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1 UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS CURSO: RADIOLOGIA DISCIPLINA: ANATOMIA NOME DO ALUNO: BRUNA APARECIDA SANTOS PASCHOAL R.A.: 2206061 POLO: BAURU DATA: 22/09/2022 2 RELATÓRIO REFERENTE AS AULAS PRÁTICAS DE ANATOMIA INTRODUÇÃO Na aula prática realizada no dia 10/09/2022 os alunos do primeiro ano de Radiologia abordaram diversos temas à cerca da análise do corpo humano e suas estruturas principais. Estas aulas proporcionaram o contato indispensável e primordial para o aprofundamento, descobertas, curiosidades e dúvidas onde se realizou o estudo das peças anatômicas disponíveis no laboratório de Anatomia juntamente com alguns modelos de Atlas. Estudou-se sobre o Esqueleto Axial e seus componentes, como o crânio e seus ossos, o tórax, a coluna vertebral e sua organização. Foram discutidas as características e estruturas dos ossos que compõem o Esqueleto Apendicular, como os ossos do braço e perna, além dos nomes de todos os ossos disponíveis em bancada e livros. Os alunos tiveram contato e instruções sobre as posições anatômicas e os cortes. Analisou-se através dos esqueletos presentes, os dois tipos de cinturas: a escapular e a pélvica. Realizamos discussões referentes aos diversos tipos de articulações, que são o elo entre todos os ossos. A partir da segunda aula prática, que ocorreu no dia 17/09/2022 podemos aprender sobre a miologia, ou seja, os músculos, suas formas, denominações e funções. Os principais músculos: face, mastigação, pescoço, músculos supra- hióideos e infra-hioideos, músculos do tronco, membros superiores e inferiores. Iniciou-se, ainda, o estudo a parte mais complexa do corpo humano: o Sistema Nervoso Central. Reconhecemos as partes anatômicas, as terminações, os sulcos e os giros cerebrais, as divisões do cérebro, o Sistema Nervoso Periférico, a medula espinal e suas divisões, as terminações nervosas, bem como os nervos cranianos e espinais e, por fim, introduziram-se os estudos ao sistema circulatório. 3 AULAS 1 E 2 - ESQUELETO AXIAL Resultados e Discussão O esqueleto de um adulto é formado por cerca de 206 ossos e numerosas articulações que permitem a junção desses ossos bem como a movimentação dos mesmos. O esqueleto é dividido em Axial e Apendicular, onde o esqueleto axial é constituído pelo crânio, hióide, tórax e coluna vertebral enquanto que o esqueleto apendicular é formado peças extremidades superiores, inferiores e as cinturas. Ao conjunto de ossos que formam a cabeça denominamos crânio, cuja maioria desses ossos possuem a forma plana e são “separados” por sutura fibrosa, ou seja, articulações imóveis (onde não há movimentação) exceto a mandíbula. O crânio é dividido em neurocrânio e viscercrânio. No neurocranio encontramos oito ossos responsáveis por alojar e proteger o cérebro, que é o órgão mais importante e sensível do corpo humano, que são os ossos: frontal (ímpar), 2 ossos parietais (D e E), 2 ossos temporais (D e E), o osso occipital (ímpar), o esfenóide e o etmóide. No Viscerocranio encontramos 14 ossos que formam a face e possuem como função principal alojar e proteger os órgãos sensoriais, que são os ossos: nasais, zigomáticos (D e E) – maçã do rosto, a maxila, palatinos, lacrimais (dentro da órbita), a mandíbula (maior e único osso móvel), osso palatino (D e E), vômer e as conchas nasais inferiores. Os ossos da base do crânio são irregulares, pois, não possuem forma geométrica definida. O osso frontal, a maxila, o etmóide e o esfenóide, por possuírem cavidade com variação de volume, são definidos como ossos pneumáticos, pois são revestidos de mucosa e preenchidos de ar e comunicam-se com a cavidade nasal. O osso occipital é o maior osso da caixa craniana e possui côndilos (formação óssea oval) que se comunica com o atlas (primeira vértebra da coluna cervical) através do forame magno, abertura por onde passa a medula óssea. O tórax é constituído da junção do esterno e de 12 pares de ossos que são chamados de costelas e, articulam-se com as vértebras torácicas e possuem o formato de semi-arco. As principais funções do tórax é proteger o coração, os 4 pulmões, os vasos sanguíneos e também proporcionar apoio aos diversos músculos diretamente envolvidos no processo de respiração, além