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Imunidade Inata Resumo

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Imunidade Inata 
 
O sistema imune não procura algo que causa doença, que seja maléfico ao nosso corpo. Ele procura 
componentes estranhos. E aí entramos no conceito de imunologia. Para imunologia, o que significa próprio e 
não-próprio? 
Próprio: é toda partícula que é identificada pelo sistema imune como parte do organismo. 
Não-próprio: é toda partícula que é identificada pelo sistema imune como invasor (estranho).” (Slides) 
O que é imunologicamente considerado estranho? Aquilo que é formado por proteínas ou carboidratos 
ou ácidos nucleicos ou lipídios que são diferentes daqueles que fazem parte do nosso corpo. Tudo aquilo que é 
diferente desses componentes bioquímicos que fazem parte do nosso corpo. 
Didaticamente o sistema imune é dividido em dois tipos: sistema imune inato e adaptativo. 
A imunidade inata já nasce com o indivíduo, não necessita de contato prévio com o agente invasor para 
ser ativada, não apresenta memória imune e reconhece constituintes não próprios de forma inespecífica. A 
imunidade inata é mediada por mecanismos que já existem antes da ocorrência da infecção, facilitam respostas 
rápidas iniciais contra o agente invasor. É essencial para a defesa contra micro-organismos nas primeiras horas 
ou dias após a exposição, antes que as respostas imunes adaptativas tenham se desenvolvido. 
A imunidade adaptativa depende de uma exposição para que seja ativada, possui memória imune e 
reconhece patógenos de forma específica. O sistema imune adaptativo reconhece e reage a um grande número 
de substâncias microbianas e não microbianas denominadas antígenos. A memória imune já produz uma 
resposta específica quando ocorre uma segunda exposição ao mesmo patógeno. Ou seja, durante a primeira 
exposição, o organismo produz células de memória para aquele antígeno específico, dessa forma, numa 
segunda exposição ele será rapidamente combatido. 
 
Componentes da Imunidade inata 
 
O que compõem a imunidade inata? Pele, inflamação, tosse, cílios, muco, saliva, suco gástrico. As 
barreiras físicas e químicas fazem parte da imunidade inata. 
Além das barreiras físicas e químicas, fazem parte da imunidade inata: células fagocíticas (neutrófilos, 
macrófagos), células dendríticas, mastócitos, células natural killer (células NK) e outras células linfoides inatas; 
e proteínas sanguíneas, incluindo componentes do sistema complemento e outros mediadores da inflamação. 
Barreiras físicas e químicas: como barreira física podemos citar a pele e quanto a químicas as células 
que compõem este epitélio produzem enzimas como a lisozima presente no suor, lágrimas e saliva que possui 
ação antimicrobiana. 
Barreiras de defesa biológica: a microbiota (flora intestinal) – a pele é um órgão que contém o maior 
número e variedade de microorganismos no corpo. Sangue é asséptico, bexiga e rins são assépticos. A 
microbiota cresce em nosso corpo. Microorganismos da microbiota são reconhecidos como não próprios, o 
sistema imune ataca os mesmos. A microbiota consegue crescer em algumas partes do nosso corpo sem causar 
nenhum tipo de agressão, não são patogênicas. Faz parte da imunidade inata porque é um mecanismo de 
defesa. Quando entram as bactérias que são patogênicas, elas entram em um processo de competição com as 
bactérias da microbiota que já estão ligadas à superfície das células, já sofreram processo de adesão, 
conseguem se multiplicar com mais velocidade, consegue metabolizar nutrientes do meio por já estarem 
adaptadas ao meio, tendo desta forma maiores chances de sobrevivência em relação a um patógeno recém 
chegado. A microbiota só é considerada não patogênica para indivíduos sadios, indivíduos com baixa imunidade 
podem adquirir uma infecção oportunista que ocorre quando o indivíduo possui alguma debilidade e aquela 
microbiota que não causava danos passa a ser patogênica. 
-Fagócitos: neutrófilos, monócito, macrófago e células dendríticas 
-Células que fazem desgranulação: eosinófilo, basófilo e mastócito. Neutrófilo também faz 
desgranulação. 
-Linfócito Natural Killer (NK): Reconhece células com MHC alterado de maneira inespecífica. 
Desgranulação: é o processo de liberação de grânulos (substâncias químicas armazenadas em vesículas 
dentro de células imunológicas, como a histamina) em reação contra um PAMP. 
Quando uma bactéria encontra um neutrófilo, o que pode acontecer: 
- Reconhecimento do PAMP; 
- Sinalização; 
- Fagocitose ou desgranulação, vai depender dos receptores que serão ativados. 
“Fagocitose consiste na internalização (endocitose) de partículas grandes ou micróbios.” (Roitt) 
Fagócitos: células derivadas das células tronco essas células são derivadas das células-tronco da medula 
óssea e sua função é ingerir partículas, incluindo agentes infecciosos, internalizando e destruindo-os. 
Essas células estão localizadas estrategicamente em locais onde encontrarão os patógenos(Roitt). São 
chamados leucócitos. Os leucócitos da linhagem fagocitária mononuclear são chamados de monócitos. Nos 
tecidos elas se desenvolvem e os tecidos, onde se desenvolvem em macrófagos teciduais. 
As células fagocitárias do sistema imunológico natural pertencem à linhagem mieloide e incluem: 
• os monócitos: células sanguíneas circulantes; 
• os macrófagos: monócitos diferenciados que residem em diversos tecidos; 
• granulócitos polimorfonucleares (neutrófilos polimorfonucleares [PMN], basófilos e eosinófilos): 
células sanguíneas circulantes. 
 
