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Crítica de Vico ao Catesianismo

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CRÍTICA DE VICO AO CARTESIANISMO 
 
Aluna: Luziane da Conceição Farais (R.A 124808) 
Professor: Vladimir Chaves dos Santos 
 
INTRODUÇÃO 
Ao se propor fazer uma ciência humanas moderna o filosofo italiano 
Giambattista Vico crítica o racionalismo moderno de René Descartes, filosofo, físico 
e matemático francês, um dos pensadores que foi o principal no desenvolvimento das 
ciências modernas com suas ideias de como fazer ciências de verdades. Pautado na 
clara evidência, com o uso de meditações, defende sua metafisica, na qual cria a ideia 
da razão e, de que tudo tem uma causa, princípio de causalidade, desconsiderado o 
dinamismo da natureza, portanto, dizendo ser possível uma ciência apenas do que é 
mecânico, colocado a natureza como algo pré-determinado e dizendo ser impossível 
se fazer ciências do ser humano. Ao propor uma ciência moderna do homem, os 
objetivos de Vico e diferente das ideias modernistas: a natureza, as coisas naturais e 
físicas, podem ser dominadas e conhecidas. Em Vico o objeto e o homem, propondo 
uma ciência sociológica e antropológica, no sentido de estudar os costumes, as 
culturas e tudo que se desenvolve a partir da concepção do conhecimento do homem 
como objeto de estudo. Desta forma, esse pensador vai criticar a matematização 
usada para conhecer no modelo cartesiano, a “cogito” “o claro e evidencia” e fazer 
uma ciência humanística, no sentido de que se conhece o homem a partir dos seus 
“antepassados”, “da linguagem e da poesia”, dos seus costumes, suas culturas etc., 
propondo uma ciência do “mundo das nações”. O desenvolvimento desse material 
está pautado em embasamentos das aulas ministrada na disciplina de Filosofia 
Moderna e materiais devidamente referenciados. 
 
 
 
