Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Elaborado por: Nórgio Pedro Diano Página 1 Nórgio Pedro Diano A POSTILA DE QUÍMICA GERAL (CADERNO DE APONTAMENTOS) Zambézia - Milange 2013 Elaborado por: Nórgio Pedro Diano Página 2 Agradecimentos É difícil agradecer, sobretudo quando não se sabe por quem começar, ou porque reconhece que de tão pequenino que é só sobrevive graças aos próximos. Mas nesta obrigação que tenho, fá-lo- ei, me desculpando dos que mi esqueci neste momento. À Deus, cheio de misericórdia porque é com o seu perdão sem fim e sem outro igual, que vivo na companhia de todos vós. Aos meus pais Pedro e Jacinta, por tudo e tudo cujo tamanho não encontro palavra para quantificar. À minha noiva Matilde, cofre dos meus verdadeiros defeitos, pelo companheirismo e compreensão durante a elaboração deste trabalho. Ao Norte, Belino e Onilda, porque na companhia deles, percebi o quanto é bom mas muito bom ter e ser um amigo. Aos meus colegas de trabalho, grupo de disciplina de química (Armando Danquene, Manuel Paulino, Adolfo Raul e Abdul remade, pelas enormes contribuições. À Direcção da Escola Secundária Geral de Milange, e sobretudo ao Director Pedro Emílio, pelo apoio enorme e pela maneira inteligente como tem conduzido o seu ″rebanho″. A todos colegas, pelo bom clima de trabalho. Aos meus melhores estudante, porque foi por eles que nasceu em mim a iniciativa de escrever- lhes estes apontamentos para subsidiar o seu material de consulta. À todos os que directa ou indirectamente estiveram por perto em algum momento e apoiaram neste ou noutros momentos. Elaborado por: Nórgio Pedro Diano Página 3 Dedicatória Aos nossos carros alunos e todos nossos leitores, que isto lhes sirva de mais um guia nos seus estudos. À todos irmãos deste vasto território, que em cada passo no seu aprimoramento, saibam dar graças à Deus com oferendas de coração e com amor ao próximo. Elaborado por: Nórgio Pedro Diano Página 4 Sobre o autor Não tem muitos registos, a não ser o facto de não ter nascido chorão a semelhança de outros meninos, na cidade de Quelimane. Filho de pais camponeses e muito desfavorecidos, o segundo dos seis irmãos, radicalizou-se e cresceu no Gurúè. Estudou nas escolas: Primária de Namuinho em Quelimane, Primária Completa dos Montes Namule no Gurúè e fez o ensino secundário geral na Escola Secundária e Pré-Universitária de Gurúè. Em relação a sua base de conhecimentos, tem o bacharelato e a licenciatura em ensino de Química com abilidades em Matemática, que fez na Universidade Pedagógica Delegaçao de Quelimane. Trabalhou na mesma Universidade em 2010 como monitor de Métodos de Ensino e Investigação Científica (MEIC), Qímica básica, Química Geral, Química física-I, enquanto dedicava-se em Química Analítica. Neste ramo de análises, enquanto estudante da UP, recebeu por duas vezes “prémios de ouro” nas jornadas científicas de 2008 e 2009 ao demosntrar trabalhos sobre “Determinação da Qualidade de Vinágre”e “Determinação do teor energético dos alimentos básicos”. Colaborou com estudantes do seu curso na feira provincial de ciências e tecnologia de 2010, onde participaram estudantes de todas Universidades da Zambézia e empresas públicas e privadas. Um dos maiores sonhos na sua vida, é ter oportunidade de editar e publicar o seu livro literário (Romance), já acabado. Actualmente é Docente de Química na Escola Secundária geral de Milange. Para sugestões e contribuições npdiano@gmail.com Milange, Bairro Eduardo Mondlane +258 825677393 ou +258 842858030 Somos gratos por tudo. mailto:npdiano@gmail.com Elaborado por: Nórgio Pedro Diano Página 5 Mensagem do autor para os estudantes Foi pensando em ti caro estudante, que desenvolvemos este projeto na perspectiva de virmos a lhe ajudar com mais um Guia. Este material bibliográfico intitulado “A Postila De Química Geral (Caderno De Apontamentos)” contem duas grandes partes que ao nível dos programa de ensino, a primeira se enquadra a 11ª Classe e a segunda à 12ª Classe. Nesta primeira parte compreende sete (7) unidades com base no programa de ensino e na segunda quatro (4) com exclusão da unidade V (Química orgânica). Carro estudante ou leitor, apesar deste como qualquer outro material bibliográfico oferecer algumas lacunas sob certos pontos de análise, garantimos e temos fé que contem o tronco básico suficiente para chegar aos seus objectivos de classe. A sua abordagem, não se limitou somente na síntese dos cnteúdos, mas quando fosse necessário descrever com detalhes alguns aspectos para a sua melhor compreensão, assim fê-los. Reconhecemos que este material apresenta uma insuficiência de exercícios resolvidos, mas foi a propósito que se fez, porque isto é apenas o primeiro guia para si, que será complementado pelo segundo guia que é o seu professor, ao exercitarem na sala de aulas. Mas para os casos mais práticos, que carecem de facto de prior exercitação, apresentamos com maior detalhe possível resolução de certos exercícios. A elaboração baseiou-se nas bibliografias já existentes e nas análises e contribuições do autor e a estrutura obedece rigorosamente o programa de ensino, tendo feito muito poucas inversões por tere achado necessário para a espiralidade do ensino. Tivemos certas dificuldades ao fazermos certas figuras, mas não são graves para disviar os seus objectivos. Os exercícios propostos em cada unidade, foram previamente analizados e são melhores para os seus estudos em casa e prometemos trazer no final as soluções dos mesmos na futura impressão. Queremos chagar ao fim do projecto, por isso esperamos vossas colaborações, enviem-nos vossos comentários, sugestões e contribuições. Elaborado por: Nórgio Pedro Diano Página 6 Índice Geral Página PARTE I Conteúdos programáticos da 11ª Classe 1ª Unidade temática: Conceitos Fundamentais ………………………………………………….13 2ª Unidade temática: Estrutura Atómica ………………………………………………………...35 3ª Unidade temática: Tabela Periódica ………………………………………………………….56 4ª Unidade temática: Ligação Química…………………………………………………………..76 5ª Unidade temática: Classes principais dos Compostos Inorgânicos…………………………...91 6ª Unidade temática: Soluções………………………………………………………………….113 7ª Unidade temática: Termoquímica……………………………………………………………127 PARTE II Conteúdos programáticos da 12ª Classe 1ª Unidade temática: Cinética Química………………………………………………………...137 2ª Unidade temática: Equilíbrio Químico………………………………………………………152 3ª Unidade temática: Equilíbrio Químico em Solução Aquosa………………………………...161 4ª Unidade temática: Reacções Redox e Electroquímica………………………………………186 Elaborado por: Nórgio Pedro Diano Página 7 Índice específico Conteúdo Página PARTE I UNIDADE I Conceitos Fundamentais………………………………………………………...13 1.1. A Química como ciência. As características do método científico…………………………13 i. Importância da Química………………………………………………………………………..13 1.1. 1. Propriedades das substâncias……………………………………………………………..14 i. Propriedades funcionais e gerais…………………………………………………………14 ii. Propriedades específicas…………………………………………………………………15 1.1.2 Matéria e sua classificação ………………………………………………………………...16 i. Mistura e substância pura (elementar: simples e composta)……………………………..18 1.2. Métodos de separação de misturas…………………………………………………………..20 1.3. Linguagem Química…………………………………………………………………………20 1.3.1. Diferença entre elemento químico e substância elementar……………………………….21 1.3.2 Diferença entre mistura e composto químico……………………………………………..21 1.4. Cálculos estequiométricos…………………………………………………………………..21 1.4.1Conceitos principais em estequiometria …………………………………………………..21 1.4.2 Tipos de estequiometria e os procedimentos de cálculos …………………………………24 Outros exercícios ………………………………………………………………………………..28 UNIDADE II Estrutura Atómica …………………………………………………………...35 2.1. Desenvolvimento da teoria atómica e do modelo atómico………...………………………..35 2.1.1. O Modelo de John Dalton ………………………………………………………………...36 2.1.2. Modelo de Thomson ……………………………………………………………………...37 2.1.3 O átomo de Rutherford .......................................................................................................37 2.1.4. O átomo de Niels Bohr........................................................................................................40 2. 2. Radioactividade……………………………………………………………………………..42 2.3. Partículas fundamentais do átomo………………………………………………………..42 2.4 Mecânica quântica…………………………………………………………………………..44 2.4.1 Níveis e subníveis de energia……………………………………………………………...44 2.4.2Distribuição electrónica em níveis e subníveis de energia ………………………………...44 Elaborado por: Nórgio Pedro Diano Página 8 i. Princípio de exclusão de Pauli………………………………………………………………...44 ii. Regra de Hund………………………………………………………………………………...45 2.5. Números quânticos…………………………………………………………………………..47 2.6. Relação entre a estrutura electrónica e as propriedades químicas dos elementos……...