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ESPIRITO SANTO 
ESTRATÉGIA DE MERCADO E COMPORTAMENTO DO 
CONSUMIDOR 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO – FAVENI 
 
 
CONCEITOS E SIGNIFICADOS DE ESTRATÉGIAS DE MERCADO 
 
 
Significado de estratégias de marketing 
 
Estratégias de marketing, também conhecido por estratégias de negócios, 
consistem em ações que são realizadas para atingir um objetivo específico relacionado 
ao marketing. Exemplos de objetivos específicos de marketing são: 
 capturar um número maior de clientes; 
 impulsionar as vendas; 
 conhecer novos produtos; 
 alcançar maior cobertura ou exposição de produtos, etc. 
O desenho de estratégias de marketing é uma das funções de marketing. Para a 
concepção de estratégias, deve-se analisar nosso público-alvo assim, então, com base 
nesta análise, pode-se projetar estratégias que devem atender suas necessidades ou 
desejos, ou tirar proveito de suas características ou hábitos. 
 Mas durante a criação de estratégias de marketing, deve-se também levar em 
conta a concorrência (por exemplo, projetar estratégias que se aproveitam de suas 
fraquezas, ou que são baseados em estratégias que estão dando-lhes bons resultados) 
e outros fatores tais como nossa capacidade e nosso investimento. 
Para uma melhor gestão das estratégias de marketing, estes são geralmente 
divididos ou classificados em estratégias para 4 aspectos ou elementos de um negócio: 
estratégias de produto, estratégias de preço, estratégias para a praça (ou distribuição) e 
estratégias para a promoção (ou comunicação). Estes são o conjunto de elementos 
conhecidos como os 4 P´S ou mix de marketing. 
Abaixo alguns exemplos de estratégias de marketing que podem ser aplicados a 
cada elemento que compõe o mix de marketing: 
 
 
 
 
Estratégias de produto 
 
Produto – Consiste em o produto bem ou serviço que pode ser oferecido ou vendido aos 
consumidores. Segue abaixo algumas estratégias que podem ser projetadas 
relacionadas ao produto: 
• incluir novas funcionalidades ao produto, por exemplo, dar ao mesmo novas 
melhorias, novas funções, novos utilitários, novos usos. 
• incluir novos atributos ao produto, por exemplo, dar um novo design, novas 
embalagens, novas cores, novo logotipo. 
• lançar uma nova linha de produtos. 
• expandir a linha de produtos. 
• lançar uma nova marca (sem remover o mercado que já temos). 
• incluir novos serviços adicionais que fornecem uma maior apreciação do produto 
ao cliente, por exemplo, incluem a entrega em domicílio, instalação, novas 
garantias, novas facilidades de pagamento, mais um Conselho sobre a aquisição 
de serviços. 
 
 
Estratégias de preço 
 
O preço é o valor que atribuímos aos nossos produtos, no momento de oferecer-
lhes aos consumidores. Segue abaixo algumas estratégias que podemos projetar 
relacionadas ao preço: 
• lançar um novo produto com um preço baixo, para que, dessa forma, consigamos 
uma resposta rápida no mercado. 
• lançar um novo produto com um preço alto, dessa forma, podemos criar uma 
sensação de qualidade, isso, de acordo com o público alvo escolhido. 
• reduzir o preço de um produto, para que dessa forma, consigamos atrair uma 
clientela maior. 
 
• reduzir os preços abaixo da concorrência, para que, dessa forma, podemos 
bloqueá-lo e ganhar mercado. 
 
 
Estratégias para a Praça ou distribuição 
 
A Praça ou distribuição consiste da seleção dos locais ou pontos de venda onde 
ele irá oferecer ou vender nossos produtos aos consumidores, bem como determinar a 
maneira em que produtos serão transferidos a esses lugares e pontos de venda. São 
algumas estratégias que podem ser aplicadas à Praça ou distribuição: 
• oferecer nossos produtos através da Internet, telefonemas, envio de e-mails, 
vistos em casa. 
• fazer uso de intermediários e, assim, alcançar uma maior cobertura de nossos 
produtos ou aumentar nossos pontos de venda. 
• Localizar nossos produtos em todos os pontos de venda ou podem ter 
(estratégia de distribuição intensiva). 
• Localizar nossos produtos apenas nos pontos de venda que são apropriados 
para o tipo de produto que nós vendemos (estratégia de distribuição selectiva). 
• Localizar nossos produtos somente em um ponto de venda que é exclusivo 
(estratégia de distribuição exclusiva). 
 
 
 
Fonte: comunicas.com.br 
 
 
Estratégias para a promoção ou comunicação 
 
 
 
Fonte: marketingsemgravata.com.br/ 
 
A promoção é para comunicar, informar, dar a conhecer ou fazer para lembrar a 
existência de um produto aos consumidores, bem como convencer, estimular, motivar 
ou induzindo a sua compra, compra, consumo ou uso. São algumas estratégias que 
podem ser aplicadas, relacionadas com a promoção: 
• criar novas ofertas como o 2 x 1,. 
• oferecer cupons ou vouchers de desconto. 
• dar presentes na compra de determinados produtos. 
• oferecer descontos de quantidade ou descontos por temporadas. 
• organizar sorteios ou concursos entre nossos clientes. 
• publicar anúncios em jornais, revistas ou Internet. 
• criação de boletins informativos eletrônicos ou tradicionais. 
• participar de feiras de comércio. 
• colocar empregos degustação. 
• organização de eventos ou atividades. 
• patrocinar para alguém, alguma instituição ou para qualquer outra empresa. 
• colocar anúncios em veículos de empresa ou transporte público. 
 
• criar sinais, painéis, posters, cartazes, folhetos, catálogos, folhetos ou cartões 
de visita. 
 
 
Definição de estratégias de mercado 
 
 
http://javiermegias.com/blog/2013/03/lanzar-producto-mercado-estrategia-startup/ 
 
 
Estratégias de mercado, de acordo com especialistas na área: 
Richard L. Sandhusen, em seu livro "Marketing", fornece a classificação de estratégias 
de crescimento para produtos existentes e novas adições ao portfólio de produtos ou 
estratégias para o crescimento do mercado: 
1. Estratégias de crescimento intensivo: consistem em "cultivar", de forma intensiva, 
os mercados atuais da empresa. São apropriados em situações onde as 
oportunidades existentes de "mercado" ainda não foram exploradas em sua 
totalidade e incluem as seguintes estratégias: ou estratégia de penetração: incide 
sobre a comercialização mais agressiva de produtos existentes (por exemplo, 
 
através de uma gama de preço mais acessível do que a concorrência e a 
publicidade, venda pessoal e atividades de promoção de vendas bastante 
agressivo). Este tipo de estratégia, em geral, produz receitas e utilitários porque: 
1) convence os clientes existentes para usar mais o produto, 
2) atrai os clientes da concorrência e 
3) convence não determinado a transformar clientes potenciais em clientes. 
 Ou estratégia de desenvolvimento de mercado: concentra-se 
em atrair Membros para novos mercados, por exemplo, os 
segmentos que não chegou ainda (como novas áreas geográficas). 
 Ou estratégia de desenvolvimento de produto: 
desenvolvimento de novos produtos para atrair Membros da já 
existentes mercados, por exemplo, inclui o desenvolvimento de 
uma nova apresentação do produto que fornecem benefícios 
adicionais aos clientes. 
 
