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Lipoproteínas Plasmáticas - Bioquímica - Super Material - SanarFlix

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Lipoproteínas 
plasmáticas
SUMÁRIO
1. Visão geral .................................................................................................................... 3
2. Estrutura e composição das lipoproteínas ................................................................ 4
3. Funções das apolipoproteínas .................................................................................... 7
4. Distúrbios hereditários relacionados ao metabolismo defeituoso 
das lipoproteínas .......................................................................................................... 8
Referências bibliográficas ............................................................................................... 12
Lipoproteínas plasmáticas   3
1. VISÃO GERAL
As lipoproteínas plasmáticas são partículas de diferentes tamanhos e densidade 
que transportam os triacilgliceróis (triglicerídeos) e o colesterol entre os órgãos e 
tecidos. O metabolismo da lipoproteína está intimamente ligado com o metabolismo 
de substratos para energia. As lipoproteínas plasmáticas transportam os lipídios, 
colesterol e triglicerídeos de baixa solubilidade de e para os tecidos. As lipopro-
teínas plasmáticas são compostas de apoproteínas, fosfolipídios e colesterol. Os 
quilomícrons transportam o triacilglicerol da dieta, enquanto o VLDL transporta o 
triacilglicerol sintetizado no fígado. A lipoproteína de baixa densidade (LDL) fornece 
colesterol aos tecidos para uso na síntese e reparo da membrana. A lipoproteína de 
alta densidade (HDL) distribui o colesterol liberado durante o reparo da membrana 
para o fígado (ou seja, transporte reverso do colesterol). As hiperlipoproteinemias 
são produzidas por deficiências nos componentes de transporte de lipídios.
Figura 1. Lipoproteínas do sangue, LDL e HDL.
Fonte: Alila Medical Media/shutterstock.com.
Lipoproteínas plasmáticas   4
2. ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO 
DAS LIPOPROTEÍNAS
As partículas esféricas de lipoproteínas possuem um núcleo hidrofóbico de 
triacilgliceróis e ésteres de colesterol rodeado por uma camada de fosfolipídios 
associada ao colesterol e à proteína. Além de triacilgliceróis, as partículas de lipo-
proteínas contêm colesterol, fosfolipídios e proteínas (apolipoproteínas). Quanto à 
posição das proteínas na membrana das lipoproteínas, algumas estão embebidas na 
superfície da partícula, enquanto outras, são somente fracamente ligadas e podem 
ser facilmente trocadas. Eles também transportam vitaminas lipossolúveis, como a 
vitamina A e a vitamina E. Quatro classes de lipoproteínas plasmáticas diferem que 
circulam no sangue nas quantidades relativas de lipídios e proteínas que contêm: o 
Quilomicron possui como componentes os triacilgliceróis que é o mais alto em com-
paração as outras lipoproteínas; quanto ao colesterol é o que possui o mais baixo 
teor; em relação às proteínas possui o teor mais baixo delas; suas apolipoproteínas 
presentes na membrana são a B-48, C-II, E. Sua função é transportar o triacilglicerol 
da dieta para os tecidos periféricos (por exemplo, músculo, tecido adiposo) e o co-
lesterol da dieta para o fígado. Já o VLDL (lipoproteína de densidade muito baixa) 
possui como componentes os triacilgliceróis e colesterol em quantidade moderada; 
o teor de proteína baixo; suas apolipoproteínas são B-100, C-II, E. Como função, ela 
transporta triacilglicerol derivado do fígado para tecidos extra-hepáticos (por exem-
plo, tecido adiposo, músculo); quanto à metabolização, é formado e secretado pelo 
fígado e convertido em LDL por hidrólise de ácidos graxos pela lipase de lipoproteína 
capilar. O LDL (lipoproteína de baixa densidade) tem como composição triacilgli-
ceróis em quantidade baixa; colesterol é o mais alto; já a quantidade de proteína é 
moderada; sua apolipoproteína é a B-100. Como função distribui colesterol do fígado 
para os tecidos extra-hepáticos. Quanto ao metabolismo é derivado de VLDL, sendo 
endocitada por células-alvo com receptores de LDL e degradada, liberando coleste-
rol, o que diminui ainda mais a captação de colesterol. O HDL (lipoproteína de alta 
densidade) possui triacilgliceróis em baixa quantidade; colesterol em moderada 
quantidade; proteína em alta quantidade; suas apolipoproteínas são apo I, apo C-II 
e apoE. Como função, retira o colesterol das membranas celulares na periferia e o 
devolve ao fígado (ou seja, transporte reverso do colesterol). É secretado pelo fígado 
e intestino; ativa LCAT (lecitina colesterol aciltransferase) formando ésteres de co-
lesterol; transfere apoC-II e apoE para quilomícrons nascentes e VLDL. É considerado 
o “bom colesterol” e quanto maior a concentração, menor o risco de doença arterial 
coronariana. 
