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AULA 2 - HISTÓRICO DA PSICOLOGIA HOSPITALAR NO BRASIL E REGULAMENTAÇÃO ESPECIALIDADE

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HISTÓRICO DA 
PSICOLOGIA HOSPITALAR 
NO BRASIL
Profa. Mestra Ana Carolina Peck
Psicanalista – CPPA/Psicóloga CRP: 10/04906
Especialista em Psicologia da Saúde e Hospitalar - IEPS
Mestra em Psicologia - UFPA
INTRODUÇÃO
• Uma trajetória teórica e de atuação fez com que a Psicologia fosse se aproximando cada vez mais
de uma visão que abrange, mas não se limita, ao consultório e ao laboratório, onde nasceu.
• A contemporaneidade abriu perspectivas e desafios para a inserção dos saberes e práticas
psicológicas junto a diversos espaços, notadamente institucionais.
• A presença efetiva e especializada da Psicologia se deu fundamentalmente como base da
preservação da singularidade das pessoas no âmbito hospitalar.
• No entanto, a forma como ocorreu partiu da transposição das intervenções do consultório privado
para o hospital.
INTRODUÇÃO
• O termo Psicologia Hospitalar surgiu e se consolidou em nosso país por influência do
modelo hospitalocêntrico, vigente desde a década de 40, no qual o hospital é colocado
como o símbolo máximo de atendimento em saúde, ideia que, de alguma maneira, persiste
até hoje.
• A Psicologia, ao ser inserida no hospital, reviu seus próprios postulados adquirindo
conceitos e questionamentos que fizeram dela um novo escoramento na busca da
compreensão da existência humana.
INTRODUÇÃO
• Foi somente com o transcorrer do tempo e a gradativa ampliação da inserção dos
psicólogos nas instituições hospitalares, que se foi percebendo a construção das
especificidades da atuação psicológica nesse ambiente, tanto em nível teórico quanto
técnico.
• Na medida em que foi sendo inserida no atendimento hospitalar, a Psicologia foi, de um
lado, construindo compreensões teóricas e metodologias de intervenção para a realidade
hospitalar como um todo, e de outra parte, identificando as especificidades de cada espaço
da instituição e das especialidades médicas.
UMA BREVE CONTEXTUALIZAÇÃO
1954 – Mathilde
Neder
1974 – Belkiss
Romano 
Lamosa
1977 – Maria 
Cerci
1978 - Marisa 
Decat Moura
• Mathilde Neder, em 1954, início na Clínica Ortopédica e Traumatológica da USP, hoje
Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital de Clínicas, da Faculdade de Medicina da USP.
• Em 1974, Belkiss Romano Lamosa - organiza o Serviço de Psicologia do Instituto do Coração
do Hospital de Clínicas, também na Faculdade de Medicina da USP.
• 1977, Maria Mercedes Cerci - Tocoginecologia do Hospital de Clínicas da UFPR.
• No Rio de Janeiro, já em 1978, mais de uma dezena de hospitais contavam com atividades de
psicólogos, muitos por cumprimento da necessidade de campo de estágio.
• Também em 1978, Marisa Decat de Moura, psicanalista, iniciou a construção de um trabalho no
Hospital Mater Dei, de Belo Horizonte.
UMA BREVE CONTEXTUALIZAÇÃO
• No Brasil, os primeiros serviços ligados à área da saúde mental aconteceram na
década de 30 e sempre estiveram junto aos hospitais psiquiátricos.
• Apresentando como propostas alternativas à internação psiquiátrica, e o psicólogo
junto à Psiquiatria inaugura seus trabalhos profissionais na instituição de
saúde com enfoque clínico.
• A inserção do psicólogo em hospitais gerais começa pouco mais tarde, na década de
50.
• Mathilde Neder é a pioneira instalando um Serviço de Psicologia Hospitalar no
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
• O que ela fez foi uma adaptação técnica de seu instrumental clínico teórico junto à
realidade institucional.
• Foi a partir da década de 80 que a área da saúde passou a constituir-se em mais uma
possibilidade de absorção profissional, mas, nesse espaço, o psicólogo ainda
ocupava um papel secundário.