de proporcionar sustentação para os membros superiores. As costelas são divididas em costelas verdadeiras (da 1ª à 7ª), costelas falsas (da 8ª à 10ª) e costelas flutuantes (da 11ª e 12ª) e que possuem um aspecto diferente que muda de acordo com sua função e posição e que, mesmo sendo longas, não são caracterizadas como ossos longos por não possuírem, em seu interior, duto medular. Da 1ª à 10ª articulam-se com o esterno através das cartilagens costais e entre elas existe os espaços intercostais. O esterno é um osso ímpar considerado plano e que pode medir até 15 cm. É dividido em manúbrio (parte superior), corpo e apêndice xifóide (final do esterno). A coluna vertebral, localizada no eixo do esqueleto axial, é formada por 33-34 vértebras sobrepostas que são separadas por discos intervertebrais. Esses discos são formados por tecido cartilaginoso, são flexíveis, permitem a movimentação da coluna (inclinação e giro) e absorvem impactos. É divida em: cervical, torácica, lombar e sacral. Ela possui uma determinada curvatura natural que é semelhante à letra S. Com exceção das vértebras C1 e C2, as demais vértebras possuem características em comum quanto a sua estrutura: corpo vertebral, processo espinhoso, processo transverso, processos articulares, as lâminas, os pedículos e forame (orifício/abertura central). Os forames alojam a medula espinal. Na região cervical encontramos, primeiramente, as vértebras C1 e C2, que são caracterizadas como atípicas, pois, diferente das demais vértebras, possuem em sua estrutura, algumas características especificas: a vértebras atlas ou C1 não possui processo espinhoso e corpo vertebral. Já a áxis ou C2, possui processo odontoide. A vértebra atlas juntamente com o osso occipital permite, através de uma articulação, movimentar a cabeça para trás e para frente enquanto a áxis articula-se em eixo com a vértebra atlas permitindo, devido a um ligamento, a inclinação e giros da cabeça. Essas vértebras possuem forames transversórios e o forame vertebral em formato triangular, além de seu processo espinhoso bífido. 5 Abaixo às vértebras cervicais, localizamos 12 vértebras torácicas, denominadas T1 à T12. Essas vértebras possuem seu forame em formato oval, fávea costal articulando-se com a costela e seu tamanho que aumento da T1 até a T12. Na região lombar encontramos 5 vértebras que são denominadas L1 à L5 e que são maiores que as demais vértebras e seu forame apresentam formato triangular. Por sua vez, a região sacral é formada por 5 vértebras fundidas cuja junção forma o osso sacro que articula-se com os ossos da pelve. Já o cóccix é formado pela junção de 4 vértebras fundidas e é localizado ao final da coluna. Os forames e o empilhamento de todas as vértebras resultam em um túnel chamado de canal vertebral, que é por onde a medula espinal se acomoda. A medula espinal faz parte do Sistema Nervoso Central (SNC) e, por ela, saem ramificações nervosas que se direcionam para os membros superiores e inferiores. Por essa razão, se o indivíduo apresentar um determinado nível de anormalidade referente a curvatura natural da coluna, este poderá sofrer problemas neurológicos. Isso porque poderá haver a compressão dos nervos que saem da medula acometendo algumas áreas específicas de seu corpo. 6 AULAS 3 E 4 - ESQUELETO APENDICULAR - MEMBROS SUPERIORES Resultados e Discussão Localizados no esqueleto apendicular,os membros superiores são formados por todos os ossos do braço, antebraço e mão. O osso do braço é chamado úmero e os ossos do antebraço são, na lateral, o rádio, e na medial, a ulna. Esses três ossos são considerados ossos longos pelo fato de possuírem uma diáfise e duas epífises, além de apresentar o seu comprimento maior considerando a largura e espessura, que apresentam similaridade. Alguns ossos da mão, mais precisamente os ossos do carpo, são classificados como ossos curtos uma vez que possuem a forma cúbica justamente por apresentarem o comprimento, largura e espessura muito parecidas. Estes ossos auxiliam na absorção de choque e na transmissão de força. Os ossos do carpo estão divididos através da fileira distal e fileira proximal. Analisados em posição anatômica, temos, lateral para medial, na fileira proximal, o osso escafóide, o semilunar e o piramidal. Na fileira