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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
EDUARDO SOUZA GUARACHI
HENRIQUE GABRIEL PETRACHIN PUTTI
HELENA RIBEIRO ALVES
ORIANNA HELENA DE SOUZA COLMAN RODRIGUES 
PSICOLOGIA ESCOLAR E PROCESSOS EDUCATIVOS II – JOGOS COM REGRAS EXPLÍCITAS INFLUENCIA O DESENVOLVIMENTO DAS FUNÇÕES PSICOLÓGICAS SUPERIORES 
CORUMBÁ
2022
EDUARDO SOUZA GUARACHI
HENRIQUE GABRIEL PETRACHIN PUTTI
HELENA RIBEIRO ALVES
ORIANNA HELENA DE SOUZA COLMAN RODRIGUES 
PSICOLOGIA ESCOLAR E PROCESSOS EDUCATIVOS II
Trabalho apresentado à disciplina de Psicologia Escolar e Processos Educativos, ministrada pela Prof.ª Ana Maria de Vasconcelos Silva, realizada no sexto semestre do Curso de Psicologia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
CORUMBÁ
2022
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
 2 MÉTODO
 3 INTERVENÇÃO 
4 EFEITOS DA INTERVENÇÃO SOBRE O DESENVOLVIMENTO DA FPS
5 EFEITOS DA INTERVENÇÃO SOBRE O DESEMPENHO ESCOLAR 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 INTRODUÇÃO 
O trabalho apresentado pelo nosso grupo teve o objetivo de mostrar o resultado referente a uma pesquisa de doutorado publicada na Revista de Psicologia Escolar e Educacional em 2016, da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (ABRPEE), escrito pelos autores Silvia Nara Siqueira Pinheiro, Magda Floriana Damiani e Bento Selau da Silva. A pesquisa tratou de investigar: O Jogo com Regras Explicitas Influencia o desenvolvimento das Funções Psicológicas Superiores? 
Para responder a esta questão os autores nos relembram o quão necessário é estudar sobre a questão do fracasso escolar e nos apresenta uma série de conceitos criado pelos teóricos da psicologia histórico-cultural dando uma ênfase em Vigotsky. Para esse teórico, a interação social e o uso da linguagem são importantes para que haja a transmissão de conhecimento entre uma geração e outra, e é através da mediação do uso dos signos que que funções psicológicas como percepção, memória, atenção, entre outras se podem ser aprendidas.
Explicando o conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal ou ZDP, que também é um conceito proposto por Vigotsky, os autores nos mostram como se dá o desenvolvimento das funções psicológicas superiores nas crianças e que através da mediação por parte de quem ensina e da imitação por parte de quem aprende, é onde se encontra a possiblidade da aprendizagem. Essa, segundo os autores, é a mesma relação que se encontra em jogos e brincadeiras, portanto seria possível então, a utilização dos jogos com Regras Explícitas para o desenvolvimento das funções psicológicas superiores. 
2 MÉTODO 
A pesquisa que embasa este artigo caracterizou-se como uma intervenção estruturada em três etapas: avaliação inicial, intervenção com jogos de regras explícitas e avaliação após a intervenção. Foi realizada com três alunos que estavam cursando o 3º e o 4° anos do ensino fundamental de escola pública do interior do Estado do Rio Grande do Sul e que apresentavam história de fracasso escolar, ou seja, foram reprovados uma ou mais vezes, os alunos eram dois meninos de 11 anos e uma menina de 9 anos. Os sujeitos foram selecionados, em conjunto com as professoras, por meio da análise dos seus históricos escolares.
 A intervenção ocorreu em 2011 e 2012 e teve a duração de 14 encontros individuais com cada sujeito. Ocorria semanalmente, durante o horário escolar com tempo de duração ao redor de 40 minutos, na sala da orientadora educacional. Neles foram utilizados os jogos de “memória” (quatro encontros), “cara a cara” (cinco encontros) e “damas” (cinco encontros). A sequência dos jogos foi estabelecida tomando como critério sua complexidade (começando do mais simples). Em todos os encontros, realizou-se a mediação entre os sujeitos e o jogo, atuando na ZDP dos primeiros. A mediação consistiu: em repetir as falas das crianças, traduzir e questionar suas jogadas, procurando fazer com que elas tomassem consciência sobre o seu modo de jogar e, consequentemente, pudessem autorregular seu comportamento; fornece modelos de raciocínio; incentivar os sujeitos a imitar as jogadas da pesquisadora; ajudar, apoiar na realização de jogadas, dando dicas, corrigindo, solicitando explicações sobre elas, refletindo com a criança sobre suas estratégias, mostrando outras possibilidades de jogadas; e elogiar as boas jogadas realizadas – ações inspiradas nos procedimentos utilizados por Vygotsky.
