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CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS DOCENTE: JÉSSIKA CELESTINO Uma das atribuições, merecedora de reflexão da prática de enfermagem, é a administração de medicamentos que envolve aspectos legais e éticos de impacto sobre a prática profissional. Uma falha pode ter consequências irreparáveis. A administração de medicamentos é uma das mais sérias responsabilidades que pesam sobre o enfermeiro. Todo medicamento a ser administrado ao paciente deve ser prescrito pelo médico Toda prescrição de medicamento deve conter: · data, · nome do paciente, · registro, enfermaria, · leito, · nome do medicamento, · dosagem, · via de administração, · frequência, · assinatura do médico CUIDADOS NA ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS Ao preparar a bandeja de medicamentos, fazê-lo atentamente e não conversar. Ter sempre à frente, enquanto prepara o medicamento, a prescrição médica. Ler o rótulo do medicamento 3 vezes, comparando-o com a prescrição: - antes de tirar o recipiente do armário - antes de colocar o medicamento no recipiente para administrar - antes de repor o recipiente no armário. CUIDADOS NA ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS Colocar a prescrição médica próximo ao recipiente de medicamentos sempre juntos na bandeja. Nunca administrar medicamento com rótulo ilegível, sem rótulo ou vencido. Não tocar com a mão em comprimidos, cápsulas, drágeas, pastilhas. Identificar a seringa ou frasco via oral: quarto, leito, via, nome do medicamento CUIDADOS NA ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS Identificar o paciente antes de administrar o medicamento, solicitando nome e certificando-se da exatidão do mesmo, pelo prontuário. Certificar-se das condições de conservação do medicamento; verificar a data de validade. Anotar qualquer alteração após a administração (vômitos, diarreia, erupções, urticária). Quem prepara administra. Não administrar medicamentos preparados por outras pessoas CUIDADOS NA ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS · Em caso de dúvida, nunca administrar o medicamento, até que a mesma seja esclarecida. · Os antibióticos devem ser administrados no máximo 15 minutos antes ou depois do horário prescrito. · Cancelar o horário da medicação somente após administrá-la assinar legivelmente seu nome ao lado. · Orientar o paciente quanto ao nome do medicamento, á ação da medicação, ao procedimento, ao autocuidado. · Checar o horário do medicamento administrado durante o dia com caneta azul e durante a noite com caneta vermelha · Circular o horário em azul e anotar o motivo da não administração da medicação (recusa, vômitos, paciente fora da unidade, medicação suspensa) · Circular o horário de vermelho caso o medicamento não tenha dado por esquecimento. · Nunca anotar ou checar o medicamento antes de ter sido ministrado ao paciente · Orientar quanto ao perigo da automedicação · Ao colocar o medicamento no recipiente, mantê-lo no nível dos olhos, certificando-se da graduação correta. APRESENTAÇÃO DOS FÁRMACOS - Pó - Grânulos - Cápsula - Comprimido - Drágea - Pastilha - Supositório - Pomada - Creme FORMAS FARMACÊUTICAS - Emplastro - Solução - Loção – Emulsão - Susupensão - Extratos - Injeções - Óvulo - linimento VIAS DE ADMINISTRAÇÃO Via de administração ≠ Local de Absorção Via de administração: maneira pela qual a medicação é introduzida no organismo Relaciona-se com: · - Forma farmacêutica · - Objetivos terapêuticos · - Condições físicas e patológicas do paciente 13 CERTOS · Prescrição correta · Paciente certo · Medicamento certo · Validade certa · Forma / apresentação certa · Dose certa · Compatibilidade certa · Orientação ao paciente · Via de administração certa · Horário certo · Tempo de administração certo · Ação certa · Registro certo VIAS DE ADMINISTRAÇÃO A Via Oral (VO), o Sublingual (SL), o Gástrica, o Tópica, o Ocular, o Auricular, o Retal, o Genital, o Nasal, o Parenteral, (IM, ID, SC, EV) VIA ORAL É a administração de medicamento pela boca Método mais comum de prescrição de um fármaco • Desvantagens: - irritação da mucosa gástrica - interferência na digestão - dificuldade de deglutir. • Vantagens: - mais seguro - mais conveniente - mais econômico • Contra-Indicações: - Pacientes incapazes de deglutir ou inconscientes - Em caso de vômitos - Quando está de jejum para cirurgia ou exame • Absorção: - Boca - Estômago - Intestino CORRESPONDÊNCIAS colher de sopa (15ml) colher de sobremesa (10ml) colher de chá (5ml) colher de café (3ml) 1ml = 20gts 1gt = 3mgt Material: Bandeja, Copo ou seringa descartável, Prescrição médica, Comprimido ou frasco de medicamento. Procedimento: · Lavar as mãos · Colocar os medicamentos nos recipientes, diluindo-os se for necessário. · Identificar o recipiente com o nome do paciente, número do leito, medicamento e dose. 4. Levar a bandeja para junto do paciente. · Identificar o paciente, verificando o nome com a prescrição médica. · Explicar o paciente e acompanhante sobre o procedimento a ser realizado · Explicar o propósito de cada medicamento, caso o paciente pergunte · Colocar o medicamento na boca do paciente sem contaminar os comprimidos ou xarope. · Oferecer água · Verificar se o paciente deglutiu o medicamento, nunca deixando-o sobre a mesa de cabeceira. · Recolher o material · Checar o horário e fazer anotações. VIA SUBLINGUAL São colocados debaixo da língua para serem absorvidos diretamente pelos pequenos vasos sangüíneos. A via sublingual é especialmente boa para a nitroglicerina, que é utilizada no alívio da angina (dor no peito), porque a absorção é rápida e o medicamento ingressa diretamente na circulação geral. A maioria dos medicamentos não pode ser administrada por essa via, porque a absorção é, em geral, incompleta e errática. Procedimento: · Lavar as mãos · Separar o medicamento conforme prescrita · Dar água para o paciente enxaguar a boca · Colocar o medicamento sob a língua e pedir para abster-se de engolir a saliva por alguns minutos, a fim de que a droga seja absorvida. · Checar o horário e fazer as anotações necessárias VIA GÁSTRICA É a introdução do medicamento através da sonda nasogástrica/ nasoenteral/ gastrostomia. Utilizada para pacientes inconscientes ou impossibilitados de deglutir Os medicamentos sólidos são dissolvidos em água e introduzidos na via gástrica com seringa As cápsulas são abertas, dissolvendo-se o pó medicamentoso nelas contido. VIA TÓPICA É aplicação de medicamento na pele, sob forma de pomadas, cremes ou adesivos Sua ação pode ser local ou geral Procedimento: · Explicar o procedimento e realizar a higiene local · Organizar o material · Lavar as mãos · Calçar luvas · Expor o local · Colocar o medicamento na pele, conforme prescrição · Observar qualquer anormalidade na pele: erupções, prurido, edema, eritema etc. · Deixar o paciente confortável · Providenciar a limpeza e ordem do material · Retirar as luvas e lavar as mãos 11. Anotar o cuidado prestado VIA OCULAR É a aplicação de