distal, temos, o trapézio, o trapezóide, o capitato e o hamato. Seguindo essa análise, abaixo localizamos os ossos do metacarpo e as falanges, que formam os dedos e são caracterizadas em falange proximal, média e distal. Apenas o hálux (polegar) possui duas falanges, a proximal e a distal. Análise dos Ossos em Posição Anatômica: Úmero Braço D e E: Na epífise proximal localiza-se a cabeça do úmero, região arredondada do osso e logo a baixo vizualiza-se o colo anatômico e o colo cirúrgico. Ainda na epífise proximal, o sulco intertubercular “separa” o tubérculo menor do tubérculo maior. Na epífise distal encontra-se os acidentes ósseos mais importantes, que são o epicôndilo medial (medialmente) e o epicôndilo lateral (lateralmente), além da fossa coronoide (anteriormente), abaixo da fossa coronoide está localizada a tróclea e lateralmente, o capítulo. 7 Rádio D e E: É um osso localizado lateralmente onde encontramos a cabeça, o colo e a tuberosidade do rádio em sua epífise proximal. Na epífise distal está localizado o processo estilóide. Ulna D e E: Na epífise proximal está localizado olécrano, abaixo temos a cavidade sigmóidea e a apófise coronoide. Esses três elementos deixam a epífise da ulna similar a letra “C” e é através da ulna que o antebraço articula- se com o osso úmero. Em sua diáfise localizamos a crista interóssea e na epífise distal, medialmente, a circunferência articular e lateralmente, o processo estilóide. 8 AULAS 5 E 6 - ESQUELETO APENDICULAR - MEMBROS INFERIORES Resultados e Discussão Os membros inferiores são formados pelos ossos da coxa, das pernas e dos pés e são responsáveis pela sustentação e movimento do esqueleto. Localizado na coxa, o fêmur é o mais volumoso e maior osso do corpo humano. Na perna encontramos, medialmente, a tíbia e lateralmente, a fíbula e, entre a coxa e a perna, o joelho, que é formado pela patela. Os ossos da coxa e da perna, assim como os ossos do braço e antebraço, também são ossos longos devidos as suas características específicas: o comprimento maior em relação à largura e espessura e a presença de duas epífises e uma diáfise. Análise dos ossos Fêmur D e E: Na epífise proximal e medialmente, encontramos a cabeça do fêmur, região arredondada que se articula com o quadril permitindo a movimentação do esqueleto. Ainda na cabeça, encontramos a fóvea do fêmur (depressão). Lateralmente está localizado o trocanter maior, e entre o trocanter e a cabeça, o colo do fêmur. Logo abaixo a epífise proximal, posteriormente, o trocânter menor. Na diáfise temos a face anterior; na epífise distal, localizamos, medialmente, o côndilo medial, e lateralmente, o côndial lateral. Entre os dois côndilos, posteriormente, existe a fossa intercondilar. Anteriormente, a face patelar, por onde a patela consegue se articular. Tíbia D e E: A tíbia é o segundo maior osso do corpo humano e o principal osso da perna. Em sua epífise proximal e medial, encontra-se o côndilo medial, e lateralmente, o côndilo lateral. Na parte anterior, localiza-se a tuberosidade da tíbia e em sua diáfise, a face medial e a face lateral. Na epífise distal e medialmente, localiza-se o maléolo medial e na parte posterior da tíbia, o sulco maleolar. Fíbula D e E: Na epífise proximal localiza-se a cabeça da fíbula e também um acidente pontiagudo denominado vértice da cabeça da fíbula. Na epífise distal, lateralmente, encontramos o maléolo da fíbula. Posterior e medialmente, encontramos a fossa do maléolo. Patela D e E: Esse osso é caracterizado como o maior osso sesamóide do corpo, possui a forma triangular e está dividida em base, ápice, face anterior e face articular. Fica localizada anterior à articulação do joelho. Na parte inferior, 9 fica o ápice patelar e na parte superior, a base patelar. Anteriormente, a face patelar é levemente arredondada enquanto que a face articular é lisa e oval. Os ossos dos pés O pé é constituído da junção dos ossos tarso, metatarso e as falanges que compõem os dedos. São sete os ossos do tarso que, assim como a mão, estão divididos em proximal e distal, onde os ossos proximais são o calcâneo e o talus e os ossos distais são o navicular, cubóide e três ossos cuneiformes. Já o metatarso é formado por cinco ossos longos e paralelos que fazem a ligação entre o tarso e as falanges. Na posição medial para lateral, encontramos o dedo hálux (dedão ou dedo I), dedo II, dedo III, dedo VI e dedo V ou mínimo. Com exceção do hálux, todos os dedos possuem três falanges, denominadas em proximal, média e distal. O tálus e o calcâneo formam o retropé e o restante dos ossos forma o mediopé. 