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Analgésicos e Anti-inflamatórios

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D i b e 
ANALGÉSICOS 
-AINES 
-OPIÁCEOS 
-ANESTÉSICOS 
 
ANTIINFLAMATÓRIOS 
-AINES 
-GLICOCORTICÓIDES 
 
 
 
Inflamação 
É a resposta a 
um estímulo 
prejudicial 
Pode ser 
provocado 
por uma 
grande 
variedade de 
agentes 
nocivos: 
o Infecções 
o Anticorpos 
o Ferimentos físicos 
o Etc... 
Sintomas clássicos incluem: 
o Calor 
o Rubor 
o Dor 
o Tumor 
Mecanismo 
A resposta inflamatória é caracterizada mecanicamente por uma 
vasodilatação local transitória e aumento da permeabilidade capilar, 
infiltração de leucócitos e células fagocíticas e degeneração tecidual e 
fibrose. 
Febre 
Pode ser causada por anormalidade no próprio cérebro ou substâncias que 
afetam os centros de regulação térmica (porção anterior hipotálamo ) 
Substâncias pirogênicas: 
o Proteínas 
o Produtos degradação proteínas 
o Toxinas lipopolissacarídeas ( membrana celular) 
As condições acima intensificam a formação de citocinas como IL-1β, IL-6, 
TNF-α e interferonas. Responsáveis pela fase inicial de resposta. 
A segunda fase é mediada pela indução coordenada da COX-2 e formação da 
PGE2. 
Inibição irreversível de COX pelo ácido acetilsalicílico 
O ácido acetilsalicílico modifica de maneira covalente a COX-1 e a COX-2, 
inibindo irreversivelmente sua atividade COX 
É uma importante distinção dos outros AINES 
A inibição da COX-1 nas plaquetas ( a COX-2 é expressa em megacariócitos e 
talvez em formas plaquetárias imaturas) persistem por toda a vida da 
plaqueta ( 8-12 dias). 
Inibição seletiva da COX 
O uso terapêutico de AINES é limitado pela sua tolerabilidade GI precária 
COX -1 expressa a fonte predominante de PG citoprotetora formadas pelo 
epitélio GI COX-2 tem sua expressão regulada por citocinas e mitógenos, 
acredita-se seja a fonte dominante de PG na inflamação e no câncer. 
O celecoxibe é atualmente o único inibidor da COX-2 licenciado para uso nos 
EUA. 
Etericoxibe liberado no Brasil e Europa 
Efeitos adversos comuns aos AINES 
AAS + 
Ácido acetilsalicílico e outros salicilatos (Salicilato de metila; Diflunisal; 
Olsalazina, sulfassalazina) 
Salicilatos 
Farmacocinética 
-Via oral 
-Pico [plasmática] 2 horas 
-Absorvido pequena parte estômago e em maior parte intestino delgado 
-Eliminada na urina (dependente do pH) 
-T1/2 AAS em doses antiplaquetárias 20 minutos, e 12 horas nas doses anti-
inflamatórias 
Fatores que influenciam absorção gástrica: 
-Composição 
-Velocidade desintegração e dissolução 
-Presença de alimentos retarda absorção 
- pH mais elevado aumenta dissolução 
-tempo de esvaziamento gástrico 
Preparações Tamponadas 
A pequena quantidade de antiácido é insuficiente para aumentar 
significativamente o pH gástrico, porém é capaz de promover uma maior 
velocidade na dissolução do AAS, resultando em absorção mais rápida e mais 
efetiva no intestino. 
 Distribuição: 
-São encontrados livres e ligados proteínas (albumina 47%) 
- Biodisponibilidade 68% 
-Atravessa: BHE, placentária, amamentação, líquido sinovial, suor e fezes. 
Metabolização e eliminação 
-Ocorre principalmente no fígado 
-Meia vida em torno de 6 horas 
-Via de excreção renal (influenciada pelo pH) 
Indicações clínicas: 
-Dores de pequena e moderada intensidade 
-Antipirético, sem efeito temperatura normal 
-Ação antiagregante plaquetária irreversíve 
Interação de drogas: 
-Aumenta efeitos hipoglicemiantes orais 
A I N E S 
 
 D i b e 
-Corticóides potencializam a ação ulcerogênica 
Toxicidade e contra-indicações: trato gastrointestinal, rins , fígado, medula 
óssea, sangue, equilíbrio ácido-básico, metabolismo energético, sistema 
imunológico, hiperuricemia. 
 
DERIVADOS PIRIZOLÔNICOS 
Dipirona ( metilmelubrina), fenilbutazona 
Dipirona 
Devido a tendência discrasias sanguíneas, não é mais utilizados em muitos 
países. 
Sua utilização se justifica quando a preparação parenteral é necessária. 
Derivados do para-aminofenol 
Paracetamol, acetominofeno ou N-acetil-p-aminofenol. 
Farmacocinética 
-Metabolização hepática 
-biodisponibilidade 88% 
-pico [plasmática] 30-60 min 
-T1/2: 2 h 
PARACETAMOL/ACETAMINOFENO 
VO e via retal, antipirético. Usa 6/6 horas. 
Mecanismo de ação é inibição NÃO seletiva da COX 
(inibe as duas) atua na enzima peroxido, distinto dos outros AINEs. 
Tem efeitos antiinflamatorios menos potentes do que 
os outros AINEs, mas continua sendo AINE. 
Considerado um analgésico. A enzima peroxidase é 
responsável pela síntese de prostaglandinas no 
cérebro, muito sensível ao paracetamol, explicando 
assim a analgesia. 
Mesma eficácia da dipirona. 
Não causa efeitos gástricos e antiagregação, sem ação antiinflamatoria. 
Toxicidade e contra-indicações: pode dar intoxicação 
aguda com abdominal, náuseas, vômitos, anorexia. 
Dentro de 36 horas pode haver evidencias clinicas de lesão hepática. Ou seja, 
a lesão (necrose) demora horas pra acontecer, o pcte vai sofrendo por muito 
tempo. Necrose tubular aguda e coma hipoglicemico podem ocorrer. 
Intoxicação: Ingesta aguda de > 7,5g (10 comprimidos) ou uso repetido de 
doses supraterapeuticas pode dar toxicidade. 
Ocorre por causa do aumento de 
metabólicos hepáticos (NAPQI) levando a uma aumento de depleção de GSH 
(glutationa). 
Em adultos pode ocorrer após ingestão de uma única dose de 10-15 g; 20-
25g são potencialmente fatais. 
A conduta de uma intoxicação por paracetamol é o uso de N-acetil-cisteína 
(NAC), se conjuga à NAPQI agindo como um substituto dos GSH. Uso EV. 
 
