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Doencas transmissiveis e Doencas Cronicas nao Transmissiveis

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Doenças transmissíveis e Doenças Crônicas não Transmissíveis
Docente: Jessika Celestino
Caso clínico
Renata, mãe de dois meninos está muito preocupada com o mais velho. Durante atendimento na clínica da família o enfermeiro realiza a seguinte anotação no prontuário eletrônico: 
H.T.C 6 anos apresenta quadro diarreico há 2 dias, dores abdominais, flatulência e eructações (arroto) frequentes, queixa-se ainda de náusea e apresentou dois episódios de êmese nas últimas 12h. Ao longo da consulta de enfermagem a enfermeira observa que o filho mais novo, com 3 meses está em aleitamento materno exclusivo e ao questionar sobre os hábitos alimentares do mais velho a mãe informa que ele “come de tudo”. Ainda em processo de investigação a enfermeira questiona sobre a ingesta hídrica e a higiene no preparo dos alimentos e durante relato da mãe é possível perceber que a manipulação dos alimentos não é feita de forma adequada, algumas verduras segundo ela são de cultivo próprio e ela lava com água somente. Como agravante ainda temos a alteração da qualidade da água na cidade do Rio de Janeiro que está apresentando odor e sabor de terra. Renata apesar da preocupação com os filhos, ficou tranquila pois percebeu o comprometimento com o atendimento humanizado, por parte da enfermeira.
Introdução
Com a mudança do panorama da saúde no século XXI, e com a necessidade de adaptação dos sistemas de saúde e das decisões políticas perante a área, há um foco urgente na percepção de como o ambiente e os estilos de vida da sociedade do século se relacionam com o futuro das doenças, a nível local e global.
As doenças transmissíveis, que desde o início da percepção humana da saúde, marcaram a evolução da sociedade global e permitiram avanços estonteantes na saúde, continuam a ser uma preocupação ativa para o nosso bem-estar, e ameaçam evoluir no decorrer do século. As doenças não transmissíveis, por outro lado, inimigo silencioso da raça humana, têm ganho uma força incontrolável nas últimas décadas e são consideradas, atualmente, o assassino principal dos tempos modernos. 
Os estilos de vida foram influenciados pelas condições de saúde, e a nossa saúde é continuamente afetada pelos estilos de vida que levamos. Podemos definir a saúde como ―um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente a ausência de afeções e enfermidades“.
A saúde pública pode ser dividida em dois tipos de doenças: as Doenças Transmissíveis e as Doenças Não Transmissíveis. 
As Doenças Transmissíveis ou Doenças Comunicáveis 
São definidas como doenças infeciosas transmissíveis através do contato direto, ou seja, entre os seres humanos, ou através do contato indireto através de um vetor. Também conhecidas como doenças contagiosas, podem dividir-se por: 
- Doenças preveníveis por vacinação, como Difteria e Influenza; 
Infecções sexualmente transmissíveis, como o HIV, a Clamídia e a Sífilis; 
Hepatites virais, como a A, B e C; 
Doenças de origem ambiental, como o Botulismo, a Salmonela e a Toxoplasmose e outras doenças como a Legionella, Tuberculose e a Malária.
Quase que podemos definir 3 pontos da história, marcados por 3 infeções, que alteraram a nossa perceção de saúde pública. 
1° epidemia da praga,
2° o aparecimento da cólera na Europa
3° a Varíola 
Estes três avanços, a quarentena, sanitização e a imunização, marcaram o iniciar de uma nova era da saúde pública.
A notificação é obrigatória de doenças infeciosas, ela permite atualmente um alerta global de uma doença capaz de ameaçar a segurança da saúde pública global, criando uma base de segurança, e obrigando os países a responder de forma assertiva às ameaças para a saúde.
O que são infecções sexualmente transmissíveis?
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos.
Elas são transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de camisinha masculina ou feminina, com uma pessoa que esteja infectada. A transmissão de uma IST pode acontecer, ainda, da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação. De maneira menos comum, as IST também podem ser transmitidas por meio não sexual, pelo contato de mucosas ou pele não íntegra com secreções corporais contaminadas.
