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DIETAS PARA CRIAÇÃO DE GALLERIA MELLONELLA

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DIFERENTES DIETAS E RECOMENDAÇÕES PARA A CRIAÇÃO DE 
G. mellonella 
 
Criados a 27±2oC e 65±5% U.R., em sala climatizada sem luminosidade, em condições 
semelhantes às observadas em uma colmeia normal de Apis mellifera L., 1758. Galleria mellonella 
e A. grisella foram criadas em recipientes de alumínio (16,5 cm diâmetro) e alimentadas com favo 
de abelhas e dieta padrão que continha mel (236g), glicerina (208g), água (20g), fubá (192g), 
farinha de soja (80g), leite em pó desnatado (48g), levedura de cerveja (96g) e favo picado (100g) 
(Milton de Sousa Guerra, com. pess.). O parasitóide A. galleriae foi criado em frascos de 15 ml 
com uma dieta líquida de água, mel e pólen na proporção de 1:1:1. Os ovos das mariposas foram 
depositados em tiras de papel com dobras paralelas, introduzidas no recipiente de alumínio. Três 
vezes por semana esses papéis eram retirados dos recipientes, desdobrados e os aglomerados de 
ovos coletados foram colocados em um pequeno recipiente plástico (9x9 cm) com tampa, 
juntamente com um pedaço de favo (4x4 cm) recoberto com aproximadamente 50g de dieta 
artificial (padrão ou diferenciada). Após o registro da data, o recipiente era transferido para uma 
estufa mantida a 30±2°C e 55±5% U.R. de umidade relativa. Aproximadamente 20 dias após ser 
notada a presença de lagartas consumindo a dieta, o conteúdo de cada caixa plástica era depositado 
em recipiente de alumínio e levado para a sala climatizada. 
Para iniciar o processo de criação de G. mellonella e avaliar o efeito das dietas padronizadas em 
seu ciclo biológico, inicialmente, as lagartas de G. mellonella, doadas pela Empresa Brasileira de 
Pesquisa Agropecuária (Embrapa), foram mantidas em potes plásticos com voal e tampa perfurada 
(Figura 1A) para transformar-se em mariposas. Em seguida, foi colocado cartolina na tampa como 
substrato para ovoposição (Figura 1B). Foram distribuídos aleatoriamente em 4 potes plásticos 
(Figura 1C) 1000 ovos, sendo 250 em cada. Os ovos obtidos (Figura 1D) foram contados em 
microscópio estereoscópico (Figura 1E). Em todos os potes foi acrescentado cera alveolado 
(Figura 1F) e as diferentes rações (figura 1G), perfazendo 4 grupos experimentais: 
a) EMBRAPA- Ração da Embrapa: 120 g de açúcar mascavo, 80 g de glicerol, 400 g de leite em 
pó, 120 g de levedo de cerveja, 200 g de farinha de trigo integral, 200 g de farelo de trigo (fibra de 
trigo), 200 g de gérmen de trigo (Figura 2A); b) AVEIA – 300 g de aveia em flocos, 300 g de 
farinha integral, 60 g de levedura seca, 120 mL de glicerol, 120 mL de mel e cera- (Mead et al., 
1985, modificada) (Figura 2B); 
34 
c) FUBÀ- 250 g de fubá, 150 g levedura de cerveja, 100 g de farinha de soja, 100 g de leite em pó 
desnatado, 250 g de mel e 210 g de glicerol e cera (Brighenti et al., 2005- modificada) (Figura 2C); 
d) PÓLEN – 5 g de Pólen e 20 g cera. (Figura 2D). 
Os potes foram incubados em estufa a 28 ºC por aproximadamente 20 dias. Neste período, foi 
realizado acompanhamento semanal para verificar o crescimento das lagartas. Após este período, 
quando as lagartas já atingiram o tamanho que permitiu o manuseio (aproximadamente 1 cm), foi 
realizada a limpeza das mesmas, retirando as teias e os casulos. As lagartas foram transferidas para 
recipientes de alumínio com 7,5 cm de altura e 16,5 cm de diâmetro, com tampas dotadas de furos 
e foram mantidas as diferentes dietas (Figura 1H). Os potes foram mantidos a 28 ºC e foi realizado 
o acompanhamento seu ciclo biológico e desenvolvimento das lagartas, registrando: 1) a duração 
da fase larval (dias de duração do ciclo larval das lagartas- desde ovo até o último estágio larval); 
2) viabilidade das lagartas (% de pupas no último instar); 3) peso no último estágio larval (amostra 
de 30 lagartas de cada grupo experimental foram pesadas no último estágio larval); 4) cor no último 
estágio larval; 5) (foi observado se houve diferença na coloração das lagartas alimentadas com as 
diferentes rações, no último estágio larval). Também foi avaliada influência das rações sobre 
volume da hemolinfa, onde a hemolinfa foi retirada e passada para outro microtubo, com auxílio 
de pipeta e a contagem total de hemócitos, realizada a coleta da hemolinfa de 10 lagartas e foi 
utilizado o teste de exclusão com azul de Tripan para realizar a contagem total de hemócitos no 
contador automático de células (Countess® Automated Cell CounterInvitrogen). 
Iniciou-se a criação numa câmara fitoclimática do modelo Fitoclima S600 da marca Aralab (Figura 
