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@fisio.larissareis @fisio.larissareis@fisio.larissareis Trauma raquimedular INTRODUÇÃO • Trauma Raquimedular (TRM) é uma lesão medular traumática, definida como um conjunto de situações que comprometem a função da medula espinhal em graus variados de extensão. • Ocasionalmente, os nervos medulares são afetados. • Resulta em paralisia e ausência de sensibilidade do nível da lesão para baixo, assim como outras alterações nos sistemas: urinário, intestinal e autônomo. • A lesão do cordão pode ser: Completa ou incompleta. • O trauma raquimedular compreende as lesões dos componentes da coluna vertebral em quaisquer porções: óssea, ligamentar, medular, discal, vascular ou radicular. EPIDEMIOLOGIA • A incidência de lesão medular traumática no Brasil é desconhecida, pois esta condição não é sujeita à notificação e há poucos dados e trabalhos publicados a respeito da epidemiologia da lesão medular. • Estima-se que ocorram a cada ano no país, mais de 10.000 novos casos de lesão medular, sendo o trauma a causa predominante; • É a maior causa de mortalidade entre adultos jovens, na faixa de 18-35 anos; • Ocorre em maior frequência em homens, tendo a proporção 4:1 em relação à mulheres; • É responsável por 3% das admissões de urgência em serviço de atendimento ao politrauma; (Imagem do artigo: https://doi.org/10.1590/S0100-69912008000200005) https://doi.org/10.1590/S0100-69912008000200005 ETIOLOGIA • Principais causas: – Acidentes automobilísticos – Queda de altura – Acidente por mergulho em água rasa – Ferimentos por arma de fogo • O restante das lesões medulares é atribuído a agressões (12%), esportes (10%) e acidentes relacionados ao trabalho. • I dosos: A causa mais comum é a queda; • Osteoporose e doença articular degenerativa podem aumentar o risco de lesão da medula em velocidades de impacto mais baixas devido à angulação formada pelas articulações degeneradas, osteófitos pressionando o funículo, e fragilidade óssea que permite fraturas fáceis ao longo de estruturas cruciais. • As lesões na coluna vertebral ocorrem quando uma força física direta lesa vértebra, ligamentos ou discos da coluna espinal, causando hematoma, esmagamento ou ruptura do tecido da coluna vertebral; • Quando a coluna vertebral é penetrada (ex.: por bala ou ferimento com faca), essas lesões também podem produzir lesão vascular que resulta em isquemia ou hematoma (normalmente extradural), levando a danos posteriores. Lesão Vertebral • Podem ser por: – Fraturas (corpo vertebral, lâminas, pedículos e processos espinhosos, articulares e transversos); – Deslocamentos (comprometem as facetas); – Subluxações (podem provocar ruptura ligamentar) • As lesões vertebrais instáveis (integridades óssea e ligamentar são rompidas) comprimem potencialmente a coluna vertebral ou seu fornecimento vascular e resultando em dor e possível piora da função neurológica ou da dor. INFLUÊNCIAS PARA O GRAU DE LIMITAÇÃO Nível da lesão • Altura da lesão; baixa ou alta • Uma lesão de nível mais alto resulta numa maior área corporal comprometida: – Cervicais: comprometimento dos membros superiores, tronco e membros inferiores; são eles: C1, C2, C3, C4, C5, C6 ou C7. – Torácicas: comprometimento do tronco e membros inferiores; são eles: T1, T2, T3, T4, T5, T6, T7, T8, T9, T10, T11 ou T12. – Lombares: comprometimento dos membros inferiores; são eles: L1, L2, L3, L4 ou L5. – Sacrais: comprometimento leve dos membros inferiores; são eles: S1, S2, S3,S4 ou S5. Extensão da lesão • Completa ou incompleta • Completa: Não há atividade motora voluntária nem sensibilidade do nível da lesão até o segmento Sacral S4-S5. – Podem apresentar alguns níveis abaixo da lesão com contração muscular voluntária parcial e/ou sensibilidade parcial = Zona de Preservação Parcial (ZPP). • Incompleta: Há atividade motora voluntária parcial e sensibilidade parcial até o segmento sacral S4-S5. Níveis de lesões cervicais • Tetraplégico: Indivíduos portadores de grande comprometimento dos membros superiores para baixo • Tetraparético: Indivíduos portadores de comprometimento leve dos membros superiores para baixo. Níveis de lesão torácicos ou lombares • Paraplégic o : Indivíduos portadores de grande comprometimento dos membros inferiores. • Paraparético: Indivíduos com comprometimento leve dos membros inferiores. PARA GUARDAR • Níveis de lesão cervicais até torácico T11: Apresentam paralisia espástica (contração muscular involuntária). • Níveis de lesão torácico T12 para baixo: Apresentam paralisia flácida (sem contração involuntária). NÍVEL NEUROLÓGICO • Cada nível de lesão apresenta um Nível Neurológico de funcionalidade com uma característica funcional correspondente ao que o individuo é capaz de realizar; • É determinado pelo último nível da medula com atividade motora e sensitiva normal (geralmente é o nível imediatamente acima do nível da lesão); FISIOTERAPEUTA: Estabelece O Nível Neurológico, bem como a completude da lesão e sua Zona de Preservação Parcial (ZPP) ou grau de incompletude da lesão, através da Tabela de Avaliação da ASIA (Tabela da American Sínal Cord Injury Association _ Associação Americana de Lesão Medular já validade no Brasil). SINAIS E SINTOMAS • O sinal cardinal da coluna consiste em um nível de lesão discreta em que a função neurológica acima da lesão esteja intacta e a função abaixo dela não exista ou esteja acentuadamente diminuída. Lesão Medular Completa • Resulta em: – Paralisia imediata, completa e flácida (com perda do tônus do esfíncter anal) – Perda de toda a atividade reflexa e sensorial – Disfunção autonômica abaixo do nível da lesão • Lesão na cervical alta (C5 ou acima): Afeta os músculos que controlam a respiração, causando insuficiência respiratória – Disfunção autonômica por lesão da medula cervical pode resultar em bradicardia e hipotensão; o denominado choque neurogênico. – Pode acontecer arritmias e instabilidade na pressão arterial – Pneumonia é uma causa frequente de morte em pessoas com lesão alta na coluna cervical, especialmente naquelas dependentes de ventilação mecânica. • Dentro de algumas horas ou dias, paralisia flácida pode se tornar espástica, devido ao excesso de reflexos de alongamento normais, resultando na perda da inibição descendente. • Depois, se a medula lombossacral estiver intacta, os espasmos musculares flexores aparecem e os reflexos profundos do tendão, bem como os autônomos, retornam. Lesão Medular Completa • Ocorre perda sensorial e motora, e os reflexos profundos dos tendões podem ser hiperativos. • As perdas sensoriais e motoras podem ser permanentes ou temporárias, dependendo da etiologia; A– função pode ser perdida brevemente devido à concussão ou, de forma mais duradoura, por causa de contusão ou laceração. • Edema rápido da medula resulta em disfunção neurogênica total que lembra lesão medular completa; E– ssa condição é chamada de choque medular (para não ser confundido com choque neurogênico). • Os sinais