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ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL @fisiolena Por que devemos estudar AVC? 2ª principal causa de morte e incapacidade no mundo todo. Estima-se que a cada 4 pessoas, 1 terá AVC ou AIT! 90% dos AVCs são atribuídos à fatores de risco modificáveis! O que é AVC? Trata-se de um déficit neurológico atribuído a uma lesão focal aguda do sistema nervoso central por uma causa vascular. Ocorre quando um vaso sanguíneo é bloqueado por um coágulo ou sofre uma ruptura. Sintomas persistem por pelo menos 24h. AVC ISQUÊMICO Obstrução da irrigação sanguínea de determinada área cerebral ou por diminuição da perfusão sistêmica. AVC HEMORRÁGICO Ocorre devido à ruptura dos vasos que irrigam o encéfalo. Pode ser hemorragia subaracnóide ou hemorragia cerebral AVC LACUNAR Trata-se de um pequeno AVC profundo que envolve um ramo penetrante de uma grande artéria cerebral. A síndrome clínica mais comum é a hemiparesia motora pura, decorrente de uma lesão na cápsula interna. ATAQUE ISQUÊMICO TRANSITÓRIO (AIT) Déficit neurológico transitório decorrente da redução do fluxo sanguíneo, que tenha duração inferior à 24 horas. FASES DO AVC Hiper-agudo: 0 - 24 horas Aguda: 1 - 7 dias Subagudo próximo: 7 dias - 3 meses Subagudo tardio: 3 - 5 meses Crônico: > 6 meses EPIDEMIOLOGIA 45 – 49 anos: prevalência maior em homens; 15 – 30 anos: prevalência maior em mulheres. Aproximadamente 10 – 15% dos AVCs ocorrem em adultos com idade entre 18 e 50 anos. 90% das mortes ocorrem após os 50 anos; Prevalência aumenta com a idade, menor escolaridade e residentes da zona urbana. ETIOLOGIA ISQUÊMICO HEMORRÁGICO Embolia; Aterosclerose; Vasoespasmo; Vasculites; Compressão (tumor); PCR; Fibrilação ventricular; Hipoperfusão. HAS; MAV; Tumores; Aneurisma. VASCULARIZAÇÃO As principais artérias que irrigam os hemisférios cerebrais são as artérias cerebral anterior, média e posterior. As lesões são mais comuns nos ramos da artéria cerebral média. SINAIS E SINTOMAS LESÃO NA ARTÉRIA CEREBRAL ANTERIOR Hemiparesia/hemiplegia contralateral, principalmente de MMII; Perda hemissensorial contralateral, principalmente de MMII. Incontinência urinária; Dificuldades em tarefas bimanuais; Lentidão motora. LESÃO NA ARTÉRIA CEREBRAL MÉDIA Hemiparesia contralateral de principalmente de MMSS e face; Perda hemissensorial contralateral principalmente de MMSS e face; Afasia de Broca ou de Wernicke (fala repetida); Déficits perceptivos; Alteração de propriocepção. LESÃO NA ARTÉRIA CEREBRAL POSTERIOR Hemiparesia/hemiplegia contralateral; Dificuldade visual (perda visual total/ reconhecer rostos); Problemas para distinguir cores, na escrita e leitura; Déficits de memória; Movimentos involuntários. FATORES DE RISCO NÃO-MODIFICÁVEIS Idade = + 65 anos em geral. Países mais desenvolvidos: Mais jovens; Sexo = Homens > Mulheres ; Etnia = Afrodescendentes. MODIFICÁVEIS Tabagismo; Inatividade Física; Alimentação; Obesidade. DOENÇAS ASSOCIADAS Hipertensão; Doenças cardíacas; Diabetes Mellitus; Níveis elevados de colesterol LDL; Apneia do sono; Doença renal crônica. CLASSIFICAÇÃO DO ACOMETIMENTO Um lado é mais acometido; Lesões corticais ou cápsula interna; Predomínios (braquiofacial ou crural); HEMIPLEGIA/HEMIPARESIA QUADRIPLEGIA/QUADRIPARESIA