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Virologia Vírus são parasitas intracelulares obrigatórios, ou seja, eles necessitam da célula hospedeira para sua multiplicação. Esse fato ainda gera muitas questões sobre os vírus serem ou não seres vivos e por esse motivo, eles não se enquadram em nenhum dos reinos de classificação dos seres vivos. Eles possuem um único material genético, DNA ou RNA, possuem uma cobertura proteica, chamada capsídeo e multiplica-se dentro da célula hospedeira, utilizando a maquinaria de síntese das células. Existem diversos tipos de vírus que infectam humanos, animais e plantas. Em geral, eles são classificados de acordo com o tipo morfológico, com base na forma do seu capsídeo, envolvendo o ácido nucleico. Estrutura Existem nos vírus algumas estruturas básicas, apesar delas terem maneiras diferentes de expressão, e até mesmo a ausência de alguma dessas estruturas básicas, esse conhecimento ajuda a classificar os vírus. Essas estruturas são: • Capsídeo: É a envoltura proteínica do ácido nucleico. • Nucleocápside: É o conjunto da envoltura proteínica com o ácido nucleico encapsulado. • Capsômeros: São unidades morfológicas visíveis a partir de microscópios eletrônicos, sobre a superfície de partículas virais. Os capsômeros são a unidade estrutural dos capsídeos. • Coberta: Membrana de lipídeos que cobre algumas partículas virais. • – Vírion: É a partícula viral completa e a forma infectante dos vírus. Funções dos envoltórios virais (capsídeo e envelope): • Proteger o genoma de danos físicos, químicos ou enzimáticos durante a transmissão entre células e entre hospedeiros. • Reconhecimento e interação com moléculas da superfície das células hospedeiras, denominadas genericamente receptores e correceptores Em relação ao tipo de material genético podemos dividir em dois grandes grupos, são esses: • -Vírus de DNA: como os Parvovírus, Adenovírus e o Herpesvírus; • -Vírus de RNA: como os Retrovírus, Coronavírus e Ortomixovírus. • Viroide: vírus sem capsídeo, com apenas uma molécula de RNA circular. • Virusoide: vírus que para atuarem patogenicamente precisam da atuação de um outro vírus, como o vírus da hepatite D que precisa do vírus da hepatite B. Patogenia Patogenia viral é a infecção do vírus no hóspede produzindo uma certa enfermidade. Dessa maneira, percebe-se que tanto a carga viral no hóspede, quanto o estado imunológico que está relacionado com idade, uso de imunossupressores, entre outras coisas, quanto também a virulência que é a capacidade do vírus de causar uma doença, são fatores que https://www.infoescola.com/biologia/reinos-do-mundo-vivo/ https://www.infoescola.com/biologia/reinos-do-mundo-vivo/ https://www.infoescola.com/biologia/dna/ https://www.infoescola.com/bioquimica/acidos-nucleicos/ influenciam diretamente na patogenia viral. Existem diversas vias de infecção e diversos mecanismos protetores que são fatores importantes para a infecção viral. Os vírus não têm metabolismo próprio. Etapas de uma infecção viral A infecção viral pode ser dividida em algumas etapas Vias de infecção Para que o vírus infecte o hóspede é necessário que ele passe por algumas barreiras naturais, que são as mucosas. Existem vírus que penetram mucosas somente das vias respiratórias, que penetram a pele e mucosas genitais. Essas infecções podem ocorrer ao simples contato direto com tais superfícies, como também podem ocorrer por picada de insetos, compartilhamento de materiais como agulhas, e pelo contato hematológico por meio de feridas expostas, mesmo que sejam apenas arranhões. O genoma dos vírus codifica duas classes principais proteínas: estruturais e não estruturais. • Proteínas estruturais são aquelas que participam da construção e arquitetura da partícula vírica. • Proteínas não estruturais são aquelas produzidas no interior da célula hospedeira durante o ciclo replicativo, mas que não fazem parte da estrutura das partículas virais. São geralmente proteínas com atividades enzimáticas e/ou regulatórias A classificação em variantes e isolados não existe de forma oficial, embora a sua importância seja reconhecida para o diagnóstico, para estudos biológicos e moleculares e também para a produção de vacinas. • isolado (ou amostra) refere-se a um vírus que foi obtido por isolamento de uma determinada fonte de infecção. • Variantes ou mutantes são vírus que diferem do wild- type em alguma característica fenotípica Outra classificação prática, não oficial, é regularmente usada entre os virologistas- critérios epidemiológicos e/ou clínico- patológicos para agrupar os vírus: a) respiratórios: vírus que penetram no hospedeiro por inalação e produzem infecção e doença primariamente no trato respiratório. b) entéricos: vírus que penetram pela via oral e replicam no trato intestinal. c) arbovírus: vírus que replicam e são transmitidos por vetores artrópodos. d) vírus oncogênicos: vírus com potencial para induzir transformação celular e tumores nos hospedeiros. Vias de eliminação ou portas de saída: • Urina/Fezes • Fetos, fluidos e membranas fetais • Colostro e Leite • Sangue/Linfa • Secreções oronasais • Sêmen ou secreções genitais Exsudação cutânea Vias de penetração: • Pele • Mucosa urogenital • Mucosa intestinal • Mucosa orofaríngea • Mucosa respiratória • Mucosa conjuntival Vias de transmissão: • Transmissão vertical: da mãe para o feto/embrião • Transmissão horizontal: por contato direto ou indireto • Vetores: mecânicos ou biológicos • Vetores biológicos : se replicam no vetor • Vetores mecânicos: não há replicação no vetor – carreiam ETAPAS DO CICLO REPLICATIVO DE TODOS OS VÍRUS: 1. Adsorção (Interação entre a partícula viral e a superfície da célula hospedeira) 2. Penetração (Transposição da membrana plasmática :superfície celular (penetração direta) ou interior do citoplasma ( vesículas – endocitose)) 3. Desnudamento (Os componentes do nucleocapsídeo são parcial ou totalmente removidos, resultando na exposição parcial ou completa do genoma viral) 4. Transcrição/tradução Replicação do genoma (Expressão gênica: Asíntese de proteínas virais pela maquinaria celular – transcrição RNA-m - tradução Replicação dos vírus: a síntese de milhares de cópias idênticas ao genoma viral.) 