…...51 OUTROS EXERCÍCIOS ………………………………………………………………………..51 UNIDADE III Tabela Periódica………………………………………………………………56 3. O Longo percurso no desenvolvimento da tabela periódica e da lei periódica……………….59 3.1 A importância da Tabela e da Lei Periódica de Mendeleev…………………………………61 3.2. Características da Tabela Periódica moderna……………………………………………….61 3.2.1. Os Grupos…………………………………………………………………………………61 3.2.2 Períodos (níveis ou camadas)………………………………………………………………63 3.2.3 Classificação dos elementos da tabela periódica…………………………………………..63 3.2.4 Ocorrência dos elementos da tabela periódica……………………………………………..65 3.3. Propriedades periódicas e aperiódicas ……………………………………………………...65 3.3.1 Variação das propriedades dos elementos em função da sua posição na tabela periódica ………………………………………………………………………………….66 3.4. Relação entre a distribuição electrónica e propriedades químicas dos elementos ………….72 3.5. Importância da estrutura atómica……………………………………………………………73 OUTROS EXERCÍCIOS ………………………………………………………………………..73 UNIDADE IV Ligação química………………………………………………………………..76 4.1 Tipos de ligação e estrutura de Lewis………………………………………………………..76 4.1.1 Ligação Iónica ……………………………………………………………………………..76 4.1.2. Ligação covalente…………………………………………………………………………78 i. Tipos de ligação covalente…………………………………………………………………….79 ii. Geometria espacial das moléculas…………………………………………………………….80 iii. Polaridade das substâncias……………………………………………………………………82 iv. v. Estrutura espacial de moléculas simples…………………………………………………...83 v. Estrutura de Lewis para iões .....................................................................................................85 4.3. Ligação metálica ……………………………………………………………………………85 OUTROS EXERCÍCIOS ………………………………………………………………………..87 Elaborado por: Nórgio Pedro Diano Página 9 UNIDADE V Classes principais dos Compostos Inorgânicos…….…………………………91 5.1. Óxidos……………………………………………………………………………………….91 5.1.1 Classificação dos óxidos …………………………………………………………………..91 5.1.2. Nomenclatura dos óxidos e propriedades químicas dos peróxidos e superóxidos ..……...93 5.2.Ácidos………………………………………………………………………………………..95 5.2.1.Propriedades químicas……………………………………………………………………..95 5.2.2. Teoria de dissociação electrolítica ………………………………………………………..96 5.2.3. Classificação dos ácidos ………………………………………………………………….96 5.2.4 Nomenclatura………………………………………………………………………………97 5.2.5 Principais ácidos e sua aplicação…………………………………………………………..98 5.3.Bases………………………………………………………………………………………..100 5.3.1 Classificação das bases ………………………………………………………………….100 5.3.2 Propriedades químicas……………………………………………………………………102 5.3.3 Principais bases e suas aplicações………………………………………………………...102 5.4.Sais………………………………………………………………………………………….103 5.4.1 Classificação dos sais …………………………………………………………………….104 5.4.2 Nomenclatura. Propriedades químicas……………………………………………………105 5.4. 3. Ocorrência e aplicações dos sais mais importantes……………………………………..107 OUTROS EXERCÍCIOS ………………………………………………………………………109 UNIDADE VI Soluções……………………………………………………………………….113 6.1. Classificação das soluções ………………………………………………………………...113 6.2. Tipos de concentração……………………………………………………………………...115 6.3. Cálculos de diluição e mistura de soluções………………………………………………...117 6.4. Importância das soluções…………………………………………………………………..119 6.5. Propriedades coligativas das soluções……………………………………………………..119 OUTROS EXERCÍCIOS ………………………………………………………………………121 UNIDADE VII Termoquímica……………………………………………………………….127 7.1. Conceitos de energia, trabalho, calor e temperatura e entalpia…………………………….127 7.2. Tipos de reacção quanto ao efeito energético (Endotérmica e Exotérmica)……………….128 7.3. Equação termoquímica……………………………………………………………………..128 7.4. Lei de Hess e Diagramas de entalpia ……………………………………………………...129 7.4.1. Determinação experimental e cálculo de entalpia nas reacções químicas……………….131 Elaborado por: Nórgio Pedro Diano Página 10 7.4.2. Tipos de entalpia ………………………………………………………………………...132 7.4.3. Factores que influenciam o valor da entalpia……………………………………………133 PARTE II UNIDADE I. Cinética química……………………………………………………………….137 1.1 Conceito. Reacções rápidas e lentas………………………………………………………..137 1.1.1 Tipos de reacções quanto a velocidade…………………………………………………...137 1.2. Teoria de colisões. Complexo activado……………………………………………………137 1.3. Energia de activação e constante de velocidade…………………………………………...139 1.4. Velocidade de uma reacção………………………………………………………………..139 1.4.1 Velocidade instantânea…………………………………………………………………...141 1.6. Factores que afectam a velocidade de uma Reacção química……………………………..143 1.7. Lei da velocidade para reacções não-elementares (mecanismo de reacção)………………146 OUTROS EXERCÍCIOS ………………………………………………………………………146 UNIDADE II 2.1 Equilíbrio químico …………………………………………………….....152 2.2. As características do estado de equilíbrio………………………………………………….152 2.3. O princípio de Le Chatelier e os factores que afectam o estado de equilíbrio……………..153 2.4. Constante de equilíbrio (Kc e Kp) ………………………………………………………...155 2.4.1. A posição do equilíbrio e valor da constante de equilíbrio………………………………157 2.4.2. Relação entre a Kc e a energia livre de Gibbs (ΔG)……………………………………..157 OUTROS EXERCÍCIOS……………………………………………………………………….158 UNIDADE III Equilíbrio químico em solução aquosa……………………………………..161 3.1. Desenvolvimento da teoria ácido –base …………………………………………………...161 3.1.2. Reacção protolítica. Pares conjugados de ácido/base……………………………………164 3.1.3.Forças de ácidos e de bases. Constantes de ácidos (Ka) e de base (Kb)………………….164 3.2. Equilíbrio iónico da água: Produto iónico da água (Kw)………………………………….165 i. Relação entre Ka Kb e Kw…………………………………………………………………...166 3.5. Conceitos de pH e pOH. Escala de pH e pOH……………………………………………..166 3.5.1. Relação entre pH e pOH…………………………………………………………………167 3.5.2.Cálculo de pH de ácidos e bases fortes…………………………………………………...167 3.5.3.Cálculo de pH de ácidos e bases fracos…………………………………………………..168 Elaborado por: Nórgio Pedro Diano Página 11 3.5.4. Hidrólise e P H de soluções de sais………………………………………………………..168 3.6. Solução tampão: Conceito e preparação…………………………………………………...170 3.6.1. Cálculo de pH de solução tampão………………………………………………………..171 3.6.2. Fórmula tampão e razão tampão…………………………………………………………174 3.6.3. Indicadores ácido-base; ponto de equivalência e zona de viragem do indicador ……….174 3.7. Solubilidade (S) e produto de solubilidade (Ks ou Kps)…………………………………..176 3.8. Titulação ácido-base ………………………………………………………………………178 3.8.1. Ponto de equivalência de uma titulação …………………………………………………179OUTROS EXERCÍCIOS ………………………………………………………………………182 UNIDADE IV. Reacções Redox e Electroquímica…………………………………………186 4.1.Reacções redox……………………………………………………………………………..186 4.1.1 Agente redutor e agente oxidante e pares conjugados redoxs …………………………186 4.1.2. Número de oxidação e regras para a sua determinação………………………………...186 4.1.3. Forças de oxidantes e redutores………………………………………………………...187 4.1.4. Potencial normal redox e série de reactividade de metais e de ametais………………...188 4.1.5. Acerto de equações redox………………………………………………………………190 a) Método de variação de número de oxidação ……………………………………….190 b) Método ião-electrão………………………………………………………………...191 4.2. Electroquímica …………………………………………………………………………….192 4.2.1. Pilha ou célula galvânica………………………………………………………………...192 4.2.2. Tipos de eléctrodos………………………………………………………………………193 4.2.3 Potencial do eléctrodo…………………………………………………………………….194 4.2.4 Determinação da f.e.m. duma pilha………………………………………………………195 4.3.1. Célula de electrólise……………………………………………………………………...197 4.3.2 Electrólise de soluções aquosas ………………………………………………………….197 4.3.3. Electrólise de substâncias iónicas fundidas ……………………………………………..198 4.3.4 Leis de Farraday…………………………………………………………………………..198 OUTROS EXERCÍCIOS………………………………………………………………………199 Elaborado por: Nórgio Pedro Diano Página 12 PARTE I O cérebro desta primeira parte, é sem dúvida, a tabela periódica Elaborado por: Nórgio Pedro Diano Página 13 UNIDADE I 1. Conceitos Fundamentais 1.1. A Química como ciência. As características do método científico. A Química como ciência, é uma disciplina que investiga, experimenta e tira conclusões sobre os fenómenos que ocorrem na natureza. Em sua investigação a Química usa o método científico, caracterizado fundamentalmente pela experimentação. Para além desta característica, os “investigadores da química” deparam-se com a observação, colheta de dados, análise dos dados, interpretação das constatações e anomalias e finalmente as conclusões que levam à leis (quantitativas e qualitativas) da Química. Ex. a lei de conservação de massa e das proporções múltiplas. i. Importância da química A química como se referio, é uma vasta ciência de estudo, cuja aplicação se abrange a vários ramos a saber: Farmácia – esta é uma vasta área que estuda entre outros factos, os fármacos (medicamentos curativos) que na sua maioria são comostos químicos formados por meio de reacções químicas complexas. Exemplo: Al(OH)3 hidróxido de alumínio que cura as dores de estómago. A asperina (ácido acetil salicílico) analgésico. A vitamina C (ácido ascórbico) cuja auséncia provoca (afta). Os sabonetes curativos da pele são produzidos com uma mistura de produtos químicos. Medicina – a medicina é outro ramo mais complexo ainda que estuda reacções químicas tanto que resultam em deseclibrio do organismo (doença) como que podem