2. Estratégias de crescimento Integrativa: explora a força que tem uma empresa em 
sua indústria a exercer controle sobre fornecedores, distribuidores e/ou 
concorrentes. Nesse sentido, uma empresa pode rolar para trás, para frente ou 
horizontalmente. 
 Ou integração para trás: ocorre quando a empresa aumentou seu 
controle sobre seus recursos de fonte; ou seja, que ele controla para seus 
fornecedores ou pelo menos seus principais fornecedores. 
 Ou encaminhar integração: ocorre quando a empresa aumenta seu 
controle sobre seu sistema de distribuição. Por exemplo, quando uma 
grande empresa é o proprietário de uma rede de estações ou lojas de 
serviço e controla o proprietário. 
 Ou integração horizontal: ocorre quando a empresa aumenta seu 
controle com relação a seus concorrentes. Por exemplo,em hospitais ou 
centros médicos negociar acordos de consórcio com médicos especialistas 
para que cada médico presta serviços em uma determinada especialidade 
 
(cirurgia plástica, ginecologia, pediatria, etc....), mas dentro do hospital ou 
centro médico. 
3. Estratégias de crescimento diversificada: são apropriados quando poucas 
oportunidades de crescimento no mercado lá é o objetivo da empresa. 
Geralmente, eles incluem diversificação horizontal, diversificação conglomerada 
e diversificação concêntrica. 
 Ou estratégias de diversificação horizontal: eles consistem de 
adicionar novos produtos para a linha de produtos da empresa, que não 
estão relacionados com os produtos existentes, mas que eles são 
projetados para atrair membros dos mercados, o objetivo da empresa. Por 
exemplo, quando o Mcdonalds adiciona brinquedos para sua combinação 
de hambúrguer para crianças, o que você realmente está fazendo é a 
adição de produtos não relacionados a suas linhas de produtos principais, 
mas que serve para atrair mais eficazmente a um grupo de clientes em seu 
objetivo de mercado (neste caso, crianças). 
 Ou conglomerado de estratégias de diversificação: consistem em 
venda de novos produtos não relacionados com a linha de produtos 
existentes, para assim atrair novas categorias de clientes. 
 Ou estratégias de diversificação concêntrica: introdução de novos 
produtos que têm semelhanças tecnológicas ou marketing com produtos 
existentes e são projetados para atrair novos segmentos de mercado. 
 
 
Fonte: infobase.com.br/ 
4. Estratégias de liderança de mercado: são utilizados por empresas que dominam 
o mercado com produtos superiores, eficácia competitiva ou ambos. Uma vez que 
 
a liderança da empresa alcançada em seu mercado, você tem duas opções 
estratégicas continuam a crescer: 
 Ou estratégia cooperativa: consiste em aumentar o tamanho total do 
mercado (a mesma empresa e concorrentes) para encontrar novos 
usuários e aplicações do produto ou serviço. 
 Ou estratégia competitiva: é alcançar uma quota de mercado 
adicionais investindo fortemente (por exemplo, na publicidade, venda 
pessoal, promoção de vendas e relações públicas) para capturar os clientes 
da concorrência. 
 
5. Desafio das estratégias de mercado: são estratégias que as empresas podem 
adotar contra o líder de mercado e são classificadas em três: 
 Ou ataque frontal: é atacar toda a mistura do mercado (produto, 
preço, distribuição, promoção) do líder. Geralmente feito pelos 
concorrentes mais fortes. 
 Ou ataque dos lados: consiste em enfocar os pontos fracos do líder, 
como o preço. Geralmente feito pelos concorrentes mais fracos. 
ou estratégias de encaminhamento: consiste em focando em áreas não 
cobertas pelo líder (geralmente, concorrentes que tem um produto ou 
serviço muito especializado realizada). 
 
6. Acompanhamento de estratégias de mercado: são empregados por empresas da 
concorrência que não estão interessadas em desafio para o líder de uma forma 
direta ou indireta. Essas empresas tentam manter a sua quota de mercado (e 
lucros), a seguir de perto a política de produto, preço, local e promoção da líder. 
 
7. Estratégias de nicho de mercado: são utilizados por concorrentes de menor 
dimensão que são especializados na manutenção de nichos de mercado e 
concorrentes maiores muitas vezes ignoram ou desconhecem sua existência. 
Este tipo de empresas oferecem produtos ou serviços muito específicos ou 
 
especializados para atender as necessidades de grupos pequenos (indivíduos ou 
organizações) mas homogênea em termos de suas necessidades ou desejos. 
 
 
Fonte: alandealmeida.com 
 
William Stanton, Michael Etzel e Bruce Walker, em seu livro "Fundamentos 
de Marketing", propuseram três estratégias para objetivo de mercados (que uma 
vez concluída uma segmentação de mercado pode ser usada): 
1. Congregação de estratégia de mercado: também conhecido como 
estratégia de mercado indiferenciado, ou uma estratégia de mercado de 
massa consiste em: 
 oferecer um produto único no mercado total, 
 projetar uma estrutura de preços e um sistema de distribuição de produto e 
 com um programa de promoção única voltada para o mercado inteiro. Este 
método também é conhecido como "espingarda ou Pelotas" porque procura 
alcançar um objetivo amplo com um único programa. 
2. Estratégia de um segmento: também chamada de estratégia de 
concentração, consiste em escolher como seu objetivo um segmento 
aberto do mercado total; portanto, um mix de marketing está ficando a esse 
segmento único. Essa estratégia permite que a empresa ou organização 
penetrar o segmento de mercado que optou por financiar e adquirir uma 
reputação como um especialista ou expert nesse segmento. 
 
