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Introdução a virologia - aula 1

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Ana Clara Ferreira Galhano 
 
o Os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios. Fora das células vivas os vírus são estruturas 
químicas, biologicamente inertes. Eles são compostos por proteínas junto com seu genoma. 
 
o A estrutura física é denominada partícula viral, ou simplesmente, vírion. 
 
o O genoma viral, RNA ou DNA codifica apenas as informações necessárias para assegurar sua 
multiplicação, empacotamento do genoma e subversão de funções celulares em benefício da sua 
multiplicação. 
 
Primeiro nós temos que ter o material genético, pois é o material genético que deve codificar 
proteínas, sejam elas que vão fornecer a estrutura ou não, ele precisa das proteínas próprias. A célula 
hospedeira não tem a proteína necessária para que ele faça a multiplicação (a formação da sua 
estrutura), a célula do animal não tem informação pra formação da proteína que o vírus precisa. A 
informação está no genoma do vírus. Esse genoma (material genético do vírus) pode ser composto de 
RNA ou DNA. O material genético produz suas próprias proteínas, sozinho ele não consegue fazer 
nada. Ele precisa estar envolto de uma estrutura proteica, que são codificadas a partir desse genoma. 
Essa estrutura possui um nome, CAPSÍDEO. 
→ O capsídeo possui função de proteção do genoma e também age no reconhecimento. 
O capsídeo é formado por proteínas produzidas na célula parasitada sob o comando do material 
genético do vírus. Em geral, dentro do capsídeo está localizado apenas o material genético, mas podem 
estar presentes também algumas proteínas que serão essenciais para a invasão da célula hospedeira. 
Eles são codificados pelo genoma viral. 
Funções do capsídeo e envelope: proteger o genoma de danos físicos, químicos ou enzimáticos 
durante a transmissão entre células e entre hospedeiros; reconhecimento e interação com moléculas 
da superfície das células hospedeiras, denominadas genericamente de receptores e correceptores. 
Alguns vírus podem também utilizar parte da membrana da célula hospedeira para recobrir a parte 
externa do capsídeo, esses são conhecidos como vírus envelopados. O envelope em geral é composto 
da bicamada fosfolipídica da membrana celular hospedeira, nele encontra-se inserido um número 
variável de proteínas codificadas pelo genoma viral, a maioria se constitui em proteínas integrais de 
membrana. A aquisição do envelope denomina-se brotamento 
Os capsídeos são estruturas proteicas que envolvem o genoma. Quando juntamos o capsídeo com o 
genoma vamos dizer que ele é um núcleo capsídeo. 
❖ Virus envelopado – na hora que ele sai da membrana celular ele leva parte da membrana da 
célula (chamamos de brotamento). Ao sair ele vai sair com a membrana fosfolipídica da 
membrana que ele infectou, o capsídeo que ele formou e o RNA ou DNA dentro. Eles são 
sensíveis a detergentes, pois eles retiram sua bicamada lipídica 
Ana Clara Ferreira Galhano 
❖ Vírus não envelopado – são compostos apenas de material genético envolto por um capsídeo 
proteico. 
• O vírus fora de uma célula é apenas uma estrutura química, ele precisa estar dentro da célula 
para pra que ocorra toda sua multiplicação. 
• O vírus codifica duas classes principais de proteínas: estruturais e não estruturais. 
Estruturais são aquelas que participam da construção e arquitetura da partícula vírica. 
Não estruturais são aquelas produzidas no interior da célula hospedeira durante o ciclo replicativo, 
mas que não fazem parte da estrutura das partículas virais. São geralmente proteínas com atividades 
enzimáticas e/ou regulatórios. 
Partículas virais anômalas – geralmente não infecciosas 
Propriedades físico-químicas: 
Temperatura e pH podem afetar a integridade funcional do vírus. Temperaturas altas desnaturam as 
proteínas de superfície, sobretudo as envelopadas, torando o vírus incapaz de interagir 
produtivamente com receptores celulares e iniciarem a infecção. 
Classificação e nomenclatura dos vírus: 
- Respiratórios – penetram no hospedeiro por inalação e produzem infecção e doença primariamente 
no trato respiratório 
- Entéricos – penetram pela via oral e replicam no trato intestinal 
- Arbovírus – replicam e são transmitidos por vetores artrópodes (por exemplo, a dengue) 
- Vírus oncogênicos – potencial para induzir transformação celular e tumores 
Cadeia do processo infecioso ➔ Pode ocorrer por modelo de transmissão vertical (de mãe para o 
feto/embrião) ou horizontal (por contato direto ou indireto). 
Vetores biológicos: se replicam no vetor 
Vetores mecânicos: não há replicação 
Animal doente: animal infectado que manifesta os sinais clínicos da doença 
Animal portador: animais que abrigam e excretam o agente sem estar manifestando alterações clinicas 
indicativas de doença. 
• Período de incubação – inicio da infecção → primeiros sinais clínicos 
• Período pré-patente (PPP) – início da infecção → eliminação do agente 
• Período de infecciosidade – período em que o hospedeiro permanece excretando o vírus 
 
→ Susceptibilidade – refere-se a propriedade das células em serem infectadas pelo vírus → 
penetração do vírus 
→ Permissividade – refere-se as condições intracelulares para a ocorrência da multiplicação viral 
→ ocorrência das etapas intracelulares 
Células que suportam a penetração viral e o ciclo replicativo completo são simultaneamente 
susceptíveis e permissivas. 
Ana Clara Ferreira Galhano 
Tropismo – predileção por determinadas células/tecidos/órgãos para se multiplicar 
 
Etapas do ciclo replicativo de todos os vírus 
 
1 - Adsorção – reconhecimento, para que ocorra precisamos de proteínas de absorção viral e moléculas 
e receptores; 
2 - Penetração –entrada do vírus na célula, pode ocorrer por endocitose (ele engloba) ou pela fusão de 
membranas 
3 – Desnudamento – Neste processo, o capsídeo é removido pela ação de enzimas celulares existentes 
nos lisossomos, expondo o genoma viral. A partir do momento que temos a liberação do material 
genético conseguimos fazer as etapas seguintes; 
4 -Transcrição e tradução - processo pelo qual a informação genética é transferida para o local 
apropriado (ribossomo) e processo pelo qual são produzidas as proteínas, a partir de uma sequência de 
nucleotídeos, respectivamente. 
5 – Morfogênese – montagem das partículas víricas, ocorre no final do ciclo replicativo. Maturação por 
brotamento → vírus envelopados. A maturação consiste na formação das partículas virais completas, ou 
vírions, que em alguns casos requerem obtenção de envoltório lipídico ou envelope. 
6 - Regresso – saída do vírus da célula, pode ocorrer por lise celular ou brotamento. Na lise celular a 
quantidade de vírus produzida no interior da célula é tão grande que a célula se rompe, liberando novas 
partículas virais que vão entrar em outras células. Geralmente, os vírus envelopados realizam esse ciclo, 
ao passo que os envelopados saem da célula por brotamento.

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