Neutrófilos polimorfonucleares (conhecidos como neutrófilos ou PMNs, núcleos de formas variadas) 
Têm vida curta, destroem os patógenos e morrem depois de alguns dias (Roitt). São quimioatraídos por 
interleucina 8 (IL-8). 
Núcleo em forma de bastonete, significa que a célula está imatura. Se o núcleo estiver segmentado, 
polimorfo, a célula está madura. O normal é que essas células saiam da medula maduras. Em infecções crônicas, 
o número de bastonetes no sangue é elevado no hemograma (desvio a esquerda), ou então pode indicar uma 
leucemia mieloide aguda. 
Têm importante papel nas fases precoces das reações inflamatórias e sensíveis a agentes quimiotáxicos 
como produtos de clivagem de frações do complemento (C3a e C5a) e substâncias liberadas por mastócitos e 
basófilos. 
São atraídos por quimiocinas, como a IL-8, e são ativados por diversos estímulos, como produtos 
bacterianos, proteínas do complemento (C5a), imunocomplexos (IC), quimiocinas e citocinas. 
Essas células também sofrem degranulação, liberando três classes de grânulos no meio extracelular: 
 1. Grânulos primários ou azurófilos, que contêm mediadores importantes como mieloperoxidase, 
defensinas, elastase neutrofílica, proteína de aumento da permeabilidade bacteriana e catepsina G. 
2. Grânulos secundários, que apresentam componentes secretados especificamente por neutrófilos, 
sendo a lactoferrina o principal exemplo. 
3. Grânulos terciários, cujas principais proteínas são as catepsinas e gelatinases. 
Estudos recentes mostram que os neutrófilos também podem gerar as chamadas “armadilhas 
extracelulares neutrofílicas” (NETs, do inglês neutrophilic extracellular traps), formadas por substâncias dos 
grânulos e componentes nucleares capazes de anular fatores de virulência e destruir bactérias extracelulares. 
As NETs estão presentes em grande quantidade em sítios inflamatórios, atuando diretamente sobre os 
microorganismos e servindo também como barreira física que impede sua disseminação. Em condições 
normais, os neutrófilos são eliminados da circulação e dos tecidos inflamados por apoptose. 
Outro mecanismo de ação de neutrófilos é oxigênio-dependente, no qual durante a fagocitose o 
neutrófilo sofre uma explosão respiratória, produzindo metabólitos tóxicos do oxigênio que provocam a lise da 
célula bacteriana. 
 