5. Morfogênese (O processo de montagem das partículas víricas que ocorre ao final do ciclo replicativo) 6. Egresso (Os efeitos da replicação viral na célula hospedeira são muito variáveis e vão desde infecções que não provocam alterações até a morte e lise celular = importância na patogenia das doenças víricas.) Tipos de infecções • Infecções persistentes: Durante o período de infecção, o vírus fica disponível no organismo do animal e pode ser excretado de forma contínua • Infecções latentes: esporadicamente a infecção latente pode ser reativada. • Infecções de várias espécies animais: Alguns agentes virais podem infectar mais de uma espécie. Estomatite vesicular Cocal vesiculovírus (COCV) e o Alagoas vesiculovirus (VSAV) PRINCIPAL • Envelopados • Forma de bastão • Vírus RNA • Fita simples • Polaridade negativa • Não segmentado • Inativado pela luz solar e calor • Sensível aos raios ultravioleta • Sensível à solventes lipídicos • Não sobrevive por longos períodos no ambiente, exceto em lugares frescos ao abrigo da luz. • Boas práticas de sanitização e desinfecção são necessárias para o controle e não dispersão do vírus por instrumentos (fômites). TRANSMISSÃO: O modo pelo qual o vírus é mantido no ambiente durante os surtos e a forma de transmissão não estão totalmente esclarecidos. •Saliva, líquido de vesículas ou no epitélio com lesão → CONTATO DIRETO/INDIRETO • Vetores artrópodes • As plantas (suspeita) → Alguns autores compartilham da hipótese de que o vírus da EV seja um vírus de planta que sofre uma modificação no interior do inseto quando este se alimenta da planta infectada → o inseto disseminaria o vírus para outras plantas e, possivelmente, para os animais que se alimentassem dessas plantas ou fossem picados pelo inseto. Manifestações clínicas: • Depressão, • Febre, • Claudicação • Anorexia • Salivação excessiva - Primeira manifestação • Vesículas: porção superior da língua, palato duro, lábios, gengivas, focinho, narinas, coroa do casco e tetos (mastites). Remissão das lesões em 7-10 dias DIAGNÓSTICO DE DOENÇAS VESICULARES • Todo caso suspeito deve ser investigado pelo serviço veterinário oficial em um prazo de até 12 horas • O resultado da investigação pode ser a confirmação ou o descarte de caso de doença vesicular • Casos descartados: de origem traumática, intoxicações e outras doenças infecciosas que não se enquadram na definição de doença vesicular infecciosa • Casos prováveis de doença vesicular: exigem investigações complementares, incluindo colheita de material para exame laboratorial Em virtude da semelhança com a febre aftosa → é imprescindível que se realize o diagnóstico rápido e diferencial. Pode ser executado pelo isolamento viral e identificação ou por provas sorológicas Informações epidemiológicas + Sinais clínicos + Exame Laboratorial DIAGNOSTICO LABORATORIAL: • Isolamento viral linhagem de células VERO ou BHK e ovos embrionados • ELISA • Diagnóstico molecular PCR • Sequenciamento TRATAMENTO: • Os tratamentos são administrados de acordo com os sinais clínicos da doença e indicados como suporte para a recuperação dos animais • Boas práticas de sanitização e desinfecção são necessárias para o controle e não dispersão do vírus por instrumentos/fômites. CONTROLE: • Interdição e quarentena • Diagnóstico rápido ; • Controlar população de insetos vetores, com a eliminação ou redução dos criadouros • Limpeza e desinfecção dos recipientes de alimentos e água, equipamentos de ordenha e utensílios que podem veicular o vírus entre os animais. • A doença tem cura espontânea. Observações • Estomatite vesicular é uma doença viral importante para a pecuária nas Américas. Pode afetar ruminantes, cavalos e suínos, causando vesículas, erosões e úlceras na boca, patas e úbere. Embora as mortes sejam raras, essas lesões podem resultar em dor, anorexia e mastite bacteriana secundária, e alguns animais podem perder seus cascos após desenvolver laminite • Zoonose: sintomas parecidos com gripe – casos são raros • Doença de notificação compulsória Está na lista de doenças (múltiplas espécies) que requerem notificação imediata da suspeita ou ocorrência de doença (MAPA) Febre aftosa Família: Picornaviridae • Pico = pequeno São vírus pequenos, icosaédricos, sem envelope e possuem uma molécula de RNA linear de polaridade positiva como genoma. Gênero: Aphthovirus Agente etiológico: Foot and Mouth Disease virus (FMDV) Vírus da febre aftosa (VFA) Os vírions dessa família são resistentes ao éter, clorofórmio e álcool, porém o fenol e formaldeídos inativam o vírus rapidamente Vírus pode sobreviver por longos períodos sob baixas temperaturas e em locais com relativa umidade A estabilidade dos picornavírus sob condições ambientais desempenha um papel importante na epidemiologia e nas formas de controle das doenças a eles associadas Sobrevivência do vírus da febre aftosa no meio ambiente, em média, por três meses ou menos. Em climas muito frios, sua sobrevivência até seis meses pode ser viável. A estabilidade do vírus aumenta em temperaturas mais baixas A presença de material orgânico, bem como a proteção contra a luz solar, pode promover uma sobrevivência mais longa Pode persistir na carne e em outros produtos de origem animal enquanto o pH permanece acima de 6,0; é inativado pela acidificação dos músculos durante o rigor mortis. Como a acidificação não ocorre desta maneira em ossos, órgãos e glândulas, o VFA pode persistir nesses tecidos CICLO REPLICATIVO OCORRE NO CITOPLASMA DA CÉLULA HOSPEDEIRA • POSSUI ALTA TRANSMISSIBILIDADE ENTRE OS BIUNGULADOS • ALTA MORBIDADE ➔ PODENDO ATINGIR 100% • MORTALIDADE PODE OCORRER EM ANIMAIS JOVENS ➔ INFECÇÃO DO MÚSCULO CARDÍACO • PERDAS PRODUTIVAS SEVERAS EM ADULTOS A Febre Aftosa é uma doença de notificação obrigatória E SEM TRATAMENTO Doença vesicular altamente contagiosa, e os sinais clínicos são atribuídos à replicação viral nos epitélios, o que resulta na formação de vesículas. Impacto econômico significativo. Hospedeiros: Todos os animais biungulados (casco fendido) – silvestres e domésticos. Em animais domésticos, a doença pode acometer bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos e suínos. Não causa doença em equinos, caninos e felinos. Transmissão: • Contato direto • Contato indireto VIAS DE ELIMINAÇÃO: CONTATO COM SECREÇÕES E EXCREÇÕES ORIUNDAS DE ANIMAIS INFECTADOS Patogenia: Excreção viral➔ inicia-se 24 h antes do aparecimento dos sinais clínicos ➔ queda considerável até 7 dias após o desenvolvimento das lesões➔ aumento dos níveis de anticorpos neutralizantes. Em bovinos, 10-30 gramas de material oriundos de uma vesícula da língua frequentemente contêm mais de 1 bilhão de unidades infectantes do vírus ➔ Disseminação no ambiente ➔ ➔ TRANSMISSÃO POR CONTATO INDIRETO Sinais clínicos são atribuídos à replicação viral nos epitélios ➔ Formação de vesículas Podem ser observadas em: cavidade oral, língua, narinas, espaço interdigital e banda coronária Acompanhando o desenvolvimento das vesículas ➔ Salivação excessiva e descarga nasal SINAIS CLÍNICOS E LESÕES: SUÍNOS: • Lesões de boca são menores e menos aparentes, raramente há salivação. • Pode haver vesículas em focinho e úbere. • Em geral, a temperatura corporal é próxima do normal. • Leitões jovens podem morrer devido a falha cardíaca. • Geralmente desenvolvem lesões podais severas, levando a descolamento de cascos e dificuldade de locomoção OVINOS E CAPRINOS • Apresentam sinais leves da doença. • Claudicação é o sinal predominante • A infecção pode se disseminar pelo rebanho com sinais discretos ou mesmo ser assintomática Bovinos: DIA 1: Febre, clareamento de epitélio, vesícula com conteúdo líquido DIA 2: Ruptura de vesículas DIA 3-4: Deposição de fibrina DIA 4: Recuperação do epitélio ao redor das lesões DIA 7: Tecido de Granulação Depressão, anorexia, febre, miocardite, laminite, abortamentos