DERIVADOS DO ÁCIDO ACÉTICO 
Indometacina 
É um dos mais potentes inibidores da COX, limitando o uso clinico dela, pois 
tem efeitos colaterais muito potentes (gastrointestinais e etc). 
Inibe a motilidade dos leucócitos polimorfonucleares. 
Isso é ruim em pcte com infecção. 
Ducto arterioso persistente: indicado no uso em 
prematuros com essa persistência do canal arterial 
(comunicação entre aorta e artéria pulmonar). Ela 
diminui as prostaglandinas, assim o vaso fecha. Se não fechar, faz uma 
cirurgia de clampeamento do ducto. 
Não é recomendado rotineiramente como analgésico 
ou antipirético, 20x mais forte que um AAS. 
Farmacocinética 
-Rápida absorção TGI com pico de [plasmática] em 2 horas 
-Biodisponibilidade 98% 
-Liga-se a proteínas plasmáticas 90% 
-Meia vida 2,4 h 
-Sofre metabolização hepática 
-Eliminação urina, bile e fezes 
Etodolaco 
(derivado do ácido acético com certa seletividade COX-2) 
 
Cetorolaco 
(derivado do ácido heteroarilacético) 
 
Diclofenaco 
Diclofenaco infantil em gotas é PROIBIDO, associado a morte súbita em 
crianças (<14 anos). Não 
recomendado pra doenças cardíacas, tem mais ação 
COX2 do que COX1 (aumenta chance de problemas 
cardiovasculares). 
Muito semelhante ao COX2 seletivo celecoxibe, 
Pode ser VO ou IM. Mais polar pra ser excretado na 
urina. 
Aumenta concentrações de lítio, digoxina e 
metotrexato. Contraindicado em doenças TGI, 
hepatopatias, crianças, gestantes. 
Farmacocinética 
-Rapidamente absorvido tanto oral quanto parenteral 
-Pico [plasmática] 2-3 horas 
-Quando administrado por via IM, as[] máximas são atingidas entre 10 e 22 
minutos 
-Liga-se a proteínas plasmáticas nas proporções 99,7% 
-Meia vida de eliminação 1-2 horas 
 
DERIVADOS DO ÁCIDO PROPIÔNICO 
Ibuprofeno 
Tem efeito sobre a síntese de prostaglandinas, exerce ação sobre sistema das 
cininas e histaminas na mediação da inflamação. 
Suprime a motilidade leucocitária. 
Ação sobre o fechamento do ducto arterioso. 
Não usar em gestantes. 
Farmacocinética 
-Rapidamente absorvidos via oral 
-Presença de alimentos retardam a absorção e diminuem o pico de 
concentração plasmática. 
-Meia vida ibuprofeno é de 2 horas 
-Ligam-se as proteínas plasmáticas 90% 
-Sofrem extensa metabolização hepática 
-Mais de 90% é eliminada na urina. 
-Pode ser usado de 8/8h, mas a sua melhor ação ocorre com o uso de 6/6h 
Naproxeno 
O “flanax”. AINE com maior quantidade de 
aprovações de uso no FDA. Bom antipirético. 
VO e via retal. Alimentos retardam a absorção. 
Farmacocinética: 
-VO, via retal 
-Alimentos retardam a taxa absorção 
-Pico [] : 2-4 horas 
-T1/2: 14 horasno jovem pode dobrar no idoso. 
-Metabólitos com excreção urinária 
-Ligação proteíca 99% 
-Tem apresentação VO, EV e via retal. 
Cetoprofeno 
Além de inibir a COX, ele pode estabilizar as 
membranas lisossômicas e antagonizar as ações da 
bradicinina. 
Evitar medicamento se pcte tem dispepsia. 
Farmacocinética: 
-T1/2: 2 h 
-Ligação proteica 98% 
-VO, EV e IM 
-Conjugado ao ácido glicuronico, sendo eliminado na urina 
 D i b e 
-Excreção renal 
Obs:30% pode desenvolver sintomas gástricos leves, sempre orientar os 
pctes quanto a sintomas gástricos. 
 
 
 
DERIVADOS ENÓLICOS (OXICANS) 
Em geral são inibidores não seletivos. Ortopedistas 
indicam. 
-Piroxicam: pode inibir ativação neutrofilica, 
meia vida longa, potencia antiinflamatoria 
muito boa, 20% tem efeitos colaterais. 
Farmacocinética 
-VO 
-Pico [] 2-4 h 
-Alimentos retardam absorção 
-T1/2: 50 h, meia vida é longa podendo ser usado apenas um vez ao dia, e 
tem boa ação anti-inflamatória 
-Ligação proteica 99% 
-Metabolitos excretados urina 
Obs: 20% apresentam efeitos colaterais 
-Meloxicam: exibe seletividade COX2 
principalmente em doses baixas (menos lesões 
gástricas). 
Farmacocinética 
-Pico[]: 5-10h 
-Ligação proteica 99% 
-T1/2: 15-20 horas 
 