Além dos triacilgliceróis, as partículas nascentes de VLDL formadas no fígado 
também contêm algum colesterol, cerca de 17%, e inclui como componente proteico 
a apoB-100. Essas partículas VLDL obtêm apoC-II e apoE do HDL. A conversão de 
Lipoproteínas plasmáticas   5
partículas nascentes de VLDL circulantes em partículas de LDL ocorre por partículas 
de lipoproteína de densidade intermediária (IDL). A degradação dos triacilgliceróis 
pela lipoproteína capilar ativada por apoC-II converte partículas nascentes de VLDL 
em remanescentes de IDL, que são então convertidos em partículas de LDL. Os áci-
dos graxos e o glicerol são liberados na corrente sanguínea para serem utilizados 
pelo fígado e por tecidos alvos. As partículas de LDL que permanecem após o meta-
bolismo de VLDL e IDL são enriquecidas em colesterol, cerca de 45%, que entregam 
aos tecidos periféricos ou ao fígado. A apoB-100, a única apolipoproteína em LDL, li-
ga-se a receptores de LDL na membrana celular de células-alvo no fígado e outros te-
cidos. Após a endocitose mediada por receptor, o LDL é degradado nos lisossomos, 
liberando colesterol livre para uso na síntese de membrana, síntese de sais biliares 
(fígado) ou síntese de hormônio esteroide (tecidos endócrinos, ovários e testículos). 
O excesso de colesterol não necessário às células é esterificado pela enzima co-
lesterol aciltransferase (ACAT) e armazenado como ésteres de colesterol. O coleste-
rol livre no citosol tem as seguintes funções regulatórias: ativa ACAT; suprime a HMG 
CoA redutase diminuindo assim a “síntese de novo”, ou síntese endógena do coles-
terol. Também, suprime a síntese adicional do receptor de LDL e diminui ainda mais 
a captação de LDL. O HDL, o “colesterol bom”, é sintetizado no fígado e no intestino 
delgado e realiza o transporte reverso do colesterol dos tecidos extra-hepáticos para 
o fígado. HDL também atua como um repositório de apolipoproteínas (por exemplo, 
apoC-II e apoE), que podem ser doados de volta para VLDL e quilomícrons. A LCAT 
(lecitina-colesterol aciltransferase) medeia a esterificação do colesterol livre removi-
do dos tecidos periféricos por HDL. O HDL é convertido de forma discoide para uma 
forma esférica quando o colesterol esterificado é transferido para o centro da molé-
cula. O HDL transfere ésteres de colesterol para VLDL em troca de triacilgliceróis, e 
VLDL transfere triacilglicerol para HDL. Essa transferência é mediada pela proteína 
de transferência de éster de colesterol (CETP). Essa transferência explica por que 
um aumento no VLDL leva a uma redução nos níveis de colesterol HDL. Os ésteres 
de colesterol são devolvidos ao fígado por endocitose de HDL mediada por receptor. 
O HDL é aumentado pelo estrogênio (as mulheres, portanto, têm níveis mais altos 
de HDL), exercícios, perda de peso, cessação do tabagismo, eliminação da gordura 
trans, gorduras monoinsaturadas e fibra alimentar solúvel.
 Se liga!  À medida que a proporção de lipídios para proteínas dimi-
nui, as partículas se tornam menores e mais densas na seguinte ordem: quilo-
mícrons > VLDL > LDL > HDL.