DIAGNÓSTICO A característica da alta infecciosidade e as sérias implicações sanitárias da infecção exigem um diagnóstico urgente e preciso. • APRESENTAÇÃO CLÍNICA + TESTES LABORATORIAIS. • Detecção do vírus ou de antígenos virais em tecidos e fluidos de animais infectados. • A coleta, transporte e processamento da amostra devem ser realizados por pessoal técnico capacitado e em laboratórios de segurança credenciados MATERIAIS DE ELEIÇÃO: • Fragmentos do epitélio e fluido coletado de vesículas não rompidas ou recentemente rompidas. Testes sorológicos: Os soros sanguíneos são submetidos a técnicas sorológicas para detecção de anticorpos contra proteínas estruturais (ELISA CFL), não-estruturais (ELISA 3ABC e EITB) e para a partícula viral completa (virusneutralização). Nas populações não vacinadas, a técnica de virusneutralização é considerada confirmatória tanto paraas técnicas de detecção de proteínas estruturais quanto para as que detectam proteínas não- estruturais. Em rebanhos vacinados, a técnica de EITB /ELISA 3ABC é confirmatória CONTROLE E PROFILAXIA Nos territórios livres de doenças, com e sem vacinação, a vigilância tem dois propósitos: 1) Demonstrar a ausência de doença / infecção; e 2) Detecção precoce da doença, caso introduzida na população alvo ÁREAS LIVRES NATURAIS OU ERRADICARAM O AGENTE: • Barreiras sanitárias, restrição ao trânsito de animais oriundos de áreas de risco, desinfecção e quarentena. • A vigilância deve também incluir a conscientização dos produtores, manutenção da estrutura de diagnóstico, vigilância e combate ÁREA ENDÊMICA: • Barreiras sanitárias, restrição ao trânsito de animais, desinfecção e quarentena. • A vacinação é uma importante alternativa para o controle da infecção e erradicação➔ reduz gradativamente a circulação do vírus • A eficácia da vacinação em regiões endêmicas está diretamente relacionada com a cobertura vacinal. VACINAÇÃO • Vacina oleosa, polivalente (A, O e C) inativada produzida em cultivo celular em monocamadas ou suspensão • Eficiência Protetora • Composição (cepa viral utilizada), conservação (preserva o potencial imunogênico e a estabilidade da emulsão) e correta aplicação Consequências DESVALORIZAÇÃO DO REBANHO. • Perda de produção e produtividade; • Perda de bezerros por abortos; • Mortes de animais jovens • Sacrifício de animais; • Destruição da produção (leite, produtos e subprodutos de origem animal) ANEMIA INFECCIOSA EQUINA Família: Retroviridae Gênero : Lentivirus Agente etiológico: Vírus da anemia infecciosa equinaequine infectious anemia virus (EIAV) Doença infecciosa que acomete leucócitos e o sistema hematopoiético de equídeos. • É conhecida também como febre dos pântanos (swamp fever) devido a características ecológicas e de transmissão do agente • A AIE é uma doença de notificação obrigatória, sendo importante no trânsito internacional de equídeos. Epidemiologia: • Distribuição mundial • Áreas tropicais ou subtropicais pantanosas e que apresentam populações numerosas de vetores artrópodes. • Em áreas endêmicas, a prevalência pode atingir 70% dos animais adultos. • O EIAV é responsável por uma infecção persistente, com curso dinâmico e bem definido em equinos. Podem ocorrer três fases clínicas distintas: aguda, crônica e inaparente • Fase aguda ocorre após um período de incubação de uma a quatro semanas: É caracterizada por: • febre, queda acentuada no número de plaquetas e alta carga viral → entretanto, os sinais podem ser ausentes ou leves, passando despercebidos pelo proprietário Na maioria dos casos, o animal sobrevive a esse primeiro ataque febril e o episódio agudo desaparece em alguns dias. Febre durante 1-3 semanas • Anemia severa • Icterícia • Hemorragias petequeais em mucosa • Anorexia • Óbito Fase crônica → ciclos recorrentes de trombocitopenia e febre, acompanhados por viremia → relacionados ao ressurgimento de mutantes que escapam à resposta imunológica do hospedeiro → variação genética e antigênica → proteínas gp90 → que sofrem mudanças de aminoácidos em determinadas regiões sem causar perda significativa de função biológica → conferindo resistência aos anticorpos neutralizantes Se os episódios clínicos forem frequentes, o animal pode desenvolver as manifestações clássicas, que incluem perda de peso, hepatomegalia, esplenomegalia, edema, caquexia, eventuais sinais neurológicos, supressão transitória resposta imunológica e hemorragias, que levam à deterioração do quadro geral Retardo em desenvolvimento • Ciclos recorrentes de febre • Caquexia • Edema ventral • Diarreia • Glomerulonefrite • Letargia Mais de 90% dos cavalos sobrevivem à fase crônica → evoluem para o estágio de portador inaparente → com baixa carga viral e ausência de sinais clínicos → eficiente controle imunológico. • Portadores assintomáticos são resistentes à infecção subsequente por diferentes estirpes, indicando o desenvolvimento de uma potente resposta profilática A fase assintomática pode durar por toda vida do animal → reversível sob condições de estresse ou imunossupressão → vírus pode voltar a se replicar em níveis suficientes pra desenvolver a doença novamente Transmissão: transferência de sangue do equídeo infectado para outro suscetível → indivíduos na fase aguda/crônica que apresentam picos de viremia, são particularmente mais eficientes na transmissão • Hospedeiros: equídeos → Transferência de células sanguíneas infectadas → picada de insetos hematófagos → tabanídeos → exerce o papel de vetor mecânico. A transmissão do EIAV por insetos depende: • da densidade da população e hábitos dos insetos hematófagos, • da densidade dos equideos, • do número de picadas no animal e em animais das proximidades - interrupção da alimentação do inseto, • da quantidade de sangue transferida entre animais, • do nível de vírus no sangue do animal infectado que serve de fonte de infecção. Transmissão: • Vetores (Tabanusspp.) • Via iatrogênica: utilização de agulhas, seringas e materiais cirúrgicos não descartáveis durante procedimentos clínicos Vertical → pela placenta de éguas com alto título viral, com o contato pelo canal no parto, ou via colostro e leite para os potros. DIAGNÓSTICO Epidemiológico: habitat vetores + ausência de controle de trânsito de animais • Patologia clínica: Linfoadenopatia, esplenomegalia, hepatomegalia, trombocitopenia, queda do hematócrito. Método laboratorial : A detecção de anticorpos específicos → O teste sorológico mais utilizado → teste-padrão: IDGA → também conhecido como teste de Coggins → direcionado para o reconhecimento da proteína p26 do capsídeo viral por anticorpos de animais infectados. Diagnóstico: Estratégia de combinação dos pontos fortes dos testes vigentes Etapas: 1) diagnóstico de ELISA → altamente sensível → teste de triagem 2) confirmação pelo IDGA → altamente específico → confirmatório 3) Teste de imunoblot caso os resultados de ELISA e IDGA não estivessem de acordo A conduta adotada para equídeos positivos → geralmente é a eutanásia Controle e Profilaxia: Outras medidas