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D i b e ANALGÉSICOS -AINES -OPIÁCEOS -ANESTÉSICOS ANTIINFLAMATÓRIOS -AINES -GLICOCORTICÓIDES Inflamação É a resposta a um estímulo prejudicial Pode ser provocado por uma grande variedade de agentes nocivos: o Infecções o Anticorpos o Ferimentos físicos o Etc... Sintomas clássicos incluem: o Calor o Rubor o Dor o Tumor Mecanismo A resposta inflamatória é caracterizada mecanicamente por uma vasodilatação local transitória e aumento da permeabilidade capilar, infiltração de leucócitos e células fagocíticas e degeneração tecidual e fibrose. Febre Pode ser causada por anormalidade no próprio cérebro ou substâncias que afetam os centros de regulação térmica (porção anterior hipotálamo ) Substâncias pirogênicas: o Proteínas o Produtos degradação proteínas o Toxinas lipopolissacarídeas ( membrana celular) As condições acima intensificam a formação de citocinas como IL-1β, IL-6, TNF-α e interferonas. Responsáveis pela fase inicial de resposta. A segunda fase é mediada pela indução coordenada da COX-2 e formação da PGE2. Inibição irreversível de COX pelo ácido acetilsalicílico O ácido acetilsalicílico modifica de maneira covalente a COX-1 e a COX-2, inibindo irreversivelmente sua atividade COX É uma importante distinção dos outros AINES A inibição da COX-1 nas plaquetas ( a COX-2 é expressa em megacariócitos e talvez em formas plaquetárias imaturas) persistem por toda a vida da plaqueta ( 8-12 dias). Inibição seletiva da COX O uso terapêutico de AINES é limitado pela sua tolerabilidade GI precária COX -1 expressa a fonte predominante de PG citoprotetora formadas pelo epitélio GI COX-2 tem sua expressão regulada por citocinas e mitógenos, acredita-se seja a fonte dominante de PG na inflamação e no câncer. O celecoxibe é atualmente o único inibidor da COX-2 licenciado para uso nos EUA. Etericoxibe liberado no Brasil e Europa Efeitos adversos comuns aos AINES AAS + Ácido acetilsalicílico e outros salicilatos (Salicilato de metila; Diflunisal; Olsalazina, sulfassalazina) Salicilatos Farmacocinética -Via oral -Pico [plasmática] 2 horas -Absorvido pequena parte estômago e em maior parte intestino delgado -Eliminada na urina (dependente do pH) -T1/2 AAS em doses antiplaquetárias 20 minutos, e 12 horas nas doses anti- inflamatórias Fatores que influenciam absorção gástrica: -Composição -Velocidade desintegração e dissolução -Presença de alimentos retarda absorção - pH mais elevado aumenta dissolução -tempo de esvaziamento gástrico Preparações Tamponadas A pequena quantidade de antiácido é insuficiente para aumentar significativamente o pH gástrico, porém é capaz de promover uma maior velocidade na dissolução do AAS, resultando em absorção mais rápida e mais efetiva no intestino. Distribuição: -São encontrados livres e ligados proteínas (albumina 47%) - Biodisponibilidade 68% -Atravessa: BHE, placentária, amamentação, líquido sinovial, suor e fezes. Metabolização e eliminação -Ocorre principalmente no fígado -Meia vida em torno de 6 horas -Via de excreção renal (influenciada pelo pH) Indicações clínicas: -Dores de pequena e moderada intensidade -Antipirético, sem efeito temperatura normal -Ação antiagregante plaquetária irreversíve Interação de drogas: -Aumenta efeitos hipoglicemiantes orais A I N E S D i b e -Corticóides potencializam a ação ulcerogênica Toxicidade e contra-indicações: trato gastrointestinal, rins , fígado, medula óssea, sangue, equilíbrio ácido-básico, metabolismo energético, sistema imunológico, hiperuricemia. DERIVADOS PIRIZOLÔNICOS Dipirona ( metilmelubrina), fenilbutazona Dipirona Devido a tendência discrasias sanguíneas, não é mais utilizados em muitos países. Sua utilização se justifica quando a preparação parenteral é necessária. Derivados do para-aminofenol Paracetamol, acetominofeno ou N-acetil-p-aminofenol. Farmacocinética -Metabolização hepática -biodisponibilidade 88% -pico [plasmática] 30-60 min -T1/2: 2 h PARACETAMOL/ACETAMINOFENO VO e via retal, antipirético. Usa 6/6 horas. Mecanismo de ação é inibição NÃO seletiva da COX (inibe as duas) atua na enzima peroxido, distinto dos outros AINEs. Tem efeitos antiinflamatorios menos potentes do que os outros AINEs, mas continua sendo AINE. Considerado um analgésico. A enzima peroxidase é responsável pela síntese de prostaglandinas no cérebro, muito sensível ao paracetamol, explicando assim a analgesia. Mesma eficácia da dipirona. Não causa efeitos gástricos e antiagregação, sem ação antiinflamatoria. Toxicidade e contra-indicações: pode dar intoxicação aguda com abdominal, náuseas, vômitos, anorexia. Dentro de 36 horas pode haver evidencias clinicas de lesão hepática. Ou seja, a lesão (necrose) demora horas pra acontecer, o pcte vai sofrendo por muito tempo. Necrose tubular aguda e coma hipoglicemico