• No mesmo período a saúde pública brasileira foi questionada pela reforma sanitária.
• A partir disso, observou-se, que a abertura de novos espaços e práticas profissionais
se fazia necessária, uma vez que os hospitais gerais pouco absorviam esse
profissional.
ALGUNS FATOS MARCANTES PARA O 
CRESCIMENTO DA ÁREA
1976 – Primeiro curso de 
Psicologia Hospitalar do 
Brasil
1979 – Trabalho junto a 
pacientes terminais, criado 
por Regina D’Aquino, em 
Brasília
1981 – Primeiro curso de Especialização 
em Psicologia Hospitalar no Instituto 
Sedes Sapientiae de São Paulo
1983 - I Encontro 
Nacional de Psicólogos 
da Área Hospitalar 
ALGUNS FATOS MARCANTES PARA O 
CRESCIMENTO DA ÁREA
• 1976 – Primeiro curso de Psicologia Hospitalar do Brasil, coordenado por Bellkiss Wilma Romano no Instituto
do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
• 1979 – Trabalho junto a pacientes terminais, criado por Regina D’Aquino, em Brasília, tornando-se um dos
grandes marcos da atuação frente à morte e suas implicações.
• 1981 – Primeiro curso de Especialização em Psicologia Hospitalar no Instituto Sedes Sapientiae de São Paulo,
sob a responsabilidade de Valdemar Augusto Angerami-Camon.
• 1983 – Um fato também importante na historia dessa nova área foi a realização do I Encontro Nacional de
Psicólogos da Área Hospitalar sob responsabilidade geral de Bellkiss Lamosa, esse foi promovido pelo Serviço
de Psicologia do Hospital das Clínicas e do Instituto do Coração da USP.
• A partir da mobilização política nacional e dessas Conferências, um conjunto de ações
específicas foi implementado pelo governo brasileiro desde a década de 70.
• Uma dessas ações foi a criação da rede de assistência interligada, composta por unidades
básicas de saúde, ambulatórios e hospitais gerais e especializados, mais tarde tivemos
também a criação e implantação de um novo modelo de atenção à saúde denominado de
Sistema Único de Saúde (SUS).
• Essas mudanças no cenário da saúde pública brasileira culminaram com a ampliação da
inserção do psicólogo junto à rede de assistência básica à saúde e o fortalecimento do
trabalho do psicólogo na área da saúde mental.
• 1997 – tivemos a fundação da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar (SBPH), que
vem fortalecendo a área no cenário brasileiro.
• Esta foi criada com o objetivo de ampliar o campo de conhecimento científico e promover
cada vez mais o profissional que se dedica a este campo, através de realização de
congressos, incentivo à pesquisas, para possibilitar a circulação do poder e dos saberes
entre os profissionais.
• O CFP reconheceu a Psicologia Hospitalar como uma especialidade apenas no ano de
2000 quando criou-se normas para a regulamentação dos programas de Residência em
Psicologia no país (Resolução CFP Nº 015/2007).
TÍTULO DE ESPECIALISTA 
EM PSICOLOGIA 
HOSPITALAR
LEGISLAÇÃO:
REGULAMENTAÇÃO
Resolução do CFP que dispõe sobre a especialidade
Resolução n° 02/2001
Definição das especialidades a serem concedidas pelo Conselho Federal de Psicologia, para efeito de
concessão e registro do título profissional de especialista em Psicologia, neste caso, Hospitalar.
• Atua em instituições de saúde, participando da prestação de serviços de nível secundário ou terciário da
atenção à saúde.
• Atua também em instituições de ensino superior e/ou centros de estudo e de pesquisa, visando o
aperfeiçoamento ou a especialização de profissionais em sua área de competência, ou a complementação da
formação de outros profissionais de saúde de nível médio ou superior, incluindo pós-graduação lato e stricto
sensu.
Resolução do CFP que dispõe sobre a especialidade
• Atende a pacientes, familiares e/ou responsáveis pelo paciente; membros da comunidade
dentro de sua área de atuação; membros da equipe multiprofissional e eventualmente
administrativa.