AINEs SELETIVOS PRA COX2 
Não tem sintoma gástrico, da pra usar por tempo 
maior. 
-Celecoxibe: não se conhece a biodisponibilidade, ensaios em placebo 
demonstraram risco elevado de IAM e AVC, e isso esta relacionado com dose 
e risco de 
doença cardiovascular antes do uso do 
fármaco. 
Evitar em pctes propensos a doença cardiovascular e 
cerebrovascular. 
Farmacocinética 
-Biodisponibilidade não é conhecida 
-Pico[] 2-4h 
-T1/2: 11h 
-Metabolização hepatica 
-Eliminação renal 
-Etoricoxibe: absorção de 80%, aumenta risco 
de eventos cardíacos e AVE, não usa em pctes 
com hipertensão não controlada. 
NIMESULIDA 
É uma sulfonamida, seletividade pra COX2 similar a do celecoxibe. 
Efeitos adicionais: inibição da ativação neutrofilica, reduz produção de 
citocinas, redução de produção de enzimas degradantes, ativação de 
receptores para glicocorticoides. 
FENAMATOS 
Acido mefenamico e meclofenamato. Tratamento de 
lesões de tecidos moles, mais analgésico do que 
antiinflamatorio. 
Usa em dismenorreias, liberado em gestantes. 
Causa efeito GI, elevação de transaminases, anemia 
hemolítica autoimune (raro). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O glicocorticoide vem do córtex da suprarrenal. Esse 
córtex é dividido em 3 camadas: 
→ Zona glomerulosa: produção e liberação de 
mineralocorticoide (aldosterona). 
→ Zona fasciculada: glicocorticoides e hormônios 
sexuais. 
→ Zona reticulada: glicocorticoides e hormônios 
sexuais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Glândulas 
suprarrenais tem duas camadas: 
→ Na medula interna tem a produção de 
catecolaminas (noradrenalina e adrenalina. 
→ No córtex tem hormônios glicocorticoide 
(cortisol), mineralocorticoides (aldosterona) e 
hormônios sexuais andrógenos e estrógenos. 
Os hormônios glico e mineralo são formados por 21 
carbonos, sendo semelhantes quimicamente, tendo 
particularidades de função. Cortisol é tao parecido com aldosterona que 
retem água e sódio (inchaço do 
cortisol). Aldosterona também tem particularidades do cortisol, mas com 
baixíssima intensidade. 
Mineralo e glico formam a classe dos corticoesteroides. 
Ambos retem sódio e água e tem ação no metabolismo 
intermediário (glicose, lipídeos, proteínas). 
-Hidrocortisona (cortisol): agente antiinflamatorio esteroidal (diferente dos 
AINEs). 
-Aldosterona 
Chama-se o glicocorticoide de hormônio do stress. Ele aumenta a 
disponibilidade de glicose circulante, 
ativando todas as vias hepaticas (glicogenolise, 
aumenta gliconeogênese advinda de proteínas/lipídeos, aumentando a 
quantidade 
energética do organismo). 
Em situações de muito estresse (crise convulsiva, 
queimadura grave, fratura) vai ter disponibilização de 
glicose, tendo mobilização para o sangue. Da para ver hiperglicemia no 
sangue nesses momentos. 
Essa hiperglicemia justifica o motivo de pctes 
diabéticos não serem bons pacientes para o uso de 
G L I C O C O R T I C O I D E S 
 
 D i b e 
glicocorticoides. 
 
O CRH hipotalâmico vai até os corticotrópicos (adeno- hipofise) liberar o ACh, 
o qual vai até a córtex, estimulando a liberação de cortisol. Quando o cortisol 
se eleva na corrente sanguínea, ele faz um feedback negativo, bloqueando o 
estimulo. 
→ Cronobiologia do cortisol: pico de liberação 
ocorre entre 7-8 horas da manhã. Antes disso 
a gente deve estar dormindo, ou seja, sem 
estresse. No momento que a gente acorda, a 
gente precisa da ação do cortisol. 
O menor nível de cortisol endógeno é 5-6 horas da 
manhã, tendo aumento do eixo após isso. 
O cortisol chega nas células do sistema imune pra 
diminuir a liberação de agentes pró-inflamatórios. 
Controlar a inflamação é importante pra não ter 
destruição de células sadias do tecido, podendo ter 
disfunção. Função do cortisol é frear o excesso de 
resposta inflamatória, deixando-a contida nas células danificadas, não 
nas sadias. 
Doença autoimune é quando a resposta imunológica é 
maior que o freio do cortisol endógeno, gerando dano 
e patologia. Muitas das doenças autoimunes usam 
glicocorticoide exógeno. 
 
