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livro exames constratados e radiologia intervencionista

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Prévia do material em texto

Indaial – 2020
ExamEs Contrastados 
E radiologia 
intErvEnCionista
Prof.ª Stéfany Londero
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2020
Elaboração:
Prof.ª Stéfany Londero
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
L847e
Londero, Stéfany
 
 Exames contrastados e radiologia intervencionista. / 
Stéfany Londero. – Indaial: UNIASSELVI, 2020.
 
 193 p.; il.
 ISBN 978-65-5663-207-0
 ISBN Digital 978-65-5663-208-7
 1. Radiologia. - Brasil. Centro Universitário Leonardo Da Vinci.
 CDD 616.0757
aprEsEntação
Olá, acadêmico! Seja bem-vindo ao estudo dos exames contrastados 
e suas peculiaridades, bem como aos estudos da radiologia intervencionista.
Nesta primeira unidade de estudos, você terá o histórico do surgimento 
desse segmento da radiologia e seus precursores. Estudará também os tipos e 
meios de contraste e as possíveis reações que eles podem causar.
Na Unidade 2, você terá a apresentação de como acontecem esses 
exames e de que forma eles serão executados. 
Já na Unidade 3, você terá a abordagem da radiologia intervencionista, 
incluindo uma revisão da anatomia cardíaca e sua aplicabilidade nos exames 
em questão.
Com isso, convido você a conhecer este mundo de contrastes, 
intervenções e diferentes formas de diagnóstico.
Boa leitura e bons estudos!
Prof.ª Stéfany Londero
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novi-
dades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagra-
mação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui 
para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilida-
de de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assun-
to em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
Olá acadêmico! Para melhorar a qualidade dos 
materiais ofertados a você e dinamizar ainda mais 
os seus estudos, a Uniasselvi disponibiliza materiais 
que possuem o código QR Code, que é um código 
que permite que você acesse um conteúdo interativo 
relacionado ao tema que você está estudando. Para 
utilizar essa ferramenta, acesse as lojas de aplicativos 
e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só aproveitar 
mais essa facilidade para aprimorar seus estudos!
UNI
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma disciplina e com ela 
um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conhecimento, construímos, além do livro 
que está em suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, por meio dela você 
terá contato com o vídeo da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complemen-
tares, entre outros, todos pensados e construídos na intenção de auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
LEMBRETE
sumário
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS CONTRASTADOS E RADIOLOGIA 
 INTERVENCIONISTA ............................................................................................. 1
TÓPICO 1 — DESVENDANDO A RADIOLOGIA INTERVENCIONISTA .............................. 3
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 3
2 RADIOLOGIA INTERVENCIONISTA ......................................................................................... 3
RESUMO DO TÓPICO 1....................................................................................................................... 5
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 6
TÓPICO 2 — O QUE SÃO EXAMES CONTRASTADOS .............................................................. 7
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 7
2 DESVENDANDO OS EXAMES CONSTRATADOS....................................................................7
RESUMO DO TÓPICO 2..................................................................................................................... 11
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 12
TÓPICO 3 — MEIOS DE CONTRASTE: TIPOS E MEIOS DE CONTRASTE ........................ 13
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 13
2 TIPOS E MEIOS DE CONTRASTE ............................................................................................... 13
2.1 CONTRASTE BARITADO ........................................................................................................... 15
2.2 CUIDADOS COM O CONTRASTE BARITADO ..................................................................... 16
2.3 CONTRASTES IODADOS ........................................................................................................... 16
3 OUTROS MEIOS DE CONTRASTE .............................................................................................. 21
RESUMO DO TÓPICO 3..................................................................................................................... 22
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 23
TÓPICO 4 — MEIOS DE CONTRASTE: REAÇÕES ALÉRGICAS E ADVERSAS................. 25
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 25
2 REAÇÕES ADVERSAS À ADMINISTRAÇÃO DE MEIOS DE CONTRASTE .................. 25
2.1 REAÇÕES ADVERSAS ................................................................................................................ 27
2.2 REAÇÕES ALÉRGICAS AOS CONTRASTES IODADOS ...................................................... 28
2.3 PREVENÇÃO A REAÇÕES ALÉRGICAS ................................................................................ 28
RESUMO DO TÓPICO 4..................................................................................................................... 31
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 32
TÓPICO 5 — EQUIPAMENTOS RADIOLÓGICOS ..................................................................... 35
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................35
2 EQUIPAMENTOS RADIOLÓGICOS E EXAMES CONTRASTADOS ................................ 35
RESUMO DO TÓPICO 5..................................................................................................................... 38
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 39
TÓPICO 6 — RADIOPROTEÇÃO .................................................................................................... 41
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 41
2 EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL E DO PACIENTE EM EXAMES CONTRASTADOS ......... 41
RESUMO DO TÓPICO 6..................................................................................................................... 45
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 46
TÓPICO 7 — REVISÃO DE ANATOMIA: SISTEMA DIGESTÓRIO E
 SISTEMA URINÁRIO ................................................................................................ 47
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 47
2 SISTEMA DIGESTÓRIO ................................................................................................................. 47
3 SISTEMA URINÁRIO ...................................................................................................................... 56
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................ 63
RESUMO DO TÓPICO 7..................................................................................................................... 64
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 65
UNIDADE 2 — EXAMES CONTRASTADOS ................................................................................ 67
TÓPICO 1 — ESTUDOS RADIOLÓGICOS DO SISTEMA DIGESTÓRIO ........................... 69
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 69
2 BASE RADIOLÓGICA DO SISTEMA DIGESTÓRIO .............................................................. 69
2.1 ESOFAGOGRAMA / ESOFAGOGRAFIA ................................................................................. 70
2.2 SERIOGRAFIA ESÔFAGO – ESTÔMAGO E DUODENO ..................................................... 71
2.3 TRÂNSITO INTESTINAL ........................................................................................................... 73
2.4 ENEMA OPACO ........................................................................................................................... 75
2.5 DEFECOGRAMA.......................................................................................................................... 79
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 82
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 83
TÓPICO 2 —ESTUDO RADIOLÓGICO DO TRATO BILIAR ................................................... 85
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 85
2 ESTUDO RADIOLÓGICO DO TRATO BILIAR E DUCTOS ASSOCIADOS ..................... 85
RESUMO DO TÓPICO 2..................................................................................................................... 87
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 88
TÓPICO 3 —ESTUDOS RADIOLÓGICOS DO SISTEMA URINÁRIO .................................. 89
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 89
2 ESTUDO RADIOLÓGICO DO SISTEMA URINÁRIO ............................................................ 89
2.1 UROGRAFIA EXCRETORA ........................................................................................................ 90
2.2 URETROCISTOGRAFIA MICCIONAL E RETRÓGRADA ................................................... 92
RESUMO DO TÓPICO 3..................................................................................................................... 97
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 98
TÓPICO 4 —ESTUDO RADIOLÓGICO DO ÚTERO E TUBAS UTERINAS ......................... 99
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 99
2 HISTEROSSALPINGOGRAFIA .................................................................................................... 99
RESUMO DO TÓPICO 4................................................................................................................... 106
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 107
TÓPICO 5 —ESTUDO RADIOLÓGICO DAS GLÂNDULAS SALIVARES
 E SEUS DUCTOS ........................................................................................................ 109
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 109
2 SIALOGRAFIA ................................................................................................................................ 109
RESUMO DO TÓPICO 5................................................................................................................... 114
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 115
TÓPICO 6 —ESTUDO RADIOLÓGICO DO CANAL LACRIMAL ........................................ 117
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 117
2 DACRIOCISTOGRAFIA ............................................................................................................... 117
LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................................................................... 122
RESUMO DO TÓPICO 6................................................................................................................... 123
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 124
UNIDADE 3 — RADIOLOGIA INTERVENCIONISTA ............................................................ 125
TÓPICO 1 — ANATOMIA CARDÍACA ........................................................................................ 127
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 127
2 CONHECENDO A ANATOMIA CARDÍACA .......................................................................... 127
2.1 ASPECTOS GERAIS DO CORAÇÃO ...................................................................................... 128
2.2 LIMITES DO CORAÇÃO .......................................................................................................... 128
3 ANATOMIA EXTERNA DO CORAÇÃO ................................................................................... 131
4 CAMADAS DO CORAÇÃO .........................................................................................................132
4.1 ENDOCÁRDIO ........................................................................................................................... 133
4.1.1 Camada Subendocárdica .................................................................................................. 133
4.2 MIOCÁRDIO ............................................................................................................................... 134
4.2.1 Camada Subepicárdica ..................................................................................................... 134
4.3 PERICÁRDIO .............................................................................................................................. 134
5 FACES E MARGENS ....................................................................................................................... 135
6 CAVIDADES DO CORAÇÃO ...................................................................................................... 138
7 VÁLVULAS DO CORAÇÃO ......................................................................................................... 140
7.1 VÁLVULA TRICÚSPIDE ........................................................................................................... 141
7.2 VALVA MITRAL ......................................................................................................................... 142
7.3 VALVA PULMONAR ................................................................................................................. 142
7.4 VALVA AÓRTICA ....................................................................................................................... 142
8 VASOS SANGUÍNEOS .................................................................................................................. 144
8.1 SISTEMA CIRCULATÓRIO OU CARDIOVASCULAR ........................................................ 144
RESUMO DO TÓPICO 1................................................................................................................... 149
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 150
TÓPICO 2 —PROCEDIMENTOS ANGIOGRÁFICOS .............................................................. 159
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 159
2 CONHECENDO OS PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS..................................... 159
RESUMO DO TÓPICO 2................................................................................................................... 163
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 164
TÓPICO 3 —ARCO EM C ................................................................................................................. 165
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 165
2 PROCEDIMENTOS EM ARCO EM C ......................................................................................... 165
RESUMO DO TÓPICO 3................................................................................................................... 168
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 169
TÓPICO 4 —CENTRO CIRÚRGICO ............................................................................................. 171
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 171
2 RECONHECENDO O CENTRO CIRÚRGICO ........................................................................ 171
RESUMO DO TÓPICO 4................................................................................................................... 174
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 175
TÓPICO 5 —HEMODINÂMICA .................................................................................................... 177
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 177
2 RECONHECENDO O AMBIENTE DA HEMODINÂMICA .................................................. 177
RESUMO DO TÓPICO 5................................................................................................................... 179
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 180
TÓPICO 6 — INDICAÇÕES E PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS ..................... 181
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 181
2 ANGIOGRAFIA CEREBRAL ........................................................................................................ 181
3 ANGIOGRAFIA TORÁCICA ...................................................................................................... 182
4 ANGIOCARDOGRAFIA ............................................................................................................... 182
5 ANGIOGRAFIA ABDOMINAL ................................................................................................... 182
6 LINFOGRAFIAS ............................................................................................................................. 182
LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................................................................... 184
RESUMO DO TÓPICO 6................................................................................................................... 185
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 186
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 187
1
UNIDADE 1 — 
INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS 
CONTRASTADOS E RADIOLOGIA 
INTERVENCIONISTA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• descrever os procedimentos que fazem parte
 da radiologia intervencionista; 
• aprender sobre a aplicação dos exames intervencionistas; 
• conhecer a anatomia que será estudada nos 
 diversos exames intervencionistas;
• aprender a realizar os exames intervencionistas;
• entender a história dessa modalidade da radiologia;
• expor fatores de biossegurança em radiologia intervencionista.
Esta unidade está dividida em sete tópicos. No decorrer da unidade 
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo 
apresentado.
TÓPICO 1 – DESVENDANDO A RADIOLOGIA INTERVENCIONISTA 
TÓPICO 2 – O QUE SÃO EXAMES CONTRASTADOS
TÓPICO 3 – MEIOS DE CONTRASTE: TIPOS E MEIOS DE CONTRASTE 
TÓPICO 4 – MEIOS DE CONTRASTE: REAÇÕES ALÉRGICA
 E ADVERSAS
TÓPICO 5 – EQUIPAMENTOS RADIOLÓGICOS
TÓPICO 6 – RADIOPROTEÇÃO
TÓPICO 7 – REVISÃO DE ANATOMIA: SISTEMA DIGESTÓRIO
 E SISTEMA URINÁRIO
2
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! 
Procure um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as 
informações.
CHAMADA
3
TÓPICO 1 — 
UNIDADE 1
DESVENDANDO A RADIOLOGIA 
INTERVENCIONISTA
1 INTRODUÇÃO
Define-se Radiologia Intervencionista (RI) como os procedimentos que 
compreendem intervenções diagnósticas e terapêuticas guiadas por acesso 
percutâneo ou outros, normalmente realizados com anestesia local e/ou sedação, 
usando a imagem fluoroscópica para localizar a lesão ou local de tratamento, 
monitorar o procedimento, e controlar e documentar a terapia.
 