10 AULAS 7 E 8 - CINTURAS Resultados e Discussão As cinturas são formadas por um conjunto de ossos cuja principal função é interligar os ossos longos dos braços e das pernas ao esqueleto axial. Nas extremidades superiores temos a cintura escapular, formada pela escápula em junção com a clavícula e formam a articulação do ombro. Cintura Escapular Escápula D e E: é um osso plano, par (D e E), seu formato assemelha-se a um triângulo, possui dois ângulos (inferior e superior) e três fossas (depressões). Em sua face anterior, a escápula possui a fossa subescapular. Já na face posterior, é possível analisar a fossa supraespinal, superior a espinha e a fossa infraespinal, abaixo da espinha. Em seus acidentes anatômicos destacam-se a cavidade glenoidal, lateral e superior, por onde será articulado a cabeça do úmero e, na extremidade da espinha, temos o acrômio. Clavícula D e E: Pertence a um subgrupo dos ossos longos e é considerada como um osso alongado. Isso porque não apresenta epífise definida e nem cavidade medular. Possui duas extremidades: a acromial, lateralmente, sentido ao úmero, e a esternal, medial voltada para o esterno. Próximo a extremidade acromial, visualiza-se um acidente ósseo denominado tubérculo coróide, que pode ser visualizado tanto posterior e inferiormente, quanto anterior e superiormente. 11 Cintura Pélvica Nas extremidades inferiores, temos a cintura pélvica, que é formada pela junção dos três ossos do quadril, o ílio (na parte superior), o ísquio (na parte inferior e posterior) e o púbis (na parte inferior e anterior), além do o osso sacro e o cóccix. A cintura pélvica transmite o peso do tronco para os membros inferiores. No ílio localizamos em sua parte superior a crista ilíaca e na parte inferior e lateral, o acetábulo. Existem quatro espinhas ilíacas: duas espinhas anteriores e duas espinhas posteriores, visíveis lateralmente. O osso sacro e o cóccix findam a coluna vertebral unindo-se aos ossos do quadril formando a pelve. 12 AULAS 9 E 10 - ARTICULAÇÕES Resultados e Discussão Também classificadas como junturas, as articulações são extremamente importantes, pois, são responsáveis por uniros ossos sempre que houver o encontro dos mesmos. Elas podem ser móveis ou fixas e sua estrutura varia de acordo com a função e o local onde estão inseridas. De acordo com os processos biológicos, as articulações móveis poderão se tornar imóveis causando danos à saúde do indivíduo. As articulações estão divididas em três principais classes: sinoviais ou diartroses, fibrosas ou sinartroses e cartilagíneas ou anfiartroses. As fibrosas unem os ossos através de tecido fibroso limitando os movimentos entre eles ou até mesmo impedindo que aconteça movimento. O que determina o nível de movimento são as fibras que mantém os ossos unidos. Dentre as articulações fibrosas existem aas suturas, as sindesmoses, as gonfoses e as esquindeleses. Ex.: articulação entre a mandíbula e as raízes dos dentes, gonfose. Articulações Cartilagíneas ou Anfiartroses Como o próprio nome diz, essas articulações se relacionam com os ossos através de cartilagem. São divididas em Sincondroses ou Primárias, consideradas articulações temporárias pois permitem o crescimento de um osso longo e são unidas por cartilagem hialina. A sincondrose é visível no crânio do recém nascido, isso porque, na primeira infância as suturas cranianas não se desenvolvem completamente. Conforme os ossos amadurecem, os espaços vão se preenchendo com tecido conjuntivo e diminuem os vãos, ou espaços membranosos (fontanelas). Já as Sínfises ou Secundárias, são articulações mais fortes, permitem movimentação leve e são compostas por fibrocartilagem, como a sínfise púbica que une os ossos da pelve. 