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Espaço fundiário de Roraima e Direito Amazonico - Artigo Completo

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS 
CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO 
DIREITO AGRÁRIO 
 
 
ESPAÇO FUNDIÁRIO EM RORAIMA E DIREITO AMAZÔNICO 
 
1André Lucas Silva Rodrigues 
2Andréia Vitória Souza Da Silva 
3Luane Lopes Salazar 
4Luiz Cariman Salazar 
5Pablo Leonardo Sapara Bento 
6Paulo Cesar Fidelis Paulino 
Coordenador do artigo: Prof. MSc. Gursen De Miranda 
 
RESUMO 
O presente estudo objetiva compreender o espaço fundiário Roraimense e aplicar o direito 
amazônico, um direito regionalizado, para auxiliar o estado de Roraima nesta crise fundiária, o 
qual está inserido desde a sua formação. O estado de Roraima foi criado com a constituição de 
1988, elevando o território Federal de Roraima à Unidade Federativa Brasileira, constituindo-
se em 15 municípios atualmente. No entanto, identificou-se que após a Constituição Federal a 
questão fundiária se agravou, pois, uma grande parte das terras permaneceu sob o domínio da 
União. Assim sendo, este trabalho vem mostrar as possiblidades de o estado de Roraima ser o 
pioneiro em utilizar o Direito Amazônico para regular as suas demandas fundiárias, já que sua 
capital, Boa Vista, é o berço do Direito Amazônico, devido a especificidade desta região, onde 
existe vários grupos amazônidas. Foram utilizados os métodos descritivo-exploratório, 
qualitativo e o crítico-reflexivo para que se chegasse às considerações finais. Por fim, o 
resultado deste trabalho foi a constatação de vários impasses nas terras Roraimenses, os 
principais são: o interesse internacional na região amazônica, do qual buscam a exploração dos 
seus recursos naturais sem promover o desenvolvimento sustentável da região e as políticas 
inadequadas realizadas ao longo dos anos pelos gestores públicos, bem como os fatores 
metajurídicos, ambientais, indigenistas e geopolíticos. 
 
Palavras-chave: Direito Amazônico. Direito Agrário. Espaço Fundiário. Regularização 
Fundiária. Roraima
 
1 Acadêmico de Direito da Universidade Federal de Roraima (andrelukas_silva@hotmail.com). 
2 Acadêmica de Direito da Universidade Federal de Roraima (andreiav1997@gmail.com). 
3 Acadêmica de Direito da Universidade Federal de Roraima (luanelsalazar@gmail.com). 
4 Acadêmico de Direito da Universidade Federal de Roraima (salazarlcs@terra.com.br). 
5 Acadêmico de Direito da Universidade Federal de Roraima (pablosapara@gmail.com). 
6 Acadêmico de Direito da Universidade Federal de Roraima (paulopaulino29@hotmail.com). 
2 
 
 
 
RESUMEN 
El presente estudio tiene como objetivo comprender el espacio territorial de Roraima y aplicar 
la ley amazónica, una ley regionalizada, para ayudar al estado de Roraima en esta crisis 
territorial, que se inserta desde su formación. El estado de Roraima fue creado con la 
constitución de 1988, elevando el territorio Federal de Roraima a la Unidad Federativa 
Brasileña, constituyendo actualmente 15 municipios. Sin embargo, se identificó que después de 
la Constitución Federal el tema de la tierra se agravó, ya que gran parte de la tierra quedó bajo 
el dominio de la Unión. Por lo tanto, este trabajo muestra las posibilidades de que el estado de 
Roraima sea el pionero en utilizar el Derecho Amazónico para regular sus demandas 
territoriales, ya que su capital, Boa Vista, es la cuna del Derecho Amazónico, debido a la 
especificidad de esta región, donde existen son varios grupos amazónicos. Se utilizaron 
métodos descriptivo-exploratorio, cualitativo y crítico-reflexivo para llegar a las 
consideraciones finales. Finalmente, el resultado de este trabajo fue la observación de varios 
impasses en tierras roraimenses, los principales son: el interés internacional en la región 
amazónica, que busca la explotación de sus recursos naturales sin promover el desarrollo 
sostenible de la región y la inadecuada políticas realizadas a lo largo de los años por los gestores 
públicos, así como factores metalegales, ambientales, indigenistas y geopolíticos. 
 
Palabras clave: Derecho Amazónico. Derecho Agrario. Espacio Territorial. Regularización 
Agraria. Roraima. 
 
INTRODUÇÃO 
 
O estado de Roraima foi criado com a Constituição de 1988, elevando o Território 
Federal de Roraima à unidade federativa brasileira (Art. 14, ADCT/88). Constitui-se em 15 
municípios, sendo 7 criados após a Constituição, que são: Alto Alegre, Amajari, Boa Vista, 
Normandia, Pacaraima, Bonfim, Uiramutã, Cantá, Caracaraí, São Luiz do Anauá, Caroebe, São 
João da Baliza, Mucajaí, Iracema e Rorainópolis. 
Roraima faz fronteira com a Venezuela, ao norte, e com a Guiana, ao leste, e divisa com 
o estado do Pará, ao sul, e divisa com o estado do Amazonas. 
 No entanto, o Estado vive um impasse desde a sua elevação como Estado: Maior 
parte do seu território pertence a União, sendo que o governo estadual administra somente 10% 
do Estado. Ainda, é o Estado Brasileiro do qual mais possui reservas indígenas (ARANTES, 
2009). 
Tudo isso implica no seu desenvolvimento humano, social e econômico, bem como na 
promoção de um desenvolvimento sustentável. 
Além disso, este impasse territorial provoca uma crise de segurança jurídica e legislativa 
da qual agrava ainda mais o seu desenvolvimento, citado anteriormente, prejudicando a sua 
autonomia como Estado-membro da República. 
3 
 
