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LOGISTICA EMPRESARIAL

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PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS NA 
EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. PROGRAMA DA DISCIPLINA 1 
1.1 EMENTA 1 
1.2 CARGA HORÁRIA TOTAL 1 
1.3 OBJETIVOS 1 
1.4 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1 
1.5 METODOLOGIA 3 
1.6 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 3 
1.7 BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA 3 
1.8 CURRICULUM RESUMIDO DO PROFESSOR 4 
 
2. INCOTERMS 4 
2.1. ASPECTOS GERAIS 4 
2.2. REGULAMENTAÇÃO 4 
2.3. ESTRUTURA 4 
2.4. CONCEITOS NECESSÁRIOS 4 
2.5. OBEJTIVOS 5 
2.6. ALTERAÇÃO - 2000 5 
2.7. DESCRIÇÃO 5 
2.8. EXERCÍCIOS 11 
2.9. INCOTERMS X FORMAÇÃO DE PREÇOS 14 
 
3. PAGAMENTOS INTERNACIONAIS 14 
3.1 PAGAMENTO ANTECIPADO 15 
3.2 COBRANÇA DOCUMENTÁRIA 17 
3.3 COBRANÇA DOCUMENTÁRIA LIMPA. 21 
3.4 CRÉDITO DOCUMENTÁRIO. 24 
3.5 MODELO DE CARTA DE CRÉDITO DE EXPORTAÇÃO 30 
3.5.1 COMENTÁRIO 32 
3.6 MODELO DE CARTA DE CRÉDITO DE IMPORTAÇÃO 34 
3.6.1 COMENTÁRIO 34 
3.7 CONVÊNIO DE CRÉDITOS RECÍPROCOS - CCR 38 
3.8 CARTAS DE CRÉDITO ESPECIAIS 38 
3.9 CARTA DE CRÉDITO BACK-TO-BACK. 39 
3.10 CONSIDERAÇÕES FINAIS. 43 
 
 
4. TEXTO DA URC 522 DA CCI 46 
 
5. ANÁLISE COMPARATIVA DA URC 522 COM A UCP 500/URR 525 57 
5.1 APLICAÇÃO DAS NORMAS DA CCI 60 
5.2 PROCEDIMENTOS BANCÁRIOS 60 
5.3 GARANTIAS BANCÁRIAS 62 
5.4 CONTRATOS COMERCIAIS 64 
5.5 IRREVOGABILIDADE 65 
5.6 MERCADORIAS 66 
5.7 VALIDADE DOS DOCUMENTOS 67 
5.8 TOLERÂNCIAS, QUANTIDADE E VALOR 67 
5.9 PRAZO DE EMBARQUE DAS MERCADORIAS 69 
5.10 PRAZO DE NEGOCIAÇÃO DOCUMENTAL 69 
5.11 EMBARQUES PARCIAIS 70 
5.12 EMBARQUES PARCELADOS 71 
5.13 REEMBOLSOS FINANCEIROS BANCÁRIOS 72 
5.14 CONCLUSÃO GERAL DA ANÁLISE COMPARATIVA 74 
 
6. ROTEIRO PARA ANALISAR UMA CARTA DE CRÉDITO 75 
6.1 LEITURA PRÁTICA DE CARTAS DE CRÉD. DE EXP. IMP 76 
 
7. QUESTÕES SOBRE A UCP 500 DA CCI 93 
 
8. TEXTO OFICIAL DA UCP 500 DA CCI 95 
 
9. EXERCÍCIOS 125 
 
 
 
 1
1. PROGRAMA DA DISCIPLINA 
1.1. EMENTA 
 
Proporcionar aos alunos conhecimentos básicos que lhe permitam a compreensão 
conceitual dos aspectos administrativos, comerciais, processuais, documentais e as formas de 
pagamento utilizadas no comércio exterior brasileiro e operações internacionais. 
 
1.2. CARGA HORÁRIA TOTAL 
 24 HORAS
 
1.3. OBJETIVOS 
 
A meta principal desta disciplina é transmitir aos alunos a evolução do comércio 
exterior brasileiro e do comércio internacional bem como o desenvolvimento e a compreensão 
dos procedimentos nas operações do comércio internacional, de tal forma que possam intervir 
nas atividades da organização onde trabalham, com total segurança técnica, não somente no 
dia-a-dia como nas decisões que são tomadas nas operações de comércio exterior. 
 
1.4. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
 
UNIDADE I 
 
 Incoterms – International Comercial Terms 
 Conceitos 
 Exercícios 
 
UNIDADE II 
 
 Estudo da Fatura Pro Forma na negociação dos pagamentos internacionais. 
 Importância da escolha dos meios de pagamento. 
 Pontos essenciais na negociação entre exportador e importador. 
 Fechamento do negócio. 
 
UNIDADE III 
 
 Estudo do pagamento antecipado. 
 Riscos para o importador. 
 
 2
 Vantagens para o exportador. 
 Garantias bancárias exigidas pelo importador. 
 Aspectos cambiais brasileiros. 
 
UNIDADE IV 
 
 Estudo das cobranças documentárias. 
 Riscos para o exportador e vantagens para o importador. 
 A participação bancária nesta modalidade. 
 
UNIDADE V 
 
 Estudo dos créditos documentários. 
 Vantagens para o exportador e importador. 
 Exigências para abrir uma carta de crédito no Brasil e no exterior. 
 
UNIDADE VI 
 
 Análise das instruções da carta de crédito. 
 Embarque das mercadorias. 
 Negociação junto aos bancos. 
 
UNIDADE VII 
 
 Negociação com documentos discrepantes. 
 Procedimentos bancários diante das discrepâncias. 
 Posição do importador perante a documentação discrepante. 
 
UNIDADE VIII 
 
 Estrutura do Comércio Exterior Brasileiro. 
 Siscomex 
 Tratamento administrativo da exportação. 
 Documentos internos na exportação. 
 Despacho aduaneiro na exportação 
 
 
 3
UNIDADE IX 
 
 Importando 
 Normas administrativas da importação brasileira. 
 Dcoumentos na Importação 
 Despacho aduaneiro na importação brasileira. 
 Fórmulas Tributárias. 
 Exercícios de Tributação. 
 
1.5. METODOLOGIA 
 
A disciplina será desenvolvida em sala de aula com a apresentação de casos práticos 
acompanhados de explicações teóricas à luz dos usos e costumes praticados no mercado 
internacional, incentivando o trabalho em grupo que permita a constante troca de idéias entre 
os participantes, com a presença do professor. 
 
1.6. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 
 
Trabalho final 
 
1.7. BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA 
 
DEL CARPIO, Rômulo Francisco Vera. Carta de Crédito e UCP 500 Comentada. 3. 
Ed. São Paulo: Aduaneiras, 1999. 
DEL CARPIO, Rômulo Francisco Vera. Cobranças Documentárias e URC 522 
 Comentada. 2. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2001 
DEL CARPIO, Rômulo Francisco Vera. Carta de Crédito e URR 525 Comentada. 
 São Paulo: Aduaneiras, 1998. 
RATTI, Bruno. Comércio Internacional e Câmbio. 9 ed. 
São Paulo: Aduaneiras, 1999. 
LOPEZ VASQUEZ, José. Comércio Exterior Brasileiro. São Paulo. Atlas, 1997. 
MAIA, Jaime de Mariz. Economia Internacional e Comércio Exterior. 
 São Paulo: Atlas 
ICC-International Chamber of Commerce: Incoterms 2000 
 
 
 
 
 
 
 4
1.8. CURRICULUM RESUMIDO DO PROFESSOR 
 
Mestranda em Ciências Empresariales pela UNIAAL e a Universidad del Museo 
Social Argentino - Buenos Aires/Argentina. – No momento encontra-se na preparação da tese. 
 
Professora da Fundação Getúlio Vargas (Rio de Janeiro) 
Professora da Universidade Estácio de Sá (UNESA) 
Assessora em Comércio Exterior nas empresas Petróleo Ipiranga 
Colunista da Revista Intermarket (bimestral) com a coluna “Em tempo” 
Assunto: Comércio Exterior 
 
 
2. INCOTERMS - INTERNATIONAL COMMERCIAL TERMS 
 (TERMOS INTERNACIONAIS DE COMÉRCIO) 
 
2.1. ASPECTOS GERAIS 
 
- Origem 
- Explícitos em inglês com 3 iniciais 
- Definem direitos e obrigações mínimas do vendedor e do comprador (fretes, seguros, 
mov.carga, documentação, etc.) 
- Determinam os elementos que compõem o preço da mercadoria 
- Têm força de lei 
- Simplificam e agilizam a elaboração dos contratos internacionais de compra e venda 
- Utilização facultativa 
- Restringem-se aos deveres do comprador e do vendedor 
 
2.2. REGULAMENTAÇÃO 
 
♦ ICC (INTENATIONAL CHAMBER OF COMMERCE) 
CCI (CÂMARA DE COMÉRCIO INTERNACIONAL) 
REGULAMENTA OS INCOTERMS DESDE 1936 
♦ BROCHURA 460 – 1990 
ATUALIZAÇÃO - 13 TERMOS 
♦ EUA POSSUEM NORMATIZAÇÃO PRÓPRIA 
AMERICAN TERMS – 1941 
♦ BRASIL 
 
 
2.3. ESTRUTURA (ORDEM CRESCENTE DE OBRIGAÇÕES DO VENDEDOR) 
 
♦ E – PARTIDA (EXW) 
♦ F – TRANSPORTE PRINCIPAL NÃO PAGO (FCA, FAS , FOB) 
♦ C – TRANSPORTE PRINCIPAL PAGO (CFR, CIF, CPT, CIP) 
♦ D – CHEGADA (DAF, DES, DEQ, DDU, DDP)5
2.4. CONCEITOS NECESSÁRIOS 
 
- EMBALAGEM 
- De prateleira 
- Embalagem de transporte 
- Unitização (transformação da mercadoria em carga) 
 
- REGISTRO DE EXPORTAÇÃO (RE) 
- LICENÇA DE IMPORTAÇÃO (LI) 
- DECLARAÇÃO DE IMPORTAÇÃO (DI) 
- FRETE INTERNO NA ORIGEM 
- TRANSPORTE INTERNACIONAL 
Contrato de transporte internacional (BL/AWB/CRT e TIF/DTA) 
- FRETE INTERNO NA ORIGEM 
- FRETE INTERNACIONAL 
- FRETE INTERNO NO DESTINO 
 
2.5. OBJETIVO 
 
O objetivo dos Incoterms é de fornecer uma série de regras internacionais para interpretação 
de termos comerciais habitualmente mais utilizados em comércio exterior. Assim a incerteza 
nascida de diferentes interpretações desses termos pelos diversos países pode ser evitada ou 
pelo menos reduzida. 
 