Lipoproteínas plasmáticas   6
 Saiba mais!  Um aumento acentuado de triacilglicerol (> 1.000 
mg/dL) produz turbidez no plasma e esse aumento da turbidez pode resultar de 
um aumento nos quilomícrons ou VLDL.
 Saibamais!  Como os quilomícrons são os menos densos, eles 
formam um supranato ou sobrenadante (ou seja, flutuam na superfície) em 
um tubo de ensaio que é deixado na geladeira durante a noite. Um aumento no 
VLDL produz um precipitado em um tubo de ensaio que é deixado na geladeira 
durante a noite porque é mais denso.
Figura 2. Estrutura da lipoproteína de baixa densidade (LDL). 
Fonte: Designua/shutterstock.com.
Lipoproteínas plasmáticas   7
Tabela 1. Estrutura e composição das lipoproteínas
Lipoproteína Características principais
Quilomícron
• Triacilgliceróis: mais alto; Colesterol: mais baixo; Proteína: 
mais baixo; Apolipoproteínas: B-48, C-II, E;
• Transporta o triacilglicerol da dieta para os tecidos pe-
riféricos e o colesterol da dieta para o fígado.
VLDL
• Triacilgliceróis: moderado; Colesterol: moderado; 
Proteína: baixo; Apolipoproteínas: B-100, C-II, E;
• Transporta triacilglicerol derivado do fígado para tecidos ex-
tra-hepáticos (por exemplo, tecido adiposo, músculo);
• Formado e secretado pelo fígado; convertido em LDL por hidró-
lise de ácidos graxos pela lipase de lipoproteína capilar.
LDL
• Triacilgliceróis: baixo; Colesterol: mais alto; Proteína: 
moderada; Apolipoproteína: B-100;
• Distribui colesterol do fígado para os tecidos extra-hepáticos;
• Derivado de VLDL; endocitada por células-alvo com recep-
tores de LDL e degradada, liberando colesterol, o que di-
minui ainda mais a captação de cholesterol.
HDL
• Triacilgliceróis: baixo; Colesterol: moderado; 
Proteína: alta; Apolipoproteínas: A-I, C-II, E;
• Retira o colesterol das membranas celulares na periferia e o de-
volve ao fígado (ou seja, transporte reverso do colesterol);
• Secretado pelo fígado e intestino; ativa LCAT formando ésteres de coles-
terol; transfere apoC-II e apoE para quilomícrons nascentes e VLDL;
• “Bom colesterol”; quanto maior a concentração, me-
nor o risco de doença arterial coronariana.
Fonte: Autoral.
3. FUNÇÕES DAS APOLIPOPROTEÍNAS
As apolipoproteínas (apo) são as proteínas constituintes das partículas lipoprotéicas 
responsáveis pela estabilização de sua estrutura e que têm diferentes funções no meta-
bolismo lipídico. Foram identificadas as apolipoproteínas B, A, C, D, E, J, (a). O percentual 
e o tipo de apo divergem nas classes das lipoproteínas. A apolipoproteína A-I (apoA-I) 
tem como função a ativação da lecitina colesterol aciltransferase (LCAT), que esterifica 
o colesterol do tecido captado pelo HDL. Consiste na proteína estrutural principal para 
HDL1. A apolipoproteína C-II (apoC-II) tem como função a ativação da lipoproteína lipa-
se capilar, que libera ácidos graxos e glicerol dos quilomícrons, VLDL e IDL. A apolipo-
proteína B-48 (apoB-48) é um componente dos quilomícrons. A apolipoproteína B-100 
(apoB-100) contém o domínio B-48 mais o domínio de reconhecimento do receptor LDL, 
permitindo a ligação aos receptores LDL. Apenas proteína estrutural em LDL. A apolipo-
proteína E (apoE) media a absorção de quilomícrons remanescentes e de lipoproteínas 
de densidade intermediária (IDLs) pelo fígado. 