 Meios de contraste são utilizadospara a visualização de órgãos ou tecidos 
radiotransparentes na tela de um monitor, indispensáveis à realização dos exames 
das mais diversas naturezas.
 
Algumas das vantagens da RI são a possibilidade de realização de 
procedimentos complexos com cortes cirúrgicos de pequena extensão, a 
diminuição da probabilidade de infecções, o rápido restabelecimento do paciente, 
a redução do tempo de internação e a diminuição dos custos hospitalares, 
tratando-se de uma técnica minimamente invasiva, segura e altamente eficaz.
2 RADIOLOGIA INTERVENCIONISTA
Prezado acadêmico, vamos conhecer um pouco dessa área da Radiologia! A 
radiologia intervencionista engloba, desde os exames mais simples contrastados, 
como as seriografias e urografias, até os mais complexos exames e procedimentos 
de cateterismo. Os equipamentos, que são utilizados de forma dinâmica, auxiliam 
nas aquisições de imagens em movimento, destoando das imagens estáticas 
adquiridas nas radiografias simples.
Nesta disciplina, não nos aprofundaremos nos exames de imagem dos 
tomógrafos e ressonadores. A tomografia computadorizada, que também pode 
adquirir imagens com o auxílio da utilização de contraste a base de iodo, e a 
ressonância magnética, que utiliza contraste à base de gadolínio na sua execução, 
serão matéria para outros livros.
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS CONTRASTADOS E RADIOLOGIA INTERVENCIONISTA
4
O marco reconhecido pelo IRD (Instituto de Radioproteção e Dosimetria), 
1960, marca o início dos estudos da radiologia intervencionista, quando Charles 
Dotter fez a primeira cirurgia angiológica na artéria femoral de um idoso de 82 anos.
A utilização de meios de contraste para diferenciação tecidual foi iniciada 
bem antes, um ano após a descoberta dos raios X por Wilhelm Roentgen, em 1895, 
quando o físico alemão expôs a mão esquerda de sua esposa por 15 minutos para 
a obtenção da primeira radiografia da história.
Por definição da Comissão Internacional de Radioproteção (ICRP, 2000), 
os procedimentos da radiologia intervencionista são:
Procedimentos que compreendem intervenções diagnósticas e 
terapêuticas guiadas por acesso percutâneo ou outros, normalmente 
realizadas sob anestesia local e/ou sedação, usando a imagem 
fluoroscópica para localizar a lesão ou local de tratamento, monitorar 
o procedimento e controlar e documentar a terapia (ICRP, 2000, p. 78).
A Radiologia Intervencionista (RI) vale-se da utilização de um meio de 
contraste, introduzido no organismo de forma minimamente invasiva ou menos 
invasiva que um procedimento cirúrgico. Essa capacidade reduz: os riscos de 
infecções, o tempo de recuperação de pacientes, o período de internação de 
paciente e os custos hospitalares.
Sendo assim, é um método altamente eficaz, seguro e pouco invasivo. 
Em contrapartida a esses benefícios, é uma das especialidades que mais oferece 
altas doses de radiação aos profissionais e pacientes (DA SILVA, 2004). Em alguns 
casos, o tempo de exposição à radiação ionizante pode ser longo e causar algumas 
complicações, como lesões radio-induzidas severas.
Nesses procedimentos, nem sempre há possibilidade de utilização de 
colimadores ou filtros para barrar a radiação secundária. Portanto, a preocupação 
com a utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) é de fundamental 
importância. 
Exames inseridos na Radiologia Intervencionista são considerados 
procedimentos invasivos e, muitas vezes, exigem saberes práticos referentes às 
diferentes vias de administração de um meio de contraste, assim como o conhecimento 
de suas reações adversas.
IMPORTANT
E
5
Neste tópico, você aprendeu que:
RESUMO DO TÓPICO 1
• A realização de exames contrastados ainda desperta muitas dúvidas – e 
não apenas entre os pacientes, mas também nos profissionais de saúde. Isso 
acontece em razão da existência de vários meios de contraste, cada um com 
suas indicações e riscos. 
• É inegável a importância dos exames contrastados para um diagnóstico de 
qualidade usando métodos de imagem por meio de radiação ionizante.
 
