Buscar

Resumo - Esgoto

Prévia do material em texto

SLIDE 1 
 
Esgoto: formado por 99% de água e 1% de sólidos. Possui agentes patogênicos, resíduos tóxicos dentre 
vários outros. 
Dados importantes: 
• Cerca de 55% da população brasileira são atendidos com esgotamento sanitário, porém só 
metade do esgoto gerado é tratado; 
• Nos anos de 2019 e 2020 foram investidos cinco a seis bilhões de reais em sistemas de esgoto. 
No entanto, estudos apontam que o valor ideal de investimentos anuais varia entre nove a onze 
bilhões de reais; 
• 35 milhões de habitantes não possuem acesso à água tratada; 
• Principais doenças causadas pela falta de esgotamento sanitário e água tratada: diarreia, febre 
tifoide, cólera, leptospirose e hepatite A; 
• A cada um real investido no setor de esgotamento sanitário, quatro reais são economizados na 
saúde. 
Problemas que o esgoto causa em rios: 
• Altera composição química e de todo o ecossistema; 
• Impacta a vida aquática; 
• Eutrofização causada por nutrientes como fósforo e potássio; 
• Metais pesados são lançados, como mercúrio, chumbo e cobre; 
• Cerca de ¼ dos rios brasileiros possuem qualidade ruim ou péssima; 
Economia: 
• Cerca de 22% do investimento em obras de saneamento teria retorno, acarretando em um ganho 
de 1,123 trilhões de reais em 20 anos; 
• Gasto estipulado para obter saneamento para todos: 443,5 milhões de reais. 
Cenário ideal: universalização do saneamento no Brasil, incluindo o fornecimento de coleta e tratamento 
de esgoto, coleta e manejo de resíduos sólidos, abastecimento de água e drenagem pluvial. 
Início: 
• Primeiros sistemas foram concebidos ao final da primeira metade do século XIX, somente nos 
grandes centros urbanas das principais cidades; 
• 1673 foi iniciada a obra do primeiro aqueduto, finalizando a construção em 1723, não integrando 
mais sua função inicial; 
• Após a proclamação da independência, parte do lixo começa a ser transportado; 
• 1830 a 1850 – Pela falta de infraestrutura sanitária, houve diversas epidemias letais. 
Atualmente: 
• Investimentos nos últimos anos giram em torno de 10 a 12 bilhões em saneamento; 
• Situação bem distante de se obter uma universalização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
SLIDE 2 
 
Águas residuárias: água utilizada em atividades humanas que se tornam impróprias para consumo e/ou 
retorno ao meio ambiente. Alguns exemplos são o esgoto doméstico, efluentes de processos industriais e 
líquidos percolados em células de aterro sanitário. 
Esgoto sanitário: água residuário composta de esgoto doméstico, despejo industrial e água de infiltração. 
Água de infiltração: formada por esgoto doméstico, esgoto industrial e água do terreno que entra nas 
tubulações. 
Esgoto doméstico: representa o maior volume de esgoto sanitário. Formado por atividades de residências, 
prédios comerciais, instalações públicas e atividades de saúde e especiais. 
Esgoto industrial: Formado por efluentes de processos produtivos e de águas de lavagem de industrias. 
Evolução histórica: 
• Durante 1847, há a proibição do lançamento de esgotos nas galerias e, consequentemente, o início 
do sistema unitário; 
• Século XX – primeiro sistema de esgotamento sanitário, localizado em Belém; 
Dificuldades de Implantação: falta de planejamento e altos custos de implantação. 
Tipos de sistemas de esgotamento: 
• Sistema Unitário: as canalizações coletam e conduzem as águas servidas justamente com as águas 
pluviais. Possui alguns pontos negativos, como a maior poluição das águas receptoras e maior 
dificuldade no controle da mesma, maior volume de investimento e seções grandes de escoamento. 
• Sistema Separador Parcial: abrange as águas residuárias e as águas pluviais internas, visando 
diminuições das dimensões do sistema. O ponto negativo constata-se em épocas de chuvas, cuja 
situação se torna um pouco caótica. 
• Sistema Separador Absoluto: concebido para receber apenas esgotos domésticos e industriais. 
Possui vantagens, como ter tubulações menores, podendo ser construída por partes, além de 
permitir lançamentos em múltiplos pontos. 
Sistema de coleta e transporte de esgoto: individual e coletivo. 
Individual: caracterizado pela coleta e/ou tratamento de pequena contribuição de locais desprovidos de 
coleta de esgoto. Alguns exemplos são a Fossa Seca, Fossa Seca Estanque e Tanque Séptico. 
Fossa Seca: 
• necessita ter, ao menos, um afastamento mínimo de 15 metros de captações de água, além de não 
estar sujeito a inundações. 
• Vantagens: baixo custo; não consome água; risco mínimo a saúde; recomendado para área de baixa 
e média densidade; simples operação e manutenção. 
• Desvantagens: pode poluir o solo; imprópria para área de alta densidade e requer soluções para 
outras águas servidas. 
Fossa Seca Estanque: Ideal para lugares de difícil escavação; lençol freático elevado; zonas rochosas ou 
terrenos muito duros; lotes de pequenas proporções, onde há perigo de poluição de poços de suprimento de 
água. 
Tanque Séptico: Método mais comum utilizado, na falta de coleta de esgoto; grande concentração de 
matéria orgânica, sólidos e microrganismos; não aconselhado a lançar direto em coletores de drenagem 
pluvial. 
Sistema Coletivo: adequado em locais de médio ou grande adensamento populacional, sendo constituído 
por unidade de coleta, elevação, tratamento e destinação final. 
SLIDE 3 
 