3. Estratégia de vários segmentos: consiste em identificar como 
mercados meta dois ou mais grupos de clientes potenciais e gerar um mix 
de marketing para alcançar cada segmento; portanto, a empresa ou 
organização desenvolve uma versão diferente do produto básico para cada 
segmento, com preços diferenciados, de redes de distribuição e de 
programas de promoção sob medidos para cada segmento. Ricardo 
Romero, em seu livro "Marketing", menciona as seguintes estratégias de 
mercado: 
o Segmentação do mercado: é o processo que consiste 
em dividir o mercado total de um bem ou serviço em 
grupos menores, para que os membros de cada se 
assemelham a fatores que afetam a demanda a critério 
do Romero, um elemento crucial para o sucesso de 
uma empresa é a capacidade de segmentar 
corretamente seu mercado. 
o A extensão do mercado: é o conjunto de ações que 
serão usados em diferentes momentos da existência 
de um produto para sustentar suas vendas e lucros, 
em vez de sofrer o declínio normal. 
o Várias marcas: consiste no fornecimento de vários 
tipos em uma determinada categoria de produtos. 
 Extensão de marca: envolve o uso de uma marca em outros 
produtos. A finalidade das estratégias de mercado é a 
empresa ou organização fornecer um guia útil sobre como 
lidar com os desafios associados com diferentes tipos de 
mercado, portanto, fazem parte do nível de negócios 
planejamento estratégico. 
 
 
Fonte: business.trustedcompany.com 
 
Agora, durante a fase de planeamento, especificamente durante a seleção e 
desenvolvimento de estratégias de mercado, você precisa fazer uma análise cuidadosa 
das características da empresa ou organização, seu mix de marketing, mercado no qual 
será a oferta e as características dos concorrentes para escolher as ou as estratégias 
mais adequadas. Em outras palavras, é indispensável realizar um estudo do ambiente 
(externo e interno) da empresa ou organização antes de tomar uma decisão sobre 
estratégias de mercado que irá ser implantada. 
Em seguida, durante a fase de implementação de estratégias de mercado que 
prepararam o / a comerciante (s), é essencial para realizar um monitoramento constante 
dos objetivos que serão alcançados, desta forma, as decisões sobre se uma determinada 
estratégia é mantida ou mudar para outro de acordo com a atual situação. Por exemplo: 
no caso de uma empresa (que ocupa o segundo lugar em participação de mercado) 
pretende ser o líder, será necessário implementar uma estratégia de mercado por um 
desafio de ataque frontal para alcançar seu objetivo. Se depois de um tempo você obtê-
lo, você precisa mudar essa estratégia de mercado (inicial) uma estratégia de liderança 
competitiva, para reforçar a sua posição e afaste-se de seus seguidores. 
 
 
COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR: FATORES QUE INFLUENCIAM O 
COMPORTAMENTO DE COMPRA E SUAS VARIÁVEIS 
 
Na atualidade é de extrema relevância conhecer, estudar e monitorar 
constantemente o comportamento dos consumidores, pois, com essa preocupação, os 
profissionais de marketing e gestores empresariais podem detectar oportunidades e 
ameaças aos seus negócios com a possível insatisfaçãoou recusa de seus clientes. 
Na análise detalhada dos diversos comportamentos dos consumidores, é possível 
visar as melhores estratégias de lançamento de um produto ou a melhor forma de atacar 
na divulgação de um serviço, para que com isso, aconteça a relação que dar sentido ao 
trabalho dos profissionais da área de marketing, que dispõe da troca entre empresa e 
cliente, de forma a satisfazer as necessidades de ambos. 
O presente material estabelece além dos fatores que influenciam no 
comportamento dos consumidores, as variáveis de cada fator, para tornar visível a 
probabilidade de utilizar as mesmas para motivar, encantar e até fidelizar os clientes de 
forma a aumentar a lucratividade no orçamento empresarial e o ápice da satisfação por 
meio dos consumidores. 
 
 
 
 
Fonte: www.jrmcoaching.com.br/ 
 
FATOR CULTURAL 
 
Solomon (2002 p. 371) considera a cultura como "a acumulação de significados, 
rituais, normas e tradições compartilhadas entre os membros de uma organização [...] é 
a lente através das quais as pessoas enxergam os produtos". 
O convívio cultural é visto como a personalidade de uma sociedade evidenciando 
e assimilando aprendizados, valores percepções e preferências de uma organização ou 
sociedade. Nela inclui-se grupos com seus próprios modos de comportamento, e classe 
social, que são pessoas com valores, interesses e comportamentos similares. Assim, um 
entendimento das várias culturas, de uma sociedade, ajuda os profissionais de marketing 
a prever a aceitação dos seus produtos/serviços pelo consumidor. 
Os valores culturais são intensos, portanto, através de uma compreensão cultural 
podemos melhorar a eficácia das vendas e a ascensão de produtos ao mercado. Assim 
sendo, os profissionais de marketing têm maior probabilidade de sucesso quando 
agradam aos valores culturais de grupos. 
 
 
FATOR SOCIAL 
 
Determinados fatores sociais como os grupos de referência, família, amigos, 
papéis sociais e status exercem alto grau de influência sobre as pessoas. 
Do ponto de vista de marketing os grupos de referência servem como marco para 
atitudes ou comportamentos específicos para indivíduos nas suas compras ou decisões 
de compra, permitindo que pessoas ou grupos sirvam como ponto de comparação 
(SHIFFMAN & KANUK, 2000). 
Uma das principais variáveis dos fatores sociais são os grupos de referência e os 
mesmos se dividem em primários (família, amigos, vizinhos e colegas de trabalho), 
secundários (grupos religiosos e profissionais de classe), aspiração (grupos onde a 
pessoa espera pertencer) e dissociação (grupos com valores ou comportamentos que a 
pessoa rejeita). Dentre os grupos de referência, salienta-se que talvez o grupo familiar 
 
seja o mais importante determinante de comportamento do consumidor, devido à estreita 
e contínua interação entre os seus membros. 
Uma pessoa participa de muitos grupos e a posição dessa pessoa em cada grupo 
pode ser definida em termos de papéis e status. Dependendo da atividade que uma 
pessoa possui ou desenvolva ela possui mais status que outras, sendo assim as pessoas 
escolhem produtos que comunicam seus papéis e status na sociedade. 
 
 
FATOR PESSOAL 
 
As necessidades dos consumidores e a capacidade de satisfazer essas 
necessidades mudam de acordo com as influências, mas a pesar de suas limitações, o 
ciclo de vida pessoal é um ponto de partida útil para identificar de que maneira as 
necessidades mudam, para assim, utilizar disso como boas influências no processo de 
compra. 
Cada consumidor reage de forma distinta sob estímulos idênticos. A estrutura do 
conhecimento opinião ou crença, acerca do ambiente e de si próprios, leva os 
consumidores a agir cada um de maneira desigual. Pessoas originárias da mesma 
subcultura, classe social e ocupação podem ter diferentes estilos de vida, portanto, tipos 
de consumos diferentes. Ao profissional de marketing, exige-se, está atento as 
características de seus clientes para assertividade no ataque dos mesmos. 
 