• Meios de contraste diferem em sua natureza química, o que acaba acarretando 
a possibilidade ou não de reações alérgicas aos pacientes considerados de risco. 
6
1 Quais exames não fazem parte da radiologia intervencionista?
a) ( ) Seriografia.
b) ( ) Urografia.
c) ( ) Mamografia.
d) ( ) Cateterismo.
2 Qual é considerado o marco inicial para os estudos em radiologia 
intervencionista?
a) ( ) Cirurgia de joelho com contraste.
b) ( ) Tomografia computadorizada.
c) ( ) Seriografia do esôfago.
d) ( ) Cirurgia angiológica na artéria femoral.
3 A radiologia intervencionista consiste em:
a) ( ) Utilizar um meio de contraste, introduzido no organismo de forma 
minimamente invasiva ou menos invasiva que um procedimento 
cirúrgico.
b) ( ) Utilizar um meio de contraste, introduzida no organismo em um 
procedimento cirúrgico invasivo.
c) ( ) Visualizar diferenças anatômicas sem o auxílio de um meio de 
contraste.
d) ( ) Fazer procedimentos cirúrgicos para visualizar estruturas anatômicas 
de mesma densidade em radiografia contrastadas.
AUTOATIVIDADE
7
TÓPICO 2 — 
UNIDADE 1
O QUE SÃO EXAMES CONTRASTADOS
1 INTRODUÇÃO
Exames contrastados são exames radiológicos que utilizam meios de 
contraste para realçar estruturas anatômicas não evidenciadas na imagem 
radiológica convencional. Todo local, seja clínica ou hospital, estabelece suas 
práticas e rotinas para a execução dos exames contrastados. 
O equipamento utilizado para a execução dos exames contrastados geralmente 
é a fluoroscopia. É importante compreender a abordagem em relação ao usuário, as 
características técnicas, assim como ter conhecimento da anatomia morfofuncional e 
das patologias que podem ser visualizadas por meio dos exames contrastados. 
Os exames contrastados serão apresentados com base nos sistemas que se 
encontram, em sua maioria na região abdominal.
2 DESVENDANDO OS EXAMES CONSTRATADOS
Em uma breve definição, exames contrastados são exames radiológicos 
que se valem de um meio de contraste para evidenciar anatomias que as 
tomadas radiográficas convencionais não conseguem diferenciar. Os meios de 
contraste ajudam em uma melhor definição das estruturas corporais isodensas às 
radiografias convencionais (VIEIRA, 2010).
 