e sintomas desaparecem em um a alguns dias, mas a incapacidade residual geralmente permanece. • As manifestações dependem de qual parte da medula está envolvida; várias síndromes discretas são reconhecidas: – Síndrome de Brown-Séquard: Resulta da hemisecção da medula; – Os pacientes desenvolvem paralisia ipsolateral espástica, perda da percepção da postura abaixo da lesão e perda contralateral de dor e sensação térmica. – Síndrome da medula anterior: Resulta da lesão direta à coluna vertebral anterior ou à artéria espinal anterior; – Pacientes perdem as sensações motora e de dor bilateralmente abaixo da lesão. – A função da medula posterior (vibração, propriocepção) permanece intacta. – Síndrome da medula central: Normalmente ocorre em pacientes com canal cervical estreito (congênito ou degenerativo) após lesão por hiperextensão. – Função motoranos braços é muito mais prejudicada do que nas pernas. – Se a coluna posterior é afetada, perdem-se a postura, vibração e toque leve. – T ratos espinotalâmicos são afetados, perde-se a sensação de dor, temperatura e, muitas vezes, luz ou toque profundo. – Hemorragia na coluna vertebral vinda de trauma (hematomielia) está normalmente confinada à massa cinzenta cervical central, resultando em sinais de lesão nos neurônios motores inferiores (fraqueza e perda muscular, fasciculações e reflexos diminuídos dos tendões nos braços), que, em geral, é permanente. – A fraqueza motora é, com frequência, proximal e acompanhada por deficiência seletiva de dor e sensação de temperatura. Lesões na Cauda Equina • A perda motora e/ou sensorial costuma ser parcial e ocorre na região distal das pernas. • Os sintomas sensoriais são bilaterais, mas costumam ser assimétricos, comprometendo mais um dimídio do que o outro. • A sensação está normalmente diminuída na região perineal (“anestesia de suporte”). • A deficiência das funções intestinal e da bexiga pode envolver incontinência ou retenção • Homens: Podem ter disfunção erétil; • Mulheres: Podem apresentar resposta sexual diminuída. • O tônus do esfíncter anal está diminuído e os reflexos bulbocavernosos e anais estão anormais. COMPLICAÇÕES • As sequelas dependem da gravidade e do nível da lesão. • Lesão no segmento C5 ou acima: Alteração da respiração • Mobilidade reduzida: Aumenta risco de coágulos sanguíneos, ITUs, contraturas, atelectasias, pneumonia e úlceras por pressão. • A instabilidade cardiovascular é comum logo após a lesão da medula cervical e está relacionada com choque neurogênico e disrreflexia autonômica que ocorrem em resposta aos eventos deflagradores, como dor ou pressão no corpo. • A dor neurogênica crônica pode se manifestar como queimação ou “em agulhadas”. DIAGNÓSTICO • Considerar a lesão em pacientes em alto risco mesmo não apresentando sintomas • Exames de Imagem • Avaliação da função neural (reflexa, motora e sensorial) • Lesões na medula resultantes de trauma nem sempre são evidentes. • A lesão na coluna vertebral e na coluna deve ser cogitada nos pacientes com: – Lesões que envolvem a cabeça – Fraturas pélvicas – Lesões penetrantes na área da coluna vertebral – Lesões sofridas em veículos automotivos – Lesões fechadas graves – Lesões sofridas por quedas de altura ou mergulho na água • Idosos: Deve-se considerar lesões na coluna após queda • Deve-se considerar lesão medular, se: Paciente estiver com sensibilidade alterada ou localizada na espinha, lesões dolorosas por distração ou déficits neurológicos compatíveis. (Tabela da MSD Manuals) (Tabela da MSD Manuals) EXAMES DE IMAGEM • Normalmente, tira-se radiografia de quaisquer áreas possivelmente lesadas. • A tomografia computadorizada (TC) é obtida para áreas anormais e áreas com risco de lesão baseado nos achados clínicos. • A TC tem sido cada vez mais usada como imagem primária para trauma medular por apresentar melhor precisão diagnóstica. • A ressonância magnética (RM), que ajuda a identificar tipo e local da lesão medular, é o exame de imagem mais preciso da coluna vertebral e outros tecidos moles • Se a fratura atravessar o forame transverso de uma vértebra cervical, em geral indica-se exame vascular (normalmente, angiografia por TC) para descartar possível dissecção da artéria vertebral. PROGNÓSTICO • Os nervos seccionados ou degenerados da medula espinhal geralmente não se recuperam, e o dano funcional costuma ser permanente. • O tecido neural comprimido pode recuperar sua função. • O retorno de parte do movimento ou da sensação durante a primeira semana após a lesão anuncia recuperação favorável. • Disfunção que se mantém depois de 6 meses tende a ser permanente; contudo, a graduação ASIA pode melhorar em um grau até um ano após a lesão. TRATAMENTO • Consiste em: – Imobilização – Manutenção de oxigenação e perfusão da coluna vertebral – Cuidados de suporte – Estabilização cirúrgica quando apropriado – Cuidado sintomático a longo prazo e reabilitação TRATAMENTO IMEDIATO • Tratamento das lesões agudas da coluna cervical e da medula espinhal; • Uma meta importante é prevenir a lesão secundária em coluna ou coluna vertebral. • Pacientes que apresentam lesão medular devem ser imobilizados imediatamente; o pescoço é mantido reto manualmente (alinhamento e estabilização) durante intubação endotraqueal. • Assim que possível, a coluna deve ser totalmente imobilizada em maca firme, lisa, ou em superfície similar para estabilizar sua posição sem pressão excessiva. • Um colar rígido deve ser utilizado para imobilizar a coluna cervical. • Pacientes com lesão medular torácica ou lombar devem ser carregados na posição prona ou supina. • Aqueles com lesão na medula cervical que possam ter dificuldades respiratórias devem ser carregados na posição supina, com atenção para manter uma passagem de ar adequada e evitar constrição torácica. • As lesões são tratadas com repouso, analgésicos e relaxantes musculares, com ou sem cirurgia, até que edema e dor locais estejam melhores. • As lesões instáveis são imobilizadas até que osso e tecidos moles tenham cicatrizado no alinhamento correto; algumas vezes, cirurgia com fusão e fixação interna é necessária. • Pacientes com lesões medulares incompletas podem apresentar melhora neurológica significante após descompressão. TRATAMENTO A LONGO PRAZO • Fármacos podem controlar de modo eficaz a espasticidade em alguns pacientes. • A reabilitação, mais bem fornecida por uma abordagem em equipe, combinando terapias físicas, atividades para construir habilidades e terapia para encontrar necessidades emocionais e sociais. • A equipe de reabilitação é mais bem direcionada por um médico com treinamento e especialista em reabilitação (fisiatra); inclui normalmente enfermeiros, assistentes sociais, nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas, conselheiros vocacionais e terapeutas ocupacionais e recreacionais. • Fisioterapia: Exercícios para fortalecimento muscular, exercícios de alongamento passivo para prevenir contraturas e uso apropriado de dispositivos