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/ DEFINIÇÃO Apresentação da sistemática das operações em moeda estrangeira e das seguintes modalidades de pagamento: remessa sem saque; cobrança documentária; pagamento antecipado; e carta de crédito. PROPÓSITO Entender a maneira como ocorrem as operações em moeda estrangeira, para processar de forma adequada os valores de exportação e importação, a fim de evitar riscos e perdas, que podem afetar tanto exportadores quanto importadores. OBJETIVOS / MÓDULO 1 Descrever a sistemática das operações em moeda estrangeira MÓDULO 2 Definir as seguintes modalidades de pagamento: remessa sem saque, cobrança documentária, pagamento antecipado e carta de crédito INTRODUÇÃO O entendimento da sistemática das operações em moeda estrangeira é condição necessária para que exportadores e importadores possam receber e pagar, de forma apropriada, as importâncias referentes às suas operações. O QUE VEREMOS AO LONGO DO NOSSO ESTUDO? 1 No módulo 1, veremos essa organização, além do mercado de câmbio brasileiro com suas principais particularidades. 2 / Já no módulo 2, analisaremos as modalidades de pagamento utilizadas no comércio internacional, que são essenciais para a negociação com o cliente estrangeiro. MÓDULO 1 Descrever a sistemática das operações em moeda estrangeira OPERAÇÕES EM MOEDA ESTRANGEIRA Fonte: thitivong/Shutterstock Para negociar o recebimento do valor das exportações e o pagamento das importações, é necessário que a empresa tenha conhecimento de como são realizadas essas operações pelas instituições financeiras e quais são os procedimentos no mercado de câmbio brasileiro. Neste módulo, vamos abordar aspectos, como taxa de câmbio, regime cambial, atuação do Banco Central e contratos de câmbio. Nas transações comerciais internacionais, as empresas devem observar vários procedimentos, entre eles o pagamento e/ ou recebimento da operação realizada. Para a concretização dessas operações, em geral, a moeda negociada é uma conversível. / Moeda conversível Denomina-se moeda conversível, ou moeda forte, aquela que tem livre aceitação no mercado internacional, sendo facilmente trocada por outras moedas. As principais moedas conversíveis são: o dólar norte-americano, o euro, o iene e a libra esterlina. Moeda inconversível A moeda inconversível, ou moeda fraca, é aquela que tem limites quanto à sua aceitação, não sendo trocada livremente nas negociações com outros países. Entre elas, podemos destacar o real, o peso argentino e a rupia indiana. O exportador brasileiro negocia para receber em dólar dos EUA, a moeda mais utilizada no comércio mundial. Fonte: Syda Productions/Shutterstock A troca de uma moeda por outra dá origem a uma operação de câmbio, para que ocorra a conversão dessas moedas, na qual é estabelecida uma taxa. javascript:void(0) / Fonte: Ivsanmas/Shutterstock A taxa de câmbio é o preço de uma moeda em relação a outra. E como todo preço, a taxa de câmbio está sujeita a oscilações em decorrência de alterações em sua oferta ou demanda. Caso haja excesso de oferta da moeda estrangeira, o preço da sua taxa tende a cair, valorizando a moeda nacional. Contudo, quando há excesso de procura pela moeda estrangeira, o preço tende a subir, ocorrendo a desvalorização da moeda nacional. A OSCILAÇÃO DA TAXA DE CÂMBIO DEPENDE DO REGIME CAMBIAL ADOTADO PELO PAÍS. Vamos conhecer dois tipos de regime de câmbio: REGIME FIXO OU ADMINISTRADO O valor da taxa de câmbio é controlado pelo governo, que a mantém no nível julgado conveniente, impedindo sua flutuação. javascript:void(0) / REGIME DE TAXA FLUTUANTE É o adotado pelo Brasil desde 1999 e pela maioria dos países. A taxa de câmbio flutua livremente, porém o Banco Central intervém no mercado, a fim de evitar a volatilidade e flutuações bruscas, impedir restrições de liquidez e garantir mecanismos de proteção ao mercado, reduzindo o risco dos agentes econômicos. Esse regime é denominado “flutuação suja”. A atuação no mercado pelo Banco Central se dá sob a forma de leilão, que pode ser à vista, de linha e swap cambial. Vamos ver como funciona um deles: SWAP CAMBIAL Swap – Significa troca em inglês, logo, swap cambial é uma troca de indexadores feita para gerenciar as taxas de reajuste e controlar o câmbio. LEILÃO À VISTA LEILÃO DE LINHA LEILÃO DE SWAP CAMBIAL LEILÃO À VISTA No leilão à vista, o Bacen disponibiliza (injeta) ou adquire (retira) a moeda estrangeira de acordo com a necessidade do mercado. LEILÃO DE LINHA No leilão de linha, o Bacen disponibiliza a moeda estrangeira, porém com compromisso de recompra, a fim de manter o nível de suas reservas cambiais. javascript:void(0) / LEILÃO DE SWAP CAMBIAL No leilão de swap cambial, o Banco Central vende contratos futuros atrelados ao dólar, ou seja, as instituições financeiras recebem a variação da taxa de câmbio, ao passo que o Banco Central recebe a variação da taxa de juros do período de validade dos contratos. Nos contratos de swaps, cada uma das pontas que o negociam se compromete a pagar a oscilação de uma taxa ou de um ativo. No