 
HIDROCORTISONA 
O protótipo dos glicocortidoies com estrutura básica de ciclopentano-
peridro-fenantreno (molécula de colesterol). 
Hidrocortisona e predinosolona são muito parecidas 
com cortisol, tendo pouca metabolização hepática. 
Vias de administração: VO, EV, IM, via nasal, via 
inalatória. Pode ser intrarticular, ir direto em um nervo (hernia de disco), 
aplicação subcutânea para diminuir queloides, colírios. 
Biodisponibilidade: se combina reversivelmente com a 
transcortina (proteína de transporte do cortisol 
sintetizada no fígado), e o restante (10%) responsável pela atividade 
farmacológica. Ela precisa estar livre para agir. 
Quanto maior a potência anti-inflamatoria da droga, 
menos ele se liga na transcortina, tendo afinidade com a albumina. 
A biodisponibilidade da cortisona e da prednisona são menores do que a da 
hidrocortisona e prednisolona, pois as primeiras necessitam conversão ao 
nível hepático para se tornarem ativas. Isso é importante em pctes que usam 
muitas drogas, pois tem menos dano hepático. 
São conjugados com o acido glicuronico, tornando-se 
polares para serem excretados pelos rins. 
Farmacodinâmica 
observa os efeitos em quase todo o organismo, os efeitos dependem da 
produção de proteínas especificas (enzimas) que vão catalisar 
reações especificas. 
Ele faz a regulação genica de proteínas. 
Entra na célula por difusão, vai no receptor de 
glicocorticoide, sendo levado até o núcleo, e regula a transcrição (aumenta 
ou diminui síntese proteica). 
Efeitos fisiológicos 
-Metabolismo de sal e água: ação que nem 
aldosterona. 
-Metabolismo do cálcio e ossos: estimula 
atividade osteoblástica (diminui a formação de 
matriz óssea e produção de colágeno), 
podendo gerar osteopenia e osteoporose (não 
usa em crianças e nem idosos). 
-Sistema circulatório: pode aumentar pressão, 
lesão endotelial, aumenta chance de infarto e 
AVC. 
Efeitos farmacológicos 
A principal ação é antiinflamatoria e imunossupressora. 
Anti-inflamação: evitam excesso de reações de defesa 
que possam causar dano ao próprio organismo. Todos 
os passos do processo inflamatório são bloqueados ou 
retardados pelo uso de glicocorticoides. 
Previnem o início da cascata de reação que leva a 
produção de certas prostaglandinas e leucotrienos, 
através da diminuição da oferta de acido araquidônico. 
Inibem a fosfolipase A2 (enzima que quebra 
fosfolipideos de membrana), a qual formaria acido 
araquidônico, o qual formaria prostaglandinas, 
tromboxano e prostaciclinas. 
O AINEs bloqueia apenas a cicloxigenase, não 
bloqueando as leucotreinas. 
Alergias e Imunidade: deprimem a imunidade celular 
 D i b e 
(a mais tardia) e a hipersensibilidade retardada da 
imunidade humoral. 
Geralmente em reações > 24 horas.Em urticarias ou alergias mediadas por histamina, usa apenas anti-
histaminicos (respostas precoces). 
Causam involução e atrofia de tecido linfoide e 
diminuição de linfócitos circulantes. 
Alergia e imunidade: inibem produção de gama- 
interferon pelos linfócitos T ativados, prejudicando 
efeito de reconhecimento de antígenos pelos 
macrófagos. 
Inibem IL-2, o qual proliferaria os linfócitos T. IL-1 também pode ser inibida, 
IL-3/IL-6, TNF. 
Na covid, o único benefício de tratamento é o uso de 
glicocorticoide em uso de oxigênio, para evitar excesso de lesão no pulmão. 
Usos terapêuticos 
Endocrinologia: insuficiência suprarrenal (uso 
de exógeno, já que não tem endógeno), 
hiperplasia adrenal congênita (pode causar 
genitália ambígua, pede um cariótipo). 
→ Doenças do colágeno: artrite auto-imune, LES. 
→ Doenças alérgicas: urticaria, anafilaxia, 
dermatite atópica. 
→ Doenças do aparelho digestivo: colite 
ulcerativa, doença de Crohn, doença celíaca 
→ Doenças hematopoeticas: anemia hemolítica 
auto-imune, PTI 
→ Neurologia: edema cerebral pós-convulsão, 
pós-trauma, pós-tumor. 
→ Doenças infecciosas: laringite 
→ Em choque 
→ Pneumologia: asma 
→ Nefrologia: síndrome nefrotica, 
glomerulopatias. 
 
Curta é 8-12 horas, os de longa é de 36-72 horas. 
Postulou-se que hidrocortisona é “1”, e os outros 
medicamentos são em relação a ação desse fármaco. 
Exemplo: prednisona tem 4x mais potência que 
hidrocortisona, e 20% menos retenção de sódio. 
Fludrocortisona é guardada na geladeira, usada pra 
tratar hiperplasia suprarrenal congênita (alta potência de retenção de sódio). 
Dar preferência de usar 7-8 horas da manhã pra tentar mimetizar a fisiologia, 
fazendo o eixo endógeno funcionar. 
Corticoides de uso tópico 
uso para dermatite de contato, eczemas, psoríase, líquen plano. 
Efeitos colaterais 
SNC: alteração de comportamento, pseudotumor cerebral (mesmos sintomas 
só que com TC normal), psicose, convulsões, dependência. 
Sistema imune: disseminação de infecções. 
Deixa imunossuprimida depois de 14 dias de 
uso em doses habituais. 
Aparelho digestivo: úlcera péptica (pois inibe 
prostaglandina), perfuração intestinal, 
pancreatite. 
Olhos: elevação de pressão-intraocular, 
glaucoma, catarata subescapsular, exacerbação 
de infecções, cegueira. 
Sistema endócrino e metabólico: retardo de 
crescimento, diabete, síndrome de Cushing 
iatrogênica (síndrome por excesso de 
glicocorticoide, tendo face em lua cheia 
Corticoide age no centro da fome, aumentando o 
apetite. Engorda quem toma 5 meses consecutivos. 
Cardiovascular: hipertensão, infarto do 
miocárdio, AVC, fragilidade capilar. 
Sistema musculoesquelético: perda de massa 
muscular, miopatia, osteoporose, fraturas 
espontâneas. 
Sangue: aumento do número de leucócitos, 
diminuição do número de linfócitos, eosinófilos e basófilos, aumento de 
neutrófilos, plaquetas e hemácias, hipercoagulabilidade sanguínea, 
tromboembolismo. 
Faz uma reação leucemoide, parece até uma 
pneumonia iniciante no hemograma. 
Pele: atrofia, estrias cutâneas, acne, hirsutismo, equimoses, cicatrização 
lenta. 
Água e eletrólitos: depleção de potássio, hipocalcemia, edema. 
Suspensão da medicação 
Levar em conta o processo patológico e o grau de recuperação do eixo 
hipotálamo-hipofise-suprarrenal. 
Suspensão deve ser feita em redução de 25% a cada 
semana até alcançar níveis de substituição. 
A partir disso, permanece com esquema em dias alternados, permitindo que 
as suprarrenais produzam 
glicocorticoides endógenos. 
 