cura-lo. Para além da medicina convencional, existe a medicina tradicional que usa folhas sementes ou raízes de plantas que contem uma série de substâncias químicas que quando administradas ao paciente (doente), aliviam ou curam a dor. Agricultura – que se dedica ao cultivo de plantas (que geram comida, fruta, sombra, madeira etc) que cada uma carece de um solo específico, em cujo tratamento se aplicam os adubos químicos tanto para adubar (estrumar) como para corrigir o p H do solo de modo a se tornar mais apropriado para a produção da espécie em causa. Veterinária - a ciência que cuida dos animais, cujo tratamento (alimentação - ração e higiene) envolve uma série de produtos químicos. Elaborado por: Nórgio Pedro Diano Página 14 Indústria de automóveis- as chapas de automóveis os plásticos, as reacções de combustão que funcionam o motor são no seu todo, um conjunto de processos químicos. Meteorologia – os metrólogos estudam o estado do tempo, prevêm a queda das chuvas entre outros fenómenos da natureza, ligados com a precipitação atmosférica, que são reacções químicas entre os gases atmosféricos. Dispororto – nas pcinas por exemplo, a água deve ser tratada com produtos químicos para não causar doenças. São colocados tampões para não alterar o pH da água. Os jogadores quando contraem ferimentos ligeiros, usam produtos químicos para aliviar a dor. Os sabonetes de diferentes naturezas, o creme dental, os cremes de pele, os produtos de beleza, são produtos químicos. A confecção de roupas seria irrealizável sem o algodão e a lã. No supermercado, a maioria dos produtos provém de indústrias químicas, sem estas provavelmente só venderiam produtos adquiridos diretamente da natureza. Em nossas casas existem também muitos materiais químicos, principalmente no tijolo, na areia, no cimento na madeira, no vidro, etc. Há! o que não vem da Química nessa bela natureza!? Porém, a química por si não se completa, ela depende e se relaciona com outras ciências como: Matemática- a quím ica precisa de números nos seus cálculos, que são símbolos matemáticos. As datas cronológicas dos factos histyóricos de química e do desenvolvimento da química são registados em números matemáticos. Biologia - As reacções vitais no organismo humano e de outros seres vivos, são parte da química. A Física, Agropecuária, Geografia, História são outras áreas de que a Química depende e se relaciona. 1.1. 1. Propriedades das substâncias i. Propriedades gerais e funcionais da matéria Propriedades gerais São as propriedades da matéria observadas em qualquer corpo, independente da substancia que é feito. Elaborado por: Nórgio Pedro Diano Página 15 Extensão: propriedade que a matéria tem de ocupar um lugar no espaço. O volume mede a extensão de um corpo. Seu corpo, por exemplo, tem a extensão do espaço que você ocupa. Inercia: propriedade que a matéria tem em permanecer na situação (posição) em que se encontra, quer de movimento, como de repouso. Impenetrabilidade: Dois corpos não podem ocupar, simultaneamente, o mesmo lugar no espaço. Compressibilidade: propriedade da matéria que consiste em ter volume reduzido quando submetida a determinada pressão. Elasticidade: propriedade que a matéria tem de retornar seu volume inicial depois de cessada a forca que age sobre ela. Divisibilidade: propriedade que a matéria tem de ser dividida em partes cada vez menores. Indestrutibilidade: a matéria não pode ser criada nem destruída, apenas transformada. Ex.: Ao ser queimada, a matéria se transforma em gases, fumaça e cinzas. As propriedades funcionais têm há ver com a função química a que a matéria pertence. (óxido, ácido, base e sal) 1 . ii. Propriedades específicas São as propriedades que variam conforme as substâncias de que a matéria é feita. Organolepticas: as que se podem observar a partir dos órgãos de sentido. Cor: a matéria pode ser colorida ou incolor. Esta propriedade e percebida pela visão; Brilho: a capacidade de uma substancia de refletir a luz é a que determina o seu brilho. Percebemos o brilho pela visão; Sabor: uma substância pode ser insipida (sem sabor) ou sápida (com sabor). Esta propriedade e percebida pelo paladar; Odor: a matéria pode ser inodora (sem cheiro) ou odorífera (com cheiro). Esta propriedade é percebida pelo olfato; Forma e estado físico: percebidos pelo tato; Dureza: é definida pela resistência que a superfície oferece quando riscada por outro material. Um material é considerado mais duro que o outro quando consegue riscar esse 1 Ver classes principais de compostos inorgânicos UNIDADE V p92 Elaborado por: Nórgio Pedro Diano Página 16 outro deixando um sulco. Para determinar a dureza dos materiais, usamos uma escala de 1 a 10. O valor um (1) correspondeao mineral menos duro que se conhece, o talco e o valor dez (10) é a dureza do diamante, o mineral mais duro que se conhece. Com ele, se consegue cortar e riscar materiais como o vidro. Maleabilidade: propriedade que permite a matéria ser moldada. Existem materiais maleáveis e não-maleáveis. Exs.: cobre, prata, ouro. Ductibilidade: Propriedade que permite transformar materiais em fios. Exs.: cobre, prata, ouro. Densidade: encontrada através da razão (divisão) entre a massa de uma substancia e o volume por ela ocupado. Algumas pessoas tentam explicar esse fato dizendo que o chumbo e mais “pesado” que a cortiça. Curiosamente, um pedaço de cortiça de massa 10 kg flutua, enquanto um pedaço de chumbo de 1 kg afunda. Verifica- se experimentalmente que não importa a massa: pedaços de cortiça flutuam na água e pedaços de chumbo afundam. OBS: A densidade, os pontos de fusão e de ebulição, fazem o subgrupo das propriedades físicas da matéria Magnetismo: Algumas substâncias têm a propriedade de serem atraídas por ímanes. Tais substâncias são ditas substâncias magnéticas. Exs.: metais, em geral. 1.1.2 Matéria e sua classificação Uma definição vulgar de matéria diz que é tudo aquilo que existe, tem massa e inércia e ocupa lugar no espaço. É certo que digamos com base nessa definição, que tudo ao nosso redor tanto natural quanto artificial, é matéria. Para compreender melhor sobre matéria, é preciso recordarmos estes conceitos a que está relacionada. Elaborado por: Nórgio Pedro Diano Página 17 Massa (m) é a quantidade de matéria que existe em um corpo. A determinação da massa de um corpo é feita pela comparação de sua massa, inicialmente desconhecida, com outra massa previamente conhecida, uma massa padrão, num instrumento ou máquina chamada balança. Inércia propriedade que a matéria tem em permanecer na situação em que se encontra, seja em movimento, seja em repouso. Quanto maior for a massa de um corpo, mais difícil será de alterar seu movimento, e maior a inércia. A massa mede a inércia de um corpo. Uma classificação mais abrangente de matéria, se resume no seguinte diagrama. Há certas misturas chamadas Eutécticas e a Azeotrópicas. Trata-se de misturas homogéneas em que existe uma faixa de temperatura apenas para uma das mudanças de estado físico, sendo que a outra mudança para outro estado, ocorre a temperatura fixa. No caso da Eutéctica, a temperatura de fusão é constante e a de ebulição é variável. Já para a azeotrópica, a temperatura de fusão é variável e a de ebulição é constante. Exemplos: mistura de estanho (37%) e chumbo (63%), funde-se a temperatura constante de 183ºC. E uma mistura azeotrópica 96% em volume de álcool e 4% de agua apresenta temperatura de ebulição constante de 78,1ºC. Curva de aquecimento de mistura comum (homogénea ou heterogénea) (Exs.: Água e sal, água e açúcar, etc.) MATÉRIA Substância pura Simples Atómicas H, Fe, O Moleculares O2, Cl2 Compostas Iónicas NaCl Moleculares H2SO4 Misturas Homogénea Heterogénea Elaborado por: Nórgio Pedro Diano Página 18 Fonte: GOLDANE, E. & DE BONI, L. A. B. 2007, p50 Os coloides, as emulsões e as suspensões cujo estudo dispensamos nesta postila por respeito ao programa, são também considerados por maior parte dos autores como misturas homogéneas. i. Mistura e substância pura (elementar: simples e composta) Por definição, mistura é uma junção de duas ou mais substâncias diferentes, cada uma conservando as respectivas propriedades. Mistura – qualquer porcão de matéria formada por duas ou mais substâncias diferentes e apresenta características físicas e químicas (PF e/ou PE e composição) variáveis. Substancia pura – qualquer Porcão de matéria formada por unidades estruturais (átomos, moléculas, aglomerados iónicos) iguais entre si e que apresentam características físicas e químicas tais como PF, PE, composição, densidade e cor definidas e constantes Com base no diagrama acima, as misturas podem ser homogéneas (quando não é possível observar ao olho macroscópico os seus componentes. Apresenta uma fase homogénea). Alguns exemplos: água de torneira, vinagre, ar, álcool hidratado, pinga, gasolina, soro caseiro, soro fisiológico e algumas ligas metálicas. Além dessas, todas as misturas de quaisquer gases são sempre misturas homogêneas. Fig. 1: Fazes de misturas homogéneas e heterogéneas. Elaborado