podem ocorrer. Intoxicação: Ingesta aguda de > 7,5g (10 comprimidos) ou uso repetido de doses supraterapeuticas pode dar toxicidade. Ocorre por causa do aumento de metabólicos hepáticos (NAPQI) levando a uma aumento de depleção de GSH (glutationa). Em adultos pode ocorrer após ingestão de uma única dose de 10-15 g; 20- 25g são potencialmente fatais. A conduta de uma intoxicação por paracetamol é o uso de N-acetil-cisteína (NAC), se conjuga à NAPQI agindo como um substituto dos GSH. Uso EV. DERIVADOS DO ÁCIDO ACÉTICO Indometacina É um dos mais potentes inibidores da COX, limitando o uso clinico dela, pois tem efeitos colaterais muito potentes (gastrointestinais e etc). Inibe a motilidade dos leucócitos polimorfonucleares. Isso é ruim em pcte com infecção. Ducto arterioso persistente: indicado no uso em prematuros com essa persistência do canal arterial (comunicação entre aorta e artéria pulmonar). Ela diminui as prostaglandinas, assim o vaso fecha. Se não fechar, faz uma cirurgia de clampeamento do ducto. Não é recomendado rotineiramente como analgésico ou antipirético, 20x mais forte que um AAS. Farmacocinética -Rápida absorção TGI com pico de [plasmática] em 2 horas -Biodisponibilidade 98% -Liga-se a proteínas plasmáticas 90% -Meia vida 2,4 h -Sofre metabolização hepática -Eliminação urina, bile e fezes Etodolaco (derivado do ácido acético com certa seletividade COX-2) Cetorolaco (derivado do ácido heteroarilacético) Diclofenaco Diclofenaco infantil em gotas é PROIBIDO, associado a morte súbita em crianças (<14 anos). Não recomendado pra doenças cardíacas, tem mais ação COX2 do que COX1 (aumenta chance de problemas cardiovasculares). Muito semelhante ao COX2 seletivo celecoxibe, Pode ser VO ou IM. Mais polar pra ser excretado na urina. Aumenta concentrações de lítio, digoxina e metotrexato. Contraindicado em doenças TGI, hepatopatias, crianças, gestantes. Farmacocinética -Rapidamente absorvido tanto oral quanto parenteral -Pico [plasmática] 2-3 horas -Quando administrado por via IM, as[] máximas são atingidas entre 10 e 22 minutos -Liga-se a proteínas plasmáticas nas proporções 99,7% -Meia vida de eliminação 1-2 horas DERIVADOS DO ÁCIDO PROPIÔNICO Ibuprofeno Tem efeito sobre a síntese de prostaglandinas, exerce ação sobre sistema das cininas e histaminas na mediação da inflamação. Suprime a motilidade leucocitária. Ação sobre o fechamento do ducto arterioso. Não usar em gestantes. Farmacocinética -Rapidamente absorvidos via oral -Presença de alimentos retardam a absorção e diminuem o pico de concentração plasmática. -Meia vida ibuprofeno é de 2 horas -Ligam-se as proteínas plasmáticas 90% -Sofrem extensa metabolização hepática -Mais de 90% é eliminada na urina. -Pode ser usado de 8/8h, mas a sua melhor ação ocorre com o uso de 6/6h Naproxeno O “flanax”. AINE com maior quantidade de aprovações de uso no FDA. Bom antipirético. VO e via retal. Alimentos retardam a absorção. Farmacocinética: -VO, via retal -Alimentos retardam a taxa absorção -Pico [] : 2-4 horas -T1/2: 14 horasno jovem pode dobrar no idoso. -Metabólitos com excreção urinária -Ligação proteíca 99% -Tem apresentação VO, EV e via retal. Cetoprofeno Além de inibir a COX, ele pode estabilizar as membranas lisossômicas e antagonizar as ações da bradicinina. Evitar medicamento se pcte tem dispepsia. Farmacocinética: -T1/2: 2 h -Ligação proteica 98% -VO, EV e IM -Conjugado ao ácido glicuronico, sendo eliminado na urina D i b e -Excreção renal Obs:30% pode desenvolver sintomas gástricos leves, sempre orientar os pctes quanto a sintomas gástricos. DERIVADOS ENÓLICOS (OXICANS) Em geral são inibidores não seletivos. Ortopedistas indicam. -Piroxicam: pode inibir ativação neutrofilica, meia vida longa, potencia antiinflamatoria muito boa, 20% tem efeitos colaterais. Farmacocinética -VO -Pico [] 2-4 h -Alimentos retardam absorção -T1/2: 50 h, meia vida é longa podendo ser usado apenas um vez ao dia, e tem boa ação anti-inflamatória -Ligação proteica 99% -Metabolitos excretados urina Obs: 20% apresentam efeitos colaterais -Meloxicam: exibe seletividade COX2 principalmente em doses baixas (menos lesões gástricas). Farmacocinética -Pico[]: 5-10h -Ligação proteica 99% -T1/2: 15-20 horas AINEs SELETIVOS PRA COX2 Não tem sintoma gástrico, da pra usar por tempo maior. -Celecoxibe: não se conhece a biodisponibilidade, ensaios em placebo demonstraram risco elevado de IAM e AVC, e isso esta relacionado com dose e risco de doença cardiovascular antes do uso do fármaco. Evitar em pctes propensos a doença cardiovascular e cerebrovascular. Farmacocinética -Biodisponibilidade não é conhecida -Pico[] 2-4h -T1/2: 11h -Metabolização hepatica -Eliminação renal -Etoricoxibe: absorção de 80%, aumenta risco de eventos cardíacos e AVE, não usa em pctes com hipertensão não