13 Articulações Sinoviais ou Diartroses Estas possuem a estrutura mais complexa, características específicas, grande mobilidade e são as articulações predominates no corpo humano. Conectam-se aos ossos através de uma cápsula articular, onde, dentro desta cápsula existe uma cavidade que contém líquido lubrificante e que recebe o nome de líquido sinovial, cuja principal função é fornecer lubrificação. Podem ainda ser reforçadas por alguns tipos de ligamentos como no caso do quadril, cotovelo, ombro e joelho, divididos em ligamentos extracapsulares e intra-articulares. As articulações sinoviais dividem-se em seis grupos conforme sua morfologia e/ou movimento que realizam. São elas: Planas: permitem movimentos de deslizamento em um único eixo. Exemplo: Acrômio clavicular. Gínglimos: seu formato semelhante a uma dobradiça permite apenas o movimento de extensão e flexão. São uniaxiais e permitem movimentos sempre no eixo transversal. Exemplo: Articulação do cotovelo. Selares: são biaxiais pois permitem movimentos em dois eixos (flexão e extensão, abdução e adução) e possuem o formato de sela. Exemplo: carpo metacarpal. Elipsóideas: também são biaxiais e seu formato em elipse/meia lua. Exemplo: Metacarpo falangiana. Esferóideas: estas são multiaxiais pois movimentam-se em três eixos. Exemplo: quadril, onde a cabeça do fêmur articula-se com o acetábulo. Tracóideas: articulação uniaxial que permite rotação pelo fato de onde uma de suas faces possuir o formato em pivô. Exemplo: Atlanto axial, onde a primeira vértebra (atlas) rotaciona ao redor de um processo ósseo da vértebra áxis, permitindo o giro do pescoço. Articulações do crânio A maioria das suturas recebe seus nomes de acordo com os ossos que unem. A primeira sutura da caixa craniana está localizada entre os ossos parietais e o osso frontal que é a sutura coronal. Na parte superior do crânio, a sutura sagital une os dois ossos parietais. Na parte posterior do crânio, temos a sutura 14 lambdóide unindo o osso occipital aos dois ossos parietais. Na parte lateral do crânio temos a sutura escamosa unindo o osso parietal ao osso temporal e a sutura parietomastóidea unindo o osso parietal ao processo mastóide do osso temporal. Na parte posterior do crânio temos a sutura ocipto mastóidea unindo o osso occipital ao processo mastóide do osso temporal. Ainda na lateral do crânio temos, na parte anterior, entre o osso temporal e o osso esfenóide, a sutura esfeno escamosa. Entre o osso esfenóide e o osso parietal temos a sutura esfeno parietal. E entre o osso esfenóide e o osso frontal temos a sutura fronto esfenoidal. Referente aos tipos das suturas, as suturas coronal e lambdóide são serreadas enquanto as demais citadas anteriormente são escamosas. Já as sutura internasal, intermaxilar são classificadas como planas. No osso maxilar e na mandíbula, o que une a raiz dos dentes aos alvéolos dentários são as articulações gonfoses. 15 AULAS 11 E 12 – MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO Resultados e Discussão Os músculos são órgãos formados principalmente de tecido muscular cuja células que compõem esse tecido são especializadas em realizar contração. Os músculos estriados esqueléticos possuem essa nomenclatura pelo falo de apresentarem estrias em seu tecido. Esses músculos são classificados como voluntários, ou seja, seus movimentos são controlados de forma consciente. De maneira geral, os músculos trabalham em conjunto com as articulações possibilitando o movimento dos ossos, manutenção da postura, forma ao corpo e fornecimento de calor. São compostos por ventre muscular (parte vermelha) e tendões (parte branca) onde, na maioria, os tendões possuem forma cilíndrica. Nos casos onde os tendões são laminados, estes recebem o nome de aponeurose, como por exemplo, os músculos do abdome. Todo músculo possui uma origem e um destino (inserção) que no caso dos membros superiores e inferiores são classificadas como inserção proximal ou distal. Seus nomes, na grande maioria, estão diretamente relacionados com a região onde estão inseridos, a morfologia que apresentam, a direção das fibras, a quantidade de origens, a inserção e a ação que desempenham. Os grandes músculos que formam o quadríceps femoral recebem o nome de vasto, como por exemplo, o vasto medial, o vasto lateral e o músculo reto. Os músculos orbiculares, onde as fibras se organizam circularmente, são encontrados ao redor dos olhos e da boca. Referente à quantidade de origens, o músculo pode ser classificados em: bíceps (duas origens), tríceps (três cabeças) e quadríceps (quatro cabeças). 