colírio ou pomada na conjuntiva ocular Material - Colírio ou pomada - Gaze Procedimento: · Lavar as mãos e levar os materiais ao leito do paciente · Explicar o procedimento ao paciente · Posicionar o paciente com a cabeça um pouco inclinada para trás · Antes da aplicação, realizar higiene ocular · Afastar com o polegar a pálpebra inferior, com auxilio do lenço ou gaze, expondo o saco conjutival · Desprezar a primeira porção da pomada ou uma gota do colírio; · Pedir ao paciente que olhe para cima, e instilar o medicamento na porção média da pálpebra inferior; · Ao aplicar a pomada, depositá-la ao longo de toda extensão do saco conjuntival inferior; · Solicitar ao paciente que feche as pálpebras e faça movimentos giratórios do globo ocular; · Retirar o excesso de pomada com gaze; · Lavar as mãos e anotar o cuidado prestado VIA AURICULAR Consiste em introduzir o medicamento no canal auditivo externo MATERIAL: -Medicamento - Cuba-rim - Gaze - Saco de resíduo Procedimento: · Lavar as mão · Levar o material e explicar o procedimento · Posicionar o cliente e lateralizar a cabeça · Retirar, através do conta-gotas a medicação · Entreabrir a orelha e instilar a medicação no conduto auditivo sem contaminar · - No adulto, puxar com delicadeza o pavilhão auditivo para cima e ara trás, a fim de retificar o canal auditivo · - Na criança, puxar para baixo e para trás · Orientar o paciente quanto á manutenção da posição inicial por alguns minutos · Colocar um floco de algodão no orifício externo da orelha · Povidenciar a limpeza e lavar as mãos · Anotar o cuidado prestado VIA RETAL É a introdução de medicamento no reto, em forma de supositórios ou clister medicamentoso Material: - Bandeja - Supositório - Gaze - Luvas de procedimento - Saco de lixo Procedimento: · Reunir o material · Lavar as mãos · Explicar o procedimento ao paciente. · Calçar luvas. · Colocar o paciente em posição de SIMS · Com o polegar e indicador da mão não dominante, entreabrir as nádegas. · Introduzir o supositório no reto, delicadamente, e pedir ao paciente que o retenha por alguns minutos. · Colocar o material em ordem · Tirar as luvas e lavar as mãos · Anotar o cuidados prestado no prontuário do paciente. Observações: - O paciente poderá colocar o supositório sem auxílio da enfermagem, desde que seja orientado - Em caso de criança ou adulto incapacitado para retê-lo, comprimir levemente as nádegas para evitar o retorno do supositório - É necessário colocar a comadre ou encaminhar o paciente ao banheiro VIA VAGINAL É a introdução de medicamentos no canal vaginal O medicamento pode ser introduzido sob a forma de: creme ou gel, comprimido ou óvulos. Material: - Luvas de procedimento - Aplicador vaginal (S/N) - Medicamento Procedimento: · Explicar o procedimento ao cliente · Organizar o material e levar ao leito da paciente · Lavar as mãos e calçar luvas · Cercar o leito com biombo · Colocar o paciente em posição ginecológica · Colocar o medicamento no aplicador próprio · Com auxílio de gaze, afastar os pequenos lábios com os dedos indicador e polegar · Introduzir delicadamente o aplicador aproximadamente 5 cm em direção ao sacro, para que haja na parede posterior da vagina; · Pressionar o êmbolo; · Retirar o aplicador e pedir ao paciente que permaneça em decúbito dorsal por 15 minutos; · Colocar um absorvente s/n · Providenciar a limpeza e ordem do material; · Retirar as luvas e lavar as mãos; · Anotar o cuidado prestado. VIA NASAL Consiste em administrar na mucosa nasal um medicamento líquido