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FICHAMENTO - PSICOPATOLOGIA NA INFÂNCIA

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T. EMOCIONAIS INFANTIL NA PANDEMIA
Uma das medidas adotadas para controle da disseminação e contaminação da pandemia foi o distanciamento e isolamento social, pelo distanciamento físico e redução da mobilidade social. Os estudos atuais mostram influências dessa situação no comportamento das pessoas no cotidiano, causando ansiedade, medo, depressão e pânico, efeitos estes que podem ser diretos ou indiretos. Essas influências podem ser ainda mais problemáticas, especificamente no funcionamento psicológico das crianças, sobre os impactos que esse período de transição caracterizado por insegurança e incertezas causará.
As crianças estão vivendo em ambiente com alta densidade habitacional e com falta de estrutura e regularidade temporal e física, devido ao distanciamento social, as crianças não estão frequentando a escola, o que é essencial ao desenvolvimento e aprendizagem, além de perdas do processo de aprendizagem formal, elas estão sendo privadas da necessária socialização e interação com os pares.
Com o aumento da espetacularização da vida nas mídias sociais, está sendo possível verificar a necessidade do ajustamento criativo, o que as crianças fazem com naturalidade através de brincadeiras e fantasias.
A autorregulação emocional é de extrema importância para que os indivíduos consigam enfrentar a situação de pandemia de um modo mais saudável. Ela é constituída por processos internos e externos que são responsáveis por monitorar, avaliar e modificar as reações emocionais, em particular nos aspectos de intensidade e tempo.
Através da imaginação as crianças podem de maneira eficiente entender e se conectar com as emoções e significados que atribuímos aos acontecimentos ao nosso redor.
É importante que a criança esteja, ciente das alterações no seu ambiente, tanto no contexto externo mundo, como no seu ambiente social privado nas suas relações pessoais com seus pares. A infância não é só alegria, a criança pode sentir tristeza, frustração, ansiedade e precisa passar por estes sentimentos, para uma boa elaboração do funcionamento psíquico. Esconder a realidade dos fatos, faz com que gera outras questões na criança, uma relação deturpada dos relacionamentos e acontecimentos ao seu redor. Em suma muitas vezes ter muito ou tudo, não significa ser o que se precisa para um bom desenvolvimento psicológico, o excesso e consumismo, pode tirar a capacidade da criança de fantasiar, produzir diante das adversidades.
GESTALT
Quais os impactos psicológicos no contexto de pandemia vivenciado atualmente? Efeitos diretos e indiretos psicológicos e sociais.
As crianças podem ser	mais afetadas psicologicamente nesse contexto de pandemia?
Por que devemos nos preocupar com a saúde mental de crianças e adolescentes hoje?
Os transtornos que surgem na infância e adolescência são muito relevantes, porque afetam indivíduos normalmente saudáveis em plena fase produtiva e de desenvolvimento, com prejuízos até a idade adulta.
Sempre verificou-se dificuldades encontradas pelas famílias em educar suas crianças, não sabendo agir diante dos impasses da educação em uma sociedade que está em constantes mudanças, exigindo sucessivas atualizações para aprender novos conhecimentos e lidar com a novas realidades em que a sociedade e a criança
se encontram. Em especial agora no contexto de pandemia mundial nunca vivenciado por está geração de pais e filhos.
Para a Gestalt, a criança é uma“parte-figura-sintoma” que aponta a família como um todo disfuncional que está dentro de um todo maior, que é a sociedade, “Criança doente emocionalmente é família adoecida em suas relações. Família doente é sociedade doente em seus sistemas de valores, crenças, comportamentos e interações” (ANTONY, 2009, p. 3).
O estresse emocional é um fator importante de risco para os transtornos mentais. Transtornos esses que podem surgir a partir do estresse ocorrido já na infância ou mesmo anos após a ocorrência da situação estressora. A atual pandemia e todo o contexto que a acompanha chegam aos cérebros das crianças por meio de informações, e de emoções de seus pais e outros adultos, pelas mudanças da rotina e do ambiente ao longo do tempo. Há ainda grupos de crianças e adolescentes que são particularmente afetados pela pandemia. Aqueles com fragilidades prévias, que já apresentam transtornos mentais, deficiências ou outros problemas de saúde, e que vivem em situações de pobreza, e de moradia precária, ou aqueles isolados socialmente.
Para prevenir os transtornos mentais no contexto atual, é preciso atenuar as adversidades, acionar sistemas sociais de suporte, identificar precocemente os primeiros problemas e agir sobre eles, evitando que piorem.
Os princípios gestálticos enfatizam que estamos sempre inseridos em um campo e envolvidos em uma relação de intersubjetividade, buscando amar e ser amado, ser confirmado, solucionar problemas, alcançar objetivos, realizar desejos, satisfazer as necessidades, tendo como intenção primordial a autorrealização existencial. pelo próprio conceito de ser humano, que é aquele que não se dissocia do meio em que convive, segundo a Gestalt.
A cada frustração ou bloqueio na luta pelo crescimento e pela independência, nasce uma insatisfação e uma gestalt fica aberta, criando raízes para a formação de um distúrbio psicológico.
Num momento em que o sofrimento psicológico chegou a limites inimagináveis, é papel da abordagem ajudar os clientes a adquirir awareness para que possam estabelecer melhores relações consigo e com o meio.
Referências
ANTHONY, S.M. Os ajustamentos criativos da crianca em sofrimento :uma compreensao da Gestalt-terapia sobre as principais psicopatologias da infancia, 2009
JERUZALINSKY, J. A melancolizacao na infancia contemporanea: entre o linchamento virtual e a politica do "no touch": Cadernos de psicanalise, vol 34, n.1,2018.
Almeida, C.R; Rentes, R. (2020) As consequências do COVID-19 no universo da
fantasia de crianças brasileiras e o impacto no desenvolvimento emocional. Pathos:
Revista Brasileira de Práticas Públicas e Psicopatologia, vol. especial, 11-54.

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