 
FATOR PSICOLÓGICO 
 
O entendimento do comportamento humano se faz através do diagnóstico de suas 
necessidades, visto que todo o processo de tomada de decisão baseia-se na percepção 
das necessidades satisfeitas. As necessidades psicológicas surgem de estados de 
tensão psicológicos, como necessidades de reconhecimento, valor ou integração. 
 
Uma necessidade passa a ser um motivo quando alcança um determinado nível 
de intensidade. Um motivo é uma necessidade que é suficientemente importante para 
levar a pessoa a agir, a maneira como ela age é influenciada pela percepção que ela tem 
da situação. 
 
 
MOTIVAÇÃO 
 
A motivação é uma força interior que se modifica a cada momento durante toda a 
vida, onde direciona e intensifica os objetivos de um indivíduo. Dessa forma, quando 
dizemos que a motivação é algo interior, ou seja, que está dentro de cada pessoa de 
forma particular erramos em dizer que alguém nos motiva ou desmotiva, pois ninguém é 
capaz de fazê-lo. 
Existem pessoas que pregam a automotivação, mas tal termo é erroneamente 
empregado, já que a motivação é uma força intrínseca, ou seja, interior. Segundo 
Abraham Maslow, o homem se motiva quando suas necessidades são todas supridas de 
forma hierárquica. Tais necessidades devem ser supridas primeiramente no alicerce das 
necessidades escritas, ou seja, as necessidades fisiológicas são as iniciantes do 
processo motivacional, porém, cada indivíduo pode sentir necessidades acima das que 
está executando ou abaixo, o que quer dizer que o processo não é engessado, e sim 
flexível. 
Tomando a motivação para o âmbito da influência no ato da compra, vê-se que, 
para que o processo de compra aconteça com melhor precisão é preciso que o 
consumidor esteja motivado a comprar ou que a compra lhe traga essa motivação. 
A decisão de comprar um produto ou serviço é um momento importante para 
consumidores. Isto significa que as estratégias de marketing devem ser inteligentes, 
eficazes e direcionadas ao mercado-alvo de acordo com o conhecimento percebido da 
maneira que cada consumidor obtém seus produtos ou serviços. Dentro deste contexto, 
uma análise das influências no processo de compra dos consumidores finais - o que 
 
pensam, como agem, quem influencia suas decisões - passa a ter uma importância 
fundamental. 
Em resposta ao objetivo deste artigo, observa-se então que as compras realizadas 
pelos consumidores são baseadas na motivação e expectativas de consumo. Neste 
sentido, as influências tornam-se decisivas no momento da efetivação da compra. Tanta 
os fatores culturais, sociais, pessoais e psicológicos se fazem importante compreender, 
mas cabe ressaltar que dentre as principais influências ressaltadas, talvez à família seja 
a mais importante determinante no processo de compra, devido à estreita e contínua 
interação entre seus integrantes. 
Enfim, para garantir a compra e fidelização do cliente, é relevante analisar o 
comportamento do consumidor e usar de influências para motivar e finalizar o processo 
de compra de forma que o resultado seja satisfatório para ambos os envolvidos. 
 
Fonte: nerciahouse.wordpress.com/ 
 
 
A CARACTERIZAÇÃO DOS PRODUTOS E SEU FLUXO NA LOGÍSTICA 
 
- Produto na cadeia de suprimentos: constitui-se num conjunto de 
características que o gestor logístico deve adaptar aos seus objetivos. 
 
- Na medida em que as características do produto forem sendo ajustadas e 
readaptadas, gerando uma melhoria no posicionamento da empresa no mercado, estará 
sendo criada uma vantagem competitiva. 
- O produto deve ser o centro do foco no projeto do sistema logístico, porque ele 
é a entidade fundamental no fluxo da cadeia de suprimentos. O produto é o gerador das 
receitas da empresa. 
 
 
Fonte: startupi.com.br/ 
 
- As dimensões básicas do projeto de sistemas logísticos são representadas 
por duas características do produto: embalagem e preço.- Todo produto é o resultado de um processo ou atividade qualquer. Ele, o produto, 
é composto por uma parte física perceptível, e uma outra intangível, que se 
complementam. 
 
- Parte física do produto: composta por características tais como o peso, a 
forma, o volume e também aspectos referentes à performance e à durabilidade. 
 
- Aspectos intangíveis do produto: relacionados com o suporte pós-venda, a 
reputação da empresa, a capacidade de adaptação das operações com as necessidades 
do cliente, a comunicação que permite disponibilizar informação correta e atualizada (o 
rastreamento de uma encomenda, por exemplo), ou a disposição de assumir e 
responsabilizar-se por erros. 
 
 
- Classificação dos produtos e serviços: produtos de consumo e produtos 
industriais. 
 
- Produtos de consumo: aqueles diretamente dirigidos para o consumidor final. 
 
- Classificação dos produtos de consumo: 
• produtos de conveniência, 
• produtos de concorrência, e 
• especialidades. 
 
 
Fonte: portallogistico.com.br/ 
 
- Produtos de conveniência: bens e serviços mais rotineiros do mercado. De 
fácil acesso ao público. Dependem de uma ampla estrutura de distribuição e de múltiplos 
pontos-de-venda. 
 
- Produtos de concorrência: aqueles sobre os quais o cliente está disposto a 
fazer uma pesquisa prévia antes do ato de compra, que serve para comparar um produto 
com outro similar e buscar melhor custo/benefício. 
 
 
- Produtos de especialidade: aqueles destinados a clientes especiais que estão 
dispostos a sacrifícios para obtenção do bem. Produtos destinados a nichos de mercado. 
Constituem-se em oportunidades a serem aproveitadas na estratégia de marketing da 
empresa. 
 
- Produtos industriais: aqueles utilizados na elaboração de outros bens e 
serviços. Fazem parte da linha de produção desses bens. Geralmente, são os 
compradores que vão até os fornecedores na busca por seus produtos, e, por essa 
razão, não é conveniente empregar uma classificação baseada em padrões de compra. 
 
- Classificação dos produtos industriais: baseada no grau de influência de sua 
entrada na linha de produção. 
 
- Produtos que integram os produtos finais: matérias primas e componentes. 
 
- Produtos que participam do processo de fabricação: máquinas e 
equipamentos. 
 
- Produtos que não entram diretamente no processo de fabricação, mas que 
são também importantes: serviços associados aos negócios. 
 
- No caso de produtos de concorrência, onde o cliente está disposto a fazer uma 
pesquisa prévia antes do ato de compra, a ênfase a ser dada consiste em destacar a 
qualidade do serviço e não em ampliar a sua oferta em múltiplos pontos-de-venda. 
 