 
Diversos autores afirmam que o primeiro passo para resolver este impasse é transferir 
as terras da União ao Estado, realizando, portanto, uma regularização fundiária (BRAGA, 2021; 
NETO, 2011; ARANTES, 2009). 
Ademais, afirmam os autores a necessidade se alcançar os objetivos da República 
previstos no artigo 3º, II e II da Constituição Federal, do qual busca garantir a o 
desenvolvimento nacional, a erradicação da pobreza, da marginalização, reduzir as 
desigualdades sociais e regionais (BRASIL,1988; BRAGA, 2021; NETO, 2011). 
Dessa forma, o objetivo deste artigo é apresentar o espaço fundiário roraimense, 
mostrando a sua situação fundiária a partir de 1988, ano em que o Território de Roraima foi 
elevado a Estado-membro da Federação. 
A compreensão do espaço fundiário de Roraima ajudará na preservação do meio 
ambiente, em especial o lavrado, ainda auxiliará na promoção do desenvolvimento humano, 
social, econômico e sustentável no Estado e, consequentemente, em cumprir os objetivos da 
República estabelecidos no artigo 3º, incisos II e III da Constituição Federal nesta porção 
setentrional do Brasil. 
Outro objetivo que se busca com este artigo é apresentar o Direito Amazônico, um 
instituto jurídico do qual poderá ser aplicado no espaço fundiário roraimense com a finalidade 
de ajudar nas lacunas legislativas e jurídicas, já que é um direito regionalizado e especializado 
no assunto Amazônia (MIRANDA, 2019). 
Sobre a metodologia, será utilizado o método descritivo-exploratório de abordagem 
qualitativa. Da mesma forma, o método crítico-reflexivo será usado na construção deste 
trabalho para se chegar às considerações finais. 
Os materiais bibliográficos a serem pesquisados são conteúdo da internet, livros 
impressos, artigos, monografias, teses e dissertações. Utilizou-se os seguintes critérios para a 
seleção dos materiais bibliográficos: os de relevância com o assunto deste trabalho e os artigos 
ou livros os quais abordavam sobre Espaço Fundiário em Roraima, Direito Amazônico, 
Regularização fundiária, Direito agrário e espaço agrário. 
Ainda, foi feita uma visita à Secretaria do Planejamento e Desenvolvimento do Estado 
de Roraima (SEPLAN) com a finalidade de trazer os dados mais atualizados sobre o espaço 
fundiário roraimense. 
Desse modo, o desenvolvimento deste artigo está estruturado em cinco capítulos: o 
primeiro capítulo apresenta o conceito de Direito agrário. O segundo capítulo apresenta a 
contextualização do ordenamento fundiário, apresentado brevemente o seu conceito e o seus 
elementos. No terceiro capítulo será apresentado os dados gerais do Estado de Roraima. No4 
 
 
quarto capítulo se adentrará no espaço fundiário de Roraima, mostrando quais são as áreas 
protegidas, dentre outras. Por fim, o último capítulo apresentará o conceito de Direito 
Amazônico e sua correlação com o espaço fundiário de Roraima. 
 
1 CONCEITO DE DIREITO AGRÁRIO 
 
O sentido principal do direito agrário é o caráter social, ecológico e econômico. O direito 
agrário é a parte do direito que regula as relações jurídico-agrárias para que seja atingida a maior 
produtividade do agro, para fornecer alimentos a coletividade (MIRANDA, 2014, p. 93). 
Os conceitos a respeito do direito agrário variam de acordo com o local, “a estrutura 
agrária e o ordenamento jurídico de cada país de seus respectivos autores” (MIRANDA, 2014, 
p. 94). Apresenta-se aqui alguns conceitos de importantes autores nacionais e estrangeiros. 
Joaquim Luiz Osório (1948, p. 9 apud MIRANDA, 2014, p. 94) conceitua o direito 
agrário da seguinte forma: 
O direito Rural, ou Direito Agrário, é o conjunto de normas reguladoras dos direitos 
e obrigações concernentes às pessoas e aos bens rurais. 
 
Por seu turno, Francisco Malta Cardoso (1953, p. 243 apud MIRANDA, 2014, p. 94) 
diz que o: 
Direito Rural é o conjunto de normas que asseguram a vida e o desenvolvimento 
econômico da agricultura e das pessoas que a ela se dedicam profissionalmente. 
 
Fernando Pereira Sodero (1948, p. 32 apud MIRANDA, 2014, p. 95) assevera que o 
Direito Agrário é: 
conjunto de princípios e de normas, de Direito Público e de Direito Privado, que visa 
a disciplinar as relações emergentes da atividade rural, com base na função social da 
terra. 
 
Já Otávio Mello Alvarenga (1979, p. 17 apud MIRANDA, 2014, p. 95) conceitua o 
Direito Agrário como: 
o ramo da ciência jurídica, composta de normas imperativas e supletivas que rege as 
relações emergentes da atividade do homem sobre a terra, observados os princípios 
de produtividade e justiça social. 
 
O jusagrarista venezuelano Roman José Duque Corredor (1981, p. 57 apud MIRANDA, 
2014, p. 97) apresenta o seguinte conceito: 
Direito Agrário é o ramo do Direito que tende a ajustar as relações jurídicas de caráter 
agrário aos ditames de justiça social, com o objetivo de facilitar e criar condições 
necessárias para levar a termo uma autêntica reforma agrária integral, ou seja, para 
5 
 
 
lograr um aumento de produção agrícola e para fazer possível uma justa e equitativa 
distribuição da propriedade agrária. 
 
Antonio Vivanco apresenta uma conceituação considerada universal. Segundo o 
jusagrarista argentino o: 
“direito agrário é o ordenamento jurídico que rege as relações sociais e econômicas, 
que surgem entre os sujeitos intervenientes na atividade agrária” (VIVANCO, 1967, 
p. 192 apud MIRANDA, 2014, p. 105). 
 
Gursen de Miranda (MIRANDA, 2014, p. 105) compreende que o Direito Agrário é: 
o ramo jurídico que regula as relações agrárias observando-se a inter-relação 
pessoa/terra/produção/sociedade. 
 