por: Nórgio Pedro Diano Página 19 Heterogéneas (quando é possível observar ao olho nu, os componentes da mistura. Apresentam fases distintas cada qual bem nítida). Alguns exemplos de misturas heterogêneas: água e óleo, areia, granito, madeira, sangue, leite, água com gás. As misturas formadas por n sólidos apresentam n fases, desde que estes sólidos não formem uma liga ou um cristal misto. Fonte: GOLDANE, E. & DE BONI, L. A. B. 2007, p45 Fase: cada uma das porções que apresenta aspecto visual homogêneo (uniforme), o qual pode ser contínuo ou não, mesmo quando observado ao microscópio comum. As substâncias puras podem ser classificadas como simples ou compostas. Substâncias simples A substância formada por um ou mais átomos de um mesmo elemento químico é classificada como substância pura simples ou, simplesmente, substância simples. Gás hélio He Gás oxigénio O2 Gás ozono O3 Fósforo P4 Substâncias compostas Quando as moléculas de determinada substância são formadas por dois ou mais elementos químicos, ela é classificada como substância pura composta ou, simplesmente, substância composta. HCN H2O Elaborado por: Nórgio Pedro Diano Página 20 1.2. Métodos de separação de misturas. Os métodos de separação de misturas são vários, de acordo com o tipo de mistura em causa (Homogénea ou heterogénea) e dependendo das propriedades específicas dos componentes. Dentre eles, mencionamos a Destilação, Cromatografia de papel e de camada fina, dissolução fraccionada, Separação magnética, centrifugação, cristalização fraccionada, liquefação fraccionada, sedimentação e levigação, cujos detalhes e procedimentos não achamos relevante abordar nesta postila, por estarem claramente descritos em vários outros manuais. Alguns exemplos de composição e aplicação de algumas misturas sólidas e líquidas ESTADO FÍSICO NOME COMPOSIÇÃO APLICAÇÃO Sólido Aço Ferro e carbono Construção civil Amalgama Mercúrio. Prata e estanho Obturações (antigamente) Latão Cobre e zinco Instrumento de sopro Bronze Cobre e estanho Armas Aço inoxidável Fe, Cr, Ni, Cu, Mo Talheres, revestimentos Ouro 18 quilates Ouro, prata e cobre Joalheiras Líquido Álcool doméstico 96% de álcool, 4% H2O Limpeza, desinfecção, etc. Ácido acético 4% (vinagre) 45 CH3COOH, 96% H2O Tempero Metanol 40% 40% CH3OH, 60% H2O Conservação de cadáveres Hipoclorito de sódio 5% 5% Hipoclorito, 95% H2O Água sanitária – poder bactericida 1.3. Linguagem Química Uma das diferenças entre a Química como ciência e outras ciências reside no facto de a Química usar uma linguagem própria (linguagem química). À semelhança da Matemática, que usa os números e os símbolos matemáticos. A linguagem química, usa os símbolos e as fórmulas químicas pra representar átomos, elementos, iões, moléculas, reacções químicas, entre outros conceitos. Elaborado por: Nórgio Pedro Diano Página 21 1.3.1. Diferença entre elemento químico e substância elementar; Não confunda elemento químico com substância química elementar. Elemento químico é uma substancia fundamental (um ou conjunto de átomos) que não pode ser quimicamente transformada ou quebrada em algo mais simples, isto é, são as substancias mais simples existentes na natureza. O que caracteriza o elemento químico é o número atómico eé partícula microscópica. Ao passo que substância química elementar: é formada geralmente pela união de dois ou mais átomos do mesmo elemento químico. É caracterizada pelas propriedades gerais, específicas e funcionais da matéria e é partícula macroscópica. Por outra, podemos dizer que substância elementar é produto da união de elementos químicos. Substância química elementar pode referir um ião monoatómico mas um elemento químico nunca pode referi-lo. 1.3.2 Diferença entre mistura e composto químico. Uma diferença principal ente mistura e composto químico é relativa à sua composição e propriedades químicas. Os componentes de uma mistura chamam-se simplesmente de “componentes” e de um composto químico são átomos de diferentes elementos. De uma mistura podem-se separar os seus componentes mas de um composto não se pode separar, somente (alguns compostos) podem ser decompostos em outros mais simples. A mistura tem propriedades químicas e físicas variáveis, mas os compostos tem propriedades químicas e físicas fixas e constantes. 1.4. Cálculos estequiométricos A estequiometria é uma parte matemática da Química, que estuda os cálculos envolvidos nas reacções químicas. É uma parte muito importante da química e da indústria química, que entra no cálculo das proporções entre reagentes e produtos para um bom rendimento da reacção. 1.4.1 Conceitos principais em estequiometria Em cálculos estequiométricos são fundamentais os conceitos como: número de mole (n), massa (m), massa molecular relativa ou massa de unidade atómica (Mr ou Mu), volume e volume molar (V e Vm), número de Avogadro (N), as leis quantitativas entre outros. Elaborado por: Nórgio Pedro Diano Página 22 i. Massa atómica (também chamado de massa atómica média ou peso atómico médio): e a massa atómica média dos isótopos 2 do elemento químico tendo o carbono 12 como padrão. A massa atómica é expressa em unidade de massa atómica (u) mas antigamente costumava-se representar como (u.m.a.). ii. Massa molecular: é igual à soma das massas atómicas de todos os átomos que formam a molécula. Exemplo: Determinação da massa molecular da água H2O: (1,0 x 2) + (16 x 1) = 18u. iii. Massa molar A massa molar é a massa de um mol de átomos de qualquer elemento. A massa molar de um elemento e numericamente igual a massa desse elemento em unidades de massa atómica. Sendo assim, a massa atómica do elemento informa sua massa molar. iv. Volume molar: é o volume, medido em litros, ocupado por um mol de uma substancia. O volume molar de um gás é constante para todos os gases a uma mesma pressão e temperatura. Nas CNTP, o volume molar é igual a 22,4 L/mol, conforme orientações da IUPAC. v. Mol é a unidade de medida da quantidade de matéria. É uma unidade básica do Sistema Internacional de Unidades (SI) mol. Mole é a quantidade de substâncias que contêm 6,02. 10 23 partículas. As partículas podem ser: Átomos, Iões, Moléculas, Nuclões (p + , nº) e electrões (e - ). Uma mole de qualquer substância contém o mesmo nº de partículas: 1 mol O2 - 6,02 10 23 moléculas de O2 e 1 mol Na + - 6,02 10 23 iões de Na + 1 mol O - 6,02 10 23 átomos de O e 1 mol P + - 6,02 10 23 iões de P + Leis das combinações químicas Leis ponderais ou gravimetricas Conservação da massa (lavoisier3 1774) i. Num sistema fechado em reacção não é mensurável a perda ou ganho de massa do sistema, ou seja, a massa total do sistema permanece essencialmente constante. ii. A soma das massas antes da reação é igual a soma das massas apôs a reação. 2 Átomos do mesmo elemento com diferente número de massa. Ver UNIDADE 2.2, p34. 3 Nascido em uma família rica em Paris, Antoine-Laurent Lavoisier herdou uma grande fortuna com a idade de cinco anos com o falecimento de sua mãe. Ele foi educado no Collège des Quatre-Nations (também conhecido como Collège Mazarin) de 1754 de 1761, estudando química, botânica, astronomia e matemática. Mureu guilhotinado. http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Coll%C3%A8ge_des_Quatre-Nations&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/Qu%C3%ADmica http://pt.wikipedia.org/wiki/Bot%C3%A2nica http://pt.wikipedia.org/wiki/Astronomia http://pt.wikipedia.org/wiki/Matem%C3%A1tica Elaborado por: Nórgio Pedro Diano Página 23 iii. Ou ainda, filosoficamente falando, "Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". Composição definida (Proust410 - 1779) A proporcao das massas que reagem permanece sempre constante. Esta lei descreve uma das propriedades mais importantes de um composto: sua composição química, ou seja, um composto molecular apresenta uma composição elementar constante e característica independente da quantidade da amostra considerada, bem como de sua origem. Ex.: a água formada a partir de hidrogênio leve ( 1 H) oxigênio-16 ( 16 O) apresenta sempre a seguinte composição em massa: 18 g H 2 O ------- 2 g H 100 g H 2 O------- x g ou (%) ⇒ x = 11,11 g de H ou 11,11 % (em massa) Lei das proporções múltiplas (Dalton5 – 1808) Mudando-se a reacção, se a massa de um participante permanecer constante, a massa do outro só poderá variar segundo valores múltiplos. Lei das proporções recíprocas ( Richter – Wenzel6) Uma massa fixa de uma substância reage com massas diferentes de outras substâncias. Se estas substâncias reagirem entre si, farão com as mesmas massas, ou múltiplas ou submúltiplas. Leis volumétricas Primeira Lei de Gay-Lussac7 Os volumes de todas as substâncias gasosas envolvidas num processo químico, nas mesmas condições de temperatura e pressão, estão entre si numa relação de números inteiros e pequenos. 4 Joseph Louis Proust (1754-1856) Filho de um boticário. Foi chefe da farmácia do hospital Salpêtrière, em Paris. Esteve na Espanha, onde ensinou química na academia de artilharia de Segóvia e em Salamanca. Trabalhou no recém-instalado laboratório de Carlos IV, em Madri. Em 1816 foi eleito para a Academia de Ciências da França, retirando-se em seguida para Angers. 