Buscar

Resumo 3 Anestesiologia relativa ao periodonto

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Anestesiologia relativa ao periodonto 
Objetivos 
Conhecer os principais agentes anestésicos e as 
técnicas anestésicas mais utilizadas em periodontia 
Determinar qual a melhor técnica a ser empregada na 
prática clínica 
Anestesia local 
Bloqueio reversível da condução nervosa, 
determinando perda das sensações, em nível local, 
sem alteração do nível de consciência. 
Ação do anestésico 
O anestésico local bloqueia os canais de sódio ao 
longo da fibra, impedindo a propagação do potencial 
de ação. 
Principais no Brasil 
 Articaína 
 Benzocaína 
 Bupivacaína 
 Cloroprocaína 
 Mepivacaína 
 Lidocaína 
 Prilocaína 
 Procaína 
 Tetracaína 
Classificação 
 Estrutura química: 
 Éster 
 Amida 
Duração da ação: 
 Curta 
 Média (ou intermediária) 
 Longa 
ESTRUTURA QUÍMICA ÉSTER: 
 Benzocaína 
 Cloroprocaína 
 Procaína 
 Tetracaína 
PABA: REAÇÕES ALÉRGICAS 
 
AMIDA: 
 Articaína 
 Bupivacaína 
 Mepivacaína 
 Lidocaína 
 Prilocaína 
DURAÇÃO DE AÇÃO: 
CURTA: 
 Geralmente sem vasoconstrictor: lidocaína e 
mepivacaína 3% 
 Grupo éster 
Média: 
 Lidocaína, mepivacaína, articaína, prilocaína 
 Todas com vasoconstrictor 
Longa: 
 Bupivacaína, ropivacaína (pouco usadas no 
Brasil) 
Vasosconstrictores 
São substâncias que promovem a vasoconstricção 
(processo de contração dos vasos sanguíneos, em 
consequência da contração do músculo liso das 
paredes desses vasos. 
Mais utilizados: adrenalina (epinefrina), 
noradrenalina (noraepinefrina), levonordefrina 
(corbadrina), fenilefrina e felipressina. 
Contra-indicações dos vasoconstrictores: 
 Doença cardiovascular grave 
 Disfunção da tireóide 
 Diabetes (adrenalina atua no metabolismo da 
glicose) 
 Sensibilidade ao sulfito (adicionado para dar 
maior estabilidade e tempo de duração para a 
solução) 
 Hipertensão não controlada 
 Sensibilidade a um dos componentes 
 Pacientes que usam imipramínicos 
 Pacientes em uso de beta-bloqueadores 
*Gestantes (dose máxima: 2 tubetes) 
 
 
Características Farmacológicas 
Início da anestesia depende: 
 Velocidade com a qual o agente passa pelos 
tecidos e age nos nervos específicos 
 Proximidade do nervo a ser anestesiado 
 Diâmetro do nervo 
Durabilidade da ação: 
 Taxa de difusão fora do nervo, dentro dos 
espaços teciduais e vasos sangüíneos 
 Concentração da solução (nervos e vasos 
sangüíneos) 
 Alta vascularização 
 Tecidos inflamados 
Degradação: 
 Local, dentro dos tecidos 
 Fígado – maioria das drogas 
Depois de absorvidos pela corrente sanguínea, os 
anestésicos locais são distribuídos para todos os 
tecidos do corpo. Os orgãos (e áreas) altamente 
perfundidos, como cérebro, cabeça, fígado, rins, 
pulmões e baço, apresentam inicialmente níveis 
sanguíneos mais elevados do anestésico do que 
aqueles menos perfundidos. 
Excreção: 
 Urina 
 < 2% dos agentes não são modificados 
 12 e 24h – desaparecem do sangue 
Os rins são os órgãos excretores primários tanto para 
os anestésicos locais quanto para seus metabólitos. 
Uma percentagem da dose do anestésico local é 
excretada inalterada na urina 
Lidocaína 
Mais utilizada no mundo 
Início de ação rápida e duração média (cerca de 1-
2horas), com potência moderada. 
Concentração mais comum é 2% 
Dose máxima recomendada em adultos: 7 tubetes 
Quando associada a um agente vasoconstritor, 
proporciona entre 40-60 min de anestesia pulpar. Em 
tecidos moles, sua ação anestésica pode permanecer 
em torno de 120-150 min (3 a 5 h). 
 