auxiliares como muletas, andadores ou cadeira de rodas, os quais podem ser necessários para melhorar a mobilidade. – São ensinadas estratégias para controle da espasticidade, disreflexia autônoma e dor neurogênica. • Terapia Ocupacional: Redesenvolvimento das habilidades motoras. Programas para controle de bexiga e intestino ensinam técnicas de higiene que podem necessitar de cateterização intermitente. Com frequência, regime intestinal envolvendo estimulação com administração de laxantes em hora marcada é necessário. • Reabilitação Vocacional: Avaliação tanto das habilidades motoras finas e grossas quanto das capacidades cognitivas para determinar a probabilidade de emprego. – Dessa maneira, o especialista vocacional ajuda a identificar os possíveis locais de trabalho e determina a necessidade de dispositivo de assistência e modificações no local de trabalho. • Terapeutas de Recreação: Usam uma abordagem similar para identificar e facilitar a participação em hobbies, atividades esportivas e outras. • Cuidados Emocionais: Combater a despersonalização e a quase inevitável depressão, que ocorrem após a perda de controle do corpo. – O cuidado emocional é fundamental para obter sucesso em todos os outros componentes de reabilitação e deve ser acompanhado com esforços para educar o paciente e encorajar o envolvimento ativo de família e amigos. FISIOTERAPIA • Além de garantir a aquisição das habilidades características de cada Nível Neurológico, deve proporcionar o máximo aproveitamento do potencial residual abaixo da lesão, através de intensa e precisa estimulação: – Nas lesões incompletas – Na ZPP no caso das lesões completas. C1-C3 • Indivíduos com esse tipo de lesão alta cervical necessitam de assistência ventilatóriapara respirar. • A fala é bem difícil e limitada. • Os movimentos de pescoço e cabeça também. • As metas funcionais são facilitar a comunicação e a mobilidade independente em cadeira de rodas motorizada através de controle com a cabeça ou queixo. • Adaptações com Tecnologia assistiva devem ser utilizadas com controle de voz para mínimas atividades e permitir assim a máxima autonomia no gerenciamento de suas necessidades. C4 • A partir deste Nível Neurológico, os indivíduos já conseguem respirar necessitando de assistência manual apenas para a tosse. • Possuem um melhor movimento da cabeça e pescoço e conseguem elevar os ombros. • Com um equipamento adequado também podem controlar uma cadeira de rodas motorizada através de controle com a cabeça ou queixo. • Adaptações com tecnologia assistiva devem ser utilizadas com controle de voz para mínimas atividades e permitir assim a máxima autonomia no gerenciamento de suas necessidades. C5 • A principal aquisição neste nível é a capacidade de dobrar o cotovelo (flexão do cotovelo = atividade do músculo bíceps). • O controle do movimento do ombro também está presente e proporciona aos indivíduos a possibilidade de levar sua mão ao rosto e à cabeça. • Eles também conseguem virar a palma da mão para cima. Através dos movimentos dos ombros e do bíceps, conseguem realizar atividades simples com as mãos e pegar objetos com as duas mãos simultaneamente. • Além disso, conseguem equilibrar-se sentados sem encosto, com o apoio dos braços. • Em curtas distâncias e terrenos planos, esses indivíduos podem conduzir a cadeira de rodas manual. No entanto, nas atividades diárias é comum o uso da cadeira de rodas motorizada para diminuir o gasto energético e melhorar a funcionalidade. C6 • Neste nível, a aquisição principal é a extensão de punho que através da “preensão por tenodese” (flexão passiva dos dedos através da extensão ativa do punho), gera uma independência quase total. • Outra aquisição significativamente funcional é o controle parcial do tronco superior que lhes confere melhor equilíbrio sentado, bem como habilidade para participar ativamente das transferências. • Os indivíduos com uso de equipamentos adaptativos têm uma maior facilidade ou independência para se alimentar, tomar banho, cuidar da higiene pessoal e se vestir. • Eles usam a cadeira de rodas manual para as atividades diárias, participam ativamente das transferências, no alivio de pressão para prevenir escaras e nas mudanças de posição na cama. C7 • Estes indivíduos têm a movimentação semelhante ao C6 com o acréscimo importante do movimento de esticar os cotovelos (músculo tríceps). • Isso proporciona independência total nas transferências, mudanças de posição na cama, alivio de pressão, banho, alimentação, cuidados com a higiene pessoal e em se vestir. • Também pode dirigir com um carro adaptado às suas necessidades. • A cadeira manual é usada para as atividades diárias. C8-T1 • Os movimentos de dedos presentes nesse nível proporcionam uma maior precisão e força no uso da mão funcionalmente. • As metas funcionais incluem viver independentemente sem a necessidade de equipamentos especializados para os cuidados diários com o corpo e as atividades diárias. T2-T6 • A partir deste nível, os indivíduos são classificados como Paraplégicos apresentando, portanto controle normal de cabeça, pescoço e membros superiores além de apresentar controle parcial dos extensores de tronco. T7-T11 • Estes indivíduos são totalmente independentes e a aquisição funcional nestes níveis deve-se aos músculos abdominais e extensores de tronco (músculos paravertebrais) que estão ativos parcial ou totalmente, apresentando maior efetividade para tossir e realizar atividades em posturas sentadas sem apoio posterior. • A cadeira de rodas manual é a melhor forma de locomoção para esses indivíduos tanto funcionalmente quanto energeticamente. T12-L1 • Também utilizam a cadeira de rodas manual. • A principal aquisição é o controle da pelve. • Ainda não são capazes de ficar de pé, pois não apresentam controle voluntário de nenhuma musculatura dos membros inferiores. L2 • Neste nível, podemos observar a presença do movimento de levantar a coxa. • No entanto, este não é suficiente para a locomoção de pé. Qualquer tentativa de marcha neste nível necessita de dispositivos auxiliares e representa um altíssimo gasto energético com uma baixa performance, ou seja, não é uma marcha funcional. L3 • Este é o primeiro nível em que o individuo é capaz de se locomover de pé. • O movimento de esticar os joelhos (músculo quadríceps) possibilita ficar de pé sem auxílio e andar utilizando apenas órteses abaixo dos joelhos (AFO). L4-L5-S1 • São indivíduos com poucas deficiências motoras em membros inferiores, portanto capazes de andar sem qualquer auxílio ou com órteses que envolvem apensas o tornozelo e o pé (SMO). ACIDENTE VASCULAR ENCEFALICO INTRODUÇÃO • Acidente vascular encefálico (AVE) é a perda abrupta da função neurológica causada por uma interrupção do fluxo sanguíneo para o encéfalo. • É causado por uma oclusão vascular localizada, levando à interrupção do fornecimento de oxigênio e glicose ao tecido cerebral, afetando subsequentemente os processos metabólicos do território