5 John Dalton (Eaglesfield, 6 de Setembro de 1766 — Manchester, 27 de Julho de 1844) foi um químico, meteorologista e físico inglês [2] . Foi um dos primeiros cientistas a defender que a matéria é feita de pequenas partículas, os átomos. Ver mais sobre Dalton na UNIDADE II. 6 Richter-Wenzel 7 Louis Joseph Gay-Lussac ou Joseph Louis Gay-Lussac (Saint-Léonard-de-Noblat, 6 de Dezembro de 1778 — Paris, 10 de Maio de 1850) foi um físico e químico francês. É conhecido na atualidade por sua contribuição às leis dos gases. http://pt.wikipedia.org/wiki/Botic%C3%A1rio http://pt.wikipedia.org/wiki/Farm%C3%A1cia http://pt.wikipedia.org/wiki/Hospital http://pt.wikipedia.org/wiki/Paris http://pt.wikipedia.org/wiki/Espanha http://pt.wikipedia.org/wiki/Seg%C3%B3via http://pt.wikipedia.org/wiki/Salamanca http://pt.wikipedia.org/wiki/Laborat%C3%B3rio http://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_IV_de_Espanha http://pt.wikipedia.org/wiki/Madri http://pt.wikipedia.org/wiki/1816 http://pt.wikipedia.org/wiki/Academia_de_Ci%C3%AAncias_da_Fran%C3%A7a http://pt.wikipedia.org/wiki/Angers http://pt.wikipedia.org/wiki/Eaglesfield http://pt.wikipedia.org/wiki/6_de_Setembro http://pt.wikipedia.org/wiki/1766 http://pt.wikipedia.org/wiki/Manchester http://pt.wikipedia.org/wiki/27_de_Julho http://pt.wikipedia.org/wiki/1844 http://pt.wikipedia.org/wiki/Qu%C3%ADmica http://pt.wikipedia.org/wiki/Meteorologia http://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%ADsica http://pt.wikipedia.org/wiki/Inglaterra http://pt.wikipedia.org/wiki/Inglaterra http://pt.wikipedia.org/wiki/Mat%C3%A9ria http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81tomo http://pt.wikipedia.org/wiki/Saint-L%C3%A9onard-de-Noblat http://pt.wikipedia.org/wiki/6_de_Dezembro http://pt.wikipedia.org/wiki/1778 http://pt.wikipedia.org/wiki/Parishttp://pt.wikipedia.org/wiki/10_de_Maio http://pt.wikipedia.org/wiki/10_de_Maio http://pt.wikipedia.org/wiki/1850 http://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%ADsica http://pt.wikipedia.org/wiki/Qu%C3%ADmica http://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7a http://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%A1s Elaborado por: Nórgio Pedro Diano Página 24 Segunda Lei de Gay-Lussac Quando um volume fixo de um gás se combina com volumes de diferentes compostos, estes 1.4.2. Tipos de estequiometria e os procedimentos de cálculos estequiométricos i. Conversão de mole – grama Considere uma amostra de 88 gr de CO2. Calcule: a) O nº de mol de moléculas de CO2. Resolução: a) Ar (C) = 12 u.m.a. M (CO2) = 12 + 2*16 = 44 g/mol Ar (O) = 16 u.m.a. 1 mol CO2 → 44 g X1 = 1 mol*88 g = 2 mol ou M m =n X1 mol CO2 88 g 44 g ii. Estequiometria em mole/massa Seja a seguinte equação N2 (g) + 3 H2 (g) 2 NH3 (g) 1 mol 3mol 2 mol - coeficientes estequiométricos molares 28 g 6 g 34 g - coeficientes estequiométricos mássicos Ex: Da decomposiçao de calcário (carbonato de cálcio) produz-se 80 g de cal viva. Calcule: a) A massa do calcário em decomposição. b) O nº de mole do anidrido carbónico obtidos Resolução: CaCO3 (S) Δ CaO(S) + CO2 ↑ 100 g 56 g 44 g m1 80 g m2 a) m1 = 100 g*80 g = 143 g CaCO3 56 g b) m2 = 80 g*44 g = 63 g CO2 ; n = m = 63 g = 1,4 mol CO2 56 g M 44 g/mol Elaborado por: Nórgio Pedro Diano Página 25 iii. Volume molar. A lei de Avogadro8 Lei de Avogadro Volumes iguais de gases diferentes, nas mesmas condições de temperatura e pressão contêm o mesmo nº de partículas; ou Gases diferentes, com mesmo nº de partículas, nas mesmas condições de temperatura e pressão, ocupam sempre o mesmo volume. Condições Normais de Temperatura e Pressão (CNTP) Temperatura Normal: T = 0 ºC = 273,15 K Pressão Normal: P = 1 atm = 760 mm Hg A equação PV = nRT, chama-se equação de estado de um gás ideal. Ela permite calcular o volume molar a qualquer condições de temperatura e pressão. T = 273 K Nas CNTP P = 1 atm n = 1 mol V = ? R é a constante universal de gases ideais: R = 0,08206 l*atm/mol*K R = 8,314 J/mol*K PV = nRT V = nRT = 1 mol*0,08206 l*atm/mol*K 273 K P 1 atm 1 m ol O2 22,4 l 1 mol H2 22,4 l 1 mol CO2 22,4 l 1 mol O3 22,4 l Condições Padrão (Standard) Temperatura padrão = 25 ºC = 298 K Pressão padrão = 1 atm = 760 mm Hg PV = nRT V = nRT = 1 mol*0,08206l*atm/mol*K . 298K = 24,5 l 1 atm Uma mole de qualquer gás nas condições standard (padrão) ocupa 22,4 litros. NOTE: 8 Lorenzo Romano Amedeo Carlo Avogadro, conde de Quaregna e Cerreto (Turim, 9 de agosto de 1776 — Turim, 9 de julho de 1856), foi um advogado e físico italiano, um dos primeiros cientistas a distinguir átomos e moléculas. [1] É mais conhecido por suas contribuições para a teoria molecular. http://pt.wikipedia.org/wiki/Quaregna http://pt.wikipedia.org/wiki/Turim http://pt.wikipedia.org/wiki/9_de_agosto http://pt.wikipedia.org/wiki/1776 http://pt.wikipedia.org/wiki/9_de_julho http://pt.wikipedia.org/wiki/1856 http://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%ADsica http://pt.wikipedia.org/wiki/It%C3%A1lia http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81tomo http://pt.wikipedia.org/wiki/Mol%C3%A9cula http://pt.wikipedia.org/wiki/Amedeo_Avogadro#cite_note-UOL_-_Educa.C3.A7.C3.A3o-1 Elaborado por: Nórgio Pedro Diano Página 26 Quando se pretende resolver um problema, tal que as condições de T e P são outras, deve-se calcular o volume molar, para essas condições, usando a equação gerar dos gases ideais. PV = nRT A lei de Avogadro só se aplica para substâncias gasosas. iv. Estequiometria em volume N2 + 3 H2 2 NH3 22, 4 l : 3*22,4 l : 2*22,4 l CNTP 24,5 l : 3*24,5 l : 2*24,5 l CP Exemplo: calcular o volume de CO2 nas Condições Normais de Temperatura e Pressão (CNTP) libertado na decomposição de 1 kg de calcário. Resolução: CaCO3 (S) Δ CaO(S) + CO2 ↑ (g) V = 1000*22,4 l = 224 litros 100 g 22,4 l 100 g 1000 g V CaCO3 (s) Δ CaO(S) + CO2 ↑ m = 1000 * 44 = 440 g ; V = ? 100 g 56 g 44 g 100 1000 g m 1 mol CO2 44 g 22,4 l V = 440*22,4 l = 224 litros 440 g V 44 v. Reagente limitante e Reagente em Excesso Exemplo: Mistura-se 6 moles de H2 e 4 moles de O2. calcule o número de moles da H2O que se forma. 2 H2 (g) + O2 (g) → 2 H2O (l) 2 mol : 1 mol : 2 mol 6 mol : 4 mol : n mol 8 mol : 3 mol 6 –8 = - 2 4 – 3 = + 1 H2 está em défice O2 está em excesso. o n excesso = 1 mol. H2 – reagente limitante O2 – reagente em excesso . NB: o reagente limitante é aquele que reage completamente. Deve ser usado para cálculos das quantidades desejadas. n = 6 mol * 2 mol = 6 mol H2O 2 mol vi. Conceito de Percentagem Percentagem = razão cujo denominador é 100. Elaborado por: Nórgio Pedro Diano Página 27 %98= 100 98 %1= 100 1 %30= 100 30 Unidade (1) %100= 100 100 (“o fulano não bate 100”) vii. Composição Centesimal (percentual) n mt = m1 + m2 + m3 + ... mn = Σ mi i = 1 %100X m m =m% T I I %100Xn n =n% T I I %100Xv v =v% T I I m – massa; n – nº de moles; V – volume Exemplo: Calcule a composição centesimal de sacarose (C12H22O11) mc = 12*12 = 144 g mH = 22*1 = 22 g mO = 11*16 = 176 g mt = soma = 342 g % C = mc* 100 % = 144 100 % = 42,11 % mt 342 % H = mH* 100 % = 22 100 % = 6,43 % mt 342 % O = mO* 100 % = 176 100 % = 51,46 % mt 342 Normalmente a % do último componente calcula-se por diferença. % de O = 100 % - (% C + % H) = 100 %- (42,11 + 6,43) = 51,46 %. Pureza dos Reagentes viii. Estequeometria que envolve reagentes não puros Exemplo: que volume de CO2 se obtém da queima de 1 kg de calcário, nas CNTP, sabendo que calcáriotem 83 % de carbonato de cálcio. CaCO3 (S) → CaO(S) + CO2 ↑ 1000 g ------ 100 % X = 830 g 100 g ----- 22,4 l X ----- 83 % 830 g ----- V V = 830 g * 22,4 l = 185,92 l 100 g Nota-se que em 1 kg (1000 g) de calcário, apenas 830 g são de calcário. Conceito de Rendimento ou Grau de Conversão Exemplo1: O rendimento de uma turma numa escola é dado pela razão entre os aprovados e n nº total de alunos. Elaborado por: Nórgio Pedro Diano Página 28 %100x alunos de total n aprov ados de n =R 0 0 ; um rendimento de 100% é raro. Exemplo 2: Um camponês nem tudo o que semeia, colhe no fim da produção. Lembre-se que há pragas, doença, roubos, etc: R x= produção obtida Produção que deveria obter 100% Numa reacção química, o grau de conversão dos reagentes em produtos é dado por: %100x m m =R teorico exp Onde: mexp - massa experimental (massa real obtida) mteor - massa teórica (massa obtida pelo cálculo teórico) OBS: Lembre-se que nem tudo que se calcula teoricamente, se obtém experimentalmente. Exemplo: Calcular o volume de NH3 que se pode obter a partir de 224 l de N2, na reação de Habber-Bosch, sabendo que a 500 ºC e 300 atm, o rendimento do processo é de 65%. Resolução: PV = nRT V nRT P x x l= = = 1 0 773 300 0 21 .08206 . N2 + 3 H2 2NH3 0,21 l 2 * 0,21 l 224 l Vteor l448= 21.0 21.0x2x224 =Vteorico l xVxR Vx V V R teoricoreal teorico real 2.291 %100 448%65 %100 %;100 OUTROS EXERCÍCIOS 1. Em uma aula prática de Quimica, foi simulado um desastre ecologico de derramamento de oleo no mar. O professor entregou amostras de mistura de oleo e agua salgada e pediu que os alunos separassem o oleo, a agua e o sal. Complete o fluxograma a seguir, indicando os processos de separacao A e B que devem ser usados pelos estudantes. Elaborado por: Nórgio Pedro Diano Página 29 Assinale a alternativa correta. Os processos de separacao A e B sao, respectivamente: a) Decantação, destilação b) Filtração, destilação c) Decantacao, filtração d) Sublimação, decantação e)Centrifugação, decantação. 