O tratamento das pessoas com IST melhora a qualidade de vida e interrompe a cadeia de transmissão dessas infecções. O atendimento, o diagnóstico e o tratamento são gratuitos nos serviços de saúde do SUS.
Existem diversos tipos de infecções sexualmente transmissíveis, mas os exemplos mais conhecidos são:
herpes genital;
Cancro mole (cancroide)
HPV
Doença Inflamatória Pélvica (DIP)
Donovanose
Gonorreia e infecção por Clamídia
Linfogranuloma venéreo (LGV)
Sífilis
Infecção pelo HTLV
Tricomoníase
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/i/infeccoes-sexualmente-transmissiveis-ist-1
Hepatites por Vírus
Infecções por vírus que têm por alvo preferencial o fígado, especialmente suas células principais os hepatócitos, manifestam-se clinicamente por icterícia, coloração muito forte da urina (colúria), fezes muito claras ( acolia fecal) e fraqueza, além de outras manifestações sistêmicas, havendo ainda muitos casos de infecção silenciosa, sem sinais clínicos relevantes.
Os principais causadores das hepatites são os Vírus das Hepatites A (VHA), B (VHB), C (VHC), D (VHD) e E (VHE). Dentre estes, VHA e VHE têm preferencialmente transmissão por água e alimentos contaminados, podendo ser encontrados surtos, em bairros ou escolas, principalmente em piores condições de higiene. As hepatites por VHB, VHC e VHD são principalmente adquiridas por transfusões, injeções de drogas ou por contato direto, especialmente sexual.
HEPATITE AGUDA
O quadro clínico inclui manifestações gerais como anorexia, náuseas e colúria; icterícia distingue a forma ictérica da anictérica; os casos mais graves ou fulminantes estão sempre na forma ictérica. A partir da clínica e dos informes sobre possível forma de infecção, o médico avalia a causa da infecção pela presença de marcadores virais no soro do paciente, bem como pela presença de anticorpos específicos produzidos pelo indivíduo em resposta a infecção. 
Entre nós, a principal causa de hepatites agudas é o VHA, havendo tendência a redução de novos casos por já estar disponível vacina com bom índice de proteção. Os demais vírus, inclusive o VHE, também podem ser detectados. Habitualmente o sistema imune do paciente elimina o vírus em algumas semanas, podendo haver idas e vindas dos sintomas por alguns meses, mas a tendência é de cura, sem sequelas. Os casos mais graves acompanham-se de necrose submaciça e maciça. 
HEPATITE CRÔNICA 
Define-se como uma inflamação do fígado que se prolonga durante, pelo menos, seis meses.
As causas comuns incluem os vírus da hepatite B e C e determinados medicamentos.
A maioria das pessoas não têm sintomas, mas algumas apresentam sintomas vagos, como sensação de mal-estar generalizado, perda de apetite e fadiga.
A hepatite crônica pode progredir para cirrose e, finalmente, câncer de fígado e/ou insuficiência hepática.
Às vezes se faz uma biópsia para confirmar o diagnóstico, mas a hepatite crônica é geralmente diagnosticada com base nos resultados dos exames de sangue.
Medicamentos, como os antivirais ou os corticosteroides, podem ser usados, e para a doença avançada, o transplante de fígado pode ser necessário.
A hepatite crônica é muito menos frequente do que a hepatite viral aguda, pode persistir por anos e mesmo décadas. Em muitas das pessoas, a hepatite crônica é bastante leve e não provoca lesões hepáticas significativas. No entanto, em algumas pessoas, a inflamação contínua deteriora lentamente o fígado e acaba levando à cirrose (cicatrização grave do fígado), insuficiência hepática e, por vezes, câncer hepático.
Causas da hepatite crônica
As causas mais comuns de hepatite crônica são:
Vírus da hepatite C
Vírus da hepatite B
Fígado gorduroso não devido ao consumo de álcool (esteato-hepatite não alcoólica)
Doença hepática relacionadaao álcool
O vírus da hepatite C causa cerca de 60% a 70% dos casos de hepatite crônica e pelo menos 75% dos casos de hepatite C aguda se tornam crônicos.