Essa relação engloba não só o ser humano, pessoa física, mas, também o grupo familiar, 
as comunidades, as cooperativas, os indígenas, os negros e todos as demais pessoas no trabalho 
com a terra com o fim de produzir e beneficiar a coletividade (MIRANDA, 2014, p. 105). 
Para o direito agrário tem relevância o trabalho na terra de forma racional, mesmo sem 
existir um título formal para a execução desse trabalho. É observado, além disso, a importância 
da preservação, pela pessoa que cuida da terra, dos recursos naturais (MIRANDA, 2014, p. 
106). 
Ao tratar do objeto e conteúdo do direito agrário, Gursen de Miranda (2014, p. 106) 
destaca que o objeto compreende os fatos jurídicos que “surgem do campo como consequência 
da atividade agrária, da empresa agrária, da estrutura agrária e da política agrária”. 
Quanto ao conteúdo do direito agrário, este abrange “as normas jurídicas que regem as 
relações agrárias” e “toda a matéria dogmática que direta ou indiretamente, seja do interesse da 
pessoa do campo e da produção agrária” (MIRANDA, 2014, p. 112). 
 
2 CONTEXTUALIZAÇÃO SOBRE O ORDENAMENTO FUNDIÁRIO 
 
2.1 CONCEITO DE ORDENAMENTO FUNDIÁRIO 
 
O ordenamento fundiário corresponde à porção do direito em que é estudado a 
organização do sistema fundiário (MIRANDA, 2014). Essa parte do direito dizer respeito a 
como é realizado a distribuição da terra no campo, como é dado o acesso à terra e como é feito 
a legitimação da terra aos que a possuem (MIRANDA, 2014, p. 132). 
6 
 
 
A expressão “fundiário” se refere “à matéria ou às questões de terrenos ou imóveis”. 
Segundo Gursen de Miranda (2014, p. 132), a expressão “fundiário” ainda compreende “toda 
área de terra, independentemente que sobre ela se exerça alguma atividade agrária”. 
 
2.2 ELEMENTOS DO ORDENAMENTO FUNDIÁRIO 
O ordenamento fundiário possui quatro elementos diferentes e fundamentais para o 
direito agrário, são eles: o Espaço fundiário, a Estrutura Fundiária, o Processo Fundiário e a 
Legitimidade fundiária (MIRANDA, 2014, p. 136). 
 
2.2.1 Espaço fundiário 
 
O espaço fundiário diz respeito à toda área rural do território de um país em que as terras 
privadas coexistem com a terra pública e devoluta e onde a estrutura fundiária ainda não está 
estabelecida de forma definida. Não se trata apenas de terra vaga, mas a terra onde a norma 
agrária pode formar ou reformar a estrutura da propriedade (MIRANDA, 2014, p. 136). 
Além disso, o espaço fundiário é o território onde o direito agrário institui as suas 
normas de exploração do solo, delimita a dimensão e a situação da área de acordo com a 
atividade agrária, e estabelece, ainda, a tutela dos recursos ambientais e o predomínio do 
interesse social. Corresponde ao espaço onde é desenvolvido as atividades de “produção 
racional e a conservação dos recursos naturais” (MIRANDA, 2014, p. 136). 
Por fim, cabe salientar que no espaço fundiário a estrutura fundiária não está, ainda, 
totalmente consolidada topograficamente e legalmente pela sociedade (MIRANDA, 2014, p. 
137). 
 
2.2.2 Estrutura Fundiária 
 
A estrutura fundiária, por sua vez, diz respeito à organização da apropriação da terra e 
sua distribuição e as condições de exploração dessa terra em um dado momento histórico 
(ANDRADE, 1980 apud MIRANDA, 2014). Trata-se da “forma territorial, como os imóveis 
rurais estão apropriados pelo particular, em consequências do processo fundiário” (MIRANDA, 
2014, p. 138). 
7 
 
 
É observado que a estrutura fundiária é constituída de diversos fatores, como o fator 
natural e humano, mas o fator principal é a participação estatal que define a estrutura fundiária 
quando ocorre a venda das terras do Estado para o particular (MIRANDA, 2014, p. 137). 
Nesse sentido, as relações, no meio rural, de transferência de terras do agricultor ou do 
trabalhador sem terras diante do proprietário dependerão, assim, da estrutura fundiária 
(ANDRADE, 1980 apud MIRANDA, 2014). 
 
2.2.3 Processo Fundiário 
 
Por seu turno, o processo fundiário corresponde à “tramitação, execução e legalização 
da divisão territorial da propriedade da terra” (MIRANDA, 2014, p. 138). 
O processo fundiário é exercido: 
por meio das posses primárias, da usucapião, das imigrações e migrações voluntárias 
ou organizadas, das colonizações públicas ou particulares, dos assentamentos, das 
vendas de terras a pessoas físicas ou jurídicas, ou de qualquer negócio jurídico 
condicionadas à função social da terra, à conservação dos recursos naturais e à 
produtividade, na organização do sistema fundiário (MIRANDA, 2014, p. 138). 
 
A partir disso pode-se, segundo Gursen de Miranda (2014, p. 138), concluir que “o 
processo fundiário é o instrumento pelo qual se exerce o direito agrário, enquanto que o espaço 
fundiário é o campo territorial e social onde se realiza esse processo, consolidando-se na 
estrutura fundiária”. 
 
2.2.4 Legitimidade Fundiária 
 
O último elemento do ordenamentoagrário é a legitimidade fundiária. Esta é 
fundamental para o processo fundiário e advém “da própria aplicação correta do direito agrário 
como ramo autônomo do Direito” (MIRANDA, 2014, p. 139). 
Na ocorrência do processo fundiário é que será configurado a legitimidade fundiária. A 
legitimidade fundiária deve ser baseada, também, no método de avaliação sócio-ecológico, que 
é o método característico de aplicação do direito agrário (MONTEIRO, 1980 apud MIRANDA, 
2014). 
 
