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Estrongiloidose Strongiloides Importância • É próximo a parasitas de plantas ou de vida livre. Além disso é bem próximo morfologicamente ao Parastrongylos stercoralis, que apresenta alternância de gerações, mas não causa patologia • Alternância de vida livre e parasitaria • O diagnóstico é difícil. Estudos recentes mostram que as infecções sejam ainda maiores em todo o mundo. E isso elevaria um até 8% da população mundial, 600 mil pessoas. Taxonomia Filo Nematoda Classe Chromadorea Ordem Rhabditida Subordem Tylenchina Tylenchomorpha Strongyloides Todos Strongyloides são morfologicamente parecidos e pequenos e parasitas do trato gastrointestinal de mamíferos, aves, repteis e anfíbios, não parasitam peixes segundo a literatura. O gênero tem cerca de 50 espécies. epresentam alto grau de especificidade na relação parasita- hospedeiro Ciclo Temos um hospedeiro com o verme adulto que se desenvolve no intestino delgado. Esse parasita penetra completamente na mucosa do intestino, a fêmea elimina os ovos que possuem embriogênese rápida, na maioria das vezes as larvas são eliminadas nas fezes e em casos de desinteria temos a liberação de ovos. A larva eliminada é rabditoide e se alimenta de matéria orgânica, vira L2 e L3 no ambiente, e posteriormente pode seguir tanto um ciclo de vida parasitário quanto de vida livre. No ciclo de vida parasitário. A larva infecta o hospedeiro e da continuidade ao ciclo. No ciclo de vida livre esse verme, peculiarmente, pode se desenvolver em L1 até L5 no meio externo, se transforma em vermes adultos dioicos, se reproduzem e dão continuidade ao ciclo. Isso possibilita que o hospedeiro frequente tanto o meio externo quanto a vida parasitaria. A larva Rabditoide é sensível a condições como temperatura, disponibilidade de alimento e de humidade. Essa geração de vida livre pode ser uma única geração ou várias, permitindo ampliar o número de indivíduos no meio externo. Essa determinação ocorre no inicio do desenvolvimento do nematódeo, pois depois de L3 filariose ou de vida livre a larva não volta A fase parasitaria é formada apenas por fêmeas e os ovos são formados por partenogênese mitótica, geneticamente semelhantes e não ocorre reprodução sexuada. Com isso, eu formo larvas de vida livre que vão se tornar fêmeas e machos por determinação genética de vida livre ou fêmeas de vida parasitaria. As fêmeas parasitas e de vida livre são morfologicamente diferentes. Na maioria das espécies já foi identificado que mesmo por mitose machos e fêmeas tem diferenças genéticas, as fêmeas são diploides com numero de quatro cromossomos autossômicos e elas tem dois cromossomos X, cromossomos sexuais; já os machos, as larvas que serão machos, também possuem quatro cromossomos autossômicos e na mitose recebem apena um X cromossomo sexual. Pesquisas recentes mostram que existem uma serie de fatores ambientais que estão relacionados com essa expressão, ou seja, que essa determinação também possui influência da epigenética . O genoma é idêntico de fêmeas parasitas e de vida livre, a expressão desse genoma que vai varia frente a diferentes fatores genéticos e ambientais como a resposta imunológica do hospedeiro, além da temperatura do ambiente, disposição de nutrientes, humidade e outros. Essa descoberta se deu por meio das manipulações de diferentes condições ambientais e hormonais na qual tiramos a conclusão que as condições ambientais tem uma influência grande e que é um hormônio que gerencia essa expressão genica. Uma fêmea parasita elimina ovos que podem ser geneticamente machos ou fêmeas, tanto de vida livre quanto de vida parasitária, formando uma larva L1 que pode se diferenciar em filarioides ou de vida livre. Se eu tenho condições ambientais desfavoráveis no inicio do desenvolvimento, isso ou no solo ou dentro do hospedeiro, esse verme não vai produzir um hormônio que não lida a um receptor nuclear deixando de expressar alguns genes, em contrapartida, se o ambiente esta adequando a larva produz o hormônio que se liga ao receptor nuclear que vai expressar vários genes e continue seu desenvolvimento se tornando L3 e L4 e fêmea de vida livre. Ou seja, os fatores ambientais interferem na produção desse hormônio. Uma vez que passa um hospedeiro e a larvas filarioides são ativadas e penetram no hospedeiro, o ambiente dentro do hospedeiro é propício e ela volta a produzir os hormônios possibilitando que ela expresse os genes e se transforme em fêmea de vida parasitaria. Importância veterinária São vermes pequeno e o dano e sintomatologia vai depender da idade do hospedeiro e do nível de parasitemia. Existem relatos na literatura que a larva pode passar pelo leite da mãe para o filhote, e animais jovem apresentam maior sintomatologia. O uso de antiparasitários é fundamental. Existe a possibilidade de infecções de cães e gatos, ou seja, podem atuar como reservatório para infecção humana, apesar de que alguns locais as cepas que tem no cão e no homem são diferentes. Na Europa os focos de transmissão normalmente estão envolvidos na presença do cão Strongyloides stercoralis Estudos indicam que existem pelo menos 100 milhões de pessoas infectadas pelo nematódeo e que se localizam principalmente em