controlada. NIMESULIDA É uma sulfonamida, seletividade pra COX2 similar a do celecoxibe. Efeitos adicionais: inibição da ativação neutrofilica, reduz produção de citocinas, redução de produção de enzimas degradantes, ativação de receptores para glicocorticoides. FENAMATOS Acido mefenamico e meclofenamato. Tratamento de lesões de tecidos moles, mais analgésico do que antiinflamatorio. Usa em dismenorreias, liberado em gestantes. Causa efeito GI, elevação de transaminases, anemia hemolítica autoimune (raro). O glicocorticoide vem do córtex da suprarrenal. Esse córtex é dividido em 3 camadas: → Zona glomerulosa: produção e liberação de mineralocorticoide (aldosterona). → Zona fasciculada: glicocorticoides e hormônios sexuais. → Zona reticulada: glicocorticoides e hormônios sexuais. Glândulas suprarrenais tem duas camadas: → Na medula interna tem a produção de catecolaminas (noradrenalina e adrenalina. → No córtex tem hormônios glicocorticoide (cortisol), mineralocorticoides (aldosterona) e hormônios sexuais andrógenos e estrógenos. Os hormônios glico e mineralo são formados por 21 carbonos, sendo semelhantes quimicamente, tendo particularidades de função. Cortisol é tao parecido com aldosterona que retem água e sódio (inchaço do cortisol). Aldosterona também tem particularidades do cortisol, mas com baixíssima intensidade. Mineralo e glico formam a classe dos corticoesteroides. Ambos retem sódio e água e tem ação no metabolismo intermediário (glicose, lipídeos, proteínas). -Hidrocortisona (cortisol): agente antiinflamatorio esteroidal (diferente dos AINEs). -Aldosterona Chama-se o glicocorticoide de hormônio do stress. Ele aumenta a disponibilidade de glicose circulante, ativando todas as vias hepaticas (glicogenolise, aumenta gliconeogênese advinda de proteínas/lipídeos, aumentando a quantidade energética do organismo). Em situações de muito estresse (crise convulsiva, queimadura grave, fratura) vai ter disponibilização de glicose, tendo mobilização para o sangue. Da para ver hiperglicemia no sangue nesses momentos. Essa hiperglicemia justifica o motivo de pctes diabéticos não serem bons pacientes para o uso de G L I C O C O R T I C O I D E S D i b e glicocorticoides. O CRH hipotalâmico vai até os corticotrópicos (adeno- hipofise) liberar o ACh, o qual vai até a córtex, estimulando a liberação de cortisol. Quando o cortisol se eleva na corrente sanguínea, ele faz um feedback negativo, bloqueando o estimulo. → Cronobiologia do cortisol: pico de liberação ocorre entre 7-8 horas da manhã. Antes disso a gente deve estar dormindo, ou seja, sem estresse. No momento que a gente acorda, a gente precisa da ação do cortisol. O menor nível de cortisol endógeno é 5-6 horas da manhã, tendo aumento do eixo após isso. O cortisol chega nas células do sistema imune pra diminuir a liberação de agentes pró-inflamatórios. Controlar a inflamação é importante pra não ter destruição de células sadias do tecido, podendo ter disfunção. Função do cortisol é frear o excesso de resposta inflamatória, deixando-a contida nas células danificadas, não nas sadias. Doença autoimune é quando a resposta imunológica é maior que o freio do cortisol endógeno, gerando dano e patologia. Muitas das doenças autoimunes usam glicocorticoide exógeno. HIDROCORTISONA O protótipo dos glicocortidoies com estrutura básica de ciclopentano- peridro-fenantreno (molécula de colesterol). Hidrocortisona e predinosolona são muito parecidas com cortisol, tendo pouca metabolização hepática. Vias de administração: VO, EV, IM, via nasal, via inalatória. Pode ser intrarticular, ir direto em um nervo (hernia de disco), aplicação subcutânea para diminuir queloides, colírios. Biodisponibilidade: se combina reversivelmente com a transcortina (proteína de transporte do cortisol sintetizada no fígado), e o restante (10%) responsável pela atividade farmacológica. Ela precisa estar livre para agir. Quanto maior a potência anti-inflamatoria da droga, menos ele se liga na transcortina, tendo afinidade com a albumina. A biodisponibilidade da cortisona e da prednisona são menores do que a da hidrocortisona e prednisolona, pois as primeiras necessitam conversão ao nível hepático para se tornarem ativas. Isso é importante em pctes que usam muitas drogas, pois tem menos dano hepático. São conjugados com o acido glicuronico, tornando-se polares para serem excretados pelos rins. Farmacodinâmica observa os efeitos em quase todo o organismo, os efeitos dependem da produção de proteínas especificas (enzimas) que vão catalisar reações especificas. Ele faz a regulação genica de proteínas. Entra na célula por difusão, vai no receptor de glicocorticoide, sendo levado até o núcleo, e regula a transcrição (aumenta ou diminui síntese proteica). Efeitos fisiológicos -Metabolismo de sal e água: ação que nem aldosterona. -Metabolismo do cálcio e ossos: estimula atividade osteoblástica (diminui a formação de matriz óssea e produção de colágeno), podendo gerar osteopenia e osteoporose (não usa em crianças e nem idosos). -Sistema circulatório: pode aumentar pressão, lesão endotelial, aumenta chance de infarto e AVC. Efeitos farmacológicos A principal ação é antiinflamatoria e imunossupressora. Anti-inflamação: evitam excesso de reações de defesa que possam causar dano ao próprio organismo. Todos os passos do processo inflamatório são bloqueados ou retardados pelo uso de glicocorticoides. Previnem o início da cascata de reação que leva a produção de certas prostaglandinas e leucotrienos, através da diminuição da oferta de acido araquidônico. Inibem a fosfolipase A2 (enzima que quebra fosfolipideos de membrana), a qual formaria acido araquidônico, o qual formaria prostaglandinas, tromboxano e prostaciclinas. O AINEs bloqueia apenas a cicloxigenase, não bloqueando as leucotreinas. Alergias e Imunidade: deprimem a imunidade celular D i b e (a mais tardia) e a hipersensibilidade retardada da imunidade humoral. Geralmente em reações > 24 horas.Em urticarias ou alergias mediadas por histamina, usa apenas anti- histaminicos (respostas precoces). Causam involução e atrofia de tecido linfoide e diminuição de linfócitos circulantes. Alergia e imunidade: inibem produção de gama- interferon pelos linfócitos T ativados, prejudicando efeito de reconhecimento de antígenos pelos macrófagos. Inibem IL-2, o qual proliferaria os linfócitos T. IL-1 também pode ser inibida, IL-3/IL-6, TNF. Na covid, o único benefício de tratamento é o uso de glicocorticoide em uso de oxigênio, para evitar excesso de lesão no pulmão. Usos terapêuticos Endocrinologia: insuficiência suprarrenal (uso de exógeno, já que não tem endógeno), hiperplasia adrenal congênita (pode causar genitália ambígua, pede um cariótipo). → Doenças do colágeno: artrite auto-imune, LES. → Doenças alérgicas: urticaria, anafilaxia, dermatite atópica. → Doenças do aparelho digestivo: colite ulcerativa, doença de Crohn, doença celíaca → Doenças hematopoeticas: anemia hemolítica auto-imune, PTI → Neurologia: edema cerebral pós-convulsão, pós-trauma, pós-tumor. → Doenças infecciosas: laringite → Em choque → Pneumologia: asma → Nefrologia: síndrome nefrotica, glomerulopatias. Curta é 8-12 horas, os de longa é de 36-72 horas. Postulou-se que hidrocortisona é “1”, e os outros medicamentos são em relação a ação desse fármaco. Exemplo: prednisona tem 4x mais potência que hidrocortisona, e 20% menos retenção de sódio. Fludrocortisona é guardada na geladeira, usada pra tratar hiperplasia suprarrenal congênita (alta potência de retenção de sódio). Dar preferência de usar 7-8 horas da manhã pra tentar mimetizar a fisiologia, fazendo o eixo endógeno funcionar. Corticoides de uso tópico uso para dermatite de contato, eczemas, psoríase, líquen plano. Efeitos colaterais SNC: alteração de comportamento, pseudotumor cerebral (mesmos sintomas só que com TC normal), psicose, convulsões, dependência. Sistema imune: disseminação de infecções. Deixa imunossuprimida depois de 14 dias de uso em doses habituais. Aparelho digestivo: úlcera péptica (pois inibe prostaglandina), perfuração intestinal, pancreatite. Olhos: elevação de pressão-intraocular, glaucoma, catarata subescapsular, exacerbação de infecções, cegueira. Sistema endócrino e metabólico: retardo de crescimento, diabete, síndrome de Cushing iatrogênica (síndrome por excesso de glicocorticoide, tendo face em lua cheia Corticoide age no centro da fome, aumentando o apetite. Engorda quem toma 5 meses consecutivos. Cardiovascular: hipertensão, infarto do miocárdio, AVC, fragilidade capilar. Sistema musculoesquelético: perda de massa muscular, miopatia, osteoporose, fraturas espontâneas. Sangue: aumento do número de leucócitos, diminuição do número de linfócitos, eosinófilos e basófilos, aumento de neutrófilos, plaquetas e hemácias, hipercoagulabilidade sanguínea, tromboembolismo. Faz uma reação leucemoide, parece até uma pneumonia iniciante no hemograma. Pele: atrofia, estrias cutâneas, acne, hirsutismo, equimoses, cicatrização lenta. Água e eletrólitos: depleção de potássio, hipocalcemia, edema. Suspensão da medicação Levar em conta o processo patológico e o grau de recuperação do eixo hipotálamo-hipofise-suprarrenal. Suspensão deve ser feita em redução de 25% a cada semana até alcançar níveis de substituição. A partir disso, permanece com esquema em dias alternados, permitindo que as suprarrenais produzam glicocorticoides endógenos. O termo opiáceo refere-se a compostos relacionados estruturalmente com os produtos encontrados no Ópio. Opioide é qualquer composto, independente da estrutura, que possua propriedades funcionais de um