16 AULAS 13 E 14 – PRINCIPAIS MÚSCULOS DO CORPO HUMANO Resultados e Discussão Dentre os diversos tipos de músculos encontrados no corpo humano, é possível separar os principais. Temos: Os músculos da face: possuem sua origem em algum osso e sua inserção na pele. São responsáveis pelas expressões faciais. São eles: os músculos orbiculares da boca e dos olhos, o músculo zigomático maior e menor, os músculos abaixadores e levantadores dos olhos e da boca, o músculo bucinador e o músculo risório. Músculos da mastigação: Sua inserção se dá na mandíbula e são quatro os responsáveis, sendo eles, o músculo masseter, o músculo temporal, o músculo pterigóideo medial e o lateral. Músculos do pescoço: são palpáveis e superficiais e recebem o nome de esternocleidomastoideo emúsculo trapézio. Músculos supra-hioideos (músculo digástrico e músculo estilo-hioideo) e infra- hioideo (Omo-hieoideo): estes auxiliam na deglutição e mastigação. Músculos do tronco: são divididos em músculos do tórax (coluna vértebral e parede torácica) e abdome (parede abdominal e pelve). São os músculos: trapézio, latíssimo do dorso, rombóide maior e menor, peitoral maior e menor, serrátil anterior, músculo reto do abdome, transverso do abdome, oblíquo externo e interno. Músculos dos membros superiores: Estão localizados no braço, antebraço, punho, mão além dos músculos que movimentam a escápula e fixam a escápula ao úmero. Músculos dos membros inferiores: Todos os músculos inseridos na região do quadril, coxa, perna, tornozelo e pé. 17 AULAS 15 E 16 – RECONHECER AS PARTESANATÔMICAS QUE FORMAM O SISTEMA NERVOSO Resultados e Discussão O sistema nervoso é dividido anatomicamente em duas partes: o sistema nervoso central e o sistema nervoso periférico. O encéfalo é um dos maiores órgãos do corpo, possui bilhões de neurônios e é dividido em dois hemisférios: o direito e o esquerdo. Em vista superior é possível visualizar a fissura longitudinal entre eles e estes hemisférios permanecem unidos pelo corpo caloso. Nos hemisférios é possível notar os sulcos (lateral e central) que vão determinar os giros pré-central e central. Os lobos cerebrais recebem seus nomes de acordo com a região que se encontram e estão diretamente relacionados com os nomes dos ossos cranianos. São os lobos: frontal (direito e esquerdo), parietal (direito e esquerdo), temporal (direito e esquerdo) e occipital (direito e esquerdo). Ao final do sulco lateral está localizado o lobo da ínsula, próximo ao claustro ou antemuro. Na parte anterior do hemisfério é possível visualizar os giros frontais superior, médio e inferior e os sulcos superior e inferior. No giro frontal inferior localiza-se a área de Broca que é responsável pela produção das palavras e a área de Wernicke, no hemisfério esquerdo, controla a comunicação e linguagem. Em corte sagital o lobo frontal compreende o giro frontal médio, o lóbulo paracentral, os giros orbitais e retos bem como os sulcos orbitais e olfatórios. Os giros supramarginal e angular juntamente com os lóbulos parietais estão localizados no lobo parietal. Ainda em corte sagital, é possível visualizar os lóbulos pré-cúneo e paracentral. Na região temporal encontram-se os giros temporais superior, médio e inferior além dos sulcos inferior e superior Nesta mesma região, estão tamém localizados os giros occipitotemporais medial e lateral e os sulcos temporal e inferior. Os sulcos calcarino, parieto-occipital e occitotemporal e os giros occitotemporal médio e lateral, e o cúneo, situam-se no lobo occipital. Já o giro e o sulco do cíngulo, o giro para-hipocampal e o unco encontram-se no lobo límbico. 18 Com os dois hemisférios separados, temos, o esplênio em direção ao cerebelo, o tronco na porção mediana e o joelho, ao final do corpo caloso. Na parte siperior do mesencéfalo, um canal estreito denominado arqueduto do mesencéfalo.Também no mesencéfalo, a fossa interpeduncular, os colículos superiores e inferiores e os corpos mamilares. O tronco encefálico é dividido em três partes: O mesencéfalo (parte superior do tronco), a ponte (mediana) e o bulbo (inferior). O bulbo inseri-se dentro da coluna formando a medula espinal. 