3 DADOS SOBRE RORAIMA 
 
8 
 
 
Segundo IBGE (2005), o estado de Roraima ocupa uma área de 225.116 km2, 
equivalente a 5,84% da Região Norte e 2,64% do Brasil. 
Limita-se a norte com a Venezuela e com a República da Guiana, ao Sul com o Estado 
do Amazonas, a leste com a Guiana e o Estado do Pará e a oeste com a Venezuela e o 
Amazonas. 
Situa-se no extremo norte brasileiro, estendendo-se da latitude 1o 35` 11`` S a 5o 16` 
20`` N, o que lhe confere a particularidade de possuir mais de 80% do seu território 
no hemisfério Norte. É uma das unidades da federação integrante da Amazônia Legal 
e no Estado encontra-se o ponto extremo norte do Brasil (Monte Caburaí). (IBGE, 
2005, p. 13) 
 
Possui a maior área contínua de savanas do bioma Amazônia, ocupando uma superfície 
estimada de 42.706 km2, e tem apostado na agropecuária como suporte para o seu 
desenvolvimento econômico, perfazendo um total de 17% da área do estado. 
 
Figura 1. Mapa do estado de Roraima 
 
Fonte: IBGE (2005) 
A conversão das savanas para usos antrópicos voltados às atividades econômicas no 
município de Boa Vista, intensificou-se nas últimas décadas do século XX e início do século 
XXI e tem refletido de forma marcante na modificação de suas paisagens originais (SILVA, 
2015). 
O rio Branco afluente mais importante da margem esquerda do Rio Negro é o principal 
manancial do estado. O seu curso d’água tem uma extensão de 581 km e o regime fluviométrico 
da calha principal do rio é bastante influenciado pelo regime pluviométrico de seus principais 
9 
 
 
afluentes: rio Mucajaí, Água Boa do Univini, Catrimani e Xeruini à margem direita e os rios 
Anauá e Cotaporá à margem esquerda. (IBGE, 2005). 
Historicamente, Roraima pertenciam à Espanha, no século XVI, e mesmo no século XV, 
respeitando a linha divisória do Tratado de Tordesilhas (SILVA, 2015). 
A ocupação e uso das terras que constituem hoje o estado de Roraima se deram, 
inicialmente, por razões estratégicas, em função das pressões exercidas por espanhóis, 
ingleses e holandeses, estabelecidos no Caribe, tratou-se de ocupar as terras do rio 
Branco, principal afluente do rio Negro, construindo-se fortificação na confluência 
dos rios Uraricoera e Tacutu. (IBGE, 2005. p. 16) 
 
 Depois de consolidado o domínio, através de criação de povoados, as primeiras 
atividades exploradas foram as drogas do sertão, e dada as características particulares dessa 
região da Amazônia, onde além da floresta e os campos limpos, optou-se pela criação de gado, 
implantando as primeiras fazendas. No início do século XX essas características se modificam 
com a migração nordestina, como consequência do II ciclo da borracha, e por volta de 1930 o 
garimpo em Roraima incentiva a fixação do homem na região e a migração (SILVA, 2015). 
 Atualmente a utilização de terras do estado de Roraima por atividades produtivas está 
composta por diversas culturas, como podemos observar no mapa seguinte. 
Figura 2. Utilização do solo por produção agrícola por região 
 
Fonte: Folha BV (2021) 
10 
 
 
4 ESPAÇO FUNDIÁRIO DE RORAIMA 
Criado pela Constituição de 1988, o estado de Roraima herdou do ex-Território um 
complexo espaço fundiário, com diversas territorialidades em que se sobressaíram nas décadas 
seguintes, grandes unidades de conservação, diversas terras indígenas com complexos 
processos demarcatórios, áreas militares, projetos de assentamento do Instituto Nacional de 
Colonização e Reforma Agrária e reservas legais. Ao mesmo tempo o estado herdou uma 
estrutura social com condições institucionais muito precárias e vinculadas a interesses políticos 
de uma elite local, cujo imaginário foi moldado pela formação histórica da região, desenhada a 
partir de formas extrativistas levadas à frente no transcorrer da existência do Estado do Grão-
Pará e Maranhão, quando, à partir de 1757, a ocupação da Amazônia passou a ser gerida por 
administradores coloniais, fazendo com que produtos como madeira e salsaparrilha e demais 
gêneros de extração chegassem a Belém, provenientes do Vale do Rio Branco (FARAGE, 
1991). 
A Constituição Federal de 1988 em seu art. 21, IX, estabeleceu a atribuição à União 
para elaborar planos de ordenação do território. Destacam-se ainda, na própria Constituição 
vigente, dispositivos que tratam de meio ambiente, da intervenção do Estado na ordem 
econômica, dos direitos indígenas, do patrimônio cultural e tantos outros que em seu conjunto 
conferem ampla sustentação jurídica ao poder público para fomentar o desenvolvimento 
sustentável do país (LIMA, 2012, p. 15). 
De acordo com a Lei complementar n.º 143, de 15 de janeiro de 2009, que institui o 
Sistema de Planejamento e Ordenamento Territorial do estado de Roraima, as áreas do estado 
são subdivididas da seguinte forma: Savanas, Florestas, Campinaranas e Áreas Protegidas, das 
quais são classificadas pela lei complementar de áreas das Unidades de Planejamento do 
Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) (RORAIMA, 2009). 
Da mesma forma, a Lei complementar estadual n.º 143/2009 institui as áreas protegidas 
existentes em Roraima, bem como o órgão ou ente federativo responsável por elas. 
As áreas protegidas são as terras indígenas, unidades de conservação federal, áreas 
militares, projetos de assentamentos, terras rurais privadas, área de proteções ambientais do 
baixo do Rio Branco e Xeruini. 
Já os entes responsáveis por cada área são os seguintes: a Funai tutela as terras indígenas, 
o IBMA tutela as unidades de conservação federal, a área de proteção do Baixo do Rio Branco 
é de responsabilidade do estado de Roraima, as áreas militares estão sob a tutela do exército e, 
11 
 
 
por fim, a área de proteção do Xeruini é de reponsabilidade do município de Caracaraí, 
conforme aponta a figura 3. 
Figura 3. Áreas protegidas de Roraima 
 
 Fonte: RORAIMA (2022) 
 
Percebe-se que a distribuição de terras no estado de Roraima, tem predominância 
assimétrica e concentrada em virtude das legislações federais, que privilegiaram sua 
estruturação em terras indígenas (administradas pela FUNAI, 46,68%), reservas ambientais 
(administrada pelo ICMBio e IBAMA) e áreas militares 1% (Forças Armadas) e faixa de 
fronteira, restando cerca de 10% de terras para uso autônomo do estado de Roraima, sendo uma 
completa limitação em caráter de desenvolvimento econômico e uso do território, destacando-
se primordialmente aqueles ligados ao agronegócio do estado. 
 