opiáceo. Temos receptores opioides endógenos, pois temos receptores opioides no nosso corpo. → Endorfina: é sinônimo de peptídeo opioide endógeno, também sendo um opioide endógeno específico b-endorfina. Associado a sensação de bem-estar, relaxamento, satisfação. Liberado após relação sexual, exercício físico, ao comer chocolate. HISTÓRIA DO ÓPIO: apareceu em III AC, usado pro controle da disenteria. Em 1806, Frederich Sertuner descreveu o isolamento e cristalização do opio puro, chamado de Morfina. Durante a guerra civil americana, observou-se referência do uso em soldados, os quais ficavam dependentes. Em 1876 foi descoberto um produto sintético chamado Heroína. RECEPTORES OPIOIDES → DOR: delta → KOR: capa → MOR: mi – sistema nervoso central e espinhal. São da família da rodopsina, ou seja, receptores de proteína G, amplamente distribuídos no nosso corpo, como cérebro e medula espinhal, e ainda em tecidos periféricos (vasos, pulmões, coração, intestino, células imunes/inflamatórias). ATIVAÇÃO DO RECEPTOR: ocorre inibição da atividade da adenilciclase (não transforma ATP em AMPc), reduz abertura dos canais de cálcio nas terminações pré-sinapticas, reduzindo a liberação de neurotransmissores na fenda. Também tem ativação dos canais de K pós-sinapticos (efluxo de K), com hiperpolarização e inibição pós-sinaptica. Ou seja, não tem exocitose de neurotransmissores na fenda sináptica, diminuindo a transmissão nervosa. Todo esse mecanismo bloqueia parcialmente a transmissão do estímulo doloroso. O P I O I D E S D i b e DESSENSIBILIZAÇÃO: quando existe a ligação do receptor, isso faz com que a dessenbilização desapareça a medida que ocorre a depuração do agonista com o tempo. Isso é importante pois temos fármacos com dessenbilização rápida ou demorada TOLERÂNCIA: necessita de doses cada vez mais elevadas para promover o mesmo efeito anterior. Administração prolongada resulta na perda do efeito do fármaco em doses habituais (diminui o número de receptores). EFEITOS DOS OPIOIDES →ANALGESIA: tem analgesia, sonolência, alterações do humor (euforia) e obnubilação mental (torpor). Em doses baixas de morfina, reduz o componente afetivo da dor, mas não reduz a intensidade percebida da dor (o quanto a dor ta interferindo, percebe que ta doendo, mas não se incomoda). Em doses altas, ela reduz tanto a intensidade percebida e o componente afetivo. Ações cerebrais: pcte não tem consciência de onde está doendo, pois, medicamento bloqueia o comportamento da dor em algumas regiões (substância branca periaquedutal do mesencéfalo). Ações espinhais: deprime seletivamente a descarga dos neurônios do corno dorsal, que são provocados pelas fibras nervosas aferentes finais, as quais tem limiar alto. Reduzem a secreção dos neurotransmissores excitatórios pelas fibras C e diminuem a excitabilidade dos neurônios do corno dorsal. Ações periféricas: aplicação direta em um nervo causa efeitos semelhantes a anestésicos locais. Em inflamações em que tem sensibilidade terminal exacerbada, o opiáceo normaliza esse limiar. Em articulações ou na pele reduz os disparos das fibras aferentes ativadas de forma espontânea. ALTERAÇÕES DE HUMOR E PROPRIEDADES GRATIFICANTES: mecanismos não muito definidos, sugerem alterações na função dopaminérgica mesocorticolímbica. RESPIRAÇÃO: depressão respiratória raramente acontecem, mas é a principal causa de morbidade secundaria no uso de opioides. Acontece em doses alta e com rápida infusão. Ele diminui o estímulo respiratório no centro respiratório, e o pcte entra em apneia. Descrever para infundir em IV lento. EFEITOS NEUROENDÓCRINOS: → Hormônios sexuais: reduz testosterona, cortisol, gonadotropinas → Prolactina: aumentam o nível plasmático → GH: pode ocorrer redução → ADH e ocitocina: inibidos → Miose: MOR causam miose → Convulsões: podem ajudar um pouco, mas como inibe GABA, desequilibra o cérebro → Tosse: deprimem o reflexo da tosse. Melhor remédio para a tosse. EFEITOS NAUSEANTES E EMÉTICOS: são efeitos colaterais pela estimulação direta na zona quimiorreceptora do gatilho emético situado na área postrema do bulbo. SISTEMA CARDIOVASCULAR: vasodilatação periférica, diminui resistência vascular e inibe barorreceptores.Pode haver liberação de histamina Fentanil e sufentanil tem alguns efeitos, não possuem efeitos sobre histamina. TÔNUS MOTOR: em doses altas causam rigidez muscular, pode causar na parede torácica (não expande) e do musculo masseter. TGI: → Esôfago: inibe o relaxamento do esfíncter esofágico inferior → Estomago: retarda esvaziamento → Intestinos: diminui persistalse e secreções, aumenta tônus do esfíncter anal → Trato biliar: aumenta o tônus do esfíncter de oddi (morfina). REGULAÇÃO DA TEMPERATURA: altera o ponto de equilíbrio dos mecanismos termorreguladores do hipotálamo. Pode gerar