Lipoproteínas plasmáticas   8
Os quilomícrons representam os triacilgliceróis derivados da dieta alimentar e são 
uma fonte de ácidos graxos e glicerol para a síntese de triacilglicerol no fígado. Eles 
transportam lipídeos da dieta (por exemplo, ácidos graxos de cadeia longa, vitami-
nas solúveis em gordura) do intestino para os tecidos periféricos. Esse transporte 
se segue em etapas. Na Etapa 1, os quilomícrons nascentes formados na mucosa 
intestinal são secretados na linfa e, eventualmente, entram na veia subclávia através 
do ducto torácico. Os quilomícrons nascentes são ricos em triacilgliceróis dietéticos 
(85%) e contêm apoB-48, que é necessário para a sua montagem e secreção. Eles 
contêm apenas uma quantidade mínima, menor que 3%, de colesterol dietético. Na 
Etapa 2, acontece a adição de apoC-II e apoE de HDL que leva à formação de quilo-
mícrons maduros. Na Etapa 3, a lipoproteína lipase capilar é ativada pela apoC-II e 
hidrolisa os triacilgliceróis nos quilomícrons, liberando glicerol e ácidos graxos livres 
no sangue. O glicerol é fosforilado no fígado pelo glicerol quinase em glicerol 3-fos-
fato, que é usado para sintetizar mais VLDL. Os ácidos graxos livres entram no tecido 
adiposo para produzir triacilgliceróis para armazenamento. No músculo, os ácidos 
graxos são oxidados para fornecer energia. Na Etapa 4, a ApoC-II retorna para HDL. 
Na Etapa 5, os quilomícrons remanescentes, que permanecem após a remoção dos 
ácidos graxos livres, eles se ligarão aos receptores do tipo apoE no fígado, e são en-
docitados. O colesterol que vem da dieta, dietético, fornecido ao fígado pelos quilo-
mícrons remanescentes, serão utilizados para a síntese de ácidos biliares e, também, 
deprime a síntese de “novo colesterol”, ou seja, uma rota alternativa para a síntese de 
colesterol. O excesso de colesterol será excretado pela bile. As lipoproteínas do tipo 
VLDL (lipoproteína de densidade muito baixa) transportam triacilgliceróis sintetiza-
dos no fígado para os tecidos periféricos. O VLDL é degradado por hidrólise em LDL 
(lipoproteína de baixa densidade). O HDL (lipoproteína de alta densidade) é um reser-
vatório de apolipoproteínas e transporta o colesterol dos tecidos para o fígado. 
4. DISTÚRBIOS HEREDITÁRIOS 
RELACIONADOS AO METABOLISMO 
DEFEITUOSO DAS LIPOPROTEÍNAS
Entre os principais distúrbios hereditários relacionados a defeitos no metabo-
lismo das lipoproteínas temos a abetalipoproteinemia. Essa condição consiste 
em um distúrbio lipídico autossômico recessivo raro, caracterizado pela falta de 
lipoproteínas apoB. Os quilomícrons, VLDL e LDL estão ausentes nessa condição 
e os níveis de triacilglicerol e colesterol estão extremamente baixos. Os achados 
clínicos incluem um acúmulo de triacilgliceróis nas células da mucosa intestinal, 
levando à má absorção de gordura e vitaminas lipossolúveis. Podemos encontrar 
Lipoproteínas plasmáticas   9
ataxia espinocerebelar, retinite pigmentosa e anemia hemolítica que respondem 
bem a megadoses de vitamina E. Existem algumas hiperlipoproteinemias que 
podem ser decorrentes de alterações genéticas ou mesmo serem adquiridas. A 
hiperlipoproteinemia do tipo I consiste em uma deficiência familiar de lipoprote-
ína lipase associada à deficiência de ApoC-II. Possui como patogênese a incapa-
cidade de hidrolisar quilomícrons. É uma doença que se manifesta de forma rara 
na faixa etária infantil. Clinicamente, o Quilomicron e triacilglicerol estão aumen-
tados, colesterol e LDL normal quando realizamos o teste de quilomícrons temos 
como resultado um supranato, mas não infranato. A hiperlipoproteinemia do 
tipo II é uma condição que cursa com hipercolesterolemia familiar. Possui como 