 
Fonte: blog.sage.com.br/ 
 
- Ciclo de vida do produto: os produtos em geral não evidenciam o seu maior 
volume de vendas logo após seu lançamento e tampouco conseguem manter o pico de 
vendas por muito tempo. 
 
- Os produtos possuem um padrão evolutivo de seu volume de vendas, que 
pode ser dividido em quatro etapas: lançamento, crescimento, maturidade e declínio. 
- Em cada etapa do ciclo de vida, é necessária a utilização de uma estratégia 
diferente de distribuição física, para aproveitar melhor o volume de vendas do produto. 
 
- Primeira fase do ciclo – estágio de lançamento: ocorre imediatamente após 
a introdução do novo produto no mercado. No início, não é possível adquirir vantagem 
competitiva em custo por um volume de vendas, pois o produto ainda não tem aceitação 
generalizada. Sua distribuição física é cautelosa, com os estoques restritos a um número 
pequeno de locais. A disponibilidade do produto nessa fase é limitada. 
 
- Estágio seguinte – Crescimento: depende da aceitação do público-alvo em 
relação ao produto lançado. Se for aceito, as vendas tendem a crescer. Uma análise de 
mercado é extremamente importante, haja vista que não se tem um histórico a partir do 
qual se possa basear a estratégia de distribuição física do produto e o nível de estoque 
a ser utilizado. Paralelamente ao crescimento da aceitação do produto pelo mercado, 
 
sua distribuição e a correspondente disponibilidade também aumentam na mesma 
proporção para suprir a demanda crescente. 
 
- Estágio de crescimento do produto: pode ser muito rápido, seguido de um 
período mais prolongado que corresponde ao estágio de maturidade. 
 
- Estagio de maturidade: volume de vendas evolui lentamente, tendendo a 
permanecer estável, sem muitas variações drásticas. Permite que seja feito um 
adequado balanceamento entre a produção e a distribuição do produto. Empregam-se 
muitos pontos de estocagem e verifica-se um bom controle sobre a disponibilidade do 
produto ao longo do mercado. 
 
 
http://vanzolini.org.br/weblog/ 
 
- O mercado global hoje é permeado pela incerteza e pela variabilidade. 
 
- Fase da maturidade: necessária uma análise do real posicionamento do 
produto dentro do mercado, levando em conta possíveis redirecionamentos e 
redefinições do mesmo. 
 
 
- Fase do declínio: se o produto não for redirecionado: posteriormente à fase de 
maturidade, provavelmente o declínio das vendas do produto se manifestará, seja pela 
evolução tecnológica ou pelo esgotamento do interesse do cliente. Isso afeta diretamente 
o volume de vendas do produto, levando a um reajuste das políticas de estocagem e 
distribuição. 
 
 
- Aspectos fundamentais para o estabelecimento de estratégias relativas aos 
produtos na logística: 
 
• peso do produto; 
• volume; 
• perecibilidade; 
• inflamabilidade; 
• substituibilidade. 
 
- Pela combinação dessas características, é possível obter os indicativos de 
necessidade de armazenagem, estocagem, transporte, manuseio do material e 
processamento do pedido. 
 
-Parâmetros empregados para verificar esses atributos de forma mais 
eficiente: quociente peso-volume; quociente valor-peso; substituibilidade; e 
características de risco. 
 
- Quociente peso-volume: a relação entre o peso e o volume pode influenciar o 
custo de transporte e de estocagem de um produto. Os produtos densos (que possuem 
um quociente peso-volume alto) apresentam custos de transporte e armazenagem 
baixos. 
 
 
- Exemplo de produtos com quociente peso-volume alto: aço laminado, 
materiais de impressão e alimentos enlatados. 
 
- Exemplo de produtos com quociente peso-volume baixo: bolas infladas, 
batatas fritas ou abajures. 
- Nos produtos com quociente peso-volume baixo, a capacidade de volume dos 
equipamentos de transporte se esgota muito antes de sua capacidade de peso, de tal 
forma que, sob a ótica dos custos de manuseio e estocagem com base em peso, esses 
produtos tendem a encarecer o transporte, assim como a estocagem. 
 
- Quociente valor-peso: Os valores financeiros da movimentação e da 
armazenagem dos produtos constituem, também, um fator importante para a tomada de 
decisão de transporte e estocagem, porque se relacionam com os custos logísticos 
totais. 
 
 
Fonte: www.axellog.com.br/ 
 
 
- Produtos que apresentam um baixo quociente valor-peso: aqueles que 
possuem baixos custos de estocagem. Apresentam altos custos de movimentação, em 
termos de porcentagem dos preços de venda. 
 
- Exemplo de produtos que apresentam um baixo quociente valor-peso: 
carvão, minério de ferro, bauxita e areia. 
 
- Produtos com alto quociente valor-peso: apresentam custos elevados de 
armazenagem e baixos custos de movimentação. 
 
- Exemplos de produtos com alto quociente valor-peso: equipamentos 
eletrônicos, joias e instrumentos musicais. 
- Um baixo valor do produto corresponde a um baixo valor de armazenagem, pois 
o custo de armazenagem é função do capital de giro investido no estoque. No caso do 
transporte, o fator dominante é o peso, e por isso, quando o valor do produto é baixo, os 
custos do transporte representam uma elevada proporção do preço de venda. 
 
- Substituibilidade: ocorre todas as vezesque os clientes de uma empresa veem 
pouca ou nenhuma diferença entre os produtos por ela oferecidos e os de provedores 
concorrentes (diz-se que os produtos são altamente substituíveis – o cliente facilmente 
se disporá a comprar uma outra marca em função da disponibilidade imediata dela, em 
vez de comprar a sua primeira opção de marca, caso ela não esteja disponível). 
 
- Exemplos de produtos com elevada substituibilidade: os produtos 
alimentícios e os remédios que usam substâncias genéricas, como dipirona ou ácido 
ascórbico. 
 
- Substituibilidade: é preciso que os gestores da distribuição atuem de forma a 
assegurar a disponibilidade, para que os clientes não cogitem a hipótese de adquirir outra 
marca substituta. 
 
 
- Substituibilidade de um produto: consiste na perda de vendas para um similar. 
O profissional de logística deve enfrentar essa questão lançando mão de opções de 
transporte e/ou armazenagem. 
 
- Características de risco de um produto: perecibilidade; inflamabilidade; valor; 
tendência a explodir; e facilidade de ser furtado ou roubado. 
 
- Para os casos de produtos que apresentam elevados riscos de furto, como 
canetas, relógios ou cigarros, devem ser adotadas medidas especiais para o seu 
transporte e manuseio. Nos casos de produtos perecíveis, o uso de embalagens 
especiais e de transporte e armazenagem com refrigeração também se constitui em 
medida recomendável. 
 