Cerca de 5% a 10% dos casos de hepatite B em adultos, às vezes com coinfecção por hepatite D, se tornam crônicos. (A hepatite D não ocorre isoladamente. Ela ocorre apenas como uma coinfecção da hepatite B.) A hepatite B aguda se torna crônica em até 90% dos recém-nascidos infectados e em 25% a 50% das crianças pequenas.
Raramente o vírus da hepatite E causa hepatite crônica em pessoas com um sistema imunológico enfraquecido, como naquelas tomando medicamentos que suprimem o sistema imunológico após um transplante de órgão, que estão tomando medicamentos para tratar câncer ou que têm infecção pelo HIV.
O vírus da hepatite A não causa hepatite crônica.
Esteato-hepatite não alcoólica (um tipo de inflamação crônica do fígado) costuma ocorrer em pessoas obesas, diabetes e/ou níveis anormais de colesterol e de outras gorduras (lipídios) no sangue. Todos esses quadros clínicos fazem com que o corpo sintetize mais gordura ou processe e excrete a gordura mais lentamente. Como resultado, a gordura se acumula e é, em seguida, armazenada dentro dos hepatócitos (chamado fígado gorduroso). 
O fígado gorduroso pode causar inflamação crônica e acabar progredindo para cirrose. (O fígado gorduroso devido a qualquer causa que não seja o consumo de grandes quantidades de álcool é denominado fígado gorduroso não alcoólico.)
O álcool, depois de ser absorvido pelo trato digestivo, é processado (metabolizado) pelo fígado. À medida que o álcool é processado, as substâncias que podem lesionar o fígado são produzidas. Em geral, a doença hepática relacionada ao álcool se desenvolve em pessoas que bebem demais por muitos meses ou anos. A doença hepática relacionada ao álcool é caracterizada por fígado gorduroso e inflamação hepática disseminada que pode resultar na morte das células do fígado. Se a pessoa continuar a beber, pode haver a formação de tecido fibroso no fígado podendo haver, por fim, a substituição de grandes quantidades de tecido hepático normal, resultando em cirrose.
Sintomas da hepatite crônica
A hepatite crônica causa sintomas gerais, como uma sensação vaga de mal-estar, falta de apetite e fadiga. Por vezes, a pessoa afetada apresenta também febre baixa e um leve desconforto na parte superior do abdômen. Icterícia (coloração amarela da pele e da parte branca dos olhos causada por depósitos de excesso de bilirrubina) é rara, a menos que se desenvolva insuficiência hepática. Muitas pessoas com hepatite crônica não têm sintomas.
Frequentemente, os primeiros sintomas específicos ocorrem quando a doença hepática progrediu e existem evidências de cirrose. Os sintomas podem incluir:
Baço aumentado
Vasos sanguíneos em formato de pequenas aranhas (chamado angioma aracneiforme) visíveis na pele.
Palmas das mãos avermelhadas
Acúmulo de líquido dentro do abdômen (ascite)
Tendência para sangrar (coagulopatia)
Icterícia
Deterioração da função cerebral (encefalopatia hepática)
A função do cérebro se deteriora porque o fígado gravemente danificado não consegue remover as substâncias tóxicas do sangue como normalmente faz. Estas substâncias se acumulam no sangue e chegam ao cérebro. O fígado normalmente remove estas substâncias do sangue, as degrada e elimina como subprodutos inócuos na bile (o líquido amarelo-esverdeado que auxilia a digestão) ou no sangue. O tratamento da encefalopatia hepática é capaz de impedir que a deterioração da função cerebral se torne permanente.
O sangue não coagula normalmente porque o fígado danificado não é mais capaz de sintetizar uma quantidade suficiente de proteínas que auxiliam na coagulação.