12 
 
 
4.1 FAIXA DE FRONTEIRA 
 
A Constituição Federal prescreve no art. 20, § 2º, a definição de Faixa de Fronteira: 
como sendo a faixa de até 150 km de largura, ao longo das fronteiras terrestres, consideradas 
fundamental para a defesa do território nacional, e na parte final, estabelece que a ocupação e a 
utilização da referida faixa serão reguladas em lei (MIRANDA, 2010, p. 283). 
Art. 20, §2º A faixa de cento e cinquenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras 
terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para a defesa do 
território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei. 
 
Destaca-se que, nos incisos I e II, do mesmo artigo, estão arrolados os bens pertencentes 
à União, com destaque ao inciso II, transcrito a seguir: 
Art. 20, II – As terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e 
construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, 
definidas em lei.Como é sabido, a posição geográfica dos estados da Amazônia brasileira é limitada por 
fronteiras internacionais em grande parte de seu contorno territorial, como é o caso do Estado 
de Roraima, que têm 89,27% de seu território situado na faixa de fronteira (MIRANDA, 2010, 
p. 284). 
Diante dos ensinamentos de Gursen de Miranda (2010), asseverando que, de acordo com 
previsão constitucional, é de competência do Conselho de Defesa Nacional propor os critérios 
e condições de utilização de áreas indispensáveis à segurança nacional e opinar sobre seu 
efetivo uso, especialmente na faixa de fronteira: 
Art. 91. O Conselho Nacional de Defesa Nacional é órgão de consulta de Presidente 
da República nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado 
Democrático, e dele participam como membros natos. 
§ 1º Compete ao Conselho de Defesa Nacional: 
[...] 
III – Propor os critérios e condições de utilização de áreas indispensáveis eis à 
segurança do território nacional e opinar sobre seu efetivo uso, especialmente na faixa 
de fronteira e nas relacionadas com a preservação e a exploração dos recursos naturais 
de qualquer tipo. (BRASIL, 1991) 
 
Com base em dados de instituições de esfera nacional e estadual e em doutrinas 
analisadas pode-se registar que o estado de Roraima possui uma extensão territorial fronteiriça 
de 958 km com a Venezuela e 964 Km com a República da Guiana, perfazendo um total de 
1.992 Km de fronteiras com outros países, conforme aponta a figura 4. 
 
 
 
13 
 
 
Figura 4. Diagnóstico do estado de Roraima 
 
Fonte: NETO (2011) 
 
Diante do exposto, a pesquisa mostra que o Estado de Roraima tem uma área 
compreendida pela faixa de fronteira de cento e cinquenta quilômetros de largura ao longo dos 
limites fronteiriços, amparada pela Lei n. 6.634, de 2 de maio de 1979, e regulamentada pelo 
Decreto n. 85.064, de 26 de agosto de 1980, cujo órgão executor é o Conselho de Defesa 
Nacional. 
Conforme a Constituição Federal de 1988, cabe à legislação ordinária a regulamentação 
de uso dessa faixa, cuja finalidade é resguardar áreas indispensáveis à segurança nacional, 
definindo formas de povoamento, concessão de terras, investimentos em infraestrutura de vias 
de transportes, estradas internacionais, instalação de meios de comunicação, campos de pouso 
e construção. 
 
4.2 TERRAS INDÍGENAS 
 
Com a Constituição Federal de 1988, consagrando o princípio de que os indígenas são 
os primeiros e naturais senhores da terra, houve uma extensa regulamentação. Estabeleceu, no 
art. 231, dentre outros direitos, o de ocupação pelos indígenas: “são reconhecidos aos índios 
sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as 
terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarca-las, proteger e fazer respeitar 
tosos os seus bens” (RIZZARDO, 2021, p. 288). 
14 
 
 
Considera-se terras indígenas as áreas destinadas, por sua origem e tradição, à 
permanência dos indígenas. Incluem-se, numa interpretação mais ampla, aquelas que são 
utilizadas para a habitação e as atividades rurais, e, mormente, para o extrativismo e a caça. 
Nas localidades, sobretudo, interioranas e afastadas dos centros urbanos, é onde mais se 
acentua o caráter rural das terras indígenas, embora não tanto no que diz respeito às práticas de 
trabalhos agrícolas (RIZZARDO, 2021, p. 10). 
Cabe registrar, que aa áreas indígenas, apesar da presença dos índios é considerada 
constitucionalmente como área de “preservação dos recursos ambientais”, conforme o art. 231, 
§ 1º, da CF/88, “comprovando dessa forma a perfeita compatibilidade entre preservação 
ambiental e o modo sustentável que os povos indígenas utilizam seis recursos naturais” 
(MIRANDA, Themis, 2013, p. 99). 
 Por fim, assim estão dispostas as terras indígenas em Roraima, de acordo com a Figura 
5: 
Figura 5: Áreas indígenas em Roraima 
 