 
DESENVOLVIMETO 
 
 Giambattista Vico (1668-1744), italiano, nascido em Nápoles em 23 junho. Foi 
um crítico do pensamento moderno, se opondo a analítica cartesiana, Vico não teve 
muito contato com os doutos da Europa, por isso não foi influenciado pelas academias 
dos europeias que se entregavam ao cartesianismo de Descartes, dando ao filosofo 
italiano um olhar crítico aos vieses filosóficos. Vico faz uma relação entre o 
pensamento moderno e dos antigos, nessa linha não tão tênue, em sua avaliação ele 
pauta uma desvantagem, em que a imaginação e desvalorizado nos modernos. Com 
isso percorreu um caminho com metodologias diferentes, enquanto no pensamento 
moderno estava voltado para dominar a natureza, a fim de prevê-la para assim 
dominá-la, Vico segue um caminho com uma proposta cientifica moderna voltada para 
ciências humanas, com outras questões metodológicas, aqui o método não é a 
matematização. 
Como dito anteriormente sobre a imaginação descartada no processo de 
desenvolvimento de conhecimento no pensamento moderno, esse pensador não 
coloca como um pensamento secundário, e sem valor para o homem. Segundo 
SANTOS, V. “são esse sentimento e essa imaginação primordiais que mobilizam 
esses homens primitivos a criar a cultura e o mundo humano, ou melhor, seus 
primeiros modos de ser”. As origens humanas são desenhadas a partir do imaginário, 
o homem é criador de representações que são repassadas ao longo dos anos, são 
modificadas e partilhadas, então na ciência da natureza humana em Vico, a proposta 
é uma ciência do mundo das nações. Segundo MEGALE, “este interesse funda-se no 
fato de que, para Vico, os mitos e as representações fantásticas referem-se às origens 
e à realidade do mundo humano e não surgem de um processo racional”, (Apud 
GRASSI, 1990, p.139). Em uma linha de desenvolvimento das culturas, das 
sociedades e das técnicas e tecnologias, esse filosofo desenha a história em um 
mundo primitivo, mundo heroico e civilizado, que na sua concepção seria Grécia e 
Roma. Ao entrar em colapso essas sociedades volta à barbaria na Idade média aonde 
retorna-se um processo concebido nesse pensador, com a Idade dos deuses, depois 
dos heróis, até se conceber a época em que seria a modernidade, marcado pelo 
individualismo racionalizado e que segundo Vico, pode também entrar em colapso e 
retomar o que foi elencando acima. Um bom exemplo na observação desse douto 
italiano é sobre a linguagem. A história dos antepassados desde o mundo primitivo 
pode ser entendida a partir da linguagem e, daí que se conhece a mentalidade. Nas 
crianças ele observa a construção da linguagem, de um ser social. A partir dessa 
projeção Giambattista vai fazer analogia entre os primitivos, os nossos antepassados, 
de acordo, HORKHEIMER, M, conforme citado por GUIDO. 
 “Vico foi o primeiro a reconhecer, de modo consciente e explícito, a analogia 
existente entre os primeiros povos históricos e os primitivos da atualidade, 
assim como a identidade que se dá entre a mentalidade dos primitivos e a 
das crianças, ou seja, a correspondência entre ontogênese e filogênese 
humanas” 
Na visão cartesiana, Descartes ao procurar uma ciência certa, diz que seria 
possível somente a partir do conhecimento individual, ou seja, o sujeito pensante, 
partindo desse princípio, o homem para se conhecer deve fazer uma introspecção e 
analisar suas paixões, seus sentimentos, pensamentos, onde para Descartes e aí que 
o homem vai se conhecer, para Vico isso se dá de forma em que o homem procura 
entender sua sociedade e o mundo em que ele vive, como a origem desse mundo. A 
história do desenvolvimento das nações e que vai dizer quem é o homem, e a partir 
daí que o homem se conhece. O autoconhecimento no modernismo ele é individual, 
nas ciências naturais de Vico é social, você vive como se desenha sua sociedade, 
culturalmente e socialmente, ou seja, o homem e construído pelo meio social, por 
meios dos costumes e a linguagem e que se conhece sua origem. 
A gêneses do pensamento moderno começa no renascimento e em seu 
desenvolver separa o homem da natureza e designa a natureza como algo pré-
determinado e mecânico, Descartes não foi o primeiro a falar de filosofia moderna, 
mas dá um passo decisivo para o fato do pensamento moderno, excluindo desse 
modo as ciências humanas. Na qual, segundo BERLIN é impossível ter uma ciência 
humanística própria que vise o mundo dos eventos humanos, que é diferente da 
ciência humana. A história das ciências naturais e da humanidade não tem um 
processo inevitável, mas acontece de forma incerta e arbitrária, por isso não pode ser 
estabelecida quaisquer suposições sobre o mundo popular, sem proposições 
causadas pela subjetividade ou limitadas a descrições de eventos específicos. Assim, 
podemos verificar que como não há no mundo moderno uma possibilidade de uma 
ciência civil, como também os acontecimentos históricos que por natureza são 
incertos, por ela desconsiderar tudo aquilo que é irregular, considerando o que é 
lógico e indubitável. Portanto Vico diferentemente dos demais pensadores que 
tentaram adequar as ciências humanas ao modelo que vinha se desenrolado, na qual 
ele também terce crítica a tais fundamentos epistemológicos que davam credibilidade 
as ciências naturais, contudo se contrapunha ao um novo modo de pensá-la. 
A crítica viquiana de acordo como ao cartesianismo ou sobre os modernos é 
que a ciências da natureza de acordo com SILVA NETO; GUIDO e LOMONACO, 
surge a partir do método matemático, conhecimento a qual Vico, pertence ao Verium, 
verdadeiro, que é claramente inquestionável, quanto a validade logica. A eficácia da 
dedução reside na possibilidade de se provar a partir de axiomas ou princípios. 
Portanto, essa forma de conhecimento é inerente à autenticidade. Com essa crítica o 
filosofo napolitano acredita que não tem uma ligação fundamental entre a logica-
racional com os fenômenos naturais, podemos entender que os modernos conferem 
as logicas matemáticas ao mundo material, acreditando que, poderia a natureza ter 
as regularidades desse instrumento, sabemos hoje, a natureza não é pré-
determinada. Disto surge uma epistemologiado conhecimento entre o fazer e 
conhecer, conhecer é fazer. 
Vimos que o princípio do verum-factum estabelece o critério de verdade em 
geral e de cognoscibilidade de um objeto, porém, ele regula do mesmo modo 
a atribuição do caráter de cientificidade de um saber: se conheço uma coisa 
por que a faço, ou seja, se sou dela a causa adequada, o saber que surgirá 
desta específica relação entre sujeito cognoscitivo e objeto conhecido será 
de natureza científica. (DIANA, R) 
A “verdade primeira” de Descartes, a qual o cogito supracitado, de acordo com 
DIANA, R. na sua explanação sobre o saber em Vico, o “eu penso logo existo” não é 
a causa, com é defendido no princípio de causalidade, se não é uma causa, e, para 
esse pensamento que diz: “nada vem do nada”, tem que haver uma causa primeira, 
logo não “inspira ciência”, sendo assim reduzido a consciência. No princípio de 
Verum-Factum esse pensamento conforme DIANA, R “reside integralmente na 
consciência de que o eu, o eu que pensa, não fez a si e nem os próprios atos, não é 
causa sui nem mesmo desses últimos, e, portanto, ignora as modalidades da própria 
formação e da formação deles:” (...) 
A lógica matemática só é possível por ser criação da mente do indivíduo, logo 
o ser humano faz, sendo estes a causa dessa ferramenta. Contudo, e equivocado 
em acreditar que essa regularidade dos conceitos matemáticos seria capaz de se 
transportar ao mundo material. Para Vico, o conhecer da ordem do verum que vem 
da natureza, não é possível de se obter, pois o homem não possui as causas desta, 
no sentido de essência. De acordo com BOTURI, F, o filosofo Giambattista Vico, não 
da exclusividade a matematização, mas a valorização da sabedoria prática, no 
executar, realizar, por exemplo. a lógica poética, o fazer humano, que é daí que vem 
o conhecimento humano de fato, o que diz respeito ao certum. A partir de sua crítica 
ao claro e evidente, nota que esse pensador vai contra a filosofia imperante de sua 
época, com um novo olhar, uma ótica voltada para ciências humana, para história do 
mundo das nações. 
 