As imagens adquiridas na medicina nuclear não são consideradas neste 
estudo, embora a utilização dos radiofármacos cause diferenciação de imagem. 
Essa área da radiologia deve ser abordada de forma diferenciada e será estudada 
em outro momento.
Partes moles, tecidos e vasos não possuem contraste suficiente em 
radiografias não contrastadas para a distinção e diagnóstico de patologias e/ou 
anomalias, como o tecido ósseo ou mamário — no caso das mamografias.
8
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS CONTRASTADOS E RADIOLOGIA INTERVENCIONISTA
FIGURA 1 – SERIOGRAFIA DE TGI
FONTE: <http://www.irhpa.com.br/imgsite/exames/amp-contrastado.jpeg?v=2019>. Acesso em: 
3 out. 2019.
Além dos exames realizados na radiologia convencional, nos exames de 
tomografia computadorizada e na ressonância magnética também podem ser 
utilizados diferentes tipos de contrastes para a evidência de estruturas anatômicas.
Rubens (2015) e Morsch (2018) trazem, em seus escritos, a cronologia 
da utilização dos meios de contraste, que inicia em 1896, quando foi realizada 
a radiografia do abdome de um porco, contendo subacetato de chumbo no 
estômago e no intestino do animal. Este foi o primeiro estudo radiográfico 
contrastado registrado na história (MORSCH, 2018).
No ano seguinte, 1897, foi publicado um estudo inovador sobre a 
radiopacidade de alguns agentes de contraste, como o iodeto de potássio e o 
subnitrato de bismuto. Esses elementos foram utilizados em um alimento para 
observar a fisiologia e a atividade metabólica da digestão (MORSCH, 2018).
TÓPICO 2 — O QUE SÃO EXAMES CONTRASTADOS
9
Em seguida, muitos testes foram realizados com o iodeto de potássio, como 
a primeira aplicação endovenosa em 1918, realizadapor E. H. Weld. Nesse mesmo 
ano, o cirurgião americano Walter E. Dandy utilizou a injeção de ar diretamente 
nos ventrículos cerebrais, através de uma fratura craniana, para evidenciar a 
estrutura ventricular cerebral. Isso permitiu um referencial espacial maior, frente 
os acidentes ósseos. Este último fato levou ao desenvolvimento da ventriculografia 
cerebral, em que o líquor era substituído por ar, tornando-se um grande diferencial 
no diagnóstico de tumores cerebrais para a época (RUBENS, 2015).
Em 1927, Egaz Moniz, um neurocirurgião português, utilizou a injeção 
de contraste na artéria carótida em uma punção cervical, em um estudo que 
chamou de angiografia cerebral. Após, apresentou o seu feito para a Sociedade 
de Neurologia de Paris.
Já no ano de 1931, J. Licord introduziu um produto radiopaco no espaço 
subaracnóideo lombar, desenvolvendo a mieolografia.
A angiografia da artéria vertebral pela punção da artéria femoral na coxa, 
passando um cateter que ia até a região cervical pela artéria aorta, foi desenvolvida 
em 1952.
Outros testes foram realizados utilizando ferro e um pó explosivo chamado 
tântalo. Em 1960, Wallindford, em uma série de testes, juntou três compostos: 
ácido metrizóico. tri-iodado e metal acetamido benzoico. Então, obteve a base dos 
compostos iodados contrastantes utilizados como padrão (POTTY, 2008).
Nesse período, a ultrassonografia começou a ser utilizada como método 
diagnóstico e 10 anos depois, com a utilização de cateteres para angiografia, 
os estudos se voltaram para a oclusão (embolização) de vasos tumorais e de 
aneurismas, dando início, assim, à radiologia intervencionista e terapêutica 
(POTTY, 2008).
Após essa, cronologia, serão abordadas diversas áreas de atuação dos 
exames contrastados na radiologia convencional. 
Os exames do trato gastrointestinal — como esofagografias e seriogra-
fias sequenciais de esôfago, estômago e duodeno, enema opaco, entre outros — 
definem patologias e a fisiologia desse sistema, sempre que possível, utilizando 
contrastes baritados. Já nos estudos contrastados do sistema urinário, utilizamos 
contrastes endovenosos à base de iodo para urografias excretoras, uretrocistogra-
fias, entre outros.
Todos esses estudos radiográficos contrastados, como os procedimentos 
intervencionistas, serão estudados ao longo dos tópicos desta unidade 
individualmente. Antes de aprofundarmos essas áreas, vamos estudar os meios 
de contraste.
10
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS CONTRASTADOS E RADIOLOGIA INTERVENCIONISTA
 Uma confusão bem comum entre os acadêmicos é a compreensão da 
diferença entre os conceitos de meio de contraste e radiofármaco. Enquanto o primeiro é 
utilizado em áreas como radiologia convencional e tomografia, o radiofármaco é utilizado 
na medicina nuclear. Meios de Contraste têm finalidade diagnóstica – não terapêutica – e 
permitem delimitações morfológicas de estruturas naturalmente isodensas, ao absorverem 
mais radiação do que as estruturas adjacentes, conferindo radiopacidade. Os radiofármacos 
são fármacos radioativos que, por afinidade fisiológica e bioquímica, demonstram o 
metabolismo regional de várias funções orgânicas.
NOTA
11
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Exames contrastados são exames radiológicos que utilizam meios de contraste 
para evidenciar determinadas partes anatômicas.
• Radiografias, tomografias e exames de ressonância magnética são exemplos 
de procedimentos radiológicos que podem utilizar meios de contraste. Essas 
são substâncias químicas capazes de realçar tecidos que, normalmente, não 
apareceriam com nitidez em uma imagem radiológica.
• Realizar exames dessa natureza implica reconhecer e identificar os diferentes 
meios de contraste baritados e iodados. 
12
1 Complete a lacuna da frase:
Partes moles, tecidos e vasos não possuem _____________ suficiente em
radiografias não contrastadas para distinção e diagnóstico de ____________ 
e/ou anomalias, como o tecido ósseo ou mamário — no caso das mamografias.
Qual das alternativas a seguir completa corretamente a frase?
a) ( ) Cor – alergias.
b) ( ) Contraste – patologias.
c) ( ) Patologias – contraste.
d) ( ) Profundidade – acidentes ósseos.
2 Na angiografia da artéria vertebral desenvolvida em 1952, segundo a 
cronologia explicada por Rubens (2015) e Morsch (2018), qual artéria foi 
puncionada?
a) ( ) Femoral.
b) ( ) Poplítea.
c) ( ) Podálica.
d) ( ) Carótida.
3 Alguns compostos químicos foram utilizados ao longo da história 
da evolução da radiologia intervencionista, excetuando os utilizados 
atualmente. Entre as alternativas a seguir, qual exemplifica isso?
a) ( ) Gadolínio.
b) ( ) Sulfato de bário.
c) ( ) Tântalo e Iodeto de potássio.
d) ( ) Iodo.
AUTOATIVIDADE
13
TÓPICO 3 — 
UNIDADE 1
MEIOS DE CONTRASTE: TIPOS E 
MEIOS DE CONTRASTE
1 INTRODUÇÃO
Meios de contrastes são substâncias que propiciam uma melhor definição de 
estruturas que apresentam densidades anatômicas similares em imagens médicas.
Os meios de contrastes apresentam diferentes propriedades químicas 
e podem ser classificados com base na capacidade de absorção da radiação 
ionizante e dissociação, na composição e natureza química, na solubilidade e nas 
vias de administração.
Os usos de meios de contrastes têm o objetivo de propiciar uma avaliação 
funcional e estrutural de determinadas estruturas anatômicas. Por exemplo, 
quando o interesse for o sistema excretor, utiliza-se o contraste iodado para 
evidenciar os rins, ureteres, bexiga e suas funcionalidades, salvo quando houver 
contraindicações relacionadas à sensibilidade ao composto químico iodo.
2 TIPOS E MEIOS DE CONTRASTE
Em uma particular definição, contraste é uma relação entre claro e escuro, 
é a diferença entre tonalidades. Já nos estudos radiológicos, pode ser uma relação 
de tons de cinza, indicativa de intensidade da radiação que atravessa determinadas 
estruturas, podendo fornecer dados quanto à densidade desta estrutura. Contraste 
é o que visualizamos em uma imagem radiográfica (ABCMED, 2013a).
Já a definição de meios de contraste vem da capacidade de algo ajudar 
nessa diferenciação da área estudada. Trazendo o conceito para a radiologia, 
os meios de contrates são elementos químicos com número atômico elevado, 
que objetivam barrar radiações e aumentar a radiopacidade da área ou órgãos 
estudados. Meio de contraste é o que nos permite visualizar o contraste em uma 
imagem. Os meios de contraste podem ser naturais — ossos, músculos, gorduras 
e ar — e artificiais — que são as substâncias introduzidas no organismo para a 
diferenciação de contraste (ILASLAN, 2015).
14
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS CONTRASTADOS E RADIOLOGIA INTERVENCIONISTA
FIGURA 2 – MEIOS DE CONTRATES PERMITEM O CONTRASTE NAS IMAGENS
FONTE: A autora
Relacionado ao conceito de radiopacidade, que é a capacidade de 
atenuação através de maior absorção de radiação de uma área ou órgão em 
relação a estruturas adjacentes, temos a radiotransparência, que são estruturas 
que absorvem menos a radiação. O primeiro termo é conhecido também como 
agente contrastante positivo, enquanto o segundo é denominado de agente 
contrastante negativo.
Os meios de contraste, além da classificação anteriormente apresentada 
(positivo e negativo), também são classificados quanto à forma de administração 
desse meio, à solubilidade e à sua composição química. Eles objetivam causar 
radiopacidade em áreas de estruturas isodensas (ILASLAN, 2015).
Em relação à forma e administração, segundo Vieira (2010), temos contraste 
via oral (ingestão do meio de contraste), via parenteral (via endovenosa), via 
endocavitária (cavidades naturais do corpo humano) e via intracavitária (fístulas 
ou diretamente na parede da estrutura a ser estudada). Quanto à composição 
química, Morsch (2018) traz os contrastes à base de iodo e de sulfato de bário 
na radiologia convencional. Nos exames de ressonância magnética, faz-se a 
utilização de contraste à base de gadolínioe, nos exames tomográficos, também 
são utilizados contrastes à base de iodo.
FIGURA 3 – RELAÇÃO DOS ELEMENTOS QUÍMICOS E SUA UTILIZAÇÃO
FONTE: A autora
TÓPICO 3 — MEIOS DE CONTRASTE: TIPOS E MEIOS DE CONTRASTE
15
2.1 CONTRASTE BARITADO
Os contrastes ditos baritados são à base de sulfato de bário — BaSO4 — e 
largamente utilizados nos exames do trato gastrointestinal. O sulfato de bário 
é um pó branco e fino e, em algumas composições, já vem pronto, como uma 
solução coloidal. Nesses casos, sua administração pode ser oral ou retal, como na 
sua utilização para os enemas. Outras características do contraste baritado são: 
alta densidade e peso atômico; inodoro; insípido; e insolúvel em água.
FIGURA 4 – SOLUÇÃO COLOIDAL – BARIOGEL – CONTRASTE BARITADO PRONTO PARA 
INGESTÃO ORAL
FONTE: <https://bit.ly/3fE4Hdu>. Acesso em: 20 set. 2019.
O CASO CELOBAR
 É grave o caso envolvendo o medicamento Celobar, fabricado pelo laboratório 
Enila, que teria provocado a morte de pelo menos 21 pessoas. Pelo que se apurou até 
agora, o mais plausível é que o laboratório tenha tentado produzir, por conta própria, o 
sulfato de bário, a matéria-prima do fármaco. Não tinha competência técnica para fazê-lo. 
NOTA
16
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS CONTRASTADOS E RADIOLOGIA INTERVENCIONISTA
O material, que continha impurezas, ou foi utilizado na fabricação de um lote de Celobar 
ou contaminou-o. 
 O Celobar é um contraste radiológico à base de sulfato de bário. Esse sal é pouco 
absorvido pelo organismo humano, o que torna relativamente segura sua utilização para 
ressaltar o tubo digestivo em exames de imagem. Ao que parece, porém, a droga continha, 
além do sulfato de bário, carbonato e sulfeto de bário, que são altamente tóxicos para 
mamíferos. 
 O carbonato de bário é usado na fórmula de certos raticidas. Sempre que ocorrem 
catástrofes como a do Celobar, cresce a pressão para a Anvisa (Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária) reforçar seus controles sobre os laboratórios. 
 A agência acaba de baixar um pacote de 18 resoluções que têm por objetivo 
aumentar a qualidade, a segurança e a eficácia dos medicamentos comercializados no Brasil. 
A maioria das medidas tem sentido técnico e está de acordo com padrões internacionais. 
Tudo o que reforce a o sistema de vigilância sanitária só pode ser bem-vindo. 
 A questão, porém, é que, mesmo com as novas medidas, um caso como o do 
Celobar dificilmente seria evitado. É impossível que o Estado controle todas as etapas da 
fabricação de uma droga. Basta que alguém aja irresponsavelmente em alguma fase para 
comprometer a segurança do fármaco. A proteção contra eventos dessa natureza se dá a 
posteriori. Consumada a tragédia, o Estado precisa apurar as responsabilidades e punir os 
culpados. A cultura da impunidade no trato com a saúde pública deve ser substituída pela 
certeza da seriedade e do rigor.
