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Rinossinusites: Causas, Sintomas e Tratamentos

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Ana Luiza Spiassi Sampaio 
@anassampaioo 
 
 
Rinossinusites 
 
Rinossinusites agudas 
 Processo inflamatório na mucosa do nariz e dos 
seios paranasais; 
 Epidemiologia: 
o Adultos tem em média 2 a 5 resfriados por ano e 
crianças de 6 a 10 desses, cerca de 0,5% a 2% 
evoluem para infecções bacterianas; 
o 6-12% dos atendimentos em Atenção Primária; 
o 5ª causa de prescrição de antibióticos; 
 Virais (gripes e resfriados); bacterianas; fúngicas; 
 
Classificação 
Aguda ➝ até 4 semanas 
Crônica ➝ + de 12 semanas 
➝ Entre 4 a 12 semanas, o consenso americano refere que há poucas 
evidências científicas sobre esse período ➝ individualizar os casos; 
 
 Fatores predisponentes: alergias predisponentes; 
variações climáticas; tabaco; refluxo 
faringolaringeo; corpo estranho; alterações 
anatômicas (desvio de septo, hipertrofia de cornetos, 
concha média bolhosa); depressão/ansiedade; 
o Alterações estruturais: desvio de septo; 
hipoplasia maxilar; osteoma; concha média 
bolhosa; 
 
Rinossinusites viral 
 Rhinovirus (50%), Coronavirus (10%), 
Parainfluenzae, adenovirus, influenza e vírus 
sincicial respiratório; 
 Lesão do epitélio (adenovírus e influenza); 
 Aumento de produção de citocinas; 
 
 
 
 Edema da mucosa, especialmente ao redor dos 
óstios de drenagem dos seios ➝ diminuição do 
clearence mucociliar ➝ favorecimento da 
colonização de vírus e bactérias; 
 
Rinossinusite bacteriana 
 Mais de 70% dos casos: Streptococcus 
pneumoniae Haemophilus influenzae; 
 Menos frequentes: Moraxella catarrhalis, 
Staphylococcus aureus Streptococcus beta 
hemolítico; 
 
Diagnóstico 
 Clínico; 
 Rinossinusite aguda: Rinorreia anterior/posterior 
purulenta; obstrução nasal; dor, pressão, peso facial; 
➝ Dor sem rinorreia não é suficiente para estabelecer diagnóstico 
de RSA; 
 Outros sintomas: plenitude auricular; dor de 
garganta; disfonia; febre/tontura/mal-estar; 
 Diferenciação entre RSVA e RSBA (adultos) ➝ 
“…quando sintomas e sinais (secreção nasal 
purulenta acompanhada de obstrução nasal, dor 
facial, ou ambos) persistem sem evidência de 
melhora por mais de 10 dias, OU pioram dentro de 
10 dias após melhora inicial”; 
➝ 14 dias de sintomas, mas tá melhorando? É viral!!! 
 Febre alta: mais comum em gripe do que resfriado; 
 Geralmente, é RSBA: 
o Crianças com IVAS e: rinorreia (qualquer cor) 
ou tosse diurna, ou ambos, por mais de 10 dias; 
o Piora ou quadro novo de rinorreia, tosse diurna 
ou febre, após melhora inicial; 
o Quadro severo: Tax > 39ºC e rinorreia 
purulenta por 3 dias consecutivos; 
 Crianças: pode substituir dor pela tosse; 
catarro continua sendo obrigatório; 
 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
@anassampaioo 
 
 
Exame radiológico 
 NÃO solicitar exames radiológicos para pacientes 
que preenchem critérios de RSA ➝ a menos que 
complicações ou diagnóstico diferencial sejam 
suspeitos; 
 Não pedir RX para criança: qualquer resfriado dará 
alteração; 
 
Tratamento 
 Analgésico antitérmico (Paracetamol, Dipirona, 
Ibuprofeno - só tem ação analgésica; Tylenol sinus) 
 Corticoide nasal (tópico); 
 Descongestionante, se necessário 
(descongestionante sistêmico); 
 Soro fisiológico ➝ lavar o nariz (ação tem que ser 
mecânica); 
➝ Não há indicação para uso de antialérgico (Allegra) ➝ não 
prescrever - histamina não faz parte da fisiopatologia da 
rinossinusite aguda; 
➝ Uso de antibiótico: opcional mesmo nos casos considerados 
bacterianos (quadro bacteriano respondem a 0,5-2% das 
rinossinusites); 
o Rever o paciente nos próximos dias; 
o Ex.: Paciente com quadro suspeito de rinossinusite 
bacteriana (>10 dias de evolução), sem evidência de 
melhora ou duplo adoecimento ➝ usar os 4 métodos 
terapêuticos citados acima, sem ATB, desde que seja 
possível revisar o paciente em 2 dias; se ele não estiver 
evoluindo bem, receitar ATB; 
 
 
 
Manejo inicial na RSBA 
 Conduta expectante ou ATB para adultos com 
RSBA não complicada; 
 Recomendação: ao optar pelo uso de ATB, 
prescrever AMOXICILINA COM OU SEM 
CLAVULANATO como 1ª opção, por 5 a 10 dias; 
➝ Clavulanato: inibição das betalactamases ➝ Porque usar 
clavulanato se o mecanismo de defesa do Streptococcus não é a 
produção de betalactamases? 
➝ Pode usar Azitromicina em RSBA? Existe uma resistência, cerca 
de 40% para macrolídeos e 50% para o Bactrim. Então os 
macrolídeos não são nem 1ª e nem 2ª escolha; usa-se principalmente 
Macrolídeo em caso de alergia à Penicilina, principalmente crianças 
(não se pode usar quinolonas em crianças); 
 
Complicações 
 Orbitárias: pré-septal; pós-septal; 
o Celulite e abscesso subperiosta; abscesso 
intraconal; 
o Internação hospitalar; ATB amplo espectro; TC de 
seios da face; 
o Paciente com edema? Internação hospitalar ➝ 
investigar abscesso ➝ se confirmado, cirurgia de 
urgência/drenagem; 
 Intracranianas: meningite; abscesso extradural; 
empiema subdural;

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