Caracterização quantitativa: 
• Vazão doméstica: estimativa da vazão, com base no consumo de água – Quota Per Capita (QPC); 
vazões mínimas, médias e máximas; 
• Coeficiente de retorno (R ou C), usualmente utilizado como R = 0,80; 
• Padrão socioeconômico de geração de esgotos: baixo (100 l/dia.hab), médio (130 l/dia.hab) e alto 
(160 l/dia.hab). 
• Vazão de infiltração: possui origem em tubos defeituosos, conexões, juntas ou paredes de poços 
de visita; 
• Fatores influentes: extensão da rede coleta; área servida; tipo de solo; topografia, profundidade do 
lençol freático e densidade populacional; 
• Vazão é em função do tipo e porte da indústria, processo, grau de reciclagem da água e existência 
do pré-tratamento. 
Caracterização qualitativa: 
• Composição: sólidos são os responsáveis pela poluição, necessitando de tratamento; 
• CONAMA dispõe sobre condições, parâmetros, padrões e diretrizes para lançamento de efluentes 
em corpos de água; 
• Principais características físicas: temperatura; cor; odor; turbidez; sólidos totais; matéria orgânica; 
nitrogênio total; fósforo total; pH; alcalinidade; cloretos; óleos e graxas; bactérias; helmintos; 
protozoários; vírus; fungos. 
• Indicadores de contaminação fecal: difícil detecção de agentes patogênicos; organismos 
indicadores de contaminação fecal; Utilização de bactérias do grupo Coliformes (totais e fecais) 
além de estreptococos fecais; 
Relações dimensionais entre carga e concentração: 
• CPC – Carga Per Capita: contribuição de cada individuo por unidade de tempo; 
• CP – Carga Poluidora: quantidade de poluentes por unidade de tempo; 
• C – Concentração: quantidade de poluentes por unidade de volume. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SLIDE 4 
 
Resíduos rurais: 
• Prefeituras municipais tem a obrigação de realizar a correta gestão dos resíduos sólidos gerados. 
Cerca de 31,6% dos domicílios rurais possuem coleta de lixo, e 70% dos demais queimam seus 
resíduos; 
• Prefeituras coletam apenas resíduos secos e de banheiro. 
Água negra: água descartada que possui matéria fecal e urina. 
Água cinza: água utilizada em processos domésticos, como banho, lavagem de roupa e louças. 
Água amarela: água que contêm apenas urina. 
Fossa Séptica Biodigestora: semelhante a uma fossa séptica comum, porém obtêm-se adubo líquido de alta 
qualidade. Necessita de adição mensal de esterco bovino. Assemelha-se como uma usina de fermentação 
ou biodigestão anaeróbica. 
Tratamentos dos dejetos animais: 
• Problemas ocasionados: liberação de gás metano; emitem mau cheiro; presença de vetores 
transmissores de doença e contaminaçãodos solos e corpos d’água quando há o transbordamento. 
• Governo instaura o Plano ABC. 
Biodigestão: a partir do tratamento dos dejetos animais, há a produção de gás metano, além de adubo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SLIDE 5 
 
Rede coletora: ligação predial, estação elevatória, interceptores, coletos primários e secundários (nem 
sempre) e coletores tronco. 
Fases do tratamento: pré-tratamento, tratamento primário, secundário, terciário (opcional) e esgoto tratado. 
Pré-tratamento: ocorre logo na estação elevatória, buscando remover sólidos grosseiros e areia para 
proteção do corpo receptor, tendo um processo físico; Unidades: grade de barras, desarenador e medidor 
de vazão. 
Tratamento primário: 
• Ocorre após o recalque, removendo sólidos em suspensão, ocorrendo a coagulação (agitação 
rápida) e posteriormente a floculação (agitação lenta); Unidades: decantador primário, reator 
UASB; 
• Vantagens do reator UASB: sistema compacto com baixa requisição de área; baixo custo de 
implantação e operação; baixo consumo de energia; baixa produção de excesso de lodo, além do 
excesso produzido ser estabilizado. 
• Desvantagens do reator UASB: alto potencial para formação de H2S; a unidade requer tratamento 
complementar para lançamento dos efluentes. 
Tratamento secundário: remoção de matéria orgânica; Unidades: tanque de aeração lodo ativado, 
decantador secundário. 
Sistemas de lodo ativado: possui maior flexibilidade de operação, menor área ocupada e maior eficiência; 
porém, apresenta maior custo de operação e implantação, alta demanda de energia elétrica e necessita de 
completo controle de laboratório. 
Tratamento terciário: busca refinar o esgoto para atender altas exigências de tratamentos mais elevados. 
Consiste em técnicas especiais para a retirada de poluentes específicos ainda presentes, como o fósforo e 
nitrogênio, além do processo de cloração para reuso da água tratada. 
 
IMPORTANTE: 
 
O que é necessário para definir uma técnica de tratamento? 
• Área disponível; 
• Volume de efluente a ser tratado; 
• Qualidade do efluente; 
• Tipo de corpo receptor.

Continue navegando