 
 
 
 
 
O termo opiáceo refere-se a compostos relacionados 
estruturalmente com os produtos encontrados no Ópio. Opioide é qualquer 
composto, independente da estrutura, que possua propriedades funcionais 
de um 
opiáceo. 
Temos receptores opioides endógenos, pois temos 
receptores opioides no nosso corpo. 
→ Endorfina: é sinônimo de peptídeo opioide 
endógeno, também sendo um opioide 
endógeno específico b-endorfina. 
Associado a sensação de bem-estar, relaxamento, 
satisfação. Liberado após relação sexual, exercício 
físico, ao comer chocolate. 
HISTÓRIA DO ÓPIO: apareceu em III AC, usado pro 
controle da disenteria. 
Em 1806, Frederich Sertuner descreveu o isolamento e 
cristalização do opio puro, chamado de Morfina. 
Durante a guerra civil americana, observou-se 
referência do uso em soldados, os quais ficavam 
dependentes. 
Em 1876 foi descoberto um produto sintético chamado 
Heroína. 
RECEPTORES OPIOIDES 
→ DOR: delta 
→ KOR: capa 
→ MOR: mi – sistema nervoso central e espinhal. 
São da família da rodopsina, ou seja, receptores de 
proteína G, amplamente distribuídos no nosso corpo, 
como cérebro e medula espinhal, e ainda em tecidos 
periféricos (vasos, pulmões, coração, intestino, células 
imunes/inflamatórias). 
ATIVAÇÃO DO RECEPTOR: ocorre inibição da atividade da adenilciclase (não 
transforma ATP em AMPc), reduz abertura dos canais de cálcio nas 
terminações pré-sinapticas, reduzindo a liberação de neurotransmissores na 
fenda. 
Também tem ativação 
dos canais de K pós-sinapticos (efluxo de K), com 
hiperpolarização e inibição pós-sinaptica. 
Ou seja, não tem exocitose de neurotransmissores na 
fenda sináptica, diminuindo a transmissão nervosa. 
Todo esse mecanismo bloqueia parcialmente a transmissão do estímulo 
doloroso. 
O P I O I D E S 
 
