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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS LUANA DE SOUZA SOARES ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE NUTRIÇÃO EM SAÚDE COLETIVA I Dourados 2022 CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS LUANA DE SOUZA SOARES 192.310 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Trabalho apresentado na disciplina de Estágio Supervisionado de Nutrição em Saúde Coletiva, do 7° semestre, do curso de Nutrição, da Universidade da Grande Dourados (UNIGRAN). Professora: Maria Aparecida Polã Paulatti. Dourados 2022 PESO Crianças abaixo de 2 anos de idade: Para esta faixa etária, é necessário a presença da mãe ou responsável pela criança, no qual irá auxiliar no momento da retirada das roupas e fralda da criança, deixando-a com o mínimo de roupas possível para pesagem e aferição da medida. O profissional pode orientar a mãe ou responsável que fique por perto, sem tocar na criança ou no próprio equipamento de pesagem (BRASIL, 2011, p.32; NACIF; VIEBIG, 2007, p.32). Ao pesar crianças menores de 2 anos, utiliza-se a balança pediátrica mecânica ou a balança pediátrica eletrônica, ambas possuem pratos para posicionar a criança deitada ou sentada ao meio para pesagem. É importante sempre forrar o prato da balança com uma proteção antes de calibrá-la para se evitar erros na pesagem, como também estar em superfície plana, e de local firme (NACIF; VIEBIG, 2007, p.32). Em relação a balança mecânica deve-se destravar e calibrar (caso o equipamento não esteja calibrado), sendo assim, mover o calibrador até que o braço e o fiel estejam alinhados horizontalmente, e travar a balança, certificando-se se os cursores estão no ponto zero. Logo após, preparar a criança retirando roupas, sapatos e a fralda e posicionar a criança deitada ou sentada no meio do prato da balança e destrava-la; mover o cursor maior até que o braço comece a se mover, mas sem que fique acima do fiel; depois, mover o cursor menor até que o braço e o fiel estejam alinhados; travar a balança e fazer a leitura do peso da criança em kg na escala maior e na escala menor em gramas, anotando o valor encontrado; a pesagem deve ser repetida duas vezes para cada criança; depois voltar os cursores ao ponto zero (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2009, p. 28; NACIF; VIEBIG, 2007, p.32) Na balança pediátrica eletrônica, deve-se retirar as roupas, sapatos e a fralda da criança; ligar a balança e esperar o visor exibir zero, posicionar a criança deitada ou sentada sobre o prato da balança e esperar a balança mostrar o peso e anotar (NACIF; VIEBIG, 2007, p.33; SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2009, p. 28). Crianças acima de 2 anos de idade, adolescente, adultos e idosos: Para pesar criança acima de 2 anos de idade, pode-se optar pela balança do tipo plataforma, no qual deve-se preparar a criança, sendo necessário retirar as roupas e os sapatos, ainda se aconselha somente uso de calcinha ou cueca na presença da mãe ou responsável. Para as demais faixas etárias utiliza-se a balança calibrada eletrônica ou de plataforma, com a pessoa estar descalça, de preferência com roupa leves, e sem adornos, como jóias, chapéu, cintos, e objetos como celulares e chaves. Ao subir na balança; ficar no centro da referida, em pé com o peso corpóreo bem distribuído entre os pés; devendo os pés estarem totalmente apoiados e os braços estendidos e soltos ao longo do corpo. Para a balança mecânica deve-se destravar a balança zerar (deixar o braço da balança nivelado com o indicador); após mover os marcadores da balança para o ponto zero; mover o marcador maior para o sentido contrário do ponto zero, até que o braço da balança se mova, não podendo ficar acima do nível de pesagem; mover o marcador menor até o braço da balança ficar em linha reta; ler o peso e anotar; recolocar os marcadores no ponto zero da escala e travar a balança; repetir a pesagem duas vezes. Já no caso da balança eletrônica deve-se: retirar roupas e sapatos; ligar a balança; ficar em pé no centro da balança com os pés completamente apoiados e os braços estendidos