ou pomada Material: - Luvas de procedimento - Medicação - Gaze Procedimento: · Levar o material e explicar o procedimento · Lavar as mãos · Solicitar que faça higiene nasal; · Inclinar a cabeça para trás (hiperextensão); · Pingar a medicação na parte superior da cavidade nasal, evitando que o frasco toque a mucosa · Solicitar ao paciente que permaneça nesta posição por mais alguns minutos · Providenciar a limpeza e ordem do material; · Lavar as mãos; · Anotar o cuidado prestado. VIA PARENTERAL Vias: - ID - SC - IM - EV Utiliza-se agulhas, seringas e medicamentos esterilizados, seguindo técnicas padronizadas Vantagens: - a disponibilidade é mais rápida e mais previsível, tratamento de emergências. Desvantagens: - Pode ocorrer uma injeção intravascular acidental, pode vir acompanhada de forte dor e, às vezes, é difícil para um paciente injetar o fármaco em si mesmo se for necessária a automedicação. - Alto custo VIA INTRADÉRMICA - ID Via restrita, Pequenos volumes – de 0,1 a 0,5 mililitros. Usadas em reações de hipersensibilidade *Provas de PPD * Provas alérgicas *Aplicação de vacinas: BCG Local mais apropriado: face anterior do antebraço *Pobre em pelos *Possui pouca pigmentação *Possui pouca vascularização *Fácil acesso a leitura VIA SUBCUTÂNEA - SC A medicação é introduzida na tela subcutânea / hipoderme Absorção lenta, através de capilares, ocorre de forma contínua e segura O volume não deve ultrapassar 03 mililitros Usada para administração: Vacinas (rábica e sarampo), Anticoagulante (heparina), Hipoglicemiantes (insulina) O local de aplicação deve ser revezado, quando utilizado por período indeterminado Ângulo da agulha * 90 °C – agulhas hipodérmicas e pacientes gordos * 45°C – Agulhas normais e pacientes magros Complicações: Infecções inespecíficas ou abscessos, Formação de tecido fibrótico, Embolias – por lesão de vasos e uso de drogas oleosas ou em suspensões, Lesão de nervos, Úlceras ou necrose de tecidos VIA INTRAMUSCULAR - IM Via muito utilizada devido a absorção rápida Músculo escolhido: Deve ser bem desenvolvido, Ter fácil acesso, Não possuir grande calibre e nem nervos. Volume injetado: Região deltóide – de 2 a 3 mililitros, Região glútea – de 4 a 5 mililitros, Músculo da coxa (vasto lateral)– de 3 a 4 mililitros Quando não devemos utilizar a região glútea? Crianças < 2 anos Pacientes com atrofia da musculatura Paralisia de membros inferiores Complicações: Deve-se evitar o nervo ciático, Injeções intravasculares: embolias, Infecções e abscessos VIA ENDOVENOSA - EV Via muito utilizada, com introdução de medicação diretamente na veia Local apropriados: Melhor local: face anterior do antebraço (lado esquerdo), Membros superiores, Evitar articulações Indicações: Necessidade imediata de ação, Grandes volumes – hidratação, Coleta de sangue para exames. Tipos de medicamentos injetados na veia: Soluções solúveis na veia, Líquidos hiper, iso ou hipotônicos: Sais orgânicos, Eletrólitos, Medicamentos Não oleosos, Não deve conter cristais visíveis em suspensão. CATETERES INTRAVENOSOS PERIFÉRICOS Cateteres Agulhados Indicação: infusões de curta duração, baixo volume, em bolus ou push, pacientes c/ veias muito finas e comprometidas Contra indicação: nunca utilizar com solução vesicante / irritante O Uso Deve Ser Limitado À Administração De Dose Única E Coleta De Amostra De Sangue Para Análise Clínica Cânula Intravenosa Indicação: infusões de média duração até 72 ou 96 horas Material: Teflon ou Poliuretano REMOÇÃO DO CATETER O cateter periférico