leilão de swap cambial reverso, ocorre o contrário, o Banco Central se compromete a pagar juros ao investidor, em troca da variação cambial. No mercado de câmbio, as expressões “compra” e “venda” são denominadas tendo como base a posição da instituição financeira. Se um importador brasileiro necessita pagar ao seu fornecedor do exterior e se dirige ao banco para realizar uma operação de câmbio, este venderá a moeda estrangeira, utilizando a taxa de venda. COMO ISSO FUNCIONA NA PRÁTICA? EXEMPLO O BC (Banco central) anuncia leilões de swap cambial tradicional para fins de rolagem integral dos contratos vincendos em 1° de julho de 2020. O Banco Central, a partir de 18 de maio de 2020, deu início à rolagem dos contratos de swap cambial com vencimento em 1° de julho do mesmo ano, no montante de US$ 11,3 bilhões (225.980 contratos). A execução desta rolagem prevê a realização de leilões diários de swap tradicional e compreenderá o período necessário para que todo o estoque vincendo em 01/07/2020 seja renovado. O BC poderá alterar o lote ofertado a cada dia ou mesmo acatar propostas em montante inferior à oferta, conforme as condições de demanda pelo instrumento, sem prejuízo do objetivo de rolagem integral do vencimento. Fonte: Página do Banco Central, Notícias, 2020. / BOLETIM PTAX Apesar de o Banco Central não estipular a taxa de câmbio, mas monitorar a sua flutuação e intervir quando julga oportuno e conveniente, ele emite em sua página eletrônica um boletim que retrata as taxas de câmbio, conhecido como Boletim PTAX. Fonte: Jo Galvao/Shutterstock ESSE BOLETIM REFLETE A MÉDIA DAS TAXAS DE CÂMBIO UTILIZADAS PELO MERCADO, SENDO MERAMENTE INFORMATIVO. Como a taxa é flutuante, são emitidas diversas publicações: A inicial é a de abertura. / As seguintes são as intermediárias, emitidas, aproximadamente, de hora em hora. A última é a de fechamento. Esses boletins servem de referência para as cotações das moedas, em geral, e são disponibilizados com a informação da média do dia anterior e o boletim do momento atual. ASPECTO LEGAL DO MERCADO DE CÂMBIO BRASILEIRO Fonte: Renato P Castilho/Shutterstock No Brasil, a moeda estrangeira não pode circular livremente, ou seja, não é admitido o recebimento ou pagamento de qualquer valor em moeda estrangeira dentro do território nacional, é o sistema de curso forçado da moeda nacional. / As pessoas físicas ou jurídicas só podem efetuar a compra ou a venda de moeda estrangeira nos estabelecimentos legalmente autorizados pelo Banco Central do Brasil. QUAIS SÃO ESSES ESTABELECIMENTOS? Os bancos comerciais, múltiplos, de investimento, de desenvolvimento; Caixas econômicas; Bancos de câmbio e agências de fomento; Corretoras de câmbio ou de títulos e valores mobiliários; Sociedades de crédito, financiamentos e investimentos; Sociedades distribuidoras de títulos e de valores mobiliários.Apenas os bancos comerciais, múltiplos, de investimento e as caixas econômicas podem realizar todos os tipos de operações de câmbio, tendo os demais algumas limitações quanto a valor e operações. Fonte: Jo Galvao/Shutterstock As corretoras de câmbio possuem duplo papel: / Fonte: Wipas Rojjanakard/Shutterstock Podem atuar, sem limite de valor, como intermediárias das operações de câmbio entre os clientes e os bancos. Fonte: Wipas Rojjanakard/Shutterstock Podem realizar transações diretas com os clientes, porém limitadas a US$300.000,00, ou o equivalente em outras moedas, por operação. / Tais agentes autorizados podem nomear os seus correspondentes cambiais, que realizam pequenas operações de compra e venda de moeda estrangeira, como no caso das agências de turismo. Cabe aos agentes e seus correspondentes, quando da realização das operações, observar os seguintes procedimentos: 1 Identificar perfeitamente o cliente; Analisar a legalidade da operação; 2 3 Registrar as operações no Sistema Integrado de Operações de Câmbio (Sistema Câmbio) do Banco Central do Brasil; Analisar a documentação apresentada; 4 5 / Observar as disposições de natureza operacional, classificando corretamente as operações. O exportador brasileiro — que recebeu dólar dos EUA e necessita trocá-lo por moeda nacional para utilização no Brasil — deve dirigir-se a um estabelecimento autorizado e efetuar o câmbio, utilizando a taxa cambial em vigor naquela data e apresentando todos os documentos relacionados com a operação. Já o importador brasileiro, que precisa pagar seu compromisso no exterior, deve se dirigir a uma instituição autorizada e adquirir a moeda estrangeira para fazer o pagamento e apresentar todos os documentos que comprovem a operação. A relação das instituições autorizadas a operar no mercado de câmbio brasileiro encontra-se na página do Banco Central e, também, no aplicativo “Câmbio Legal”, que permite encontrar os pontos de câmbio existentes em todo o Brasil. Câmbio turismo O termo “câmbio turismo” ou “dólar turismo” é utilizado, em geral, para as operações relativas à compra e venda de moeda para viagens internacionais, comumente em espécie ou cartão de viagem. / Câmbio comercial