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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO CLIENTE CIRÚRGICO PROF. DR. FABRÍCIO DOS SANTOS Recursos Humanos do Centro Cirúrgico Assista ao vídeo “Conheça um pouco do Centro Cirúrgico” https://www.youtube.com/watch?v=mt-N4MYHkSk https://www.youtube.com/watch?v=mt-N4MYHkSk • INTRODUÇÃO • A equipe médica é composta por cirurgião titular, cirurgião assistente e anestesiologista, com inclusão do auxiliar de anestesia e do instrumentador cirúrgico, que, em muitos hospitais brasileiros, estão ligados à equipe médica. • Compondo a equipe de enfermagem, destacam-se as funções do enfermeiro coordenador, do enfermeiro assistencial, do circulante de sala de operações (geralmente técnico ou auxiliar de enfermagem) e do auxiliar administrativo. • O trabalho em equipe deve ser harmonioso, embasado no respeito de cada um dos seus membros entre si e com todos os pacientes, visando a segurança do paciente e a eficácia do ato anestésico--cirúrgico. • São três as equipes que mais atuam no CC: equipe de médicos cirurgiões, equipe de médicos anestesiologistas e equipe de enfermagem. • Além desses profissionais, em algumas instituições também atuam na unidade técnicos em raio X e em laboratório, perfusionistas, biomédicos e todos aqueles que realizam atividades de apoio. • • As equipes médicas são compostas basicamente pelos médicos cirurgiões e seus assistentes ou auxiliares (equipe de cirurgiões) e a equipe de anestesiologistas é composta pelos médicos anestesistas e, em algumas instituições, pelo auxiliar de anestesia. • A equipe de enfermagem é composta pelo enfermeiro (gerente/coordenador e assistencial), pelo técnico de enfermagem (circulante de sala de operações) e pelo instrumentador cirúrgico. Veja o vídeo “por dentro do hospital – centro cirúrgico” https://www.youtube.com/watch?v=ofsSmymDtCA&t=35s https://www.youtube.com/watch?v=ofsSmymDtCA&t=35s • ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NO CENTRO CIRÚRGICO • As atividades desenvolvidas pelos integrantes das equipes estão de acordo com as competências que lhe são exigidas e estão embasadas nos respectivos códigos de Lei do Exercício Profissional. • Equipe médica • Cirurgião titular • A composição da equipe cirúrgica é da responsabilidade direta do cirurgião titular. • As principais atribuições do cirurgião titular são: • Compor a equipe cirúrgica com outros médicos, como assistentes ou instrumentadores cirúrgicos, ou, ainda, com acadêmicos de medicina. • Observar a qualificação do médico assistente, para o caso de um eventual impedimento do titular durante o ato cirúrgico. • Avaliar previamente as situações de segurança do ambiente hospitalar, somente praticando o ato cirúrgico se estiverem asseguradas as condições mínimas para sua realização, cabendo ao diretor técnico da instituição garantir tais condições. • Participar da realização do checklist cirúrgico, nos seguintes momentos: antes do início da cirurgia/incisão na pele (timeout) e ao término da cirurgia/ antes de o paciente sair da Sala de Operatória (SO) (sign out) • Responsabilizar-se integralmente pelo ato operatório. • Responsabilizar-se diretamente por todas as consequências decorrentes do ato cirúrgico. • Responsabilizar-se pelo planejamento, pela execução e pelo comando da cirurgia, mantendo a ordem no campo operatório. • Conduzir a intervenção cirúrgica e realizar as manobras básicas da cirur-gia: seccionar as estruturas, fazer a hemostasia e a síntese dos tecidos, do início ao término do ato operatório. • Manter a ordem, a disciplina e a harmonia durante o ato operatório. • Cirurgião assistente • O cirurgião assistente ou auxiliar é um médico profissional capacitado para o procedimento cirúrgico, tendo a função precípua de prestar auxílio ao cirurgião durante o procedimento, bem como de colher dados junto ao paciente e sanar as dúvidas dele e de sua família, no período perioperatório. • Dependendo do porte da cirurgia e das necessidades individuais dos pacientes, pode ser necessária a presença de um segundo médico assistente, ou mesmo de um terceiro, no caso de cirurgias de grande porte. • Anestesiologista • As principais atribuições do médico anestesista no CC são: • Realizar a visita pré-anestésica, por meio de entrevista com o paciente e sua família e do exame físico. • Conhecer, com a devida antecedência, as condições clínicas do paciente a ser submetido a qualquer tipo de anestesia, cabendo a ele decidir sobre a conveniência ou não da prática do ato anestésico, de modo soberano e intransferível. • Cabe ressaltar que é considerado ato atentatório à ética médica a realização simultânea de anestesias em pacientes distintos pelo mesmo profissional, ainda que seja no mesmo ambiente cirúrgico. Auxiliar de anestesia • Pode-se dizer que as principais finalidades da atuação do auxiliar de anestesia são relativas à promoção de um atendimento de qualidade à equipe de anestesia, além de assegurar o cumprimento das rotinas estabelecidas. Entre as atribuições desse profissional, destacam-se5 • Instrumentador cirúrgico • Ademais, o instrumentador cirúrgico pode fazer parte da equipe cirúrgica, quando contratado pelo cirurgião responsável, estando subordinado a ele, ou como funcionário da instituição hospitalar, fazendo parte da equipe de enfermagem e, portanto, subordinado ao enfermeiro responsável pelo CC. • A Resolução n. 214/1998 do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) considera que, apesar de a instrumentação ser matéria regularmente ministrada na grade curricular dos cursos de graduação em Enfermagem, inexiste lei que regulamente tal atividade como ação privativa de qualquer profissão da área da saúde. • O