Os monócitos quando se diferenciam e migram para os tecidos são denominados macrófagos. Os 
monócitos e macrófagos são fagócitos eficientes, engolfando patógenos e debris celulares. Podem permanecer no tecido 
por meses a anos, atuando comoverdadeiras sentinelas. Além de seu papel na imunidade inata, processam e apresentam 
antígenos via moléculas de MHC, estimulando, assim, a resposta mediada por LT.4. Estes se dividem em Macrófagos 
M1 que são ativados, realizam fagocitose, liberam citocinas e fazem todo o processo da inflamação e 
macrófagos M2 que atuam após o processo inflamatório para fazer a limpeza, reparação tecidual e regulação, 
pois caso a resposta inflamatória não seja bem regulada será prejudicial ao hospedeiro. 
Másctócitos os mastócitos maduros distribuem-se estrategicamente junto a vasos sanguíneos, nervos e sob o 
epitélio da pele e mucosas, são particularmente abundantes em áreas de contato com o meio ambiente e 
desempenham papel primordial nas reações inflamatórias agudas. 
Possuem receptores ligados a moléculas de IgE, e são ativados pelo reconhecimento de antígenos multivalentes 
pelas IgEs. Envolvidos em processos inflamatórios são as reações alérgicas em que os mastócitos, juntamente 
com seu equivalente circulante, o basófilo, em contato com o alérgeno, desencadeiam reação de 
hipersensibilidade. 
Basófilos e mastócitos possuem grânulos que contêm diversos mediadores, os quais induzem a inflamação nos 
tecidos circundantes e que são liberados quando as células são estimuladas. Basófilos e mastócitos também 
podem sintetizar e secretar diversos mediadores que controlam o desenvolvimento das reações imunes. Os 
mastócitos estão próximos a vasos sanguíneos em todos os tecidos e alguns de seus mediadores atuam em 
células na parede dos vasos. Os basófilos são funcionalmente semelhantes aos mastócitos, mas são células 
móveis, circulantes. Embora não estejam normalmente presente nos tecidos, podem ser recrutados para sítios 
inflamatórios, em conjunto com eosinófilos 
Os basófilos são granulócitos sanguíneos que apresentam muitas similaridades estruturais e funcionais 
com os mastócitos. Os basófilos constituem menos de 1% dos leucócitos sanguíneos. Normalmente ausentes 
nos tecidos, mas podem ser recrutados para algum sítio. 
Os eosinófilos são células importantes no combate a infecções, sendo sua ação antiparasitária (helmintos) uma 
das mais potentes e eficazes do organismo. São também importantes nas reações alérgicas e asma. 
São granulócitos que expressam grânulos citoplasmáticos contendo enzimas nocivas às paredes celulares de 
parasitas, mas que também podem danificar os tecidos do hospedeiro. Estão envolvidos em processos alérgicos 
e parasitários. Os eosinófilos são derivados da medula óssea e circulam no sangue, de onde podem ser 
recrutados para os tecidos. Alguns eosinófilos normalmente estão presentes nos tecidos periféricos, em 
especial nos revestimentos de mucosa dos tratos respiratório, gastrintestinal e geniturinário, e seu número 
pode aumentar por meio do recrutamento a partir do sangue que ocorre no contexto da inflamação. 
Combatem infecções parasitárias por citotoxicidade mediada por células dependentes de anticorpos. Durante 
esse processo, aderem aos patógenos revestidos com anticorpos IgE (ou IgA) e liberam seu conteúdo granular 
após ligação dos receptores ao antígeno-alvo. Uma vez ativados, os eosinófilos induzem inflamação, mediante 
produção e liberação do conteúdo dos grânulos catiônicos eosinofílicos. 
Células Dendríticas: são células apresentadoras de antígeno (APC). Os linfócitos dependem de 
apresentação de antígeno para serem ativados. Ou seja, a célula dendrítica sofre diferenciação e torna 
apresentadora de antígeno e ativa a resposta imune adaptativa. Localizam-se em tecidos espalhados pelo corpo 
inteiro e nesses tecidos elas irão capturar antígenos que se tornam ativados migrando para os linfonodos 
regionais dos quais apresentam antígenos proteicos ou lipídicos aos linfócitos T. Quando estão fazendo 