Já a expressão “câmbio comercial” ou “dólar comercial” é usada para as demais operações do mercado de câmbio — como exportação, importação, fretes, transferências financeiras etc. PAGAMENTOS INTERNACIONAIS Fonte: pichet_w/Shutterstock A existência de várias moedas diferentes vinculadas a um país ou comunidade econômica específica e o aumento do fluxo de comércio internacional fazem surgir um sistema para viabilizar os pagamentos internacionais entre indivíduos de diversas nações. Esse sistema é formado por bancos, casas de câmbio e instituições especializadas na realização de transferências internacionais. Para que sejam movimentados os recursos, é necessário que haja a participação de bancos no exterior, os chamados bancos correspondentes. São neles que os bancos autorizados no Brasil a operar em câmbio possuem contas nas principais moedas conversíveis. EXEMPLO / Conta em dólar norte-americano, em bancos nos EUA; conta em iene, em bancos no Japão; conta em euro, em bancos na comunidade europeia. Assim, os exportadores, importadores e demais pessoas, físicas ou jurídicas, não precisam liquidar diretamente entre si os pagamentos devidos, devendo efetuar as transações de maneira segura e conveniente por meio das instituições financeiras. Para a comunicação entre os bancos correspondentes, foi desenvolvido um sistema de mensagens denominado SWIFT. SWIFT A Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication (SWIFT), ou Sociedade para Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais, é uma sociedade para telecomunicações financeiras interbancárias internacionais. Fundada em 1973, por um grupo de bancos europeus, norte-americanos e canadenses como uma empresa cooperativa, com o objetivo de prestar serviço internacional de comunicação de dados, voltada especialmente para o setor bancário, sendo sua matriz em Bruxelas, Bélgica. O Brasil associou-se ao sistema em 1982 e foi conectado à rede mundial em 1984. / Esse serviço é prestado por meio de um sistema padronizado e automático de troca de mensagens, o que possibilita melhor controle de transmissão, com redução de erros e custos. Os dados são criptografados, o que garante a segurança do processo no envio e recebimento das mensagens. Além de ordens de pagamento, o SWIFT também transmite vários tipos de mensagens — como cobranças, cartas de crédito, empréstimos etc. O código do Swift é universal, sendo utilizado em mais de 200 países. O código SWIFT permite identificar várias informações, como: / Fonte: Jo Galvao/Shutterstock Código do banco Fonte: Jo Galvao/Shutterstock Código do país de origem / Fonte: Jo Galvao/Shutterstock Código da localização Fonte: Jo Galvao/Shutterstock Código da agência Para cada tipo de mensagem, existem códigos especiais, com várias subdivisões, o que torna as mensagens mais sucintas, com economia de tempo e dinheiro. Exemplos de mensagens: / MT 100 Ordem de pagamento cujo beneficiário é uma empresa ou pessoa física. MT 202 Ordem de pagamento cujo beneficiário é uma instituição financeira. MT 420 Confirmação de chegada de cobrança bancária. MT 700 Emissão de carta de crédito. FORMALIZAÇÃO DAS OPERAÇÕES Para formalizar as operações de compra e venda de moeda estrangeira com as instituições autorizadas, há necessidade de celebrar o respectivo contrato de câmbio, que será registrado no Banco Central por meio do Sistema Câmbio. / Fonte: ZozerEblola/Shutterstock Esse contrato contém todas as características e condições da operação, como os dados do comprador e vendedor das moedas, a taxa de câmbio, valor da moeda estrangeira, valor da moeda nacional, natureza da operação, entre outros. ETAPAS DO CONTRATO DE CÂMBIO As etapas do contrato de câmbio são: EDIÇÃO Disponível para bancos e corretoras — é o início do processo de formalização do contrato de câmbio, com a inclusão dos dados da operação. Esta etapa permite que corretoras de câmbio possam entrar no sistema e iniciar o registro para seus clientes, direcionando-o posteriormente para uma instituição financeira. CONFIRMAÇÃO Representa a confirmação da operação, sendo numerada automaticamente pelo sistema. ALTERAÇÃO É a mudança em algum dado do contrato de câmbio, devidamente assinada pelas partes. Dos dados constantes dos contratos de câmbio, não podem ser alterados: o comprador e o / vendedor, bem como os relativos ao valor e ao código da moeda estrangeira, ao valor da moeda nacional e à taxa de câmbio. LIQUIDAÇÃO A liquidação de uma operação de câmbio retrata a efetiva troca de divisas. Os contratos de câmbio são fechados para liquidação pronta ou futura. Operações prontas: são as operações contratadas para liquidação em até dois dias úteis. Operações futuras: são aquelas realizadas para liquidação acima de dois dias úteis. Por exemplo, o exportador pode se dirigir a uma instituição autorizada, celebrar o contrato de câmbio com a taxa do dia e somente receber e liquidar a ordem de pagamento, transformando o valor em reais, dali a 30 dias. Quando da liquidação, a taxa de câmbio a ser utilizada para conversão é a que consta no