Destacamos que os Incoterms 2000 visam somente os direitos e obrigações das partes em um 
contrato de venda, no que diz respeito a entrega da mercadoria vendida. 
 
 
2.6. ALTERAÇÕES - 2000 
 
A versão dos Incoterms 2000 foi feita com o intuito de dar maior clareza e exatidõo às 
práticas comerciais. Além disso, mudanças significativas foram feitas em duas áreas: 
 
• O desembaraço alfandegário e as obrigações em matéria de pagamento e direitos dos 
termos FAS e DEQ . 
• As obrigações de carregamento e descarregamento no termo FCA 
 
 
2.7. DESCRIÇÃO SUMÁRIA DOS INCOTERMS 
 
 EXW – EX-WORKS (...named place) 
 A partir do local de produção (...local designado) 
 
- Mercadoria à disposição do comprador no local convencionado 
- Obrigação mínima para o vendedor 
- Todos os riscos por conta do comprador 
- Ex-plant, Ex-warehouse, Ex-factory, Ex-mill, Ex-sawframe, etc. 
 
 
 6
 FAS- FREE ALONGSIDE SHIP (...named port of shipment) 
 Livre no costado do navio (... porto de embarque designado) 
 
- Mercadoria à disposição do comprador ao longo do costado do navio no porto de 
embarque – transferência da responsabilidade 
- Obrigações do vendedor: 
. Contratação do frete interno (país de origem) 
. Cumprir os prazos fornecidos pelo comprador 
. Providenciar os documentos necessários à exportação (alteração) 
 
- Obrigações do comprador: 
. Contratação do frete internacional 
. Contratação do seguro 
 
- Termo utilizável exclusivamente no transporte aquaviário 
 
 FOB – FREE ON BOARD (...NAMED PORT OF SHIPMENT) 
 Livre a Bordo (...porto de embarque designado) 
 
- Mercadoria à disposição do comprador a bordo do navio – transferência da 
responsabilidade 
 
- Obrigações do vendedor: 
. Contratação do frete interno (país de origem) 
. Providenciar a documentação necessária à exportação 
 
- Obrigações do comprador: 
. Contratação do frete internacional 
. Contratação do seguro 
- Termo utilizável exclusivamente no transporte aquaviário 
 
 FCA – FREE CARRIER (...NAMED PLACE) 
 Transportador livre (...local designado) 
 
- Mercadoria à disposição do comprador no transportador (preposto) internacional 
indicado pelo comprador no país de origem – transferência da responsabilidade 
 
- Obrigações do vendedor: 
. Contratação do frete interno (país de origem) 
. Providenciar a documentação necessária à exportação, inclusive o desembaraço 
 
- Obrigações do comprador: 
. Contratação do frete internacional 
 
 7
. Denominação do transportador (preposto) e local de entrega da mercadoria no 
país de origem 
. Contratação do seguro 
 
- Transferência dos riscos: 
. momento de entrega da mercadoria de acordo com o meio de transporte 
utilizado (o lugar escolhido para a entrega tem impacto nas obrigações com 
relação à descarga e carregamento da mercadoria): 
- Ferroviário, rodoviário, marítimo, aéreo, transporte não especificado 
 
- Termo utilizável em qualquer modalidade 
 
 CFR – COST AND FREIGHT (...NAMED PORT OF DESTINATION) 
 Custo e Frete (...porto de destino designado) 
 
- Mercadoria à disposição do comprador no porto de destino 
 
- Obrigações do vendedor: 
. Contratação do frete interno (país de origem) 
. Providenciar a documentação necessária à exportação. .
 . Contratação do frete internacional 
- Obrigações do comprador: 
. Contratação do seguro 
. Desembaraço da mercadoria 
 
- Transferência dos riscos: 
. No momento da transposição da murada do navio no porto de embarque 
- Ponto Crítico: 
. Custos – Porto de destino 
. Danos e perdas – Porto de embarque 
 
- Termo utilizável exclusivamente no transporte aquaviário 
 
 CIF – COST INSURANCE AND FREIGHT (...NAMED PORT OF DESTINATION) 
 Custo Seguro e Frete (...porto de destino designado) 
 
- Mercadoria à disposição do comprador no porto de destino 
- Obrigações do vendedor: 
. CFR 
. Contratação do seguro 
 
- Transferência dos riscos: 
. No momento da transposição da murada do navio no porto de embarque 
 
 
 8
- Termo utilizável exclusivamente no transporte aquaviário 
 
 CPT – CARRIAGE PAID TO (...NAMED PLACE OF DESTINATION) 
 Transporte pago até... (...local de destino designado) 
 
- Mercadoria à disposição do comprador quando entregue ao primeiro transportador 
(preposto) 
 
- Obrigações do vendedor: 
. Frete interno e internacional e ... 
. Documentos de exportação 
 
- Transferência dos riscos: 
. No momento da entrega ao primeiro transportador (preposto) 
 
- Termo utilizável em qualquer modalidade de transporte (multimodal) 
 
 CIP – CARRIAGE AND INSURANCE PAID TO (NAMED PLACE 
 OF DESTINATION) 
 Transporte e seguro pago até... (...local de destino designado) 
 
- Mercadoria à disposição do comprador quando entregues ao transportador (preposto) 
 
- Obrigações do vendedor: 
. CPT 
. Seguro (cobertura mínima) 
 
- Transferência dos riscos: 
. No momento da entrega ao transportador (preposto) 
 
- Termo utilizável em qualquer modalidade de transporte (multimodal) 
 
 DAF – DELIVERED AT FRONTIER (...NAMED PLACE ) 
 ENTREGUE NA FRONTEIRA (...LOCAL DESIGNADO) 
 
- Mercadoria à disposição do comprador em um ponto da fronteira indicado e definido 
da maneira mais precisa possível, em um ponto anterior ao posto alfandegário do país 
limítrofe 
 
- Obrigações do vendedor: 
. transporte interno 
. documentação 
 
 9
. Seguro (a ser combinado entre importador e exportador) 
 
- Transferência dos riscos: 
. No momento da entrega ao importador ou representante antes da descarga 
- Termo utilizável somente nas modalidades de transporte rodoviária e ferroviária 
 
 DES – DELIVERED EX SHIP (...NAMED PORT OF DESTINATION) 
ENTREGUE A PARTIR DO NAVIO (...PORTO DE DESTINO DESIGNADO) 
- Mercadoria à disposição do comprador a bordo do navio no porto de destino, sem 
estar desembaraçada 
 
- Obrigações do vendedor: 
. transporte interno 
. transporte internacional 
. documentação 
. Seguro 
 
- Transferência dos riscos: 
. No momento da entrega ao importador ou representante no porto de destino 
 
- Termo utilizável exclusivamente no transporte aquaviário 
 
 DEQ – DELIVERED EX QUAY (DUTY PAID) (...NAMED PORT OF DESTINATION) 
ENTREGUE A PARTIR DO CAIS (...PORTO DE DESTINO DESIGNADO) 
- Mercadoria à disposição do comprador no cais do porto de destino designado 
 
- Obrigações do vendedor: 
. transporte interno 
. transporte internacional 
. documentação e desembaraço (exportação) 
. Seguro 
OBS.: NÃO DEVE SER UTILIZADO QUANDO O VENDEDOR NÃO ESTÁ 
ESTRUTURADO NO PAÍS DE DESTINO. 
 
- Obrigações do comprador: 
. Emissão da LI 
. Desembaraço da mercadoria 
. impostos, taxas e demais encargos para nacionalização da mercadoria 
 
- Transferência dos riscos: 
. No momento da entrega ao importador ou representante no porto de destino, 
após a descarga 
 
 10
 
- Termo utilizável exclusivamente no transporte aquaviário 
 
 DDU – DELIVERED DUTY UNPAID (...NAMED PLACE OF DESTINATION) 
ENTREGUE, DIREITOS NÃO PAGOS (...LOCAL DE DESTINO DESIGNADO) 
- Mercadoria à disposição do comprador no local de destino designado, desembaraçada 
mas sem as taxas de desembaraço pagas 
 
- Obrigações do vendedor: 
. transporte interno 
. transporte internacional. documentação de exportação e importação 
. Seguro 
. impostos, taxas e demais encargos para nacionalização da mercadoria 
. transporte interno no país de destino 
 
OBS.: NÃO DEVE SER UTILIZADO QUANDO O VENDEDOR NÃO ESTÁ 
ESTRUTURADO NO PAÍS DE DESTINO. 
 
- Transferência dos riscos: 
. No momento da entrega ao importador ou representante no local de destino 
após a nacionalização 
 
- Termo utilizável em qualquer modalidade de transporte 
 
 DDP – DELIVERED DUTY PAID (NAMED PLACE OF DESTINATION) ENTREGUE 
DIREITOS PAGOS (...LOCAL DE DESTINO DESIGNADO) 
- Mercadoria à disposição do comprador no local de destino designado, desembaraçada 
e com todas as taxas de desembaraço pagas 
 
- Obrigações do vendedor: 
. transporte interno 
. transporte internacional 
. documentação de exportação e importação 
. Seguro 
. Emissão da documentação de importação 
. impostos, taxas e demais encargos para nacionalização da mercadoria 
. transporte interno no país de destino 
 
OBS.: NÃO DEVE SER UTILIZADO QUANDO O VENDEDOR NÃO ESTÁ 
ESTRUTURADO NO PAÍS DE DESTINO. 
 
 
 11
- Obrigações do Comprador 
. Descarga da mercadoria 
 
- Transferência dos riscos: 
. No momento da entrega ao importador ou representante no local de destino, 
após a nacionalização 
 
- Termo utilizável em qualquer modalidade de transporte 
 
 
2.8. EXERCÍCIOS 
 
Com relação ao termo "EXW" 
 
1. De quem é a responsabilidade quanto a embalagem da mercadoria? 
2. De quem é a responsabilidade quanto ao transporte da mercadoria? 
3. Deve o vendedor fazer o desembaraço aduaneiro para a exportação? 
4. Quem deve pagar a inspeção da mercadoria? 
 