Algumas pessoas apresentam icterícia, coceira e fezes claras. A icterícia e a coceira se desenvolvem porque o fígado danificado não consegue remover a bilirrubina do sangue como faz normalmente. Em seguida, a bilirrubina se acumula no sangue e é depositada na pele. A bilirrubina é um pigmento amarelo produzido como produto de degradação durante a destruição normal dos glóbulos vermelhos. As fezes ficam claras porque o fluxo de bile saindo do fígado é bloqueado e menos bilirrubina é eliminada nas fezes. É a bilirrubina que dá às fezes sua cor marrom típica.
DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS - DCNT
Doenças não transmissíveis, também conhecidas como doenças crónicas, tendem a ser de longa duração e são o resultado da combinação de fatores genéticos, fisiológicos, ambientais e de comportamento. 
As principais DCNT são as doenças cardiovasculares, o cancro, as doenças respiratórias crónicas e a diabetes. Tratam-se de assumidas ameaças não só à saúde humana como ao desenvolvimento e crescimento económico e social.
As Doenças Crônicas Não Transmissíveis são a principal causa de adoecimento, mortalidade e mortes prematura nas américas. Em 2012 as DCNT foram responsáveis por 79% de todos os óbitos sendo 35% desses óbitos de pessoas entre 30 a 70 anos. ● 
Câncer, doença cardiovascular, diabetes e doenças respiratórias são responsáveis por 77% dos óbitos por DCNT nas américas.
A atenção médica às pessoas com DCNT terá um custo às economias mundiais de baixa e média renda de U$ 21,3 bilhões nas próximas duas décadas, o equivalente ao produto interno bruto (PIB) destes países em 2013. 
A grande vantagem destas doenças é, no entanto, a possível prevenção através da batalha com os seus fatores de risco. 
5 prioridades de intervenção para o controlo destas doenças, que seriam:
Controle do tabaco, 
Redução dos níveis de sal, 
Melhoria das dietas e do exercício físico da população, 
Redução do consumo excessivo de álcool, 
Melhoria do acesso aos medicamentos essenciais e às tecnologias de saúde.
Quatro fatores de risco de origem humana estão relacionados diretamente ao aumento das DCNT: 
O Plano de Ação Regional para a Prevenção e o Controle das Doenças Não Transmissíveis tem como meta geral: -
-reduzir a mortalidade e a morbidade evitáveis, 
-minimizar a exposição a fatores de risco, 
-aumentar a exposição a fatores de proteção 
-reduzir o ônus socioeconômico destas doenças,adotando abordagens multissetoriais que promovam o bem-estar e -reduzam a desigualdade dentro dos Estados Membros e entre eles. 
A educação e o apelo à responsabilidade pela saúde pessoal são essenciais, mas não suficientes, para modificar os determinantes socioambientais das DCNT. São necessárias intervenções para modificar o entorno para que os comportamentos saudáveis não só sejam possíveis, mas uma opção mais fácil de ser adotada. 
Existem medidas viáveis e efetivas, em termos do custo, para contemplar os fatores de risco que, ao modificarem as condições socioambientais, favorecem comportamentos saudáveis de maneira ampla e sustentada. Para reduzir a exposição a estes fatores são fundamentais três vias: 
promoção, prevenção clínica e regulação. 
Regulação é uma função essencial da saúde pública, com enorme potencial para melhorar a saúde e prevenir mortes prematuras e sofrimento. A sua aplicação em vários casos requer normas legislativas.
Proteger a população de determinados riscos é uma função fundamental do Estado e a regulação é a ferramenta para realizá-lo. A regulação se refere a medidas legislativas e executivas que busca corrigir falhas no mercado ou modificar práticas sociais difundidas. Visam mudanças com a aplicação de leis ou regulamentações nos âmbitos fora do alcance tradicional dos sistemas de saúde. 
A implementação destas intervenções favorece a prevenção em todos os níveis: ● Primário: ao diminuir a prevalência dos fatores de risco na população. ● Secundário: ao reduzir o risco da população geral afetada por DCNT. ● Terciário: ao diminuir a recorrência e evitar o surgimento de outras DCNT nas pessoas afetadas. 