contrato e não a taxa do dia da liquidação. CANCELAMENTO É a rescisão contratual, de caráter bilateral, sendo formalizada em formulário específico que deve conter as assinaturas das partes. Pode ser valor parcial ou total do contrato a que se refere. CLASSIFICAÇÃO DAS OPERAÇÕES SEGUNDO SUA NATUREZA No contrato de câmbio, um campo importante é o da classificação das operações. Ela é feita segundo a sua natureza, conforme os códigos numéricos previstos. A natureza da operação é integrada por 12 elementos: Fonte: O autor FATO CLIENTE / AVAL PAGADOR/RECEBEDOR NO EXTERIOR GRUPO FATO Os cincoalgarismos iniciais indicam o fato que origina a operação de câmbio. CLIENTE Os dois algarismos seguintes indicam a natureza do cliente comprador ou vendedor da moeda estrangeira. AVAL O elemento seguinte indica a existência ou não de aval do governo brasileiro, concedido diretamente pela União ou por conta desta. PAGADOR/RECEBEDOR NO EXTERIOR Os dois algarismos seguintes indicam a natureza do pagador ou recebedor no exterior. GRUPO Finalmente, os dois últimos algarismos indicam o grupo ao qual pertence a operação, objetivando melhor especificação. EXEMPLO / Pagamento antecipado de exportação: Fonte: O autor Fato é “12005” (exportação), o cliente “09” (empresa não financeira privada a), o “N” (sem aval do governo brasileiro) e o pagador no exterior “05” (empresa não financeira). Mas isso não mostra claramente que o pagamento da exportação ocorreu antecipadamente ao embarque da mercadoria. Assim, o código do grupo “50” completa a informação (pagamento antecipado — importador). É IMPORTANTE ATENTAR PARA A CORRETA CODIFICAÇÃO DAS OPERAÇÕES, QUE É O CAMPO QUE IDENTIFICA A NATUREZA DA TRANSAÇÃO QUE ESTÁ SENDO REALIZADA. OS CÓDIGOS RESPECTIVOS PODEM SER ACESSADOS NA PÁGINA DO BANCO CENTRAL. As instituições autorizadas podem acrescentar cláusulas ao contrato, dependendo do tipo de operação negociada. Formalização do contrato: A formalização do contrato de câmbio somente é necessária nas operações de compra ou de venda de moeda estrangeira acima US$10 mil, ou seu equivalente em outras moedas estrangeiras. / Nas operações de valor inferior a US$10 mil ou equivalente, caso se opte por não formalizar um contrato, é obrigatório que a instituição financeira ou seu correspondente cambial entregue ao cliente o comprovante da operação realizada. Nele, deve conter, pelo menos, a identificação das partes e a indicação da moeda estrangeira, do fato natureza da operação, da taxa de câmbio, dos valores em moeda estrangeira e em moeda nacional. CÂMBIO NA EXPORTAÇÃO Desde 2006, é permitido ao exportador brasileiro deixar o valor recebido no exterior, creditando em conta própria em banco estrangeiro ou em conta mantida por um banco autorizado a operar em câmbio. Fonte: Nazarkru/Shutterstock / Esses recursos mantidos no exterior podem ser utilizados para realizar investimentos, aplicações financeiras ou pagamentos de obrigações próprias do exportador, como importação, serviços etc., não sendo permitida a realização de empréstimo ou mútuo de qualquer natureza. O EXPORTADOR DEVERÁ, ANUALMENTE, INFORMAR À SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL A DESTINAÇÃO E UTILIZAÇÃO DESSES RECURSOS DO EXTERIOR. Entretanto, caso o exportador não queira manter os recursos no exterior e decida ingressá-lo no Brasil, deverá: 1 Celebrar o respectivo contrato de câmbio, para a troca das divisas. 2 A ordem de pagamento estará disponível no banco escolhido, que exigirá do cliente todos os documentos que comprovem a operação. 3 A taxa de câmbio negociada para a troca será a taxa do dia da contratação do câmbio. / CÂMBIO NA IMPORTAÇÃO Os importadores brasileiros podem pagar seus compromissos de duas formas: OPÇÃO 1 Utilizando os valores deixados no exterior oriundos de exportações recebidas ou de remessas realizadas a título de disponibilidades no exterior. Isso significa que o importador pode, também, abrir uma conta no exterior e efetuar remessas para alimentá-la. OPÇÃO 2 Caso não tenha ou não queira utilizar os valores de sua conta no exterior, haverá necessidade de contratação de câmbio, mediante entrega de reais ao banco autorizado no país, que fará a conversão e envio da moeda estrangeira ao fornecedor estrangeiro. O banco exigirá todos os documentos que respaldam a operação, para que fique evidenciada a sua legalidade. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. O SISTEMA CAMBIAL ADOTADO NO BRASIL DESDE 1999 É: javascript:void(0) javascript:void(0) / A) Flutuação limpa. B) Flutuação suja. C) Fixo. D) Bandas cambiais. 2. COM RELAÇÃO AO CONTRATO DE CÂMBIO, PODEMOS AFIRMAR QUE: A) É um documento celebrado entre o exportador e o importador, no qual constam todas as características da operação. B) É obrigatório para todas as operações de câmbio. C) Formaliza as operações de compra e venda de moeda estrangeira. D) A instituição financeira não pode acrescentar cláusulas ao contrato. GABARITO 1. O sistema cambial adotado no Brasil desde 1999 é: A alternativa "B " está correta. O sistema de flutuação suja é o adotado pelo Brasil, no qual o Banco Central intervém no mercado de câmbio em situações de instabilidade e quando há disfuncionalidades no mercado. 