patogênese, receptores de LDL ausentes ou defeituosos. É uma desordem autos-
sômica dominante com doença arterial coronariana prematura. Cursa clinicamen-
te com os xantomas do tendão de Aquiles, são patognomônicos. Como causas 
adquiridas desta doença temos: diabetes, hipotireoidismo, icterícia obstrutiva, 
síndrome nefrótica. A hiperlipoproteinemia do tipo IIa possui como transtorno 
lipídico o aumento do LDL (frequentemente maior que 260 mg/dL) e colesterol, 
triacilglicerol normal; já o tipo IIb cursa com aumento do LDL, colesterol e tria-
cilglicerol. A hiperlipoproteinemia do tipo II, disbetalipoproteinemia familiar ou 
“doença remanescente” possui como patogênese a deficiência de apoE, e os 
remanescentes de quilomícrons e IDL não são metabolizados no fígado. É uma 
condição dominante autossômica que cursa com aumento do risco de doença 
arterial coronariana se associa clinicamente com a hiperuricemia, obesidade, 
diabetes. Nos achados laboratoriais, o colesterol e o triacilglicerol aumentam 
igualmente, e cursam com aumento de quilomícrons e remanescentes de IDL. A 
hiperlipoproteinemia do tipo IV é uma hipertrigliceridemia familiar. Possui como 
patogênese a diminuição do catabolismo ou aumento da síntese de VLDL. É umadesordem autossômica dominante, sendo a hiperlipoproteinemia mais comum. 
Cinicamente, o aumento do triacilglicerol começa na puberdade, cursa com au-
mento da incidência de doença arterial coronariana e doença vascular periférica 
nesses indivíduos. Entre as causas adquiridas temos: o alcoolismo, diuréticos, 
β-bloqueadores, insuficiência renal, pílulas anticoncepcionais orais (efeito do 
estrogênio). Entre os achados laboratoriais temos triacilglicerol aumentado, co-
lesterol ligeiramente aumentado, um teste de quilomícrons com infranato turvo 
e HDL diminuído (relação inversa com VLDL). A hiperlipoproteinemia do tipo V, 
mais comumente, uma hipertrigliceridemia familiar com fatores de exacerba-
ção. Possui como patogênese a combinação dos mecanismos tipo I e tipo IV. 
Particularmente comum em alcoólatras e indivíduos com cetoacidose diabética. 
Se associa clinicamente com síndrome de hiperquilomicronemia: dor abdominal, 
pancreatite, dispneia (troca de oxigênio prejudicada), hepatoesplenomegalia 
(alteração gordurosa), pápulas na pele. No laboratório temos triacilglicerol muito 
aumentado, LDL normal e teste de quilomícrons com supranato e infranato.
Lipoproteínas plasmáticas   10
Tabela 2. Distúrbios hereditários relacionados ao 
metabolismo defeituoso das lipoproteínas
Transtorno lipídico Patogênese Associações clínicas Achados laboratoriais
TIPO I:
Deficiência familiar 
de lipoproteína lipase. 
Deficiência de ApoC-II
Incapacidade de hidro-
lisar quilomícrons. Doença infantil rara
Quilomícron e triacilglicerol 
aumentados, colesterol 
normal e LDL;
Teste de quilomícrons: su-
pranato, mas não infranato.
TIPO II:
Hipercolesterolemia 
familiar
Receptores de LDL ausen-
tes ou defeituosos
Desordem autossômica do-
minante com doença arte-
rial coronariana prematura; 
Os xantomas do tendão de 
Aquiles são patognomôni-
cos; Causas adquiridas: 
diabetes, hipotireoidismo, 
icterícia obstrutiva, síndro-
me nefrótica.
Tipo IIa: aumento do LDL 
(frequentemente > 260 mg/
dL) e colesterol, triacilgli-
cerol normal; 
Tipo IIb: aumento do LDL, 
colesterol e triacilglicerol.
TIPO III:
Disbetalipoproteinemia 
familiar ou “doença 
remanescente”
Deficiência de apoE; rema-
nescentes de quilomícrons 
e IDL não são metaboliza-
dos no fígado.
Dominante autossômico; 
Aumento do risco de do-
ença arterial coronariana; 
Hiperuricemia, obesidade, 
diabetes.