Com relação ao termo "FAS" 
 
1. Por que é aconselhável que este termo seja utilizado em países onde a empresa tenha 
representante? 
2. Pode o vendedor colocar a mercadoria em qualquer cais do porto de embarque 
combinado? 
3. Quem deve fazer o desembaraço da mercadoria para a importação? 
4. Pode o comprador ser encarregado de desembaraçar a mercadoria para a 
exportação? 
 
Com relação ao termo "FOB" 
 
1. De quem é a responsabilidade se a mercadoria for danificada após o seu embarque 
no porto de origem combinado? 
2. Quem deve contratar o seguro internacional? 
3. Quem é o responsável pelo desembaraço da mercadoria para a exportação? 
 
Com relação ao termo "FCA" 
1. Quem deve desembaraçar a mercadoria para a exportação? 
2. Quais são as responsabilidades do vendedor caso a mercadoria seja entregue no seu 
país? 
3. Qual a responsabilidade do comprador se a mercadoria for entregue no seu país? 
 
Com relação ao termo "CFR" 
 
1. Quem é responsável pelo desembaraço da mercadoria para a importação? 
2. De quem é a responsabilidade caso a mercadoria seja danificada durante o processo 
de embarque? 
3. Quem deve contratar e pagar o frete internacional? 
 
 12
 
Com relação ao termo "CIF" 
 
1. Quem é responsável pela mercadoria durante a viagem? 
2. Quando que os riscos e despesas são transferidos do vendedor para o comprador? 
3. É obrigação do vendedor contratar o seguro internacional com cobertura completa? 
 
Com relação ao termo "CPT" 
 
1. Quem é responsável pela contratação do seguro internacional? 
2. Quem é responsável pelo desembaraço da mercadoria para a exportação? 
3. Quando as responsabilidades são transferidas do vendedor para o comprador? 
 
Com relação ao termo "CIP" 
 
1. É de responsabilidade do vendedor o desembaraço da mercadoria para a 
exportação? 
2. De quem é a responsabilidade com o seguro internacional? 
3. De quem é a responsabilidade em caso de utilização de dois ou mais transportadores 
sucessivos? 
4. O que o comprador deve fazer caso deseje uma cobertura de seguro completa? 
 
Com relação ao termo "DAF" 
 
1. Tem o vendedor alguma obrigação com o descarregamento da mercadoria no lugar 
da fronteira combinado? 
2. Deve o vendedor fazer o desembaraço alfandegário para a importação da 
mercadoria? 
 
Com relação ao termo "DES" 
 
1. Quem é responsável pela mercadoria durante a viagem? 
2. Quem é responsável pelo desembaraço da mercadoria no porto de destino? 
 
Com relação ao termo "DEQ" 
 
1. Quando terminam as obrigações do vendedor? 
2. Quem deve desembaraçar a mercadoria para a importação? 
 
Com relação ao termo "DDU" 
 
1. Que é responsável pelos "direitos"? 
2. Que responsabilidades o comprador assume caso não providencie os documentos 
necessários à importação na data determinada? 
 
Com relação ao termo "DDP" 
 
1. Quando terminam as obrigações do vendedor? 
 
 13
2. Que é responsável pelos "direitos"? 
 
PERGUNTAS DIVERSAS 
 
1. Quais são as modalidades mais usadas em países que fazem fronteira? 
2. Com relação às obrigações do vendedor, qual a diferença entre o termo EXW e DDP? 
3. Nos casos de termos que incluem como obrigação do vendedor o pagamento do seguro, 
qual a responsabilidade quanto à cobertura? 
4. Em casos em que é necessário o serviço de um transportador, a partir do momento em que 
a mercadoria foi entregue ao mesmo, quem assume custos e responsabilidades? 
5. O que significa e o que abrange o termo "direitos" utilizado nos casos DDU e DDP? 
 
 
2.9. INCOTERMS 2000 E FORMAÇÃO DE PREÇOS NA EXPORTAÇÃO 
BRASILEIRA 
 
Normalmente os exportadores brasileiros trabalham com planilhas de preços Ex-Works, 
FOB, CFR ou CIF e, eventualmente, como alternativas de venda, em outras siglas dos 
Incoterms. 
 
A formação do preço internacional na exportação brasileira requer levar em conta os 
INCENTIVOS FISCAIS que o exportador brasileiro deve saber aproveitar para obter um 
preço competitivo e assim, aumentar as chances de venda e competitividade diante dos 
concorrentes externos. 
 
Esses incentivos fiscais são: 
 
1. Manutenção dos Créditos Fiscais de IPI e ICMS nas compras de 
 matéria prima, componentes, embalagens e produtos intermediários. 
 
 Nas compras de matérias primas e componentes, inclusive embalagens e produtos 
 intermediários, destinados à fabricação de produtos acabados a serem 
 posteriormente exportados, é assegurada a MANUTENÇÃO NA ESCRTITA 
 FISCAL DA EMPRESA EXPORTADORA, dos créditos relativos aos valores do 
 ICMS e do IPI, quando o produto final for exportado. 
 
 O exportador deve apropriar nos livros fiscais o crédito respetivo dos insumos 
 empregados no processo produtivo dos produtos acabados a serem exportados 
 posteriormente. 
 
2. Imunidade (isenção) do recolhimento de IPI e Não Incidência do ICMS na 
exportação de produtos manufaturados ou industrializados. 
 
 Na exportação direta do produto manufaturado ou industrializado, as empresas 
 exportadoras estão isentas do recolhimento do IPI que seria devido nas operações 
 internas assim como a Não Incidência do ICMS, refletindo este incentivo fiscal 
 numa redução tributária com a finalidade de obter um preço internacional 
 
 14
 competitivo no mercado externo. 
 
 Assim, o exportador, além de manter na ESCRITA FISCAL os crédito de IPI e 
 ICMS dos insumos ainda aproveita a imunidade do recolhimento do IPI e a Não 
 Incidência do ICMS do produto acabado, quando for efetivamente concretizada a 
 venda internacional. 
 
3. COFINS 
 
 As exportações estão isentas do recolhimento do COFINS. 
 
 Assim, as receitas provenientes da exportação devem ser EXCLUIDAS da base 
 de cálculo para recolhimento dessa contribuição fiscal. 
 
4. PIS 
 
 As exportações estão isentas do recolhimento do PIS de 0,65% 
 
 A isenção do recolhimento do PIS será concretizada ao se EXCLUIR da receita 
 operacional bruta do exportador o valor correspondente à receita da venda 
 externa. 
 
5. IMPOSTO DE RENDA 
 
 Alíquota de 0% nos casos de remessas para pagamento de despesas de promoção 
 comercial, propaganda, pesquisa de mercado, aluguéis e arrendamentos de 
 stands para feiras e exposições, comissões pagas a agentes e lucros de descontos 
 cambiais. 
 
6. IOF 
 
Alíquotade 0% nas operações de crédito à exportação e de Adiantamentos de 
Contratos de Câmbio (ACC). 
 
 
3. PAGAMENTOS INTERNACIONAIS 
Durante as negociações comerciais preliminares entre exportadores e importadores e, 
conseqüentemente, na fase da “Proforma Invoice”, as partes definem a forma de pagamento 
pela qual a operação irá se desenvolver antes e depois do embarque das mercadorias. 
 
No entanto, o fato de enviar uma “Proforma Invoice” ao importador não significa que 
o exportador já tenha fechado uma venda, pois este documento, simplesmente, formaliza as 
negociações iniciais havidas entre o exportador e importador. 
Entre outras informações comerciais, próprias de uma venda internacional, a 
“Proforma Invoice:” deve definir, claramente, dois pontos importantes que, em diante, irão 
nortear os passos a serem dados pelo vendedor e comprador até o embarque das mercadorias. 
 
 15
 As condições de venda internacional (“Sale Terms”) 
 As condições de pagamento internacional (“Payment Terms”) 
 
As partes devem entrar em acordo quanto às condições de venda a serem praticadas, 
basicamente representadas pelas siglas comerciais denominadas “Incoterms 2000” definidas 
pela Câmara de Comércio Internacional (CCI). 
Por outro lado, a negociação das condições de pagamento internacional representa 
mais um item importante a ser definido dentro da “Proforma Invoice”, pois estabelece a 
maneira como o importador irá efetuar o pagamento da mercadoria que está comprando, o 
que, naturalmente, representa uma garantia para o exportador no sentido de ter a certeza 
financeira que irá receber as divisas antes ou depois do embarque das mercadorias em porto 
de origem. 
A desconfiança comercial existente entre as partes, principalmente quando se trata dos 
primeiros contatos ou pedidos, é motivo para que muitos contratos internacionais se vejam 
prejudicados ou não concretizados e isto ocorre porque no comércio internacional existem 
práticas de pagamento que desfavorecem aos exportadores, como é o caso das cobranças 
documentárias, ou, pelo contrário, representam um risco financeiro para os importadores, 
quando a compra gira em torno de um pagamento antecipado. 
Entre ambas as modalidades, como um meio de pagamento que não favorece nenhuma 
das partes envolvidas, encontramos na prática mundial do comércio o uso dos créditos 
documentários, sistema pelo qual os bancos intervenientes exercem o papel de fiscalizadores e 
ao mesmo tempo oferecem garantias firmes em favor do exportador, desde que este apresente 
documentos comerciais que provem que o crédito documentário foi rigorosamente respeitado 
em todas suas cláusulas e exigências. 
 
Feita esta introdução, se faz necessária uma abordagem mais detalhada para que se 
possa compreender os mecanismos destes sistemas de pagamentos praticados no comércio 
internacional. 
 
3.1 PAGAMENTO ANTECIPADO. 
 
Em inglês denominado como “Advanced Payment” ou “Down Payment”. 
 
Esta modalidade é pouco praticada em razão dos riscos financeiros que o importador 
está sujeito, a ter que fazer a remessa das divisas ao exportador antes do embarque das 
mercadorias. 
 
Normalmente o importador paga o valor da transação através de uma ordem de 
pagamento ou cheque. Do ponto de vista cambial, o exportador, no caso brasileiro, deve 
providenciar o contrato de câmbio junto a um banco autorizado, antes do embarque das 
mercadorias, recebendo o contravalor em Reais, definido pela taxa cambial vigente no dia da 
assinatura do contrato de câmbio. 
 
 16
Com as mercadorias prontas para embarque, o exportador providencia a emissão do 
Registro de Exportação (RE) junto ao Siscomex, onde declara que o pagamento foi 
antecipado. 
 