de controle recomendadas são: • Isolamento dos animais positivos até o sacrifício; • Não compartilhar seringas e outros utensílios que possam ser veículo de células infectadas; • Combate a insetos vetores em áreas endêmicas (inviável em grandes áreas ou em áreas de grande infestação, mas viável em instalações); • Minimizar o contato entre equinos de status sanitário desconhecido, até que sejam testados e certificados livres do vírus. ANIMAL DEVERÁ SER MARCADO COM UM ‘A’ Art. 25. O eqüídeo, com marcação permanente de portador de A.I.E., que for encontrado em outra propriedade ou em trânsito será sumariamente sacrificado na presença de 2 (duas) testemunhas, salvo quando comprovadamente destinado ao abate. • A propriedade onde este animal for encontrado será considerada foco. Febre catarral maligna É uma doença infecciosa, viral, pansistêmica e altamente fatal. Família: Herpesviridae Subfamília: Gammaherpesvirinae Gênero: Macavirus Os herpes vírus são vírus envelopados, compostos por DNA de fita dupla linear. Os vírus da FCM, assim como outros herpesvírus, estabelecem infecções latentes para toda a vida Febre catarral maligna é causada por dois agentes distintos: Agentes etiológicos: •Herpes vírus ovino tipo2 (OvHV-2)→ FCM associada a ovinos, doença que acomete bovinos e outros ruminantese possui distribuição mundial •Herpesvírus alcelafino tipo1 (AlHV-1)→ forma africana da enfermidade, que acomete bovinos,cervídeos e outros ruminantes no continente africano Epidemiologia Cada agente é altamente adaptado ao seu hospedeiro usual e normalmente não causa doença nessas espécies, mas pode causar infecções fatais se transmitido a animais suscetíveis. Forma Africana x Forma não- africana •Forma africana: Os hospedeiros naturais do agente e transmissores para outras espécies são os gnus. Durante as temporadas de parição dos gnus–transmissão para bovinos pelo contato com a placenta, secreções placentárias ou pelas secreções nasais ou oculares dos recém- nascidos. •Forma não-africana: apresenta a espécie ovina como hospedeira natural. Nestes animais, a infecção ocorre predominantemente de forma subclínica = também denominada MCF associada a ovinos (MCF-OA) Doença que requer notificação mensal de qualquer caso confirmado Não há evidências que os vírus da FCM possam infectar humanos Forma não-africana = Forma ovino associada Os ovinos disseminam o vírus durante aparição→ transmissão para os bovinos pela via respiratória. Manifestações clínicas e patológicas Forma Africana: Vários países da África Forma não Africana: Europa, Américas do Sul e do Norte, Austrália, Nova Zelândia e Sul da Àfrica (porém em menor frequência que a forma associada a gnus) Brasil – desde 1924 – Nordeste, Sudeste ,Centro - oeste e Sul •Perda da regulação funcional de determinadas populações de linfócitos. •Inatividade dos linfócitos supressores = proliferação linfóide Patologia Microscopia: achados histopatológicos são característicos e permitem o diagnóstico. Três alterações básicas: •Vasculite– acúmulo de células inflamatórias com necrose da parede. •Infiltrado inflamatório mononuclear em vários órgãos. •Inflamação e necrose de qualquer mucosa e da pele (dos epitélios de revestimento) •Ainda: hiperplasia linfoide. Morbidade: 2,5-20% Letalidade: 95–100% Qualquer idade e ambos os sexos Período de incubação: 3- 10 semanas A maioria dos animais infectados que desenvolvem a forma grave da doença morrem em 10 dias Classificação Em ruminantes domésticos: Qualquer órgão pode ser afetado em casos clínicos- trato gastro intestinal, olhos e sistema nervoso central •Forma hiperaguda ( tende a ocorrer em animais altamente sensíveis, a progressão é rápida, com poucos sinais clínicos antes da morte ) O curso clínico varia de 1 a 3dias. Os animais apresentam: -febre alta, -dispneia, -gastrenterite hemorrágica aguda e rápida - perda de peso. - Ocasionalmente, ocorre morte súbita,na ausência de sinais prévios •Forma “cabeça e olho” Síndrome clássicada MFC. É caracterizada pelo aparecimento súbito de sinais relacionados às cavidades oral, ocular e respiratória. A opacidade da córnea bilateral é característica, podendo envolver toda a córnea, causando cegueira. Hiperemia da conjuntiva, edema de pálpebra, blefarospasmo e fotofobia. -Descarga oculo nasal muco purulenta. -Focinho e narinas geralmente apresentam crostas, dispneia, respiração com a boca aberta e salivação. -Erosões podem ser encontradas nas pontas das papilas bucais. -Em alguns animais, o revestimento córneo dos chifres e cascos podem estar frouxos ou serem perdidos. Forma encefálica Sinais clínicos de distúrbios nervosos desenvolvem-se mais tarde no curso da doença e consistem de: •fraqueza, •letargia, •incoordenação, •ataxia, •agressividade •convulsões Paralisia e convulsões geralmente ocorrem nos estágios finais. Forma cutânea Frequentemente passam despercebidas. As alterações de pele incluem: -hiperemia, pápulas e exantema com exsudação e crostas→ pode se desprender completamente ou tornar-se coberta por crostas secas •Forma alimentar A forma alimentar é caracterizada por diarreia fétida, profusa, muitas vezes hemorrágica, leves alterações oculares, como conjuntivite, lacrimejamento e fotofobia. A forma intestinal é comum em cervídeos. Sinais e sintomas •Apatia •Anorexia •Febre alta •Opacidade da córnea •Fotofobia •Corrimento nasal muco purulento, •Salivação, •Diarreia, •Úlceras orais e nasais, •Cerato conjuntivite, •Linfadenopatia, •Diarreia, •Distúrbios nervosos com movimentos de pedalagem e convulsões e exantema cutâneo. Transmissão Animais suscetíveis mantidos em contato próximo com os reservatórios naturais. A eliminação viral parece ser maior quando os reservatórios naturais estão próximos ao parto. Diagnóstico presuntivo: •sinais clínicos + •lesões encontradas na necropsia + •histórico da propriedade + •epidemiologia + •presença de ovinos na propriedade. Diagnóstico definitivo: A febre catarral maligna é caracterizada pela inflamação e necrose epitelial •Testes sorológicos •Detecção de antígenos virais por Imunofluorescência •Isolamento viral (para o AlHV – Forma africana) •Técnica de Reação em Cadeia de Polimerase (PCR) OBS: A detecção de anticorpos é realizada em amostras de soro de animais enfermos. A replicação eficiente do OvHV-2 em cultivos celulares ainda não foi obtida, por isso o isolamento viral não é utilizado no diagnóstico. Diagnóstico diferencial: FCM em bovinos com outras doenças virais com lesões ulcerativas nas mucosas: •Febre Aftosa •Estomatite Vesicular •Diarreia Viral Bovina - Doença das Mucosas •Peste Bovina •Intoxicação por arsênico •Intoxicação por plantas nefrotóxicas Histopatologia A tríade de alterações histológicas consiste em •vasculite, •acúmulos de células inflamatórias mononucleares em vários tecidos e •necrose dos epitélios de revestimento Tratamento/Controle/Profilaxi a •Evitar a criação conjunta de ovinos e bovinos •Não colocar bovinos em contato com ovinos em período de parição; •Isolar animais afetados de sadios - embora seja