O colesterol e o triacilglice-
rol aumentam igualmente; 
Aumento de quilomícrons 
e remanescentes de IDL.
TIPO IV:
Hipertrigliceridemia 
familiar
Diminuição do catabolismo 
ou aumento da síntese de 
VLDL.
Desordem autossômica do-
minante Hiperlipoproteinemia 
mais comum;
O aumento do triacilglice-
rol começa na puberdade; 
Aumento da incidência de 
doença arterial corona-
riana e doença vascular 
periférica.
Causas adquiridas: alcoo-
lismo, diuréticos, β-bloque-
adores, insuficiência renal, 
pílulas anticoncepcionais 
orais (efeito do estrogênio).
Triacilglicerol aumenta-
do, colesterol ligeiramente 
aumentado;
Teste de quilomícrons: in-
franato turvo;
HDL diminuído (relação 
inversa com VLDL).
TIPO V:
Mais comumente, uma 
hipertrigliceridemia 
familiar com fatores 
de exacerbação
Combinação dos mecanis-
mos tipo I e tipo IV.
Particularmente comum 
em alcoólatras e indivíduos 
com cetoacidose diabética;
Síndrome de hiperquilomi-
cronemia: dor abdominal, 
pancreatite, dispneia (troca 
de oxigênio prejudicada), 
hepatoesplenomegalia (al-
teração gordurosa), pápulas 
na pele.
Triacilglicerol muito aumen-
tado, LDL normal;
Teste de quilomícrons: su-
pranato e infranato.
Fonte: Autoral.
Lipoproteínas plasmáticas   11
RESUMO
Função 
apoA-I
Triglicerídeos
Transporte de lipídeos
Composição
Apoproteínas
Fosfolipídeos
Quilomícrons
Baixa turvidez no plasma
HDL
Síntese
Baixa 
solubilidade
Dos tecidos
Alta densidade
Transporte
LIPOPROTEÍNAS
PLASMÁTICAS
Colesterol
Fornece colesterol
Fígado
VLDL
Membranas plasmáticas
Fígado
Aos tecidos
Reparo
Da dieta
Colesterol
Tecidos
Dos tecidos Para os tecidos
Triacilglicerol da dieta
TransporteTriacilglicerol do fígado
LDL
Baixa densidadeRetira o colesterol
Mais Proteínas
Mais Lipídeos
Alta turvidez no plasma
apoC-II
apoB-48
apoB-100apoE
apoB-48
apoC-II
apoE
apoB-100
apoC-II
Fonte: Autoral. 
Lipoproteínas plasmáticas   12
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AREAS, A. P. (org.). Bioquímica humana. São Paulo: Pearson, 2014. 
BÁSICA, Bibliografia; COMPLEMENTAR, Bibliografia. BIOQUÍMICA I. Porto Alegre: 
Artmed, 2001.
BAYNES, J.; DOMINICZAK, M. H. Bioquímica médica. São Paulo: Manole, 2000.
CONN, E. E.; STUMPF, P. K. Introdução a bioquímica. São Paulo: Editora Edgard 
Blucher, 2017.
HARVEY, R. A.; FERRIER, D. R. Bioquímica ilustrada. Tradução André Krumel 
Portella... et al. 5. ed. Porto Alegre: ARTMED, 2012.
HONG, Yuh Ching. Bioquímica clínica. 2. ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2014. 
MORAN, L. A.; HORTON, H. R.; SCRIMGEOUR, K. G.; PERRY, M. D. Bioquímica. 5. ed. 
São Paulo: Pearson: 2013. 
NELSON, David L. Princípios de bioquímica de Lehninger. [Coordenação da tradução 
de] Ana Beatriz Gorini da Veiga et al. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
VOET, D.; VOET, Judith G.; PRATT, C. W. Fundamentos de bioquímica: a vida em nível 
molecular . 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
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	ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO DAS LIPOPROTEÍNAS
	FUNÇÕES DAS APOLIPOPROTEÍNAS
	DISTÚRBIOS HEREDITÁRIOS RELACIONADOS AO METABOLISMO DEFEITUOSO DAS LIPOPROTEÍNAS
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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