na suspeita de contaminação, complicações, mau funcionamento ou descontinuidade da terapia deve ser retirado. Recomenda-se a troca do cateter periférico em adultos em 72 horas quando confeccionado com teflon e 96 horas quando confeccionado com poliuretano. CUIDADOS IMPORTANTES Antes de preparar o medicamento certificar-se da dieta, jejum ou o controle hídrico do paciente. Sempre lavar as mãos antes e depois da administração do medicamento. Homogeneizar os medicamentos em suspensão. Ter o cuidado de limpar com gaze os vidros de medicamentos, antes de guardá-los. Dissolver os medicamentos para pacientes com disfagia. Medicamentos nunca devem ser combinados com álcool A fim de evitar desperdícios, acidentes, roubos e uso abusivo, os medicamentos devem ser guardados em lugar apropriados e controlados. Não misturar medicamentos a alimentos, exceto se especificamente prescrito. Ao administrar mais de um medicamento a um paciente, deve ser usada a seguinte ordem: comprimidos e cápsulas seguidos por água, ou outro líquido; depois administrar líquidos diluídos com água, quando necessário. Xaropes são administrados, não diluídos e não são seguidos por líquidos. Comprimidos sublinguais e bucais são administrados por último. Permanecer com o paciente até que toda a medicação tenha sido deglutida. Não é aconselhável misturar medicamentos líquidos. Poderá ocorrer uma reação química, resultando em precipitado. CÁLCULOS PARA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA CÁLCULO DE GOTEJAMENTO Fórmulas: • Nº. de gotas/min. = V/Tx3 • Nº. de microgotas/min. = V/T Onde, V = volume em ml e T = tempo em horas Quantas gotas deverão correr em um minuto para administrar 1.000 ml de SG a 5% de 6/6 horas? Nº. de gotas/min. = V/Tx3 = 1.000/6x3 1.000/18 = 55,5* = 56 gotas/min. * Regra para arredondamento Quantas microgotas deverãocorrer em um minuto para administrar 300ml de SF 0,9% em 4 horas? Nº. de mgts/min. = V/T = 300/4 =75 Mas o que fazer quando o tempo prescrito pelo médico vem em minutos? Nova Regra: • Nº. de gotas/min. = V x 20/ nº. de minutos Devemos administrar 100 ml de bicarbonato de sódio a 10% em 30 minutos. Quantas gotas deverão correr por minuto? Nº. de gotas/min. = 100 x 20/30 =2.000/30 = 66,6* = 67 gotas/min. • Lembrar sempre que 1 gota = 3 microgotas • Portanto nº. de microgotas/min. = nº. de gotas x 3 Vamos praticar? Ex.1 Calcule o nº. de gotas/min. Das seguintes prescrições: a) 1.000 ml de SG 5% EV em 24 horas. b) 500 ml de SG 5% EV de 6/6h. c) 500 ml de SF 0,9% EV em 1 hora. d) 500 ml de SF 0,9% EV de 8/8h. e) 100 ml de SF 0,9% EV em 30 minutos. Vamos praticar? Ex.2 Calcule o nº. de microgotas/min. Das seguintes prescrições: a)SF 0,9% 500 ml EV de 6/6h. b) SG 5% 500 ml EV de 8/8h. c) SGF 1.000 ml EV de 12/12h. CÁLCULOS PARA ADMNISTRAÇÃO Exemplo 1: Foram prescritos 500 mg VO de Keflex suspensão de 6/6h quantos ml devemos administrar? • O primeiro passo é olhar o frasco e verificar a quantidade do soluto por ml que nesse caso está descrito: 250 mg/5ml, significando que cada 5ml eu tenho 250 mg de soluto. • Agora é só montar a regra de três: 250 mg------- 5 ml 250 x = 2.500 500 mg-------- x x = 2.500/250 x = 10 ml Exemplo 2: Devemos administrar 250 mg de Novamin IM de 12/12 h. Temos na clínica ampolas de 2 ml com 500 mg. Quantos ml devo administrar? 