febre. URETER E BEXIGA: aumenta tônus do esfíncter externo, inibe o reflexo miccional. Tem que fazer sonda de alívio. Pcte pós cirúrgico ou oncológico usando morfina tem esse quadro. MORFINA E AGONISTAS ESTRUTURALMENTE RELACIONADOS É o fármaco padrão com qual os analgésicos novos são comparados. Ainda é obtida do opio ou extraída da palha das papoulas. →ABSORÇÃO: modestamente absorvido pelo TGI, podem ser absorvidos através de dispositivos trans dérmicos, via epidural pra produzir analgesia medular. Sofre metabolização de primeira passagem. Agem imediatamente se usados via parenteral. →METABOLISMO: meia vida é de 2 horas, boa ação vai até 4 horas. Excreção renal ANALGÉSICOS PIPERIDÍNICOS E FENILPIPERIDÍNICOS →MEPERIDINA: é uma fenilpiperidina, são agonistas dos receptores MOR, com efeitos predominantemente no SNC e ações neurológicas no intestino. Quase igual a morfina, mas não faz constrição do esfíncter de oddi. Absorvida parenteral e oral (mais raro). Melhor efeito em 4 horas. FENTALINA E CONGÊNERES Analgésico muito potente, de ação curta quando administrado via parenteral. Causa rigidez muscular se usa em doses elevadas na indução anestésica. Causa também depressão respiratória (usar e ter um equipamento de ambu do lado). Produz efeitos mínimos na pressão intracraniana (usa em TCE grave). Reduz FC e pode reduzir. Efeitos cardíacos mínimos (usa em pctes hipotensos, choque cardiogênico). Meiavida de 3-4 horas. Indicações: 100x mais potente que a morfina, efeito em 5 minutos (diferente da morfina e meperidina que demoram 15min). Sulfentanil é 1.000x mais potente que a morfina. Usa em cirurgias. METADONA Agonista MOR de ação longa com propriedades semelhantes às da morfina. Eficácia VO, ação estendida na supressão dos sintomas de abstinência dos pctes com dependência. → Pcte dependente de morfina, troca por metadona. TRAMADOL - TRAMAL Análogo sintético da codeína, agonista MOR fraco. Efeito é produzida por inibição da captação da norepinefrina e serotonina. Pode ter interações com antidepressivos. Nas dores fracas e moderadas é bem eficaz. Tem 1/6000 de afinidade em relação os receptores da morfina. Duração de mais ou menos 6 horas. ANTAGONISTAS OPIOIDES D i b e Ligam-se competitivamente a um ou mais receptores opioides, demonstram pouca ou nenhuma atividade intrínseca e antagonizam fortemente os agonistas. A mudança mais comum acontece na substituição de uma molécula maior pelo grupo N-metila típico dos agonitas MOR (oximorfina modificado em naloxona). Se foi usado um antagonista numa pessoa, depende de ela está usando opioide e do grau de dependência de opioide. → Efeitos na ausência de um opioide: em doses baixas não acontece nada, em doses mais altas pode acontecer sonolência. Dor, estresse, efeitos endócrinos podem atrapalhar. → Efeitos em presença de um opioide: doses pequenas de naloxona IM/EV evitam ou revertem imediatamente os efeitos dos agonistas. O tempo de efeito varia de 1-4 horas. Reverte depressão respiratória em 1-2 minutos, efeitos sedativos e hipotensores retornem ao normal. Os antagonistas podem produzir o efeito contrário do opioide e excessivo, se estava sonolento, vai ficar hiperativo. → Efeitos nos pctes dependentes de opioides: vai piorar a situação, começa depois da administração e regride em 2 horas. Tratamento da overdose de opioides: quando tem depressão respiratória, cuidar da síndrome de abstinência. Tratamento da constipação: usa metilnaltrexona, um antagonista de ação limitada periférica (tubo digestivo), em pctes com uso crônico de agonista (pcte oncológico). Deprimem o SNC que possibilidade a realização de cirurgias e outros procedimentos. Suprimem os reflexos homeostáticos normais. → Seleção do anestésico leva em conta sua farmacocinética, efeitos colaterais e o pcte (idade, condição médica associada, outros medicamentos). Também são empregados sedativos, bloqueadores neuromusculares, anestésicos locais (junto da anestesia geral, pode melhorar a dor pós-cirúrgica), antagonistas alfa-adrenérgicos, gases terapêuticos (anestésicos inalatórios). Anestesia não tem objetivos terapêuticos nem diagnósticos, é apenas um meio para isso. Objetivos do desenvolvimento de novos anestésicos: → Minimizar efeitos diretos e indiretos potencialmente deletérios dos anestésicos → Manter a homeostase fisiológica durante procedimentos cirúrgicos. → Melhorar os desfechos pós-operatórios. PRINCÍPIOS GERAIS DA ANESTESIA CIRÚRGICA Efeitos hemodinâmicos da anestesia geral: no geral tem redução da PA, ocorrendo por vasodilatação, depressão miocárdica, ou ainda ambas. Muito período em pctes com IC. Efeitos respiratórios: reduzem ou eliminam o impulso ventilatório, pode ter obstrução de via aérea, diminuição do reflexo da tosse e do vomito. Fazer anestesia junto com o material de intubação. Hipotermia: exposição de cavidades, líquidos intravenosos frios, diminuem ponto de regulação da temperatura central. É uma das causas de parada cardíaca. Náuseas e vômitos: mais no pós-operatório, estímulo da zona quimiorreceptora do gatilho e do centro do vomito. ESTADO ANESTÉSICO: → Amnésia → Imobilidade em resposta ao estímulo nocivo. → Atenuação das reações autonômicas aos estímulos nocivos. → Analgesia: pcte não pode sentir dor. → Inconsciência Os benzodiazepínicos são sedativos, podem fazer amnesia/inconsciência, mas não fazem a analgesia. MEDIDA DA POTÊNCIA ANESTÉSICA: concentração necessária para impedir a movimentação em resposta ao estímulo cirúrgico. → Para os anestésicos inalatórios, a potência é medida em concentração alveolar mínima necessária para impedir o movimento em resposta ao estímulo da cirurgia em 50% dos pctes. MECANISMOS DA ANESTESIA Teoria unitária da anestesia: no século XX, teorizou-se que todos os anestésicos funcionavam da mesma forma. Baseava-se na observação da potência de um gás, que se relacionada com sua solubilidade em óleo de oliva (regra de Meyer-Overton). Os agentes inalatórios e IV podem ser enantiosseletivos em sua ação como anestésicos. Em 2006, a teoria lipídica de anestesia foi descartada. AÇÕES MOLECULARES: vários canais iônicos, receptores e proteínas de transdução de sinal são modulados por anestésicos → Aumentam os receptores de GABA: anestésico se liga (canais de cloro hiperpolarizam a célula) e aumenta a sensibilidade do receptor ao GABA, intensificando a neurotransmissão inibitória e deprime a atividade do SNC. Os únicos anestésicos gerais que não possuem efeitos sobre o GABA ou da glicina são a Cetamina, oxido nitroso, ciclopropano e o xenonimo. → Reduzem os receptores de NMDA (glutamina): bloqueiam a entrada do glutamato na célula, são a Cetamina, oxido nitroso, ciclopropano e o xenonimo. → Bloqueiam os canais de K: no pós-sináptico ele diminui a polarização, impedindo a resposta neuronal, e no pré-sinaptico ocorre hiperpolarização, com isso impede a liberação A N E S T É S I C O S G E R A I S D i b e de neurotransmissores. BARBITURATOS Derivados do acido barbitúrico, ora com oxigênio, ora com enxofre na posição 2. Característica apolar, pois agem no SNC, tendo que ser lipossolúvel pra passar pela barreira hematoencefálica. → Tiopental → Tiamilal → Metoexital sódico Fornecidoscomo mistura racêmica a despeito da enantiosseletividade da sua potência anestésica. EFEITOS FISIOLÓGICOS: → SNC: suprimem o EEG, reduzem de forma dependente da dose a taxa metabólica cerebral, reduz a pressão intraocular. → Cardiovascular: redução da PA (venodilatação e diminui contratilidade). não é muito bom usar em pcte com choque cardiogênico. → Respiratório: depressor respiratório, diminui volume-minuto e volume corrente, reduz FC. Pcte tem que estar intubado. PROPOFOL É o parenteral mais usado nos EUA, pró-formaco ativado in vivo. Utilizar fracos em até 4 horas após abertos, aumenta risco de infecções bacterianas. Usa em último caso. → SNC: suprime EEG, reduz taxa de metabolismo cerebral, diminui o fluxo sanguíneo cerebral e a PIC e intraocular, fenômenos excitatórios como coreia e opistoteno. → Cardiovascular: diminui PA (vasodilatação e depressão miocárdica), reduz atividade simpática. → Respiratório: produz depressão respiratória maior que tiopental, causa menos broncoespasmo, sendo bom em asmáticos. → Outros: síndrome de infusão em jovens ou TCE, acidose metabólica, hiperlipidemia, rabdomiólise e hepatomegalia. ETOMIDATO É um imidazol fornecido como D-isômero ativo, sofre pouca interação com outros agentes na indução anestésica. Usado em pctes com risco de hipotensão. → SNC: hipnose, não faz analgesia, aumento da EEG, associado a crises convulsivas → Cardiovascular: pequeno aumento da FC. → Respiratório: depressor menor → Outros: associado a náuseas e vômitos, diminui a produção de cortisol e outros esteroides, mioclonias não convulsivas. Contraindicação: choque séptico. CETAMINA Fornecida como uma mistura de isômeros (R+ e S-). Muito usado na pediatria, menos efeitos colaterais. Útil em pctes sob risco de hipotensão, broncoespasmo e para procedimentos pediátricos. Faz uma profunda analgesia, gera estado hipnótico diferenciado (anestesia dissociativa). → Amnesia → Olhos abertos → Movimentos involuntários dos membros → Não obedecem a ordens → Respiram espontaneamente. Bom para quando não quer fazer intubação. Mecanismo de ação: inibe canais iônicos ligando-se aos NMDA de glutamato, agem em canais não NMDA também, controverso sobre ação em receptor opioide, interage com neurotransmissão Usada no tratamento da depressão. Usa no pcte com tentativa de suicídio. Melhora em 15 dias. → SNC: atividade simpática indireta, aumento do tônus muscular, nistagmo, salivação, aumeta PIC com baixa