2. (UFRGS) Assinale a alternativa correta. Misturas heterogeneas de solidos de densidades diferentes podem ser separadas por: a) Flotação. b) Separação magnetica. c) Cristalização fracionada. d) Destilação fracionada. e) Centrifugação 3. Qual (ais) o(s) processo(s) mais indicado(s) para a separacao de uma mistura de gases? 4. Uma mistura gasosa constituida de dois gases, que nao reagem entre si, foi liquefeita. Se o liquido obtido for submetido a uma destilacao fracionada, a pressao constante, qual o componente que destila primeiro? 5. Descreva os procedimentos experimentais que devem ser utilizados na separacao dos componentes da mistura a seguir: - areia, sal e alcool (este nao dissolve nem o sal nem a areia) 6 Como podemos separar um sal que e facilmente soluvel em agua? 7. (Mackenzie-SP) Assinale a alternativa correta. A aparelhagem mais apropriada para separar dois liquidos imisciveis e? 8. (Unioeste-PR) Considerando os materiais de laboratorio representados na figura, assinale a(s) alternativa(s) correta(s). Elaborado por: Nórgio Pedro Diano Página 30 a) O material (I) é utilizado na separação de misturas heterogeneas liquido-liquido. b) O material (II) é denominado condensador e é utilizado na destilação. c) O material (III) é denominado erlenmeyer. d) O material (IV) é denominado balao de fundo chato. e) O material (V) é denominado kitassato e e utilizado na filtracao a vacuo. 9. Qual o metodo de separação utilizado quando se usa um coador de pano na preparação do café? 10. (Mackenzie-SP) Assinale a alternativa correta. Para se separar os componentes de uma mistura heterogénea formada por um líquido e um solido, deve-se fazer uma: a) Destilação fracionada. b) Condensação. c) Filtração simples. d) Titulação e) Destilação simples 11. O condensador é comumente empregado em que técnica de separação de misturas? 12. (Fuvest-SP) Assinale a alternativa correcta. Dentre os utensilios de laboratorio apresentados a seguir, assinale qual representa o Erlenmeyer. 13. O amoníaco (NH3) é: a) . Um composto. b) Uma mistura de moléculas de hidrogénio e de nitrogénio. c) Uma mistura de 1 átomo de hidrogénio e 3 átomos de nitrogénio. d) Um elemento. 14. Os exemplos mencionados nas alíneas seguintes referem-se a compostos e/ou misturas. Indique a alínea em que aparecem três (3) misturas: a) Carbonato de cálcio, iodeto de potássio, sulfato de bário. b) Carbonato de cálcio, água do mar, vinho. c) Água, açúcar, sal de cozinha. d) Vinagre, água do mar, cerveja. 15. Das substâncias seguintes, água e cloreto de hidrogénio; a) Nenhuma é composto. b) Só a água é composto. c) Só cloreto de hidrogénio é composto. d) Ambas são compostos. Elaborado por: Nórgio Pedro Diano Página 31 16. Misturam-se os seguintes líquidos e/ou sólidos: 1) açúcar + água 2) gasolina + óleo vegetal 3) água + óleo vegetal 4) álcool + água Indique os casos onde se obtêm misturas homogéneas A) 1 e 4 B) 1, 2 e 4 C) 2 e 3 D) apenas 1 17. Considera as afirmações seguintes: I. A densidade de uma substância no estado gasoso sempre é maior do que a densidade da mesma substância no estado sólido. II. O ponto de ebulição da água é de 100 ºC e do álcool etílico é de 78 ºC. Isso significa que as forças entre as moléculas de água no estado líquido são mais fracas do que as forças entre as moléculas do álcool no estado líquido. A) I é verdadeira, II é falsa. B) I é falsa, II é verdade C) I e II são verdadeiras. D) I e II são falsas. 18. Quais das substâncias seguintes, o sódio (Na), o cloro (Cl2) e o cloreto de sódio (NaCl), são substâncias puras? A) Só o sódio. B) Só o cloreto de sódio. C) O sódio e o cloro. D) O sódio, o cloro e o cloreto de sódio. 19. Das afirmações seguintes: I. O cloro é um elemento. II. O cloro é um átomo. III. O cloro é um ião negativo. A) I é verdadeira, II e II são falsas. B) I e II são verdadeiras, III éfalsa C) II e III são verdadeiras, I é falsa D) Todas são verdadeiras. 20. Sulfato de potássio (K2SO4), sulfureto de potássio (K2S) e potássio (K) são, respectivamente exemplo de: I Substância pura, substância pura, substância simples. II Substância pura, substância pura, substância pura. III Substância composta, substância composta, substância simples IV Mistura, mistura, substância pura As certas são: A) Todas. B) Só IV C) I, II e III D) Só III 21. Podemos afirmar que a fórmula Br2 corresponde: I. A um elemento II: A um não metal III: A uma molécula IV: A um ião negativo Elaborado por: Nórgio Pedro Diano Página 32 A) I, II e III são verdadeiras, IV é falsa; B) II, III e IV são verdadeiras, I é falsa; C) Todas são verdadeiras; D) Só III. E) II e III são verdadeiras, I e IV são falsas; 22. Classifique os seguintes compostos em iónicos ou moleculares. 1. NH3 3. C6H6 5. Al(HCO3)3 7. SO3 9. B2O3 11. CaO 13. Ag2O 2. NH4Cl 4. BeO 6. H2O 8. SF6 10.H2SO4 12. C6H6 14. XeF6 Estequiometria 23. Um metal M forma um óxido de fórmula M2O3 A massa de 1,0 mol de óxido é 102 g. Qual é a massa atómica do metal M? (massa atómica de O = 16 u.m.a.) A) 54 B) 48 C) 27 D) 24 24. Cerca de 18 % da massa do corpo humano provém do átomo de carbono presente em diferentes compostos. Com base na informação anterior o número de átomo de carbono no corpo de um indivíduo que pesa 100 kg deve ser aproximadamente a: (massa atómica de c = 12; Número de Avogadro: 6,02x10 23 ) A) 1,5.10 3 B) 9,0.10 26 C) 12,0.10 23 D) 2,5.10 20 25. A massa de oxigénio puro (O2) necessária para queimar 5,0 g de enxofre (S), dado o dióxido de enxofre (SO2) como único produto é: (massa atómica: O = 16 u.m.a. ; S = 32 u.m.a.) A) 2,5 g B) 15,0 g C) 10,0 g D) 5,0 g 26. Quando magnésio e enxofre são aquecidos juntos, reagem para formar sulfeto de magnésio: Mg + S → MgS (massa atómica: Mg = 24 u.m.a.; S = 32u.m.a.) Em qual das seguintes misturas não ficará resíduo de magnésio nem de enxofre depois do aquecimento? A) 2,4 g magnésio + 2,4 g enxofre B) 3,0 g magnésio + 4,0 g enxofre C) 3,2 g magnésio + 2,4 g enxofre D) 3,2 g magnésio + 3,2 g enxofre] 27. Quando ZnCO3 é aquecido, ocorre uma reacção química segundo a seguinte equação: ZnCO3 (s) → ZnO (s) + CO2 (g) Um tubo de ensaio foi pesado, um pouco de ZnCO3 foi colocado no tubo e outra vez pesado. O tubo com ZnCO3 foi aquecido durante algum tempo e, depois de arrefecido, novamente pesado. Os resultados obtidos foram: Tubo de ensaio vazio: 19,0 g Tubo de ensaio + ZnCO3 : 20,0 g Elaborado por: Nórgio Pedro Diano Página 33 Tubo (depois do aquecimento) com resíduo: 19,9 g (ZnCO3 = 125 g/mol ZnO = 81 g/mol CO2 = 44 g/mol) O resíduo no tubo corresponde a: A) mistura de ZnCO3, ZnO e CO2 B) mistura de ZnCO3 e ZnO C) ZnO D) ZnCO3 28. 0,0486 g de magnésio reage completamente com uma solução de ácido clorídrico em excesso. O gás hidrogénio (libertado como produto da reacção) numa proveta graduada ocupa um volume de 47,3 ml. A partir da massa de magnésio, do volume de hidrogénio e da reacção da equação pode se calcular o volume molar nas condições da reacção. O volume molar nas condições da reacção é: (Mg = 24,3 g/mol) A) 23,7 litros B) 22,4 litros C) 24,5 litros D) 25,8 litros 29. O HCl é um ácido forte e o KOH é uma base forte. Junta-se num tubo de ensaio soluções aquosas de HCl e de KOH em quantidades estequiométricas proporcionais. Depois da reacção as partículas contidas no tubo (em concentração apreciável) são: A) K + , Cl – e H2O B) KCl e H2O C) H + , OH – e H2O D) K + , Cl – e OH - 30. Uma massa de água de 18 g representa: A) 2 moles de água B) 18 moles de água C) 6.10 23 moléculas de água D) 6.10 23 átomos de hidrogénio e 6.10 23 átomos de oxigénio 31. Mistura-se 6 moles de H2 e 4 moles de O2. calcule o número de moles da H2O que se forma. 32. Que volume de CO2 se obtém da queima de 1 kg de calcário, nas CNTP, sabendo que calcário tem 83 % de carbonato de cálcio. Elaborado por: Nórgio Pedro Diano Página 34 33. A massa de oxigénio puro (O2) necessária para queimar 5,0 g de enxofre (S), dado o dióxido de enxofre (SO2) como único produto é: (massa atómica: O = 16 u.m.a. ; S = 32 u.m.a.) A) 2,5 g B) 15,0 g C) 10,0 g D) 5,0 g 34. Misturam-se soluções que contem 34.0g de AgNO3 com outra solução com a mesma massa de NaCl. Será que o nitrato de prata se consome totalmente durante a reacção? a) Quantos gramas de AgCl se obtem em resultado da reacção? 35. Quando se misturam 7.3g de HCl com 4.0g de NH3, quantos gramas de cloreto de amônio se obtem? a) Determine massa que resta apos a reacção ter decorido. 36. Que volume de hidrogénio em condições normais, é necessário para reduzir, é necessário utilizar para se reduzir 125g de MoO3 até ao metal lívre. 