FONTE: <https://bit.ly/30Arhj2>. Acesso em: 20 set. 2019. 
2.2 CUIDADOS COM O CONTRASTE BARITADO
Simões et al. (2003) cita algumas contraindicações na utilização do contraste 
à base de bário, entre elas:
• presença ou suspeita de ruptura ou perfuração intestinal;
• suspeita de apendicite;
• pacientes debilitados, crianças ou idosos, pois possuem maior probabilidade 
de aspiração do contraste;
• presença de cirurgia abdominal recente.
Na existência dessas contraindicações, o contraste baritado é substituído 
pelos contrastes à base de iodo. Em caso de descuido com as contraindicações, 
o contraste encontrado fora do canal alimentar deve ser retirado cirurgicamente 
(SIMÕES et al., 2003).
2.3 CONTRASTES IODADOS
Os contrastes iodados, como o próprio nome diz, são contrastes à base do 
elemento químico iodo. São substâncias químicas de alto número atômico e alta 
densidade.
TÓPICO 3 — MEIOS DE CONTRASTE: TIPOS E MEIOS DE CONTRASTE
17
São meios de contraste com base química no elemento químico iodo e 
largamente utilizados em radiologia, com uso frequente em exames radiológicos 
convencionais e tomografias computadorizadas. São os meios de contraste 
utilizados em exames cardiovasculares também.
A utilização do iodo como meio de contraste começou no início do 
século XX, com a utilização do iodeto de sódio, injetado por via intramuscular e 
excretado através da urina. 
Por volta de 1930, os meios de contraste começaram a ter amplo uso 
através dos compostos iodados à base de piridina. Outro grande desenvolvimento 
dos meios de contraste ocorreu com a substituição do anel piridinico pelo anel 
benzênico, que é a base dos meios de contraste atualmente em uso, dando origem 
a uma nova família de meios de contraste (MORSCH, 2018).
O iodo, em sua forma pura, tem alta toxicidade e, ao longo dos anos, 
os produtos de contraste com o iodo têm evoluído a fim de se obter meios de 
contraste mais adequados ao uso clinico e com menor toxicidade.
Esse tipo de contraste, segundo Giopatto (2011), tem como características 
básicas:
• são hidrofílicos – possuem afinidade com a água; 
• possuem baixa lipofilidade – afinidade com gordura;
• pouca afinidade nas ligações químicas com proteínas;
• alta viscosidade e alta resistência;
• não tem utilização farmacológica significativa, sendo utilizado, na maioria das 
vezes, somente como contraste.
Toyoda (2012) descreveu em seus estudos sobre os meios de contraste 
iodados. Com relação à solubilidade, podem ser distintos entre hidrossolúveis e 
lipossolúveis.
Os meios de contraste hidrossolúveis são solúveis em água e correspondem 
à quase totalidade dos meios de contraste em uso hoje. Esses são os meios de 
contraste possíveis de administração vascular venosa ou arterial e, quase sempre, 
é excretado via renal — pelos rins. Podem ser iônicos e não iônicos.
Já os meios de contraste lipossolúveis são compostos oleosos solúveis em 
gorduras e de difícil eliminação. Não podem ser administrados por via vascular 
venosa ou arterial e são muito pouco utilizados hoje, estando quase que em 
completo desuso. Os modernos meios de contraste iodado hidrossolúveis são 
divididos em dois grupos principais: iônicos e não iônicos, no que diz respeito à 
capacidade de formar íons nas interações químicas.
Conforme escreve Giopatto (2011), os meios de contraste iônicos são meios 
de contraste que, quando dissolvidos em água, têm suas moléculas dissociadas 
em partes carregadas eletricamente, chamadas de íons. Os íons podem ter carga 
18
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS CONTRASTADOS E RADIOLOGIA INTERVENCIONISTA
positiva ou negativa. Os de carga positiva são chamados de cátions e os de carga 
negativa são chamados de ânions. Já os meios de contraste não iônicos não sofrem 
dissociação quando dissolvidos em água, portanto não formam íons.
Os modernos meios de contraste iônicos são sais tri-iodados. São três 
átomos de iodo ligados a um anel benzênico, formando o anel benzênico tri-
iodado, que pode estar ligado ao sódio ou meglumina (GIOPATTO, 2011).
FIGURA 5 – DESCRIÇÃO DO ANEL BENZÊNICO TRI-IODADO – MONÔMERO
FONTE: <https://bit.ly/33y0shs>. Acesso em: 3 out. 2019.
Outra propriedade dos sais é o caráter iônico. As moléculas do sal têm 
como propriedade o caráter iônico, sendo composta de duas partes com cargas 
elétricas opostas. Os sais dos meios de contraste iônicos têm, no núcleo benzênico 
tri-iodado, a parte negativa, constituindo o ânion. O cátion é constituído por 
sódio ou meglumina (GIOPATTO, 2011).
Os agentes de contraste convencionais são chamados iônicos, o que significa 
que se dissociam quando dissolvidos em água para formar as soluções de contrastes, 
separando-se em duas partes: um ânion (negativo) e um cátion (positivo): ânion — 
anel tri-iodado; cátion — sódio ou meglumina (SANTOS, 2009).
Quanto aos contrastes iônicos, podemos dividi-los em monômeros 
e dímeros, conforme a quantia de anéis benzênicos. Os monômeros iônicos 
dissociam-se em solução em duas partículas — um ânion radiopaco e um cátion 
não radiopaco (sódio ou meglutamina) —, possuindo, então, três átomos de 
iodo para duas partículas.É um meio de contraste de maior osmolalidade. São 
isotônicos com a mesma osmolalidade do sangeu (+/- 70 mg iodo/ml. Exemplo 
comercial: TELEBRIX (TOYODA, 2012).
Já os dímeros iônicos também se dissociam em duas partículas. O ânion 
radiopaco é o LOXAGLATO. Em solução, liberam seis átomos de iodo — dois 
anéis benzênicos para duas partículas. Isotônicos a +/- 150 mg iodo/ml. 
TÓPICO 3 — MEIOS DE CONTRASTE: TIPOS E MEIOS DE CONTRASTE
19
Resumindo essas informações, pode-se dizer que os modernos meios 
de contraste iodados iônicos são sais hidrossolúveis, constituídos por um anel 
benzênico tri-iodado ligado ao sódio ou à meglumina.
Os principais grupos de sais iodados benzênico em uso hoje são: acetrizoato, 
diatrizoato, iotalamato, metrizoato, amitriodinato (iodamida), ioxitalamato. Eles 
podem estar ligados ao sódio ou à meglumina. 
Os sais de iodado de sódio surgiram, primeiramente, com o amplo uso na 
radiologia, principalmente em exames do sistema urinário, permitindo grandes 
concentrações de iodo. Os sais de iodados de sódio mostram certa agressividade, 
principalmente em alta concentração, com menor tolerabilidade, níveis de dor e 
calor elevados, às vezes insuportável, trazendo grande desconforto para o paciente.
Os sais de meglumina são mais suportáveis e trazer maior conforto para 
o paciente, sendo usados em procedimentos dolorosos, como nas flebografias e 
em procedimentos em que é exigida maior segurança, como nas angiografias 
cerebrais. Os meios de contraste hidrossolúveis iodados iônicos estão disponíveis 
no mercado em três composições básicas: sais de sódio; sais de meglumina; sais de 
sódio e meglumina, os quais são encontrados em soluções contendo sais de sódio e 
meglumina, descreve Giopatto (2011). São todos sais tri-iodados benzênicos, sendo 
os sais de sódio são utilizados, principalmente, em exames de sistema urinário. 
Os sais de meglumina são amplamente usados nos diversos exames de 
radiologia convencional e tomografia computadorizada por apresentar maior 
conforto e segurança para o paciente. As misturas de sais de meglumina e sais 
de sódio são utilizadas quando se deseja alta concentração de iodo e viscosidade 
adequada, como em exames vasculares e em exames cardíacos, em que se 
necessita teor de sódio próximo ao nível do plasmático, que é fator determinante 
para a segurança do procedimento (BONTRAGER; LAMPIGNANO, 2010).
Meios de contraste não iônicos são modernos meios de contraste, cuja 
molécula não se desassocia em íons quando em solução aquosa. Podem também 
ser classificados quanto à cadeia de complexidade em monômeros não iônicos: 
não se dissociam em solução, mantendo uma partícula para três átomos de iodo. 
Isotônicos a +- 150 mg iodo/ml. Exemplo comercial: ULTRAVIST.
E os dímeros não iônicos, que não se dissociam em solução, são compostos 
por 1 (uma) partícula para 6 (seis) átomos de iodo. Isotônicos a +/- 300 mg iodo/ml. 
Maior peso molecular é igual à alta viscosidade. Exemplo comercial: VISIPAQUE.
A metrizamida marcou o início dessa nova era no desenvolvimento 
dos agentes de contraste. Surgiu em 1970, sendo o primeiro meio de contraste 
não iônico em uso. Era apresentada em dois frascos para preparo da solução — 
imediatamente anterior à administração —, podendo ser usada por via intratecal. 
Sendo não iônico, o meio de contraste é estável e não se desassocia quando 
dissolvido em água.
20
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS CONTRASTADOS E RADIOLOGIA INTERVENCIONISTA
Os principais meios de contraste não iônico em uso hoje são, em nomes 
comerciais: Iopamidol, Iohexol e o Ioversol.
Os meios de contraste não iônicos têm como base o anel benzênico tri-
iodado. A diferença entre eles está na cadeia lateral ligada ao anel benzênico. 
Além de sua estrutura química e apresentação, os meios de contraste possuem 
outras propriedades importantes a serem consideradas em seu uso clinico, como: 
concentração, viscosidade e teor de iodo. 
Outra propriedade importante dos meios de contrastes, e muito 
considerada hoje, é a chamada tonicidade (osmolalidade), que se constitui o 
objetivo maior das pesquisas no desenvolvimento dos agentes de contrastes. 
A tonicidade é uma propriedade dos líquidos em solução com diferentes 
concentrações, separados por uma membrana semipermeável (como os vasos 
sanguíneos), relacionada ao gradiente de pressão que determina o sentido da troca 
de líquidos através da membrana. A propriedade chama-se osmose, enquanto o 
gradiente chama-se pressão osmótica. 
A parede dos vasos sanguíneos e as membranas celulares são membranas 
semipermeáveis, que permitem a passagem de liquido somente em um sentido 
(osmose), o qual é determinado pela diferença de concentração entre os meios 
(pressão osmótica). Os líquidos orgânicos são soluções aquosas. 
O número de partículas em solução (concentração) deve ser igual 
para permitir um equilíbrio entre os diversos meios orgânicos. A diferença de 
concentração cria o gradiente de pressão, chamado de pressão osmótica. A osmose 
é o processo através do qual um líquido atravessa a membrana semipermeável. A 
passagem do líquido, através da membrana semipermeável, ocorre no sentido da 
solução de menor concentração para a solução de maior concentração.
No organismo, as trocas osmóticas ocorrem em três meios líquidos:
• intravascular;
• extracelular;
• intracelular.
É muito importante, quando a opção for a de utilizar os meios de contraste 
iodados, que se realize uma entrevista/anamnese com o paciente para reduzir ou 
evitar possíveis danos ou reações ao meio de contraste utilizado.
Os meios de contraste são, em geral, soluções de alta concentração que 
atuam no equilíbrio osmótico interno do organismo, fator que tem relação com as 
reações adversas que ocorrem durante os exames.
A concentração de partículas osmoticamente ativas dissolvidas em solução 
liquida é definida como osmolalidade — concentração molecular das partículas 
osmoticamente ativas de uma solução por quilograma de água (mOsm/kg).
TÓPICO 3 — MEIOS DE CONTRASTE: TIPOS E MEIOS DE CONTRASTE
21
Com relação à tonicidade (osmolalidade), os meios de contraste iodados 
também podem ser divididos como meios de contraste de alta osmolalidade ou 
meios de contraste de baixa osmolalidade. A osmolalidade pode ser compreendida 
como o número de partículas por volume de solução. Os meios de contraste de 
alta osmolalidade são os chamados CONVENCIONAIS.
Já os novos grupos de meios de contraste são ditos de baixa osmolalidade. 
Meios de contraste que possuem mais partículas em solução são chamados meios 
de alta osmolalidade. Meios de contraste com menos partículas por unidade de 
volume são chamados de baixa osmolalidade.
Essa classificação tem importância, já que a baixa osmolalidade dos novos 
agentes de contrastes tem sido associada ao seu aumentado grau de segurança 
para os pacientes, em especial àqueles de alto risco.
Os agentes de contraste de baixa osmolalidade produzem menos 
reações adversas, da mesma forma que os meios de contraste não iônicos estão 
relacionados ao elevado grau de segurança.
É sempre importante ter em mente que os meios de contraste não iônicos 
e de baixa osmolalidade, apesar de possuírem bem menor toxicidade que os 
agentes de contraste convencionais, não são absolutamente seguros e podem 
levar a reações adversas graves.
3 OUTROS MEIOS DE CONTRASTE
Além dos contrastes citados anteriormente, e utilizados na radiologia 
convencional, temos também a utilização dos contrastes iodados nos exames de 
tomografia computadorizada (MORSCH, 2018).
 