Depois do embarque, uma vez que não existe risco financeiro, o exportador pode 
remeter os documentos comerciais originais diretamente ao importador e as cópias dos 
mesmos para o banco brasileiro que, conseqüentemente, liquidará o contrato de câmbio, 
dando por encerrada a operação. 
 
Normalmente o exportador mantém firme sua posição de somente fechar negócios 
nesta modalidade, dada à sua necessidade de levantar recursos e, por outro lado, a necessidade 
imediata do importador de receber as mercadorias. 
 
Também pode ocorrer em operações de valor reduzido ou quando o importador não 
tem tradição nos meios comerciais. 
 
Em alguns casos, e diante a incerteza de não receber as mercadorias, o importador 
condiciona o envio das divisas a uma garantia bancária internacional denominada 
“Refundment Bond” que deve ser providenciada pelo exportador, via bancária, tendo como 
beneficiário o importador. 
 
Esta garantia é exigida, normalmente, na base de 110% do valor a ser adiantado. Com 
a garantia em mãos, o importador remete as divisas e aguarda o envio das mercadorias. 
Como o “Refundment Bond” tem data de vencimento, a mesma será executada pelo 
importador junto ao banco emitente da garantia, caso as mercadorias não tenham sido 
embarcadas até a data estipulada. 
 
Neste caso, o banco emitente da garantia é obrigado a devolver, em nome do 
exportador, o valor de 110% do valor adiantado pelo importador. 
 
A abertura de um “Refundment Bond” compromete financeiramente o banco emitente 
e, naturalmente, ele irá exigir do exportador garantias locais equivalentes ao valor do 
compromisso que está assumindo. 
 
Estas exigências de parte a parte, fazem do pagamento antecipado uma modalidade 
pouco praticada entre empresas que mantém reduzida tradição comercial, porém é muito usual 
entre empresas do mesmo grupo, filial ou matriz ou empresas que já possuem um grau de 
confiança comercial suficiente para não existirem problemas quanto à remessa financeira ou 
recebimento da mercadoria. 
 
3.2 COBRANÇA DOCUMENTÁRIA 
 
 17
 
Este sistema de pagamento, se for à vista, em inglês é chamado de “Sight Draft” ou 
“Cash Against Documents - CAD” e “Time Draft” se a operação for a prazo (até 180 dias 
contados da data do embarque) . 
 
Durante as negociações da “Proforma Invoice”, surge, normalmente por iniciativa do 
importador, a proposta de que a operação seja feita em cobrança documentária, uma vez que 
esta modalidade favorece o comprador tanto operacionalmente quanto à vantagem de 
substituir o uso do crédito documentário, mais conhecido como carta de crédito. 
 
A Câmara de Comércio Internacional - CCI regulamentou o uso deste sistema através 
da “URC - Uniform Rules for Collection nº 522” que em seus 26 artigos explica e define as 
responsabilidades, funções e procedimentos que os personagens envolvidos no processo 
devem seguir e respeitar. 
Os personagens são: 
 
• Exportador (na URC 522 denominado de “Principal”) 
• Banco Remetente (“Remitting Bank”) 
• Banco Cobrador (“Collecting Bank”). 
• Banco Apresentador (“Presenting Bank”) 
• Importador (“Drawee”). 
 
O Banco Remetente é o banco brasileiro para o qual o exportador entrega os 
documentos originais internacionais, a fim de que sejam enviados ao banco no exterior 
(Banco Cobrador). 
 
Ato seguido, o Banco Cobrador notifica o importador sobre a chegada dos documentos 
originais e o convoca para efetuar o pagamento, no caso de cobrança à vista. Na hipótese de 
cobrança a prazo, o importador assina o aceite no saque (Draft), ocasião em que os 
documentos são liberados para o desembaraço junto à alfândega no País do importador. 
 
A cobrança documentária à vista é um sistema que desfavorece o exportador, pois os 
bancos intervenientes não oferecem nenhuma garantia financeira, uma vez que a URC 522 da 
CCI confere a eles o papel de simples cobradores, sem nenhuma responsabilidade quanto ao 
resultado financeiro da operação, cuja mercadoria já foi embarcada pelo exportador em 
acordo direto com o importador. 
 
Se a operação for a prazo, o Banco Cobrador continua sendo um simples tramitador e 
cobrador e, neste caso, entrega ao importador os documentos originais contra o aceite no 
 
 18
saque. Com os documentos originais em mãos, o importador retiraa mercadoria na alfândega 
e, no vencimento, quita o valor da cambial. 
 
O risco financeiro do exportador pode ocorrer nas seguintes situações: 
 
1. Se a cobrança documentária for à vista, o Banco Cobrador notifica ao importador 
para que compareça ao banco para pagamento do valor da fatura, ocasião em que a 
documentação original lhe será entregue. 
 
Ocorre que, como o Banco Cobrador não tem força legal para obrigar o 
importador a quitar o valor da fatura, o comprador pode desistir da operação, não se 
apresentando ao banco para quitação do valor da fatura, representado pelo saque ou cambial. 
 
Acontece que, a essa altura dos fatos, o exportador já embarcou a mercadoria e a 
mesma deve estar armazenada na alfândega do País de destino. 
 
Diante da desistência do importador, o Banco Cobrador devolverá os documentos 
originais ao Banco Remetente, na situação de recusados por falta de pagamento, e no caso 
brasileiro, o Banco Central será informado. 
 
Assim, ao ter embarcado as mercadorias e feito o respectivo desembaraço, o 
exportador brasileiro assumiu, através do Registro de Exportação (RE) , a responsabilidade 
cambial da operação. 
 
Dito em outras palavras, quando as mercadorias são embarcadas, as mesmas 
foram desnacionalizadas e, em contrapartida, as divisas correspondentes ao valor da fatura 
comercial devem entrar no Brasil. 
 
Como os documentos originais foram recusados pelo importador e a mercadoria se 
encontra no exterior, o Banco Central notificará ao exportador para que proceda ao retorno 
das mercadorias ao Brasil. 
 
No caso a vista, o importador não retira as mercadorias na alfândega, porque não 
possui os documentos originais, porém a desistência ocasiona ao exportador brasileiro 
prejuízos financeiros, uma vez que os custos de retorno da mercadoria serão inteiramente por 
conta do vendedor. 
 
2. Se a cobrança for a prazo, o tramite documental bancário é o mesmo, porém como 
a fatura está com vencimento futuro, o Banco Cobrador convocará o importador para que 
proceda à assinatura do saque (Draft), reconhecendo desta forma a dívida com prazo de 
 
 19
vencimento e ato seguido, o importador recebe a documentação original que o habilitará a 
retirar a mercadoria na alfândega. 
 
Chegado o vencimento do saque, o Banco Cobrador solicitará ao importador a 
quitação do mesmo. 
 
Na hipótese do importador não pagar, o Banco Cobrador solicitará ao Banco 
Remetente novas instruções para dar seguimento à cobrança, cujo saque se encontra vencido 
e não quitado. 
 
Diante desta situação de inadimplência, o exportador pode autorizar, via banco, o 
protesto do saque na praça do importador. 
 
Se o importador não quitou a dívida, o saque será protestado conforme as normas do 
País dele e, persistindo a inadimplência, ato seguido, o Banco Cobrador enviará o saque 
ao Banco Remetente, na situação de vencido, protestado e não quitado. 
 
Com o saque não quitado em mãos, o Banco Remetente convocará o exportador para 
colocá-lo a par da situação e, concomitantemente, informará ao Banco Central sobre o caso. 
 
O Banco Central notificará ao exportador para que, diante da situação de 
inadimplência, proceda à cobrança judicial, falimentar se for o caso, contra o importador. 
 
Todas as despesas bancárias, de protesto, judiciais, de falência e os honorários 
bancários no Brasil e no exterior serão por conta do exportador. 
Esta situação não impede que a empresa continue exportando, porém a operação ficou 
sem a devida liquidação cambial e somente será encerrado quando o exportador apresente ao 
Banco Centra, os documentos que provem a falência do importador ou, as divisas, caso tenha 
conseguido receber do importador. 
 
Quando a inadimplência do importador for inferior a US$ 5,000.00 (este limite varia 
de acordo ao critério do BC) o Banco Central dispensa a cobrança judicial ou o pedido de 
falência, pois se considera que a exportação foi de pequeno valor, não justificando as despesas 
judiciais que o exportador teria que desembolsar para solicitar a falência do importador. 
Se os bancos intervenientes não garantem o sucesso da cobrança documentária à vista 
ou a prazo, pode-se concluir, portanto, que não é recomendável para a empresa, sob qualquer 
ponto de vista, a exportar nesta modalidade de pagamento, quando se trata de cliente 
desconhecido. 
 
 
 20
Excepcionalmente, uma empresa pode fechar seus negócios internacionais praticando 
a cobrança documentária à vista ou a prazo, desde que mantenha um bom relacionamento 
comercial com o importador, eliminando assim o chamado risco cliente e que, paralelamente, 
este cliente esteja localizado num País que não esteja atravessando problemas de tipo político 
ou econômicos (risco político-extraordinário). 
 
Antes de aceitar a operação nesta modalidade, o exportador deve analisar diversas 
situações que podem se apresentar durante a negociação da Fatura Proforma. 
 
De um lado, pode não existir o risco cliente porém o risco político - extraordinário é 
grande. O contrário também é possível ou, também, ambos os riscos podem aparecer durante 
a negociação. 
 
De qualquer maneira, diante desse panorama de risco, muitas vezes o exportador 
prefere exigir do cliente uma carta de crédito ou simplesmente não exportar nessas condições. 
 
Ocorre, freqüentemente, que o importador mostra resistência para abrir uma carta de 
crédito, e nesse caso o exportador pode exigir uma garantia, paralela à cobrança 
documentária, denominada “Performance Bond”, que funciona como um seguro, pelo qual, 
se o importador não quitar o valor da dívida, num caso de cobrança à vista, o banco emitente 
desta garantia deverá pagar ao exportador normalmente, a 20% do valor da venda (este 
percentual pode variar a critério do exportador), verba suficiente para providenciar o retorno 
da mercadoria ao País de origem. 
 
Naturalmente, esta garantia somente funciona nos casos de cobrança documentária à 
vista. O problema é que os importadores forçam a situação manifestando interesse em 
comprar, porém resistem em abrir uma carta de crédito ou uma “Performance Bond”, 
deixando ao exportador sem saída comercial, uma vez que, ou aceita vender em cobrança, 
mesmo sabendo dos riscos financeiros ou deixa de exportar, perdendo negócios. 
Em alguns países, notadamente do primeiro mundo, com a finalidade de aumentar o 
volume exportativo, o governo compra o valor do saque a juros subsidiados e assume o risco 
comercial ou político-extraordinário, numa operação semelhante a um “Forfaiting”, perdendo 
o direito de regresso. 
 