- Cinco passos bem definidos para o projeto de acondicionamento para produtos 
frágeis: 
• definir o ambiente (riscos logísticos); 
• definir a fragilidade (características do produto); 
• realizar qualquer mudança necessária na produção; 
• escolher a melhor embalagem para oferecer a proteção necessária e fabricar 
um protótipo da embalagem; e 
• testar o protótipo. 
 
- Características relevantes do produto: aquelas que podem ser danificadas durante 
a distribuição. 
 
- Exemplos de casos de danificação de produtos durante a distribuição: tendência 
de alguns alimentos e outros produtos se deteriorarem com o tempo (devido à 
temperatura, exposição ao oxigênio do ar, umidade ou contaminação de insetos); 
tendência de alguns produtos atritarem ou desemulsionarem (perderem a condição de 
 
emulsão ou mistura, ficando separados em fases) durante a vibração do veículo em 
trânsito; e a vulnerabilidade de alguns componentes eletrônicos à descarga eletrostática 
e a própria fragilidade dos produtos e embalagens que podem quebrar quando caem 
durante operações de movimentação de material. 
 
- Antes de projetar a embalagem, devemos determinar o esforço que o produto 
pode suportar. 
 
- Os riscos de um sistema logístico dependem dos tipos de transporte, estocagem 
e movimentação usados: exemplo, o transporte com carga completa geralmente 
provoca menos danos do que o transporte com carga incompleta, no qual as embalagens 
são manuseadas repetidamente durante as operações de transporte de carga e têm 
muito mais chances de caírem ou serem colocadas entre ou ao lado de cargas 
potencialmente danosas. 
 
 
Fonte: www.motoboy.com/ 
 
- O embarque ferroviário pode provocar danos devido à troca e à acoplagem de 
vagões. 
 
 
- As características do armazém determinam a altura de empilhamento e o 
potencial para infestação de insetos e poeira. 
 
- O transporte marítimo sujeita os produtos a altos níveis de umidade. 
 
- Em muitos casos, custa muito menos reduzir os riscos do que “melhorar” a 
embalagem. 
 
- Exemplos de métodos alternativos de transporte que podem reduzir os riscos de 
transporte: equipamentos especiais, refrigeração e/ou transportadoras dedicadas. 
 
- A maioria dos produtos é distribuída com algum tipo de embalagem. 
 
- Exceções de produtos que são distribuídos com algum tipo de embalagem: 
matérias-primas a granel, automóveis e alguns artigos de mobiliário. 
 
- Razões pelas quais as empresas incorrem em despesas com embalagem: 
• facilita a armazenagem e o manuseio; 
• aumenta a eficiência dos equipamentos de transporte; 
• protege o produto; • promove a venda; 
• altera a densidade do produto, aumentando a eficiência do transporte baseado 
em peso-volume; 
• facilita o uso; 
• proporciona ao cliente um valor de reuso da embalagem (copos de vidro). 
 
- Porque a embalagem é item de fundamental importância para a logística: 
possui relacionamento em todas as áreas, e é essencial para atingir o objetivo logístico 
de disponibilizar as mercadorias no tempo certo, nas condições adequadas, ao menor 
custo possível, principalmente na distribuição internacional. 
 
 
- Para um profissional da área de distribuição, a embalagem pode ser classificada 
como uma forma de proteger o produto durante sua movimentação. Para um profissional 
de marketing, a embalagem é muito mais uma forma de apresentar o produto, visando 
atrair os clientes e aumentar as vendas, do que uma forma de protegê-lo. 
 
- A embalagem tem interação com todas as funções da logística, armazenamento, 
manuseio, movimentação de materiais e transporte. Dessa interação com as funções 
logísticas, pode-se conseguir redução de custos, de tempo na entrega final do produto, 
redução de perdas e aumento do nível de serviço ao cliente. 
 
- A movimentação de materiais dentro dos armazéns e na troca de modal de 
transporte constitui a maior probabilidade em que as embalagens sofrem os maiores 
impactos, causando danos no produto. 
 
- A embalagem proporciona a proteção necessária ao produto durante o processo 
de armazenagem, assegurando sua integridade, podendo proporcionar uma melhor 
utilização do espaço nos armazéns e facilitar a identificação e separação dos produtos, 
evitando retrabalho com correções. 
 
- Maiores riscos durante o processo de transporte: 
• alterações de clima; 
• impactos com aceleração; 
• vibrações; 
• choque; 
• umidade. 
 
 
 
 
 
 
A GESTÃO DE ESTOQUES 
 
 
Aspectos Introdutórios 
 
- Finalidades da manutenção dos estoques: 
(a) garantir o funcionamento da empresa, para não ocorrer demora ou atraso na 
entrega; 
(b) proporcionar economias de escala, por meio da compra ou produção de lotes 
econômicos ou em razão da maior flexibilidade no processo produtivo. 
 
-Transformações no ambiente de negócios que contribuem para a redução 
dos custos: 
• formação de parcerias entre clientes e fornecedores; 
• contratação de prestadores de serviços logísticos; 
• disseminação de tecnologias de informação e comunicação. 
 
- Principais objetivos do gerenciamento de estoques: planejamento e controle 
das quantidades que entram e saem dos estoques. 
 
- Funções que devem ser desempenhadas para o planejamento dos níveis 
de estoque com eficiência: 
• cálculo do lote mínimo; 
• cálculo do estoque de suprimento; 
• cálculo do estoque máximo; 
• recebimento de material do fornecedor; 
• identificação e armazenagem de material; 
• conservação do material em condições adequadas; 
• manutenção e organização do depósito. 
 
 
- Formação dos estoques: se dá em razão do desequilíbrio entre o fornecimento 
e a demanda por um determinado produto. Quando o ritmo da demanda é maior do que 
o fluxo de fornecimento, o estoque diminui, podendo faltar material ou produto. Se o ritmo 
de fornecimento superar a demanda, os estoques se acumularão. 
 
- Classificações de estoques: Estoque de antecipação; Estoque de flutuação ou 
estoque de segurança; Estoque por tamanho de lote ou estoque de ciclo; Estoque de 
especulação ou de proteção (HEDGE); Estoque em trânsito ou estoque no canal de 
distribuição. 
 
- Estoque de antecipação: aplicado para produtos com comportamento sazonal 
de demanda, como fabricantes de sorvetes, ovos de Páscoa, calendários, etc. Esses 
produtos enfrentam condições diferenciadas de demanda. São feitos previamente e 
consumidos nos momentos de pico. 
 