e soltos ao longo do corpo, sendo importante que permaneça parada; esperar aparecer o peso da criança na balança (NACIF; VIEBIG, 2007, p.13, 35, 36; BRASIL, 2011, p. 34- 36). ESTATURA Crianças acima de 2 anos de idade, adolescente, adultos e idosos: Para a medição da estatura em crianças maiores de 2 anos utiliza-se estadiômetro, com a criança em pé; a cabeça deve estar livre de adereços para não atrapalhar a medida, descalço; com os pés juntos; costas eretas no local onde está o equipamento; braços estendidos ao longo do corpo e a cabeça alinhada com o olhar para o horizonte; com o auxílio de duas pessoas, enquanto uma segura o queixo, a outra mantém os joelhos e calcanhares na posição certa; alinhar a haste do estadiômetro posicionando no ponto mais alto da cabeça, e em seguida fazer a leitura e anotar (ROSA, et al., 2008, p. 95; CUPPARI, 2012, p. 92; NACIF; VIEBIG, 2007, p. 37). Para crianças com faixas etárias maiores, adultos e idosos, utiliza-se um estadiômetro ou antropômetro, o indivíduo deve ficar em pé, sem sapatos, com os calcanhares juntos, braços estendidos ao lado do corpo, costas retas, cabeça ereta e olhos fixos à frente na linha do horizonte. Enquanto o avaliado inspira intensamente, a haste horizontal do estadiômetro é abaixada até o ponto mais alto de sua cabeça (NACIF; VIEBIG, 2007, p. 13). COMPRIMENTO Crianças abaixo de 2 anos de idade: Crianças abaixo de 2 anos são medidas deitadas, sendo chamado de comprimento. Para realizar essa medida é utilizado um infantômetro (antropômetro horizontal) que contém uma parte fixa onde é encontrado a marca zero e onde deve ser encostado a cabeça da criança, a outra parte é móvel e deverá ser ajustada nos pés da criança permitindo a leitura de seu comprimento (NACIF; VIEBERG, 2007, p. 13, 34). A criança deve ser posicionada no infantômetro ou antropômetro horizontal, livre de adereços na cabeça e sem sapatos que possam interferir na medida; e com o auxílio da mãe ou responsável, manter a cabeça apoiada contra a parte fixa do equipamento, com o pescoço reto e o queixo afastado do peito; com os braços estendidos ao longo do corpo e sendo necessário pressionar o joelho da criança para baixo a fim de manter as pernas estendidas; movendo assim a parte móvel do equipamento até a planta do pé da criança, permitindo realizar a leitura e anotar (NACIF; VIEBERG, 2007, p. 34; ROSSI et al., 2010, p. 146). PREGAS CUTÂNEAS Para realizar a aferição das dobras cutâneas deve-se identificar e marcar o local a ser realizado a medida, segurar a dobra com os dedos polegar e indicador da mão esquerda a 1cm do ponto marcado, pinçar a prega com o adipômetro perpendicularmente à dobra e soltar a pressão das pinças lentamente, a leitura deverá ser anotada 4 segundos após ter sido pinçada a prega com o equipamento (ROSA et al., 2008, p.38). Prega Cutânea Tricipital Como primeiro passo é realizado o ponto médio entre o acrômio e o olecrano no hemicorpo direito do indivíduo, de pé, com o braço flexionado junto ao corpo em um ângulo de 90°. Após encontrar o ponto médio, a medida é realizada na parte posterior do braço, estando relaxado e estendido, o avaliador ao identificar o local da prega deve marcar e medir no determinado ponto anatômico, a prega deve ser segurada firme com o polegar e o indicador da mão esquerda 1 cm acima do local marcado ainda deve-se manter a prega pressionada enquanto a medida é feita justamente onde se localizou o ponto médio e com o adipômetro avalia-se a gordura do tecido subcutâneo na região do tríceps (ROSA et al., 2008, p. 38). A medida deve ser realizada com o indivíduo em pé, com o braço flexionado junto ao corpo. Após localizar o ponto médio entre o acrômio e o olecrano, o avaliado deve retornar a estender o braço ao longo do corpo com a palma da mão estendida para o corpo. O avaliador deve se posicionar atrás do avaliado e pinçar o adipômetro no tríceps realizando a leitura, esta medida deve ser aferida três vezes continuas e realizar a média entre os três valores (MARTINS,2009, p.27). Prega Cutânea Bicipital É a medida aferida a partir do ponto médio entre o acrômio e olecrano, no sentido do eixo