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TIC’s 09: Amamentação UNIGRANRIO – Afya Débora Oliveira Curso: Medicina A amamentação é permeada por vários assuntos de ordem psicológica, social e biológica. Olhando bem de perto os benefícios que o aleitamento materno traz para a criança, destaca-se a importância de amamentar de maneira exclusiva até os seis meses de vida e de mantê-la até os dois anos de idade. A primeira secreção das glândulas mamárias é chamada de colostro. Essa secreção contém menos gordura e mais proteína que o leite regular, ainda sendo rico em anticorpos – predominantemente IgA secretora – que fornecem algum grau de imunidade passiva ao recém-nascido, especialmente ao lúmen intestinal. Quais os estímulos necessários para uma amamentação eficaz? O leite é produzido nas glândulas mamárias. As funções das glândulas mamárias são a síntese, a secreção e a ejeção de leite; estas funções, chamadas de lactação, estão associadas à gestação e ao parto. A produção de leite é estimulada em grande parte pelo hormônio prolactina liberado pela adeno- hipófise, com contribuições da progesterona e dos estrogênios. A ejeção do leite é estimulada pela ocitocina, no momento da amamentação, a ação mecânica da sucção do mamilo estimula receptores táteis que faz com que esse hormônio seja liberado pela neuro-hipófise em resposta à sucção do bebê na papila mamária da mãe. A ocitocina causa a contração das células mioepiteliais nos alvéolos e ductos, resultando em expulsão do leite (reflexo de ejeção). Estímulos negativos como frustração, ansiedade ou raiva podem se refletir no funcionamento do hipotálamo e inibir a liberação de ocitocina. Quais as contraindicações para amamentação? Contraindicações permanentes Condições materna: • Câncer de mama que foi tratado ou está em tratamento; • Mulheres portadoras do vírus HIV, HTLV1 e HTLV2; • Portadoras de distúrbios da consciência ou de comportamento grave. Condições neonatais são: • Galactosemia; • Fenilcetonúria (necessita acompanhamento); • Síndrome da urina de xarope do bordo (necessita acompanhamento); • Intolerância a glicose; • Malformações fetais de orofaringe, esôfago e traqueia, cardiopatia e/ou pneumonia grave, hiperbilirrubinemia grave e entrega do recém- nascido para adoção; TIC’s 09: Amamentação UNIGRANRIO – Afya Débora Oliveira Curso: Medicina • Alterações da consciência da criança de qualquer natureza; • Intolerância a algum componente do leite; • Malformações fetais orofaciais que não sejam compatíveis com alimentação oral e enfermidades graves. Contraindicações temporárias • Infecção herpética: quando há vesículas localizadas na pele da mama. A amamentação deve ser mantida na mama sadia; • Varicela: se a mãe apresentar vesículas na pele cinco dias antes do parto ou até dois dias após o parto, recomenda-se o isolamento da mãe até que as lesões adquiram a forma de crosta. A criança deve receber Imunoglobulina Humana Antivaricela Zoster (Ighavz), disponível nos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIES) que deve ser administrada em até 96 horas do nascimento, aplicada o mais precocemente possível; • Doença de Chagas: na fase aguda da doença ou quando houver sangramento mamilar evidente; • Abscesso mamário: até que o abscesso tenha sido drenado e a antibioticoterapia iniciada. A amamentação deve ser mantida na mama sadia; • Drogas ilícitas: usuárias de drogas como cocaína, heroína e maconha; A justificativa para isto é que drogas como maconha, LSD, heroína, cocaína, ópio, entre outras, passam ao leite da mãe e podem prejudicar o bebê. Elas também mudam o comportamento da mãe, que se torna menos receptiva às necessidades do seu bebê. • Quimioterápicos: mulheres que estão recebendo algum tipo de quimioterapia oncológica ou submetidas a radiofármacos devem ponderar junto ao médico responsável; • Uso de álcool: o consumo eventual moderado de álcool (um cálice de vinho ou duas latas de cerveja) não contraindica a amamentação. Sugere-se que a criança seja amamentada antes do consumo de bebidas alcoólicas, e espere 3 ou 4 horas após beber para amamentar novamente. Bibliografia: Junqueira, Luiz Carlos Uchoa, 1920-2006 - Histologia básica: texto e atlas / L. C. Junqueira, José Carneiro; autorcoordenador Paulo Abrahamsohn. – 13. ed. - [Reimpr.]. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. il. Site: BVS Atenção Primária em Saúde - https://aps- repo.bvs.br/aps/quando-o- aleitamento-materno-deve-ser- suspenso-e-quais-as-situacoes-mais- comuns/ Acesso em: 02/10/2022 https://aps-repo.bvs.br/aps/quando-o-aleitamento-materno-deve-ser-suspenso-e-quais-as-situacoes-mais-comuns/ https://aps-repo.bvs.br/aps/quando-o-aleitamento-materno-deve-ser-suspenso-e-quais-as-situacoes-mais-comuns/ https://aps-repo.bvs.br/aps/quando-o-aleitamento-materno-deve-ser-suspenso-e-quais-as-situacoes-mais-comuns/ https://aps-repo.bvs.br/aps/quando-o-aleitamento-materno-deve-ser-suspenso-e-quais-as-situacoes-mais-comuns/ https://aps-repo.bvs.br/aps/quando-o-aleitamento-materno-deve-ser-suspenso-e-quais-as-situacoes-mais-comuns/
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