 Os encontros foram gravados e desgravados, e as observações da pesquisadora foram anotadas em diário de campo. Os instrumentos utilizados para coletar os dados sobre as FPS dos sujeitos e seu desempenho escolar, na avaliação inicial e final dos alunos (nove encontros) foram o boletim de desempenho escolar, o Teste de Desempenho Escolar (TDE) (Stein, 1994) e os subtestes de informação, compreensão, dígitos, semelhanças e o de completar figuras da Escala de Inteligência Wechsler para Crianças – WISC – III. A aplicação dos testes WISC III e TDE foi realizada de modo assistido, ela fornece indicadores do potencial de aprendizagem da criança, avaliando-a em dois momentos: desempenho sozinha e com assistência. A avaliação assistida possibilita informações prospectivas e não retrospectivas do aluno. Os métodos de análise utilizados neste estudo tiveram o caráter qualitativo: foram o micro genético e a análise de conteúdo do tipo temática. As duas temáticas abordadas foram: a) o desenvolvimento das principais FPS trabalhadas na intervenção – memória, atenção, percepção, raciocínio – e avaliadas por meio dos subtestes do WISC III e das observações realizadas durante os encontros; e b) o desempenho escolar acompanhado por meio do boletim de notas, do teste TDE e entrevistas semiestruturadas. Todos os dados analisados foram submetidos aos processos de triangulação entre si.
3 INTERVENÇÃO 
A intervenção ocorreu por meio de jogos, sendo estes jogos de memória, cara a cara e damas, usados de forma mediada pela pesquisadora para que se desenvolvesse as FPS e também ajudar nas aprendizagens escolares dos alunos. A atenção, memória, raciocínio e tomada de consciência das ações dos alunos foi a principal motivação da intervenção, sendo então realizada por meio de encontros. 
No primeiro encontro foi estabelecida as regras de todos os jogos, e deixavam os alunos jogar, mas sem dar apoio, para e observar como eles iriam se desenvolver de maneira autônoma. Nas partidas posteriores de acordo com a necessidade foi dado apoio para que pudessem aprender a jogar corretamente, relembrando as regras sempre que preciso. 
Logo nas três primeiras partidas os três indivíduos claramente mostraram que não conseguiam seguir as regras do jogo, pois no jogo cara a cara onde apenas se podiam fazer perguntas que seriam respondidas com “sim” ou “não”, os participantes perguntavam coisas como “É homem?”, sendo assim as perguntas feitas não serviam para se chegar ao objetivo do jogo, além de que não abaixam a figura certa fazendo jogas erradas mostrando que tinham dificuldades para realizar raciocínio de exclusão, chegando ao final do jogo sem a carta que deveria ser identificada. 
No jogo de damas, andavam com as peças do jogo de forma errada, como por exemplo, andam para “trás”, o que não é permitido no jogo. No jogo de memória não conseguiam organizar as peças para que se facilitasse encontrar a sua peça respectiva, além de que não memorizavam o lugar das peças e assim demoravam localizar os pares, repetindo jogadas erradas. 
Isso nos mostram que havia uma dificuldade de atenção, memorização e compreensão, entre outras FPS relacionadas ao jogar, não conseguindo realizar estratégias e raciocínios. 
O apoio nos jogos foi demonstrar que crianças com idade escolar se desenvolviam melhor e cometiam menos erros quando possuíam auxilio de um adulto, utilizando-se de auxílios externos, principalmente a linguagem. Sendo assim a intervenção tinha como intenção de mostrar o desenvolvimento das FPS com o apoio externo, onde então era trabalhada a ZDP, desenvolvendo nos indivíduos capacidades que antes nãoconseguiam, como por exemplo a atenção, planejamento e memória. 
No jogo de memória era apontado aos sujeitos para que organizassem as peças por suas características, para que eles conseguissem executar com eficiência o jogo. No jogo cara a cara, também tiveram o auxilio onde se chamava atenção para as características dos indivíduos e ajudando na formulação das perguntas. No jogo de damas, a pesquisadora falava para que os alunos analisassem e observassem as jogas possíveis, planejando suas jogadas em voz alta, para que então os alunos vissem como ela raciocinava a própria jogada. 
Com isso no decorrer dos encontros realizados foi possível observar uma mudança em como os alunos jogavam, pois suas jogadas cada vez mais foram melhorando e tendo mais qualidade em ambos os jogos. 
4 Efeitos da intervenção sobre o desenvolvimento das FPS
 A intervenção, por meio do jogo, permitiu à pesquisadora observar quais habilidades e conhecimentos atingiam o NDR e que outras ZDPs estavam sendo desenvolvidas. Para Vygotsky (2009), o que está em determinado momento na ZDP, em outro momento poderá estar no NDR, se houver aprendizagem mediada. Trabalhar na ZDP não é criar, no jogo, um nível de exigência que a criança não possa atingir no momento – mesmo que lhe seja possibilitado o apoio ou trabalhar com um jogo no qual ela não tenha nenhuma dificuldade, mas sim saber criar a dificuldade adequada para que ela, com apoio, possa resolvê-la. É saber retirar o apoio e novamente possibilitá-lo em outras jogadas, para ir promovendo a aprendizagem e o desenvolvimento da criança, juntamente com a mediação da pesquisadora, promoveram, nos sujeitos da intervenção, uma tomada de consciência sobre seus processos mentais. Também possibilitaram a autoavaliação, ilustrando a afirmação de Elkonin, de que por meio do jogo a criança se avalia, conscientemente, quanto as suas habilidades e dificuldades.