envolvido; • Suas manifestações frequentemente envolvem fraqueza muscular, espasticidade e padrões motores atípicos ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO ISQUÊMICO • Podem ser classificados, segundo o mecanismo etiológico envolvido, em: – Aterotrombóticos – Cardioembólicos – Lacunares – Hemodinâmicos – Venosos Aterotrombóticos: Ocorre quando a aterosclerose envolve determinados sítios das artérias intra e extracranianas, levando à sua oclusão ou a um de seus ramos. • Mecanismos: – Pode haver trombose a partir de uma placa aterosclerótica com obstrução da luz arterial – Pode haver fragmentação de uma placa ou trombo sobreposto a esta, com embolia artério-arterial. Cardioembólicos: Embolia artério-arterial a partir de placas aórticas; • Em aproximadamente 40% dos infartos cerebrais a causa é desconhecida, ou os achados se limitam à estenose carotídea inferior a 70%, ou a anormalidades cardíacas discretas, que não podem ser aceitas como uma causa definitiva; • Uma série de estudos recentes estabelece uma relação estatística entre a presença de placas ateroscleróticas no arco aórtico e o AVCI; • Placas aórticas maiores que 4 mm de espessura são um novo, forte e independente fator de risco para infartos cerebrais. Lacunares: Esses pequenos infartos (≤1,5 cm) ocorrem em pacientes com obstrução não aterotrombótica de pequenas artérias perfurantes que irrigam estruturas corticais profundas; • A causa usual é a lipo-hialinose (degeneração da camada média das pequenas artérias e substituição por lipídeos e colágeno). • Infartos lacunares tendem a ocorrer em pacientes idosos com diabetes ou hipertensão mal controlada. Hemodinâmicos: Estenose arterial proximal com hipotensão que diminui o fluxo sanguíneo cerebral nas correntes arteriais; Venosos: Acontece quando coágulos de sangue ficam parados obstruindo as veias cerebrais, chamadas de seios venosos cerebrais. ** Estas veias são muito importantes, pois drenam todo o sangue do cérebro. • Portanto, a obstrução desta drenagem pelos coágulos nos seios venosos inicia uma cascata de eventos intracranianos, podendo acarretar o inchaço do cérebro ou de partes do cérebro, dores de cabeça persistentes, alteração da visão, sonolência, alteração da consciência e até mesmo hemorragias intracranianas e coma. • Pode ocorrer em adultos, crianças e até em bebês, sob determinadas condições clínicas. ETIOLOGIA • F atores de risco modificáveis: – Hipertensão – Tabagismo – Dislipidemia – Diabetes – Resistência à insulina – Obesidade abdominal – Alcoolismo – Falta de atividade física – Dieta de alto risco (ex:rica em gorduras saturadas, gorduras trans e calorias) – Estresse psicossocial – Doenças cardíacas (particularmente doenças que predispõem à embolia, como infarto agudo do miocárdio, endocardite infecciosa e fibrilação atrial) – Uso de determinadas drogas (p. ex., cocaína, anfetamina) – Hipercoagulabilidade – Vasculite • F atores de risco não modificáveis: – AVE anterior – Idade avançada – História familiar de AVE • Oclusão aterotrombótica das grandes artérias (trombo sobreposto em uma artéria aterosclerótica) é a causa mais comum de acidente vascular cerebral isquêmico. FISIOPATOLOGIA • Lembrando: O fluxo sanguíneo inadequado em uma única artéria cerebral em geral pode ser compensado por um sistema colateral eficiente, em particular entre as artérias carótidas e vertebrais, por meio de anastomoses no círculo arterial do cérebro (círculo de Willis) e, em menor grau, entre as grandes artérias que irrigam os hemisférios cerebrais. • Variações normais no círculo arterial do cérebro e no calibre de vários vasos colaterais, aterosclerose e outras lesões arteriais adquiridas podem interromper o fluxo colateral, aumentando a possibilidade de que a obstrução de uma artéria cause isquemia cerebral. • Ocorre a morte de alguns neurônios se o fluxo sanguíneo for <5% do normal por >5 min • A extensão da lesão depende da gravidade da isquemia. Se for leve os danos ocorrem lentamente; pode levar 3-6 horas para ocorrer a perda completa do tecido cerebral; • Se a isquemia for grave (15-30 min) todos os tecidos afetados morrem; • A lesão ocorre de forma mais rápida durante a hipertermia e mais lenta durante a hipotermia. • Se os tecidos estão isquêmicos, mas ainda sem lesão irreversível, a restauração imediata do fluxo sanguíneo pode reduzir ou reverter a lesão. • Mecanismos da lesão isquêmica incluem: – Edema – Trombose microvascular – Morte celular programada (apoptose) – Infarto com necrose celular • Mediadores inflamatórios contribuem para edema e trombose microvascular. • O edema, quando grave ou extenso, pode aumentar a pressão intracraniana. SINAIS E SINTOMAS • Dependem da parte do cérebro comprometida; • Os déficits podem tornar-se máximos alguns minutos após o início do distúrbio, em geral no AVC embólico • Com menos frequência, os déficits evoluem de modo lento, normalmente ao longo de 24 a 48 horas, geralmente no AVC aterotrombótico. • Na maioria dos AVC em evolução, a disfunção neurológica unilateral (que costuma começar em um braço e, em seguida, difunde-se ipsolateralmente) expande-se sem provocar cefaleia, dor ou febre. • Em geral, a progressão é gradual, interrompida por períodos de estabilidade. • Os AVC embólicos ocorrem com frequência durante o dia; a cefaleia pode preceder os déficits neurológicos. • Os infartos lacunares podem produzir uma das síndromes lacunares clássicas (p. ex., hemiparesia motora pura, hemianestesia sensorial pura, hemiparesia atáxica, disartria-síndrome da mão desajeitada); sinais de disfunção cortical (p. ex., afasia) estão ausentes. • Os infartos lacunares múltiplos podem resultar em demência de múltiplos infartos. • Uma convulsão pode ocorrer no início do AVC, mais frequentemente com acidente vascular cerebral embólico do que com trombótico. • A deterioração durante as primeiras 48 a 72 horas após o início dos sintomas, em particular o acometimento da consciência, resulta com mais frequência do edema cerebral que da extensão do infarto. • A menos que o infarto seja grande ou extenso, em geral, a função é restabelecida parcialmente nos primeiros dias e ocorre melhora gradual em até 1 ano. (Tabela da MSD Manuals) DIAGNÓSTICO • Avaliação clínica primária • Imagens neurológicas e teste de glicose à beira do leito • Avaliação para identificar a causa • Sugere-se o diagnóstico do acidente vascular isquêmico por déficits neurológicos súbitos atribuídos a um território arterial específico. • Cefaleia, coma ou estupor e vômito geralmente ocorrem com hemorragia. • Embora o diagnóstico seja clínico, a neuroimagem e o teste simples para glicose são obrigatórios. • Inicialmente, realiza-se a TC para excluir hemorragia intracerebral, hematoma subdural ou epidural e um tumor de crescimento rápido, hemorrágico ou repentinamente sintomático. • A evidência na TC, mesmo de um grande AVC isquêmico na circulação anterior durante as primeiras horas, pode ser sutil e incluir a extinção