alteração no metabolismo cerebral, delirium nas 4 horas da administração → Cardiovascular: aumenta FC, PA e DC, diminuição da captação de catecolaminas central e periférica → Respiratório: melhor indicação, possui efeito broncodilatador. ANESTÉSICOS INALATÓRIOS Incluem gases e líquidos voláteis, porém tem baixa margem de segurança (apenas anestesiologistas usam). → Coeficiente de partição: é o quanto ele consegue se deslocar de um compartimento para outro. A seleção precisa ajustar a fisiopatologia do pcte ao perfil dos efeitos colaterais. Farmacocinética: se redistribuem entre os tecidos até que ocorra equilíbrio, o qual é obtido quando a pressão parcial de gás anestésico é igual nos dois tecidos. → Anestesia acontece quando a pressão parcial do anestésico no cérebro é igual ou maior que a concentração alveolar mínima (CAM). → Faz cálculo com peso ideal do indivíduo. Tem que entubar. HALOTANO: líquido volátil em temperatura ambiente, muito usado em crianças (bem tolerado pra indução, efeitos colaterais menores), baixo custo (muito utilizado em países em desenvolvimento). Bom para usar em pctes muito ansiosos, estressados, com medo (Alzheimer). → Sangue/gás e gordura/sangue é alto, ou seja tem indução lenta e mais prolongada. Efeitos colaterais: → Cardiovasculares: reduz PA, bradicardia, depressão cardíaca, atenuação dos reflexos barorreceptores. → SNC: dilatação vascular cerebral com aumento do fluxo e volume sanguíneo cerebral, taxa metabólica cerebral é reduzida. → Respiratórios: broncodilatação Isso é bom em crianças inconscientes, pois o calibre delas é bem pequeno. → Musculo: relaxamento, hipertermia maligna pode causar contrações musculares. → Fígado e TGI: necrose hepática, diminuição da pressão esplâncnica. D i b e ISOFLURANO: de uso comum em todo o mundo. → Sangue/gás é mais baixo que o halotano, tem indução e recuperação mais rápidas. Efeitos colaterais: → Cardiovascular: reduz PA, dependente da dose, não influencia DC e aumentam FC. → Respiratório: depressão ventilatória. → SNC: aumento do fluxo sanguíneo → Musculo: relaxamento → Fígado e TGI: redução da pressão esplâncnica. SEVOFLURANO: pode ter reação exotérmica com o absorvente de CO2 já dessecado (tem que ficar trocando o filtro), produzindo queimaduras nas vias respiratórias. Também pode produzir CO. Tem rápida indução da anestesia, com rápida recuperação. Usado em pctes ambulatoriais e indução em crianças. Efeitos colaterais: → Cardiovascular: reduz PA e DC, não produz taquicardia → Respiratório: reduz volume corrente e aumenta a FR, potente broncodilatador → SNC: aumento da pressão, pode promover delírio em crianças. → Músculos: relaxa musculo estriado. ANESTÉSICOS LOCAIS Primeiro anestésico local foi a cocaína, descoberta no final do século XIX. Porém tem toxicidade, então foi descoberto compostos sintéticos, desenvolvendo a procaína. A hidrofobicidade (aromática) aumenta a duração e a potência anestésica. Tem características hidrofílicas e hidrofóbicas. Mecanismo de ação: ligam-se reversivelmente a um receptor específico existente no poro de canais de sódio dos nervos. Eles bloqueiam a condução reduzindo ou impedindo a permeabilidade da membrana excitável ao sódio (bloqueia entrada do Na), que normalmente é produzida pela despolarização. → Assim o limiar da excitabilidade elétrica aumenta gradativamente, o potencial de ação declina e a condução fica mais lenta. Sensibilidade diferenciada das fibras nervosas: não tocar no olho se tiver anestesia por colírio anestésico. → Supressão da sensação da dor → Perda da sensibilidade da temperatura ao toque e a pressão profunda → Perda da função motora. Prolongamento da ação dos anestésicos por vasoconstritores: epinefrina → Ela reduz a absorção do fármaco, tendo mais tempo no local → Diminui efeitos colaterais. → No músculo esquelético a epinefrina por estímulo β2–adrenérgicos faz vasodilatação, pode aumentar os efeitos tóxicos sistêmicos. Nunca usa em extremidades (orelha, nariz, dedos e no pênis). Efeitos adversos dos anestésicos locais: → SNC: excitabilidade com inquietude e tremor, gerando até convulsão → Cardiovascular: distúrbios de ritmo (bloqueio dos canais de Na). → Musculo liso: geralmente relaxam e deprimem contração → Junção neuromuscular e sinapse pós- ganglionar: bloqueia junção. LIDOCAÍNA (XILOCAÍNA): pode ser injetável, tópica, transdermica e oftálmica. Produz anestesia rápida, intensa, prolongada e ampla. → 1%: significa que tem 1g a cada 100ml, ou seja, 10mg a cada 1ml. Só pode colocar 300mg (30ml). → Da para diluir com água destilada (passa pra 0,5%) na proporção de 1:1. BUPIVACAÍNA: produz anestesia prolongada, tem mais bloqueio sensorial do que motor. Utilizada em trabalho de parto, cateteres de demora. Mais cardiotóxica.
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