longitudinal do braço, na sua face anterior, no ventre muscular do bíceps, na linha da marcação para o tríceps, o indivíduo deve estar com o braço solto e relaxado com a palma da mão voltada para fora, em seguida desprender o tecido gorduroso do muscular e aferir usando o adipômetro, avalia-se a gordura do tecido subcutâneo na região do bíceps. Esta medida deve ser aferida três vezes continuas e a média entre os três valores (NACIF; VIEBERG, 2007, p. 14, 15; ROSSI et al., 2015, p.164; MUSSOI, 2014, p.148). A dobra cutânea bicipital deve ser feita com a palma da mão voltada para fora, e deve ser medida na parte anterior do braço, 1 cm acima do ponto médio marcado para fazer a dobra cutânea tricipital, para isto o indivíduo deve estar em pé, reto e de frente para o avaliador, e deve-se encontrar o ponto médio entre o acrômio e olécrano, segurar aproximadamente 1 cm acima do local que marcou e desprender tecido gorduroso do muscular e realizar a aferição (ROSA et al., 2008, p.41). Prega Cutânea Subescapular Essa medida é realizada no hemicorpo direito do avaliado, obliquamente relacionado ao eixo longitudinal, na orientação dos arcos costais, realizando essa avaliação 2 cm abaixo do ângulo inferior da escápula, estando com a musculatura relaxada e com o adipômetro avalia-se a gordura do tecido subcutâneo (NACIF; VIEBIG, 2007, p. 14, 15; ROSSI et al., p. 95-96, 2010). O indivíduo deve estar de costas para o avaliador, em seguida, deve-se pedir para que o avaliado dobre seu braço para trás formando um ângulo de 90°, com o auxílio dos dedos, deve-se localizar um ponto em baixo da escapula, ou 2 dedos abaixo da escapula, fazer um ponto para facilitar a pega da dobra, em seguida, pede-se para o indivíduo relaxar os braços e deve ser feito a prega com o adipômetro. Esta medida deve ser aferida três vezes continuas e a média entre os três valores (MARTINS, 2009, p.27) Prega Cutânea Supra ilíaca Para realizar essa medida o indivíduo deve estar de pé e de lado para o avaliador. Primeiro sendo realizado o ponto médio entre a última costela e o início da crista ilíaca. A dobra é realizada obliquamente relacionado ao eixo longitudinal, no meio da distância entre a crista ilíaca e o último arco costal, na linha axilar médial, sendo necessário que o avaliado afaste levemente o braço para trás permitindo a realização da medida, com o adipômetro, esta prega avalia-se a gordura do tecido subcutâneo (NACIF; VIEBIG, 2007, p. 14, 15; ROSSI et al., 2010 p. 95-96; ROCHA, 2008, p.45). A mensuração da dobra cutânea supra ilíaca deve ser feita linha axilar média, acima da crista ilíaca em ângulo diagonal, ou seja, seguindo a clivagem natural da pele do abdômen do indivíduo (ROSA et al., 2008, p. 43). CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO Para realizar essa medida, o avaliado deve estar em pé, posição ereta e de lado para quem irá realizar medida, no entanto, o braço deverá ser flexionado em direção ao tórax, sendo formado um ângulo de 90º (MUSSOI, 2014, p.107). A medida é feita no hemicorpo direito do indivíduo, no braço, no ponto médio entre o processo acrômial da escápula e o olecrano; em seguida com os braços soltos ao longo do tronco, com as mãos viradas para as coxas, utiliza-se uma fita antropométrica inelástica e flexível contornando firmemente o local marcado sem comprimir os tecidos subcutâneos e assim é realizado a leitura (NACIF; VIEBIG, 2007, p.19,20; CUPPARI, 2019, p.115). PERÍMETRO CEFÁLICO Para medir o perímetro cefálico deve-se colocar a criança (RN) em decúbito dorsal e passar a fita métrica inelástica acima das sobrancelhas pela circunferência occipital-frontal, e depois pelo occipício para obter a maior medida, mantendo-se justa a pele, porém sem pressionar, e sempre se atentar para não incluir parte do pavilhão auricular na medida (ROSSI et al., 2010, p. 155 e 173). A realização da medida de perímetro cefálico é realizada posicionando uma fita métrica na parte frontal do crânio (glabela), no volume máximo da cabeça, estando acima das sobrancelhas com o bebê mantendo a cabeça reta, após esse procedimento retirar a medida (LOPES; RIBEIRO, p.95, 2014). PERÍMETRO