fagocitose são células dendríticas imaturas, muito eficientes em capturar antígenos e quando estão em sua 
forma madura fazem apresentação de antígenos aos linfócitos T. 
Um aspecto curioso é que as DCs são as primeiras células a chegar a um sítio infeccioso, precedendo 
até mesmo os neutrófilos. Após o contato com o antígeno, as DCs se tornam ativadas e migram pelos vasos 
linfáticos até os órgãos linfoides secundários. Podem receber sinais de maturação a partir de células NK, NK/T 
e LT, de moléculas proinflamatórias, como citocinas, prostaglandinas e interferons e dos PAMPs. 
As pDCs têm receptores citoplasmáticos capazes de responder a RNA (TLRs 7 e 8) e DNA (TLR9), 
enquanto as mDCs expressam preferencialmente receptores de superfície para PAMPs, como peptidoglicanos 
(TLR2) e lipopolissacarídeos (TLR4). 
O linfócito T, não tem a capacidade de reconhecer determinados antígenos se não forem apresentados 
a partir do momento que ocorre o fenômeno imunológico que é a apresentação do antígeno e a partir desse 
fenômeno ele adquire a capacidade de reconhecer o antígeno, ele passou por um processo de sensibilização. 
Em outras palavras, eu tenho um linfócito e vou injetar um medicamento no corpo do paciente para que ele 
passe a reconhecer aquele antígeno eu estarei fazendo a sensibilização do paciente para que ele possa montar 
uma resposta imune para reconhecer aquele determinado antígeno. Este é o mecanismo de ativação da 
resposta imune adaptativa. Os macrófagos e os linfócitos B também têm a capacidade de apresentar antígenos, 
porém os macrófagos e linfócitos B não migram para os linfonodos para fazer a apresentação de antígenos, eles 
só fazem apresentação nos locais periféricos, nos sítios inflamatórios. O nível de resposta que as células 
dendríditas desencadeiam como APC é muito superior. 
Se eu disser: a célula dendrítica é a única apresentadora de antígeno. (falso) 
Se eu disser: a célula dendrítica é a principal ou mais importante célula apresentadora de antígeno. 
(verdadeiro). 
Células ou Linfócitos Natural Killer (NK): São uma importante linha de defesa inespecífica, reconhecendo e 
lisando células infectadas por vírus, bactérias e protozoários, bem como células tumorais. Reconhecem MHC 
Classe I próprios. Por isso estão envolvidas na defesa contra micro-organismos intracelulares, sendo 
responsáveis pela destruição de células infectadas por vírus, pois estes alteram a estrutura do MHC. Dessa 
forma as células NK atacam essas células infectadas. Produz INF alfa e beta envolvidos no processo de inibição 
da replicação viral e Interferon Gama que servirá em um processo de exacerbação da própria ativação da NK. 
(Via autócrina) 
São capazes de destruir células tumorais. Elas células NK verificam se as células do organismo estão 
carreando seu cartão de identidade (MHC classe I), ela destrói qualquer célula própria que tenha alguma 
alteração no MHC. 
O MHC é um conjunto de genes chamado Complexo Principal de Histocompatibilidade (Major 
Histocompatibility Complex - MHC) ele é comum aos vertebrados e determinam a identidade biológica de cada 
um. 
NKs são estimuladas pela IL-15, produzida por macrófagos, e pela IL-12. Uma vez ativadas, as NKs 
lisam células infectadas e tumorais e secretam citocinas pro-inflamatórias (IL-1, IL-2 e principalmente IFN-γ). A 
citólise mediada pelas NKs ocorre pela ação das enzimas perforinas, que criam poros na membrana das células-
alvo, e granzimas, que penetram nas células, desencadeando morte celular por apoptose. Outra ação efetora 
das NKs é a destruição de células revestidas por anticorpos IgG, via receptores Fc (FcγRIII ou CD16), pelo 
mecanismo de citotoxicidade celular dependente de anticorpos 
A NK libera componentes citoplasmáticos presentes em grânulos que ativam a apoptose, via do 
receptor da morte (FAS e FAS-ligante). A outra maneira que é a via grânulo-dependente libera grânulos que vão 
ativar a apoptose, perforina e granzina. 
NK não tem capacidade de reconhecer patógenos, pois esses micro-organimos não possuem MHC. 
 