 D i b e 
DESSENSIBILIZAÇÃO: quando existe a ligação do receptor, isso faz com que a 
dessenbilização desapareça a medida que ocorre a depuração do agonista 
com o tempo. 
Isso é importante pois temos fármacos com dessenbilização rápida ou 
demorada 
TOLERÂNCIA: necessita de doses cada vez mais 
elevadas para promover o mesmo efeito anterior. 
Administração prolongada resulta na perda do efeito 
do fármaco em doses habituais (diminui o número de 
receptores). 
EFEITOS DOS OPIOIDES 
→ANALGESIA: tem analgesia, sonolência, alterações 
do humor (euforia) e obnubilação mental (torpor). 
Em doses baixas de morfina, reduz o componente 
afetivo da dor, mas não reduz a intensidade percebida 
da dor (o quanto a dor ta interferindo, percebe que ta 
doendo, mas não se incomoda). 
Em doses altas, ela reduz tanto a intensidade percebida e o componente 
afetivo. 
Ações cerebrais: pcte não tem consciência de onde 
está doendo, pois, medicamento bloqueia o 
comportamento da dor em algumas regiões (substância branca 
periaquedutal do mesencéfalo). 
Ações espinhais: deprime seletivamente a descarga 
dos neurônios do corno dorsal, que são provocados 
pelas fibras nervosas aferentes finais, as quais tem 
limiar alto. 
Reduzem a secreção dos neurotransmissores 
excitatórios pelas fibras C e diminuem a excitabilidade dos neurônios do 
corno dorsal. 
Ações periféricas: aplicação direta em um nervo causa efeitos semelhantes a 
anestésicos locais. 
Em inflamações em que tem sensibilidade terminal 
exacerbada, o opiáceo normaliza esse limiar. 
Em articulações ou na pele reduz os disparos das fibras aferentes ativadas de 
forma espontânea. 
ALTERAÇÕES DE HUMOR E PROPRIEDADES GRATIFICANTES: mecanismos não 
muito definidos, sugerem alterações na função dopaminérgica 
mesocorticolímbica. 
RESPIRAÇÃO: depressão respiratória raramente 
acontecem, mas é a principal causa de morbidade 
secundaria no uso de opioides. Acontece em doses alta e com rápida infusão. 
Ele diminui o estímulo respiratório no centro 
respiratório, e o pcte entra em apneia. 
Descrever para infundir em IV lento. 
EFEITOS NEUROENDÓCRINOS: 
→ Hormônios sexuais: reduz testosterona, 
cortisol, gonadotropinas 
→ Prolactina: aumentam o nível plasmático 
→ GH: pode ocorrer redução 
→ ADH e ocitocina: inibidos 
→ Miose: MOR causam miose 
→ Convulsões: podem ajudar um pouco, mas 
como inibe GABA, desequilibra o cérebro 
→ Tosse: deprimem o reflexo da tosse. Melhor 
remédio para a tosse. 
EFEITOS NAUSEANTES E EMÉTICOS: são efeitos 
colaterais pela estimulação direta na zona 
quimiorreceptora do gatilho emético situado na área 
postrema do bulbo. 
SISTEMA CARDIOVASCULAR: vasodilatação 
periférica, diminui resistência vascular e inibe 
barorreceptores.Pode haver liberação de histamina 
Fentanil e sufentanil tem alguns efeitos, não possuem 
efeitos sobre histamina. 
TÔNUS MOTOR: em doses altas causam rigidez 
muscular, pode causar na parede torácica (não 
expande) e do musculo masseter. 
TGI: 
→ Esôfago: inibe o relaxamento do esfíncter 
esofágico inferior 
→ Estomago: retarda esvaziamento 
→ Intestinos: diminui persistalse e secreções, 
aumenta tônus do esfíncter anal 
→ Trato biliar: aumenta o tônus do esfíncter de 
oddi (morfina). 
REGULAÇÃO DA TEMPERATURA: altera o ponto de 
equilíbrio dos mecanismos termorreguladores do 
hipotálamo. Pode gerar febre. 
URETER E BEXIGA: aumenta tônus do esfíncter 
externo, inibe o reflexo miccional. Tem que fazer sonda de alívio. 
Pcte pós cirúrgico ou oncológico usando morfina tem 
esse quadro. 
MORFINA E AGONISTAS ESTRUTURALMENTE 
RELACIONADOS 
É o fármaco padrão com qual os analgésicos novos são 
comparados. Ainda é obtida do opio ou extraída da 
palha das papoulas. 
→ABSORÇÃO: modestamente absorvido pelo TGI, 
podem ser absorvidos através de dispositivos 
trans dérmicos, via epidural pra produzir analgesia 
medular. 
Sofre metabolização de primeira passagem. 
Agem imediatamente se usados via parenteral. 
→METABOLISMO: meia vida é de 2 horas, boa ação vai 
até 4 horas. 
Excreção renal 
ANALGÉSICOS PIPERIDÍNICOS E FENILPIPERIDÍNICOS 
→MEPERIDINA: é uma fenilpiperidina, são agonistas 
dos receptores MOR, com efeitos predominantemente 
no SNC e ações neurológicas no intestino. 
Quase igual a morfina, mas não faz constrição do 
esfíncter de oddi. 
Absorvida parenteral e oral (mais raro). 
Melhor efeito em 4 horas. 
FENTALINA E CONGÊNERES 
Analgésico muito potente, de ação curta quando 
administrado via parenteral. 
Causa rigidez muscular se usa em doses elevadas na 
indução anestésica. Causa também depressão 
respiratória (usar e ter um equipamento de ambu do 
lado). 
Produz efeitos mínimos na pressão intracraniana (usa 
em TCE grave). 
Reduz FC e pode reduzir. Efeitos cardíacos mínimos 
(usa em pctes hipotensos, choque cardiogênico). 
Meiavida de 3-4 horas. 
Indicações: 100x mais potente que a morfina, efeito 
em 5 minutos (diferente da morfina e meperidina que 
demoram 15min). 
Sulfentanil é 1.000x mais potente que a morfina. Usa 
em cirurgias. 
METADONA 
Agonista MOR de ação longa com propriedades semelhantes às da morfina. 
Eficácia VO, ação estendida na supressão dos sintomas de abstinência dos 
pctes com dependência. 
→ Pcte dependente de morfina, troca por 
metadona. 
TRAMADOL - TRAMAL 
Análogo sintético da codeína, agonista MOR fraco. 
Efeito é produzida por inibição da captação da 
norepinefrina e serotonina. Pode ter interações com 
antidepressivos. 
Nas dores fracas e moderadas é bem eficaz. 
Tem 1/6000 de afinidade em relação os receptores da 
morfina. 
Duração de mais ou menos 6 horas. 
ANTAGONISTAS OPIOIDES 
 D i b e 
Ligam-se competitivamente a um ou mais receptores 
opioides, demonstram pouca ou nenhuma atividade 
intrínseca e antagonizam fortemente os agonistas. 
A mudança mais comum acontece na substituição de 
uma molécula maior pelo grupo N-metila típico dos 
agonitas MOR (oximorfina modificado em naloxona). 
Se foi usado um antagonista numa pessoa, depende de 
ela está usando opioide e do grau de dependência de 
opioide. 
→ Efeitos na ausência de um opioide: em doses 
baixas não acontece nada, em doses mais altas 
pode acontecer sonolência. Dor, estresse, efeitos endócrinos podem 
atrapalhar. 
→ Efeitos em presença de um opioide: doses 
pequenas de naloxona IM/EV evitam ou revertem imediatamente os efeitos 
dos agonistas. 
O tempo de efeito varia de 1-4 horas. Reverte 
depressão respiratória em 1-2 minutos, efeitos 
sedativos e hipotensores retornem ao normal. 
Os antagonistas podem produzir o efeito contrário do 
opioide e excessivo, se estava sonolento, vai ficar 
hiperativo. 
→ Efeitos nos pctes dependentes de opioides: vai 
piorar a situação, começa depois da administração e regride em 2 horas. 
Tratamento da overdose de opioides: quando tem 
depressão respiratória, cuidar da síndrome de 
abstinência. 
Tratamento da constipação: usa metilnaltrexona, um 
antagonista de ação limitada periférica (tubo 
digestivo), em pctes com uso crônico de agonista (pcte oncológico). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Deprimem o SNC que possibilidade a realização de cirurgias e outros 
procedimentos. 
Suprimem os reflexos homeostáticos normais. 
→ Seleção do anestésico leva em conta sua 
farmacocinética, efeitos colaterais e o pcte 
(idade, condição médica associada, outros 
medicamentos). 
Também são empregados sedativos, bloqueadores 
neuromusculares, anestésicos locais (junto da anestesia geral, pode melhorar 
a dor pós-cirúrgica), 
antagonistas alfa-adrenérgicos, gases terapêuticos 
(anestésicos inalatórios). 
Anestesia não tem objetivos terapêuticos nem 
diagnósticos, é apenas um meio para isso. 
Objetivos do desenvolvimento de novos anestésicos: 
→ Minimizar efeitos diretos e indiretos 
potencialmente deletérios dos anestésicos 
→ Manter a homeostase fisiológica durante 
procedimentos cirúrgicos. 
→ Melhorar os desfechos pós-operatórios. 
PRINCÍPIOS GERAIS DA ANESTESIA CIRÚRGICA 
Efeitos hemodinâmicos da anestesia geral: no geral 
tem redução da PA, ocorrendo por vasodilatação, 
depressão miocárdica, ou ainda ambas. 
Muito período em pctes com IC. 
Efeitos respiratórios: reduzem ou eliminam o impulso 
ventilatório, pode ter obstrução de via aérea, 
diminuição do reflexo da tosse e do vomito. 
Fazer anestesia junto com o material de intubação. 
Hipotermia: exposição de cavidades, líquidos 
intravenosos frios, diminuem ponto de regulação da 
temperatura central. 
É uma das causas de parada cardíaca. 
Náuseas e vômitos: mais no pós-operatório, estímulo 
da zona quimiorreceptora do gatilho e do centro do 
vomito. 
ESTADO ANESTÉSICO: 
→ Amnésia 
→ Imobilidade em resposta ao estímulo nocivo. 
→ Atenuação das reações autonômicas aos estímulos nocivos. 
→ Analgesia: pcte não pode sentir dor. 
→ Inconsciência 
Os benzodiazepínicos são sedativos, podem fazer 
amnesia/inconsciência, mas não fazem a analgesia. 
MEDIDA DA POTÊNCIA ANESTÉSICA: concentração 
necessária para impedir a movimentação em resposta 
ao estímulo cirúrgico. 
→ Para os anestésicos inalatórios, a potência é 
medida em concentração alveolar mínima necessária para impedir o 
movimento em resposta ao estímulo da cirurgia em 50% dos pctes. 
MECANISMOS DA ANESTESIA 
Teoria unitária da anestesia: no século XX, teorizou-se que todos os 
anestésicos funcionavam da mesma forma. 
Baseava-se na observação da potência de um gás, que se relacionada com 
sua solubilidade em óleo 
de oliva (regra de Meyer-Overton). 
Os agentes inalatórios e IV podem ser enantiosseletivos em sua ação como 
anestésicos. 
Em 2006, a teoria lipídica de anestesia foi descartada. 
AÇÕES MOLECULARES: vários canais iônicos, 
receptores e proteínas de transdução de sinal são 
modulados por anestésicos 
→ Aumentam os receptores de GABA: anestésico 
se liga (canais de cloro hiperpolarizam a célula) 
e aumenta a sensibilidade do receptor ao GABA, intensificando a 
neurotransmissão inibitória e deprime a atividade do SNC. 
Os únicos anestésicos gerais que não possuem efeitos 
sobre o GABA ou da glicina são a Cetamina, oxido 
nitroso, ciclopropano e o xenonimo. 
→ Reduzem os receptores de NMDA (glutamina): 
bloqueiam a entrada do glutamato na célula, são a Cetamina, oxido nitroso, 
ciclopropano e o xenonimo. 
→ Bloqueiam os canais de K: no pós-sináptico ele 
diminui a polarização, impedindo a resposta neuronal, e no pré-sinaptico 
ocorre hiperpolarização, com isso impede a liberação 
A N E S T É S I C O S G E R A I S 
 