19 AULAS 17 E 18 – SISTEMA NERVOSO CENTRAL E PERIFÉRICO Resultados e Discussão O Sistema Nervoso Central é responsável pelas tarefas mais complexas e possui três funções principais: Função sensitiva, onde recebe e sente os estímulos internos e externos. Função Integradora, que recebe as informações sensitivas, armazena uma parte e toma decisões apropriadas de acordo com a situação. E a função motora, que envia as respostas ao estímulo recebido através de contração muscular ou secreção glandular. É o córtex cerebral que interpreta a informação e responde de maneira adequada e o sistema nervoso integra as funções para que o corpo trabalhe de forma coordenada. O Sistema Nervoso Periférico é formado por nervos cranianos ou espinais por onde todas as sensações emergem da periferia do corpo e são conduzidas por neurônios, que são os neurônios sensitivos ou aferentes. As sensações que saem do sistema nervoso e vão em direção a periferia do corpo são conduzidas por neurônios motores ou eferentes. Analisando os dois hemiencéfalos sagitalmente, pode-se verificar que, abaixo ao corpo caloso estão situados o diencéfalo e o fórnice. E entre o corpo caloso e o fórnice, existe uma cavidade, denominada ventrículo lateral. O forame interventricular faz a comunicação entre o ventrículo lateral e o III ventrículo. O diencéfalo é composto pelas estruturas: Tálamo, Hipotálamo e Epitálamo. O sulco hipotalâmico faz a separação do tálamo e do hipotálamo. Abaixo do hipotálamo está localizada a glândula endócrina chamada hipófise. Na parte final do tronco encefálico, no bulbo, origina-se a medula espinal, uma espécie de tubo cilíndrico que tem, como principais funções, transmitir informações do encéfalo para a periferia do corpo, da periferia ao encéfalo, coordenar atividades musculares e reflexos. A medula tem seu início no forame magno e tem seu comprimento estendido até a segunda vértebra da coluna lombar, a L2. O canal vertebral, composto pelos forames vertebrais, em conjunto com as meninges (pia-máter, aracnóide e dura-máter) e o lícquor protegem a medula espinal.Ao redor do H-medular a substância branca da medula contem os funículos: anterior, laterais e o posterior. As radículas, as 20 vias sensitivas, as vias motoras e o gânglio espinal compõem os nervos espinais. Os nervos cranianos são grupos de fibras nervosas que tem o papel de transmitir sensibilidade e estímulos sensoriais do encéfalo para a periferia do corpo e vice-versa. Esses nervos são divididos em 12 pares onde 10 pares têm origem no encéfalo, sendo eles sensitivos, motores ou mistos, cujos nomes tem relação com a função que exercem. 1° Olfatório: estímulos olfatórios. Sensitivo. 2° Óptico: estímulos visuais. Sensitivo. 3° Oculomotor: movimentação do globo ocular. Motor 4° Troclear: movimentação do nervo oblíquo, superior do olhos. Motor. 5° Trigêmeo: sua parte é responsável pela sensibilidade superficial da face, couro cabeludo, dentes, conjuntiva ocular, mucosas bucais e nasais, parte anterior da língua. Sua parte motora envia estímulos aos músculos da mastigação. Misto. 6° Abdutor: inerva o músculo retolateral do globo ocular. Motor. 7° Facial: A porção motora inerva músculos da mímica facial. A porção sensitiva inerva o pavilhão auditivo, meato acústico externo e tímpano, percepções gustativas da parte anterior da língua, além das glândulas lacrimais, submandibular e sublingual. Misto. 8° Vestibulococlear/Auditivo: Sua parte coclear é responsável por estímulos auditivos e a parte vestibular recebe informações referentes à manutenção do equilíbrio. Sensitivo. 9° Glossofaríngeo: A porção sensitiva é responsável pela inervação do meato acústico externo junto com o nervo facial, sensibilidade e gustação posterior da língua, úlvula, tonsilas e faringe. Já a parte motora é responsável pela faringe, laringe, traquéia, esôfago e glândula parótida.Misto. 10° Vago: A parte sensitiva imerge a faringe, laringe, traquéia, esôfago e as vísceras do tórax e abdome. Já a parte motora é responsável pela imersão da faringe e laringe. Misto. 11° Acessório: Inervação da laringe, trapézio e esterno cleidomastóideo Motor. 12° Hipoglosso: Responsável pela movimentação da língua. Motor. 