37. A reacção entre 55.3g de iódo e com 2.23g de H2 dá 43.1g de HI. Qual é o rendimento da reacção em percentagem? 38. Qual é a massa de ferro se obtem a partir de 2 toneladas de minério de ferro (pirite), que contenha 94% de massa de ferro. 39. Que massa de dióxido de carbono se obtem da combustão de 2.45g de C3H6? 40. A Ivone tem um brinco de ouro puro, que pesa 3g. A sua amiga Marta, tem um brinco de prata, mas não sabe quanto pesa. Certo dia as duas decidiram colar os dois brincos num copo que pesa 300g e levaram o copo a uma balança electrónica, que pesou 305g. a) Calcule o número de moles usados durante a produção do brinco da Marta. (Dados: Ag 107.87 u.) 41. Um cristalohidrato de carbonato de calcio, apresenta a formola molecular CaCO3XH2O. 20g foram calcinados e libertaram 11,1504g de água. Determine a fórmula do cristalohidrato. 42. Durante a combustão completa de 10g de um certo alcano (hidrocarboneto saturado), libetaram-se 3,72g de dióxido de carbono. Determine a fórmula molecular do hidrocarboneto. Elaborado por: Nórgio Pedro Diano Página 35 UNIDADE II 2: Estrutura Atómica Sabe-se segundo teorias e modelos desenvolvidos com base em evidências experimentais, que a estrutura atómica compreende as “estruturas electrónica e nuclear”. E as propriedades químicas e físicas dos elementos dependem da natureza dos seus átomos, ou seja: i. Da carga do núcleo (Z+ e n); ii. Da distribuição dos Z electrões ao redor do núcleo (estrutura ou configuração electrónica); iii. Da massa atómica (A). Sendo que a “estrutura electrónica e a carga nuclear” dos átomos fornecem a base para compreensão das propriedades químicas, a saber: i. As propriedades atómicas, especialmente a energia de ionização e a afinidade electrónica; ii. As ligações químicas que, por sua vez, determinam a estequiometria (de compostos e reacções), etc. Consequentemente, as propriedades químicas das “substâncias” resultam essencialmente da: i. Estrutura electrónica dos seus átomos; ii. Natureza de suas ligações. Porém, o interesse sobre o estudo da constituição da matéria, foi manifestado deste tempos remotos, pelos Sábios gregos, com maior destaque para o Tales de Mileto, Anaximene de Mileto, Anaximandro, Paracelso, Leucipo, Aristóteles e Demócrito. Estes, por meio de contos, lendas, fábulas e argumentos teóricos, tentaram com grande sucesso explicar a natureza da matéria. E com esse grande sucesso, introduziram pela primeira vez o conceito átomo, como sendo a minúscula partícula indivisível que constitui a matéria. 2.1. Desenvolvimento da teoria atómica e do modelo atómico A ideia de criar um modelo sobre o átomo, foi proposta pela primeira vez pelo Demócrito, que desenvolveu uma teoria de que o universo era formado por espaço vazio e por um número(quase) infinito de partículas invisíveis, que se diferenciam umas das outras em sua forma, posição, e disposição. Toda a matéria é feita das partículas indivisíveis chamadas átomos. Elaborado por: Nórgio Pedro Diano Página 36 Demócrito de Abdera nasceu por volta do ano 460 a.C. em Abderea, Grecia, e faleceu ao redor do ano 370 a.C. No seculo IV a.C., Demócrito postulou a sua teoria atómica onde afirmava basicamente que o átomo era a menor partícula constituinte da matéria e não podia ser dividido, pois se o fosse perderia as suas propriedades. Através de Demócrito também surgiu a palavra átomo, que quer dizer: a = não; tomos = cortar ou dividir a + tomos = nao divisivel = atomo Os conceitos atómicos de Demócrito se mantiveram sólidos como rochas por mais de dois mil anos, sendo apenas complementados por John Dalton em 1804. 2.1.1. O Modelo de John Dalton (1803) Entre 1803 e 1804, John Dalton estabeleceu alterações na teoria atómica, que foram detalhadas em 1808. Dalton introduziu o conceito de descontinuidade da matéria. Foi a primeira teoria científica que considerava que a matéria era composta por átomos, tendo em vista que a teoria de Demócrito, apesar de correcta, era filosófica pois não se apoiava em nenhum experimento rigoroso. Para a sua teoria atómica, Dalton fez os postulados abaixo que se resumem em quatro (4). i. A matéria está dividida em partículas indivisíveis e inalteráveis, que se chamam átomos. ii. Todos os átomos de um mesmo elemento são idênticos entre si, apresentando a mesma massa e as mesmas propriedades. iii. Os átomos de elementos diferentes possuem massa e propriedades diferentes. iv. Os compostos se formam quando os átomos se combinam em uma relação constante e proporcional. v. A massa total das substâncias que intervêm nas reacções químicas não varia, dado que os átomos são invariáveis. Dalton retomou o conceito grego da existência de átomos indivisíveis para propor uma teoria que permitisse explicar, entre outras generalizações químicas, as leis da conservação da massa e da composição definida. Da teoria atómica de Dalton, o átomo se assemelhava a uma bola de bilhar. Fracassos da teoria atómica de Dalton Elaborado por: Nórgio Pedro Diano Página 37 Actualmente, sabemos que os átomos podem dividir-se e sofrer alterações, podendo ser, inclusive, parte de sua massa convertida em energia pela relação E=mc 2 . O conceito de isótopos, introduzido mais tarde, altera o segundo postulado, pois isótopos são átomos de um mesmo elemento que possuem massas diferentes. Fig.1: Átomo de Dalton 2.1.2. Modelo de Thomson (1898) Em experimentos realizados com tubos de crookes, Thomson constatou que os átomos não são indivisíveis e que são constituídos de electrões (partículas negativamente carregadas, pois podem sofrer desvios em campos eléctricos em direção à placa positiva). Diante do exposto, Thomson propôs que o átomo poderia ser uma esfera maciça carregada positivamente, na qual alguns electrões estariam inseridos de modo a se obter um sistema electrostaticamente mais estável (carga total nula), como mostrado na Fig.2. Thomson sugeriu que a massa total do átomo seria devida quase que totalmente apenas às cargas positivas (protões). Estas estariam espalhadas, uniformemente, por toda esfera, formando uma massa compacta e uniforme. Na superfície dessa massa estariam aderidos os electrões, espacados de modo uniforme. Esse modelo ficou conhecido como “pudim de passas”, onde se assemelharia a um pudim coberto com passas, em que o pudim seria a massa de cargas positivas e as passas os electrões. Neste modelo já se compreendia a divisibilidade do átomo, porém o átomo era considerado como uma esfera de carga positiva, com os electrões distribuídos ao seu redor. Fig.2: Modelo atómico de Thonson Fonte: DA SILVA, E. C. 2007 p12 2.1.3. O átomo de Rutherford (1911) A segunda e terceiras grandes inovações vieram com Ernest Rutherford, em 1911 e 1912. Rutherford conseguiu criar dois modelos atómicos que ate hoje são as representações mais Elaborado por: Nórgio Pedro Diano Página 38 reconhecidas do átomo. Rutherford criou primeiro um modelo estático e, posteriormente, um modelo dinâmico. Para desenvolver seu modelo atómico, Rutherford realizou experiencias com partículas alfa, provenientes de uma amostra de Polónio em um elaborado experimento, conforme a ilustração a seguir. Fig.3: Experimento de Rutherford Fonte: GOLDANE, E. & DE BONI, L. A. B. 2007 p7 A experiência de Rutherford consistiu em lançar um jacto de partículas α emitidas pelo polónio (um elemento radioactivo) sobre uma finíssima lâmina de ouro para observar se essas partículas iriam sofrer algum desvio ao passarem pelos átomos da lâmina de ouro. Rutherford lançou mão deste experimento no qual tentou verificar se os átomos eram realmente maciços, utilizando, para isso, partículas α, que tem carga eléctrica positiva, como projecteis. Os resultados evidenciaram três comportamentos diferentes: i. A maior parte das partículas alfa consegue atravessar a lâmina de ouro e a sua mão sem sofrer nenhum desvio. Esse fato indica que essas partículas não encontram nenhum obstáculo pela frente e seguem seu percurso em linha recta. ii. Algumas partículas α conseguem atravessar a lâmina, porem sofrendo um desvio muito forte em seu caminho. Esse fato mostra que essas partículas encontravam algum obstáculo, porem não muito grande, quando atravessavam os átomos da lâmina. Elaborado por: Nórgio Pedro Diano Página 39 iii. Pouquíssimas partículas alfa não conseguem atravessar a lâmina e voltam para o mesmo lado de onde são lançadas. Esse fato evidencia que essas partículas encontram um obstáculo irremovível ao colidirem em algum ponto dos átomos da lâmina. OBS: Se o átomo fosse realmente igual ao modelo anteriormente proposto por Thomson, como uma massa compacta de cargas positivas distribuídas de modo uniforme por todo o metal, então, as partículas alfa não sofreriam desvios fortes e muito menos iriam voltar. Conclusões de Rutherford i. O átomo não é maciço, apresentando mais espaço vazio do que preenchido; ii. A maior parte da massa do átomo se encontra em uma pequena região central (núcleo) dotada de carga positiva, onde estão os protões; iii. Os electrões estão localizados em uma região ao redor