Outros países, como é o caso do Brasil, implantaram o Seguro de Crédito à Exportação 
(SCE) como alternativa de reduzir os riscos para o exportador, nas vendas em cobrança a 
prazo. 
 
Por este mecanismo, o exportador poderá assegurar a operação de cobrança 
documentária a prazo fazendo a apólice de seguro junto à Sociedade Brasileira de Crédito de 
Exportação (SBCE) e o Instituto Brasileiro de Resseguros (IRB). 
 
Se houver problemas de pagamento com o importador, o seguro cobre em casos de 
inadimplência, nas operações de cobrança a prazo, até 85% do valor da exportação. 
 
 
 21
O SCE é uma alternativa interna com a finalidade de ampliar as exportações, 
incentivando às empresas exportadoras a praticarem a cobrança documentária a prazo em 
detrimento da carta de crédito, porém é importante ressaltar que estes mecanismos são 
internos, próprios de cada País, e em nada influem ou modificam a legislação internacional da 
URC 522 da CCI. 
 
Finalmente, também é necessário apontar que o SCE somente existe nas operações 
com pagamento em cobrança documentária a prazo, não sendo aplicável quando se trata de 
um crédito documentário. 
 
3.3. COBRANÇA DOCUMENTÁRIA LIMPA 
 
Em inglês conhecido como “Clean Collection” 
 
Esta modalidade de cobrança é considerada à vista porém de grande risco financeiro 
para o exportadore requer um alto grau de confiança comercial entre as partes. 
 
No idioma português, esta modalidade é denominada como “Cobrança Limpa”, e 
consiste, em que o exportador remete diretamente ao importador, os documentos originais e 
coloca em cobrança bancária cópia dos mesmos. 
 
Com os documentos originais na mão, o importador retira a mercadoria na alfândega e 
posteriormente paga o valor do saque no Banco Cobrador. 
 
O risco financeiro está nesse procedimento, pois o comprador retira a mercadoria e 
paga depois no banco, havendo grandes possibilidades de inadimplência por parte do 
importador. 
 
Não é uma modalidade de pagamento recomendável quando as partes não se 
conhecem comercialmente, porém é um sistema muito praticado entre empresas que possuem 
forte vínculo, como matriz e filial, empresas do mesmo grupo ou clientes antigos que são da 
inteira confiança do exportador. 
Na via aérea o importador pode exigir esta modalidade, pois pela urgência de 
desembaraçar a carga no aeroporto de destino e pelo curto tempo de viagem de horas, ele 
precisa dos documentos originais junto com a carga ou enviados diretamente a ele. 
Para evitar a inadimplência do importador nesta modalidade, normalmente o 
exportador pode preencher o conhecimento de embarque consignado ao Banco Cobrador. 
 
Quem aparece como consignatário nos conhecimentos de embarque são os donos da 
carga. Neste caso, o importador é obrigado a passar pelo Banco Cobrador para solicitar o 
endosso no conhecimento de embarque e o Banco Cobrador endossará contra pagamento do 
valor da fatura, o que significa uma segurança financeira para o exportador. 
 
 22
3.3.1 REMESSA SEM SAQUE 
 
Em inglês denominado Open Account. 
 
Uma vez feito o embarque das mercadorias, o exportador envia todos os documentos 
originais diretamente ao importador, antes do pagamento, sem qualquer interferência bancária 
e sem emitir qualquer título que venha a representar a dívida do importador (saque ou 
cambial). 
 
Esta é uma modalidade de pagamento de alto risco para o exportador e somente deve 
ser praticada quando o importador for de extrema confiança. 
 
Diante do risco financeiro, esta modalidade, normalmente, é amplamente utilizada 
entre empresas que tenham algum vínculo, como matriz, filial ou coligadas ou, a critério do 
vendedor, a clientes tradicionais. 
 
Assim, com os documentos originais em mãos, o importador desembaraça a 
mercadoria na alfândega de destino e retira a mercadoria. 
 
Para o importador é um sistema bastante favorável, pois agiliza o desembaraço, 
evitando despesas adicionais de armazenagem e, também, despesas financeiras, pois não 
existe intervenção bancária. 
Os bancos somente participam da operação por ocasião do pagamento, em uma 
eventual operação de câmbio e na transferência das divisas. 
 
Outra vantagem para o importador é que somente providenciará o pagamento após ter 
recebido as mercadorias, verificando a mesmas do ponto de vista de qualidade, quantidade e 
características da mercadoria, de acordo com o combinado com o exportador. 
 
Nas importações brasileiras estas modalidades estão liberadas, pois o risco é do 
exportador estrangeiro. 
 
Nas exportações, o Banco Central do Brasil impõe restrições à prática desta 
modalidade, pois, em regra, os documentos de exportação devem ser remetidos por via 
bancária. 
 
De qualquer modo, o exportador deve consultar a legislação vigente, pois existem 
critérios do tipo país, produto e cliente que podem permitir ou impedir a prática da remessa 
sem saque nas exportações brasileiras. 
 
3.3.2 COBRANÇA SIMPLES. 
 
Também conhecida como REMESSA ou SIMPLES REMESSA. 
 
Em inglês denomina-se “teletransmission Transfer” ou “wire” 
 
 23
 
É outra modalidade de cobrança que dispensa a intervenção bancária, tanto no país do 
exportador como do importador. 
 
Neste caso, o exportador embarca as mercadorias e segura os documentos 
internacionais (fatura comercial e conhecimento de embarque). 
 
Imediatamente após o embarque, entra em contato com o importador e remete via fax 
cópia da fatura comercial e do conhecimento e solicita ao importador para que providencie a 
remessa das divisas via ordem de pagamento bancário. 
 
Ato seguido, o exportador verifica junto ao seu banco se os fundos foram creditados. 
 
Comprovado o crédito, o exportador remete os documentos originais diretamente ao 
importador. 
 
O risco financeiro é mínimo, pois o cuidado que o exportador deve ter é verificar junto 
ao seu banco se o crédito foi efetivamente realizado e não se confiar na palavra do 
importador. 
 
Para encerrar a operação, no caso brasileiro, o exportador deverá promover o contrato 
de câmbio e liquidar a operação junto ao Siscomex. 
É uma modalidade muito utilizada nas exportações de “commodities”, conhecida 
também por “cabo” e entre empresas com tradicional relacionamento comercial 
 
TEMAS DE DISCUSSÃO: 
Trabalho em grupo em sala de aula (tempo de 20 minutos) 
Assunto: Pagamento antecipado e cobranças documentárias. 
1.- Qual é a diferença entre a “Proforma Invoice” e “Commercial Invoice” ? 
2.- Qual é a responsabilidade cambial do exportador brasileiro, quando solicita a 
emissão do Registro de Exportação (RE) e embarca as mercadorias? 
3.- Porque a garantia bancária internacional denominada “Refundment Bond” funciona 
em favor do importador, numa operação envolvendo a modalidade de “Advanced 
Payment”? 
4.- Como o exportador pode evitar a inadimplência financeira do importador, numa 
operação envolvendo a modalidade “CLEAN COLLECTION”? 
5.- Porque uma operação na modalidade “Sight Draft” é financeiramente arriscado para 
 
 24
o exportador? 
6.- Qual é a diferença operacional entre a “COBRANÇA LIMPA” e a “COBRANÇA 
SIMPLES”? 
7.- Como funciona a garantia bancária internacional denominada “PERFORMANCE 
BOND” numa operação em “SIGHT DRAFT”? 
8.- Qual é a diferença entre uma “COBRANÇA À PRAZO” e uma “REMESSA SEM 
SAQUE”? 
9.- Como funciona o Seguro de Crédito à Exportação (SCE)? 
10.- Se o importador não quitou o valor do saque, numa cobrança a prazo, quais são as 
exigências do Banco Central do Brasil?. 
 
 
3.4 CRÉDITO DOCUMENTÁRIO. 
 
Esta modalidade de pagamento é a mais praticada no mundo dos negócios 
internacionais, pois desta vez os bancos intervenientes oferecem garantias financeiras firmes 
ao exportador. 
Também conhecida pela expressão inglesa “Documentary Credit” ou “Letter of 
Credit” (carta de crédito) ou, simplesmente pela sigla “L/C”. 
 
Os personagens são: 
• Importador (“Applicant”). 
• Banco Emitente (“Issuing Bank”) 
• Banco Avisador (“Advising Bank”). 
• Banco Negociador (“Negotiating Bank”). 
• Banco Confirmador (“Confirming Bank”). 
• Banco Reembolsador (“Reimbursing Bank”) 
• Exportador (“Beneficiary”). 
 
Uma vez fechado o negócio na fase da Fatura Proforma, cabe ao importador 
(“Applicant”) abrir a carta de crédito num banco de sua preferência (“Issuing Bank”) que 
remeterá o documento usando os serviços de um banco no País do exportador (“Advising 
Bank”) que, ato seguido, após verificar a autenticidade da mensagem, entregará a carta de 
crédito ao exportador (“Beneficiary”). 
 
 
 25
Na carta de crédito o Banco Emitente fornece ao exportador garantias firmes e 
irrevogáveis de que o pagamento do valor do crédito documentário será efetuado desde que o 
exportador cumpra e respeite rigorosamente todas as exigências inseridas no texto do 
documento. 
 
Desta forma, a carta de crédito contém a garantia internacional bancária do “Issuing 
Bank”, embora condicionada ao desempenho do exportador de saber cumprir rigorosamente 
com todas as exigências colocadas pelo importador e/ou Banco Emitente. 
 
Normalmente um exportador insere na Fatura Proforma, como forma de pagamento, a 
seguinte clausula: “Letter of Credit, irrevocable and confirmed, first class bank”, 
acrescentando se a mesma é à vista ou a prazo. 
 
A irrevogabilidade protege o exportador, pois impede queo importador ou o Banco 
Emitente cancele o documento por iniciativa própria. 
 
Quanto à confirmação, o exportador pode exigir a participação de mais um banco, o 
chamado “Confirming Bank” que age como avalista do Banco Emitente, caso este não possa 
honrar as garantias da carta de crédito por motivos políticos-extraordinários que ocorrem no 
seu país (RISCO DE TRANSFERÊNCIA). 
 