Fonte: RORAIMA (2022) 
15 
 
 
4.3 ÁREAS AMBIENTAIS 
 
As terras devolutas necessárias à preservação ambiental, definidas em lei, são bens da 
União, conforme disposição inserte no inciso II, do art. 20, da Constituição federal e o regime 
jurídico ambiental brasileiro é definido pelo art. 225, CF/88. 
No mesmo sentido “incumbe ao poder público definir, em todas as unidades da 
federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a 
alteração e a supressão permitidos somente através de lei, vedada qualquer utilização que 
comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção”, conforme determina o 
incuso II, do §1º, do art., 225, CF/88 (MIRANDA 2010, p. 267). 
De acordo com ALMEIDA et al. (2021, p.12) as áreas sem informação de destinação 
em Roraima representam 34% do seu território, isto é, 7,5 milhões de hectares, sendo que a 
grande maioria se encontra na zona de fronteira e quase metade dessas áreas sem destinação 
são de responsabilidade da União, com um percentual de 46%. 
No entanto, nas terras da esfera estadual apresentam um índice de 8,5% na categoria de 
terras sem informação de destinação (ALMEIDA et al., 2021). 
Figura 6. Distribuição das áreas não destinadas em processo de regularização e áreas não destinadas 
inscritas no Cadastro Ambiental Rural no Estado de Roraima 
 
16 
 
 
Fonte: ALMEIDA et al. (2021) 
 
Figura 7. Áreas não destinadas em processo de regularização e áreas não destinadas inscritas no Cadastro 
Ambiental Rural do Estado de Roraima 
 
Fonte: ALMEIDA et al. (2021) 
 
4.4 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO 
 
O art. 2o , da Lei nº lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, considera-se, para fins de lei, 
que unidade de conservação é o espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas 
jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, 
com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao 
qual se aplicam garantias adequadas de proteção. 
Roraima tem vegetação de floresta a savana, as áreas de Savana ocupam 17% da 
cobertura vegetal do Estado, encontradas dentro de áreas indígenas e da Floresta Nacional de 
Roraima; e as áreas de Floresta densa 59,1% e Floresta aberta 18,7%, que tem grande parte em 
áreas indígenas e de conservação (MIRANDA, Themis, 2013, p. 98). 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.985-2000?OpenDocument
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.985-2000?OpenDocument
17 
 
 
No estado de Roraima, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 
(IcmBio) é o órgão gestor das oito unidades de conservação, três Parques Nacionais e três 
Estações Ecológicas, duas Florestas Nacionais. 
O principal é o Parque Nacional do Monte Roraima, as outras sete unidades de 
conservação, são: Parque Nacional do Viruá, criado em 1989, em Caracaraí; Parque Nacional 
Serra da Mocidade, criado em 1998, em Caracaraí; Estação Ecológica de Maracá, criada em 
1981, em Amajarí; Estação Ecológica Caracaraí, criada em 1982; , criada em 1985; Estação 
Ecológica Niquiá; Floresta Nacional de Roraima, criada em 1989, em Mucajaí e Alto Alegre e 
Floresta Nacional do Anauá, criada em 2005, em Rorainópolis (MIRANDA, Themis, 2013, p. 
101). 
As figuras 8 e 9 apresentam as áreas de conservação federal e estadual em Roraima. 
 
Figura 8: Áreas de Conservação federal em Roraima 
 
 Fonte: RORAIMA (2022) 
18 
 
 
Figura 9: Áreas de Conservação estadual em Roraima 
 
 Fonte: RORAIMA (2022) 
 
4.5 ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE 
 
A área de preservação permanente (APP) é uma área protegida, coberta ou não por 
vegetação nativa, com função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a 
estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o 
solo e assegurar o bem-estar das populações humanas (art. 3º, II, do CódigoFlorestal). A APP 
independe da existência ou não de vegetação, o importante é se determinar a localização em 
função da razão ambiental que deve ser mantido pelo proprietário, quer pessoa física ou jurídica 
(MIRANDA, Themis, 2013, p. 116). 
19 
 
 
Existe no estado de Roraima duas áreas de preservação ambiental pertencente a 
particulares: Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) SESC localizada na região de 
Tepequém, em Amajarí e a segunda RPPN Mani localizada na região de Monte Cristo, Boa 
Vista (MIRANDA, Themis, 2013, p. 104). 
Cabe ressaltar, que a preservação dos ambientes naturais não basta a criação de áreas 
protegidas, sendo fundamental o manejo adequado, com controle da ocupação e das atividades 
permitidas, das áreas fora das unidades de conservação. Parte desta função é desempenhada 
pelas RPPN que são a materialização da crescente preocupação da sociedade civil, 
especialmente de proprietários rurais, com a preservação do ambiente ecologicamente 
equilibrado. Pois além de preservar o ambiente, o proprietário pode gerar renda com esta 
proteção de diversas formas (MIRANDA, Themis, 2013, p. 104). 
 
4.6 RESERVA LEGAL 
 
Segundo Themis Gursen de Miranda (2013, p. 118) atualmente, o novo Código 
Florestal, designa reserva florestal como uma área no interior de um imóvel rural (propriedade 
ou posse), na qual deve-se manter a cobertura de vegetação nativa, sem prejuízo da aplicação 
das normas sobre as áreas de preservação permanente. 
Nesse contexto, o percentual de reserva legal varia de acordo com a localização de cada 
propriedade, e com o bioma onde estar localizado o imóvel, observados os seguintes percentuais 
mínimos em relação à área do imóvel situado na Amazônia legal: a) 80% (oitenta por cento) no 
imóvel situado em área de floresta; b) 35% (trinta e cinco por cento) no imóvel situado em área 
de cerrado; c) 20% (vinte por cento) no imóvel situado em área de campos gerais. 
Portanto, a reserva legal tem a função de assegurar o uso econômico de modo 
sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar na conservação e a reabilitação dos 
processos ecológicos e da biodiversidade, bem como a proteção da fauna e da flora nativa. 
 
4.7 ÁREA MILITAR 
 
O Estado de Roraima, como os demais estados da Amazônia legal, possui algumas 
unidades militares ao longo da fronteira. A instalação de organizações militares é iniciativa 
digna de elogios, a qual deve ser incentivada e ampliada, porém, não existe razão para áreas 
reservadas aos militares sem nenhuma justificativa (MIRANDA, 2010, p. 291). 
20 
 
 
Cabe ressaltar que as áreas militares estão sob a jurisdição do Ministério da defesa, por 
meio das Forças Armadas de cada área estão vinculadas administrativamente. 
Diante disso e dentro da ideia de defesa, cabe registrar que o Exército Brasileiro tem 
algumas instalações militares na faixa de fronteira de Roraima com a Venezuela e Guiana: 
Pacaraima, Bonfim, Normandia, Uiramutã, Auaris e Surucucu, e várias organizações militares 
sediadas na capital, todas vinculadas ao Comando da 1ª Brigada de Infantaria de Selva. 
 