21 NERVOS CRANIANOS 22 AULAS 19 E 20 – SISTEMA NERVOSO CENTRAL E PERIFÉRICO Resultados e Discussão O coração é o músculo responsável por bombear sangue e distribuí-lo por todo corpo. Ele é divido em duas cavidades: o átrio, superior, responsável pelo sangue recebido, e o ventrículo, inferior, que impulsiona o sangue a fim de efetuar a circulação total ou pulmonar. A partir do ventrículo esquerdo existe uma aorta que possui suas ramificações: o tronco braquiocefálico, a artéria carótida comum esquerda e a artéria subclávia esquerda. As principais artérias que formam o círculo arterial do cérebro são: carótida interna e vertebral, cerebrais anterior, média e posterior; comunicantes anterior e posterior; a basilar e as cerebelares superior e inferior. Meninges As meninges são membranas responsáveis pela proteção de todo o sistema nervoso central (cérebro e medulaespinal). Também classificadas como folheto, são divididas em três: 23 - Dura-máter: é a membrana externa e mais rígida e faz contato direto com o osso do crânio e é altamente vascularizada e inervada. - Aracnóide: é intermediária e emite prolongamentos para a pia-máter. - Pia-máter: é mais fina e faz contato direto com o cérebro. Entre as meninges existem ainda os espaços meníngeos, onde o espaço epidural ou extradural, faz contato com os ossos do crânio e a meninge dura- máter. O segundo espaço é o subdural, que fica entre a dura-mater e a aracnóide. Por fim, o espaço sub-aracnóideo mantém-se entre a meninge aracnóide e a pia-máter. É no espaço sub-aracnóideo que está localizado o lícquo ou líquido cefalorraquidiano. Temos ainda um elemento de separação dos hemisférios direito e esquerdo que é conseqüência da dobra da meninge dura-máter, que recebe o nome de foice do cérebro. Ao passo que o corpo caloso une os dois hemisférios, é a foice cerebral que permite a separação entre esses dois elementos. A foice encontra-se localizada na parte mais profunda da fissura longitudinal. Outro elemento de separação é o tentório do cerebelo. Este, por sua vez, faz a separação física entre o cerebelo e o cérebro. Existem, também, as cavidades encefálicas que recebem o nome de ventrículos encefálicos, onde, os ventrículos laterais relacionam-se com o telencéfalo, o III ventrículo com o diencéfalo e o IV ventrículo com o tronco encefálico. Nervos Espinais Na região cervical e torácica a medula espinal é mais alargada. A esses alargamentos da-se o nome de intumescência e, é por esses elementos que saem os nervos espinais. Da intumescência cervical saem os nervos que enervam os membros superiores formando o plexo braquial. Da intumescência lombar saem os nervos que inervam os membros inferiores, formando assim, o plexo lombo-sacro. Diferente dos nervos cranianos que são caracterizados como sensitivo, motor ou misto, os nervos espinais são, basicamente, todos mistos. Isso porque seus axônios(raízes nervosas) são compostos sempre por um axônio anterior ou motor e um axônio dorsal, que é sensitivo. A raiz anterior conduz os estímulos 24 que saem do encéfalo ou da medula espinal até os músculos e a raiz posterior transporta os estímulos nervosos da periferia até o sistema nervoso central. Os nervos espinais são dispostos em 31 pares, onde, de cada segmento medular temos a formação de um par de nervo espinal. Eles estão divididos em: 8 pares cervicais, 12 pares torácicos, 5 pares lombares, 5 pares de nervos sacrais e 1 par de nervos coccígeo. Seguimentos da Medula Espinhal – Atlas da Anatomia Humana Sobotta 24ª ed. 25 REFERÊNCIAS https://anatomia.ict.unesp.br/neuro/neuro6 https://blog.jaleko.com.br/pares-de-nervos-cranianos-o-que-voce-precisa- https://cesad.ufs.br/ORBI/public/uploadCatalago/14445716022012Elementos_d e_Anatomia_Humana_aula_13.pdf https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/biolo RIGUTTI, Adriana, Atlas Ilustrado de Anatomia. Barueri: Girassol, 2007 https://www.todamateria.com.br/sistema-cardiovascular/ https://anatomia.ict.unesp.br/neuro/neuro6 https://blog.jaleko.com.br/pares-de-nervos-cranianos-o-que-voce-precisa- https://cesad.ufs.br/ORBI/public/uploadCatalago/14445716022012Elementos_de_Anatomia_Humana_aula_13.pdf https://cesad.ufs.br/ORBI/public/uploadCatalago/14445716022012Elementos_de_Anatomia_Humana_aula_13.pdf https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/biolo https://www.todamateria.com.br/sistema-cardiovascular/
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