Mepivacaína 
Amplamente utilizada em odontologia 
Anestésico de duração intermediária 
Potência e toxicidade duas vezes maior do que a 
lidocaína. 
Dose máxima recomendada: 7 tubetes 
Concentração odontológica eficaz: 
 Com vasoconstrictor: 2% 
 Sem vasoconstrictor: 3% 
Comercialmente associada a noraepidefrina, 
adrenalina e levonordefrina. 
Bupivacaína 
Potência quatro vezes maior do que a lidocaína 
Toxicidade 4 vezes menor 
Dose máxima recomendada: 8 tubetes 
Duração de ação: 5 a 9 horas 
Utilizado na concentração de 0,5% (com ou sem 
vasoconstrictor) 
Não recomendado para < 12 anos – risco de 
mordedura 
Prilocaína 
Toxicidade duas vezes maior do que a lidocaína 
Dose máxima recomendada: 6 tubetes 
Concentração de 3% 
Felipressina como vasoconstrictor 
Potência e duração semelhante à lidocaína 
Não exige a administração de epinefrina 
Articaína 
Concentração comercial de 4% 
Adrenalina como vasoconstrictor 
Dose máxima recomendada: 6 tubetes 
Menos tóxica 
Rápido início de ação 
Não administrar em bloqueio regional do nervo 
alveolar inferior (risco de parestesia); 
 
Cálculo da dose máxima 
1- concentração do anestésico na solução 
2- doses máximas recomendadas 
3- peso corporal do paciente 
1- concentração do anestésico na solução: 
Lidocaína solução de 2%: 2g de sal em 100ml de 
solução: 20mg/ml 
Brasil: volume padrão de 1,8ml (tubete) 
20mg de anestésico ----------------------> 1mL de solução 
X ----------------------------------> 1,8mL de solução no 
tubete 
X=36mg de anestésico no tubete 
2- doses máximas recomendadas: 
 
3- peso corporal do paciente: 
Dose máxima de lidocaína: 4,4mg/kg de peso corporal 
Criança de 20kg: 20x4,4=88mg - 88mg/36mg = 2,4 
tubetes 
Adulto de 60kg: 60x4,4=264mg - 264mg/36mg = 7,3 
tubetes 
Tipos de anestesia 
Anestesias terminais: 
Terminais superficiais: 
 A ação do anestésico se dá através do contato 
superficial com a pele ou a mucosa 
 Usada para reduzir a sensibilidade da mucosa 
ou tecido subcutâneo, com a finalidade de 
evitar a dor durante a penetração da agulha 
 Também chamada anestesia tópica 
 Pode ser por: ➢ Refrigeração (gelo, cloreto de 
etila) ➢ Pulverização (endoscopia, 
laringoscopia) ➢ Fricção: friccionar com 
pomada a área com um chumaço de algodão 
 
Terminal Infiltrativa: 
Ação do agente se dá pela infiltração nos tecidos 
moles na região que se vai intervir 
Anestesias por bloqueio: 
Bloqueio regional: ramo nervoso é insensibilizado, 
promovendo a anestesia da região por ele inervada. 
Nervo alveolar superior anterior, médio e posterior 
Bloqueio troncular: o anestésico é depositado no nível 
do tronco nervoso, insensibilizando várias áreas por 
ele inervadas. Nervo alveolar inferior, maxilar e 
mandibular 
Cuidados: 
 Injetar lentamente a solução 
 Observar o paciente 
 Bisel voltado para o osso 
 Preferir seringas com refluxo 
Anestesia terminal infiltrativa supraperiosteal: 
Indicação: intervenção dentária e tecidos moles 
Técnica: 
Distensão do lábio do 
paciente com finalidade de 
evidenciar fundo de 
vestíbulo 
Punção da mucosa com 
agulha e seringa paralelas 
ao longo eixo do dente que 
sofrerá a intervenção 
Agulha penetra até a altura 
do ápice do dente 
Aplicação por vestibular ou palatina 
 Aplicação em periodontia: 
 Frenectomia labial 
 Gengivectomias/gengivoplastias 
 Cirurgia periodontal a retalho 
Anestesia terminal infiltrativa subperiosteal: 
Indicação: intervenção dentária e óssea 
Técnica: 
Distensão do lábio do paciente com finalidade de 
evidenciar fundo de vestíbulo 
Punção da mucosa com agulha e seringa em 45º com 
o longo eixo do dente que sofrerá a intervenção 
Agulha deve atravessar o periósteo 
Aplicação por vestibular ou palatina 
 
 
 
 
 
 
 
Aplicação em periodontia: 
 Aumento de Coroa Clínica 
 Correções Ósseas Periodontais 
 Enxertos 
 Ressecções Radiculares 
Anestesia terminal infiltrativa intra-septal: 
TÉCNICA: 
Todas as papilas interdentais na maxila e mandíbula 
por vestibular e palatina 
Penetrar a agulha através da papila gengival de modo 
que a agulha penetre no septo entre dois dentes 
contíguos. 
 