de sulcos ou da faixa cortical insular, perda do limite branco-cinza entre o córtex e a substância branca e um sinal denso da artéria cerebral média. • Depois de 6 a 12 horas da isquemia, infartos de tamanho médio a grande começam a ser visíveis como hipodensidades; pequenos infartos (p. ex., infartos lacunares) podem ser visíveis na RM. • A RM com técnica ponderada de difusão (altamente sensível para isquemia inicial) e a ARM (para descartar estenose arterial) podem ser realizadas imediatamente após neuroimagem por TC. “Um grande infarto hiperdenso é visto na área do cérebro suprida pela artéria cerebral média.” (msd manuals) • Deve-se avaliar nos pacientes as seguintes categorias das causas e dos fatores de risco: – Cardíaca (ex: fibrilação atrial, potenciais fontes estruturais dos êmbolos) – Vascular (ex: estenose arterial crítica) – Sangue (ex.: hipercoagulabilidade) PROGNÓSTICO • Em geral, a gravidade e a progressão do AVC são avaliadas pelo uso de medidas padronizadas como a escala de AVC do National Institutes of Health (NIH); a classificação nessa escala está correlacionado com a extensão da deficiência funcional e o prognóstico. • A idade avançada, acometimento da consciência, a afasia e os sinais do tronco encefálico sugerem um prognóstico desfavorável. • A melhora precoce e a idade jovem sugerem um prognóstico favorável. • Cerca de 50% dos pacientes com hemiplegia moderada ou grave e a maioria com déficits mais brandos podem cuidar de suas próprias necessidades básicas, possuem uma percepção sensorial definida e, com o tempo, podem caminhar de modo adequado. • A recuperação neurológica completa ocorre em cerca de 10% dos pacientes. • O uso do membro afetado pode ser limitado e a maioria dos déficits que permanecem após 12 meses é permanente. • Pacientes que tiveram AVE têm alto risco de novos AVE e cada um tende a piorar a função neurológica. • Cerca de 25% dos pacientes que se recuperam de um primeiro AVE têm outro AVE em 5 anos. • Depois de um AVE isquêmico, cerca de 20% dos pacientes morrem no hospital; a taxa de mortalidade aumenta com a idade. TRATAMENTO • Tratamento geral • Tratamento anti-hipertensivo agudo apenas em certas circunstâncias • Terapia antiplaquetária • Para o tratamento do quadro agudo, às vezes reperfusão com ativador de plasminogênio tecidual recombinante (IV ou trombólise in situ) e/ou trombectomia mecânica • Algumas vezes anticoagulação • Controle dos fatores de risco a longo prazo • Algumas vezes endarterectomia ou implante de stent da carótida ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO HEMORRÁGICO • AVE hemorrágico dá-se quando os vasos se rompem, causando exteriorização de sangue no interior ou ao redor do encéfalo; Provoca inchaço na região onde houve o sangramento; • Causado por aneurisma ou trauma dentro das áreas extravasculares do cérebro. • Fatores que contribuem para a formação de um aneurisma: Defeitos de desenvolvimento que causam fraqueza na parede do vaso sanguíneo. • Representam aproximadamente 10% dos AVEs e tendem a ocorrer mais cedo que os infartos. • São mais frequentes que a hemorragia subaracnóidea e mais agressivos que o infarto cerebral. • Alguns dados apontam mortalidade entre 30% e 50% no primeiro mês, metade das mortes ocorrendo nos primeiros 2 dias. • Principais fatores de risco: – Hipertensão arterial – Aumento da idade ANEURISMA CEREBRAL: AVE por ruptura de um aneurisma cerebral é um dos tipos graves de AVC hemorrágico, e ocorre quando oaneurisma intracraniano rompe, extravasando sangue dentro do cérebro. • O aneurisma cerebral é uma dilatação localizada de uma pequena porção de uma artéria intracraniana. • A importância e o perigo de se ter um aneurisma cerebral é possibilidade deste se romper e causar um Acidente Vascular Cerebral (AVC) do tipo hemorrágico, com sangramento intracraniano nos espaços entre o cérebro e as membranas que o revestem, chamadas meninges. SINTOMAS • A maioria dos aneurismas cerebrais só dão sintomas quando rompem, e causam o sangramento intracraniano. • O principal sintoma da ruptura de um aneurisma cerebral é a dor de cabeça muito forte, e sempre súbita, geralmente descrita pelos pacientes como “a pior dor de cabeça da vida”, ocorrendo muito intensa de um minuto para o outro, muitas vezes associada a uma sensação de mal-estar, suores frios, náuseas e vômitos, ou até desmaio na hora da dor (hora exata da ruptura do aneurisma). • Muitas vezes a dor é tão forte ou o sangramento é tão grande que a pessoa simplesmente desmaia e entra imediatamente em coma, na exata hora da ruptura do aneurisma. • Menos comum: Pode haver alguma paralisia focal, de um lado do corpo, convulsões, alteração da visão, queda de uma das pálpebras (sem conseguir abri-la espontaneamente); FATORES DE RISCO • Os principais são: – Idade mais avançada – Hereditariedade – Tabagismo – Hipertensão arterial (sobretudo se não controlada) – Histórico de doença renal policística – Uso excessivo de álcool – Uso de cocaína – Presença de aterosclerose • Pessoas com histórico familiar de aneurisma cerebral, sobretudo parentes de primeiro grau, podem ter maior predisposição, bem como algumas doenças do colágeno, ou quem tem malformações arteriovenosas em outros lugares, e doença policística dos rins. • É bem estabelecida a relação entre o tabagismo e a ruptura de aneurismas cerebrais. Esta associação pode ser fatal. • Dos fatores de risco ditos que podem ser mudados, sem dúvida o tabagismo é um dos mais fortes deles. SINAIS E SINTOMAS AVEH: • Sempre começa de forma súbita e sem avisar, e é muito frequente haver dor de cabeça intensa, ou mal súbito, com convulsões ou até mesmo desmaio e coma na hora do sangramento intracraniano. • Dor de cabeça: Este é um dos sintomas mais comuns no AVCh, principalmente no provocado por ruptura de aneurismas cerebrais – São dores fortes e diferentes do que o indivíduo já sentiu. • Desvio da boca para um lado do rosto: Geralmente a pessoa ou o seu familiar percebe esta alteração no rosto do indivíduo, e a própria vítima do AVC percebe a fala diferente, mais enrolada, ou até mesmo saída de saliva pelo lado mais fraco. – Quando alguém pede para a vítima mostrar os dentes ou sorrir, a paralisia do rosto fica mais evidente. • Paralisia de um lado do corpo ou do rosto: Pode se desenvolver subitamente, atingindo em maior ou menor grau o braço, ou perna, ou o lado todo do rosto e corpo. – A pessoa percebe fraqueza, moleza nos membros afetados, com ou sem alteração da sensibilidade junto da fraqueza. • Dificuldade para andar: Tontura súbita, desequilíbrio, sensação de vertigem, e dificuldade para ficar de pé e manter o andar corretamente. • Alteração da fala e da compreensão da linguagem: Dificuldade para emitir ou completar frases, ter a fala enrolada, dificuldade para nomear objetos, para sairem as palavras corretamente, e até mesmo para entender o que está sendo conversado. • Sonolência inexplicável: Se não houver um déficit neurológico muito visível, mas