Nos exames de ressonância magnética, utiliza-se um meio de contraste à 
base do elemento gadolínio, bem diferente em administração e quantidade que os 
outros, mas esse assunto será abordado em outro momento.
 
Ainda na radiologia convencional, durante os exames contrastados, os 
profissionais se valem dos ditos CONTRASTES NATURAIS, como o ar, presente 
nas cavidades corporais em estudo, que auxiliam na diferenciação de estruturas.
22
RESUMO DOTÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• Os meios de contraste podem ser classificados a partir de propriedades como a 
capacidade de absorção e composição química. 
• Agentes de contraste radiopacos ou positivos aumentam a capacidade de 
absorção de radiação ionizante, já os radiotransparentes ou negativos a 
diminuem.
 
• O bário é um meio de contraste positivo, enquanto o ar é negativo. Classificando 
as substâncias por composição química, existem os contrastes iodados, que 
contêm iodo em sua composição, e os não iodados.
23
1 Das proposições a seguir, qual delas descreve as características básicas de 
meio de contraste:
a) ( ) Hidrofílicos; pouco lipofílico; baixa viscosidade; alta resistência e não 
utilidade farmacológica.
b) ( ) Não tem afinidade com a água; pouco lipofílico; alta viscosidade; alta 
resistência e não utilidade farmacológica.
c) ( ) Hidrofílicos; pouco lipofílico; alta viscosidade; alta resistência e não 
utilidade farmacológica.
d) ( ) Tem afinidade com a água; pouco lipofílico; alta viscosidade; alta 
resistência e não utilidade farmacológica.
2 O que é radiopacidade?
a) ( ) Capacidade de atenuação através de maior absorção de radiação de 
uma área ou órgão em relação a estruturas adjacentes.
b) ( ) Ocorre em estruturas que absorvem menos a radiação.
c) ( ) É conhecido também como agente contrastante negativo.
d) ( ) É a qualidade da imagem encontrada em tomografia computadorizada.
3 O que são contrastes iônicos?
a) ( ) Não se dissociam em íons, positivos e negativos.
b) ( ) Dissociam-se em solução oleosa.
c) ( ) Dissociam-se em água em duas partes: um ânion (negativo) e um 
cátion (positivo).
d) ( ) São indissociáveis.
AUTOATIVIDADE
24
25
TÓPICO 4 — 
UNIDADE 1
MEIOS DE CONTRASTE: REAÇÕES 
ALÉRGICAS E ADVERSAS
1 INTRODUÇÃO
Os meios de contrastes podem causar reações alérgicas. Existem condições 
específicas que impedem o uso de meios de contrastes pelo usuário que está 
utilizando determinados fármacos, tenha patologias e outras condições restritivas. 
Não faz parte das atribuições do processo de trabalho do técnico em 
radiologia puncionar. Porém, é necessário ter cuidado com o usuário portador do 
acesso venoso e arterial para que, ao executar procedimentos, não os contamine.
Os exames radiológicos com o uso de contrastes são considerados exames 
de risco, pois podem causar reações alérgicas. A administração desses meios de 
contrastes deve ser feita pelos profissionais da equipe de enfermagem, com a 
devida prescrição médica. Elas serão abordadas nas especificidades dos exames 
apresentados ao longo deste texto.
2 REAÇÕES ADVERSAS À ADMINISTRAÇÃO 
DE MEIOS DE CONTRASTE
Este ponto é bastante relevante no que diz respeito ao cuidado com o 
paciente em questão durante a administração de qualquer meio de contraste. 
Contrastes, como já explicado, são formas de diferenciação tecidual na radiologia 
convencional, porém, alguns meios de contraste, além de terem alta toxicidade, 
tem uma facilidade considerável em causar reações.
Alguns pontos nos ajudam a conceituar a reação alérgica:
• reações alérgicas a medicamentos são eventos adversos, não decorrentes de 
propriedades toxicológicas conhecidas do fármaco, mas que resultam de 
reações imunológicas a ele ou a seus metabólitos (DIAS et al., 2004);
• reação alérgica é uma resposta exagerada do organismo a um determinado 
antígeno (alérgeno);
• uma manifestação de hipersensibilidade do sistema imunológico a agentes 
externos que normalmente não são nocivos.
26
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS CONTRASTADOS E RADIOLOGIA INTERVENCIONISTA
A alergia ocorre porque o sistema imunológico confunde substâncias 
inofensivas com agentes invasores e cria anticorpos para destruí-los. Esses 
anticorpos são chamados de IMUNOGLOBULINAS DA CLASSE E (IgE) e são 
proteínas do sistema imunológico (DELUCIA, 2015).
Quando um agente externo ao corpo entra em contato com o sistema 
imunológico, os IgE’s liberam mediadores que causam os sintomas alérgicos. Um 
exemplo desses mediadores bastante conhecido é a HISTAMINA.
Por ser uma resposta imune, a alergia nunca se manifestará no primeiro 
contato com o antígeno. Ela pode ocorrer em quaisquer contatos aleatórios com 
o antígeno. Se houver reação no primeiro contato, então temos um diagnóstico 
de reação cruzada causada por um agente externo semelhante. Assim, a reação 
alérgica só acontecerá quando já ocorreu um contato com o anticorpo IgE. 
De forma bastante didática, elaboramos um esquema simples para 
entender o ciclo de um processo alérgico dentro do organismo. Essa forma pode 
esclarecer melhor o mecanismo da alergia.
FIGURA 6 – ESQUEMA DIDÁTICO PARA VISUALIZAÇÃO DO CICLO DO PROCESSO ALÉRGICO
FONTE: A autora
Existe um conceito de pseudoalergia, em que o paciente apresenta 
evoluções clinicamente idênticas às reações alérgicas, mas são provocadas por 
mecanismos patológicos diferentes dos imunes. Geralmente são provocadas por 
medicamentos ou alimentos, em que a manifestação clínica ocorre imediatamente 
no primeiro contato com o agente desencadeante e depende da dose ingerida, o 
que compreende 90% dos casos (NAGAO-DIAS, 2004).
Muitas medicações conhecidas podem causar essas pseudoalergias, como:
TÓPICO 4 — MEIOS DE CONTRASTE: REAÇÕES ALÉRGICAS E ADVERSAS
27
• anti-inflamatórios não hormonais (diclofenaco);
• derivados do ácido acetilsalisílico (AAS);
• derivados dos inibidores da ECA (captopril);
• relaxantes musculares;
• e inúmeros antibióticos. 
As pseudoalergias também podem ocorrer pela ingestão de alguns 
alimentos com vinhos, nozes e queijos curados, estímulos físicos de calor e frio e 
alguns aditivos alimentares.
2.1 REAÇÕES ADVERSAS
As reações adversas causam nefrotoxicidade quando acontece 
extravasamento de meio de contrate fora da luz do vaso ou da cavidade em 
que ele deveria estar (JUCHEM, 2007). Podem ser divididas entre reações não 
alérgicas ou reações alérgicas/alergoides.
As reações não alérgicas são, na maioria das vezes, previsíveis. São reações 
que dependem da dose e da concentração e conhecidas também como reações 
Fisicoquimiotóxicas.
Já as alergoides são imprevisíveis e independem de dose e concentração. São 
chamadas, nesse caso, de reações idiossincráticas. Algumas peculiaridades quanto 
aos sintomas e sobre como essas reações se diferenciam estão no quadro a seguir:
TABELA 1 – CARACTERÍSTICAS E DIFERENÇAS ENTRE CADA TIPO DE REAÇÃO
Reações Fisicoquimiotóxicas Reações Idiossincráticas
Sensação de calor Severa e pode ser fatal
Dor vascular Hipotensão grave
Hipervolemia Perda de consciência
Lesões endoteliais Convulsão
Alteração nas hemácias Edema pulmonar
Redução da função renal Urticária
Arritmia Edema laríngeo
Convulsões Broncoespasmo
Paralisias Parada cardíaca
Alteração na coagulação sanguínea Morte
FONTE: A autora
As reações alérgicas também são classificadas quanto ao tempo e a sua 
gravidade. Em relação ao tempo de ação, Nagao-Dias (2004) fala que as reações 
alérgicas pode ser divididas em: 
• imediatas: são as que ocorrem nos primeiros 30 (trinta) minutos ou até 2 (duas) 
horas após a administração do fármaco; 
28
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS CONTRASTADOS E RADIOLOGIA INTERVENCIONISTA
• aceleradas: são as que ocorrem entre 2 (duas) e 48 (quarenta e oito) horas, como 
a urticária, o broncoespasmo, a febre ou a nefropatia; 
• tardias: após 48 (quarenta e oito) horas da ingestão do fármaco. São as erupções 
cutâneas, febre, anemia hemolítica, trombocitopenia e nefropatia.
Quanto à gravidade, elas podem ser consideradas leves, moderadas, 
graves e fatais (NAGAO-DIAS, 2004).
Reações aos contrastes com sulfato de bário (BaSO4) — utilizados 
largamente na radiologia convencional nos exames do trato gastrointestinal — 
são raras, mas podem ocorrer. Por isso, é preciso observar o paciente.
Já o gadolínio (Gd), utilizado em ressonância magnética, é considerado 
mais seguro que os contrastes à base de iodo da tomografia computadorizada e 
da radiologiaconvencional, com incidência em 2 a 4% dos casos.
2.2 REAÇÕES ALÉRGICAS AOS CONTRASTES IODADOS
Contrastes à base de IODO são os que mais comumente ocasionam reações 
alérgicas e/ou adversas. Sua formulação não iônica minimiza as possibilidades de 
reação, porém com um custo elevado. São largamente utilizados na radiologia 
convencional para evidenciar vasos sanguíneos ou quando houver contraindicação 
à utilização de contrastes baritados (JUCHEM, 2007). 
Juchem (2004) traz que o meio de contraste à base de iodo não deve ser 
utiliizado quando há relato a alergia à iodo, em função da ausência de anticorpos 
e do caráter aleatório de ocorrência de reações, já que a reação pode não se repetir 
em uma segunda oportunidade do uso do meio de contraste iodado. 
O termo mais adequado, quando se trata de meios de contraste, é REAÇÃO 
Alergoide. Testes cutâneos podem ser utilizados para determinar essas reações 
alérgicas. Quando existe história prévia de alergia ou hipersensibilidade a algum 
componente dos meios de contraste, recomenda-se preparo prévio com o uso de 
medicamentos (ALMIRO, 2016).
Outros fatores esparsos que podem influenciar na ocorrência dos 
processos alérgicos são: a idade do paciente, já que crianças e idosos podem 
absorver de forma diferente os medicamentos; o sexo, pois as mulheres têm maior 
probabilidade de incidência de processos alergicos; paciente com 2 (duas) ou 
mais patologias concomitantes, como insuficiência renal, diabetes e hipertensão 
(ELICKER, 2008).
2.3 PREVENÇÃO A REAÇÕES ALÉRGICAS
É de extrema importância que os profissionais envolvidos nos exames 
com utilização de contrastes estejam atentos e sejam proativos na prevenção das 
reações alérgicas provenientes dos meios de contraste.
TÓPICO 4 — MEIOS DE CONTRASTE: REAÇÕES ALÉRGICAS E ADVERSAS
29
Com a elaboração de uma boa anamnese e investigação da história clínica 
do paciente, é possível detectar os fatores de risco e orientar como proceder para 
a execução de exames.
Desde o agendamento dos exames, é importante conversar com os 
pacientes sobre a probabilidade de reações alérgicas. De imediato, ao detectar 
algum fator de risco, orienta-se o paciente a fazer um preparo antialérgico — 
iniciando em casa e até a utilização do meio de contraste (JUCHEM, 2004). Com 
essa otimização no processo, evita-se transtornos com reações surpresas, que 
nunca podem ser descartadas.
O serviço de imagem deve ter um carrinho de emergência à disposição para 
qualquer intercorrência e uma sala para observação do paciente por aproximada-
mente 20 (vinte) a 30 (trinta) minutos após o término do exame (BRASIL, 2013a).
FIGURA 7 – CARRINHO DE EMERGÊNCIA
FONTE: <https://bit.ly/31xvWBA>. Acesso em: 1º out. 2019.
Algumas diretrizes do Manual Instrutivo, elaborado pelo Ministério 
da Saúde são: quando não for possível prevenir as reações alérgicas e elas 
acontecerem, dependendo do grau de gravidade, devem ser tratadas de maneira 
específica (BRASIL, 2013a).
Quando a reação for leve ou branda — reação limitada e sem progressão 
— faz-se apenas observação e tratamento aos sinais sistêmicos e o tratamento 
sintomático (se necessário). Nas reações moderadas, com maior intensidade dos 
sintomas, o tratamento medicamentoso será realizado conforme sintomatologia. 
Já as reações graves — risco de vida — o tratamento deve ser agressivo, com equipe 
de apoio (código amarelo ou código azul, no caso de parada cardiorrespiratória). 
E, se necessário, hospitalização.
30
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS CONTRASTADOS E RADIOLOGIA INTERVENCIONISTA
A equipe multidisciplinar em saúde tem papel primordial na logística que 
envolve os exames contrastados. É importante que o profissional técnico radiológico tenha 
em mente que a responsabilidade e poder de decisão entre administrar ou não um meio de 
contraste é exclusivamente clinica, ou seja, do profissional médico. A equipe de enfermagem 
também faz parte desse processo de trabalho e auxilia no procedimento de administração 
do meio de contraste, assim como na monitoração de sinais vitais. É importante que o 
profissional técnico radiológico não se isente de sua responsabilidade diante desse cenário 
e tenha conhecimentos de suportes básicos de vida, uma vez que procedimentos invasivos 
são realizados nessa dinâmica de exames.
ATENCAO
31
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você aprendeu que:
• Meios de contraste iodados em solução hipertônica (tipo iônico) são 
reconhecidos por reações adversas, que podem ser leves, moderadas ou graves. 
Enquanto essa substância é administrada por via intravenosa, o paciente pode 
sentir calor, gosto metálico e náuseas, que devem diminuir assim que a infusão 
acabar.
• Devido ao risco de eventos graves como a parada cardíaca, exames contrastados 
só devem ser feitos se houver estrutura para atendimento de urgências.
• Reações adversas aos meios de contraste podem incluir urticárias, edema, 
náuseas, vômitos, diarreia, tontura, cefaleia, convulsões, dispneia, tosse, 
arritmias, edema de glote e até o óbito. 
32
1 Relacione o conceito com o tipo de reação:
 