CONCLUSÃO 
 
Dado o exposto sobre e a crítica viquiana, a corrente do modernismo 
dominante, esse pensador demostra que não tem viabilidade nas ciências modernas 
para se fazer um saber científico sobre a humanidade, estudo sobre o homem a partir 
da história e se propõem pensar o saber científico diferente, com uma metodologia 
epistemológica diferente da modernista, tece uma crítica ao modelo matematizado, 
ao irredutível cogito. De modo que a partir de sua crítica ao verum-certum: 
matematização, cogito, claro e evidência, assinala uma metodologia pautada no 
verum-factum, afastando se das ideias da ciência da evidencia e voltando se para o 
conhecimento nas realizações humanas, no que consiste em que o individuo conhece 
porque faz, faz porque conhece, desse modo o homem cria a sua história então a 
conhece. Se opondo também aos que credibilizavam as ciências humanas, mas se 
opunham a um novo modo de pensá-la, tentando encaixá-la no modelo moderno do 
cartesianismo. 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
1. SANTOS, V.C. VICO E A ORDEM DE ESTUDOS DE SEU TEMPO: A 
LIGAÇÃO ENTRE CONHECIMENTO E ÉTICA. Educ. Soc., Campinas, vol. 
24, n.85, p.1277-1294, dezembro 2003: Disponível em> 
https://www.cedes.unicamp.br/. 
2. LOMONACO, Fabrizio; AMORIM H.G.S; NETO, Silva (org). Metafísica do 
gênero humano: natureza e história na obra de Giambattista Vico. Uberlândia: 
EDUFU, 2018. 
3. GUIDO, Humberto; SIVILLA.M, José; AMORIM, Sertório; NETO, Silva(org). 
Embates da razão: mito e filosofia na obra de Giambattista Vico. Uberlândia: 
EDUFU, 2012. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.cedes.unicamp.br/

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