RECEPTORES 
 
A imunidade inata apresenta receptores de reconhecimento padrão (PRR), apresentam características 
inespecíficas, presentes em granulócitos e fagócitos). Reconhecemo mesmo padrão de moléculas que diversos 
micro-organismos vão ter em comum. 
 
Algumas moléculas proteicas, o sistema complemento, também apresentam esse grupo de receptores 
PRR. 
PAMP (Padrões Moleculares Associados a patógenos) que são algumas partículas que compõem os 
microrganismos. 
Ex: pepitídeosglicanos da parede celular das bactérias. LPS (lipopolissacarídeos), flagelina, pili, fímbria, 
lipopeptídeos, manose, glucana. 
 
Pode haver o reconhecimento através dos fagócitos inespecíficos ou PRRs solúveis pelas proteínas 
presentes no plasma. 
 
DAMP (Padrões moleculares associados a perigo): são proteínas citoplasmáticas de células próprias 
liberados na necrose ou lise. 
Ex: ATP, RNA, DNA, ROS. Ácido úrico, HMGB1, Heparana Sulfato. 
 Podem resultar de processos patológicos, ser reconhecidos por fagócitos e PRRs solúveis, ser 
fagocitados pelos fagócitos, liberar citocinas e desencadear uma resposta imune. 
 Podem resultar de um processo fisiológico como apoptose, permanecendo desta forma ocultos, serem 
reconhecidos e fagocitados, apresentando tolerância. Ou seja, não desencadearão uma resposta imune. 
A inflamação acontece quando ocorre lesão tecidual, não necessariamente está associada a micro-
organismos, por exemplo, uma queimadura, um corte. 
Citocinas são um grupo de substâncias sinalizadoras do sistema imunológico. Um exemplo são as 
interleucinas (IL). Num processo inflamatório temos IL-1, IL-6, IL-8, fator de necrose tumoral (TNF). 
As células imunes possuem receptores específicos para determinas citocinas, por exemplo, IL-8 atraem 
neutrófilos, pois estes têm receptores específicos para ela. Existem alguns medicamentos que contém 
interleucinas específicas que quando administrados podem ativar ou desativar o sistema imune. 
Quimicionas: é um sinalizador químico que regulam as células do sistema imune. Exemplo: IL-8. Ela 
provoca quimiotaxia. 
Quimiotaxia: é a migração de células por meio de uma substância química. No caso do sistema 
imunológico, a atração de mais células do sistema imunológico para o local da infecção ou lesão tecidual. 
 
 
Toll-like (TLR): estão presentes na membrana plasmática e também nos endossomos. Os que estão na 
membrana irão reconhecer LPS, peptideoglicano, flagelina, etc. Já os TLR que estão no endossomo irão 
reconhecer principalmente os materiais genéticos. Os vírus produzem infecções intracelulares, ou seja, são 
reconhecidos pelos receptores presentes no endossomo. Estão envolvidos principalmente na montagem de 
respostas contra bactérias e vírus. 
Estão presentes nas células fagocíticas, nas células dendríticas, nos mastócitos e nas células B. Atuam 
como sensores de PAMP que promovem a ativação da célula imune. 
Receptores de Lectina tipo C (CTLR) – Receptores de manose: reconhece a manose presente nas bactérias 
e glucano presente nos fungos. Localizam-se apenas na membrana plasmática dos fagócitos. 
Receptores NOD-like (NLR): são proteínas solúveis encontradas no citoplasma. Reconhecem 
peptídeoglicanos presentes nas bactérias. Reconhecem patógenos intracitoplasmáticos. Ex de infecção 
intracelular es bactyerianas: tuberculose causada pelo mycobacterium tuberculosis. Presentes no citoplasma 
dos fagócitos, células endoteliais, entre outros. 
Receptor de helicase RIG-like (RLR): receptores solubilizados no citoplasma das células, atuam como 
sensores intracelulares capazes de reconhecer produtos derivados dos vírus, RNA. Resposta contra vírus. 
Presentes no citoplasma dos fagócitos e outras células. 
Receptores intracelulares: NOD-like, receptor de helicase (RIG-like) 
Receptores extracelulares: Toll-like e receptores de lectina tipo C 
Receptores nos endossomos (vacúolos fagocíticos): Toll-like 
 
 
 
Sistema Complemento: 
 
É formado por 16 proteínas plasmáticas que, juntas, representam quase 10% do total de proteínas do 
soro, formando um dos principais sistemas de defesa imune do organismo. 
 
Funções do sistema complemento: 
• desencadeamento e aumento das reações inflamatórias; 
• migração de células fagocitárias através da quimiotaxia; 
• eliminação de imunocomplexos e células apoptóticas; 
• ativação celular para a destruição de patógenos; 
• destruição direta de patógenos 
• um papel importante no desenvolvimento das respostas de anticorpos. 
 
