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N2 de Crítica de Cinema - Parasita

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS 
UNIDAS 
PRODUÇÃO AUDIOVISUAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TAYNÁ CAROLINE COGO SANTOS - RA: 1917424 
 
 
 
 
 
 
 
N2 – Crítica do filme “Parasita” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
 2022 
 
Prof: Tainah Negreiros 
 
Tratando-se de uma crítica geral sobre o filme “Parasita” de 2019, 
dirigido por Bong Joon-ho, a trama se constrói a partir do adolescente, Ki-woo, 
que consegue um diploma universitário, dado por um amigo, para ser 
contratado como tutor da filha de uma família rica. Logo após, toda a sua 
família começa a usar truques e golpes para se infiltrar definitivamente na casa 
da família “privilegiada”, como uma medida desesperada de sobrevivência. 
Nota-se que o enredo é uma visão incisiva das divisões de classe, no 
qual causa reflexões profundas no espectador sobre a disparidade 
socioeconômica e o esnobismo social, assuntos que são bem tratados no 
cinema sul coreano. Tal como, Bong Joon-ho conseguiu abordar mais de um 
gênero cinematográfico como uma verdadeira boémia, já que, a 
imprevisibilidade do roteiro e a forma magnifica de direção, faz deste uma das 
experiências cinematográficas mais incríveis e imersivas da década. Sem tirar 
nem colocar, tudo na medida, do humor ácido ao drama muito bem 
construídos. 
Além disso, a intenção artística em cada cena é poderosa e retratada 
através de ações nos cenários bem construídos, na fotografia e principalmente, 
nas escolhas sonoras. Cada direção responsável marca seu trabalho de forma 
significativa, como por exemplo a fotografia, que apresenta o coletivo 
amontoado no enquadramento da câmera quando trata de retratar a família 
pobre (Kim), dando a impressão de poluição visual e desorientação. Mas, deixa 
um personagem por vez em cena, quando retrata a família rica (Park), dando a 
sensação de solidão mesmo quando próximos. Já no trabalho sonoro, há um 
contexto óbvio e esperado, através de um exagero nos efeitos sonoros em 
representações da família de classe baixa e um silêncio grotesco nas cenas da 
família de classe alta. O grande marco em trilha sonora só se destaca no 
clímax e conclusão, a festa de aniversário do filho caçula dos Park. 
Contudo, o longa vai rumo ao brilhantismo ao mostrar as linhas 
psicológicas mais complexas do ser humano e todo seu poder de conseguir o 
novo e destruir. Visto que, indicado em seis categorias no Oscar de 2020, foi o 
vencedor em quatro delas. Logo, uma obra prima necessária da cinegrafia 
coreana.

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