COFEN resolveu que “a instrumentação cirúrgica é uma atividade de enfermagem, não sendo, entretanto, ato privativo da enfermagem” e que “o profissional de enfermagem atuando como instrumentador cirúrgico, por força de lei, subordina-se exclusivamente ao responsável técnico pela unidade” Assista ao vídeo “Instrumentador cirúrgico” https://www.youtube.com/watch?v=dofFBerrzlM https://www.youtube.com/watch?v=dofFBerrzlM • Equipe de enfermagem • A equipe de enfermagem é composta por enfermeiros (coordenador e assistencial), técnicos e auxiliares de enfermagem e, em algumas instituições, pelo auxiliar administrativo, que está sob a responsabilidade do enfermeiro do CC. • O enfermeiro é o profissional capacitado para exercer tanto a função de coordenador como a função assistencial, que envolve o ato anestésico-cirúrgico. • A Associação Norte Americana de Enfermeiros de Centro Cirúrgico (Association of periOperative Registered Nurses – AORN) define a prática de administração de enfermagem do CC, como “a coordenação de todas as funções relacionadas com o cuidado de enfermagem aos pacientes submetidos à intervenção cirúrgica”. • O enfermeiro deve ser o responsável pela administração do CC e, para tanto, deve ter experiência e especialização na área. • Além disso, deve reconhecer o equilíbrio entre a execução do serviço e o atendimento às necessidades humanas básicas, por meio do relacionamento interpessoal. • As ações da equipe de Enfermagem são descritas conforme o cargo que o enfermeiro ocupa e seguem as Recomendações Práticas da Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização (SOBECC) • Enfermeiro coordenador • Segundo a AORN, as habilidades necessárias para que o enfermeiro gerencie a unidade de CC incluem: planejar (determinar com antecedência o que deve ser feito), organizar (determinar quando e em que sequência o trabalho deve ser feito), dirigir ou executar o plano (aplicar força humana ao trabalho), controlar (determinar se o trabalho foi feito) e avaliar (verificar o cuidado prestado). • Enfermeiro assistencial • Entre as atribuições do enfermeiro assistencial, pode-se destacar: • Supervisionar as ações dos profissionais da equipe de enfermagem.• Elaborar o plano de cuidados de enfermagem para o período transoperató-rio e supervisionar sua implementação. • Prever e prover o CC de recursos humanos necessários para o atendimento das SO. • Conferir previamente a programação cirúrgica e providenciar os materiais necessários, incluindo materiais especiais e consignados. • Realizar as escalas de atividades diárias ou semanais para os funcionários. • Orientar a montagem e a distribuição dos materiais e equipamentos em SO • Orientar a desmontagem da SO e o encaminhamento dos materiais (resíduos e sujidade, material contaminado, material estéril, equipamentos e outros) para os locais adequados. • Conferir os materiais implantáveis providenciados para cada procedimento cirúrgico, quando necessário. • Priorizar o atendimento aos pacientes, conforme o grau de dependência e a complexidade clínica e cirúrgica. • Manter ambiente seguro, tanto para o paciente como para a equipe multi-profissional, observando os fatores de risco de contaminação. • Aplicar o SAEP (sistematização da assistência de enfermagem perioperatória) na íntegra, incluindo as visitas pré e pós- operatórias ou, quando a instituição não oferecer condições para isto, recepcionar o paciente no CC e checar o preenchimento dos impressos próprios contidos no prontuário, a pulseira de identificação do paciente e os exames pré-ope-ratórios. • Receber o paciente no CC e acompanhá-lo até a SO. • Auxiliar na transferência do paciente da maca para a mesa cirúrgica, com os devidos cuidados próprios desse momento. • Realizar o checklist cirúrgico, nos três momentos: antes da indução anestésica (sign in), antes do início da cirurgia/incisão na pele (timeout) e ao término da cirurgia/antes de o paciente sair da SO (sign out) • Auxiliar administrativo • Em algumas instituições, o auxiliar administrativo fica sob a responsabilidade do enfermeiro. Sua função é executar procedimentos administrativos específicos da área de atuação, sendo também denominado de escriturário ou secretário da unidade • Circulante de sala de operações • A SOBECC recomenda que “atividades específicas e que envolvam procedimentos anestésico-cirúrgicos complexos sejam realizadas, preferencialmente, pelo enfermeiro assistencial ou, na falta deste, pelo técnico de enfermagem, com conhecimentos técnico-científicos especializados para tais” Assistir ao vídeo “Circulante” https://www.youtube.com/watch?v=Ky59QyPfeG8&t=149s https://www.youtube.com/watch?v=Ky59QyPfeG8&t=149s • Aprenda + • Recomenda-se a leitura de: • Cap. 1 enfermagem perioperatória e segurança do paciente. In: GRAZZIANO, Eliane da S. VIANA, Dirce L. HARADA, Maria de Jesus C. S. PEDREIRA,Mavilde da Luz G. Enfermagem perioperatória e cirurgia segura. EditoraYendis, São Paulo 2016.Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/159249/pdf • Curso de Sistematização daAssistência de Enfermagem Perioperatória pelo CORENMG disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=21so-x8SU4Y • Leia também JOST, Marielli T. VIEGAS, Karin. CAREGNATO, Rita Catalina A. Sistematização da assistência de enfermagem perioperatória na segurança do cliente: revisão integrativa. Rev. SOBECC, São Paulo.OUT./DEZ. 2018; 23(4): 218225.Disponível em: https://revista.sobecc.org.br/sobecc/article/view/440/pdf_1 https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/159249/pdf https://www.youtube.com/watch?v=21so-x8SU4Y https://revista.sobecc.org.br/sobecc/article/view/440/pdf_1
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