP)2 passa a ser dominante diminui atividade biológica QSAR • Estes estudos são ótimos para fármacos estruturalmente parecidos • Anestésicos são referência como exemplo deste modelo de equação parabólica • Deles que se estabeleceu que fármacos que atuam no SNC devem ter logP próximo de 2 • Fármacos que vão atuar em outros lugares devem ter logP diferente de 2 – para não ter efeitos no SNC indesejados Exemploprático • Esse agente cardiotônico causava alterações visuais (visões brilhantes) nos pacientes por penetrar no SNC • Log P = 2,59 • Resolveram trocar o grupamento 4-OMe pelo 4-S(O)Me • Este último apresenta mesmo tamanho que o primeiro, mas é mais hidrofílico • logP da nova molécula = 1,17 • Menos lipofílica não penetra no SNC acabaram os efeitos centrais indesejáveis Porém, contudo,todavia... • O cálculo do logP é ótimo, mas exige que você sintetize todas os compostos, para calcular P experimentalmente • Seria muito melhor se você pudesse encontrar P teoricamente e com isso decidisse se valeria a pena sintetizar dado composto • Por exemplo, se quisesse pesquisar barbitúricos poderia calcular o logP de todos eles (computador) e depois sintetizar apenas aqueles que tem logP próximo do logP0 (atividade biológica máxima) Yes wecan! • Coeficientes de partição podem ser calculados sabendo-se das contribuições de cada substituinte para a Lipofilicidade do composto • Constante de Lipofilicidade de substituintes – π • Calcula o quão hidrofóbico é um substituinte em relação ao H Constante de Lipofilicidade de substituintes -π • πx – coeficiente de Lipofilicidade com substituinte x • LogPx – coeficiente de partição de um composto substituintex padrão com • LogPH – coeficiente de partição do composto padrão π • Se π for positivo substituinte é mais hidrofóbico que H • Se π for negativo substituinte é mais hidrofílico que H • Saber o valor de π poupa trabalho e recursos – quando calcular o valor de P experimentalmente do composto padrão, dá para calcular os valores de P de análogos através do π π -exemplo • Qual o valor de logP teórico da meta-clorobenzamida? • Sabendo-se que πCl = 0,71 e πCONH2 = -1,49. Recordando... Resolução doexemplo Considerando πCl = 0,71 πCONH2 = -1,49 Log P = 2,13 + 0,71 + (-1,49) Log P = 1,35 OBS • O valor observado para a meta-clorobenzamida é 1,51 • Então o valor de π ajuda a prever um valor aproximado, mas estes serão sempre ajustados experimentalmente Outroexemplo • Qual o logP do paracetamol? P xπ • Ambos os valores têm sua relevância na predição da hidrofobicidade de uma molécula, contudo... • O valor do logP calcula a hidrofobicidade da molécula como um todo então é importante para prever a eficiência com que um fármaco é transportado até o seu local de ação e com que se liga à biomacromolécula • O valor de πavalia a Lipofilicidade de uma região específica da molécula e - se essa região estiver representada na equação do QSAR - π pode evidenciar importantes interações hidrofóbicas desta região com a biomacromolécula alvo Obtendo Pexperimentalmente • 1. Método Shake-flask • Se fundamenta na dissolução de um composto químico em sistema bifásico formado por um solvente polar e um solvente apolar ou pouco polar Obtendo Pexperimentalmente • 1. Método Shake-flask • Geralmente 1-octanol que é utilizado pq: • Possui ampla capacidade de dissolução (grupo OH é capaz de doar ou receber elétrons na ligação de H) • Embora imiscível em água pode dissolver até 2,3M de água no equilíbrio • Ligações de H não precisam ser quebradas durante transferência entre a fase orgânica e aquosa (só avalia ligações hidrofóbicas) • Não é volátil a temperatura ambiente • Pode ser medido no UV (abs 1-octanol é muito abaixo da faixa da maioria dos F) • Estável quimicamente • Disponível comercialmente Obtendo Pexperimentalmente • 2. Cromatografia • 2.1. Cromatografia em Camada Delgada (CCD) • 2.2. Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) • Rm = log (1/Rf – 1) • logP = aRm +b • Rf – razão entre as distâncias percorridas pelo composto e pelo eluente • Rm – distância percorrida em relação a um composto padrão • a – coeficiente angular • b – coeficiente linear 2. Coeficiente de Ionização(pKa) • Ácidos e bases fracas • Na biofase HA pode perder o próton e formar espécie aniônica (A-) • Enquanto bases fracas podem ser protonadas e formar espécie catiônica (BH+) Coeficiente de Ionização -pKa • É capaz de expressar, dependendo da sua natureza química e do pH do meio, a contribuição percentual relativa das espécies ionizadas e não- ionizadas correspondentes • É essencial para farmacocinética – grau de ionização é inversamente proporcional à Lipofilicidade • Espécies não-ionizadas ↑ Lipofilicidade atravessam biomenbranas por transporte passivo • Espécies ionizadas mais polares solvatadas por moléculas de água dificulta absorção passiva Coeficiente de Ionização -pKa • Na farmacodinâmica: espécies ionizadas podem interagir complementarmente com resíduos de AA do sítio ativo da biomacromolécula receptora por ligação iônica ou íon-dipolo • A equação de Henderson-Hasselbach deriva de: • Onde a constante de ionização (Ka) pode ser expressa pela relação entre as concentrações das espécies ionizadas e espécies não- ionizadas Coeficiente de Ionização -pKa • Considerando fração ionizada α e fração não-ionizada 100 – α, então o percentual de ionização de ácidos fracos (equação de Henderson- Hasselbach): Coeficiente de Ionização -pKa • Sabendo que os pHs dos compartimentos biológicos são definidos: • Mucosa gástrica ~1 • Mucosa intestinal ~5 • Plasma ~7,4 • Podemos usar a equação de Henderson-Hasselbach para prever características farmacocinéticas (A,D,E) que permitem a otimização de físico-químicas de um fármaco Coeficiente de Ionização -pKa Por exemplo -Piroxicam • Possui caráter ácido – função enólica intramolecular e ligação de hidrogênio • Absorção no TGI na forma não-ionizada absorção vai depender docoeficiente de partição altamente ionizado no sangue complexo com ptns plasmáticas • No tecido inflamado (proteases pela atividade metalólica intensa reduzem pH) piroxicam não ionizado penetra tecido inflamado ação Por exemplo -Piroxicam Contraexemplo Contraexemplo • Metoprolol e atenolol são antagonistas seletivos dos receptores β1 • Farmacodinâmica parecida, mas farmacocinética diferente apesar dos pKa serem similares • Metoprolol é mais lipossolúvel contraindicado em pacientes com problemas no SNC • Atenolol é mais hidrossolúvel contraindicado em pacientes com problemas renais (eliminação renal do F na forma inalterada estressa) Aula Prática no Laboratório Pesquisa deartigos • 1º passo: no portal http://pesquisa.bvsalud.org/portal/decs- locator/?lang=pt busque um DeCS (descritor em ciências da saúde) – palavra de busca • 2º passo: no site https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/ insira o seu DeCS • 3º passo: após encontrar um artigo do seu interesse relacionado aos temas abordados na aula de hoje (tipos de estudos epidemiológicos), pesquise seu título no http://www.periodicos.capes.gov.br/index.php?option=com_phome &Itemid=68 • 4º passo: traga o artigo na semana que vem para minha aprovação http://pesquisa.bvsalud.org/portal/decs-locator/?lang=pt https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/ http://www.periodicos.capes.gov.br/index.php?option=com_phome&Itemid=68 Referências C.A.M. Química medicinal: as bases• BARREIRO, moleculares E.J., FRAGA, da ação dos fármacos. 2. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2008. • LEMKE, T.L., WILLIAMS, D.A. Foye´s principles of medicinal chemistry. 7.ed. Baltimore: Lippincott Williams & Wilkins, 2013.
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