apenas muito sono, estados de coma, isso pode ser devido a um AVCH. TIPOS DE AVE HEMORRÁGICO • Lembrando: No AVEH ocorre um extravasamento de sangue dentro do cérebro. • Hematoma intracerebral: Neste tipo de AVC hemorrágico, o sangramento acontece dentro do tecido cerebral, levando a condições de maior pressão dentro do cérebro e edema / inchaço das estruturas locais. – Estes mecanismos levam à lesão neurológica. – A causa mais comum dos hematomas intracranianos é por picos de hipertensão arterial não-controlada (quando a pessoa tem pressão alta que não é controlada); outras causas menos comuns são sangramentos por uso de medicações, por malformações arteriovenosas e outras causas. • Hemorragia subaracnoidea: Este tipo é mais comumente relacionado ao vazamento de sangue intracerebral devido a ruptura de um aneurisma intracraniano. – O sintoma mais frequente é a cefaleia súbita muito intensa, que costuma dar mal-estar e bastante dor, às vezes com desmaios na hora da dor. – A dor súbita deste tipo de AVC é exatamente a hora em que ocorre a ruptura do aneurisma. ETIOLOGIA • F atores de risco modificáveis: – Obesidade – Sedentarismo – Uso de drogas como cocaína e metanfetaminas – Hipertensão arterial (Principal fator de risco) ** Cada redução em 5 mmHg da PA sistólica (número maior que o índice da PA) reduz cerca de 25% o risco de ter um AVE; Logo, se você costuma ter PA de 14/90mmHg, e seu médico ajustar os seus remédios da pressão para manter em 135mmHg de PA máxima, teoricamente está reduzindo seu risco de um AVE em 25% – Tabagismo (ativo ou passivo) este problema é altamente relacionado ao – AVEH – Diabetes – Síndrome da apneia do sono • F atores de risco não modificáveis: – História familiar de AVCh ou aneurismas cerebrais; – Idade: maiores de 55 anos; quanto maior a idade, maior o risco de ter AVC, isquêmico ou hemorrágico; – Etnia: algumas raças em especial são mais propensas a ter AVCh (hispânicos, afro-descendentes, raça negra); – Sexo: sabe-se que os homens possuem risco maior do que mulheres. DIAGNÓSTICO • TC de crânio: Principal exame na fase mais aguda (primeiras horas) do AVCh. – Ele é o único que pode diferenciar se estamos diante de um AVC isquêmico ou hemorrágico, e avaliar o tamanho e local do sangramento, ou a necessidade de cirurgia de urgência. • Exame físico: Avaliar os déficits neurológicos (paralisias) presentes, nível de glicemia, níveis de pressão arterial, temperatura, entre outros. • Exames de sangue: Na entrada do hospital, os principais são os exames de glicemia (açúcar) no sangue e testes de coagulação. • Ressonância Nuclear Magnética do crânio: Trata-se de um exame mais sensível e apurado do que a Tomografia, que analisa e dá a extensão e locais exatos de onde ocorreu o AVC. • Angiografia dos vasos cerebrais e do pescoço: Este exame é muito importante para verificar se há aneurismas ou mal formações dos vasos. – Podem ser feitas pelos métodos de angiotomografia, angioressonância ou pelo convencional (mais invasivo), a arteriografia cerebral digital. • Ecocardiograma: Este é um ultrassom do coração, que avalia se as cavidades cardíacas estão normais ou apresentam alteração. TRATAMENTO • Na emergência, ou seja, nos primeiros minutos e horas de um AVC, o certo é correr ao hospital, entrar pela emergência e logo, em pelo menos 20-30 minutos da entrada do hospital, já ter feito a tomografia de crânio. • Constatando-se ser um AVCh, a maioria dos pacientes nesta fase está com a pressão arterial muito alta, em níveis de 180 ou até acima de 200mmHg de pressão sistólica (o valor mais alto de uma pressão). • As diretrizes mais novas recomendam que esta pressão arterial elevada seja pronta e urgentemente tratada, abaixada para níveis abaixo de 140-90 mmHg. • Portanto, a terapia correta nas primeiras horas e dias do AVCh é dar remédios na veia para baixar a pressão arterial, se a pressão estiver acima de 140/90mmHg. • O alvo de PA atualmente para a fase aguda, ou seja, para as primeiras horas e dias de tratamento de um AVC hemorrágico, é manter a pressão menor de 140/90 mmHg. • Deve-se definir o motivo do sangramento(PA elevada, aneurisma) para assim, escolher o melhor tratamento • Se o sangramento ocorrido for muito grande, e o paciente estiver sonolento, piorando, ou já estiver em coma, poderá ser indicada uma neurocirurgia paraa retirada ou esvaziamento do hematoma. • Nos pacientes com sonolência excessiva ou coma, é sempre prudente proteger a deglutição, o que muitas vezes só se consegue passando uma sonda nasal para o paciente se alimentar. • Nos casos em que não é necessária a neurocirurgia, a conduta é apenas abaixar a pressão arterial, monitorar em UTI e com tomografias, e esperar a absorção do sangue que extravasou, porque a hemorragia costuma ceder. FISIOTERAPIA • Objetivos gerais: – Realizar uma avaliação minuciosa e individualizada; – Reduzir o tempo de internação; – Minimizar os efeitos deletérios do repouso prolongado no leito; – Aumentar a capacidade funcional, visando quando possível maximizar as respostas motoras, sensoriais e autonômicas; – Discutir condutas com equipe multiprofissional. • Objetivos Específicos: – Avaliar nível de consciência; – Manter volumes e capacidades pulmonares; – Manter vias aéreas pérvias; – Avaliar sinais de desconforto respiratório, hiperventilação, ritmo respiratório irregular ou padrões respiratórios anormais; – Manter oxigenação adequada, com uma Saturação Periférica de Oxigênio (SpO2) > ou = 90%; – Auxiliar a intubação orotraqueal (IOT) e adequar os parâmetros ventilatórios; – Evitar complicações da ventilação mecânica (VM) e diminuir o tempo de intubação; – Melhorar endurance e força dos músculos respiratórios; – Minimizar os riscos de trombose venosa profunda; – Observar presença de assimetrias, encurtamentos, déficits e posturas de decorticação e descerebração; – Controlar temporariamente o tônus muscular por meio de técnicas facilitatórias e/ou inibitórias; – Melhorar e/ou manter Amplitude de Movimento (ADM); – Melhorar e/ou manter a função motora. – Prevenir deformidades e contraturas; – Promover posicionamento adequado no leito; – Estimular controle sensório-motor de acordo com níveis cognitivos. • Formas de tratamento: – Cinesioterapia; – Fisioterapia respiratória; – Eletroterapia; – Hidroterapia; – Acupuntura. esclerose lateral amiotrofica INTRODUÇÃO • A esclerose lateral amiotrófica caracteriza-se por degeneração contínua, inexorável e progressiva dos tratos corticoespinhais, das células dos cornos anteriores, dos núcleos motores bulbares ou uma combinação. • A gravidade dos sintomas varia e pode incluir fraqueza e atrofia muscular, fasciculações, labilidade emocional e fraqueza dos músculos respiratórios. • A esclerose lateral amiotrófica (ELA) é a doença do neurônio motor (DNM) mais comum. • DNMs podem envolver o SNC, assim como o SNP. • Em geral, a etiologia é desconhecida. • A nomenclatura e os sintomas variam de acordo com a parte mais afetada do sistema