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2-QUEIXA -CRIME - REQUISTOS - AULA

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PRÁTICA PENAL III
PRÁTICA SIMULADA PENAL III
Prof. João Moraes Jr
QUEIXA – CRIME
AÇÃO PENAL PRIVADA
REQUISITOS
A queixa é a petição inicial da ação penal privada. Ela deve conter os requisitos do art. 41, do Código e Processo Penal (comum à denúncia) e ainda os requisitos específicos do art. 44, do Código de Processo Penal.
Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas.
exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias:
- A descrição da imputação deve ser precisa e completa vista ser essencial para o exercício do direito de defesa, não se admitindo a descrição genérica de fatos ou com simples menção ao teor dos autos de inquérito policial ou de peças de informação.
- No caso de concurso de agentes, a conduta de cada acusado deve ser pormenorizada
É inadmissível a queixa conter acusação alternativa (aquela que se atribui mais de uma conduta criminosa ao acusado, asseverando que somente uma delas teria sido praticada efetivamente).
REQUISITOS – ART. 41 CPP
b) qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo: 
- A qualificação é o conjunto de dados que compõem a identidade civil. 
- A impossibilidade de identificação do acusado com seu nome verdadeiro ou outros qualificativos, não impede que a ação penal seja proposta de imediato, quando certa a sua identidade física, como dispõe o art. 259 do Código de Processo Penal.
Art. 259.  A impossibilidade de identificação do acusado com o seu verdadeiro nome ou outros qualificativos não retardará a ação penal, quando certa a identidade física. A qualquer tempo, no curso do processo, do julgamento ou da execução da sentença, se for descoberta a sua qualificação, far-se-á a retificação, por termo, nos autos, sem prejuízo da validade dos atos precedentes.
REQUISITOS – ART. 41 CPP
c) classificação do crime: 
O autor da ação penal deve indicar o dispositivo legal em que se enquadra a conduta do acusado. 
A tipificação incorreta da conduta narrada não enseja a inépcia da denúncia ou queixa, haja vista que o acusado se defende dos fatos a ele imputados e não da classificação jurídica proposta pelo órgão da acusação, podendo o juiz proceder à Mutatio e Emendatio libelli, conforme preceito contido no art. 383 e 384 do Código de Processo Penal.
REQUISITOS – ART. 41 CPP
d) rol de testemunhas quando necessário: 
É um requisito facultativo da denúncia ou queixa, a apresentação do rol de testemunhas, o qual deve ser indicado somente “quando necessário” (artigo 41, do Código de Processo Penal), 
No procedimento penal comum ou ordinário é de até oito, o número máximo de testemunhas que podem ser arroladas, conforme disposto no artigo 401, caput do Código de Processo Penal; 
No procedimento comum sumário, podem ser arroladas até cinco testemunhas (artigo 532, do Código de Processo Penal). Os limites de testemunhas se aplicam para cada fato imputado pela acusação.
REQUISITOS – ART. 41 CPP
ATENÇÃO
É requisito específico da queixa: A procuração com poderes especiais, devendo constar do instrumento do mandato: nome do querelado e menção do fato. ART. 44 CPP.
A ausência dos poderes especiais, nome do querelado ou menção do fato criminoso no instrumento de mandato acarreta a rejeição liminar da queixa, por manifestamente inepta, conforme disposição constante no artigo 395, inciso I, do Código de Processo Penal.
A irregularidade pode ser sanada a qualquer momento (art. 568, do Código de Processo Penal) desde que dentro do prazo decadencial. 
REJEIÇÃO DA QUEIXA CRIME/DENÚNCIA 
Art. 395.  A denúncia ou queixa será rejeitada quando:     
 I - for manifestamente inepta;      
 II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou     
 III - faltar justa causa para o exercício da ação penal.     
REJEIÇÃO DA QUEIXA CRIME 
Denúncia manifestamente inepta: Entende-se inepta a denúncia ou queixa a que faltar requisito essencial do art. 41CPP:
- Aquela que deixa de narrar de forma completa e precisa a conduta proibida, assim como não identifica suficientemente o acusado.
- A acusação alternativa também prevalece ser inepta, qual seja a que se imputa mais de uma conduta, quando apenas uma foi praticada.
- Deixar de fazer referência a elementos temporais pode também, para parte da doutrina, gerar inépcia, vista que sem tais dados é impossível verificar o termo inicial da prescrição (art. 111 do Código Penal). 
Faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal. 
- Os pressupostos processuais podem ser de existência e de validade da relação processual. 
- Os pressupostos processuais de existência são: demanda judicial, jurisdição (art. 252 do Código de Processo Penal) e partes definidas. 
- Os pressuposto processuais de validade são: juízo competente e juiz imparcial, a capacidade de ser parte e a capacidade processual (a pessoa jurídica possui capacidade de ser parte, como querelante em ação penal privada por crime de dano em que haja sido ofendida, mas apenas o seu representante legal tem capacidade processual para exercer o direito de queixa – art. 37 do Código de Processo Penal).