improvável a transmissão entre bovinos. Não há vacinas disponíveis contra a MCF Desinfecção •A maioria dos desinfetantes comuns inativam os vírus da FCM •Se grande quantidade de material orgânico está presente, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) recomenda hipoclorito de sódio a 3% Papilomatose Bovina •Vírus oncogênicos epitéliotrópicos •Desprovidos de envelope lipoprotéico, •Simetria icosaédrica •Genoma circular de DNA dupla fita •A organização gênomica dos vários papiloma vírus é extremamente similar. •O vírion possui 55 a 60 nm de diâmetro •A dsDNA está contida em um capsídeo composto de 72 capsômeros •Cada capsômero é composto por duas proteínas codificadas pelo vírus, a proteína principal, L1 ,e a proteína secundária, L2 Família: Papillomaviridae •16 tipos de papilomavírus bovino - BPV (BPVs 1 a 16) completamente caracterizados e classificados em quatro diferentes gêneros Epidemiologia •Distribuição mundial •Mortalidade baixa→ A doença não é letal, mas pode levar a morte do animal pela grande presença de papilomas, causando o enfraquecimento do animal e propiciar miíases •Alta morbidade •Doença autolimitante→ Recuperação espontânea, sem tratamento •Os animais jovens são mais susceptíveis, porém todas as faixas etárias podem ser atingidas •Até 60% dos Rebanhos Infectados •Não é de notificação obrigatória (MAPA)→ dificuldade de controle da doença ANIMAL CONSIDERADO DOENTE PELO PROPRIETÁRIO→ QUEBRA PRODUÇÃO LEITE/CARNE + CUSTO COM TRATAMENTO + DOENÇA AUTO-LIMITANTE= DIMINUIÇÃO DE ATENDIMENTOS E PROCURA POR ASSISTÊNCIA VETERINÁRIA •Estado imune da população e outros fatores influenciam a ocorrência da Papilomatose: ✓Sistema de criaçãoconfinado; ✓Método utilizado para identificação dos animais (tatuagem e marcadores de orelha); Sinais Clínicos •Neoformações benignas, geralmente circulares, que ocorrem, na maioria das vezes na epiderme; •Nas vacas e novilhos, a zona preferida são as partes mais finas da pele como a face, região abdominal, o canto dos orgãos genitais, úbere e tetas •Benignos, de tamanho e cores variadas; •Dependendo da gravidade, tornam-se extremamente incômodos para os animais A papilomatose bovina é uma enfermidade infectocontagiosa de grande importância na pecuária mundial, para as explorações tanto leiteiras quanto de corte. Transmissão •Contato direto com animais infectados através de abrasões da pele, vetores mecânicos ou por fômites contaminados (agulhas, brincadores ou outros aparelhos) Patogenia •Estabelecimento da infecção→ ocorrência de um microtrauma ou erosão da epiderme para que o vírus possa infectar oepitélio basal. Diagnóstico •Exame clínico •Análise histopatológica •Técnicas moleculares Tratamento •VACINA AUTÓGENA •Remoção cirúrgica •Cauterização química das lesões: nitratodeprata •Homeopatia •Clorobutanol– ViaSC-Verruclin®, Verrudel®e Verrutrat® •Papilomax (Produto Químico em pasta) Resposta imune específica Caráter curativo Rebanhos com alta incidência→ Amostras devem ser colhidas em pool (5g de papiloma/animal)→ inativada→ 5 doses de 10ml em intervalos de uma semana Resultados dependem: Preparação da vacina, estágio de evolução e o tipo envolvido. Resultado mais eficaz na forma filiforme Eficácia de 50-75% Controle e profilaxia •Não adquirir animais com papilomas; •Combate a carrapatos e moscas hematófagas; •Isolar animais infectados; •Realizara desinfecção de agulhas, seringas e materiais •Ordenhador deve utilizar antissépticos nas mãos como solução de iodo; •Desinfecção de aparelhos de uso comum pelo menos uma vez por semana com formol a 2% LEUCOSE ENZOOTICA BOVINA É uma enfermidade infectocontagiosa, caracterizada pela produção de tumores de origem linfoide, como linfossarcomas ou linfomas malignos, em diversos órgãos. Família: Retroviridae Gênero: Deltaretrovirus •Genoma: RNA diplóide(2 fitas idênticas) •Polaridade positiva •Diâmetro: 80-120nm •Capsídeo icosaédrico •Possui envelope Agente etiológico: Vírus da leucemia bovina - bovine leukemiavírus (BVL) •Retroviridae: síntese de DNA a partir do RNA viral pela transcriptase reversa Etiologia –Pouco estável no meio ambiente –Sensível a detergentes e solventes lipídicos •Hipoclorito •Amônia quaternária •Formol •Fenol –Inativadoa 56°C por 30minutos –Viável a 4°C por até 2 semanas –Fervura e pasteurização destroem o vírus •Acomete bovinos, zebuínos, búfalos e capivaras. •Baixa transmissibilidade– não é excretado na sua forma livre para o ambiente. •Animais infectados tornam-se portadores pelo resto da vida e possuem o vírus no sangue, sobre tudo em linfócitos B Epidemiologia •Enfermidade de curso evolutivo crônico e está presente em todos os continentes do mundo •No Brasil, a infecção está amplamente difundida, com níveis variáveis de prevalência entre os rebanhos •A infecção ocorre com maior frequência em animais com mais de 24meses-não deve ser atribuída a maior susceptibilidade desses animais e sim ao maior tempo de permanência nos rebanhos - exposição prolongada A partir dos seis meses de vida o percentual de animais positivos aumenta gradativamente como progredir da idade, passando de 1,07% no grupo etário formado por animais com idade entre 6 e 12 meses, para 13,52%, no gado com 48 a 72 meses de idade e atingindo nos animais acima de 72 meses o percentual de 32,72% Fonte de infecção: Bovinos (sintomáticos e assintomáticos) Transmissão •Transmissão iatrogênica contribui de formaimportante- reutilização de agulhas ou instrumentos cirúrgicos sem adequada desinfecção, na rotina de aplicação de medicamentos, vacinação, descorna, castração, colheitas de sangue, palpação retal sem a troca de luvas •Transmissão por insetos hematófagos –Gênero Tabanus. •Transmissão pelo colostro– presença do vírus descrita em glândulas mamárias associada aos linfócitos •Transmissão sexual– monta natural - a pequena quantidade de sangue do animal infectado esteja envolvida neste processo e entre em contato com o animal susceptível •Intrauterina (4-18%) •Secreção nasal e saliva- carga viral baixa Os animais infectados sintomáticos ou assintomáticos→ são capazes de eliminar o agente por meio das excreções e fluidos corporais, como as secreções traqueais, nasais, urina, leite, saliva e principalmente, sangue. Fatores predisponentes Aumento da: •Intensidade do manejo •Idade média dos animais •Densidade populacional •Frequência de introdução de animais -Manter animais no rebanho •Linfocitose persistente -Artrópodes hematófagos •Vetores mecânicos –Fômites contato com sangue •Agulhas •Instrumental cirúrgico •Luvas de palpação retal •Tatuadores/colocadores de brinco •Material casqueamento •Abridores de boca •Correntes de contenção Patogenia •BLV infecta principalmente linfócitos B→ infecção persistente •Dentro de algumas semanas após a infecção inicial, o animal normalmente mantém um número normal de linfócitos, mas os anticorpos para o vírus já podem ser detectados •Infecção prolongada→ portadores do agente pelo resto da vida •Infecção é assintomática na maioria dos casos Após um período, que varia de meses a