 Após os alunos tomarem consciência sobre suas jogadas e sobre os problemas que elas apresentavam, percebeu-se que passaram a imitar os comportamentos e as jogadas da pesquisadora. Para Vygotsky, é necessário lembrar que a imitação é uma das vias principais de aprendizagem e de desenvolvimento das FPS. Se ela ocorre, significa que existe certo entendimento, compreensão da situação pelo sujeito e tomada de consciência da ação do outro. A avaliação final limitou-se à reaplicação dos itens nos quais a pesquisadora tinha possibilitado apoio e dos que os sujeitos não haviam acertado na avaliação inicial. O desenvolvimento dos alunos foi confirmado quando se triangularam os resultados desses subtestes com os obtidos no TDE – leitura, escrita e aritmética — as falas das mães, professoras, e com as notas escolares, decorrendo a aprovação deles no final do ano.
5 Efeitos da intervenção sobre o desempenho escolar 
	Os efeitos da intervenção sobre o desempenho escolar foram observados a partir dos dados de três alunos do ensino fundamental após a intervenção, esses dados foram levantados a partir de entrevistas com as mães, professoras, os próprios alunos e com a orientadora educacional e resultados das questões do teste de desempenho escolar (TDE). O primeiro aluno foi o Alcindo, que foi reprovado no 4° ano e tinha muita dificuldade principalmente em matemática. Após a intervenção, houve melhoras significativas na aritmética além de melhora em outras disciplinas, Alcindo relata que não sabia nada, mas quando a OE chegou ele começou a saber.
	A segunda foi a Janaína, que estava repetindo o 3° ano e tinha dificuldade em todas as disciplinas, porém com maior facilidade em aritmética. Após a intervenção ela apresentou avanço em todas as áreas e a OE relatou que ela passou a ficar mais concentrada e ligada. Ela apresentou melhora na escrita e na leitura segundo a mãe.
	O último aluno é o Vinicius que repetiu duas vezes o 2° ano e uma vez o 3° e apresentava dificuldades em ciências, português e na leitura, e segundo a mãe tinha maior facilidade na matemática pois só envolve cálculos. Com a intervenção, a mãe de Vinicius relatou uma grande melhora no português e que ele está prestando mais atenção e tem maior expectativa de ele passar de ano. Agora Vinicius vai até a mesa da professora para tirar dúvidas.
	Os resultados da intervenção indicam que os jogos instigam o avanço do seu desempenho intelectual, do seu FPS e criação de ZDPs.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A investigação nesse trabalho por meio de regras explícitas ficou caracterizado que a maneira mediada nos jogos, promovem o desenvolvimento das funções psicológicas, o qual diretamente reflete no desempenho escolar, por meio da microgenia, ou seja, pequenas variações ou mudanças e ou também novas formações observadas em todo tipo de processo de desenvolvimento.
O avanço se deu juntamente com os resultados dos testes aplicados WISC III e TDE e as notas escolares o qual sugeriu que os jogos com regras explícitas utilizado com a mediação da pesquisadora, criando assim a ZDP zona de desenvolvimento proximal gerando assim o desenvolvimento cognitivo, afirmando as ideias de Vigotisk, considerando assim o jogo um eficiente mediador nos sujeitos com história de fracasso escolar.
Neste sentido, a conclusão reforça a ideia da não naturalização do fracasso escolar com o suporte dos de vários jogos de tabuleiro, cara a cara, xadrez entre outros, desnaturalizando o fracasso do sujeito e aumentando a influência do desenvolvimento das funções psicológicas superiores (FPS), memória, percepção, atenção raciocínio e tomada de decisão.
Pela perspectiva histórica cultural desenvolvida por Vigotisk, Liontiev e Elkonin, se mostrou frutífera logo a primeira repetência do aluno e com o o seguimento dessa pesquisa mostrou-se apropriada nesse tipo de intervenção.
No entanto, cabe as escolas e os professores a importante mediação aluno professor também para desenvolver e transmitir os conhecimentos históricos construídos e embasarem no desenvolvimento das funções psicológicas superiores (FDS) por meio do qual o aluno aprende a ler, escrever e realizar cálculos e a jogar, com esse método é possível desenvolver o sujeito e contribuir para o papel social que ele ocupará na sociedade.
REFERENCIA BIBLIOGRAFICA 
Pinheiro, Silvia Nara Siqueira, Damiani, Magda Floriana e Silva, Bento Selau da O Jogo com Regras Explícitas Influencia o Desenvolvimento das Funções Psicológicas Superiores? . Psicologia Escolar e Educacional [online]. 2016, v. 20, n. 2 [Acessado 2 Outubro 2022], pp. 255-264. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/2175-353920150202960>. ISSN 2175-3539. https://doi.org/10.1590/2175-353920150202960.

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