Figura 10 Áreas Militares em Roraima 
 
Fonte: RORAIMA (2022) 
 
 
21 
 
 
Figura 11. Instalações militares na faixa de fronteira de Roraima 
 
 Fonte: MARTINI (2009) 
 
5 DIREITO AMAZÔNICO APLICADO AO ESPAÇO FUNDIÁRIO RORAIMENSE 
 
5.1 CONCEITO DE DIREITO AMAZÔNICO 
 
Segundo o criador do instituto, Gursen De Miranda (2004, p. 265-271), o direito 
amazônico é “uma estruturação supra estatal e transnacional de uma construção sistêmica 
jurídica da Amazônia. Dentro de uma postura pragmática, um sistema aberto, articulado 
consoante a uma visão “regionalizada de multidisciplinar”. 
Ainda, o autor amazônida resume o conceito de direito amazônico como “um conjunto 
de normas jurídicas que regem e regulam sujeitos (públicos e privados) objeto (coisas, fatos e 
serviços) e vínculos jurídicos (obrigações)” (MIRANDA, 2006, p. 247). 
Já Alessandra Mahé Costa Rodrigues (2009), conceitua o Direito Amazônico regional 
como: 
Um sistema regional aberto de normas plurais que regulam as atividades, públicas ou 
privadas, relativas ao conteúdo materialmente instituído no Tratado de Cooperação 
Amazônica, ou outros que produzam efeito harmônico para os Estados amazônicos, 
envolvidas nas relações econômicas e sociais mais emergentes destas atividades 
tipicamente amazônicas, para fins de manutenção e preservação racionais da floresta 
e suas populações, sob o princípio do desenvolvimento sustentável da 
responsabilidade intergeracional. (RODRIGUES, 2009, p. 116) 
 
O tratado de Cooperação Amazônica, do qual a autora se refere, também chamado de 
Pacto Amazônico, realizado no dia 3 de julho de 1978, foi uma tentativa de realizar uma base 
cientifica para Amazônia, criando um instituto jurídico do qual definisse as áreas de 
conhecimentos de interesse para região (MIRANDA, 2004). 
22 
 
 
Tanto que as áreas jurídicas pertinentes a esta região são: Direito ambiental, Direito 
agrário, Direito indígena, Direito minerário, Direito fluvial, Direito do comércio exterior, 
Direito comunitário, Direito cultural e Direito turístico (RODRIGUES, 2009). 
O autor Jarque (2008 apud RODRIGUES, 2009) afirma que o Direito Amazônico é um 
conjunto de normas de natureza regional, nacional e internacional do qual tem como finalidade 
a proteger os amazônidas em dois elementos principais para eles: o território e a sua população. 
No que se refere a proteção do território, o Direito Amazônico busca proteger os 
recursos naturais da Amazônia, a sua terra, água, fauna e flora (RODRIGUES, 2009). 
Do mesmo modo, a finalidade do Direito Amazônico também é de promover o 
desenvolvimento sustentável na região, como afirma Gursen de Miranda (2004, p. 40): 
Na visão regionalizada de uma globalização, por certo, deve ser entendida a pretensão 
de um Direito Amazônico, no âmbito jurídico da ação estruturadora, estratégica e 
convergente de um projeto amazônico, observando-se os desafios pertinentes: (1) o 
envolvimento ou comprometimento com o ambiente natural, na chamada questão 
ecológica; (2) a valorização ou desenvolvimento material e espiritual das populações 
amazônicas; (3) o entendimento de um desenvolvimento sustentável, a envolver os 
dois itens anteriores, não apenas no aspecto biológico, mas, também, mental, moral e 
espiritual; (4) o amansamento das ameaças implícitas ( e explicitas) a seu respeito 
correntes no contexto mundial, na chamada questão geopolítica. (MIRANDA, 2004, 
p. 40). 
 
Além disso, segundo o mesmo autor, a região amazônica integra um sistema político-
administrativo, composto pelos subsistemas executivo, legislativo e judiciário. No caso, o 
direito amazônico se insere no subsistema judiciário, tendo em vista dele não ser algo novo para 
os Tribunais Brasileiros (MIRANDA, 2004). 
Portanto, é necessário incluir o espaço fundiário de Roraima dentro do pensamento do 
direito amazônico já que a Amazônia como um todo é de interesse internacional, como apontam 
BRAGA (2021) e MIRANDA (2004), e muitos países e instituições privadas buscam travar o 
desenvolvimento da região, a fim dela estar submetida aos interesses internacionais e, 
consequentemente, seus interesses econômicos, dos quais não buscam o melhor interesse para 
a Amazônia nem seu desenvolvimento sustentável. 
 
5.2 O ESPAÇO FUNDIÁRIO DE RORAIMA E DIREITO AMAZÔNICO 
 
Como se depreende de tudo o que já foi apresentado neste artigo, o estudo do espaço 
fundiário de Roraima constata uma grande concentração de terras por parte da União no Estado, 
a qual implica em entraves econômicos, sociais, dentre outros, e geram uma grande dependência 
do Estado de Roraima a União por conta dessa concentração de terras. 
23 
 
 
Por isso, como aponta diversos autores, a solução para esta concentração de terras da 
União é a realização da regularização fundiária no Estado de Roraima. (BRAGA,2021; NETO, 
2011; ARANTES, 2009). 
No entanto, o estado de Roraima se diferencia dos demais estados amazônicos na 
questão da regularização fundiária, pois ainda convive com o dilema de transferências das terras 
da União para o Estado. (BRAGA, 2021). 
De acordo com BRAGA (2021) isso decorre de decisões políticas desastrosas, das quais 
preferiram não garantir a autonomia do Estado de Roraima, permitiram o agravamento da falta 
da transferência das terras união, como afirma o autor: 
A transferências de terras da União para o estado de Roraima, em uma análise na linha 
do tempo, iniciando em 1 janeiro de 1991, data da posse do primeiro governador eleito 
de Roraima, foi tratada mais pela paixão do que pela razão, às vezes com “discursos” 
políticos equivocados, como “as terras foram transferidas da União para o patrimônio 
do estado de Roraima pela Constituição Federal de 1988 e/ou de que foram 
transferidas pela Lei nº 10.204/2001”. Esta afirmação parte da premissa de que as 
decisões dos gestores públicos de Roraima, no que tange à questão fundiária, na 
maioria das vezes, são decisões com base na visão política paroquiana roraimense, 
sem sopesar os fatores jurídicos, fatores metajurídicos, fatores geopolíticos, 
ambientais e indigenistas (BRAGA, 2021, p.119). 
 