anos, o BLV começa a se replicar. •30% dos bovinos infectados exibirá um número aumentado de linfócitos no sangue devido à replicação anormal→ linfocitose persistente (LP)caracterizada por expansão de células B policlonais não malignas. Ocorre uma diminuição da função do sistema imunológico→ permitindo que outros patógenos ou infecções se desenvolvam e possuem uma resposta prejudicada às vacinas. •Esses bovinos podem adoecer devido a uma grande variedade de doenças ou sofrer problemas de saúde, como claudicação e mastite, devido à desregulação do sistema imunológico causada pelo blv •Entre 1 e 5% dos animais infectados persistentemente→ desenvolverão números de linfócitos dramaticamente elevados, tumores e morte devido a infecções por BLV. •Proteína TAX→ aumenta a expressão gênica→ alteração do crescimento celular→ LINFOSSARCOMA Forma clínica: linfocitose permanente (30% dos infectados ) e linfossarcoma (1-5%infectados) Animais que sofrem estágios terminais de leucose bovina são caracterizados por perda de condição corporal e fraqueza geral antes da morte A forma tumoral do BLV afeta geralmente animais acima de dois anos de idade, comum pico de incidência entre os 5 e 8 anos. Os tumores podem afetar um ou vários linfonodos superficiais ou profundos. A partir dor e conhecimento clínico do linfossarcoma o tempo de sobrevivência do animal será variável, mas sempre fatal. Sinais Clínicos Apenas em animais com forma neoplásica(5%) – Alterações subclínicas: •Queda produção leiteira •Disfunções imunológicas •Predisposição a doenças •Descarte precoce Sistema linfático: •Linfadenopatias externas (58%dos casos) •Linfadenopatias internas (43%) •Linfonodos superficiais=> facilmente visíveis •Linfonodos intestinais: dificuldadede eructação •Linfonodos mediastínicos: dificuldade de respiração Sistema digestório: •Diarreia •Constipação intestinal •Timpanismo •Melena Sistema reprodutivo: •Mais comum nas vacas •Infertilidade crônica •Nódulos perceptíveis à palpação retal Achados na necropsia •Aumento generalizado dos linfonodos→superficiais e internos. •Ao corte, os linfonodos apresentam uma superfície branco-amarelada, sem distinção entre a cortical e medular. •Massas tumorais com o mesmo aspecto podem ser encontradas no coração ,rins ,intestinos ,abomaso ,medula espinhal e útero. •Histologia: observa-se proliferação das células da linhagem linfocítica e infiltração maciça dessas células nos órgãos afetados Diagnóstico Clínico (diferencial com tuberculose)– Suspeita de LEB: •Linfadenopatia generalizada + emagrecimento + produção reduzida – Dificuldades: •Sinais inespecíficos, linfossarcoma sem etiologia viral •Maioria assintomáticos •Casos clínicos: alerta /animais com genética predisponente Sorologia: •Método padrão para diagnóstico da LEB Presença de anticorpos é um dado seguro da existência de infecção IDGA e ELISA •IDGA: prova oficial (boa especificidade, mas mediana sensibilidade) •Simples e baixo custo •ELISA: kits importados, necessita de equipamento para leitura tem boa especificidade, melhor sensibilidade que IDGA. Amostras além do soro podem ser testadas (ex:leite) •Indicado para vigilância e programas de controle e erradicação em grandes rebanhos –Isolamentoviral: cultivo celular –PCR/nested- PCR –Lesões anatomopatológicas: massas tumorais em tecidos linfoides e compressão de vísceras e tecidos –Histopatológico: lesões microscópicas compatíveis com linfossarcoma Profilaxia e controle Animais positivos: •Utilização de agulhas estéreis individuais para procedimentos profiláticos, clínicos e terapêuticos •Utilização de luvas de palpação para cada animal; •Lavagem e desinfecção de instrumentos; •Adoção de um programa de controle de insetos hematófagos nas regiões em que há necessidade; •Uso de inseminação artificial; •Separação dos bezerros filhos de mães positivas, não permitindo que entrem em contato com animais negativos até que sua condição sorológica para BLV possa ser definida •Separação dos animais em grupos de positivos e negativos •Eliminação dos animais positivos. Animais negativos: •Todos os animais adquiridos devem ser previamente testados para o BLV. •Se oriundos de rebanhos sabidamente negativos, podem ser incorporados ao rebanho; se oriundos de propriedades de situação sorológica desconhecida, devem ser mantidos separados por oito semanas e,então ,submetidos a um teste sorológico. Erradicação → Medidas sanitárias profiláticas 1º→ Realização de testes sorológicos e a identificação dos animais soro positivos→ animais positivos→ descartados ou mantidos no rebanho desde que separados dos demais e submetidos a práticas que minimizem o risco de transmissão. 2º→ Bezerros nascidos de mães positivas→ isolados e testados, só podendo ser introduzidos se mantiverem a condição soro negativa até os 6 - 8 meses. 3º→ Medidas de manejo para prevenção de transmissão Até o momento, nenhuma vacina e método terapêutico estão disponíveis para a prevenção desta doença Importância econômica •Morte ou abate prematuro de animais •Redução de produtividade: leite e ganho de peso (5 a 15%) •Condenação decarcaças→ tumores •Barreira sanitária: exportação •Os prejuízos relacionados à infecção subclínica são mais difíceis de estimar, já que podem estar relacionados ao comprometimento da função imunológica do animal, tendo como consequência uma maior vulnerabilidade a exposição uma ampla variedade de patógenos oportunistas DIARREIA VIRAL BOVINA (BVDV) ✓Família: Flaviriridae ✓Gênero: Pestivirus ✓Vírus envelopado -Fita simples de RNA(+) ✓Envelopado ✓40-60 nm ✓Sensível a detergentes e solventes lipídicos –Doença infecto contagiosa que acomete ruminantes e suínos –Causa febre, inapetência, ulcerações gastrintestinais, diarreia, síndrome hemorrágica, morte embrionária e abortamentos Epidemiologia –Distribuição mundial – Suscetíveis: »Bovídeos »Caprinos e Ovinos »Suídeos »Camelídeos »Cervídeos TODAS AS IDADES Etiologia –Envelopado •Lábeis •Sensíveis ao calor •Detergentes •Solventes orgânicos– Replicação viral no citoplasma, maturação das vesículas, liberaçãopor exocitose Tipos de infecção Infecção transitória •Animais imunocompetentes são expostos a vírus citopáticos ou não citopáticos. •Nesse caso os sinais clínicos são diversos e o curso da doença vai depender principalmente da idade e da imunidade do hospedeiro, da amostra viral envolvida e dos outros patógenos associados. •A infecção pode causar linfopenia, leucopenia e imunodepressão. Infecção persistente Infecção persistente Ocorre quando vacas prenhes não imunes se infectam como BVBD no início da gestação, durante a viremia materna, o vírus é capaz de ultrapassar a placenta e infectar o feto. Esse tipo de infecção ocorre especificamente por vírus não citopáticos e em fetos com quarenta a cento e vinte dias de gestação. O sistema imunológico do bezerro infectado dentro do útero passa a reconhecer o patógeno com o próprio e desenvolve uma imunotolerância especifica ao vírus. O bezerro persistentemente infectado (PI)pode nascer mais debilitado que os bezerros