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1) Quais são as posições dos autores sobre a desobediência civil? Para uma análise mais profunda do que seja ou do que se entenda por desobediência Civil, é necessário que a se faça uma análise e estudo do que seja Estado, Poder, Ideologia, Liberdade, Autoridade e Democracia, institutos que entre outros norteiam basicamente todas as formas de vida no mundo. A Desobediência Civil é um mecanismo que a sociedade tem a seu alcance para a busca de seus direitos e para a garantia de alguns direitos já estatuídos, mas que estão sujeitos de serem alterados, a Desobediência Civil é considerada uma forma de expressão do Direito de Resistência que possui cunho jurídico, mas não precisa de leis para garantia. De acordo com Aureo Braga (2002), Rawls busca antever de que forma a desobediência civil recorre à legitimidade e ao senso de justiça dos indivíduos do meios social, “vinculando os juízos ponderados e julgamentos dos cidadãos aos princípios políticos esculpidos numa constituição justa. A Desobediência Civil está no mesmo patamar jurídico do Direito de Greve e do Direito de Revolução, o qual se refere ao direito do povo de resguardar sua soberania quando é ofendida. 2) Quais são as posições dos autores sobre o poder? Segundo Foucault, o poder consiste em um conjunto de relações que gera assimetrias e atua de forma permanente, se irradiando de baixo para cima, fundamentando as instâncias de autoridade, principalmente os "poderes" instituídos do Estado. O poder não seria um bem, um objeto, algo que possa ser comprado, vendido ou cedido a alguém, mas sim exercido. O que existe são práticas, são relações de poder. Essas relações funcionariam como uma rede, em que todo mundo sofre ou exerce algum tipo de influência. O poder não pode ser localizado. O poder está em toda parte, não porque englobe tudo, mas porque vem de todos os lugares da sociedade. Deve ser entendido como algo que circula entre as pessoas, mas sem se localizar em nenhuma delas. Essa circulação não funciona de modo linear, mas sim de modo sistemático, da qual qualquer pessoa, em qualquer lugar pode fazer parte. Michel Foucalut procurava entender de que forma o conhecimento era usado para controlar e definir o poder. Ele acreditava que o poder produzia saber. Para ele, o poder só conseguia se manter porque produz. Se o poder fosse usado negativamente para oprimir as pessoas, ele não conseguiria se manter. Por fim, existiriam dois dispositivos para o exercício do poder: a vigilância e a punição. Foucault considera que poder não é uma coisa, não é algo que se possa possuir, mas sim uma relação. Sendo assim, para ele as pessoas não possuem poder, mas estabelecem relações de poder. 3) Qual é a posição dos autores sobre a justiça? Em sua obra, o filósofo argumenta que uma maneira de se pensar a justiça como um conceito apresentado pelo filosofo John Rawls a respeito de justiça é uma concepção de justiça como equidade e com leve teor do contratualismo do século XVII, para Rawls o conceito de justiça como equidade trata-se de uma posição original de igualdade que corresponde ao estado de natureza na teoria tradicional do contrato social. Esses são os princípios que pessoas livres e racionais preocupadas em promover seus próprios interesses, aceitariam uma posição inicial de igualdade como definidores dos termos fundamentais de sua associação (CER. BITTAR, p. 411). Portanto, a justiça não é um objeto concreto, mas sim uma construção pela qual todos nós somos responsáveis. Hans Kelsen (1881-1973), filósofo jurista austríaco, apresenta a ideia de justiça como algo além da apreensão cognitiva, isto é, algo além de nossas capacidades sensoriais, pois se trata de um julgamento de valor completamente dependente de nossa constituição moral. Isso quer dizer que o conceito de justiça depende da moral e dos valores existentes em uma sociedade, diferentemente de noções como “igualdade” ou “liberdade”, que, embora sejam objetos abstratos e conceitos teóricos, podem ser verificados de forma empírica dentro de um dado contexto. A concepção de justiça como equidade, a partir da obra de Rawls e Daniels, seria aquela que, além de garantir o exercício das liberdades básicas, asseguraria a todos, de forma equânime, a distribuição dos bens primários essenciais, compensando-se, sempre que possível, as loterias biológicas e sociais. Pergunta bônus: Disserte acerca das principais de Teorias de Justiça? E que é Justiça? A interpretação kantiana não pretende ser uma interpretação da doutrina real de Kant, mas antes uma interpretação da teoria da justiça como eqüidade. A teoria da justiça de John RALWS (2000), contida na obra “Uma teoria da justiça”, é uma das mais importantes desenvolvidas no século XX. Pretende RAWLS “elaborar uma teoria da justiça que seja uma alternativa para essas doutrinas que há muito tempo dominam a nossa tradição filosófica a utilitária e a intuicionista” (p. 3). A Justiça é um conceito abstrato que se refere a um estado ideal de interação social em que há um equilíbrio, que por si só, deve ser razoável e imparcial entre os interesses, riquezas e oportunidades entre as pessoas envolvidas em determinado grupo social. A justiça é o pilar mais forte do Estado democrático de Direito. Todos os direitos sociais, os princípios de igualdade precisam estar sempre balizados por uma ação da Justiça. Quando esses direitos são violados, colocados em xeque, a Justiça chega para esse equilíbrio. REFERÊNCIAS: BRAGA, Aureo Rogério Gil. A desobediência civil e o liberalismo político de John Rawls. Dissertação. Porto Alegre: PUCRS, 2002, 123 p. BITTAR, Eduardo Carlos Bianca. Curso de Filosofia do Direito. 1º Ed. São Paulo: Atlas, 2001. RAWLS, John. Uma teoria da justiça. São Paulo: Martins Fontes, 2000. FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Organização e tradução de Roberto Machado. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979.
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