2. Com relação ao contrato de câmbio, podemos afirmar que: A alternativa "C " está correta. O contrato de câmbio, registrado junto ao Banco Central, contém todas as informações sobre a operação de câmbio, formalizando-a. É um documento celebrado entre o banco autorizado brasileiro e seu cliente. / MÓDULO 2 Definir as modalidades de pagamento remessa sem saque, cobrança documentária, pagamento antecipado e carta de crédito MODALIDADES DE PAGAMENTO OU MÉTODOS DE PAGAMENTO Fonte: Ulvur/Shutterstock Quando um exportador iniciar a venda de seu produto, precisa negociar, junto ao importador, qual será a modalidade de pagamento a ser utilizada. E esta pode variar em função de vários fatores, entre eles a relação comercial entre as partes. São quatro as modalidades de pagamento utilizadas no comércio internacional de bens. A modalidade de pagamento irá definir como se dará a entrega das mercadorias, como será o recebimento dos valores e quais os riscos que tanto exportador quanto importador correrão durante o processo. / O QUE DEVE SER LEVADO EM CONTA AO ESCOLHER A MODALIDADE DE PAGAMENTO? RESPOSTA RESPOSTA Devem ser levados em conta: A tradição comercial do importador e/ou do país comprador; A capacidade de pagamento do importador; A capacidade de entrega do exportador; A existência de restrições cambiais e regras tributárias do país do importador; As eventuais retaliações comerciais impostas governo a governo. As características do produto. As modalidades de pagamento determinam: 1 Se o pagamento ao exportador acontecerá antes ou após o embarque das mercadorias; Se os documentos de embarque deverão transitar ou não pelos bancos; javascript:void(0) / 2 3 Se os bancos envolvidos na operação serão responsáveis pelo pagamento ou serão somente prestadores de serviços. As modalidades utilizadas no comércio mundial são: Remessa sem saque (open account), com uma variável remessa direta; Cobrança documentária (documentary collection), com uma variável cobrança limpa (clean collection); Pagamento antecipado (advanced payment); Carta de crédito ou crédito documentário (letter of credit — L/C). REMESSA SEM SAQUE (OPEN ACCOUNT) Em uma operação de comércio internacional, os importadores necessitam ter em mãos a documentação correspondente às mercadorias compradas para poder tomar posse delas e desembaraçá-las, cabendo ao exportador o envio da documentação. Na remessa sem saque, o exportador embarca a mercadoria e envia o original dos documentos diretamente ao importador sem o saque, para que este efetue o desembaraço da mercadoria e, posteriormente, providencie o pagamento. Observe o esquema de uma remessa sem saque: javascript:void(0) / Fonte: O autor DESEMBARAÇÁ-LAS Liberação de uma mercadoria pela alfândega para a entrada no país (em caso de importação) ou sua saída (em caso de exportação), depois de verificar a sua documentação. SAQUE OU DRAFT O saque ou draft é a letra de câmbio, o título representativo da dívida. Na remessa sem saque, em caso de inadimplência do importador, a inexistência deste dificulta a abertura de ação judicial. Nesta modalidade, que permite ao importador liberar a mercadoria sem qualquer pagamento, nem mesmo dando o aceite no saque, o exportador deve ter absoluta confiança no importador, sendo utilizada com mais frequêncianas operações entre matriz e filial, coligadas ou compradores tradicionais. / A VANTAGEM É O CUSTO REDUZIDO, JÁ QUE NÃO HÁ INTERFERÊNCIA BANCÁRIA NO TRÂMITE DOS DOCUMENTOS E, TAMBÉM, A RAPIDEZ NO DESEMBARAÇO, PELO FATO DE O IMPORTADOR RECEBER OS DOCUMENTOS DIRETO DO EXPORTADOR. REMESSA SIMPLES — WIRE OU TELETRANSMISSION TRANSFER (TT) É uma variação da remessa sem saque. Fonte: ProStockStudio/Shutterstock O exportador embarca a mercadoria e avisa ao importador, podendo enviar fax dos documentos. / Fonte: Iconic Bestiary/Shutterstock O importador efetua o pagamento e o envio das divisas. / Fonte: Jan Hyrman/Shutterstock Após a confirmação da chegada dos valores, o exportador remete o original dos documentos diretamente ao importador. COBRANÇA DOCUMENTÁRIA (COLLECTION) Na cobrança, os bancos participam no envio e no recebimento dos documentos relativos à exportação. A utilização desta forma é justificada pela estrutura, pela finalidade e pelos correspondentes no exterior. / Fonte: O autor Os documentos comerciais São faturas, conhecimentos de embarque etc. Os documentos financeiros São notas promissórias, saques (letras de câmbio) etc. A cobrança pode ser classificada em: Cobrança documentária (documentary collection) É aquela com documentos comerciais acompanhados ou não dos documentos financeiros. Cobrança limpa (clean collection) É aquela que inclui apenas documentos financeiros. Com relação ao prazo, as cobranças podem ser: / À VISTA — CAD (CASH AGAINST DOCUMENTS) OU D/P (DOCUMENTS AGAINST PAYMENT) A PRAZO — D/A (DOCUMENTS AGAINST ACCEPTANCE) À VISTA — CAD (CASH AGAINST DOCUMENTS) OU D/P (DOCUMENTS