A regulação implica em:
obesidade
É caracterizada pelo excesso de peso proveniente do acúmulo de gordura corporal no indivíduo. A OMS recomenda o uso do parâmetro IMC (Índice de Massa Corporal), o qual é obtido a partir da divisão do pesodo indivíduo pela sua altura ao quadrado. Dessa forma, um IMC igual ou acima de 30kg/m² já identifica um quadro de obesidade, podendo ser classificado como obesidade grau I (IMC ≥ 30kg/m²), grau II (IMC ≥ 35kg/m²) ou grau III (IMC ≥ 40kg/m²). 
A obesidade sozinha pode causar outras comorbidades (doenças associadas), como por exemplo: doenças cardiovasculares, diabetes, câncer, osteoartrites, varizes, trombose, apneia obstrutiva do sono, doenças do trato gastrointestinal, etc. Algumas das complicações surgem pois a gordura corporal excessiva provoca um estado inflamatório crônico em todo o organismo. Além disso, indivíduos obesos tem maior risco de desenvolverem quadros mais gravosos da COVID-19.
O tratamento da obesidade envolve equipe multidisciplinar e, consequentemente, recomenda- -se mudanças no estilo de vida (alimentação saudável, prática de atividade física, práticas inte- 3 grativas complementares em saúde – PICS e suporte psicológico), dentre outras intervenções a nível de políticas públicas, para que indivíduos obesos tenham um peso mais adequado que lhe proporcione melhor estado de saúde e bem-estar. É necessário também combater o estigma social da obesidade no nosso convívio social com familiares e amigos, no local de trabalho, em ambientes educacionais, em hospitais e clínicas médicas, uma vez que o preconceito, a exclusão e a discriminação baseados no peso corporal causam danos psicossociais terríveis aos indivíduos afetados.
Diabetes Mellitus (DM)
O DM é caracterizado pela elevação da glicose no sangue devido a defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina (o qual promove a entrada de glicose na célula), produzido pelas células beta do pâncreas. A falta de insulina ou defeito em sua ação resulta em acúmulo de glicose no sangue (hiperglicemia).  A longo prazo, a hiperglicemia poderá causar danos em órgãos, vasos sanguíneos e nervos, levando a diversas complicações, como: problemas oculares e cardiovasculares, insuficiência renal, neuropatia diabética, amputação de dedos e membros. 
Alguns dos principais sintomas do DM são: poliúria (o indivíduo urina muito e com muita frequência), sede excessiva, cansaço, aumento do apetite, perda de peso, mau hálito, alterações na visão, infecções fúngicas na pele e nas unhas, feridas que demoram a cicatrizar, impotência sexual e cetoacidose diabética.
Existe ainda o quadro de pré-diabetes, condição na qual os valores glicêmicos estão acima dos valores de referência, mas ainda abaixo dos valores para diagnóstico de DM. Na maioria dos casos de pré-diabetes ou diabetes, a condição é assintomática e o diagnóstico é feito com base em exames laboratoriais
Hipertensão Arterial (HA)
A HA é caracterizada pela elevação persistente da pressão arterial (PA), ou seja, PA sistólica ≥ 140 mmHg e/ou PA diastólica ≥ 90 mmHg. Há vários fatores que influenciam nos níveis de pressão arterial, entre eles: fumo, consumo de bebidas alcoólicas, obesidade, estresse, grande consumo de sal, níveis altos de colesterol e falta de atividade física. Além disso, sabe-se que a incidência da doença é maior em pessoas de raça negra, diabéticos e aumenta com a idade. 
A HA é uma doença que compromete os vasos sanguíneos, coração, cérebro, olhos e pode causar paralisação dos rins. Desta forma se faz necessário tratar e controlar a doença. Muitas vezes a pessoa com hipertensão não apresenta sintomas, porém quando a pressão arterial sobe muito, o indivíduo costuma apresentar algumas manifestações clinicas, como: dores no peito, dor de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza, visão embaçada e sangramento nasal.