- Estoque de flutuação ou estoque de segurança: para protegera empresa 
contra imprevistos na demanda e no suprimento. É um acréscimo ao estoque normal 
necessário para suprir as condições de demanda média e do prazo de entrega médio. 
São produtos que, quando não estiver disponível, o consumidor acaba levando um 
similar da concorrência, ainda que em menor quantidade. 
 
- Estoque por tamanho de lote ou estoque de ciclo: quando os pedidos exigem 
um lote mínimo de produção ou venda, normalmente maior que a quantidade para 
satisfazer uma demanda imediata. Quando o custo do produto em relação ao frete a ser 
pago é baixo, torna-se compensatório manter esse tipo de estoque. 
- Estoque de especulação ou de proteção (HEDGE): protege a empresa contra 
eventualidades que envolvam especulações de mercado relacionadas às greves, ao 
aumento de preços, à situação econômica e política instável e ao ambiente inflacionário 
e imprevisível. 
 
- Estoque em trânsito ou estoque no canal de distribuição: movimentação 
física de materiais e produtos entre os elos do canal de suprimentos. Quando a 
movimentação é lenta e/ou as distâncias são longas ou ocorrem muitos elos na rede de 
suprimentos, o volume dos estoques no canal tende a superar muitas vezes aquele 
existente no depósito. 
 
- Estágios de estoques em trânsito: 
(1º) Suprimento (compreende os recebimentos programados, em trânsito e já 
pagos); 
(2º) Processamento interno (Ocorrem dentro da fábrica, em processo, que de 
alguma forma exigem movimentação); E 
(3º) Entrega de produto (produtos que estão sendo transportados, mas que ainda 
não foram pagos pelo cliente). 
 
 
http://www.myrp.com.br/controle-de-estoque/ 
 
- Fatores que afetam os estoques: 
(1º) Sazonalidade e variação da demanda (quando a procura ocorre apenas 
durante certos períodos, como ovos de páscoa e sorvetes no verão); 
(2º) Diversidade ou variedade de produtos (quanto maior a diversidade de 
produtos, maior será o tempo necessário para a preparação); 
(3º) Tempo de vencimento ou período de vigência da validade (produtos com 
prazos de validade pequenos não podem ter estoques elevados); 
(4º) Tempo de produção (compreende tanto o tempo da produção propriamente 
dito como também o tempo de espera e de preparação das máquinas. Quanto maior for 
esse tempo, maior será a tendência de formação de estoques). 
 
 
- Categorias de estoques vinculadas ao fluxo de material e à forma em que 
seus itens podem ser encontrados nas diferentes etapas do processo do negócio: 
(a) Matéria-prima (sofre transformação durante o processo produtivo); 
(b) Produto em processo (em seus diferentes estágios nos processos de 
fabricação); 
(c) Produto semiacabado (fica armazenado, aguardando operações que os 
adaptem para diferentes usos); 
(d) Produto acabado (operações realizadas e completadas, testadas e aprovadas 
pelo controle de qualidade); 
(e) Estoque de distribuição (item inspecionado e testado, transferido ao centro de 
distribuição); 
(f) Estoque em consignação (produtos acabados, que permanece no cliente, mas 
continua sendo de propriedade do fornecedor até que seja consumido); 
(g) Provisão de materiais para manutenção, reparos e operações produtivas 
(usados para apoiar as operações de assistência técnica da organização) 
 
- Tipos de padrão de demanda: perpétuo (ciclo vida de cinco anos é suficiente 
para caracterizar uma demanda perpétua); sazonal (evidencia surtos ou picos de 
 
demanda); irregular ou errático (possui momento de demanda não previsível); terminal 
(demanda se esgota em algum momento, e não se estende por mais de um ano); e 
derivada (demanda deriva da demanda de outro produto). 
 
- Giro de estoque: mede a velocidade com que alguns elementos 
(material/estoque) se renovam na empresa. 
 
 
http://www.erpflex.com.br/blog/manual-do-controle-de-estoque 
 
- Dias em estoque = (Saldo contábil dos estoques x 360) /CMV 
- O giro tem relação direta entre o valor da venda e a quantidade em estoque. Se 
um item de maior valor de venda evidencia baixo saldo no estoque, significa que tem boa 
aceitação junto aos clientes, e não precisa oferecer descontos para incrementar mais 
ainda as vendas. Se um item de menor valor de venda evidencia uma maior quantidade 
no estoque, precisam de descontos especiais para reduzir o excesso de estoque, e 
devem ser revistos os pedidos de compras. 
 
- Estoque de segurança: quantidade mantida em estoque para suprir nas 
ocasiões em que a demanda seja maior do que a esperada 
 
- Cálculo do estoque de segurança: ES = Giro Médio Mensal x Dias de Atraso 
÷ 30 dias 
 
 
- Para saber o desempenho em termos de gerenciamento dos seus estoques, sob 
a ótica do giro: calcula-se o giro de estoque ((saldo estoque final x 306) /CMV). Quanto 
menor, melhor o desempenho. 
 
 
O CONTROLE DOS ESTOQUES 
 
- Fábrica tem como cliente uma montadora que faz poucos pedidos por mês, mas 
contendo grande quantidade; e as lojas, que fazem muitos pedidos, mas com poucas 
quantidades de vários modelos: a fábrica precisa ter em estoque toda a variedade e em 
quantidade, já que a exigência das montadoras é por grandes quantidades e a exigência 
das revendas é por variedade. A demanda das revendas deve ser tratada com o just in 
time, pela variedade e pequena quantidade com que ocorrem, reduzindo os estoques. A 
demanda das montadoras requer planejamento. 
- Estoques empurrados: mais apropriados quando a produção ou as compras 
excederem as necessidades de curto prazo dos estoques aos quais se destinam. 
 
- Quando lançamos mão de quantidades adicionais de produtos para fazer face 
às variações de demanda, estamos adotando procedimentos relativos aos métodos 
empurrados. 
 
- Pedidos de demanda única: referem-se aos produtos perecíveis, como frutas 
frescas, flores e alguns artigos farmacêuticos, assim como os jornais e revistas, pois são 
produtos que possuem vida útil curta e definida e não têm disponibilidade para períodos 
subsequentes de vendas. A questão é saber qual deve ser o volume desse pedido único. 
 
- Representa-se o tamanho econômico do pedido por Q*. 
 
- Para encontrarmos Q*, recorre-se ao momento em que o lucro marginal da 
unidade vendida se iguala ao custo marginal da não-venda da próxima unidade. 
 
 
- O lucro marginal por unidade vendida, bem como o prejuízo por unidade não 
vendida são dados por: 
Lucro = preço unitário – custo unitário 
Prejuízo = custo unitário – valor residual por unidade 
 
- Em casos que existe a impossibilidade de determinar a demanda e os prazos de 
entrega, emprega-se uma quantidade extra que é adicionada ao estoque, para evitar 
uma situação em que não haja estoques suficientes para atender às solicitações dos 
clientes. 
 