sadios ou pode nascer normal, mas este irá disseminar o vírus dentro do rebanho por toda sua vida através de suas excreções e secreções→ ponto central da epidemiologia da infecção. Poucos animais persistentemente infectados conseguem chegar à fase adulta, nesse caso dando origem a novos animais persistentemente infectados→ fêmeas PI produzem bezerros PI Aqueles que sobrevivem→ atraso no crescimento e baixa resistência a outras enfermidades, advinda de alterações funcionais de linfócitos e neutrófilos→ imunossupressão Embora a infecção persistente seja encontrada com menos frequência quando comparada a transitória nos rebanhos, ela é crucial para persistência do BVDV na população de bovinos Epidemiologia Soroprevalência: bovinos>3anos •60 a 90% –Principal fonte de infecção: bovinos PI •Representam 1% de uma população endêmica, mas mantêm o vírus na natureza – Eliminação viral •Todas as secreções e excreções –Contato direto •Resulta em alta taxa de infecção (60%) –Bovinos com infecção aguda têm menor taxa de excreção viral em relação aos Persistentemente Infectados - PI (poucos dias e baixo título viral) Patogenia Capacidade de deprimir o sistema imune provocando a depleção das células de defesa -linfócitos T e B -e afetando a função macrofágica→ às infecções secundárias A BVD é uma doença infecciosa que possui uma patogenia complexa, produzindo por sua vez uma doença multifacetada •Infecção via oro-nasal→ Inalação ou ingestão de secreções e excreções de animais infectados •O epitélio do trato respiratório superior (porta de entrada preferencial do vírus), orofaringe e o tecido linfóide regional→ sítios primários de replicação •Na sequência, o vírus atinge a corrente sanguínea (associada aos leucócitos)pelos vasos linfáticos •O vírus também possui tropismo pelas células das linhagens germinativas de ambos os sexos, sendo encontrado no sêmen e em folículos ovarianos e por tecido sem constante divisão, logo as placas de Peyer e o feto são os principais locais de multiplicação do BVDV •A viremia ocorre entre três e 10 dias pós-infecção e o vírus pode ser isolado do sangue nesse período Patogenia - Ooforite •Compromete a fecundação, perdas embrionárias e fetais Patogenia - sêmen •Diminuição da densidade e motilidade e aumento de anormalidades em sptz •O vírus também se replica nas vesículas seminais e na próstata Patogenia–Fêmeas gestantes primoinfectadas •Infecção transplacentáriano período de viremia •Produção deAc duradouros •Voltam a ciclar e a conceber –Infecção pré-natal •Durante a gestação •Biotipo ncp é o mais frequente (transplacentária) Consequências ao concepto Infecção pós-natal (Doença aguda transitória) •Portas de entrada: mucosas oral, nasal, ocular e genital •Replicação na mucosa –Viremia-> tonsilas, linfonodos regionais •Produção de Ac (16dias pós- infecção) –Podem persistir por muitos anos •BVD infecta leucócitos (macrófagos, linfócitos) –Efeito imunossupressor –Infecções bacterianas, virais e fúngicas Doença das mucosas •Forma mais grave da infecção pelo BVDV. •Enfermidade gastroentérica fatal, desencadeada quando um animal PI (portador de um BVDV-NCP) sofre infecção concomitante com BVDV-CP. •O BVDV-CP que determina o desenvolvimento da DM geralmente se origina do BVDV-NCP do próprio animal por mutações Transmissão –Horizontal •Direto– secreções oronasais, cópula, biotécnicas de reprodução, aerossóis •Indireto– agulhas, imobilizador nasal, instrumentos para colocação de brincos, material de castração, tatuadores, infusão oral, palpação retal –Vertical •Transplacentária •Apenas animais persistentemente infectados desenvolvem essa forma da doença. Doença das mucosas (DM) é uma enfermidade gastroentérica fatal, desencadeada quando um animal PI (portador de um BVDV ncp)é superinfectado comum BVDV citopático (BVDV cp) •Nos animais que desenvolvem a DM, os dois vírus (ncp e cp) estão presentes. •A DM é invariavelmente fatal, ocorre principalmente em animais com seis meses a dois anos de idade e se caracteriza por febre, leucopenia, diarreia, inapetência, desidratação, lesões erosivas nas narinas e na boca e morte dentro de poucos dias. Sinais Clínicos Maioria das infecções assintomáticas - Infecções graves –Cepas de alta virulência: •Condições ambientais •Comprometimento da imunidade •Má nutrição... Infecção pré-natal –Morte embrionária •Reabsorção –Fetal (4-6 meses) •Aborto em poucos dias ou meses após a infecção –Abortamentos: •2-7% áreas endêmicas •Raro –1/3 final de gestação Infecção pós-natal Doença aguda transitória –70- 90% das infecções primárias são assintomáticas ou sinais discretos •Hipertermia •Inapetência •Prostração •Linfadenopatia BVD •Corrimento nasal •Diarreia aquosa •Redução da produção de leite •Síndrome hemorrágica– Decorrente de trombocitopenia •Diarreia sanguinolenta •Epistaxe •Petéquias orais, na esclera e navagina •Ulcerações oro nasais, interdigital e na coroa do casco 2. Doença das mucosas •Semelhante a BVD aguda •Acomete animais PI •Diarreia aquosa escura •Lesões erosivo-ulcerativas •Depleção de tecidos linfoides •Raramente evolui para quadro crônico •Óbito Sinais clínicos - doença das mucosas •Inapetência, debilidade •Secreção nasal e ocular persistentes •Alopecia e hiperqueratinização cervical •Laminite, necrose interdigita, deformação do casco Diagnóstico –Epidemiologia – Sinaisclínicos –Lesõesnecropsia –Confirmação por métodos diretos ou indiretos •Reagentese meios de cultivo livres de BVDV •Senão, podem ocorrer resultados falso- positivos –Lesões anatomopatológicas •Sistema digestório mais acometido •BVD aguda –Erosões multi focais de limitada s»Língua, gengiva, esôfago,abomaso, vulva,casco... –Enterite catarral ou hemorrágica, focos de necrose no epitélio –Lesões anatomopatológicas •Sistema digestório mais acometido •Doença das mucosas – Lesões mais graves – Erosões e ulcerações por todoso TGI •Bezerros infectados intrauterinamente •Dependente da fase gestacional •Mal formações congênitas •Abortos, fetos mumificados, natimortos... Histopatologia •Fragmentos de órgãos –Formol 10% -respeitar proporção 1/10 •Áreas de necrose em diferentes órgãos Diagnóstico - Direto •Isolamento do vírus •Amostras: secreções, excreções, órgãos, soro, sangue total esêmen (refrigeradas ou congeladas) •Cuidado com contaminações bacterianas ! Imunofluorescência ou Imuno- histoquímica –Métodos moleculares Diagnóstico - Indireto •Busca anticorpos –Vírus neutralização »Mais comumente utilizado, permite quantificar Ac –ELISA-Ac – Amostras: soro sanguíneo ou leite Profilaxia e controle Identificar e eliminar os animais PI –Isolamento dos animais recém-adquiridos (quarentena) –IA e TE: materiais biológicos livres de BVDV –Imunizar as fêmeas antes da estação reprodutiva Vacinação •Brasil: inativadas(cepasamericanas),p olivalentes •Indicada em rebanhos com alta rotatividade de animais •Rebanhos endêmicos: vacinação de bezerros acima de 3 meses de idade; novilhas e vacas revacinadas a cada 30-60 dias antes da estação reprodutiva •Animais primo vacinados devem receber reforço (booster) após 30 dias – Problema no Brasil-> falha vacinal •Vacinação utilizada isoladamente não permite a profilaxia/controle adequado Com a vacinação, perde-se o indicador sorológico da presença da infecção no rebanho CONSEQUÊNCIAS na economia ✓Queda na produção de leite ✓Aumento nas taxas de descarte ✓Gastos com reposição de animais ✓Gastos com medicamentos ✓Gastos com assistência veterinária ✓Queda no desempenho reprodutivo Desempenho reprodutivo ✓Surtos esporádicos de abortos ✓Ocorrência de teratogenia ✓Ocorrência de mumificações ✓Associação a perdas embrionárias ✓Nascimentos de bezerros fracos, mais leves ENCEFALITE EQUINA É uma doença caracterizada pela inflamação das estruturas do encéfalo e medula, ocasionando sintomatologia neurológica Família: Togaviridae Gênero: Alphavirus •Eastern equine encephalitis virus (EEEV): vírus da encefalite equina do leste •Western equine encecephalitis virus (WEEV): vírus da encefalite equina do oeste •Venezuelan equine encephalitis virus (VEEV): vírus da encefalite equina venezuelana Os vírus da encefalite equina venezuelana, do leste e do oeste(VEEV,EEEV e WEEV)são vírus transmitidos por mosquitos nas Américas➔ arbovírus A ecologia dessas viroses tem vários aspectos em comum, porém diferem em relação aos hospedeiros naturais, vetores e participação dos equinos no ciclo de transmissão do vírus. No Brasil➔ notificação obrigatória imediata de qualquer caso suspeito. ENCEFALOMIELITE (ENCEFALITE) EQUINA DO LESTE Esporadicamente isolado no Brasil em cavalos com sinais clínicos de doenças do sistema nervoso central. Transmissão: •AméricadoNorte ➔ mosquitos do gênero Culiseta. •América do Sul e Central➔ Culex spp. mosquitos, principalmente Culex pedroi. Equídeos e humanos são hospedeiros acidentais Pássaros selvagens são os principais hospedeiros e amplificadores do EEEV. Pará➔ circulação do EEEV em populações de equinos no estado do Pará, que possui um ambiente favorável para a manutenção do EEEV na natureza, com presença de vetores e extensa biodiversidade de aves. Patogenia Inoculação do vírus pela picada do mosquito → replicação primária nas células reticulo endoteliais do linfonodo regional→ SNC → REPLICAÇÃO VIRAL COM ENCEFALITE NECROSANTE Período de incubação➔ 3 a 14dias Sinais Clínicos •incoordenação motora, •ataxia, •hiperexcitabilidade, •fotofobia, cegueira, •disfagia, •ranger de dentes, •pressão da cabeça contra objetos firmes, •andar em círculos, •paralisia progressiva, •coma e morte •Sobreviventes➔ Sequelas neurológicas incapacitantes •Ocorre em surtos na propriedade e região circunvizinha Epidemiologia •Proximidade a áreas alagadiças e matas nativas •↑ 2 a 4 vezes o risco de infecção •Vetores➔ elevada densidade populacional •Aves domésticas e filantrópicas Reservatórios ➔endemias •Desmatamento da área ➔novo ciclo entre aves e mosquitos locais➔surtos Humanos e equinos➔ baixa viremia •Não contribuem para a manutenção do agente •Hospedeiros acidentais Diagnóstico Clínico presuntivo: •Animais não vacinados •Sinal de depressão mental •Épocas de alta pluviosidade •Presença do Vetor •Necessita confirmação laboratorial Laboratorial: Envio do material➔ cérebro Amostras em duplicata Refrigeração isolamento (até 48 horas) Formol a 10% histopatologia •Isolamento viral •IFD •PCR Sorologia ➔ELISA Histopatologia SNC Necrose difusa Infiltrado inflamatório mononuclear intersticial e perivascular Edema intersticial Degeneração da substância cinzenta (córtex, tálamo e hipotálamo) Tratamento •Não há tratamento específico •Tratamento de suporte➔ sintomático •Baia acolchoada, cama confortável •Talha •Capacete Profilaxia e Controle Gerais •Quarentena •Controle de vetores •Evitar criação próxima a aviários ou matas nativas •Uso de Larvicidas Específicas •Isolamento e confirmação da doença •Restrição de fluxo de animais •Imunoprofilaxia (atenuadas ou inativadas) Com TODOS os tipos virais importantes Vacinação Protocolo vacinal (1ano) Adultos não vacinados 1dose, reforço em 30dias, revacinação semestral ou anual Éguas prenhas (vacinas inativadas) 4 a 6 semanas antes da DPP Primo vacinação •Potros filhos de égua não vacinada: 2 a 4meses, reforço com 30 dias. Revacinação semestral ou anual •Potros filhos de égua vacinada: 6 a 8meses, revacinação ao 1ano. Revacinação semestral ou anual •Surtos: vacinação de TODO o plantel ENCEFALOMIELITE (ENCEFALITE) EQUINA DO OESTE O WEEV é mantido em ciclos endêmicos alternados envolvendo pássaros e outras aves silvestres (e também domésticas ) e insetos. Os equinos e humanos são hospedeiros acidentais➔ não participam do ciclo de transmissão do agente A infecção humana é acidental e geralmente cursa de forma subclínica ou com sinais clínicos leves (hipertermia, cefaleia e sonolência); raramente ocorrem sinais neurológicos severos, encefalite e coma Em equinos➔ pode variar desde subclínica até encefalite de curso fatal. Os índices de fatalidade podem atingir entre 20 e 40% dos animais afetados. • Sinais Clínicos • Febre • Inquietude • Desorientação • Morte (1 a 3 dias) • Incoordenação • Tetraparesia Vacinação A vacinação de equinos com uma vacina multivalente inativada (VEEV, EEEV e WEEV) constitui-se na base dos programas de controle em áreas endêmicas. No Brasil, vacinas inativadas bivalentes (EEEV e WEEV) estão disponíveis e geralmente vem sendo utilizada sem áreas endêmicas do centro-oeste e sudeste do país. ENCEFALITE EQUINA VENEZUELANA No Brasil, a EEV é considerada exótica e, portanto, de comunicação imediata em qualquer caso suspeito e/ou confirmação laboratorial Agente Etiológico •Agente etiológico: complexo VEE➔ subtipos (IaVI) •Cada grupo apresenta virulência e potencial epizoótico distintos •Apenas os subtipos IAB e IC têm sido associados com epizootias/epidemias utilizam equinos para a sua amplificação e disseminação➔ VEEV epizoóticos. •Os outros sorotipos (ID e IE) e os demais vírus do complexo VEE➔ ocorrência enzoótica e são geralmente avirulentos para a espécie equina. •Os soro tipos epizoóticos geralmente produzem altos títulos de viremia em equinos Patogenia Sítios preferenciais de replicação fora do SNC➔ os órgãos linfoides➔ depleção linfoide na medula óssea e destruição de linfócitos nos linfonodos e baço. •Equinos/humanos➔ variedade de manifestações➔ infecções subclínicas até encefalite de curso fatal •Em equinos➔ ciclos epizoóticos➔2 a 5 dias pi➔ sinais clínicos sistêmicos (hipertermia, depressão, taquicardia, anorexia e diarreia). •O percentual de animais que evolui para a infecção neurológica e morte é variável Os VEEV epizoóticos geralmente produzem altos títulos de viremia podendo a viremia persistiraté o óbito Os subtipos epizoóticos são amplificados em equídeos, onde se espalham rapidamente e podem ser altamente patogênicos em cavalos Diagnóstico Aspectos clínicos + epidemiológicos + diagnóstico laboratorial Diagnóstico definitivo: •Testes sorológicos •Isolamento •Identificação viral •Técnicas moleculares➔ diferenciar os VEEV enzoóticos e epizoóticos
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