I- Reações Alérgicas.
II- Pseudoalergia.
III- Reações adversas.
( ) O paciente apresenta evoluções clinicamente idênticas às reações alérgicas, 
mas são provocadas por mecanismos patológicos diferentes dos imunes. 
Geralmente são provocadas por medicamentos ou alimentos; em que a 
manifestação clínica ocorre imediatamente no primeiro contato com o 
agente desencadeante e depende da dose ingerida, o que compreende 
90% dos casos (NAGAO-DIAS, 2004).
( ) Causam nefrotoxicidade quando acontece extravasamento de meio de 
contrate fora da luz do vaso ou da cavidade em que ele deveria estar 
(JUCHEM, 2007). Podem ser divididas entre reações não alérgicas ou 
reações alérgicas/alergoides.
( ) São imprevisíveis e independem da dose e concentração. Classificadas 
quanto ao tempo que demoram para se manifestar, podem ser imediatas, 
aceleradas ou tardias.
A sequência CORRETA é:
a) ( ) I – II – III.
b) ( ) III – II – I.
c) ( ) II – III – I.
d) ( ) II – I – III.
e) ( ) I – III – II.
2 Complete as lacunas:
As reações não alérgicas são, na maioria das vezes, _____________ . São reações 
que _____________ da dose e da concentração. Também são conhecidas 
como reações ____________________.
Qual alternativa corresponde às colocações corretas?
a) ( ) Imprevisíveis – independem – idiossincráticas.
b) ( ) Ruins – controlam – alergoides
c) ( ) Previsíveis – dependem – Fisicoquimiotóxicas.
d) ( ) Idiossincráticas – contraste – comuns.
AUTOATIVIDADE
33
3 Em relação ao tempo das reações alérgicas, elas podem ser classicadas como:
a) ( ) Momentâneas, lentas e instantâneas.
b) ( ) Imediatas, demoradas e lentas.
c) ( ) Imediatas, aceleradas e tardias.
d) ( ) Rápidas, imediatas e tardias.
34
35
TÓPICO 5 — 
UNIDADE 1
EQUIPAMENTOS RADIOLÓGICOS
1 INTRODUÇÃO
O uso de radiação ionizante para fins diagnósticos e terapêuticos tem 
aumentado devido ao desenvolvimento dos equipamentos, às facilidades 
de acesso ao exame radiológico e aos avanço da tecnologia relacionada aos 
equipamentos radiológicos. 
 
 O exercício das atividades do profissional técnico radiológico, tais como 
a radiologia intervencionista, implica na exposição à radiação de pacientes e 
profissionais de saúde, necessitando, portanto, de cuidados de radioproteção 
nessas atividades, visando reduzir o nível dessas exposições.
 