motor. • A ELA causa paralisia progressiva em praticamente todos os músculos esqueléticos, comprometendo a motricidade dos membros, a fala, a deglutição e até mesmo, a respiração, é de natureza fatal. • Os pacientes frequentemente vivem de 3 a cinco anos após o início dos sintomas. • Não há, em geral, qualquer comprometimento da consciência e da inteligência. SINTOMAS • Fraqueza ou cãibra muscular nos membros; • Contrações musculares espontâneas (fasciculações) no corpo; • Enrijecimento dos membros; • Fala comprometida; • Dificuldade para deglutir. • A maioria dos pacientes com ELA apresenta sintomas aleatórios assimétricos, consistindo em cãibras, fraqueza e atrofia muscular nas mãos (mais comum) ou nos pés. • A fraqueza progride para os antebraços, ombros e membros inferiores. • Fasciculações, espasticidade, reflexos tendinosos profundos hiperativos, reflexos extensores plantares, atitude desajeitada, rigidez do movimento, perda ponderal, fadiga e dificuldade em controlar a expressão facial ou os movimentos da língua ocorrem logo a seguir. • Outros sintomas incluem: rouquidão, disfagia e fala arrastada; como é difícil engolir, a salivação parece aumentar e os pacientes tendem a se engasgar com líquidos. • Na fase tardia da doença ocorrem excessos de risos ou choro inapropriados, involuntários e incontroláveis. Sistemas sensoriais, consciência, cognição, movimentos oculares voluntários, função sexual, esfíncteres urinários e anais geralmente são poupados. • A morte em geral é causada por insuficiência dos músculos respiratórios; 50% dos pacientes morrem dentro de 3 anos do início, 20% vivem 5 anos e 10% vivem 10 anos. A sobrevida > 30 anos é rara. Na paralisia bulbar progressiva com ELA (variante bulbar da ELA), a degeneração e morte ocorrem mais rapidamente. CLASSIFICAÇÃO E QUADRO CLÍNICO • Dois tipos de neurônios motores são afetados na ELA: – Neurônios Motores Superiores (NMS), ou primeiro neurônio (células de Betz), os quais estão localizados na área motora no cérebro (giro pré- central); – Neurônios Motores Inferiores (NMI), ou segundo neurônio, que estão localizados no tronco cerebral e na porção anterior da medula espinhal. LEMBRANDO – Os NMS regulam a atividade dos NMI, através do envio de mensagens químicas (neurotransmissores). – A ativação dos NMI permite a contração dos músculos voluntários do corpo. – Os NMI no tronco cerebral ativam músculos da face, boca, garganta e língua. – Os NMI na medula espinhal ativam todos os outros músculos voluntários do corpo, tais como aqueles dos membros (superiores e inferiores), tronco, pescoço, bem como do diafragma. • O diagnóstico clínico é baseado nos sítios topográficos iniciais de comprometimento no sistema nervoso (neurônios motores superiores, neurônios motores no tronco cerebral, e neurônios motores espinhais). • O comprometimento de cada um dos sítios topográficos é caracterizado pela presença de sinais e sintomas característicos: • Disfunção do Neurônio Motor Superior: – Fraqueza – Reflexos tendíneos vivos – Presença de reflexos anormais (sinal de Babinski e outros) • Disfunção do Neurônio Motor Inferior: – Fraqueza – Fasciculações – Atrofia – Atonia • Disfunções dos Neurônios Motores do Tronco Cerebral: – Disfagia – Disartria ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA (ELA) • A ELA se caracteriza por paralisia progressiva marcada por sinais de comprometimento do NMS (clônus e sinal de Babinski) e do NMI (atrofia e fasciculações). • É a forma mais comum das doenças do neurônio motor e, por isso, frequentemente, o termo ELA é utilizado indistintamente para as outras formas de DNM. • O envolvimento predominante é da musculatura dos membros (membros superiores mais que os inferiores), seguindo-se comprometimento bulbar, geralmente de caráter assimétrico. • Muitas vezes, precedendo ou seguindo-se a instalação dos sintomas, os pacientes queixam-se de cãibras. • Fraqueza, atrofia e fasciculações nos membros são os sinais clínicos mais proeminentes. • Mais tarde, são afetadas as funções vocais e respiratórias. • Os nervos cranianos, que controlam a visão e os movimentos oculares, e os seguimentos sacros inferiores da medula espinhal, que controlam os esfíncteres, não são usualmente afetados. FUNÇÕES NÃO COMPROMETIDAS • As capacidades mentais e psíquicas permanecem, frequentemente, inalteradas. • A ELA não afeta as funções corticais superiores como a inteligência, juízo, memória e os órgãos dos sentidos. • Em geral, as funções autonômicas permanecem intactas. – Estas incluem: função cardíaca, digestão, micção, defecação, manutenção de pressão sanguínea e temperatura. – Os sentidos, incluindo-se tato, audição, visão e olfato permanecem intactos. – Percepção à dor permanece normal. – Função sexual geralmente permanece normal. – Controle fecal e urinário, frequentemente, permanecem intactos, mesmo em estados avançados da doença, embora constipação possa ocorrer devido a fraqueza da musculatura da parede abdominal e imobilidade nos estágios mais tardios da doença. – Os músculos que movem os olhos, frequentemente, permanecem não afetados. ETIOLOGIA • A causa para a Esclerose Lateral Amiotrófica não étotalmente esclarecida. • A doença relaciona-se com a presença de algum fator genético e a sua expressão clínica estaria relacionada com a exposição deste indivíduo, marcado geneticamente, a algum fator, ou fatores, que funcionariam como gatilho para o desencadeamento do processo de degeneração do motoneurônio. • Dentre os gatilhos destacam-se: processo inflamatório; exposição a agentes tóxicos (endógenos do próprio indivíduo; ou exógenos produtos do meio – – ambiente, por exemplo exposição ao BMAA); atividade física. CLASSIFICAÇÃO ELA ESPORÁDICA– • São desconhecidas as causas para a ELA. • Conclusivamente, nenhum fator isoladamente encontra-se fortemente associado à ELA. • Quando extrapolado para o geral dos pacientes com a doença, a proporção de casos que poderiam ser atribuídos para qualquer um destes fatores é muito pequeno. • Aproximadamente 90% dos casos de ELA são esporádicos, ou seja, não se observa recorrência familiar da doença ELA FAMILIAR– • Ao redor de 5% a 10% de todos os casos de ELA pertencem a este tipo. • Apesar de assemelhar-se à ELA esporádica, esta forma tem uma causa genética. • A média de idade do início é de 10 a 15 anos mais cedo do que para a ELA esporádica e, ainda, pode ter um início juvenil ou adulto jovem. • Aproximadamente cerca de 10% dos pacientes com a forma adulta da ELA familiar sofrem de uma mutação no gene da enzima de cobre/zinco superóxido desmutase (SOD1) no cromossomo 21. ELA COM MUTAÇÃO NO GENE VAPB (ELA TIPO 8)– • Descrita no Brasil, caracteriza-se clinicamente por início dos sintomas entre 25-40 anos, com progressão variável. • Mutação no gene da vesícula associada à membrana da proteína associada a proteína B (VAPB), mapeada na região 20q 13.31, tem sido implicada como fator causal. DIAGNÓSTICO • Exames eletrodiagnósticos • RM cerebral e, se