Verifica-se que os indivíduos com PAS entre 130 e 139 e PAD entre 85 e 89 mmHg passam a ser considerados pré-hipertensos, visto que essa população apresenta maior risco de doenças cardiovasculares do que a população com níveis entre 120 e 129 ou 80 e 84
Medidas de Prevenção e Controle da Obesidade, Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial
A obesidade, o diabetes e a hipertensão podem ser prevenidos, tratados e controlados. Para isso, é imprescindível adotar um estilo de vida saudável: 
Manter o peso adequado; Abandonar o fumo; 
Adotar hábitos alimentares saudáveis, dando preferência ao consumo de alimentos naturais e minimamente processados (Guia Alimentar para a População Brasileira); 
� Incluir frutas, verduras, legumes, feijões e cereais integrais em sua rotina alimentar; 
� Reduzir o consumo de alimentos gordurosos e frituras; 
Utilizar óleo, sal e açúcar com moderação; 
Reduzir o consumo de sódio na alimentação, presente tanto no sal de cozinha quanto em alimentos industrializados, priorizando a utilização de temperos naturais que ressaltam o sabor dos alimentos; �
 Praticar atividades físicas de forma regular (mínimo de 150 minutos por semana); 
Praticar atividades que promovam bem-estar mental e emocional para controle do estresse (sugere-se as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde – PICS);
Aproveitar momentos de lazer;
 Evitar ou moderar o consumo de bebidas alcoólicas; 
Beber bastante água para garantir uma boa hidratação; 
Fazer exames de rotina e seguir as recomendações individualizadas feitas pelo seu médico e demais profissionais da saúde (nutricionista, psicólogo, enfermeiro, educador físico, etc.).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BRASIL. Associação Brasileira para Estudo da Obesidade (ABESO). Disponível em: https://abeso. org.br/conceitos/obesidade-e-sobrepeso/. Acesso em: 2 de março de 2021. 
BRASIL. Ministério da saúde (MS). Biblioteca virtual em saúde. Hipertensão arterial. In: Hipertensão Arterial. Brasil, 11 set. 2015. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/dicas-em-saude/ 2080-hipertensao . Acesso em: 2 março de 2021. 
BRASIL. Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2019-2020. Disponível em: https://www.diabetes.org.br/profissionais/images/DIRETRIZES- -COMPLETA-2019-2020.pdf. Acesso em: 4 de março de 2021. BRASIL. Sociedade Brasileira de 
Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Disponível em: https:// www.endocrino.org.br/. Acesso em: 1 de março de 2021. BRASIL. VIGITEL. Estimativas sobre frequência e distribuição sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos 26 
Estados brasileiros e no Distrito Federal em 2019. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/vigitel_brasil_2019_vigilancia_fatores_risco.pdf. Acesso em: 1 de março de 2021. 
BARROSO, W.K.S. et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020, v.00, n.00, p. 00-00, nov. 2020. Disponível em: http://abccardiol.org/wp-content/uploads/2020/11/DBHA-2020_ portugues_AOP.x64000.pdf. Acesso em: 1 março 2021.
https://www.sbp.org.br/hepatites-por-virus-ii/
Para próxima aula...
Separar em 7 grupos com os seguintes 
temas: 
✓ Doenças transmitidas pelo ar. 
✓ Doenças transmitidas pela água 
✓ Doenças transmitidas pelo solo 
✓ Infecções sexualmente transmissíveis 
✓ Obesidade, diabetes e hipertensão arterial sistêmica 
✓ Doenças respiratórias 
✓ Câncer 
Os grupos deverão realizar pesquisa sobre seu tema verificando os seguintes itens:
 ✓ Para doenças transmissíveis: agente infeccioso, reservatório, período de transmissibilidade, sinais e sintomas, período de incubação, diagnóstico, complicações, ações preventivas, combate, controle e erradicação.
 ✓ Para doenças não transmissíveis (crônicas): conceitos, fatores de risco, diagnóstico, complicações, sinais e sintomas.
Sugestão: 
✓ Doenças transmitidas através ar: Tuberculose, Influenza e Meningite. 
✓ Doenças transmitidas através água: Giardíase, Hepatite A e Amebíase. 
✓ Doenças transmitidas através solo: Esquistossomose, tétano, esporotricose. 
✓ IST: HTLV, Sífilis, Gonorréia, HPV. 
✓ Doenças respiratórias: DPOC, asma, bronquite.

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