 D i b e 
de neurotransmissores. 
BARBITURATOS 
Derivados do acido barbitúrico, ora com oxigênio, ora com enxofre na 
posição 2. Característica apolar, pois agem no SNC, tendo que ser lipossolúvel 
pra passar pela barreira hematoencefálica. 
→ Tiopental 
→ Tiamilal 
→ Metoexital sódico 
Fornecidoscomo mistura racêmica a despeito da 
enantiosseletividade da sua potência anestésica. 
EFEITOS FISIOLÓGICOS: 
→ SNC: suprimem o EEG, reduzem de forma 
dependente da dose a taxa metabólica 
cerebral, reduz a pressão intraocular. 
→ Cardiovascular: redução da PA (venodilatação 
e diminui contratilidade). 
não é muito bom usar em pcte com choque 
cardiogênico. 
→ Respiratório: depressor respiratório, diminui 
volume-minuto e volume corrente, reduz FC. 
Pcte tem que estar intubado. 
PROPOFOL 
É o parenteral mais usado nos EUA, pró-formaco 
ativado in vivo. 
Utilizar fracos em até 4 horas após abertos, aumenta 
risco de infecções bacterianas. 
Usa em último caso. 
→ SNC: suprime EEG, reduz taxa de metabolismo 
cerebral, diminui o fluxo sanguíneo cerebral e 
a PIC e intraocular, fenômenos excitatórios 
como coreia e opistoteno. 
→ Cardiovascular: diminui PA (vasodilatação e 
depressão miocárdica), reduz atividade 
simpática. 
→ Respiratório: produz depressão respiratória 
maior que tiopental, causa menos 
broncoespasmo, sendo bom em asmáticos. 
→ Outros: síndrome de infusão em jovens ou TCE, 
acidose metabólica, hiperlipidemia, 
rabdomiólise e hepatomegalia. 
ETOMIDATO 
É um imidazol fornecido como D-isômero ativo, sofre 
pouca interação com outros agentes na indução anestésica. Usado em pctes 
com risco de hipotensão. 
→ SNC: hipnose, não faz analgesia, aumento da 
EEG, associado a crises convulsivas 
→ Cardiovascular: pequeno aumento da FC. 
→ Respiratório: depressor menor 
→ Outros: associado a náuseas e vômitos, diminui 
a produção de cortisol e outros esteroides, mioclonias não convulsivas. 
Contraindicação: choque séptico. 
CETAMINA 
Fornecida como uma mistura de isômeros (R+ e S-). 
Muito usado na pediatria, menos efeitos colaterais. 
Útil em pctes sob risco de hipotensão, broncoespasmo 
e para procedimentos pediátricos. 
Faz uma profunda analgesia, gera estado hipnótico 
diferenciado (anestesia dissociativa). 
→ Amnesia 
→ Olhos abertos 
→ Movimentos involuntários dos membros 
→ Não obedecem a ordens 
→ Respiram espontaneamente. 
Bom para quando não quer fazer intubação. 
Mecanismo de ação: inibe canais iônicos ligando-se 
aos NMDA de glutamato, agem em canais não NMDA 
também, controverso sobre ação em receptor opioide, 
interage com neurotransmissão 
Usada no tratamento da depressão. Usa no pcte com 
tentativa de suicídio. Melhora em 15 dias. 
→ SNC: atividade simpática indireta, aumento do 
tônus muscular, nistagmo, salivação, aumeta 
PIC com baixa alteração no metabolismo 
cerebral, delirium nas 4 horas da administração 
→ Cardiovascular: aumenta FC, PA e DC, 
diminuição da captação de catecolaminas 
central e periférica 
→ Respiratório: melhor indicação, possui efeito 
broncodilatador. 
ANESTÉSICOS INALATÓRIOS 
Incluem gases e líquidos voláteis, porém tem baixa 
margem de segurança (apenas anestesiologistas 
usam). 
→ Coeficiente de partição: é o quanto ele 
consegue se deslocar de um compartimento 
para outro. 
A seleção precisa ajustar a fisiopatologia do pcte ao perfil dos efeitos 
colaterais. 
Farmacocinética: se redistribuem entre os tecidos até que ocorra equilíbrio, o 
qual é obtido quando a pressão parcial de gás anestésico é igual nos dois 
tecidos. 
→ Anestesia acontece quando a pressão parcial 
do anestésico no cérebro é igual ou maior que 
a concentração alveolar mínima (CAM). 
→ Faz cálculo com peso ideal do indivíduo. 
Tem que entubar. 
 
