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Racionalizacao desencantamento do mundo.

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Racionalidade e “ desencantamento do mundo”.
 O processo de racionalização em Max Weber está ligado ao desenvolvimento da civilização ocidental e às formas como as instituições se formaram. A análise sociológica de Weber, buscava entender diversos fenômenos sociológicos que ocorriam no mundo ocidental daquela época, como as mudanças estruturais, culturais e sociais, relacionando estás ao processo de racionalização ao qual Weber se refere.
 Grandes impactos vieram com as mudanças como a gradual construção do capitalismo e a monstruosa explosão do crescimento dos meios urbanos. Weber buscou compreender como o pensamento racional impactou as instituições modernas como o estado, os governos e ainda o âmbito cultural, social e individual do sujeito moderno.
 Para Weber, a racionalização possui aspectos distintos, diferenciando-os à partir do ponto de vista a qual são observados, ou seja, a racionalização de um observador q usa a análise sistemática e metódica do mundo é diferente da racionalização do cálculo que busca um fim específico.
 Weber classificou a racionalização em 4 formas: a racionalidade formal, racionalidade substantiva, a racionalidade meio finalística e a racionalidadequanto aos valores.
 A racionalidade formal: está é o tipo de razão usado pelo sistema jurídico e econômico da sociedade moderna, interligada aos aparelhos institucionais que se estruturam de forma burocrática e hierárquica.
 A racionalidade substantiva: essa é a razão em que se leva em consideração o contexto social em que se insere, ela se aproxima dá racionalidade formal, mas se diferencia em sua aplicação, dispondo dos valores que orientam aquele mundo social específico.
 Racionalidade finalistica e a racionalidade quanto à valores: estam ligados ao conceito de ação social, também discutido por Weber. De acordo com Weber qualquer ação realizada por um sujeito em um meio social necessariamente possui um sentido determinado por seu autor. A ação pode ser então racional com relação a fins, quando há o calculo de meios a serem tomados para que um objetivo seja alcançado; racional afetiva, que está associada aos sentimentos; e tradicional, que está mais próxima da irracionalidade, uma vez que se baseia no costume e no hábito.
 Weber acreditava que, em nossa sociedade, grande parte da vida social havia sido reduzida à lógica racional. Isso quer dizer que características do mundo social que se baseavam na tradição, como a crença religiosa, dissolveram-se. A modernidade construiu-se em meio aos conflitos ideológicos da razão objetiva instrumental, utilizada como ferramenta de abordagem de questões do pensamento humano e de sua realidade, e o pensamento tradicional foi progressivamente abandonado. Weber referiu-se a esse fenômeno como o processo de “desencantamento do mundo”, no qual o sujeito moderno passou a se despir de costumes e crenças baseados em tradições herdadas ou aprendidas que se apoiavam nos pilares fixos das religiões ou da “magia”.
 Alguns teóricos argumentam que os impactos desse processo estão indicados na impessoalidade e apatia do processo burocrático, que, apesar de necessário nas complexas organizações que temos hoje, exacerba o crescente sentimento de abandono e apatia do sujeito moderno em função do desolamento causado pelo fatalismo de um mundo ultrarracionalizado.