AGAINST PAYMENT) Quando os documentos são entregues pelo banco ao importador no ato do pagamento. A PRAZO — D/A (DOCUMENTS AGAINST ACCEPTANCE) Quando o banco colhe o aceite do importador no saque ao entregar os documentos. A cobrança documentária tem uma forma própria de ser processada, primeiramente: Após ter efetuado o embarque da mercadoria, o exportador entrega a um banco no seu país, o jogo dos documentos de exportação e um saque contra o importador. Depois, esta instituição financeira, utilizando o serviço de cobrança internacional, envia os documentos e o saque a um banco correspondente do país do importador. A PECULIARIDADE RESIDE NA INSTRUÇÃO DE SOMENTE ENTREGAR OS DOCUMENTOS CONTRA PAGAMENTO DO VALOR MENCIONADO NO SAQUE, SE FOR COBRANÇA / À VISTA OU COLHER O ACEITE NO SAQUE, SE FOR COBRANÇA A PRAZO. Então, o banco correspondente emite um aviso ao importador sobre a chegada dos documentos, este se dirige ao banco e em caso de: COBRANÇA À VISTA COBRANÇA A PRAZO COBRANÇA À VISTA Efetua o pagamento e retira os documentos originais. COBRANÇA A PRAZO Dá o aceite no saque e retira os documentos originais. Somente após isso, com os documentos em mãos, o importador pode proceder à retirada da mercadoria, depois de cumprir os trâmites alfandegários. Então o banco correspondente envia a ordem de pagamento em moeda estrangeira ao banco do país do exportador; e o banco do país do exportador recebe a ordem de pagamento, realiza a operação de câmbio para converter na moeda local e entrega ao exportador. DESVANTAGEM Esta modalidade é de risco para o exportador, já que o importador pode desistir do negócio e não retirar os documentos, no caso de cobrança à vista. Na cobrança a prazo, o risco do exportador é maior, pois o importador, em posse dos documentos originais, já pode desembaraçar a mercadoria. Desta forma, esta modalidade é recomendada quando se conhece o importador ou quando ele tem boa reputação e tradição no comércio mundial. / ATENÇÃO Os bancos que atuam na cobrança documentária são meros intermediários, não tendo obrigação legal de cobrar o pagamento do importador. Caso não ocorra o pagamento no prazo acordado, o exportador deverá protestar o saque no exterior e, se não houver a quitação, deve ser iniciada a cobrança judicial. O processo na cobrança documentária limpa, conhecida como clean collection, ocorre da seguinte forma: O exportador — após o embarque das mercadorias — envia os documentos originais ao importador e coloca em cobrança bancária as cópias desses documentos e o saque, com vencimento à vista. ESTA MODALIDADE, MUITAS VEZES, É UTILIZADA QUANDO A MERCADORIA É PERECÍVEL. COMO É POSSÍVEL TER UMA MAIOR GARANTIA NO RECEBIMENTO DO VALOR? RESPOSTA RESPOSTA Para maior garantia no recebimento do valor, o exportador pode nomear o banco cobrador como consignatário no conhecimento de embarque. Assim procedendo, o javascript:void(0) / importador, mesmo com os originais dos documentos em mãos, só poderá retirar a mercadoria após obter o endosso do banco cobrador no conhecimento de embarque. O banco, por sua vez, fará o endosso após o recebimento do pagamento a ser efetuado pelo importador. As cobranças são regulamentadas pela URC 522 (Uniform Rules for Collection), que são regras uniformes para cobrança, da Câmara de Comércio Internacional (CCI). É IMPORTANTE QUE TANTO O EXPORTADOR QUANTO O IMPORTADOR TENHAM CONHECIMENTO DELAS, PARA NÃO HAVER EQUÍVOCOS E DÚVIDAS QUANTO ÀS OBRIGAÇÕES E DIREITOS DE CADA PARTE. PAGAMENTO ANTECIPADO (CASH IN ADVANCE, ADVANCED PAYMENT) O pagamento antecipado se refere ao envio das divisas pelo importador antes do embarque das mercadorias pelo exportador. / Fonte: O autor Assim, o vendedor — ao analisar os riscos da operação comercial (importador e país do importador), a necessidade de ter recursos para a produção, a mercadoria negociada — pode solicitar o pagamento antecipado da exportação. Veja uma das vantagens e desvantagens dessa modalidade para o importador: Vantagem Garantia de preço e de fornecimento. Desvantagem Desembolso dos recursos e o risco de não receber a mercadoria ou atraso na entrega. Para minimizar o risco do importador, quando este não tem total confiança no exportador de que irá receber as mercadorias, pode ser exigida uma garantia bancária paralela ao pagamento antecipado. javascript:void(0) / GARANTIA BANCÁRIA Esta garantia recebe o nome de refundment bond, que será providenciada pelo exportador em um banco e que garante ao importador o reembolso dos valores, caso o exportador não cumpra sua obrigação de entrega das mercadorias. SAIBA MAIS No Brasil, caso a antecipação tenha sido superior a 360 dias do embarque, existe a necessidade de registrar o ingresso de divisas em um sistema do Banco Central denominado Registro Declaratório Eletrônico – Módulo Registro de Operações Financeiras (RDE-ROF). As instruções sobre o credenciamento e registro podem ser encontradas na página do Banco Central. CARTA DE CRÉDITO OU CRÉDITO DOCUMENTÁRIO (LETTER OF CREDIT, DOCUMENTARY CREDIT) Dentre as modalidades de pagamento, a