REJEIÇÃO DA QUEIXA CRIME 
faltar justa causa para o exercício da ação penal:
- A justa causa para a ação penal consiste na presença de elementos de convicção (suporte fático) que evidenciem a plausibilidade a acusação (indícios de autoria ou de participação e prova da existência da infração penal), a fim de sustentar o constrangimento natural da ação penal.
Importante: O recurso cabível para a decisão que rejeitar liminarmente a denúncia ou queixa é o recurso em sentido estrito (RESE), previsto no inciso I, do art. 581, do Código de Processo Penal. Caberá habeas corpus para o trancamento da ação penal, da decisão que receber a denúncia ou queixa (art. 648, inciso I, do Código de Processo Penal).
REJEIÇÃO DA QUEIXA CRIME 
MODELOS DE PROCURAÇÃO PARA QUEIXA- CRIME
ART. 44 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL
MODELO 1
PROCURAÇÃO
 FULANA DE TAL, (NACIONALIDADE), (PROFISSÃO), (ESTADO CIVIL), portadora da Cédula de Identidade (RG), inscrita no Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda sob nº (CPF), residente e domiciliada no endereço (ENDEREÇO), nomeia e constitui como seu procurador o advogado (NOME DO ADVOGADO), inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil sob nº (OAB), (QUALIFICAÇÃO DO ADVOGADO), com escritório profissional no (ENDEREÇO PROFISSIONAL), a quem concede, com fulcro do art. 44 do Código de Processo Penal, PODERES ESPECIAIS PARA INGRESSAR EM JUÍZO COM QUEIXA CRIME contra TÍCIO, (QUALIFICAÇÃO), porque, há menos de seis meses, precisamente no dia (DATA DO FATO), por volta das 7h30, na rua (LOCAL DO FATO), na presença de terceiros, dirigiu-se à pessoa da outorgante, de seu cônjuge e de seus filhos com palavras injuriosas e de baixo calão, chamando-a de “vagabunda”, dizendo que “ela não valia nada” e que ela “não passa de uma prostituta”, que a outorgante e seu esposo são uma “família de gente vagabunda, ladrões, mau pagadores, desonestos” e que seu cônjuge é “o corno frouxo” e que seria “o laranja da família de vagabundos” porque ele só servia para isso. Ainda no mesmo evento, ameaçou sua integridade física caso ela não pagasse o dinheiro que devia a ele e ameaçou quebrar toda a casa da outorgante, além de desferir 2 (dois) tapas em sua face, tendo assim praticado contra a mesma o crime de INJÚRIA REAL, previsto no art. 140, § 2º, c/c art. 141, todos do Código Penal Brasileiro, motivando a presente Ação Penal Privada. 
LOCAL E DATA 
_______________________________________________
 FULANA DE TAL
MODELO 2
PROCURAÇÃO
 OUTORGANTE: FULANO DE TAL, brasileiro, casado, maior, comerciário, residente e domiciliado na ___________________, inscrito no CPF nº _____________, possuidor da RG nº _____________________. 
 OUTORGADO: BELTRANO DE TAL, brasileiro, casado, advogado, inscritona OAB(Estado onde for inscrito) sob o nº ________, inscrito no CPF nº__________, com escritório profissional __________________________ em Comarca e Estado. 
PODERES: a quem conferem os poderes da cláusula ad judicia, em qualquer Juízo, Instância ou Tribunal, para, fundamentado no que preceitua o art. 44 do Código de Processo Penal, oferecer Queixa-Crime e/ou requerer a abertura de inquérito policial na circunscrição pertinente, em face SICRANO DE TAL, brasileiro, maior, solteiro, comerciário, residente e domiciliado na Rua ______________, em ESTADO e COMARCA , possuidor do RG nº ______________, inscrito no CPF sob o nº ________, em face de conduta delituosa prevista no art. 138 do Código Penal (calúnia), quando, no dia 00/00/0000, aproximadamente às 15h45, SICRANO DE TAL durante partida de futebol com outros amigos, atribuiu ao Outorgante (FULANO DE TAL) a condição de agente que furtou um aparelho de celular de AMANDA DE TAL, fato este absolutamente inverídico. Confere-se mais ao Outorgado os poderes especiais para requerer diligências, juntar documentos, assinar, transigir, intransigir, desistir, firmar compromissos e/ou acordos, acolher valores relacionados com o litígio ora relatado, seja em Juízo ou fora dele, dando tudo por bom, firme e valioso, podendo agir em conjunto ou separadamente com eventual novo mandatário que venha acompanhar a querela judicial, inclusive substabelecer, no todo ou em parte, com ou sem reservas de poderes. 
LOCAL E DATA ___________________________ 
 FULANO DE TAL
Problema
Alberto e Carlos, em reunião de prestação de contas da empresa, da qual vários gerentes e diretores participaram, imputaram a Antônio, apesar de saberem ser inocente, a conduta de ter constrangido, mediante grave ameaça, o contador Jorge a não exercer sua atividade regularmente de modo que os dados de lucros e perdas não espelhassem a realidade. Antônio teria agido assim com o propósito de se vingar da gerência que não o promoveu ao posto almejado. Antônio, sentindo-se caluniado, contratou advogado para promover a medida penal cabível.

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