TORÁCICO A criança (RN) deve ser colocada em decúbito dorsal, e a com a fita métrica sendo passada na altura dos mamilos, aferindo assim entre a inspiração e a expiração completas (ROSSI et al., p. 132, 2015). Para realizar essa medida a criança deve estar sentada, com os braços levemente levantados de uma forma que permita que a fita passe em torno do tórax, estando na altura dos mamilos, após a fita ser posicionada a criança deve relaxar os braços, inspirar e expirar, ao final da expiração é feito a leitura (SAMPAIO, 2012, p.132). CIRCUNFERÊNCIA DO PESCOÇO Para realizar essa aferição o indivíduo deve estar em pé, com a cabeça ereta no plano horizontal e é feita na altura da cartilagem cricoide, posicionando a fita inelástica sobre (ROSSI et al., 2015, p.317). O avaliado deve estar em pé, em posição reta e com a face para frente, mas caso facilite o processo pode-se solicitar que o indivíduo sente e com a face em mesma posição descrita acima, porém que esteja posicionado a frente do avaliador, para aferição utiliza-se uma fita inelástica contorna-se o pescoço medindo pelo ponto de maior volume, na proeminência laríngea (pomo de adão), com cuidado para que não deixe a fita frouxa por receio de machucar o indivíduo (ROCHA, 2008, p.30; SAMPAIO, 2012, p.94). CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL Essa medida deve ser realizada com auxílio de um fita inelástica e o avaliado deve estar sem roupa na região do abdômen, em posição ereta, braços relaxados e pés juntos; em seguida a fita deverá ser passada pelo indivíduo na linha da cicatriz umbilical, no entanto, faz se necessário que o avaliador diga ao indivíduo que inspire no momento de posicionamento da fita e expirar em seguida para realizar a leitura da (FADDEI et al., 2011, p.60; ROCHA, 2008, p.33). A aferição dessa medida deve ser realizada na cicatriz umbilical do indivíduo, no qual o avaliador passara a fita inelástica ao redor da maior parte da cintura do indivíduo e realizara assim a leitura (ROSA et al,. 2008, p. 33). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Orientações para a coleta e análise de dados antropométricos em serviços de saúde: Norma Técnica do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional. Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2011. 76p. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_coleta_analise_dados_antropometricos.pdf. Acesso em: 02 abril 2022. CUPPARI, L. Guia de Nutrição: nutrição clínica no adulto. 7 ed. Barueri: Manole, 2012. 474p. CUPPARI, L. Nutrição clínica no adulto. 4ª edição. Barueri: Manole, 2019. 602p. LOHMAN, T. G.; ROCHE, A. F.; MARTORELL, R. Anthropometric standardization reference manual. Human Kinetics: Champaign. 1988. Disponível: https://www.worldcat.org/title/anthropometric-standardization-reference-manual/oclc/15592588. Acesso: 18 maio 2020. LOPES, L. A.; RIBEIRO, L. A. Antropometria: aplicada à saúde e ao desempenho esportivo. Rio de Janeiro: Rubio, 2014. 195p. MUSSOI, T.D. Avaliação nutricional na prática clínica: da gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro: Guanabara, 2014. 423p. MARTINS, C. Antropometria. Curitiba: Instituto Cristina Martins, 2009. 44p. NACIF, M.; VIEBIG, R. F. Avaliação antropométrica nos ciclos da vida: uma visão prática. São Paulo: Metha, 2007. 137p. ROSA, G.; BENTO, C.T.; PEREIRA, A. F.; ROSADO, E.L.M.S. M. S.; PERES, W. A.F.; LOPES, M.S.M.S. Avaliação nutricional do paciente hospitalizado: uma abordagem teórico-prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008, p.214. ROSSI, L.; CARUSO, L.; GALANTE, A. P. Avaliação nutricional: novas perspectivas. São Paulo: Roca, 2010. 422p. ROSSI, L.; CARUSO, L.; GALANTE, A. P. Avaliação nutricional: novasperspectivas. São Paulo: Roca, 2º edição, 2015. 399p. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Avaliação nutricional da criança e do adolescente: Manual de Orientação. São Paulo: Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento de Nutrologia, 2009. 112p. SAMPAIO, L. R. Avaliação nutricional. – Salvador: EDUFBA, Ed. Universidade federal da bahia, 2012. 158p.
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