O Banco Confirmador deverá declarar “sua confirmação” no próprio crédito, por meio 
de anotação ou em instrumento separado que, automaticamente, passa a ser parte do crédito. 
 
Normalmente a confirmação somente será agregada a um crédito sob solicitação ou 
autorização do Banco Emitente, assim, existe a chamada “SILENT CONFIRMATION” 
(confirmação silenciosa) que funciona quando um banco confirma uma carta de crédito sem 
ter sido solicitada ou autorizada pelo Banco Emitente. 
 
 O Banco Confirmador terá que estar localizado num País de primeiro mundo e, 
obviamente, fora do país do Banco Emitente, além de ser considerado um banco de primeira 
linha. 
 
O papel do Banco Avisador é limitado, pois ele só tem obrigação de verificar a chave 
da mensagem (“Test Key”) mantido com o Banco Emitente e, ato seguido, entrega o 
documento original ao exportador, valendo oficialmente uma carta de crédito, ressaltando 
ainda que o Banco Avisador não tem nenhuma responsabilidade quanto ao texto ou conteúdo 
do crédito documentário. 
 
 
 26
Com a carta de crédito em mãos, o exportador deverá analisar as exigências com 
extremo cuidado e se convencer de que tem condições de cumprir e respeitar detalhadamente 
todas elas, sejam do ponto de vista documentais ou de instruções especiais. 
 
Esta análise do crédito documentário deve ser feita na empresa por profissional 
experiente que conheça os meandros e as particularidades deste tipo de negociação, pois o seu 
rigoroso e total cumprimento obrigará ao Banco Emitente a honrar o pagamento do valor da 
carta de crédito. 
 
 Muitas vezes existe a necessidade de pedir alterações com a finalidade de colocar o 
documento em condições de ser respeitado e, nesses casos, o exportador deverá contatar o 
importador para que faça as emendas solicitadas junto ao Banco Emitente. 
 
As alterações devem ser feitas sempre via banco. Qualquer entendimento paralelo ou 
direto entre o exportador e o importador será ignorado pelos bancos, principalmente pelo 
Banco Emitente que ao dar as garantias financeiras também quer ser notificado das eventuais 
alterações. 
Caso haja necessidade de recusar uma emenda, o exportador deverá faze-lo por escrito 
junto ao Banco Avisador que, a sua vez, notificará ao Banco Emitente sobre a recusa da 
alteração. Se não o fizer formalmente por escrito, o silencio do exportador será considerado 
pelos bancos como se tivesse aceitado a emenda. 
 
O embarque das mercadorias somente poderá ser feito se a empresa considera que tem 
condições de cumprir as exigências do documento e assim procedendo, após o embarque, a 
exportadora deverá providenciar rapidamente todos os documentos internacionais 
normalmente exigidos num crédito documentário. 
 
Esses documentos são os seguintes: 
• Commercial Invoice (Fatura Comercial). 
• Bill of Lading (Conhecimento de embarque marítimo ou terrestre) 
• Airway Bill (Conhecimento de embarque aéreo) 
• Packing List (Romanéio). 
• Weight List (Certificado de Peso). 
• Certificate of Origin (pode ser Mercosul , Aladi ou comum). 
• Certificate of Origin Form-A (Sistema Geral de Preferências). 
• Inspection Certificate (inspeção da mercadoria antes do embarque) 
• Insurance Certificate (no caso de exportação CIF) 
 
 
 27
Pode haver exigência de documentos adicionais, dependendo do país do importador, 
como declarações das companhias transportadoras, vistos consulares ou qualquer outro 
documento que o importador faça questão de que seja apresentado. 
 
O fato é que, depois do embarque, esses documentos, originais, representam o valor da 
carta de crédito de uma mercadoria já embarcada, assim, o exportador deverá encaminha-los a 
um banco para que sejam conferidos em confronto com as exigências do crédito 
documentário. 
 
O banco escolhido pelo exportador para esta conferência documental é denominado 
como “Negotiating Bank”. 
 
Se a carta de crédito for “Restricted” o Banco Negociador deverá ser obrigatoriamente 
o mesmo Banco Avisador que na época entregou a carta de crédito ao exportador. Se for 
“Unrestricted”, o Banco Negociador poderá ser qualquer banco brasileiro da escolha do 
exportador. 
 
Da conferência documental, o Banco Negociador deverá emitir um parecer definitivo, 
à luz dos documentos examinados e neste sentido, cabem duas alternativas: 
 
 Os documentos do exportador se apresentam rigorosamente corretos em relação às 
exigências da carta de crédito. Neste caso, o Banco Negociador os envia ao Banco 
Emitente e este deverá honrar com o compromisso financeiro, pagando o valor da fatura 
comercial amparado pela carta de crédito. Com as divisas no Brasil, o Banco Negociador 
liquida o contrato de câmbio e entrega o contravalor em Reais ao exportador, dando por 
encerrada a operação. 
 
 Se os documentos do exportador se apresentam discrepantes em relação às exigências da 
carta de crédito, o Banco Negociador deverá informar desta situação ao Banco Emitente e, 
neste caso, o pagamento será imediatamente suspenso, sendo que o importador será 
chamado para dar opinião. 
 
A posição do importador depende da gravidade dos erros cometidos pelo exportador, 
havendo as seguintes alternativas: 
 
 O importador aceita os documentos errados e ordena ao Banco Emitente que pode 
acolhe-los e, conseqüentemente, pagar o valor da fatura. 
 O importador recusa os documentos errados e ordena ao Banco Emitente suspender 
definitivamente o pagamento. Neste caso, o exportador deverá trazer a mercadoria de 
volta para o Brasil 
 
 28
 O importador condiciona o aceite dos documentos errados desde que o exportador 
conceda um desconto na fatura, como compensação. 
 
Considerando estes procedimentos, conclui-se que o sucesso desta operação, amparada em 
carta de crédito, depende unicamente da capacidade do exportador saber cumprir todas as 
instruções contidas no documento. 
 
Para honrar o compromisso financeiro, o Banco Emitente pode fazer a remessa financeira 
diretamente ao Banco Negociador ou, normalmente, usa os serviços do chamado Banco 
Reembolsador, onde mantém conta corrente, ordenando a este que debite o valor autorizado e 
credite a mesma importância na conta do Banco Negociador, ressaltando, ainda, que a 
participação do Banco Reembolsador é de um simples pagador sem nenhuma 
responsabilidade quanto à carta de crédito. 
 
Todos os personagens envolvidos nesta modalidade de pagamento estão com suas 
funções e responsabilidades definidas na legislação internacional denominada UCP 500 
(Uniform Customs Practice for Documentary Credits) da CCI e a participação do Banco 
Reembolsador está regulamentada pela URR 525 (Uniform Rules Reimbursements for 
Documentary Credits). 
Se o sucesso desta operação depende da empresa, é recomendável que a carta de 
crédito seja analisada por um profissional capacitado. Existe uma técnica de leitura que 
permite conhecer todos os detalhes do documento, de tal maneira que o exportador fique 
convencido de que tem plenas condições de cumprir as instruções colocadas pelo importador 
e o Banco Emitente. 
 
Essa técnica obedece a um roteiro, conforme abaixo: 
 
• ISSUE DATE: verificar a data de emissão da L/C, isto é, o dia em que o 
 importador foi ao Banco Emitente para proceder à abertura da carta de 
 crédito. 
• ISSUING BANK: localizar na L/C o nome do Banco Emitente. 
• APPLICANT: verificar o nome e endereço completo do importador. 
• BENEFICIARY: verificar se o nome e endereço do exportador estão 
 corretos. 
• NUMERO DA L/C: Toda carta de crédito tem um número fornecido pelo 
 Banco Emitente.• CONFIRMING BANK: Se for o caso, verificar o nome do banqueiro 
 avalista. 
• VALOR: verificar se o valor da L/C corresponde ao valor da venda 
 
 29
 negociada na Fatura Proforma. 
• ABOUT: este termo permite uma tolerância no valor e na quantidade de até10% do valor 
mencionado da L/C. Contudo, cabe ressaltar que a condição “About” não é obrigatória. 
• CONDIÇÃO DE VENDA: verificar se a carta de crédito menciona o 
 Incoterms praticado na Fatura Proforma. 
• CONDIÇÃO DE PAGAMENTO: naturalmente se trata de uma carta de crédito, porém 
verificar se a mesma é à vista ou a prazo, conforme 
 negociado. 
• PORTO DE EMBARQUE: geralmente a carta de crédito tem que indicar “any brazilian 
port” 
• PORTO DE DESTINO: o nome do porto de destino deve ser citado. 
• EMBARQUES PARCIAIS: existem duas alternativas: permitido ou proibido. 
• TRANSBORDOS: também duas opções: permitido ou proibido. 
• DESCRIÇÃO DAS MERCADORIAS: verificar se a descrição corresponde 
 exatamente ao produto vendido da Fatura Proforma. 
• QUANTIDADE: idem. 
• DOCUMENTOS: verificar se os documentos que estão sendo exigidos podem ser 
apresentados. 
• EMBARQUE ATÉ: verificar se o prazo de embarque colocado na L/C tem condições de 
ser respeitado. 
• NEGOCIAÇÃO ATÉ: A UCP 500 define que a entrega dos documentos 
 após o embarque deve ser feita no prazo mencionado pelo importador não 
deverão ultrapassar os 21 dias corridos. 
• REEMBOLSO: verificar se o pagamento será feito direto ao Banco Negociador ou 
através do Banco Reembolsador. 
• INSTRUÇÕES ESPECIAIS: conferir as exigências particulares ou especiais que o 
importador ou o Banco Emitente colocaram na L/C e se as mesmas podem ser cumpridas. 
• UCP 500: verificar se a legislação da CCI foi mencionada no texto, pois caso contrário à 
carta de crédito não estará amparada por estas normas. 
 
 3.5 MODELO DE CARTA DE CRÉDITO DE EXPORTAÇÃO. 
 
Os créditos documentários de exportação ou importação possuem a mesma estrutura, 
emitidas em qualquer país. O que pode ser diferente, são as exigências particulares colocadas 
pelo importador ou o Banco Emitente, obedecendo às costumes comerciais ou legislação 
interna do país. 
 
