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Estrutura Social

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ESTRUTURA SOCIAL E 
CRISE POLÍTICA NO 
BRASIL
SÉRGIO COSTA, 2018
• TESE:A crise política contemporânea no Brasil se deve a um conflito distributivo.
• Análise: (Weber/Marx). Quatro classes sociais: (pobres, outsiders, estabelecidos, milionários).
• Critérios: riqueza, posição em contextos hierárquicos, conhecimentos, associação seletiva e direitos existenciais.
• Hipóteses explicativas: A aliança de classes realizada pelo PT entre 2003 e 2013 provocou, em geral, mais
riqueza, conhecimento e direitos existenciais, mas a perda de posição social para os estabelecidos já que seu
poder de excluir os outsiders e os pobres diminuiu.
• A partir de 2014, a crise econômica fez com que todos os grupos perdessem riqueza, mesmo que em
proporções distintas.
• As investigações sobre corrupção(Lava-Jato) desarticularam as associações seletivas entre os milionários com
os políticos e o Estado. Com isso, o Lulismo perde sua base de sustentação na esfera pública e no
Parlamento levando ao Impeachment de Dilma Rousseff.
• O acordo Temer e a eleição de Bolsonaro visam a restituição das estruturas que privilegiavam o Capital em
detrimento dos trabalhadores assalariados.
• A crise política do Brasil em 2016 travou as instituições: PIB 2010, 7,6%, 2014, 0,1%, 2015, -3,8%, 2016, -3,6%,
2017, 1%.
• Desemprego, informalismo e endividamento familiar.
• Por que a política de conciliação de classes levou à polarização entre petistas e antipetistas?
• Classes e estratos importam
• Funcionalismo(Anglo-Saxão): a desigualdade é funcional e necessária para as sociedades na medida em que
aqueles que desenvolvem atividades socialmente mais relevantes e/ou que apresentam um nível mais elevado
de "treino ou talento" devem ser recompensados com mais recursos.
• Marxismo: definem a relação capital/trabalho como estruturante das classes sociais, pois os proprietários dos
meios de produção são a classe dominante e os que vendem sua força de trabalho a classe dominada.
• Há um vínculo lógico entre o pertencimento estrutural de classe e as escolhas culturais e políticas( os
erros são explicados pela ideologia).
• Weberianismo: as classes sociais conformas a estrutura social das sociedades. Porém, não há determinismo
entre o pertencimento a uma classe social e as suas escolhas culturais e políticas.
• Tratar classes sociais como sinônimo de comunidades pode levar a distorções.
• A classe social é definida pelo lugar ocupado nas hierarquias da distribuição das riquezas, e não mais
exclusivamente pela propriedade ou não de meios de produção.
• Encerramento social(social closure): "processo através do qual coletividades buscam maximizar
ganhos restringindo o acesso a vantagens e oportunidades a um limitado círculo de beneficiários. Isto
implica a especificação de certos atributos sociais ou físicos como justificativa para a exclusão
social(Ex.Imigrantes)
• Assimetrias de Poder(Elias e Scotson): Estabelecidos x Outsiders(Subúrbio da Inglaterra): "o grupo dos
estabelecidos atribuía a seus membros características humanas superiores... Excluía todos os membros do
outro grupo de qualquer contato social não profissional com seus membros... Elogios aos que observavam
a regra e difamação pública dos suspeitos de violar o tabu".
• Kreckel: vetores da desigualdade social: riqueza material, posições em organizações hierárquicas,
conhecimento valorizado socialmente e acesso a associações privilegiadas.
• Campo de Forças: "a desigualdade efetivamente observada é resultado das disputas distributivas entre
atores corporativos(Estado, capital e trabalho assalariado), através das instituições e organizações que
os representam".
• Therborn: Três dimensões das desigualdades sociais: desigualdades de recursos, desigualdades vitais e
desigualdades existenciais e processos globais.
• Estado-nação: "no âmbito da globalização pós-1990... a coesão nacional e a igualdade foram
achatadas em nome da atratividade nacional para o capital estrangeiro... assim, as nações se tornaram
territórios de corpos baratos alcovitados por suas elites para o capital estrangeiro e geradoras sem
precedentes de desigualdades sociais(perda de direitos sociais e trabalhistas)."
• Perda da relevância discursiva da classe trabalhadora e generalização sobre os discursos da classe
média. EUA: perdas econômicas com o capitalismo financeiro. Sul Global: exaltação ao consumismo.
• Estrutura da desigualdade social no Brasil
• 05 Recursos: Riqueza material; posições ocupadas em organizações hierárquicas e espaços valorizados 
socialmente(Casas de Shows, Shopping Centers, Aeroportos, Condomínios etc);conhecimento valorizado 
socialmente e pelo capitalismo;Acesso a associações exclusivas: pertença a grupos(étnicos, de 
gênero, regionais, partidos políticos etc); direitos existenciais, isto é, capacidade de realização pessoal, 
autonomia,dignidade, direitos individuais etc)
• A posse ou acesso a estes 05 recursos definem, em linhas gerais, as classes e estratos na estrutura social 
brasileira, bem como a pertença a categorias etnorraciais e de gênero.
• Institucionalmente, os partidos políticos são os atores principais que conduzem as disputas distributivas, 
bem como centrais sindicais e federações empresariais, lobistas, movimentos sociais, ONGS, meios de 
comunicação de massas etc.