A via alternativa e a via da lectina, que fazem parte da imunidade inata, compreendem uma cascata 
proteolítica na qual complexos de proteínas do complemento criam enzimas que clivam outras proteínas do 
complemento, de uma maneira ordenada, para gerar novas enzimas, amplificando e perpetuando a cascata de 
ativação. Assim, um pequeno estímulo inicial pode gerar um grande efeito. Todas as vias de ativação convergem 
para uma via terminal comum – um sistema não enzimático que leva à ruptura da membrana e à morte dos 
patógenos (complexo de ataque à membrana- MAC). 
Via alternativa: é ativada quando a proteína C3 reconhece um PAMP. C3 é clivada em C3a e C3b pela c3 
convertase. C3b se liga à superfície do patógeno fazendo a sua opsonização, ou seja, ela favorece o 
reconhecimento dos patógenos pelos fagócitos facilitando a fagocitose. Na superfície dos fagócitos há o 
receptor de c3b que ativa os fagócitos de forma imediata. C3a: é liberada no plasma e vai atuar como fator 
quimiotáxico para eosinófilos e vai ativar a desgranulação dos mastócitos e aumentando diretamente a 
permeabilidade vascular, de modo a permitir o extravasamento de proteínas e fluido plasmáticos para os sítios 
de infecção. 
Proteína B ou Fator B é clivada em Bb se liga à C3b na superfície do patógeno e a outra molécula de c3a, 
formando o complexo C5 convertase no qual a permite a ligação da proteína C5. 
- Em seguida a proteína C5 é clivada em C5a e 
C5b. C5a: é liberada e atua na quimiotaxia de 
neutrófilos e na desgranulação de mastócitos; 
C5b: permanece ligado à superfície do 
patógeno vai permitir a ligação de outras 
proteínas para formar um complexo de 
ativação da Via Comum, que é como termina o 
Sistema Complemento pela formação do 
Complexo de ataque a Membrana (MAC). 
C5b inicia a formação de um complexo com as 
proteínas C6, C7, C8 e C9 do complemento, as quais 
são montadas em um poro de membrana 
denominado complexo de ataque à membrana 
(MAC, do inglês, membrane atack complex). O MAC 
causa lise das células em que o complemento é 
ativado. (Abbas) 
O sistema complemento é um componente 
essencial da imunidade inata e pacientes com 
deficiências em C3 são altamente suscetíveis a 
infecções bacterianas recorrentes, frequentemente 
letais. Deficiências genéticas na formação do MAC 
(o produto terminal da via clássica) aumentam a 
suscetibilidade a apenas um número limitado de 
microrganismos, notavelmente as bactérias do 
gênero Neisseria, cujas paredes celulares delgadas 
as tornam especialmente suscetíveis à ação lítica do 
MAC. (Abbas). 
 
 
 
Funções das proteínas: 
 
-C3a: liberada no plasma, promove quimiotaxia de eosinófilos e ativa a desgranulação de mastócitos. 
-C3b: opsonização e fagocitose. Ela liga-se a superfície do patógeno facilitando a opsonização e ativa 
imediatamente os fagócitos. 
- C5a: vai ser liberada no plasma e causar inflamação. Atua na quimiotaxia dos neutrófilos e na 
desgranulação dos mastócitos. 
- C5b: vai permitir a ligação de outras proteínas para ativar a via comum. Permite a ativação da via 
comum. 
 
Via da Lectina 
 
A ativação do complemento pela via das lectinas é desencadeada pela ligação de polissacarídeos 
microbianos a lectinas circulantes, como a lectina ligante de manose (ou manana) plasmática (MBL, do inglês, 
mannose-binding lectin) ou a ficolinas.(Abbas) 
As lectinas de ligação de manose, presentes 
no plasma, reconhecem e se ligam à manose na 
superfície da bactéria. Em seguida ela reage com a 
C4 e com a C2, clivando essas proteínas. 
C4b: se liga a superfície da bactéria. 
C4a: liberada no plasma. 
C2a: permanece ligada à C4b na superfície 
da bactéria. 
C2b: será liberada no plasma. 
O complexo C4bC2aformam a C3 
convertase que cliva a C3 em C3a e C3b. 
A C3b se liga ao complexo C4bC2a e 
permanecem aderidos à superfície do patógeno. 
C4bC2aC3b formam a C5 convertase. A C5 
se liga é clivada em C5a e C5b. A C5b fica aderida a 
superfície do patógeno e ativa a via comum. 
 
 
Qual é a proteína que é a via comum para todas as vias? 
C5b 
 
No processo de diapedese, mediante estímulo através das citocinas e interleucinas, os leucócitos que 
estão circulando passam a se aderir à parede do endotélio para iniciar a migração. O aumento da 
permeabilidade vascular culminará no extravasamento destas células e fluído plasmático para o sítio 
inflamatório. 
 