 
 30
A seguir, se apresenta um modelo de carta de crédito de exportação, transmitida via 
postal, do Banco Emitente ao Banco Avisador: 
 
ISSUE DATE 26TH April 00 
From Issuing Bank Habib Bank AG/Dubai - UAE 
To Banco Brasileiro de Descontos S.A 
 Pça. Pio Dez, 98-A Rio de Janeiro - Brazil 
 Please add your confirmation at beneficiaries cost 
Irrevocable Documentary Credit nº CT 4669 Unrestricted 
Date and place expiry 15th August 2000 in Brazil. 
Applicant: M/S Asiatic Engineering Est. 
 P.ºBox nº 110921 Dubai – UAE0. 
Beneficiary: M/S Dopus S/A 
 Rua Santo Antonio,82 Rio de Janeiro Brazil 
Amount: ABT US$ 75,600.00 CFR Dubai. 
Credit Available with any bank by negotiation against presentation of the documents detailed 
herein and marked with X. 
Your draft at Sight drawn on Openers and marked “Drawn under Habib Bank AG/Dubai - 
UAE” L/C nº CT 4669 
Partial shipment: Allowed ( x ) Not Allowed ( ) 
Transhipment: Allowed ( ) Not Allowed ( x ) 
Parcel Shipment: Allowed ( ) Not Allowed ( ) 
Shipment from Any Brazilian Port to Dubai port by Conference line/Regular Vessel only until 
30th July 2000 
( x ) Signed invoice quintuplicate in the name of Openers certifying merchandise to be 
brazilian origin. 
( x ) Full set of clean “shipped on board” ocean Bills of Lading drawn or endorsed to the 
order of Habib Bank AG marked notify openers and showing freight prepaid mentioning 
vessel’s shipping agent in Dubai. 
( x ) Insurance covered by openers. All shipments under this documentary credit must be 
advised by you before shipment directly to United Insurance Co.Ltd, P.O Box 
1888,Dubai,UAE and to the openers reffering to Open Policy/Cover Note nº UD/OP10-88 
giving full details of shipments. A copy of this advice and the postal registration receipts to 
accompany the original set documents to negotiation. 
( x ) Packing List/Weight List in five copies 
( x ) Inspection certificate of weight and analysis issued by independent 
 internacionally recognized surveyor and original and 2 copies. 
 
 31
( x ) Certificate of Origin from Chamber of Commerce dully attested by any UAE embassy 
or consulate or any arab embassy or consulate in the absence of UAE embassy or consulate 
in beneficiary’s jurisdiction. Except Egyptian embassy/consulate. 
( x ) A certificate from the stearnship owner/agent stating that the carrying vessel is not of 
the Israeli owned vessel and is not scheduled to call at any Israeli port on route to its 
destination (this is not required if shipment is effected by United Arab shipping company’s 
vessels). 
Negotiation under reserve strictly not allowed. 
All bank charges recording fee and commission abroad are for beneficiaries account. 
Documents to be presented within 15 days after the date of issuance of the shipping 
documents but within the validity of the credit. 
Covering: ABT 500 mt Steel Plates to SAE-1008 -36size. 
Shipping Marks: Asiatic/inch/Dubai. 
Additional clause as per attached sheet which forms of the integral part of this LC. 
We hereby issue this documentary credit in your favor. It is subject to the Uniform Customs 
and Practice for Documentary Credits (1994 revision) International Chamber of Commerce - 
Paris, France, Publication nº 500. 
We hereby agree with beneficiary that if compliance with the terms of this credit that the 
same will be honoured on duly presentation. 
Reimbursement Instructions: The Negotiating Bank is required to forward all negotiated 
drafts and documents drawn under this credit direct to us by courier service in one lot, 
certifying that all terms and conditions of the letter of credit have been complied with by 
beneficiary, claiming reimbursement from us. On receipt of such fully complied documents at 
our counters, reimbursement payment will be remitted as per your instructions to your 
designate a/c in New York - USA. 
Special instruction: 
 
1. Shipment to be effected by first class regular liner vessel only and evidence to the effected 
should accompany the original shipping documents. 
2. Shipment on deck or tramp/time charted vessels not allowed. 
3. Chartered party bill of lading not acceptable. 
4. The bill of lading must be signed by the master of the vessels or his authorized agent. 
5. The bill of lading to show the name, address and telephone/fax number of shipping agent 
in Dubai. 
6. Bill of lading showing “Shipper”s load and count” not acceptable. 
7. One full set nom negotiable documents to be sent to the credit opener immediately after 
shipment by registered air mail and original documents to the include original postal receipt. 
8. Inspection/test certificate from the supplier showing the technical specification of the 
material and the test carried out to confirm the quality material, to be enclosed. 
 
 32
9. Approval of the vessel should be obtained by telex from the credit opener prior to shipment 
and the original telex approval should accompany the documents presented for the 
Negotiating Bank (telex number 45698 Asiatic EMI). 
10. Documents drawn under this LC show a deduction of us US$ 650/= towards special 
discount. 
Yours Faithfully. 
For Habib Bank AG 
Mohammed Taurib Butt 
P.H nº 432 
 
3.5.1 COMENTÁRIO 
 
Analisando a carta de crédito acima, pode-se concluir que a empresa que deseje 
participar do mercado internacional deve ter extremo cuidado para lidar com este tipo de 
documento, que representa divisa, desde que seja respeitado em todas suas exigências. 
Alguns pontos devem ser observados. Vejamos: 
Esta carta de crédito não está confirmada e sim com instruções para que o Banco 
Avisador faça a confirmação, desde que solicitadopelo exportador, sendo que as despesas 
bancárias serão assumidas pelo vendedor. 
Ela sinaliza “Unrestricted”, o que significa que o Banco Negociador pode ser qualquer 
banco brasileiro escolhido pelo exportador. 
 
Na relação de documentos exigidos estão solicitadas duas mensagens para efeitos de 
seguro e a prova do envio das mesmas será feita através dos canhotos do correio registrado. 
 
O certificado de origem precisa de visto consular que pode ser de qualquer país árabe, 
menos Egito. 
 
Há necessidade de uma inspeção das mercadorias, antes do embarque, por empresa 
independente de reconhecido prestígio internacional. 
Uma declaração sobre a rota do navio também é importante destacar dentro das 
exigências. 
 
Foram dados 15 dias de prazo para negociação documental, contados a partir da data 
do embarque, assim, se este acontecer antes do dia 30 de Julho, a negociação se antecipa em 
15 dias, contados a partir da data do conhecimento de embarque. 
 
Esta carta de crédito permite a tolerância de até 10% a mais ou a menos tanto na 
quantidade como no valor. 
 
 33
O embarque deverá ser feito em navio conferenciado. 
 
Nas exigências especiais, o ponto 9 é inaceitável. Pede uma mensagem solicitando 
aprovação do navio, o que será autorizado pelo importador com outra mensagem e ambas 
fazem parte da documentação que deve ser apresentada pelo exportador ao Banco 
Negociador. Esta exigência não deve ser aceita porque o exportador passa a depender do 
importador, o que prejudica a irrevogabilidade do crédito documentário, pois se o importador 
não responder autorizando o navio, o exportador estará impedido de embarcar. Assim, se faz 
necessária à solicitação de uma emenda para retirar esta exigência do texto da carta de crédito. 
 
3.6 MODELO DE CARTA DE CRÉDITO DE IMPORTAÇÃO 
 
Bsafrabr 457665 
Bktrust 33 
40.A Irrevocable. 
20. LC 34657/00 
31.C: 000611 
31.D: 000825 USA 
50; Aduana Importadora S.A 
 Rua do Couto,56 - Rio de Janeiro - Brazil. 
59: Buster & Brown Export and Co.Inc 
 5433 West Buttermann Avenue. 
 New York - NY 45673 - USA 
32.B: US$ 820,000.00 
39: CFR 
41: Your negotiation. 
42: 90 days from B/L date 
43.P: not allowed 
43.T: not allowed. 
44: From any USA port to Rio de Janeiro Port, Brazil, not later than August 10,2000 
71.B: All banking charges are for applicant account. 
48: Documents must be presented 15 days after shipment but within validity of credit. 
49: Confirm. 
78.1: Please advise us by swift all utilizations of this credit stating that documents have 
been complied with credit terms and informing us following details: all your charges, 
commercial invoice (number, date, FOB and Freight amount), Bill of lading (number, date 
and shipping company). 
 
 34
78.2: On draft maturity, please debit our São Paulo h.o account with yourselves quoting our 
ref. LC 34657/00 
 
78.3. From your payment please deduct US$ 1,00 by ton. Shipped as agents 
commission will be paid here in Brazil. 
78.4. documents must be remitted to us by DHL courier or similar, to address: Banco Safra 
S.A Praça Pio X, 89 Rio de Janeiro - Brazil. 
72. This is operative instrument. This documentary credit is subject to the Uniform Customs 
and Practice for Documentary Credit (1994 Revision) Publication 500 ICC.45.B: 2000 tons. 
Sebo bovino, fundido, a granel, não comestível, para fins industriais, título máximo 34, 
acidez máxima 4pc desnaturado, as per Import Licence nº 34-00/987-446.B: 
1.- Signed commercial invoice (original plus five copies) containing full description of goods 
in portuguese and bearing beneficiary’s statement that the goods invoiced are in accordance 
with the import licence and addendum, if any, and also specifying FOB amount up to US$ 
740,000.00 and freight amount up to Us$ 80,000.00 
2.- Full set clean on board ocean bill of lading marked freight prepaid mentioning freight 
charge only and bunker surcharge if any, specifying amount in figures and in words 
(otherwise unacceptable) issued to order of Banco Safra S.A and notify the applicant. 
3.- Charter party bill of lading are acceptable. 
4.- Weight and analysis certificate issued by independent internationally recognized surveyor 
in original and 3 copies. 
5.- Existing a unused balance a statement from beneficiaries with their agreement to cancel. 
47.B.1 Insurance will be paid in Brazil by buyers. 
47.B.2 Shipment must be effected in Brazilian or American flag vessel. 
47.B.3 Documents date prior to date of this LC are not acceptable. 
MSDRT 
Ack/7869/Bsafrabr 
 
3.6.1 COMENTÁRIO 
 
É uma carta de crédito contendo as exigências normais que um importador coloca no 
texto. 
 
Os números que aparecem à esquerda do texto se referem ao campo da informação ou 
instrução que está sendo passada. Exemplo: 40.A corresponde a Irrevocable; 43.P: 
corresponde ao embarque parcial. Essa convenção numérica é internacional, entre bancos. 
 