HALOTANO: líquido volátil em temperatura 
ambiente, muito usado em crianças (bem tolerado pra 
indução, efeitos colaterais menores), baixo custo 
(muito utilizado em países em desenvolvimento). 
Bom para usar em pctes muito ansiosos, estressados, 
com medo (Alzheimer). 
→ Sangue/gás e gordura/sangue é alto, ou seja 
tem indução lenta e mais prolongada. 
Efeitos colaterais: 
→ Cardiovasculares: reduz PA, bradicardia, 
depressão cardíaca, atenuação dos reflexos 
barorreceptores. 
→ SNC: dilatação vascular cerebral com aumento 
do fluxo e volume sanguíneo cerebral, taxa 
metabólica cerebral é reduzida. 
→ Respiratórios: broncodilatação 
Isso é bom em crianças inconscientes, pois o calibre 
delas é bem pequeno. 
→ Musculo: relaxamento, hipertermia maligna 
pode causar contrações musculares. 
→ Fígado e TGI: necrose hepática, diminuição da 
pressão esplâncnica. 
 D i b e 
ISOFLURANO: de uso comum em todo o mundo. 
→ Sangue/gás é mais baixo que o halotano, tem 
indução e recuperação mais rápidas. 
Efeitos colaterais: 
→ Cardiovascular: reduz PA, dependente da dose, 
não influencia DC e aumentam FC. 
→ Respiratório: depressão ventilatória. 
→ SNC: aumento do fluxo sanguíneo 
→ Musculo: relaxamento 
→ Fígado e TGI: redução da pressão esplâncnica. 
SEVOFLURANO: pode ter reação exotérmica com o 
absorvente de CO2 já dessecado (tem que ficar 
trocando o filtro), produzindo queimaduras nas vias 
respiratórias. Também pode produzir CO. 
Tem rápida indução da anestesia, com rápida recuperação. 
Usado em pctes ambulatoriais e indução em crianças. 
Efeitos colaterais: 
→ Cardiovascular: reduz PA e DC, não produz 
taquicardia 
→ Respiratório: reduz volume corrente e 
aumenta a FR, potente broncodilatador 
→ SNC: aumento da pressão, pode promover 
delírio em crianças. 
→ Músculos: relaxa musculo estriado. 
ANESTÉSICOS LOCAIS 
Primeiro anestésico local foi a cocaína, descoberta no final do século XIX. 
Porém tem toxicidade, então foi descoberto compostos sintéticos, 
desenvolvendo a procaína. 
A hidrofobicidade (aromática) aumenta a duração e a 
potência anestésica. Tem características hidrofílicas e hidrofóbicas. 
Mecanismo de ação: ligam-se reversivelmente a um 
receptor específico existente no poro de canais de 
sódio dos nervos. 
Eles bloqueiam a condução reduzindo ou impedindo a 
permeabilidade da membrana excitável ao sódio 
(bloqueia entrada do Na), que normalmente é 
produzida pela despolarização. 
→ Assim o limiar da excitabilidade elétrica 
aumenta gradativamente, o potencial de ação 
declina e a condução fica mais lenta. 
Sensibilidade diferenciada das fibras nervosas: não 
tocar no olho se tiver anestesia por colírio anestésico. 
→ Supressão da sensação da dor 
→ Perda da sensibilidade da temperatura ao 
toque e a pressão profunda 
→ Perda da função motora. 
Prolongamento da ação dos anestésicos por 
vasoconstritores: epinefrina 
→ Ela reduz a absorção do fármaco, tendo mais 
tempo no local 
→ Diminui efeitos colaterais. 
→ No músculo esquelético a epinefrina por 
estímulo β2–adrenérgicos faz vasodilatação, 
pode aumentar os efeitos tóxicos sistêmicos. 
Nunca usa em extremidades (orelha, nariz, dedos e no 
pênis). 
Efeitos adversos dos anestésicos locais: 
→ SNC: excitabilidade com inquietude e tremor, 
gerando até convulsão 
→ Cardiovascular: distúrbios de ritmo (bloqueio 
dos canais de Na). 
→ Musculo liso: geralmente relaxam e deprimem 
contração 
→ Junção neuromuscular e sinapse pós- 
ganglionar: bloqueia junção. 
 
LIDOCAÍNA (XILOCAÍNA): pode ser injetável, tópica, 
transdermica e oftálmica. 
Produz anestesia rápida, intensa, prolongada e ampla. 
→ 1%: significa que tem 1g a cada 100ml, ou seja, 
10mg a cada 1ml. Só pode colocar 300mg 
(30ml). 
→ Da para diluir com água destilada (passa pra 
0,5%) na proporção de 1:1. 
 
BUPIVACAÍNA: produz anestesia prolongada, tem 
mais bloqueio sensorial do que motor. 
Utilizada em trabalho de parto, cateteres de demora. 
Mais cardiotóxica.

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