Citocinas 
 
Essas citocinas têm meia vida curta, por isso não há tempo para se espalhar pelo corpo inteiro. Por isso 
a inflamação não é sistêmica. 
Histamina: vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular 
Interleucina -1, 6 : ativação da inflamação 
Essas citocinas também estimulam a maturação das células dendríticas, que deixam de atuar como 
fagócito e passa a ser APC. 
Interleucina 8: atua como quimiocina de neutrófilos. 
Interferon alpha e Beta: presentes principalmente em infecções virais, bloqueio o mecanismo de 
replicação do vírus. Gama é produzido na própria NK, que tem efeito autocrino nas próprias células NK. 
Fator de necrose tumoral (TNF): inflamação, ativação de neutrófilos. 
Fator formador de colônia (CSF-M ou CSF-G – a letra faz referência a qual tipo de célula ele estimula): 
atuam nas células imaturas hematopoéticas, essa citocina dá o comando para a célula tronco se diferenciar 
(diferenciação) e posterior (maturação). 
 
Todas as células de defesa do nosso corpo têm origem das células tronco que estão na medula óssea. 
Ela recebe o estímulo, qual o grupo de citocinas que vai estar estimulando as células tronco a formar novas 
células de defesa? Os fatores formadores de colônia. São muitos estímulos diferentes, tem citocina que estimula 
a formação de uma célula pluripotente, outra que vai estimular a partir desta a formação de uma célula 
progenitora da linhagem mielóide, outra vai estimular a formação de uma célula da linhagem linfóide. A partir 
das mielóides tem os granulócitos, os monócitos, os eritrócitos, os leucócitos, o megacarioblasto que dá origem 
a plaquetas. Da linhagem linfoide eu vou ter uma célula o linfócito, e quando for estimulada vai virar um linfócito 
T, B ou NK. Um enorme grupo de citocinas estimula a formação das células de defesa e depois as quimiocinas 
direcionam através de estímulos o local em que as células recém-formadas irão se localizar. 
Então as células dendríticas imaturas fazem fagocitose, saem da medula óssea e chegam em tecido 
periférico ou em órgãos, dependendo se é no fígado ou em outra parte do corpo recebem o nome de células 
de langerhans. Elas ficam fazendo fagocitose. Após contato com os antígenos elas serão ativadas, através da 
inflamação e elas migram para os linfonodos para fazer a apresentação para os linfócitos T e isso vai estar 
fazendo a sensibilização da resposta imune adaptativa. 
Quantidade de leucócitos circulantes: (Não li meu hemograma bem) 
Netrófilos (maior quantidade + de 90%) 
Linfócitos ( menos de 1%) 
Monócitos 3 a 8% 
Eosinófilos (2 a 5%) 
Basófilos (menor quantidade rara pode estar até ausentes em condições mesmo normais) 
 
 
 
 
 
QUESTÕES 
1- Em uma infecção bacteriana explique as principais características e diferenças existentes entre 
reconhecimento e ativação da imunidade adaptativa e inata contra bactérias: 
A imunidade inata está presente desde o nascimento, não precisa de um contato prévio com o patógeno para 
ser ativada, reconhece microorganismos de forma inespecífica e não possui memória imune. A imunidade 
adaptativa necessita de um contato prévio com o patógeno para ser ativada, reconhece patógenos de forma 
específica e possui memória imune. 
 
2- Explique como os macrófagos conseguem reconhecer fungos patogênicos presentes no corpo: 
Realiza reconhecimento de PAMP através do Toll-Like e quando ele está ativado ele vai fazer fagocitose e 
liberação de citocinas. 
 
3- Explique os diferentes mecanismos pelos quais os mastócitos podem ser ativados: 
Através do reconhecimento de PAMP e DAMP. Ou por quimiotaxia pela C3a e C5a. 
 
4- Explique como o linfócito NK reconhece e elimina o seu alvo: 
Através dos receptores TCR que reconhecem MHC alterado, o que pode ocorrer em infecções intracelulares 
virais e células cancerígenas. Ele elimina as células com MHC alterado. Promove a liberação de componentes 
citoplasmáticos presentes em grânulos que ativam a apoptose, via do receptor da morte (FAS-ligante). A 
outra maneira que é a via grânulo-dependente libera grânulos que vão ativar a apoptose, perforina e 
gransina. 
 