Envolvimento dos 4 membros; Mais grave; Lesões de tronco encefálico ou de córtex bilateralmente. MONOPLEGIA Um membro acometido; Lesões focais; Menos frequente. QUADRO CLÍNICO Instalação dos sintomas de forma súbita; Alteração do nível de consciência; Distúrbios de fala e de comunicação; Déficits motores de acordo com a região comprometida: (Plegia ou Paresia); Déficits sensoriais de acordo com a região comprometida: (Anestesia superficial/profunda, hipoestesia, parestesia, alodínia); Espasticidade; Paralisia facial; MARCHA Geralmente é apresentada a marcha hemiparética, chamada também de "marcha ceifante"; Dependendo da região da lesão, o paciente pode apresentar uma marcha totalmente diferente. MARCHA HEMIPARÉTICA/CEIFANTE Mantém o braço firmemente de lado, rígido e flexionado e não oscila de maneira normal; Mantém a perna rigidamente em extensão e a flexiona com dificuldade. Puxa ou arrasta o pé; Consegue virar para o lado lesado mais facilmente do que para o lado menos afetado; Pode inclinar a pelve para ajudar a dar o passo; Move toda a extremidade em torno de um semicírculo a partir do quadril. PREDITORES DA MARCHA Controle de tronco; Força de glúteo máx.; Idade; Paresia dos MMII; Função sensorial; Equilíbrio. LESÕES NOS HEMISFÉRIOS DIAGNÓSTICO CLÍNICO TC sem contraste – exclui AVC hemorrágico; Angiografia – oclusão. ESCALA DE CINCINNATI FISIOTERAPIA A introdução precoce da fisioterapia aumenta a independência e reduz a morbidade. Cada tratamento de reabilitação pós- AVC é individualizado. AHA/ASA GUIDELINE Treino individualizado focado na funcionalidade; O paciente deve receber educação em saúde sobre o AVE, incluindo informações sobre prevenção secundária, reabilitação e oportunidade de falarem sobre o impacto em suas vidas. O paciente com déficit de equilíbrio deve receber um programa de treinamento e prevenção de quedas. Follow Up - Garantia de serviços de reabilitação necessários, acompanhamento após a alta. Programa de exercícios individualizado para evitar o sedentarismo. REABILITAÇÃO Paciente se encontra na "fase flácida"; Baixa intensidade; Normalmente após 72h; Mobilização precoce = independência; Orientações sobre a patologia; Atentar-se aos riscos de complicação; Prevenir inatividade prolongada; Recuperar movimento voluntário. FASE AGUDA FASE SUBAGUDA Paciente se encontra na "fase espástica"; Maior intensidade nas atividades; Normalmente após 72h; Mobilização precoce = independência; Orientações sobre a patologia; Atentar-se aos riscos de complicação; Prevenir inatividade prolongada; Recuperar movimento voluntário. FASE CRÔNICA Paciente se encontra na "fase espástica"; Após 6 meses do AVE. AVALIAÇÃO FASE CRÔNICA RECUPERAÇÃO MOTORA Sensibilidade; Flexibilidade e ADM; Tônus; Reflexos (aguda: hipo/ crônica: hiper); Movimentos voluntários e de coordenação; Força muscular; Avaliação específica. REABILITAÇÃO Melhorar a aprendizagem motora; Melhorar a função sensorial; Melhorar a flexibilidade e integridade das articulações; Melhorar a força muscular; Diminuir ou modular a espasticidade; Estimular o uso do membro afetado; Melhorar o controle dos movimentos; Prevenir contraturas musculares; Manter função cardiorrespiratória; Prevenir úlceras de decúbito. TIPOS DE EXERCÍCIO
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