INDICAÇÃO: 
 Raspagem periodontal subgengival (retalho 
periodontal) 
 Gengivectomias/gengivoplastias. 
Bloqueios regionaisda maxila: 
Nervo alveolar superior posterior: 
REGIÃO ANTÔMICA: Tuberosidade da maxila 
INDICAÇÕES: intervenções em molares superiores, 
exceto a raiz mesiovestibular do 1º molar 
TÉCNICA: 
Introdução da agulha e seringa em um ângulo de 45º 
em relação ao plano sagital mediano e 90º em relação 
ao plano oclusal 
INDICAÇÕES EM PERIODONTIA: 
 Aumento de coroa clínica, 
 Correções ósseas periodontais, 
 Enxertos 
 Ressecções radiculares 
 Cirurgia periodontal a retalho 
 Cunha distal 
Nervo alveolar superior médio: 
Indicação: intervenções em pré-molares e raiz 
mesiovestibular do 1º molar superior 
TÉCNICA: 
Punção em região de segundo prémolar superior, 
paralelo ao longo eixo do dente. 
INDICAÇÕES EM PERIODONTIA: 
 Aumento de coroa clínica 
 Correções ósseas periodontais 
 Enxertos 
 Ressecções radiculares 
 Cirurgia periodontal a retalho 
Nervo alveolar superior anterior: 
INDICAÇÃO: intervenções em incisivos centrais, 
laterais e caninos 
TÉCNICA: 
Punção em região do dente de intervenção, paralelo 
ao longo eixo do dente. 
INDICAÇÕES EM PERIODONTIA: 
 Aumento de coroa clínica 
 Correções ósseas periodontais 
 Enxertos 
 Cirurgia periodontal a retalho 
 Frenectomia labial superior 
 Gengivectomia/gengivopastia 
Nervo Nasopalatino 
Anatomia: emerge do forame incisivo e inerva o terço 
anterior da mucosa do palato duro 
Indicação: intervenções em terço anterior do palato 
duro 
TÉCNICA: 
A punção deve ser realizada no centro da papila 
incisiva para a agulha penetrar o forame incisivo e a 
seringa e a agulha devem estar paralelas ao longo eixo 
dos incisivos centrais 
INDICAÇÕES EM PERIODONTIA: 
 Aumento de coroa clínica 
 Correções ósseas periodontais 
 Enxertos 
 Cirurgia periodontal a retalho 
 Frenectomia labial superior (remoção da 
inserção palatina) 
 Gengivectomia/gengivopas tia 
Bloqueio do Nervo Palatino Maior: 
ANATOMIA: A referência é entre o 2º e 3º molar, a 
um cm da margem gengival. São ramos terminais do 
n. esfenopalatino, emerge pelo canal palatino maior. 
INDICAÇÃO: intervenções em mucosa de pré-molares 
e molares 
TÉCNICA: 
A punção deve ser realizada na direção do forame 
palatino maior e a agulha deve penetrar 0,5cm em 
fibromucosa 
INDICAÇÕES EM PERIODONTIA: 
 Aumento de coroa clínica 
 Correções ósseas periodontais 
 Enxertos 
 Cirurgia periodontal a retalho 
 Ressecções radiculares 
 Cunha distal 
Bloqueios regionais da mandíbula 
Nervo alveolar inferior : 
ANATOMIA: forame mandibular (na face interna do 
ramo da mandíbula) 
INDICAÇÃO: 
 Intervenções em dentes inferiores 
 Língua 
 Mucosa do soalho bucal 
 Gengiva 
 Periodonto 
 Lábio inferior e mucosa da bochecha do lado 
anestesiado. 
TÉCNICA: 
Ponto de reparo 
Depressão formada pelo ligamento pterigo 
mandibular, linha oblíqua e vértice do trígono 
retromolar 
Coloca-se o dedo indicador da mão esquerda sobre a 
oclusal dos molares, do lado a ser anestesiado até que 
toque o vértice do trígono retromolar 
Punciona-se na depressão, 1cm acima dos molares do 
lado a anestesiar 
Toma-se como referência o apoio dos pré-molares do 
lado oposto da anestesia 
INDICAÇÕES EM PERIODONTIA: 
 Aumento de coroa clínica 
 Correções ósseas periodontais 
 Enxertos 
 Cirurgia periodontal a retalho 
 Raspagem subgengival 
 Ressecções radiculares 
 Cunha distal 
Nervo mentual: 
ANATOMIA: forame mentoniano 
INDICAÇÃO: intervenções em dentes prémolares, 
caninos e incisivos inferiores do lado anestesiado 
TÉCNICA: 
Penetrar a agulha num ângulo de 45º em relação ao 
corpo da mandíbula, no fundo de vestíbulo na altura 
raiz mesial do primeiro molar inferior. 
INDICAÇÕES EM PERIODONTIA: 
 Aumento de coroa clínica 
 Correções ósseas periodontais 
 Enxertos 
 Cirurgia periodontal a reta 
Conclusões: 
A escolha da técnica anestésica e nervo a ser 
sensibilizado depende do procedimento a ser 
realizado 
Decisão sobre a solução anestésica e vasoconstrictor 
depende da duração do efeito desejado, 
características individuais sistêmicas do paciente e 
considerações sobre a intervenção. ✔Nunca 
ultrapassar a dose máxima recomendada!

Continue navegando