500 mg ------- 2 ml 500 x = 500 250 mg-------- x x= 500/500 x = 1 ml Exemplo 3: Devemos administrar 200 mg de Cefalin EV de 6/6h. Temos na clínica fr./amp. de 1g. Como proceder? • Primeiro passo, vou diluir o medicamento pois há somente soluto; • Nesse caso vamos utilizar 10 ml de AD; • A quantidade de soluto é de 1g = 1.000 mg; Agora é só montar a regra de três: 1.000 mg ---- 10 ml 1.000 x = 2.000 200 mg ------- x x = 2.000/1.000 x = 2 ml Exemplo 4: Foram prescritos 5 mg de Garamicina EV de 12/12 h. diluídos em 20 ml de SG 5%. Temos na clínica apenas ampolas de 1ml com 40 mg/ml. • Como a quantidade prescrita é muito pequena, iremos rediluir, ou seja aspirar toda ampola e acrescentar mais AD, nesse caso adicionaremos 7 ml de AD para facilitar o cálculo. • Portanto eu tenho 1ml da ampola + 7 ml de AD = 8 ml com 40 mg. 40 mg ----- 8 ml 40 x = 40 5 mg ------ x x = 40/40 x = 1 ml Devemos utilizar 1 ml da solução, colocando-a em 20 ml de SG5% EV. Exemplo 5: Foram prescritos 7 mg de Novamin EV de 12/12 h. Temos na clínica ampolas de 2 ml com 100mg/2ml. Quantos ml devemos administrar? • Observe que aqui também a quantidade prescrita é muito pequena, precisaremos rediluir, nesse caso em 8 ml de AD para facilitar o cálculo • Portanto, terei 2 ml da ampola + 8 ml de AD = 10 ml com 100 mg. 100 mg ----- 10 ml 100 x = 70 7 mg ------ x x = 70/100 x = 0,7 ml Devemos aspirar 0,7 ml da medicação e rediluir para aplicação pois a mesma não pode ser administrada diretamente na veia. Exemplo 6: Foi prescrito 1/3 da ampola de Plasil EV se necessário. Temos na clínica ampolas de 2 ml. Quantos ml devemos administrar? • A prescrição me pede para dividir a ampola em 3 partes e pegar 1 = 0,66 ml; • Então devemos rediluir aspirando toda ampola + 1ml de AD assim teremos números inteiros. Então 2ml da ampola + 1ml de AD = 3 ml /3 = 1 ml Exemplo 7: Foram prescritos 120 mg de Targocid uma vez ao dia EV. Temos na clínica frascos de 200 mg. Quantos ml devemos administrar? • Precisamos diluir o medicamento e nesse caso utilizaremos 5 ml de AD; 200 mg ----- 5 ml 200 x = 600 120 mg ----- x x = 600/200 X = 3 ml Exemplo 8: Foi prescrito Vancomicina 16 mg em 10 ml de SG 5% de 6/6 horas.Temos na clínica frascos de 500 mg. Como devemos proceder? • Precisaremos diluir o medicamento (soluto) nesse caso vamos utilizar 5 ml de AD. 500 mg ----- 5 ml 500 x = 500 100 mg ----- x x = 500/500 x = 1 ml Descobrimos que em 1ml temos 100 mg Pegaremos esse 1ml + 9 ml de AD = 10ml 100 mg ----- 10 ml 100 x = 160 16 mg ------ x x = 160/100 x = 1,6 ml Devemos então utilizar 1,6 ml da solução colocar em 10 ml de SG 5% e administrar. Vamos praticar? 1. Calcule quantos ml do medicamento deveremos administrar ao paciente nas seguintes prescrições: a) Tienam 250 mg EV de 6/6h. Temos fr./amp. 500 mg (diluir em 20 ml). b) Cefrom 2g EV de 12/12h. Temos fr./amp. de 1g. (diluir em 10 ml). c) Targocid 80 mg EV de 12/12h. Temos fr./amp. De 400 mg. (diluir em 10 ml). d) Calciferol ¼ de ampola IM. Temos ampolas de 1 ml (15mg/ml). (Rediluir em 1 ml). e) Dramim ¼ de ampola EV. Temos ampolas de 1ml. (rediluir em 3 ml). CÁLCULO COM PENICILINA CRISTALINA • Nos cálculos anteriores a quantidade de soluto contida em uma solução é indicada em gramas ou miligramas. A penicilina cristalina virá apresentada em unidades podendo ser: • Frasco/amp. com 5.000.000 UI • Frasco/amp. com 10.000.000 Vem em pó e precisa ser diluída. Exemplo 1: Temos que administrar 2.000.000 UI de penicilina cristalina EV de 4/4 h. Temos na clínica somente frascos de 5.000.000 UI Quantos ml devemos administrar? • Na diluição da penicilina sempre que injetar-mos o solvente teremos um volume de 2 ml a mais. 5.000.000 UI ------ 8 ml de AD + 2 ml do pó = 10 