• Inserção brasileira no contexto internacional(capital, trabalho e Estado). Renúncia fiscal, remessas de lucros, 
imigrantes, retiradas de direitos trabalhistas
• Transformações recentes:
• André Singer(2012) Lulismo: pacto de classes; Ortodoxia econômica equilibrada com aumento dos 
gastos sociais. Ganhos compartilhados entre os mais ricos e os mais pobres. Alianças entre o PT e os 
partidos conservadores. Corrupção: Mensalão(2005), entrega de cargos e Ministérios.
• 2013: Jornadas de Junho. Esgotamento do Lulismo. Reeleição de Dilma Rousseff, 2014.
• 2003-2013: PIB crescimento de 64%. Pobreza redução de 50%. Aumento do salário mínimo 75%, aumento 
dos empregos formais. Banco Mundial: emergência da nova classe média brasileira.
• Críticos: é preciso analisar esse período a partir dos 05 vetores da desigualdade: riqueza, conhecimento 
socialmente valorizado,posições em organizações e espaços sociais hierárquicos, associação seletiva e 
direitos existenciais.
• Observar os deslocamentos entre os quatro estratos: pobres, outsiders, estabelecidos e milionários.
•
• Pobres
• Vivem no limite da linha de pobreza, ou sem rendimentos próprios, ou trabalho doméstico. Menos 
escolarizado, não pertence a associações privilegiadas e têm os direitos individuais vulneráveis.
• CEPAL: 2003-2013: 37,5% eram pobres ou indigentes, caindo para 16,5% em 2013. Incremento 
de 1,5 anos de período médio de estudo contra 1 anos dos mais ricos. Média de 5,9 anos 
contra 10,8 anos dos mais ricos.(IBGE)
• 2014: Redução devido aos cortes orçamentários do PROUNI E FIES.
• Diminuição ligeiramente maior da pobreza entre negros e mulheres.
• Direitos existenciais: melhoras devido às políticas de transferências de rendas, programas 
habitacionais e à formalização do trabalho.
•
• Outsiders
• Incremento de renda e consumo dos mais pobres e disputas pelos espaços sociais privilegiados dos 
mais ricos. Reação: piadas, estigmatização etc.
• 2003-2011: 39,6 milhões de pessoas saíram dos mais pobres em direção aos outsiders.
• 2003-2014: matrículas em instituições de ensino superior foram de 3,9 milhões para 7,3 milhões. 
Sistema de cotas, PROUNI, FIES.
• Presença em Shopping Centers, Aeroportos, Condomínios etc.
• Estabelecidos
• 2011-2014: Aumento do número de brasileiros que pertencem às classes A, B, C.
• Aumento dos índices de escolaridade e patrimônio. Porém, com decréscimo na participação 
proporcional da população universitária.
• Perda da posição social devido ao encarecimento dos empregados domésticos.
• Milionários
• 1% dos mais ricos, que ganhavam mais de 203.100,00 reais por ano cresceu chegando a 25% da renda 
total dos brasileirosem 2012.
• 0,2% da população total tem 47% da renda declarada no Imposto de Renda(2012)
• Associação seletiva: Lava-Jato(2014) Medo devido as descobertas das ligações entre partidos 
políticos,políticos e grande empresários do setor público(Empreiteiras, Petrobras)
• Capital, Trabalho e a Crise no Brasil
• 2013: Queda crescente no preço internacional das Commodities.
• Países de menor desigualdade social: tributação de ganhos de capital em até 42%. Brasil: lucros e 
dividendos são isentos de Imposto de Renda.
• Tributos sobre salários: 26,5% do total. Consumo de bens e serviços: 49,7% do total.
• Últimos anos dos governos petistas: Deslocamento das base social de apoio das grandes capitais para as 
pequenas cidades, principalmente, do Norte e Nordeste.
• Enfraquecimento da pauta de distribuição de riquezas em direção ao aumento do consumo, isto é, da 
mobilidade social individual. Adesão petistas à nova classe média.
• Adoção de políticas de combate à discriminação de raça e gênero desde 2003 com a criação de Secretrias
Especiais.
• Ameaça e reação dos Estabelecidos.
• Emergência e Fortalecimento do discurso antipetista. Junho de 2013. MPL. Grtauidade do Transporte 
Público.
• Mobilizações dos setores conservadores nas passeatas. Rechaço à corrupção e à política institucionalizada.
• 2014(Lava-Jato) Perda do apoio do PMDB e de partidos aliados.
• Protestos sociais orientados pela FIESP.
• Impeachment(2016) e tomado do poder por Michel Temer.
• Congelamento dos gastos sociais por 20 anos e Reforma da Previdência(2016)
• Novas privatizações(Portos e Aeroportos).
• Conclusão
• Em linhas gerais, as quatro classes ou estratos viram sua riqueza crescer entre 2003-2013.
• Com relação à posição e à associação seletiva o movimento observado neste período é bastante 
distinto entre classes.
• Os estabelecidos perdem posição social com a emergência dos outsiders.
• 2014: Crise econômica e perda de riqueza entre todas as classes e, em especial, entre os outsiders.
• A informalização do trabalho leva a perda de direitos existenciais dos mais pobres e dos outsiders
• Os Milionários perdem suas associações seletivas com a Lava-Jato.
• Os meios de comunicação em massa apoiam e insuflam a destituição de Dilma Rousseff.
• Temer e Bolsonaro implementam políticas que visam o rearranjo distributivo em favor do capital e 
em detrimento do trabalho assalariado.
•
• Muito obrigado!

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