5- Explique a ativação do sistema complemento pela via alternativa contra fungos: 
Através do reconhecimento de PAMP pela proteína c3 presente no plasma, que extravasa para o tecido 
inflamado. A clivagem da c3 no plasma em um processo inflamatório é espontânea, após sofrer clivagem 
em c3a e c3b, a c3a retorna para o plasma fazendo a quimiotaxia de eosinófilos e ativa a desgranulação de 
mastócitos. A c3b se liga à superfície do fungo. O fator B se liga formando c3Bb= c3 convertase. Que irá 
clivar a uma outra proteína e no final, a c5a irá fazer quimiotaxia dos neutrófilos e ativação de mastócitos 
e a c5b irá permitir a ligação de outras proteínas e formar o MAC. (Ativação da via comum). 
 
6- No caso de uma bacteremia, quais os fagócitos que poderão atuar no combate a essa infecção? 
Explique o mecanismo de fagocitose feito por essas células: Monócito e neutrófilo. Mecanismo: 
reconhecimento, formação de fagossomo, fagolisossomo e degradação. 
 
7- Explique a importância da inflamação no combate a infecção bacteriana e como ela pode ajudar na 
eliminação destes microorganismos: 
Aumenta a quantidade de fluxo sanguíneo que favorece a migração de células de defesa, proteínas do 
sistema complemento, para que haja a eliminação dos microorganismos. Citocinas pirogênicas endógenas 
atuam aumentando a temperatura do local inflamado, no ponto de vista de defesa, o aumento da temperatura 
dificulta o crescimento de bactérias não resistentes à temperatura. Além disso, a temperatura corporal mais 
elevada favorece a ação de algumas células de defesas denominadas “anticorpos quentes” (igM) que atuam de 
forma mais rápida nestas condições. 
 
8- Explique as principais características das células dendríticas maduras e imaturas. E qual a importância 
destas células para a ativação de uma resposta imune? 
As células dendríticas imaturas localizam-se nos tecidos e atuam como células fagocíticas. Quando são 
ativadas pela IL1, sofrem diferenciação e tornam-se células maduras apresentadoras de antígenos, migrando 
para os linfonodos para ativar os linfócitos Th e, consequentemente ativar a resposta imune adaptativa. 
 
9- Quais são os receptores PRR presentes no citoplasma? O que eles reconhecem? 
Nod-like – reconhece PAMP em infecções intracelulares, reconhecem quando o microorganismo atravessa 
a membrana da célula e começa a se multiplicar no citoplasma dessa célula, ativando esta célula. Rig Like – 
reconhecem vírus quando o vírus sofre descolamento e libera o seu material genético, neste contexto, 
estimulará esta célula a combater este microorganismo intracelular. No caso de vírus vai ser o 
interferon. 
 
10- Explique os diferentes mecanismos pelos quais os neutrófilos podem atacar bactérias: 
Fagocitose, desgranulação pela liberação enzimas proteolíticas que são bactericidas e fungicidas. Os grânulos 
dos neutrófilos contém lactoferrina e lisozima, a lisozima altera o revestimento externo bacteriano e a 
lactoferrina impede a absorção de ferro pela bactéria, interferindo no seu metabolismo. Quando os neutrófilos 
migram do sangue para os tecidos, eles não retornam e morrem alguns dias depois, quando ocorre a migração, 
os neutrófilos liberam os Nets, que são armadilhas nucleares que consistemem fibras liberadas a partir de seu 
núcleo que mantém as bactérias presas mesmo após a sua morte, havendo posterior fagocitose. Além disso, os 
neutrófilos podem eliminar algumas espécies de bactérias através da explosão respiratória onde receptores 
interagem quimicamente aumentando a concentração de oxigênio dentro do vacúolo, este O2 é convertido em 
superóxido, peroxido de hidrogênio e ácido hipocloroso. O ácido hipocloroso altera a permeabilidade da parede 
celular e da membrana promovendo uma lise respiratória. 
 
11- Explique o que são citocinas e quais são as principais citocinas envolvidas na inflamação: 
São mediadores e reguladores químicos inflamatórios. As principais citocinas envolvidas no processo 
inflamatório são: Histamina que promove o aumento da permeabilidade vascular, IL1, IL6, IL8 (quimiocina), TNF. 
 
12- Explique as principais características dos eosinófilos, como eles podem ser ativados e de que maneira 
atacam helmintos. 
Eosinófilos atuam principalmente em infecções parasitárias, principalmente por helmintos, além de estarem 
envolvidos em processos alérgicos. Podem ser ativados pela C3a e pelo IgE (que é liberado mediante infecções 
parasitárias). Atacam parasitas através da liberação de grânulos que contém enzimas que são nocivas às 
paredes celulares de parasitas.

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