Ademais, segundo o autor, a falta da regularização de terras permite que haja a grilagem 
de terras públicas (BRAGA, 2021). 
Portanto, sem a regularização fundiária nesta região causa a falta de desenvolvimento 
sustentável, prejudicando a população que vive na Amazônia, bem como as futuras gerações 
(MIRANDA, Themis, 2013). 
Na verdade, a regularização fundiária, especialmente na região amazônica, contribui 
para que o Brasil venha a ter um controle mais eficiente do desenvolvimento 
sustentável (BRAGA, 2021, p. 33). 
 
Segundo Neto (2011, p. 84) não é possível se pensar no desenvolvimento da região 
amazônica se não houver uma ação determinada no que tange a regularização fundiária da parte 
das autoridades competentes e constituídas. 
Dessa maneira, é necessário que haja ações governamentais e das universidades a fim 
de se buscar soluções para esta questão (NETO, 2011, p. 162). 
Portanto, o Direito amazônico pode auxiliar em compreender a complexidade da 
regularização fundiária, já que é um direito regionalizado do qual estuda as questões da região 
amazônica (MIRANDA, 2019). 
Aliás, de acordo com MIRANDA (2004) a estrutura regionalizada é reconhecida pela 
ordem constitucional brasileira de forma jurídica e administrativa (art. 43) e a Constituição 
Federal constitui como um dos seus objetivos fundamentais a erradicação da pobreza e a 
24 
 
 
redução das desigualdades regionais e sociais (art. 3º,III) , da qual é de competência da União 
criar e implementar “planos nacionais e regionais de ordenação do território e de 
desenvolvimento econômico e social” (art.21,IX) (BRASIL, 1988; MIRANDA, 2004). 
A vocação regionalista que ilumina toda a trajetória política do Brasil, desde a época 
colonial, não esmaeceu ao longo do tempo, pelo contrário, foi constante na fase 
imperial, assomou poderosa nos albores da República e hoje está a exigir uma revisão 
do esquema federativo. Basta ver o mapa do Brasil para constatar o regionalismo, a 
existência das cinco Regiões geográficas, cada qual com seus traços culturais, 
políticos, econômicos e sociais. Daí a necessidade imperiosa de reconhecer-se a 
Região como quarto nível de Governo, institucionalizando-se, destarte, o Poder 
Regional. O Brasil é uma unidade numa pluralidade regional (MIRANDA, 2004, p. 
50). 
 
No que se refere a Roraima, este instituto pode ser aplicado, pois, nas palavras do 
idealizador do direito amazônico, Gursen de Miranda (2004, p. 51) “o Direito Amazônico é 
uma realidade em Roraima”. 
Portanto, o direito amazônico pode ser um instrumento para a busca de soluções para 
questão fundiária roraimense, já que ele é uma realidade no estado, e também pelo fato de ser 
especializado para as questões da Amazônia (MIRANDA, 2019). 
 
CONCLUSÃO 
 
Os motivos constatados por este artigo para haver tantos impasses nas terras roraimenses 
são dois: o interesse internacional na região amazônica, do qual buscam a exploração dos seus 
recursos naturais sem promover o desenvolvimento sustentável da região, utilizando-se da 
logica colonialista de exploração e exportação de riquezas para os países mais ricos. 
 Já o segundo, foram decisões políticas inadequadas realizadas ao longo dos anos dos 
gestores públicos das quais agravaram a crise fundiária, bem como fatores metajurídicos, 
ambientais, indigenistas e geopolíticos. 
Por conta desses fatores Roraima possui uma grande quantidade de terras protegidas 
pela União. 
Com este artigo, constatou-se que a compreensão do espaço fundiário de Roraima é 
fundamental para compreensão da polêmica distribuição das terras no Estado, tendo em vista 
da enorme porção de terras que a União possui, sendo uma necessidade a realização da 
regularização fundiária no Estado, com a transferências de terras a União ao Estado de Roraima. 
Além disso, com este estudo foi possível constatar as potencialidades agrícolas que 
Roraima possui, todavia, não será possível promover o seu desenvolvimento econômico sem a 
realização da regularização fundiária. 
25 
 
 
Ressalta-se que a promoção de um desenvolvimento econômico no Estado poderá 
acarretar na melhoria do desenvolvimento humano, todavia, deve-se ser respeitado e seguido 
os ditames do desenvolvimento sustentável para ocorrer uma melhora em todos os aspectos, 
tanto econômicos como sociais. 
Dessa forma, será possível se vislumbrar a concretização dos objetivos da República do 
qual menciona o artigo 3º da Constituição nesta parte setentrional do país. 
Sobre o Direito Amazônico, constatou-se que ele pode auxiliar o Estado de Roraima na 
sua crise fundiária, bem como em proporcionar soluções jurídicas para promover uma 
segurança jurídica nas terras roraimenses, já que é um direito regionalizado e a região 
amazônica é integrante de um sistema político-administrativo. 
Dessa forma, este trabalho buscou apresentar o espaço fundiário de Roraima para que, 
a partir do conhecimento das delimitações territoriais das áreas que são do Estado e da União, 
possam ser criadas políticas de regularização fundiária e, do mesmo modo, propõe que seja 
utilizado o Direito Amazônico para ajudar na elaboração de tais políticas. 
 
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