10) a uma temperatura de 27°C, 60% de humidade relativa e em constante escuridão. Os adultos 
foram colocados dentro de colmeias, de forma a aproximar esta criação o mais possível da 
natureza, e as larvas colocadas em gobelés com uma dieta artificial. A dieta artificial, adaptada de 
(Marston, Campbel, & Boldt, 1975), consistiu numa mistura de 260g de farelo, 65g de açúcar e 
mel, 162g de farinha de trigo, 162g de farinha de milho, 193g de glicerina e 158g de água. Quando 
se observavam pupas estas eram transferidas para o interior das colmeias de forma a lá emergirem 
(Figura 11). 
Este método foi indicado pela investigadora Vera Valadas e consistiu na criação deste inseto num 
lugar escuro e aquecido através de aquecedores deforma a manter a temperatura entre os 27°C e 
os 30°C. O local escolhido para a criação foi a hotte do laboratório. A janela desta foi forrada a 
alumínio de forma a tornar o seu interior escuro (Figura 12) e foi colocado um aquecedor e um 
recipiente com água de forma a regular a humidade. O controlo climático foi realizado com um 
termómetro e um higrómetro colocados no interior da hotte os adultos que sobreviveram foram 
colocados em garrafões de plástico cobertos com tule e com um papel de forma a servir de local 
de oviposição (Figura 13). A dieta também foi alterada para pólen granulado e cera. 
Dieta 1 (Aconselhada pela Doutora Vera Valadas da Universidade de Évora) – Pólen e Cera; 
Dieta 2 (Adaptada de (Marston, Campbel, & Boldt, 1975)) – 260g de farelo, 65 g de leite em pó, 
162g de farinha de trigo, 162g de farinha de milho, 193g de glicerina e 158g de água; 
Dieta 3 (Aconselhada pelo investigador arie van der Meijden do CIBIO-UP) - 500g gérmen de 
trigo, 150g de mel, 100 ml glicerina, ½ saco fermento de padeiro; 
Dieta 4 (Coskun, 2006) - 500g farelo, 300 ml glicerina, 200g favo, 150 ml água e 150 ml mel; 
Dieta 5 (Aconselhada pelo investigador Trevisan da UFRRJ, Brasil) - 192g farinha de milho, 80g 
farinha de soja, 95g levedura de cerveja, 47g leite em pó, 208g glicerina e 239g mel; 
Dieta 6 (Ellis, 2013) – 7 partes de ração de cão, 1parte de água e 2 partes de mel; 
Dieta 7(Realce F., 2007) – 464g de farelo de trigo, 69g de levedura de cerveja, 67g de cera 
derretida, 207g de glicerina e 193g de mel; 
Dieta 8 (Nomura, Chaud-Netto, & Gobbi., 2006) – 192,6g de farinha de milho, 94g de levedura 
de cerveja, 80,2g de farinha de soja, 48,2g de leite em pó, 47g de favo, 236g mel e 208g de 
glicerina; 
Para cada uma das dietas foram preparadas 100g que foram posteriormente armazenados em 
frascos de vidro (Figura 14). 
Para se obter sucesso numa criação em massa de insetos é necessário um estudo prévio a fim de 
encontrar as melhores condições para se obter o sucesso. Os aspetos da criação a que se deve dar 
mais importância são as condições ambientais, os recipientes de criação e a dieta. Na criação de 
Galleria mellonella L., assim como de todos os insetos, é necessário conhecimento das condições 
ambientais mais favoráveis à sua criação. No caso da Galleria, temperaturas que rondem os 27-
30°C, uma humidade de cerca de 60-65% e total escuridão são as condições ideais pois, 
assemelham-se às condições climáticas das colmeias, ou seja, do seu habitat natural. A escolha dos 
recipientes tem bastante importância principalmente durante a fase larvar. Devido ao forte aparelho 
bocal das larvas deve-se escolher materiais resistentescomo é o caso dos metais ou vidro de forma 
a evitar a sua destruição e fuga das larvas. A dieta é de extrema importância pois, deve possuir 
características tanto físicas como químicas que permitam o ótimo desenvolvimento das larvas sem 
comprometer gerações futuras assim como deve ser elaborada a partir de ingredientes de fácil 
acesso e baratos. Os ensaios comparativos das 8 dietas permitiram chegar à conclusão que a dieta 
mais eficiente é a 6 (dieta à base de ração de cão) pois obteve os melhores índices de alimentares 
assim como é a dieta que tem menores custos (cerca de 11,82€ por cada quilograma de larva 
produzido). Esta dieta permitiu a conclusão de um ciclo de vida completo em 52 dias. Quanto às 
análises bromatológicas constatou-se que as amostras analisadas, larvas alimentadas com dieta 1 
(pólen granulado) e dieta 4 (à base de ração de cão),tinham valores de humidade e cinzas idênticas 
às publicadas no entanto, os teores de gordura e proteína são bastante inferiores aos publicados 
constatando-se assim que modificações nas técnicas de criação são necessárias de forma a permitir 
a produção de larvas com teores mais elevados de gordura e proteína.

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