ambientes tropicais, pois a larva vive no ambiente externo e por isso é sensível a temperatura e humidade. É uma parasitose com prevalência maior em trabalhadores rurais e de minas. Muitas vezes a prevalência dessa parasitose é maior onde a higiene não é comum como presídios. Doenças autoimunes estão relacionadas com uma maior prevalência desse parasita Dependendo do nível de parasitose pode ser fatal, principalmente por ser, na maioria das vezes, assintomática Na vida parasitaria encontramos apenas fêmeas, pequenas e que penetram completamente na mucosa intestinal. Essas fêmeas vão produzir poucos ovos por partenogênese. Como penetram completamente uma endoscopia não conseguimos visualizar o verme, pois vai estar dentro da mucosa, geralmente entre endotélio e lâmina própria. Esses ovos são eliminados na mucosa do intestino delgado e a embriogênese ocorre rapidamente. No ciclo os ovos rapidamente se embrionam e eclodem, a maioria das larvares rabditoides sai nas fezes e vai dar origem a um ciclo de vida livre ou parasitário. Parte dessas larvas vão se diferencias em L1, L2 e Filarioides. As larvas filarioides detectam a presença do hospedeiro, penetram na pele do hospedeiro, vão para a circulação e passivamente são carreadas para o coração, depois para o pulmão, no pulmão ela sobe a arvore brônquica é deglutida e volta para o intestino. Parecido com Ancylostoma com a diferença de que pode ter um ciclo de vida livre. Autoinfecção Como a larva Rabditoide se desenvolve rapidamente, uma pequena porcentagem dessas larvas pode chegar até larva filarioides no intestino grosso por exemplo, antes de sair do hospedeiro, com isso a larva penetra na mucosa do intestino, reto ou região perianal, causando autoinfecção. Com isso a larva penetra na mucosa, cai na circulação, migra para o pulmão e cai novamente no trato digestivo. O hospedeiro pode aumentar sua carga parasitaria sem se expor a solo contaminado permitindo morrer por hiperinfecção. • Pacientes recém transplantados ou que fazem o tratamento de câncer podem ter imunossupressão que favorece o quadro de autoinfecção No Brasil, para transplante é obrigatório um exame de fezes, mas na maior parte do mundo não, possibilitando um quadro fatal causado por uma alta parasitemia em pacientes imunossuprimidos. • O uso de anti-inflamatórios também é preocupante pois resulta em imunossupressão possibilitando que esse quadro agrave pois inibe o sistema imunológico que destruiria as larvas que faz autoinfecção, aumentando esse quadro. Corticoides além de inibir a resposta imunológica produzem esteroides pela degradação de corticoidesque estimulam o desenvolvimento da larva, pois a larva produzir um hormônio corticoide semelhante acelerando o seu metabolismo. Ou seja, ela não é destruída e desenvolve mais rápida • Um outro fator preocupante é o alcoolismo que aumenta o nível de cortisol que quando degradado também forma esteroides que aumentam o desenvolvimento da larva. Além disso causa desnutrição, afeta a resposta imunológica, possibilitando um quadro grave. Uma pessoa pode se infectar em uma área endêmica, voltar para seu país e, depois de anos, esse indivíduo entra em um processo de imunossupressão e morre de Strongyloides generalizada, pois esse quadro possibilita maiores autoinfecções, podendo causar morte em até 80% dos pacientes, e responde mal ao tratamento Patologia e Patogenia A patologia de Strongiloides no homem vai estar associada por onde esse verme passa, da carga parasitaria. A maioria é assintomática ou apresenta sintomas leves como dores abdominais e desnutrição, impossibilitando um diagnostico rápido. • Sintomas intestinas • Sintomas respiratórios • Sintomas Cutâneos • Sintomas neurológicos como quadros de meningites pela presença da larva no sistema nervoso central Abaixo podemos ver um quadro fatal de um fazendeiro que vivia em uma província da China, foi para o médico se queixando de diarreia e tosse e outros sintomas. O médico diagnosticou problemas renais e prescreveu prednisona, um cortisol. Ao lado observamos a figura de dois dias depois e observamos que o uso de anti-inflamatório aumentou muito o quadro de autoinfecção o que levou o paciente a óbito Diagnostico As fêmeas produzem poucos ovos, ou seja, eliminam poucas larvas nas fezes e é difícil encontrar, por isso existem técnicas com maior eficácia para a concentração das larvas, método de Baermann-Moraes. Nessa técnica. Colocamos as fezes acima sem o fixador em contato com a água aquecida. A larva tem hidrotropismo positivo e termotropismo positivo, com isso ela vai migrar para a água e por gravidade ela vai se depositar no fundo, depois eu pipeto esse liquido no fundo e faço a analise. A diferença da larva Rabditoide em Strongyloides é que essa tem a cavidade bucal curta, e primórdio genital é muito visível, já em Ancylostoma a cavidade bucal é longa e o primórdio genital não é tão visível. A larva filarioides de Strongyloides observamos uma calda levemente bifurcada, truncada, que é a forma infectante Controle e profilaxia • Identificação e tratamento dos doentes • Saneamento e educação • Cuidados especiais a pacientes que vão ser submetidos a um tratamento de imunossupressão longo
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