Cabe ressaltar que a carta de crédito exige a descrição da mercadoria no idioma 
português. E isto é costume brasileiro para evitar que durante o desembaraço aduaneiro sejam 
exigidas traduções que, inevitavelmente atrasariam o processo do despacho aduaneiro, 
gerando despesa adicional na armazenagem alfandegária. 
 
 35
 
A comissão do agente quando inserida no texto da carta de crédito obriga o Banco 
Emitente a reter o valor da comissão e repassar diretamente ao representante ou agente 
comercial. No Brasil esta modalidade de pagamento de comissões é conhecida como “em 
conta gráfica”. 
 
No item das despesas bancárias no exterior, existe uma falha do importador brasileiro, 
pois ele assume essas despesas, quando o normal seria que fossem pagas pelo beneficiário. 
 
Na Fatura Comercial o importador foi competente, pois exige que o valor FOB seja 
separado do valor do frete, impedindo que o exportador mencione um único valor CFR, o que 
pode gerar dúvidas quanto aos valores faturados. 
 
Finalmente o importador exige que o navio transportador seja de bandeira brasileira 
ou americana e isto se deve a que o importador está aproveitando algum beneficio tributário 
do tipo ex-tarifário ou Drawback. 
 
 
VOCÊ ASSINARIA ESTE CONTRATO? 
 
Se sua resposta for negativa, aponte os motivos. 
CONTRACT Nº BR 00/01 
Signed date: March 31, 2001-12-13 
Signed At: Beijing R.P.China 
BUYER: Chinatrading Co., Ltd. - China 
SELLER: Minas Comércio Internacional Ltda - Brazil 
This contract is made by and between the buyer and the seller, whereby the buyer 
agrees to porchase and the seller agrees to supply the undermentioned commodity 
according to the terms and conditions stipulated as follows: 
 
1. DESCRIPTION OF COMMODITY: Tantalite 
2. QUALITY OF COMMODITY: Tantalite 133,00% min.;U3088+th02.; moisture 4% 
max. 
3. QUANTITY: 5,000 kilograms. 
4. UNIT PRICE US$ 7,371 each kilo CFR Huangpu port R.P.China 
5. TOTAL AMOUNT: US$ US$ 36,855.00 CFR 
6. COUNTRY OF ORIGIN: Brazil. 
7. PACKING: to be packed in multi-layer paper or cloth bags with outer plastic woven 
bags or flax bags of 50 kgs net each or any other way the supplier finds suitable. 
8. SHIPPING MARKS AND NUMBERS: Huangpu/gxlm/R.P.China. 
9. PORT OF SHIPMENT: Manaus – Brazil. 
10. PORT OF DESTINATION: Huagpu Port – R.P. China 
11. TIME OF SHIPMENT: until October 30, 2002 
12. INSPECTION: Inspection Certificate issued by SGS is for the account of the seller. 
Certificate of quality, weighing, sampling, weight, packing issue by SGS in one original 
and two copies, which shall be taken as one of the basis of effecting payment. 
13. INSURANCE: to be effected by the buyer 
 
 36
14. TERMS OF PAYMENT: A documentary, irrevocable Letter of Credit for 100% of 
invoice value, in favor of the seller, payable at sight, established by the buyer with Bank 
of China, negotiable at sight against presentation of the shipping documents and others 
documents listed in article 16 to Bbank of Brazil, at the branch indicated by the seller. 
The relative L/C shall be opened in China beforeApril 30, 2002 and to remain valid in 
Brazil until 21 days from the date of shipment. The non opening of the L/C by this date 
must automatically cancel this contract. 
15. SHIPPIN ADVICE: The seller must fax the buyer (fax number 86-10665764) a 
shipping advice within two working days of the Bill of Lading date, showing shipment 
details including shipment date, vessel’s name, bill of lading number and date and seal 
number, SGS seal numbers of the container and the bags, and full name and address of 
the vessel’s shipping agent at Huangpu port if available.The seller should fax and send 
the buyer separately one set of copies of non-negotiable shipping documents including 
bill of lading, certificate od quality, weighing, sampling, weight, packing issued by SGS, 
signed commercial invoice, packing list by fax and the courier service within 10 days of 
the bill of lading date shipped on board. 
16. DOCUMENTS: the seller shall present the following shipping documents and the 
others documents to the opening bank for negotiation, including full set (3/3) original 
clean on board ocean BILL OF LADING, made out to order and blank endorsed, 
marked freight prepaid, notifying the applicant with full address;ASIGNED 
ORIGINAL COMMERCIAL INVOICE in five originals indicating the contract 
number and L/C number; PACKING LIST in five originals issued by the 
beneficiary;acertificate of origin IN ONE ORIGINAL AND ONE COPY ISSUED BY 
THE Brazil’S autority;CERTIFICATE OF 
QUALITY,WEIGHING,SAMPLING,WEIGHT, PACKING by SGS in one original 
and one copy issued, showing shipping marks and numbers, the actual chemical analysis 
on TA205,U308+Th02, moisture, and packing conditions, total numbers bags or drums 
and total gross and net weight of the goods, showing all the bags of the goods have been 
sealed by SGS and laded into a 20 feet full container which also sealed by SGS. This 
inspection can be done before shipment in a diffrent location away from the porto of 
shipment, and/or at the port of shipment on the shipment date, also showing that the 
goods shipped in the 20 feet full container are as same as SGS herself inspected in a 
different location away from the port of shipment before. 
17. TERMS OF SHIPMENT (CFR): The goods shall be in 20 feet full container load 
(FCL) and shipped within the time of shipment from the port of shipment to the port of 
destination. Bulk is absolutely not allowed. Partial shipment is no allowed. 
Transshipment is not allowed. 
18.- DISCREPANCY AND CLAIM: In case the quality and/or quantity/weinght are 
found by the buyer to be not conformity with the contract stipulations after arrival of 
the goods at the destination, the buyer shall have the right to refuse receipt of goods and 
my lodge claim with the sellers supported by a survey report issued bby SGS with the 
exeception, however, of those claim for which the insurance company and/or the 
shipping company are to be held responsable. Claim for quality discrepancy should be 
filed by the buyers within 40 days after arrival of goods at the destination, while for 
quantity / weight discrepancy claim should be filed by the buyer within 20 days after 
arrival of goods at the destination. The seller shall, within 15 days after receipt of the 
nootification of the claim, send reply to the buyer by fax or by courier. 
 
 37
19. FORCE MAJOURE: If the transportation of the contracted goods is delayed in 
whole or in part by reason of war, earthquake. Flood, fire, storm, heavy snow or others 
causes of Force Majoure, the seller shall not be liable or responsible for non 
transportation or late transportation of the goods or non performance of this contract. 
However, the seller shall notify the buyer immediately oof the occorrence of the Force 
Majoure accident by fax or by letter and send to the buyer by registered express airmail 
with a certificate of the accident attesting such event or events issued by the local 
competent government authorities as evidence thereof. Under such circumstances the 
seller, however, are still under the obligation to take all necessary measures to hasten 
the delivery of the goods. In case the accident last for more than 30 days, the buyer will 
have the right to cancel the contract. 
20. ARBITRATION: any dispute, controversy or claim arising between both parties in 
conection with the present contract out or breach, termination or invalidity thereof, 
shall be settled amicably through negotiation, the case shall then be submitted for 
arbitration. The location of arbitration shall be in the country of the domicile of the 
defendant. If in China, the arbitration shall be conducted by the China International 
Economic and Trade Arbitration Commission, Beijing in accordaqnce with its Rules of 
Arbitration. If in Brazil, the arbitration shall be conducted by ICC (International 
Chamber of Commerce) office in Rio de Janeiro, Brazil, in accordance with its Rules of 
Arbitration. The decision of the said arbitration shall be final and binding upon both 
parties, neither party shall show recourse to a low court or other authorities to appeal 
for revision of the decision. 
21.OTHER SPECIAL TERMS AND CONDITIONS: The main terms and conditions of 
the relative letter of credit shall correspond to the terms and conditions of this 
contract.Unless otherwise specified, all banking charges oitside the opening bank in 
China including reimbursin bank charges are for account of the beneficiary The 
beneficiary must present the documents for negotiating bank until 21 days after the 
date of the bill of lading.T/T reimbursoments not allowed. 
All documents must be issued in english, dated, stamped, and manually signed in 
handwriting. Unless otherwise expressly stated, all documents, except drafts, invoices 
must not show the contract number, unit price, invoice value and number, L/C number, 
name and address of L/C applicant or any reference to this L/C and the advising bank. 
 
Those others are not stipulated hereof shall be settled upon the agreement between the 
buyer and the seller. Any amendment and/or additional cause to these conditions shall 
be valid only it is made in writting and duly connfirmed by both parties. All amedments, 
supplementary and appendicies are unseparated part of this contract. 
 
This contract comes into force from the signed date, terms and conditions of Incoterms 
2000 are applicable. This contract is made in english in four originals, two Os each 
retained by each party and signed and agreed upon bby booth the buyer and the seller 
on this 10th day of February in the year of 2002. 
 
 
3.7. CONVÊNIO DE CRÉDITOS RECÍPROCOS - CCR 
 
 
 38
Este sistema é gerenciado pelos bancos centrais dos países latino-americanos e 
amparam financeiramente as cartas de crédito de exportação e importação emitidas dentro da 
América Latina. 
 
Para tanto, é necessário que conste no texto do crédito documentário uma cláusula 
especial que mencione expressamente que a carta de crédito está amparada pelo CCR, 
condição que permite aos bancos intervenientes a solicitar ao Banco Central do país do Banco 
Emitente a formalizar o reembolso junto ao Banco Central do país do exportador. 
 
Esse reembolso entre bancos centrais se concretiza através de moeda escritural. 
 
Cada três meses, os representantes dos bancos centrais latino-americanos se reúnem 
em Lima (Peru) para zerar as posições de débito e crédito. 
 
Como o Banco Central do país do Banco Emitente se compromete a efetuar o 
reembolso, não é necessário que as cartas de crédito amparadas no CCR sejam avalizadas por 
um “Confirming Bank”, o que reduz o custo bancário de abertura. 
 
3.8 CARTAS DE CRÉDITO ESPECIAIS 
 
• Carta de Crédito Rotativa. 
 
Conhecida em inglês como “Revolving Letter of Crédit”. 
 
Praticada quando o importador possui uma programação de compra para um período 
longo, digo, anual. 
 
Assim, no lugar de abrir uma carta de crédito mensal, o importador solicita a emissão 
de uma única carta de

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