 A presença de profissionais de diversas especialidades sem formação 
específica na área de radioproteção pode levar à exposição excessiva de 
profissionais de saúde presentes nos exames dessa natureza às radiações 
ionizantes. Por isso, o equipamento radiológico deve ser compreendido no seu 
processo físico de geração e emissão de imagem médica.
2 EQUIPAMENTOS RADIOLÓGICOS E EXAMES 
CONTRASTADOS
Prezado acadêmico, com o entendimento da parte inicial, dos princípios 
necessários para o estudo dos exames contrastados, vamos verificar os 
equipamentos radiológicos utilizados para tais exames. Nossofoco está voltado 
para a radiologia convencional, sendo que, neste momento, deixaremos de 
abordar alguns equipamentos como o tomógrafo e a ressonância magnética.
Na radiologia, podemos realizar muitos exames contrastados nos 
equipamentos de radiologia convencional. Com algumas adaptações e 
dependendo dos profissionais que as realizam, não há necessidade de ter, no 
serviço, mais de um equipamento para a realização dos exames constratados. 
Contudo, existem equipamentos próprios para a realização dos exames 
contrastados, como os do trato gastrointestinal e do aparelho urinário. Exames 
contrastados das vias lacrimais e das glândulas salivares podem ser realizados no 
equipamento convencional.
36
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS CONTRASTADOS E RADIOLOGIA INTERVENCIONISTA
Conhecidos como seriógrafos ou telecomandados, os equipamentos 
permitem maior mobilidade e deslocamento do paciente na mesa de exames. 
O seriógrafo permite a execução de exames de radiográficos, sem movimento 
do paciente, com uma economia considerável de tempo e recursos e com maior 
segurança para o operador e o paciente.
FIGURA 8 – SERIÓGRAFO COM INTENSIFICADOR DE IMAGENS
FONTE: <https://sie.ag/3kq0jCP>. Acesso em: 3 out. 2019
A composição básica desse tipo de equipamento é uma mesa de exames, 
que tem movimentos em rotação contínua e velocidade variável a fim de evitar 
aceleração súbita e permitir maior precisão do posicionamento, ampola de raios x e 
mesa de comando, que controlam o equipamento atrás de uma parede ou biombo 
de chumbo. Com as imagens adquiridas nos equipamentos telecomandados, 
falaremos sobre a fluoroscopia ou radioscopia.
Fluoroscopia, por definição básica, é quando se tem um intensificador de 
imagem e se adquirem imagens com a emissão de radiação, em tempo real, do 
corpo humano, respeitando os movimentos internos nos vasos ou no intestino, 
por exemplo, mediante o uso de contrastes ou com a cateterização de vasos 
sanguíneos (ABCMED, 2013a).
Enquanto a radiologia convencional só gera imagens estáticas, a 
fluoroscopia produz imagens dinâmicas, com uma frequência de 25 (vinte e 
cinco) a 30 (trinta) quadros por segundo, ou imagens captadas, que podem ser 
vistas em movimento em um monitor (BESERRA, 2018). 
TÓPICO 5 — EQUIPAMENTOS RADIOLÓGICOS
37
FIGURA 9 – EQUIPAMENTO DE FLUOROSCOPIA – SERIOGRAFIA
FONTE: <http://cyberspaceandtime.com/4OgfHXIYRKc.video+related>. Acesso em: 3 out. 2019.
Posteriormente, serão explanados conceitos a respeito dos variados exames 
contrastados, com suas especificidades e protocolos de aquisição das técnicas radiológicas 
associadas. Através dessa abordagem, podemos refletir sobre a proteção radiológica 
inerente ao processo, bem como a biossegurança envolvida nesse cenário.
IMPORTANT
E
38
RESUMO DO TÓPICO 5
Neste tópico, você aprendeu que:
• A compreensão das características físicas dos sistemas de imagem 
fluoroscópicos é importante para realizar os exames de maneira eficiente e 
segura e para definir condutas de otimização dos procedimentos. Além disso, 
é fundamental interpretar corretamente os testes de controle de qualidade 
realizados no serviço.
• A fluoroscopia proporciona uma imagem em movimento, em tempo real, 
permitindo sua aplicação em procedimentos nos quais se deseja obter imagens 
dinâmicas de estruturas e funções do organismo com o auxílio de meios de 
contraste à base de iodo ou bário.
• A imagem gerada pela fonte de raios X é formada em uma tela fluorescente de 
entrada de um intensificador de imagem, que converte a imagem dos raios X 
do paciente em uma imagem luminosa.
39
1 Qual é a composição básica de um equipamento de seriografia?
a) ( ) Uma mesa de exames com movimentos em rotação contínua e 
velocidade variável; ampola de raios x e mesa de comando, que 
controlam o equipamento atrás de uma parede ou biombo de chumbo.
b) ( ) Uma mesa fixa, sem movimentos, mesa de comando à frente da mesa, 
não havendo a necessidade de biombo de chumbo.
c) ( ) Uma mesa de exames fixa; equipamento de raios x móvel e mesa de 
comando, que controlam o equipamento atrás de uma parede ou 
biombo de chumbo.
d) ( ) Uma mesa de exames e mesa de comando atrás de uma parede ou 
biombo de chumbo.
2 Relacione os tipos de imagens geradas em cada especialidade:
I- Imagens estáticas.
II- Reconstrução de imagens em 3D.
III- Imagens por vídeo.
IV- Imagens dinâmicas.
( ) Radiologia Convencional.
( ) Fluoroscopia.
( ) Ressonancia Magnética.
( ) Endoscopia.
A sequência CORRETA é:
a) ( ) I – III – IV – II.
b) ( ) I – IV – II – III.
c) ( ) I – II – III – IV.
d) ( ) IV – III – II – I.
3 Dentre os exames contrastados, quais não necessitam da utilização do 
equipamento de seriografia para sua execução?
a) ( ) Seriografia de esôfago, estômago e duoendo.
b) ( ) Dacriocistografia e sialografia.
c) ( ) Urografia excretora.
d) ( ) Radiografia de tórax.
AUTOATIVIDADE
40
41
TÓPICO 6 — 
UNIDADE 1
RADIOPROTEÇÃO
1 INTRODUÇÃO
A fluoroscopia é frequentemente utilizada pelos profissionais de 
especialidades técnicas e clínicas, sendo necessária, portanto, a formação e 
sensibilização desses profissionais para os riscos das radiações ionizantes, 
incentivos para a utilização de proteções individuais e recomendações de 
radioproteção para a redução das doses compatíveis com os procedimentos 
médicos a serem executados.
A proteção radiológica é necessária em qualquer aplicação da radiação na 
medicina. Porém, nos procedimentos guiados por imagens fluoroscópicas, uma 
atenção maior deve ser dada aos demais profissionais que permanecerem na sala 
de exame, como técnicos, anestesistas, enfermeiros etc.
A limitação da dose é uma prática bem definida na proteção radiológica 
dos indivíduos ocupacionalmente expostos (IOEs). Cada IOE deve ser 
monitorado mensalmente para assegurar que não irá receber doses ocupacionais 
acima dos limites.
2 EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL E DO PACIENTE 
EM EXAMES CONTRASTADOS
Exames contrastados, diferentemente dos exames da radiologia 
convencional, causam maior tempo de exposição aos pacientes, aos profissionais 
da radiologia e aos médicos que atuam na sua execução.
 
Por isso, exige-se que seja bem planejado e acordado com o paciente sobre 
todo tempo de execução, devendo ocorrer, sempre que possível, a oferta dos 
coletes plumbíferos, conforme legislação.
 
As salas de exames têm paredes revestidas de material contendo chumbo 
ou barita, conforme legislação, e devem ter um local para os comandos do 
aparelho, como uma parede ou biombo de chumbo, para que o operador também 
esteja protegido durante a execução dos exames.
 
42
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS CONTRASTADOS E RADIOLOGIA INTERVENCIONISTA
Todos os profissionais que ali se encontram devem portar dosímetro para 
o monitoramento da dose de radiação, com algumas peculiaridades diferentes da 
radiologia convencional. As orientações do Comissão Internacional de Proteção 
Radiológica – ICRP são lembradas por Moura e Bacchin Neto (2015, p. 197):
Para aumentar a acurácia da dosimetria pessoal, a Comissão 
Internacional de Proteção Radiológica (ICRP), recomenda que sejam 
usados dois dosímetros na altura do tórax, sendo um sobre as proteções 
e outro por baixo destas. Desta maneira, será proporcionada uma 
estimativa mais segura das doses recebidas por esses profissionais. 
Dosímetros adicionais podem ser utilizados para medir as doses 
recebidas pelos cristalinos e pelas extremidades dos profissionais.
 
Quando possível, as salas de seriografia devem ter à disposição biombos 
móveis para que o profissional utilize caso precise permanecer na sala com o 
paciente durante os exames. Outros equipamentos de proteção radiológica 
indispensáveis são os coletes, óculos, protetores de tireóide e aventais plumbíferos. 
FIGURA 10 – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA INDIVIDUAIS: LUVA, PROTETORES 
GONODAIS, COLETES, ÓCULOS PLUMBÍFEROS E PROTETORES DE TIREOIDE
FONTE: <https://bit.ly/3fFtAFZ>. Acesso em: 3 out. 2019.
A colimação correta

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