carta de crédito, também conhecida como letter of credit ou L/C é a que oferece maiores garantias, tanto para o exportador quanto para o importador. É UMA DAS MODALIDADES MAIS UTILIZADAS NO COMÉRCIO INTERNACIONAL. / O crédito documentário ou carta de crédito é um documento emitido por um banco, a pedido de um cliente, no qual se compromete a efetuar o pagamento a um terceiro contra a entrega de documentos estipulados, desde que cumpridos os termos e as condições acordadas. Observe o esquema do crédito documentário: Fonte: O autor A carta de crédito é regulamentada pela Câmara de Comércio Internacional (CCI), por meio da Uniform Customs and Practice for Documentary Credits (UCP 600), traduzida como costumes e práticas uniformes relativos a créditos documentários. / É importante que estas regras da UCP 600 sejam mencionadas no texto do crédito concedido, para que produzam os seus efeitos. As regras da CCI, periodicamente, são revistas, em virtude do desenvolvimento do comércio internacional, sendo a UCP 600 a última revisão, em vigor desde julho de 2007. Da mesma forma que a URC 522, todos exportador e importador têm a obrigação de conhecer as regrasda UCP 600, para que a operação transcorra de forma correta, sem mal-entendidos, que podem inviabilizar o negócio. Uma transação com crédito documentário envolve: 1 Banco instituidor (issuing bank): é o banco abridor, emitente do crédito; O importador (applicant): que solicitará a carta de crédito ao banco; 2 / 3 O exportador (beneficiary): que receberá o valor, desde que cumpra rigorosamente os termos constantes da carta de crédito; Banco avisador (advising bank): é o banco no país do exportador que tem como função conferir a autenticidade da carta de crédito recebida do banco emitente, avisar e repassar ao exportador, sem nenhuma responsabilidade sobre seu conteúdo; 4 5 Banco designado (nominated bank): o banco no país do exportador, no qual o crédito está disponível ou qualquer banco, no caso de crédito disponível em qualquer banco; Banco confirmador (confirming bank): o banco que agrega sua confirmação ao crédito, mediante solicitação do banco emitente. 6 A CARTA DE CRÉDITO Ela contém os principais pontos negociados no contrato comercial entre o importador e o exportador, como descrição da mercadoria, valor, quantidade, dados do importador, do beneficiário, prazo de validade para embarque, local de embarque, desembarque, data e local de vencimento, e período de apresentação de documentos. / Ela, normalmente, é exigida pelo exportador nas primeiras negociações comerciais, quando o importador não é conhecido, ou não se tem referências cadastrais suficientes do comprador e do país. Além disso, é irrevogável, ou seja, somente poderá ser cancelada ou alterada mediante a anuência prévia de todas as partes interessadas. A carta crédito é aberta por um banco, a pedido de um importador, a favor de um exportador, que receberá o pagamento, desde que este cumpra rigorosamente os termos acordados. Agora vamos analisar mais alguns pontos do pagamento por carta de crédito: 1 O banco emitente é o primeiro responsável pelo pagamento e não o importador, ou seja, o exportador passa a assumir o risco comercial e político do banco emitente e não do comprador. Se julgar necessário, o exportador pode solicitar que a carta de crédito seja confirmada, avalizada por outro banco para se assegurar do recebimento. Por este motivo, quando há a confirmação, é conveniente que o banco confirmador seja de um país diferente do país do banco emitente, para evitar que o pagamento não seja feito por motivos de restrições cambiais impostas pelo governo do país do banco emitente. 2 3 A carta de crédito é aberta pelo banco do país do importador, que solicitará garantias, já que ele é o primeiro obrigado pelo pagamento. Ela será enviada a um banco do país do exportador, que deverá avisar e entregar ao exportador. / Cabe ao exportador examinar com muito cuidado os termos da carta de crédito, para verificar se tem condições de cumprir todos os itens ali mencionados. Caso não concorde com algum, deverá solicitar imediatamente ao importador que este instrua o banco emitente a realizar as alterações e emendas necessárias. 4 5 Qualquer discrepância ou erro no cumprimento dos termos da carta de crédito, levará o exportador a perder o direito à garantia oferecida pela carta de crédito e o recebimento do valor, passando a operação a ser caracteriza como cobrança, ficando o exportador à espera da decisão de pagamento pelo importador. Após o embarque da mercadoria, o exportador entrega os documentos ao banco designado, que pode ser o mesmo banco que avisou sobre a carta de crédito. O papel deste é receber e examinar os documentos apresentados pelo beneficiário. É o banco que representa o banco emitente no exame da documentação e, conforme estipulado na carta de crédito, estando a documentação em perfeita ordem pode pagar: À VISTA Se a condição for available by payment. POR PAGAMENTO DIFERIDO Com o compromisso de pagar no vencimento, sem necessidade de saque, se a