não houver envolvimento de nervos cranianos, da coluna cervical • Exames laboratoriais para avaliar outras causas tratáveis • O diagnóstico das doenças neuronais motoras é sugerido pela fraqueza motora progressiva, generalizada, sem anomalias sensoriais relevantes. EXAMES • Testes Eletrodiagnósticos: Devem ser realizados para verificar evidências de doenças de transmissão neuromuscular e desmielinização. • RM Cerebral: A RM da coluna cervical é indicada para excluir lesões estruturais, quando não houver evidência clínica na EMG de fraqueza dos nervos cranianos. • Testes Laboratoriais: São realizados para identificar causas tratáveis. Esses exames incluem hemograma completo, eletrólitos, creatinina quinase e exames de função tireóidea. EPIDEMIOLOGIA • Embora, ELA / DNM seja considerada uma doença de incidência rara, cerca de 1 caso para 100 000 pessoas/ano, ela representa um grande impacto pessoal e socioeconômico para o indivíduo e para a sociedade. • Sob uma forma mais geral, no estudo da ELA verifica-se que o sexo masculino é mais comprometido que o feminino em uma proporção de 2:1 e os brancos são mais afetados que os negros, com média de idade do início aos 57 anos, um pouco mais precoce nos homens. • Cerca de 4% a 6% dos casos afetados são pessoas com menos de 40 anos. • A forma esporádica é a forma mais comum desta doença, contabilizando cerca de 90% dos casos totais no mundo todo. • A média de sobrevivência dos pacientes após o início dos sintomas é de 3 a 5 anos. TRATAMENTO • A base do tratamento para pacientes com ELA é a intervenção no momento oportuno para controlar os sintomas. • A abordagem com equipe multiprofissional auxilia o paciente a enfrentar a incapacidade neurológica progressiva. • Nenhum fármaco oferece benefício clínico substancial para os pacientes com ELA. • Entretanto, o riluzol pode proporcionar melhoria limitada da sobrevida (2 a 3 meses) e a edaravona pode retardar o declínio da função até certo ponto. • O tratamento para um paciente com ELA deve seguir princípios básicos: – Paciente bem informado, trata-se melhor; – Respeito à autonomia do paciente; – Disponibilização de equipe multidisciplinar; – Atenção ao tempo apropriado para decisões especiais; – Manutenção da esperança. • O tratamento inicia-se precocemente, já no momento do diagnóstico. • Há evidências crescentes que intervenção precoce pode melhorar e prolongar a vida. REABILITAÇÃO • O tratamento de pacientes com ELA requer o cuidado especial de uma equipe multidisciplinar, com reavaliações contínuas. • A combinação de farmacoterapia à outras intervenções terapêuticas pode aumentar a sobrevida, aumentar a força muscular e melhorar a habilidade para realizar as atividades de vida diária. FISIOTERAPIA • O tratamento de pacientes com ELA é complexo e tem mudado consideravelmente nos últimos anos. • Embora esta condição seja incurável, uma abordagem multidisciplinar pode melhorar a qualidade de vida e aumentar a sobrevivência dos indivíduos acometidos. • A Fisioterapia tem um papel importante no tratamento de pacientes com ELA. • Muitos problemas que surgem com a progressão da doença podem ser tratados utilizando-se métodos e técnicas fisioterapêuticas. EDUCAÇÃO AO PACIENTE – A educação ao paciente, seus familiares e cuidadores é fundamental no manejo da ELA. – Muitos problemas podem ser evitados ou diminuídos quando pacientes e pessoas envolvidas em seu cuidado recebem orientações acerca do diagnóstico, progressão da doença e assuntos relacionados à qualidade de vida. – Os objetivos do tratamento fisioterapêutico devem ser tratados de maneira clara, e a escolha dos métodos e técnicas deve, sempre que possível, ser discutida com o paciente ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA E POSICIONAMENTO – Durante as atividades de vida diária, alguns cuidados são importantes, principalmente com a progressão da doença. – Para evitar quedas e facilitar as transferências, modificações no ambiente se tornam fundamentais, tanto para o paciente quanto para os cuidadores, e incluem: dispositivos que auxiliam na movimentação do paciente, remoção de pequenos tapetes, realocação de móveis, instalação de barras de apoio e superfícies antideslizantes O uso de cadeira de rodas, quando indicado, prov– ê mobilidade e previne complicações. Posicionamento apropriado no leito – é essencial para prevenir contraturas e úlceras de pressão. – O uso de cunhas e almofadas pode ajudar na melhora da postura e prover alívio na pressão sobre algumas partes do corpo EXERCÍCIOS RESISTIDOS – Exercícios resistidos restauram, melhoram ou mantêm a força, a potência e a resistência muscular. EXERCÍCIOS AERÓBICOS Exerc– ícios aeróbicos têm sido amplamente estimulados para manter a aptidão cardiorrespiratória e melhorar diversas outras funções corporais em indivíduos saudáveis e doentes. ALONGAMENTOS Alongamento e mobiliza– ção são termos gerais que descrevem manobras com o objetivo de aumentar a extensibilidade dos tecidos moles. – Em pacientes com ELA, é comum o aparecimento de alterações musculoesqueléticas, tais como: encurtamento muscular, contraturas e má postura. – Isso ocorre, principalmente, devido à perda progressiva da força muscular e desequilíbrio entre os grupos musculares agonistas e antagonistas. – Alongamentos, ou exercícios que melhoram a flexibilidade, podem manter a extensibilidade dos músculos e tecidos moles e prevenir estas alterações. MOBILIZAÇÃO ARTICULAR Movimento – é essencial para a saúde articular. – A perda progressiva da força muscular que ocorre na ELA e, por conseguinte, a perda da capacidade do indivíduo de movimentar-se leva a alterações articulares e dor. – Em pacientes com ELA, mobilização articular passiva regular é importante para a manutenção da mobilidade articular e independência funcional, contanto que possível. SUPORTE RESPIRATÓRIO Insufici– ência respiratória é a principal causa de morte em pacientes com ELA e ocorre devido à falência dos músculos respiratórios. – O diagnóstico e manejo dainsuficiência respiratória são fundamentais para melhorar a qualidade de vida e prolongar a sobrevivência destes pacientes; Comumente, hipoventila– ção noturna é o primeiro sinal de disfunção respiratória. – Contudo, com a progressão da doença, outros sinais e sintomas aparecem, tais como: dispneia, distúrbios do sono, sonolência diária excessiva, uso de musculatura acessória, movimento paradoxal do abdome e diminuição dos movimentos do tórax A avalia– ção da função respiratória em intervalos regulares é essencial para identificar disfunções respiratórias e inclui: espirometria, gasometria, manovacuometria e oximetria O manejo da insufici– ência respiratória em pacientes com ELA inclui suporte ventilatório, o qual pode ser invasivo ou não invasivo, e abordagens farmacológicas. – A assistência ventilatória é comumente proporcionada por Ventilação Não Invasiva (VNI) através de um dispositivo de BiPAP.
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