Sabrina Feitosa de Sousa Psicologia Educacional|UDF Sabe-se que nem todos têm acesso ao ensino superior. Apesar da falta de igualdade no acesso, observa-se que a porcentagem de pessoas com ensino superior, nos países em desenvolvimento, tem aumentado graças a fatores como: crescimento demográfico, melhor educação básica, atender às exigências do mercado de trabalho, reduzir a desigualdade, elevar o nível de escolaridade da população e diferentes incentivos aos estudos (BISINOTO; MARINHO; ALMEIDA, 2011). A fim de aumentar o número de pessoas com ensino superior, é preciso pensar políticas públicas em dois sentidos: 1. igualdade de acesso: as camadas mais pobres da sociedade não possuem o mesmo acesso ao ensino superior que as classes média e alta possuem; e 2. permanência no curso: alunos mais pobres tendem a desistir do curso porque precisam trabalhar para garantir o seu próprio sustento, bem como prover meios para que permaneça no curso (BISINOTO; MARINHO; ALMEIDA, 2011). No ensino superior, os profissionais da psicologia atuam com foco no aluno, em seu processo de transição e ajustamento para o ensino superior, bem como atuando no envolvimento e sucesso acadêmico (BISINOTO; MARINHO; ALMEIDA, 2011). Em uma perspectiva ampliada, que tira o foco apenas do aluno, os psicólogos escolares atuam no ensino superior realizando: avaliação das práticas educativas, da satisfação e da aprendizagem, a fim de ser capaz de sugerir intervenções que melhorem as habilidades profissionais dos professores e, em consequência, o aprendizado dos alunos (BISINOTO; MARINHO; ALMEIDA, 2011), desenvolver atividades preventivas. Nessa perspectiva, todos alunos são atendidos, mesmo alunos que não tenham deficiência ou uma dificuldade de aprendizagem. Segundo Witter (1999, como citado em BISIONTO; MARINHO; ALMEIDA, 2004), a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) abre portas para a atuação do psicólogo escolar nas seguintes atribuições: "assessoria ao processo de ensino-aprendizagem; participação nos processos de seleção e treinamento do corpo docente e técnico; docência em Psicologia e em outras áreas; realização de pesquisas; envolvimento com publicação científica em Psicologia Escolar; planejamento, desenvolvimento e avaliação de programas e cursos na área de Psicologia, e outros". De acordo com Marinho-Araújo (2009, como citado em BISIONTO; MARINHO; ALMEIDA, 2004), a atuação do psicólogo escolar no ensino superior acontece em três dimensões: 1. Gestão de Políticas, Programas e Processos Educacionais na IES: assessorar a gestão institucional, o que pode implicar em participar da elaboração e revisão do Projeto de Desenvolvimento Institucional (PDI), acompanhar os procedimentos de autoavaliação institucional, participar da prática de projetos educacionais, monitorar os indicadores do compromisso social, participar da ambientação de funcionários e docentes, assessorar a definição e reformulação dos perfis Psicologia Escolar (no ensino superior) Sabrina Feitosa de Sousa Psicologia Educacional|UDF docentes, discentes e técnicos, participar de programas de formação continuada para docentes, coordenadores de cursos e funcionários técnico-administrativos. 2. Propostas Pedagógicas e funcionamento de cursos: colaborar na análise das diretrizes curriculares nacionais (DCNs), acompanhar o processo ensino- aprendizagem e sua vinculação com as DCNs, analisar Projetos Pedagógicos dos Cursos (PPCs), investigar concepções que os profissionais têm sobre a educação e avaliação. 3. Perfil do estudante: promover discussões sobre o desenvolvimento adulto, aspectos sociodemográficos, familiares, socioeconômicos e suas relações com o processo de formação e construção da cidadania, elaborar junto aos profissionais da educação estratégias para verificar como o desenvolvimento de competências está acontecendo nos estudantes. Referências BISINOTO, C.; MARINHO, C.; ALMEIDA, L. A atuação da psicologia escolar na educação superior: algumas reflexões. Revista Portuguesa de Pedagogia, p. 39–55, 1 jul. 2011. Veja Também: Sistema Educacional Brasileiro Curte, salva e comenta o que achou!