condição for available by deferred payment. POR ACEITE Quando aceita saques a prazo, se a condição for available by acceptance. javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) / POR NEGOCIAÇÃO Quando compra saques sacados sobre outro banco que não o banco designado, se a condição for avaliable by negotiation. ATENÇÃO O banco designado só se responsabilidade pelos documentos, não tendo nenhuma ingerência sobre a mercadoria. Caso o importador julgue necessário, poderá nomear uma empresa certificadora para examinar a mercadoria. Após acertado o pagamento com o exportador, o banco designado remete os documentos ao banco emitente, que por sua vez os entrega ao importador e reembolsa o banco designado. O importador, de posse dos documentos, retira a mercadoria, após os trâmites alfandegários. Red clause Cláusula que permite ao exportador receber antecipadamente ao embarque o valor total ou parcial do crédito, de modo a ter recursos para adquirir ou fabricar o produto a ser exportado. Posteriormente, quando o exportador entregar os documentos ao banco designado, acertará as contas. NA PRÁTICA Uma empresa brasileira recebeu uma oferta de uma empresa do leste europeu para fornecer material de escritório, sua especialidade. Após analisar todas as condições do importador, como país, mercadoria, riscos envolvidos, a diretoria aceitou o pedido, porém optou por negociar via carta de crédito, confirmada por um banco alemão. A decisão se baseou no fato de ser um país não tradicional em comércio exterior, apesar do cadastro favorável do importador, da quantidade a ser exportada e, também, ser a primeira negociação. Após vários embarques bem-sucedidos, a negociação foi alterada para cobrança a prazo. javascript:void(0) / VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. NA MODALIDADE DE PAGAMENTO REMESSA SEM SAQUE: A) O banco do país do exportador encaminha os documentos da exportação ao banco do país do importador. B) Os documentos são encaminhados diretamente do exportador para o importador. C) O importador efetua o pagamento antes do embarque das mercadorias. D) O banco precisa endossar o conhecimento de embarque. 2. EM UMA CARTA DE CRÉDITO, O PRIMEIRO OBRIGADO PELO PAGAMENTO É: A) O importador. B) O banco confirmador. C) O banco emitente. D) O banco designado. GABARITO / 1. Na modalidade de pagamento remessa sem saque: A alternativa "B " está correta. Na modalidade remessa sem saque, cabe ao exportador encaminhar todos os documentos diretamente ao importador, não sendo necessário o serviço de um banco para esta finalidade. Após o embarque, o importador realiza o pagamento das mercadorias. 2. Em uma carta de crédito, o primeiro obrigado pelo pagamento é: A alternativa "C " está correta. Ao emitir a carta de crédito, o banco passa a ser o primeiro obrigado pelo pagamento e não o importador. O banco confirmador é apenas o avalista da operação e o banco designado é o banco nomeado pelo banco emitente para pagar ou negociar em seu nome junto ao exportador. CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS Conhecemos, no módulo 1, a sistemática das operações em moeda estrangeira e o mercado de câmbio brasileiro com suas principais peculiaridades. O entendimento dessa sistemática é necessário para que os exportadores e importadores possam receber e pagar de forma adequada os valores de suas operações. No módulo 2, analisamos as modalidades de pagamento utilizadas no comércio internacional de bens, que são elementos essenciais da negociação com o cliente estrangeiro. O conhecimento dessas especialidades permite ao comprador e vendedor internacionais decidirem com segurança a modalidade que melhor atende aos seus interesses. / REFERÊNCIAS ATSUMI, S. Y. K. et al. Gestão de operações de câmbio. Rio de Janeiro: FGV, 2013. BANCO CENTRAL DO BRASIL. Consultado em meio eletrônico em: 10 jun. 2020. CASTRO, J. A. Exportação: aspectos práticos e operacionais. 5. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2002. CCI. Costumes e práticas uniformes da CCI relativos a créditos documentários. In: Publicação ICC, n.600. ICC Brasil, São Paulo, 2006. DEL CARPIO, R. F. V. Carta de crédito e UCP 600. (Comentada). São Paulo: Aduaneiras, 2008. GONÇALVES, A. C. P. et al. Economia aplicada. Rio de Janeiro: FGV, 2004. CHAMBER OF COMMERCE. Consultado em meio eletrônico em: 11 jun. 2020. LUNARDI, A. L. Carta de crédito sem segredos. 2. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2011. RATTI, B. Comércio internacional e câmbio. 11. ed. São Paulo: Lex Editora, 2006. EXPLORE+ Pesquise na Revista Brasileira de Economia e leia o artigo Eficácia das intervenções do Banco Central do Brasil sobre a volatilidade condicional da taxa de câmbio nominal. Pesquise sobre o Boletim PTAX e as normas de câmbio no site do Banco Central do Brasil. / Leia as URC 522 e UCP 600 da CCI. Faça uma leitura complementar com o texto de GONÇALVES, 2004. CONTEUDISTA Shirley Yurica Kanamori Atsumi CURRÍCULO LATTES javascript:void(0); javascript:void(0);
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