 
ORGANIZAÇÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS 
 
 
Fonte: logisticadesistemasscm.blogspot.com.br/p 
 
 
- Organização administrativa: estrutura que viabiliza as condições para a 
criação, a implantação, o controle e a avaliação dos planos estabelecidos. 
 
 
- Questão fundamental para o perfeito funcionamento do sistema logístico, 
sob a ótica da gestão logística e das cadeias de suprimentos: colocar os 
colaboradores da empresa responsáveis pelas atividades logísticas em posições na 
organização que facilitem e incentivem a organização plena entre elas. 
 
- A logística e o gerenciamento da cadeia de suprimentos (logística/CS) 
constituem-se em atividades essenciais que precisam ser desenvolvidas por todo o tipo 
de empresa ou instituição, e é preciso que elas desenvolvam algum tipo de arranjo 
organizacional, seja ele formal ou informal, para viabilizar o fluxo de produtos e serviços. 
- Objetivos amplos de desempenho para as operações produtivas, que 
podem ser associados para a atividade logística: qualidade, rapidez, confiabilidade, 
flexibilidade e custo. 
 
- Embora todos os responsáveis pelas áreas funcionais tenham os mesmos 
objetivos (maximizar o lucro da empresa), a abordagem de interfaceda logística em cada 
área é diferente. 
 
- Principal responsabilidade do marketing: promoção dos produtos na mente 
dos consumidores. 
 
- Principal responsabilidade das operações: buscar produzir ao menor custo 
unitário. 
 
- Principal responsabilidade da função financeira: buscar minimizar os custos 
de capital ou maximizar o retorno sobre os investimentos para a empresa. 
 
- É necessário promover uma integração da logística/CS em cada uma dessas 
funções (marketing, operações e financeira). 
 
 
- Múltiplos objetivos podem ser perseguidos pelas áreas (ou funções 
primárias), dependendo da abordagem: 
• objetivo qualidade (a qualidade reduz custos, aumenta a confiabilidade); 
• objetivo rapidez (a rapidez reduz estoques e reduz risco); 
• objetivo confiabilidade (a confiabilidade economiza tempo, economiza dinheiro e 
dá estabilidade); 
• objetivo flexibilidade (a flexibilidade agiliza a resposta, economiza tempo e 
mantém a confiabilidade); e 
• objetivo custo (o custo é afetado por outros objetivos de desempenho). 
 
- Algumas das responsabilidades do gerente de produção: 
• devem traduzir a direção estratégica de uma empresa em ação operacional; 
• devem projetar a operação, não só com relação aos produtos e serviços, mas 
também com relação aos sistemas ou processos que os produzem; 
• devem planejar e controlar as atividades das operações ao decidir quando e 
onde as atividades ocorrerão e, ao detectar, reagir a quaisquer desvios dos planos; 
• devem aperfeiçoar o desempenho da operação com referência a seus objetivos 
estratégicos, por meio da combinação de atividades de melhoria; e 
• as responsabilidades indiretas incluem trabalho conjunto com outras áreas 
funcionais do negócio. 
 
- A estruturação da atividade logística e da cadeia de suprimentos é 
correlacionada com a estrutura da organização, necessariamente. 
 
- Principais questões que devem ser decididas na definição do 
posicionamento das atividades logísticas: 
• centralização versus descentralização (agrupar as atividades perto da cúpula 
administrativa, ou mantê-las dispersas ao longo das divisões das grandes empresas); 
• assessoria versus linha (são muitas as empresas que não criam organizações 
dotadas de responsabilidade de linha, sobre a movimentação ou estocagem de produtos. 
 
É mais interessante o estabelecimento de uma organização de assessoria, ou 
consultoria, para o atendimento das questões logísticas); e 
• utilizar modelos para uma empresa grande ou uma empresa pequena (há 
problemas logísticos tanto nas pequenas empresas quanto nas grandes corporações. As 
atividades logísticas são até mais importantes para as pequenas empresas, haja vista 
que elas não tiram proveito das compras e remessas em grandes volumes, ao contrário 
do que ocorre com as grandes organizações). 
 
- A vantagem na adoção da forma centralizada assegura a manutenção de um 
rígido controle sobre as atividades logísticas para auferir as vantagens decorrentes do 
aumento de eficiência relativas aos ganhos de escala das atividades logísticas sob o 
comando de um único diretor. 
 
- Emprego de uma organização descentralizada permite reação logística mais 
rápida e mais padronizada às necessidades dos clientes. Esse tipo é mais conveniente 
quando as linhas de produtos possuem características distintas de marketing, de 
logística e de manufatura, e em situações nas quais não é possível obter expressivos 
ganhos de escala. 
 
 
http://www.frenet.com.br/blog/gestao-de-logistica-do-e-commerce/ 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
ASLOG. Trabalho Apresentado no ‘Logística 97’ – Conferência Anual Da Aslog (Assoc. 
Bras. De Logística) em abril/97. Disponível em: 
http://www.belge.com.br/noticias/cases/13/ Acesso em: 16 nov. 2003. 
 
BALLOU, Ronald H., Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: planejamento, 
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integração da cadeia de suprimento. Tradução Equipe do Centro de Estudos em 
Logística, Adalberto Ferreira das Neves; coordenação da revisão técnica Paulo 
Fernando Fleury, César Lavalle. São Paulo: Atlas, 2001. p.581 
 
CHIES, Carlos - Gerente de Logística da Bunge Alimentos - Div. Santista, Otimização 
do Supply Chain da Bunge - Div. Santista Alimentos, 2001. Disponível em: 
http://www.belge.com.br/noticias/cases/bungesantista/ Acesso em 16 nov. 2003. 
 
DORNIER, Philippe-Pierre et al, Logística e Operações Globais: textos e casos. São 
Paulo: Atlas, 2000. p.711 
 
FLEURY, Paulo Fernando et al., Logística Empresarial: a perspectiva brasileira. São 
Paulo: Atlas, 2000. p. 371 – (Coleção COPPEAD de Administração) 
 
GATES, George – DuPont, Dupont economiza milhões com modelagem de sua 
logística, Disponível em http://www.belge.com.br/noticias/cases/10/ Acesso em 16 nov. 
2003. 
 
MARTINS, Petrônio Garcia e Alt Paulo Renato Campos. Administração de Materiais e 
Recursos Patrimoniais. São Paulo: Saraiva, 2000. p. 443 
 
Webster`S New Encyclopedic Dictionary (New York: Black Dob & Leventhal Publishers, 
1993, 590. 
http://www.belge.com.br/noticias/cases/13/
http://www.belge.com.br/noticias/cases/bungesantista/
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