do núcleo, chamada de eletrosfera. Esse modelo ficou conhecido como “modelo do sistema solar”, em que o sol seria representado pelo núcleo e os planetas pelos electrões ao redor do núcleo (na eletrosfera). Fig.4: Modelo atómico de Rutherford Fonte: GOLDANE, E. & DE BONI, L. A. B. 2007 p8 De acordo com a teoria de Rutherford, os electrões podiam orbitar o núcleo a qualquer distância. Quando os electrões circundam em volta do núcleo, estariam mudando constantemente sua direcção. Fracassos da teoria atómica de Rutherford i. Não conseguia explicar de forma coerente as raias espectrais dos elementos químicos; ii. Não conseguia explicar a orbita dos electrões. iii. Não conseguir explicar porque é que os electrões girando em volta do núcleo, não perdem energia com o tempo, até cair no núcleo (colapso nuclear). Pois os físicos da antiga Grécia, já tinham elaborados as leis que dirigiam o movimento dos corpos macroscópicos e a teoria do Rutherford, era contra o princípio. Elaborado por: Nórgio Pedro Diano Página 40 Fig.5: Movimento do electrão nas electrosferas em volta do núcleo, no modelo atómico de Rutherford. Fonte: GOLDANE, E. & DE BONI, L. A. B. 2007 p9 2.1.4. O átomo de Niels Bohr A próxima grande evolução na compreensão da estrutura do átomo veio com o modelo atómico de Niels Bohr. Todavia, devido a grande sofisticação matemática deste modelo e dos que o sucederam, a plena compreensão mais sofisticada da estruturada matéria ficou restrita a um grupo cada vez mais selecto de cientistas. A teoria atómica de Bohr foi publicada entre 1913 e 1915. Para isto, Bohr aceitou o modelo dinâmico de Rutherford com três postulados. i. Os electrões giram ao redor do núcleo em orbitas circulares (modelo de Rutherford), porem sem emitir energia radiante (estado estacionário). ii. Um átomo emite energia sob a forma de luz somente quando um electrão pula de um orbital de maior energia para um orbital de menor energia. ΔE = h.f, a energia emitida e igual a diferença de energia dos dois orbitais envolvidos no salto. iii. As orbitas possíveis são aquelas em que o electrão possui um momento angular múltiplo inteiro de h/2π. Desta forma, o terceiro postulado nos indica que o electrão não pode estar a qualquer distância do núcleo, senão limitado a poucas orbitas possíveis, as quais são definidas por um parâmetro denominado numero quântico principal n. (Mais detalhes sobre números quânticos serão apresentados posteriormente) n = 1,2,3,4,5,6,....∞ Elaborado por: Nórgio Pedro Diano Página 41 Fig. 6: Modelo atómico de Bohr Fonte: GOLDANE, E. & DE BONI, L. A. B. 2007 p9 No modelo atómico de Bohr, notamos que: i. O modelo atómico de Bohr explica o espectro principal do átomo de hidrogénio e de átomos hidrogenoides (com apenas um electrão). ii. Permite calcular raios e velocidade para o Hidrogénio e átomos hidrogenoides (com apenas um electrão). iii. Com a introdução do termo “quantificação de energia do electrão e das orbitais”, explicou perfeitamente porque os electrões em movimento não caem no núcleo. Fracassos do Modelo atómico de Bohr i. Não explica o espectro fino. ii. Cálculos de raios e velocidade para H e átomos hidrogenoides para valores altos de n e de Z perdem o significado. iii. Para átomos multielectrónicos, as ideias de raio e velocidade perdem o significado de um orbital interno (menor), para o orbital externo (maior) e vice-versa. iv. Não explicou a posição nem o movimento dos electrões durante as transições electrónicas. v. Não permitem explicar a tabela periódica de modo sistemático; vi. - Não explicam a formação das ligações químicas Aplicações do modelo de Bohr i. Teste da chama; ii. Fogos de artifício; iii. Fluorescência e Fosforescência; iv. Raio Laser; v. Bioluminescência: a luz dos vaga- lumes. vi. Luminosos e lâmpadas (nónio e lâmpadas de vapor de Na ou Hg); Elaborado por: Nórgio Pedro Diano Página 42 2. 2. Radioactividade Os átomos de alguns elementos não são estáveis. Eles emitem espontaneamente radiações de vários tipos. Este fenómeno chama-se radioactividade e foi descoberto Henri Bequerel em 1896. Radioactividade é o fenómeno de emissão espontânea de pequenas partículas e de radiação electromagnética por átomos instáveis a fim de se tornarem relativamente estáveis. A tabela a seguir apresenta as partículas constituintes dos núcleos e os tipos de radiação emitidas quando ocorre a desintegração ou decaimento radioactivo. Tab.1: Partículas constituintes dos núcleos e os tipos de radiação emitidas Partícula Protão Neutrão Alfa (α) Beta (β) Gama () Positrão (β + ) Carga 1 0 2 -1 0 1 Massa 1 1 4 0 0 0 Simbolo 1H 1 ; 1p 1 0n 1 2He 4 ; 2α 4 -1e 0 ; -1β 0 0 0 1e 0 ; 1β 0 OBS: As radiações gama (raios gama), são altamente energéticos, constituídos de ondas de luz altamente penetrantes e semelhantes aos raios X. 2.3 Partículas fundamentais do átomo 2.3.1. Características do átomo O átomo é geralmente caracterizado pelas seguintes partículas, que de certo modo determinam as suas propriedades: i. Número atómico (Z): é um número determinado experimentalmente, característico de cada elemento, representando o numero de protões contidos no núcleo e caracteriza os diversos átomos. Em um átomo electricamente neutro, o número atómico e igual ao número de electrões (e-). Isto é, Z = e - . Por exemplo: Todos os átomos de Sódio possuem 11 protões; portanto, número atómico (Z) igual a 11.Todos os átomos de Ferro possui 26 protões; portanto, numero atómico (Z) igual a 26. ii. Número de massa (A): Soma do número de protões e neutrões do núcleo de um átomo. A = nº protões(Z) + nº neutrões(N). Isto é, A=Z+N. Elaborado por: Nórgio Pedro Diano Página 43 Tab. 2: Algumas propriedades das partículas subatómicas fundamentais. Isótopos: são átomos de um mesmo elemento que possuem propriedades químicas idênticas (apresentam a mesma distribuição electrónica), mas propriedades físicas diferentes. Possuem o mesmo número atómico (Z), porém apresenta diferentes números de massa (A). Representa-se um isótopo pelo símbolo, nº atómico (Z) e massa atómica (A). Exemplos: a) Isótopos do hidrogénio: 1H 1 (prótio), 1H 2 (deutério) e 1H 3 (trítio) b) Isótopos do oxigénio: 8O 16 8O 17 e 8O 18 Isóbaros são átomos que têm o mesmo número de massa (A), mas diferentes números atómicos (Z). Suas propriedades químicas são totalmente diferentes. Exemplos: 19K 40 isóbaro de 20Ca 40 A = 40 20Ca 42 isóbaro de 22Ti 42 A = 42 Isótonos: são átomos com diferentes números atómicos e de massa, porem com igual número de neutrões. 17Cl 37 isótono de 20Ca 40 n = 20 neutrões 5B 11 isótono de 6C 12 n = 6 neutrões Elaborado por: Nórgio Pedro Diano Página 44 Tab. 3: Resumo dos Isótopos, Isóbaros e Isótonos Partícula Protões Massa Neutrões Isótopos Igual Diferente Diferente Isóbaros Diferente Igual Diferente Isótonos Diferente Igual Igual 2.4. Mecânica quântica É o ramo da química-física, que estuda os números quânticos. Este ramo surge com as valiosas contribuições que o modelo atómico de Bohr deram para a evolução da teoria atómica. Neste ramo, se trata com relevo todos pormenores relacionados com o electrão de diferenciação (último electrão de um átomo). 2.4.1. Níveis e subníveis de energia Os níveis de energia, referem-se às camadas que constituem o átomo, no modelo de Bohr, os níveis ou camadas, foram referidos por órbitas circulares. Estas regiões têm energias diferentes e por isso ocupam os electrões com a certa energia. Os subníveis ou subcamadas são as outras regiões geralmente com formas diferentes, que se encontram nos níveis. Níveis ou camadas de energia (REAIS) Subníveis de energia K; L; M; N; O; P; Q s; p; d; f; g 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7 2.4.2. Distribuição electrónica em níveis e subníveis de energia i. Princípio de exclusão de Pauli Proposto em 1925, na tentativa de explicar algumas das propriedades dos electrões nos átomos, o Princípio de exclusão de Pauli postula que “Em um sistema fechado, dois electrões não podem ocupar o mesmo estado”. Em outras palavras, “dois electrões não podem ter os 4 números quânticos idênticos”. Elaborado por: Nórgio Pedro Diano Página 45 O número de electrões em um átomo e igual ao número atómico; Cada electrão adicionado entra no orbital de ordem energética mais baixa disponível; Um orbital não pode receber mais do que dois electrões. Fig.7: Esquema de Aufbau A ordem de preenchimento e 1s 2s 2p 3s 3p 4s 3d 4p 5s 4d 5p 6s 4f 5d 6p 7s 5f 6d… A regra mnemónica a seguir ajuda bastante na compreensão do princípio da construção, uma vez que não e muito pratico desenhar o diagrama acima cada vez que se deseja fazer a distribuição electrónica de um átomo. Fig.8: Ordem de preenchimento dos orbitais 2.4.3.Regra de Hund A Regra de Hund trata sobre a forma de como os electrões devem ser distribuídos para preencher os subniveis. Cada orbital de um subnível recebe inicialmente apenas um electrão. Somente após o último orbital deste subnivel ter recebido seu primeiro electrão começa o preenchimento dos orbitais semi-cheios com o segundo electrão. Elaborado
Compartilhar