• Visando o bem estar físico e emocional do paciente; e, alunos e pesquisadores, quando
estes estejam atuando em pesquisa e assistência.
• Oferece e desenvolve atividades em diferentes níveis de tratamento.
• Sua principal tarefa é a avaliação e acompanhamento de intercorrências psíquicas dos
pacientes que estão ou serão submetidos a procedimentos médicos.
Resolução do CFP que dispõe sobre a especialidade
• Visando basicamente a promoçãoe/ou a recuperação da saúde física e mental.
• Além disso, promove intervenções direcionadas à relação:
✓ médico/paciente;
✓ paciente/família;
✓ paciente/paciente
✓ paciente em relação ao processo do adoecer, hospitalização e repercussões emocionais
que emergem neste processo.
• O acompanhamento pode ser dirigido a pacientes em atendimento clínico ou cirúrgico, nas
diferentes especialidades médicas.
Resolução do CFP que dispõe sobre a especialidade
• No trabalho com a equipe multidisciplinar, preferencialmente
interdisciplinar, participa de decisões em relação à conduta a ser adotada pela
equipe.
• Com o objetivo de promover apoio e segurança ao paciente e família,
aportando informações pertinentes à sua área de atuação, bem como na forma
de grupo de reflexão, no qual o suporte e manejo estão voltados para
possíveis dificuldades operacionais e/ou subjetivas dos membros da equipe.
Ampliação da atuação na área da saúde –
inclusão da atenção primária
• A especialidade em Psicologia em Saúde foi reconhecida em 2016, pela Resolução 
CFP nº 003/2016 (CFP, 2016). 
Resolução mais atual nº 17, de 19 de 
julho de 2022
• Dispõe acerca de parâmetros para práticas psicológicas em
contextos de atenção básica, secundária e terciária de saúde.
Art. 2º Estão regidos por esta Resolução as psicólogas e os psicólogos
atuantes em todos os estabelecimentos de saúde, públicos e privados,
que exercem a prática psicológica por meio de ações de:
I - promoção, prevenção e educação em saúde; e
II - intervenção e reabilitação nos diversos estágios ontogenéticos e
psicodiagnósticos do processo de saúde-doença, o que inclui os casos
que requeiram cuidados paliativos.
Resolução mais atual nº 17, de 19 de 
julho de 2022
§ 2º A psicóloga e o psicólogo deverão atuar de modo a
promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das
coletividades, fortalecendo o acesso universal e contribuindo
para a eliminação de quaisquer formas de negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão,
conforme Princípio Fundamental II, do Código de Ética
Profissional do Psicólogo.
Resolução mais atual nº 17, de 19 de 
julho de 2022
§ 3º O exercício profissional da psicóloga e do psicólogo deverá
buscar a qualificação do cuidado em saúde, por meio de ações de:
I - apoio, suporte, matriciamento e construção de projetos terapêuticos
singulares junto aos usuários, familiares e demais profissionais de
saúde;
II - compartilhamento de saberes, práticas colaborativas e articulações
intra e intersetoriais;
III - educação permanente, educação popular e comunitária,
preceptoria e formação; e
IV - gestão dos processos de trabalho com demais profissionais de
saúde, estudantes, usuários do SUS e seus familiares.
REFERÊNCIAS
ANGERAMI-CAMON, V. (org.) Psicologia Hospitalar: Teoria e Prática. São Paulo:
Cengage Learning, 2018.
BRUSCATO, W. (Org.). A psicologia na saúde da atenção primária à alta complexidade.
São Paulo: Casa do Psicólogo, 2014.
RESOLUÇÃO CFP Nº 02/2001. Disponível em: <https://site.cfp.org.br/wp-
content/uploads/2006/01/resolucao2001_2.pdf>. Acesso em: 25/01/2019.
RESOLUÇÃO CFP Nº 03/2016. Disponível em: https://site.cfp.org.br/wp-
content/uploads/2016/04/Resolu%C3%A7%C3%A3o-003-2016.pdf. Acesso em: 07/08/2022.
RESOLUÇÃO CFP Nº 17/2022. Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-
/resolucao-n-17-de-19-de-julho-de-2022-418333366. Acesso em: Acesso em: 07/08/2022.

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