ml 2.000.000 UI ------- x 5.000.000 x = 20.000.000 UI X = 20.000.000/5.000.000 X = 4 ml Exemplo 2: Temos que administrar 100.000 UI de penicilina cristalina EV de 4/4h. Temos na clínica somente frascos de 5.000.000 UI. Quantos ml devemos administrar? (diluir com 8 ml de AD) 5.000.000 UI ------ 10 ml 5.000.000 X = 10.000.000 1.000.000 UI ------ x x =10.000.000/5.000.000 X = 2 ml Descobrimos que em 2 ml temos 1.000.000 e precisamos de 100.000, teremos que rediluir em + 8 ml de AD, assim: 1.000.000 ------- 10 ml (2 ml de medicamento + 8 ml de AD) 100.000 -------- x 1.000.000 x = 1.000.000 x = 1.000.000/1.000.000 x = 1 ml VAMOS PRATICAR? 1. Foi prescrito Penicilina cristalina 2.000.000 UI EV de 6/6h. Temos frasco/amp. De 5.000.000 UI. Em quantos ml devo diluir e quantos devo administrar? 2. Temos que administrar 2.000.000 UI de Penicilina cristalina EV de 4/4h. Temos frascos de 5.000.000 UI. Em quantos ml devo diluir e quantos devo administrar? CÁLCULOS DE INSULINA/HEPARINA Exemplo 1: Foram prescritos 50 UI de insulina NPH por via SC e não temos seringa própria só de 3 ml. Como devemos proceder? 100 UI ------ 1 ml 100 x = 50 50 UI ------- x x = 50/100 x = 0,5 ml Exemplo 2: Temos que administrar 2.500 UI de heparina SC de 12/12h. Temos frasco de 5.000 UI em 1ml. Como devemos proceder? 5.000 UI ------ 1 ml 5.000 x = 2.500 2.500 UI ------ x x = 2.500/5.000 x = 0,5 ml VAMOS PRATICAR? 1. Temos que administrar insulina SC e não temos seringa própria só de 3 ml. Então calcule o ml de cada valor prescrito: a) 60 UI de insulina b) 80 UI de insulina c) 50 UI de insulina CÁLCULOS DE DIFERENTES PORCENTAGENS Exemplo 1: Temos na clínica ampolas de glicose a 50% com 20 ml. Quantas gramas de glicose temos nesta ampola? 50 g ------- 100 ml 100 x = 1.000 x -------- 20 ml x = 1.000/100 x = 10 g Exemplo 2: Temos disponíveis ampolas de Vit. C a 10% com 5 ml. Quantos mg de Vit. C temos na ampola? 10 g ------ 100 ml 100 x = 50 x ----- 5 ml x = 50/100 x = 0,5 g Mas queremos saber em mg 1 g ----- 1.000 mg 1 x = 500 0,5 g ---- x x = 500/1 x = 500 mg VAMOS PRATICAR? 1. Quanto de soluto encontramos nas seguintes soluções: a) 1 ampola de 20 ml de glicose a 25% b) 1 ampola de 20 ml de NaCl a 30% c) 1 frasco de 500 ml de SG a 5% d) 1 frasco de 1.000 ml de SG a 5% TRANSFORMANDO O SORO • Exemplo 1: Foi prescrito S.G. de 1.000 ml a 10%, temos somente SG de 1.000 ml a 5% e ampolas de glicose 50 % com 10 ml. Como devo proceder para transformar o soro de 5 para 10%? • PASSO 1: descobrir quantas gramas de glicose tem no soro que eutenho. 5 g ------ 100 ml 100 x = 5.000 x = 5.000/100 X ------- 1.000 ml x = 50 g de glicose • PASSO 2: descobrir quantas gramas de glicose contém no soro prescrito. 10 g ------- 100 ml 100 x = 10.000 x ------ 1.000 ml x = 10.000/100 x = 100 g • Descobri que devo acrescentar 50 gramas de glicose no SG 5% de 1.000 ml. • Tenho ampola de glicose 50% 50 g ---- 100 ml 100 x = 500 X -------- 10 ml x = 500/100 x = 5 g • Portanto cada ampola de 10 ml contém 5 g de glicose, assim devo colocar 10 ampolas no frasco de soro = 100 ml. • Entretanto não cabe no frasco, devo então desprezar 100 ml do frasco onde estarei perdendo 5 g de glicose e acrescento + 1 ampola de glicose. • Assim utilizaremos 11 ampolas de glicose 50% para transformar o soro. VAMOS PRATICAR? 1. Foi prescrito um frasco de SG 10% de 500 ml. Temos frascos de SG 5% 500 ml e ampolas de glicose de 20 ml a 50%. Como devemos proceder para transformar o soro?
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